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FUNDAMENTOS E PRÁTICAS DO ENSINO DE HISTÓRIA

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INTRODUÇÃO
O ensino de história pode ser caracterizado a partir de dois grandes momentos, sendo o primeiro com início na metade do século XIX, com a introdução da disciplina no currículo escolar e o segundo a partir das décadas de 30 e 40 do mesmo século, orientado por uma política nacionalista e desenvolvimentista.
Desde o surgimento da disciplina de história no Brasil muitas transformações e mudanças ocorreram, influenciadas pelos acontecimentos históricos, que vem ocorrendo na sociedade, sendo o ser humano dinâmico, a história procura acompanhar este dinamismo.
	Muitas vezes não está claro o porquê de a disciplina de história fazer parte do currículo escolar e a sua importância para a aprendizagem na formação do aluno. Porém, estas questões são fundamentais quando se pretende refletir, repensar ou se posicionar diante do ensino praticado.
	 Foram criadas também após o Estado realizar uma intervenção mais normativa na educação, faculdades de filosofia no Brasil, com a formação de pesquisadores e professores, consolidando-se uma produção de conhecimento científico e cultural mais autônoma no país. 
	Esta disciplina tem permanecido nas escolas, constituindo de saber histórico escolar, no diálogo e confronto com a realidade social e educacional, na interlocução com o conhecimento histórico e pedagógico, no saber histórico escolar mantendo tradições, no contato com valores e anseios das novas gerações, reformulando e inovando conteúdos, métodos, materiais didáticos, abordagens e finalidades educacionais e sociais.
	Tem permanecido a função de difundir e consolidar identidades no tempo, sejam elas culturais, religiosas, de classes e grupos, étnicas, de Estado ou Nação. Tem sido recriada relações entre o professor, aluno, conhecimento histórico e a realidade social, beneficiando o fortalecimento do papel da história na formação intelectual e social de cidadãos, para que desenvolvam a compreensão de si mesmos, dos outros, sua inserção na sociedade histórica e da responsabilidade de se atuar na construção de sociedades igualitárias e democráticas, de forma consciente e reflexiva.
Assim, a história é fundamental para a formação de pessoas dispostas a vivem em sociedade, em regime democrático, que cultiva a solidariedade e a cidadania. Cabe ao professor de História conhecer e compreender as teorias educacionais para então relacioná-las à sua prática docente e assim dar coerência ao seu trabalho no processo de ensino-aprendizagem.
	Este trabalho tem como objetivo, uma reflexão sobre os conteúdos, os instrumentos utilizados e o modo como se ensina história na educação infantil e no ensino fundamental, com uma discussão do ensino desta disciplina no contexto histórico e escolar do Brasil e estudo do percurso e propostas teórico-metodológicas dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN).
1. FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA HISTÓRICA
1.1 Contribuição do estudo da História para a formação do aluno
	
História é a ciência que estuda o passado, analisando as transformações para tentar entender o presente. Assim, ao resgatar o passado, permite conferir sentido para o presente, ajudando a transformar a realidade a partir de sua compreensão, guiando rumo ao futuro. 
É de extrema importância para a formação do aluno, pois busca envolver as crianças em um sentido de valorização da sua própria história, preparando-se assim para aprendizagem de história local e do mundo ao seu redor. Deve-se permitir que os alunos se compreendam através de suas próprias representações, resgatando a diversidade e praticando uma análise crítica de uma memória que é transmitida.
O ensino da história vai além de transmitir conhecimentos de determinada localidade, ambiente em que os alunos vivem, por exemplo, é fundamental que o mesmo conheça a história de seu cotidiano, como também de seu Estado, País e do mundo, para assim compreender o porquê e como chegamos até aqui, como se desenvolveu as culturas, politicas, estrutura, economia, entre outras características. (MIRANDA; SCHIER, 2016, p. 31).
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), o ensino de história possui como um dos objetivos específicos à constituição da noção de identidade, estabelecendo relações entre identidades coletivas, individuais e sociais. Para esse objetivo específico abrangem-se três aspectos fundamentais: a inclusão da constituição da identidade social para o ensino de história precisa de um tratamento que seja capaz de situar a relação entre o particular e o geral se tratando do indivíduo, sua ação e seu papel na sua localidade e cultura ou da relação entre a localidade especifica, a sociedade nacional e o mundo; a noção de diferenças e semelhanças com a compreensão do eu e a percepção do outro, identificando as diferenças do próprio grupo de convívio, ou seja, perceber que outros grupos e povos no tempo e no espaço possuem modos de vida diferenciados; e a construção de noções de continuidade e de permanência.
O conhecimento do “outro” possibilita, especialmente, aumentar o conhecimento do estudante sobre si mesmo, à medida que conhece outras formas de viver, as diferentes histórias vividas pelas diversas culturas, de tempos e espaços diferentes. Conhecer o “outro” e o “nós” significa comparar situações e estabelecer relações e, nesse processo comparativo e relacional, o conhecimento do aluno sobre si mesmo, sobre seu grupo, sobre sua região e seu país aumenta consideravelmente. (PCN, 1997, p. 22).
	O professor de história auxilia no processo de aprendizagem, transmitindo o conteúdo de maneira adequada, de acordo com a idade, limitação e capacidade dos alunos. Deve-se também, considerar os fatores externos que envolvem a aprendizagem desta disciplina, como a localidade, cultura, sua própria história, fatores econômicos, sociais e políticos do cotidiano, pois desta forma absorve-se melhor o conteúdo, despertando interesses e curiosidades.
	Transmitir o conteúdo de maneira adequada diz respeito a desenvolver características dos alunos e incentivá-los a desenvolver reflexões, opiniões, senso crítico, coletivo e participativo, instigando-os a querer formar sua própria história começando por seu meio de convívio e expandindo para espaços maiores.
Conhecer e entender os fatos do passado, das ações para sobrevivência e desenvolvimento auxilia na formação e desenvolvimento no presente e no futuro da população, isso porque através do passado são formadas as ações histórico-culturais da população e através delas são realizados os planejamentos para o futuro. (MIRANDA; SCHIER, 2016, p. 31).
Assim, esta disciplina ensina aos alunos as transformações sofridas ao decorrer do tempo na sociedade, causas do acontecimento, como se desenvolveram, como influenciou no processo cultural e desenvolvimento atual da população. 
Cada localidade possui a sua própria história, variando de acordo com diversas condições como estruturais, políticas, culturais, entre outros que influenciam no cotidiano de determinada localidade, assim como as experiências do passado não influenciam somente nas ações futuras, também podem ser repetidas pela sociedade ao longo dos tempos.
Cada um possui uma parte de alguma história, porém algumas se destacam seja de forma positiva, como a descoberta da tecnologia ou negativa como uma tragédia que provoca vítimas, ou seja, todo interferimos de algum modo na história, podendo ser de forma pequena ou na história de grandes grupos, nações ou história mundial.
1.2 Conceitos de processo histórico – causas e consequências
	Definem a história do homem os seus processos de relacionamento entre si e com a natureza, bem como os modos de desenvolvimento da atividade humana e cultura. Essas práticas de relacionamento criaram novos conceitos em relação ao mundo. 
O processo histórico seguimento da disciplina de história, é o estudo das alterações que ocorreram ao longo dos anos e ainda ocorrem atualmente na vida do homem. Incluem-se nesse seguimento, as mudanças quantitativas e as mudanças qualitativas. As mudanças quantitativasocorrem quando há a verificação do aumento ou a redução da quantidade de pessoas na sociedade humana e as mudanças qualitativas podem ser positivas ou negativas e repercutem profundamente na estrutura da sociedade.
	A História é um processo que não possui divisões, porém para o estudo da evolução da humanidade, divide-se em épocas ou idades para facilitar os estudos desta disciplina, buscando as características de cada período e para mostrar o significado de determinada época.
Para se dividir a História, existem diversos critérios: econômicos, políticos e sociais. 
Entende-se como pré-história, o período entre o aparecimento do homem, por volta de 4.000 a.C., marcado pela inexistência de fontes históricas escritas que permitiam a reconstituição exata dos atos humanos da época. Esse período compreende os períodos Paleolítico e Neolítico marcada pelos primeiros estágios da vida humana.
A história começa com a invenção da escrita e dura até os dias atuais. Divide-se em 4 fases:
Idade antiga: iniciando na invenção da escrita e terminando no século V d.C., marcada pelo aparecimento das primeiras civilizações, o desenvolvimento de grandes impérios, como a Grécia e Roma e terminando com a destruição do Império Romano, no ano de 476 d.C.
Idade Média (476 até 1453): iniciando no século V determinado pela destruição do Império Romano do Ocidente e pelas migrações dos povos bárbaros, posteriormente se estabelecendo na Europa Central e Ocidental, originando o surgimento de outros reinos. Terminou no século XV e houve um regresso da economia, época do Feudalismo.
Idade Moderna (1453 até 1789): teve início no século XV com o declínio do Feudalismo, o início de novos grupos sociais, melhora na vida econômica. A Europa passa por transformações religiosas, políticas e culturais. O Brasil e a América são descobertos, tendo fim no século XVIII.
Idade contemporânea (1789 até os dias atuais): teve início no século XVIII com a Revolução Francesa, responsável por uma série de transformações na Europa e na América; volta a existir a democracia; com a Revolução Industrial, a técnica passa por diversas modificações; se desenvolve o nacionalismo; países europeus tornam-se imperialistas; ocorrem duas guerras mundiais e há a conquista espacial, se desenvolve ainda até os dias atuais.
Assim se dá o processo histórico, com fatos históricos produzidos por causa e consequências, que serão causas de outros novos fatos e outras novas consequências, sucessivamente. Todos os fatos estão ligados entre si, numa sucessão de causas e efeitos, resultados de uma longa e lenta evolução incessável, pois os fatos que estão acontecendo atualmente produzirão consequências e a humanidade continuará evoluindo.
2. A ESCOLA E A COMPREENSÃO DA REALIDADE
2.1 Os homens de nosso tempo
	A criança vai vivenciando a escola como um lugar para se pensar e dialogar, assim deve ser ajudado a adquirir certas capacidades e compreensões sobre os principais problemas que afetam o homem do nosso tempo.
	Faz-se importante procurar uma forma que estimule o interesse das crianças de acordo com sua maturidade e idade, pois o trabalho com a atualidade apresenta muitos obstáculos e muitas vezes os temas encontram-se fora do alcance da criança como, por exemplo, acontecimentos de caráter político.
	O professor tem como função orientar os alunos a raciocinar a partir do conteúdo que os interessa, fazendo que enxerguem o problema ou contexto social em que ocorrem as causas que afetam a vida das pessoas. Para que se habituem ao jornal, pode-se trabalhar com a notícia, pois assim, reconhecem o jornal e debater sobre ele.
	Pode-se fazer um trabalho ocasional, uma notícia da atualidade ou um trabalho sistemático, onde se estabelece um horário para leitura ou debate, fornecendo as crianças elementos para compreensão da realidade, em grupos ou coletivo para se chegar a uma conclusão.
Nesses tipos de trabalhos, o professor deve avaliar a compreensão que cada um alcançou e permitir que exprimam o que pensam ou sentem em relação a um determinando acontecimento ou situação.
2.2 Os homens de outros tempos
	Para a compreensão do mundo que nos rodeia, bem como suas características, deve-se entender o passado, elementos necessários para compreensão do presente.
	Deve-se habituar as crianças a comparar períodos históricos entre si, passado com presente, visualizando as transformações que ocorreram para organização da sociedade, desta forma, devem descobrir a história do homem como uma mudança permanente.
	A disciplina de História deve auxiliar o aluno a se localizar no tempo, através de algumas datas marcantes, assinalar a diferenças entre os períodos.
	O primeiro problema para o aprendizado da disciplina é a percepção do tempo, em seguida os temas que não relacionam com sua área de interesse e compreensão e, por fim a confusão entre o plano da realidade e o da fantasia.
Portanto, deve-se estabelecer sempre relações com o presente para vincular o presente as figuras e documentos; trabalhar a construção de gráficos que representem a relação dos acontecimentos no tempo para terem uma sucessão dos fatos a serem estudar. Trabalhar com biografias, ler contos, novelas e poesias gera motivação e ajuda o aluno a se sentir mãos próximo do período histórico.
3. ENSINO DE HISTÓRIA: DISCUTINDO SUA PRÁTICA
3.1 Ensino de história para crianças
	A história não é aprendida somente no ambiente escolar. Desde cedo, as crianças possuem inúmeras informações, explicações no convívio social e familiar, imagens, entre outros, são atentos às modificações e ciclos da natureza, envolvem-se com os ritmos da vida urbana, como televisão, são induzidos pelos apelos de consumos da sociedade. Socializam-se com fotos, lembranças de outros tempos, gerações, regras sociais, costumes, agregação de valores, projetam o futuro e questionam o tempo.	
Nos anos iniciais na escola o ensino da disciplina de história tem como função principal iniciar o desenvolvimento das habilidades necessárias para a compreensão das ações praticadas pelo homem ao longo tempo. Com esse conhecimento, possibilita-se a compreensão das ações humanas no presente, bem como, escolhas e tomadas de decisões quanto ao presente e futuro, criando condições para a construção do pensamento histórico. 
	Os objetivos são determinados a partir dos princípios que se baseiam na Constituição brasileira, como: liberdade, tolerância, valorização da experiência escolar, igualdade e solidariedade. Ganham formas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, conhecendo a realidade social e política, principalmente no Brasil, levando-se em conta contribuições de diferentes culturas e etnias para a formação do cidadão brasileiro e também nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, no qual, desenvolve noções de responsabilidade, criticidade, criatividade, respeito ao bem comum, solidariedade e sensibilidade à ordem à ordem democrática e à diversidade artística e cultural.
Recursos como rádios, livros, jornais, revistas, a televisão e computadores, difundem personagens, cenários, datas, fatos e costumes, no qual, estimulam o pensar sobre diferentes contextos e vivências humanas.
Nos Jogos Olímpicos, no centenário do cinema, nos cinquenta anos da bomba de Hiroshima, nos quinhentos anos da chegada dos europeus à América, nos cem anos de República e da abolição da escravidão, os meios de comunicação reconstituíram com gravuras, textos, comentários, fotografias e filmes, glórias, vitórias, invenções, conflitos que marcaram tais acontecimentos. (PCN, 1998, p.38).
	A seu modo, as crianças sempre participam desse trabalho de memória, no momento em que recria e interpreta o tempo e a história, apreendem detalhes de construções, traços nas ruas, contornos de paisagens, desenhos moldados pelas plantações, entulhos, que remetem para o antes (antigo) e o agora (novo), motivando-os a diferenciar e a olhar o presente e o passado com os olhos da história. Aprendem também que existem lugares para guardae preservação da memória, como: arquivos, bibliotecas e os museus.
	São diversos os momentos, meios e lugares em que pode-se notar a existência da história. Crianças, jovens e as famílias incluem às suas vivências, explicações, informações e também valores que são oferecidos nas salas de aula. Muitas vezes, é a escola que cria os estímulos e significados para lembrar ou silenciar sobre este ou aquele evento, esta ou aquela imagem, este ou aquele processo.
	É necessário diferenciar o saber de modo informal, aquele vivenciando em casa do que aprendem na escola, pois no espaço escolar o que aprendem é uma reelaboração do saber histórico escolar, proveniente do diálogo entre muitas fontes e interlocutores, reconstruído de objetos sociais, pedagógicos e didáticos.
Dele fazem parte as tradições de ensino da área; as vivências sociais de professores e alunos; as representações do que e como estudar; as produções escolares de docentes e discentes; o conhecimento fruto das pesquisas dos historiadores, educadores e especialistas das Ciências Humanas; as formas e conteúdos provenientes dos mais diferentes materiais utilizados; as informações organizadas nos manuais e as informações difundidas pelos meios de comunicação. (PCN, 1998, p. 39).
	No processo de aprendizagem, o responsável principal pela criação das situações de troca, estímulo na construção de relações o que é vivenciado e o que é estudado, possibilidade de acesso a novas informações, confronto de opiniões, apoio ao aluno na recriação de suas explicações e transformações de suas concepções históricas é o professor.	
Apesar de possuir pouca idade, as crianças guardam em sua memória os elementos de seu passado que possui significado no seu presente. Organizar memórias, biografias, fatos do passado vivido e fontes é um passo importante para introdução do estudo do passado não vivido e para apreender o tempo histórico, resultante dos impactos entres mudanças e permanências, perdendo a originalidade de concepções sobre a realidade social. Retomar o passado e sua ligação com o presente é um dos mais importantes aspectos do ensino de história, a ser planejado partindo da vivência e do cotidiano.
	Faz-se importante o ensino de história para a formação do cidadão, pois assim, as crianças compreendem o seu passado, a partir de referências do seu presente, fazendo assim, uma projeção para o seu futuro. É importante também, fazer com que a criança se desenvolva, vivenciando a duração e o ritmo de uma determinada ação.
	
3.2 Recursos tecnológicos aplicados ao ensino de história
Sabe-se que a tecnologia está constantemente presente no cotidiano das crianças. Desta forma, a escola não pode ficar fora dessa tendência e tem de aplicar essas modernidades em sala de aula, o que pode ser muito interessante para os alunos.
O ensino de história deve estar de acordo com a nova realidade, dando ao aluno a possibilidade de uma melhor compreensão do mundo, das relações novas de trabalho e preparados para o exercício da cidadania. Assim, faz-se necessário um ensino relacionando com o tempo atual.
	O uso de recursos tecnológicos tem grande importância no mundo atual, favorecendo o desenvolvimento de uma série de capacidades, que permitem o contato com diversas linguagens.
As TICs – Tecnologias de Informação e Comunicação geram um estímulo ao aluno no processo de ensino-aprendizagem, trazendo para o ambiente escolar, um ensino interativo, que facilita e enriquece a veiculação e as informações transmitidas.
Novas tecnologias como recursos de multimídia, vídeo, fotografia, filmes, sons e imagens quando utilizados da maneira correta, se tornam ferramentas de apoio para a apresentação, construção e transmissão do conhecimento histórico. Além disso, o desenvolvimento tecnológico permite que programas e máquina sejam poderosos instrumentos, como a digitalização das diversas fontes históricas que além de alargar a conservação dos documentos históricos possibilita que o docente os utilize para análise e discussão sobre o passado e o presente.
A TV, o vídeo e os computadores são um dos recursos mais utilizados no desenvolvimento de atividades nas aulas de história. A TV auxilia na ilustração da fala em sala de aula, dando vida aos cenários de histórias presentes nos livros ou aproximando o aluno de uma realidade distante, porém presente na sociedade. Já os computadores juntamente com a Internet, são instrumentos que processam e utilizam símbolos diferentes, potencializam pesquisas, a divulgação e as produções textuais.
Através da internet, novos caminhos se abrem para o trabalho do professor. O uso do correio eletrônico nas atividades de sala de aula pode ser um exemplo desses novos caminhos. O professor pede aos alunos que realizem uma determinada atividade e a envie pela internet para as devidas observações e correções. O objetivo é fazer que os alunos ao realizarem a tarefa, além responderem a atividade, tenham habilidades no envio e recebimento de mensagens eletrônicas e o professor ao enviar a resposta, realize o “feedback”que muitas vezes não acontece na sala de aula. (MOURA, 2009, p. 7).
Outra ferramenta que viabiliza o trabalho em sala de aula são os hipertextos, no qual, através deles o aluno e o professor descobri a melhor forma para se ler e entender textos histórico, favorecendo o entrelaçamento de diversas áreas de conhecimento, possibilitando a relação dos conteúdos de histórias às diversas disciplinas do currículo escolar.
Ao trabalhar um tema histórico com o hipertexto (seja da internet ou produção do professor) o professor possibilita uma interação do texto com imagens e sons e favorece uma leitura não apenas de decodificação mecânica e sim de compreensão. Mas, o professor precisa ficar atento para as potencialidades do uso do hipertexto, pois nem sempre trará benefícios aos alunos para a compreensão de um determinado assunto ou quando lhe for pedido apenas uma leitura de um texto linear impresso. (MOURA, 2009, p. 7).
Antes de adotar novas tecnologias no ambiente escolar, o professor de história deve primeiramente definir o que quer ensinar, o porquê e como ensinar a disciplina, bem como, uma fundamentação teórica para que suas práticas não se tornem conteúdos repetitivos e poucos atraentes.
Assim, com todos os avanços, há necessidade de adequação, de abertura para o novo, a fim de tornar as aulas mais atraentes, participativas e eficientes. A ideia não é abandonar o quadro negro, mas usar das novas tecnologias em sala de aula. O uso dos recursos tecnológicos deve estar associado ao domínio de conteúdo e metodologias para que se possa escolher a mais adequada à construção do conhecimento histórico.
3.2.1 Desafios do uso das tecnologias em sala de aula
	Assim como contribuição para o ensino de história, os recursos tecnológicos são complexos e também um desafio para professores que não estão preparados para encarar essa nova realidade. É preciso estar preparado para utilizá-los de maneira correta e propiciar uma aula dinâmica e mais produtiva.
	Se mal utilizada, a tecnologia pode facilitar para os alunos, como por exemplo nas tarefas, com respostas prontas e rápidas que se encontram facilmente ao pesquisar, onde resulta em um não aprendizado.
	Muitas vezes, os recursos tecnológicos são levados pelos professores, porém este continua com uma metodologia repetitiva, que não dá espaço para que o aluno crie, produza, aprenda e se torne um cidadão do mundo.
	Os professores antes de tudo, devem ser formados para o uso pedagógico das tecnologias, pois pode ocorrer uma preocupação em usá-las para passar conteúdo e não para aprendizado do aluno.
As novas tecnologias trazem modificações nas formas de se trabalhar o conhecimento, exigindo assim novas formas de se trabalhar este conhecimento e novas formas de organização do espaço, tempo e também das relações internas da escola.
Portanto, o professor deve estar preparado e aberto a essas novas mudanças no ensino, principalmente na postura de facilitador e coordenador do processo de ensino-aprendizagem,entendendo que seu novo papel é de mentor e desafiador ativo de uma dinâmica nova no contexto da ação docente.
3.3 Materiais didáticos aplicados ao ensino da história
Sabe-se que o ensino de história deve contribuir para a formação da identidade e também para a tomada de decisões. Isso ocorre durante os anos iniciais, promovendo o desenvolvimento de habilidades que possibilitam a construção da realidade. 
Hoje, o professor é livre para aprender a utilizar diversos meios, atividades, técnicas, linguagens, entre outros, ou seja, todos os recursos didáticos que possibilite o cumprimento dos objetivos diante do ensino de história. 
	O uso de livros didáticos e paradidáticos, manuais, guias, documentários, a TV, revistas, jornas, entre outros são utilizados para a formação contínua.
Pensando no aluno, também a pesquisa acadêmica e a experiência docente têm anunciado que a diversidade de estratégias, artefatos e ambientes é salutar para a aprendizagem. A satisfação do aluno, o interesse, a auto-experimentação, o prazer da descoberta, o respeito aos conhecimentos prévios e às singularidades socioculturais dos alunos, por exemplo, são noções pedagógicas bastante conhecidas que estimulam e orientam o emprego de variados recursos didáticos. (FREITAS, I. 2009).
	
	A aprendizagem histórica deixa de ser uma mera ação de ler, ouvir, copiar e responder e passa a envolver habilidades de conhecer, reconhecer, construir, comparar, relacionar, fazer uso e criticar. Isso leva-se ao emprego e ampliação de estratégias que incluem a manipulação de fontes de gêneros e diferentes suportes, como: depoimento oral, certidões, artigos de jornal ou revistas, fotografias, entre outros, e também o estímulo à criatividade e criticidade, como o uso de desenhos, dança, narrativa histórica em quadrinhos, teatros, bem como o emprego de novas tecnologias (TICs), como a televisão, jogos eletrônicos, e a internet.
	Essas novas estratégias de ensino não devem excluir o emprego dos livros escolares, como livros didáticos, literários, de imagens, palavras, dicionários, entre outros, mas sim auxiliar o professor no desenvolvimento de determinada habilidade necessário para a compreensão histórica.
	A utilização de recursos didáticos de diferentes naturezas, muito contribuem para o aprendizado, ampliando o potencial interpretativo do conteúdo, rompendo com o limite da exposição oral. Estes materiais para ter uma função significativa no aprendizado da disciplina de história, deve ser preparado através de uma ação em conjunto com o aluno e o professor, não sendo apenas utilizado em sala de aula, mas também produzido, gerando-se um processo de interação entre o conteúdo estudado e a sua compreensão.
	Um dos benefícios da produção destes materiais está na criação de uma junção explicativa dos temas abordados na disciplina. Através dessas produções, o aluno cria proximidade com o assunto trabalhado, sendo capaz de notar os significados dos processos históricos, além de identificar sua própria identidade dentro dos mesmos.
	Geralmente, a prática chama mais a atenção dos alunos do que as exposições orais, permitindo ao aluno a descoberta de novas interpretações para os fenômenos históricos, identificando suas habilidades e competências dentro desse universo. 
	Existem materiais para diferentes idades e etapas do processo educacionais, utilizados como livros pintura, de modo que devem ser identificados os animais de determinadas civilizações, podem ser feitas visitas em museus, livros em que devem ser identificados as divindades e suas narrativas místicas e muitos outros materiais que recriam maquetes de palácios e portais. É possível desenvolver diversas atividades práticas, orientadas por publicações de qualidade, no qual, além de explicar o conteúdo, preparam materiais sobre as características do povo em estudo.
	Assim como materiais elaborados, também é possível criar o seu próprio material através da análise de determinadas linguagens, como por exemplo, campanhas publicitárias, documentários, fotografias, entre outros. O aluno pode ser estimulado a identificar a sua própria identidade dentro do contexto da história do seu bairro, da sua cidade, através da prática da fotografia, na construção de uma exposição, por exemplo, de lugares antigos que foram transformados e assim, dar sua opinião sobre o tema em estudo.
A construção do seu próprio material didático é uma atividade que promove a integração entre os alunos, o professor e o conteúdo em estudo. Deve ter uma função integradora, usada como mecanismo de construção do conhecimento. 
Quanto maior for a integração do aluno com os recursos de produção do conhecimento mais ampla será sua aprendizagem. Um dos ganhos da prática de produção do material didático é retirar o professor do papel de transmissor e possibilitar que, junto ao aluno, ele seja um produtor de conhecimento histórico. As experiências das práticas pedagógicas favorecem a construção de sentidos históricos nos futuros educadores, bem como em seus alunos, quando estes utilizam as atividades sugeridas pela construção de material didático. (LIA; COSTA; MONTEIRO, 2013, p. 51).
Deve-se levam em conta que cada atividade deve ser adaptada conforma a faixa etária dos alunos, para que o material didático em produção seja um suporte na formação crítica dos mesmos.
3.4 Encaminhamentos metodológicos da história
A disciplina de história tem como objeto de estudo os processos históricos conforme as ações humanas praticadas no tempo, bem como a respectiva significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações. Sua finalidade de ensino é a formação de um pensamento histórico a partir da produção do conhecimento.
No Ensino Fundamental propõe-se conteúdos básicos que priorizem as histórias locais e do Brasil, estabelecendo relações com a história mundial. Estes conteúdos básicos têm por finalidade a discussão e a busca de soluções para um tema/problema proposto. Para que compreenda como se origina a construção do conhecimento histórico, o docente deve organizar seu trabalho por meio do trabalho com vestígios e fontes históricas diversas; da fundamentação na historiografia; da problematização do conteúdo; essa organização deve ser estruturada por narrativas históricas produzidas pelos sujeitos. 
Utilizam-se metodologias e recursos didáticos que possibilitem: 
Apreensão das ideias históricas, em relação ao tema em estudo; 
Capacidade de síntese e redação de uma narrativa histórica; 
Expressar o desenvolvimento de ideias e conceitos históricos; 
Revelar se houve apropriação de leitura de documentos com linguagens contemporâneas, como, filmes, fotografia, história em quadrinhos, música, reportagens, etc.
3.5 Objetivos gerais da história baseado nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN)
Espera-se no Ensino Fundamental, que os alunos ampliam a compreensão da sua realidade com a disciplina de história, confrontando-a e relacionando-a com outras realidades histórias, e dessa forma, fazer suas próprias escolhas, além de estabelecer critérios para orientar as suas ações.
Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN, 1998, p. 43), os alunos devem ser capazes de:
Identificar relações sociais no seu próprio grupo de convívio, na localidade, na região e no país, e outras manifestações estabelecidas em outros tempos e espaços; 
Situar acontecimentos históricos e localizá-los em uma multiplicidade de tempos; 
Reconhecer que o conhecimento histórico é parte de um conhecimento interdisciplinar; 
Compreender que as histórias individuais são partes integrantes de histórias coletivas; 
Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos, em diversos tempos e espaços, em suas manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais, reconhecendo semelhanças e diferenças entre eles, continuidades e descontinuidades, conflitos e contradições sociais; 
Questionar sua realidade, identificando problemas e possíveis soluções, conhecendo formas político-institucionais e organizaçõesda sociedade civil que possibilitem modos de atuação; 
Dominar procedimentos de pesquisa escolar e de produção de texto, aprendendo a observar e colher informações de diferentes paisagens e registros escritos, iconográficos, sonoros e materiais; 
Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade social, considerando critérios éticos; 
Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e dos povos como condição de efetivo fortalecimento da democracia, mantendo-se o respeito às diferenças e a luta contra as desigualdades.
3.6 Propostas curriculares no ensino de história
	Na disciplina de história é fundamental que o professor e o aluno se entendam como sujeitos da sua própria história e compreendam a realidade para poder expressá-la, pois ambos irão descobrir juntos, situações vividas por outros homens, em outros tempos.
	O professor deve sempre ter a pesquisa no cotidiano escolar, fornecendo o suficiente para a iniciação histórica, para que o aluno possa entender o universo de mudanças. 
	Quando são utilizados os métodos de investigação histórica articulados por narrativas históricas em sala de aula, alunos e professores percebem que a história está narrada em diversas fontes, estas na qual, os historiadores utilizam para construírem suas narrativas históricas.
	Deve-se levar em conta o que o aluno pensa e sabe, com o que se interessa e se preocupada, pois assim reflete-se sobre o seu próprio inventário e se interpreta o processo histórico desenvolvido até o momento em que está vivendo (atual).
	O professor deve produzir situações de aprendizagem, possibilitando que o aluno se identifique enquanto sujeito do processo histórico, sendo possível ocorrer quando se conhece e compreende os processos de produção desse conhecimento, pois o que é mais significativo para o aluno é o que está mais perto dele.
	No processo de ensino-aprendizagem, os professores devem desenvolver atividades reflexivas que permitam a compreensão da dinâmica e das contradições do processo histórico, deixando de lado o método tradicional de apenas transmissor e narrador de história.
	É fundamental para o ensino desta disciplina a reflexão sobre o meio histórico, pois assim aprende-se a entender as transformações das sociedades em diferentes tempos e espaços. 
	No trabalho com a recorrência histórica, o aluno aprende as relações passado/presente, bem como, se situa nas permanências/mudanças e nas diferenças/semelhanças, percebendo assim a história como um processo dinâmico e contraditório. Para este trabalho, necessita-se por parte do professor, uma investigação e uma seleção criteriosa dos documentos que serão utilizados dentro de situações concretas, tomando o cuidado de não passar uma visão fragmentada da sociedade, analisando sempre todos os aspectos.
	Estes documentos citados anteriormente podem ser apresentados aos alunos em formato de um texto, documentos de épocas ou até mesmo vídeos/documentários, levando a elaboração da criação de textos, jornais, pesquisas orientadas, painéis, debates, paródias, dramatizações, entre outros. Desta forma, leva-se o aluno a organizar ideias e registros individuais e até coletivos sobre o conteúdo em estudo.
Com o conhecimento histórico, conhece-se o passado e constrói-se o futuro de identidades presentes e assim decidindo-se como agir. Essas decisões, tanto em relação as representações que se faz de si mesmo e ao redor, quanto dos caminhos que desejasse trilhar de forma individual ou coletiva, são mediadas por informações fornecidas pelo conhecimento histórico, principalmente no meio escolar. 
Assim, pode-se trabalhar com os seguintes aspectos:
Conhecer/Construir: conceitos do passado, de tempo, espaço, fonte e também de interpretação, no qual, viabilizem o entendimento dos atos, pensamento, bem como dos sentimentos dos homens através do tempo;
Reconhecer/Comparar: diferenças e semelhanças, transformações, permanências, bem como, relações sociais, culturais, econômicas e o modo de vida;
Utilizar instrumentos de busca, fontes de informações e ferramentas veiculadas a informação em diferentes gêneros e suportes/recursos.
Atribuir valor a ações individuais e coletivas composto de um grande significado social.
Por meio do diálogo com fontes e documentos históricos é feito a análise dos elementos que permitem a recuperação do passado.
Cabe ao professor, agir como mediador, tendo a função de questionar, orientar e dialogar dentro de sua concepção histórica e pedagógica e para que isso aconteça necessita-se de um prévio e criterioso planejamento de suas atividades.
	Propõe-se para o ensino de história habilidades gerais e específicas como:
Registrar medidas e observações;
Descrever situações; 
Planejar e fazer entrevistas; 
Sistematizar dados;
Elaborar relatórios;
Argumentar;
Trabalhar em grupo;
Investigar e intervir em situações reais;
Formular questões;
Diagnosticar e enfrentar problemas, individualmente ou em equipe;
Sistemas sociais e culturais de notação do Tempo ao longo da História;
Diferentes linguagens das fontes históricas: documentos escritos, mapas, imagens, entrevistas;
A vida na Pré-História e a escrita;
Rodas de conversas que relatem acontecimentos marcantes da vida dos alunos e professores, ou da própria turma;
Leitura compartilhada de textos biográficos ou de memórias, destinados às crianças;
Produção de relatos (orais, escritos ou por meio de desenhos) das memórias pessoais da criança e de outros sujeitos, como familiares e colegas de classe, enfatizando a localização temporal dos acontecimentos relatados;
Atividades de análise de fotografias e imagens do acervo pessoal ou da família para refletir sobre a sequência temporal;
Situações de rodas de conversa em que os alunos relatem suas experiências com o trabalho relacionado às fontes históricas. 
Organizar atividades, nas quais os alunos relatem oralmente, por meio da escrita ou de imagens, os acontecimentos vivenciados por eles, enfatizando a ordenação cronológica dos fatos. 
Enfim, são inúmeros os assuntos e atividades que podem ser abordados nessa disciplina, considerando que deve funcionar como instrumento capaz de levar o aluno a perceber-se como parte de um amplo meio social. Assim, mesmo partindo das relações mais imediatas, como a família, por meio do estudo da história, o aluno poderá compreender as determinações sociais, temporais e espaciais presentes na sociedade.
Desta forma, recomenda-se que o desenvolvimento de capacidades de leitura, reflexão e escrita, inicie-se de situações cotidianas, para avaliar as influências históricas sociais e culturais. A História funcionaria, assim, como uma espécie de espelho do tempo, mostrando imagens que, embora intangíveis, vão sendo desenhadas pela curiosidade de cada observador à busca de conhecimento.
3.7 Avaliação no ensino de história
	
A avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, permeando o conjunto das ações pedagógicas. Deve ser compreendida como um processo contínuo, processual e diversificado. Ao considerar os conteúdos de história trabalhados em sala de aula, para o desenvolvimento da consciência histórica é necessário ter clareza que avaliar é sempre um ato de valor, que tem finalidades, objetivos, critérios e instrumentos, que permitem rever o que precisa ser melhorado ou o que já foi aprendido.
	É importante no processo de avaliação de história, considerar o conhecimento prévio, hipóteses e domínios dos educandos, relacioná-los com as modificações que ocorrem no processo de ensino e aprendizagem.
	O professor deve identificar aspectos como: apreensão de conteúdo, conceitos, procedimentos, noções e também atitudes como conquista, comparando-se o antes, durante e o depois.
Assim, a avaliação não revela simplesmente as conquistas pessoais dos jovens ou do grupo de estudantes. Ela possibilita ao professor problematizar o seu trabalho, discernindo quando e como intervir e quais as situações de ensino-aprendizagem mais significativas ao longo do ciclo. Para atenderà diversidade de situações que encontra quando se coloca diante dos alunos, deve conhecer uma variedade de atividades didáticas. Nessa linha, deve aprender a registrar as situações significativas vividas no processo de ensino, procurar conhecer experiências de outros docentes e socializar as suas com outros educadores. (PCN, 1998, p. 40-41).
	Uma avaliação não deve mensurar apenas fatos ou conceitos para serem assimilados, mas também deve possuir um caráter diagnóstico, no qual, possibilite ao aluno avaliar o seu próprio desempenho como docente, refletindo sobre as intervenções didáticas e outras possibilidades de como atuar no processo de aprendizagem dos alunos.
A avaliação deve fazer parte do trabalho do professor, diagnosticando quando cabe a ele confrontar, informar, instigar questionamentos, problematizar, criar novas situações para que ocorra o aprendizado.
Os instrumentos de avaliação podem variar de acordo com o que foi trabalhado, alguns exemplos são:
Testes de avaliação de conhecimentos; 
Fichas de trabalho; 
Trabalhos de pesquisa; 
Expressão oral e escrita; 
Compreensão oral e escrita; 
Autonomia e responsabilidade; 
Domínio do vocabulário específico da disciplina; 
Trabalhos de casa; 
Participação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	
	O ensino de história está relacionado com o conceito de tempo, no qual, todos relacionam de alguma maneira com o seu passado, porém é o desenvolvimento do pensamento histórico por meio do conhecimento racional da história que leva além desse relacionamento geral, preparando para pensar e agir na vida prática.
Nas séries iniciais o estudo deve partir da própria história de vida do aluno, avançando para o estudo da história local que deve ser apresentada como algo, vivo, vibrante, capaz de despertar paixão e colaborar para a compreensão do mundo, promovendo uma reflexão na qual, cabe ao professor fazer com que seja efetivada, ainda que de modo tímido.
É importante realizar em conjunto com o aluno um trabalho significativo, centrado na sua aprendizagem, de modo a contribuir para a construção de conhecimento histórico, bem como, abrir caminho para a construção da cidadania, respeito as diversidades e garantia dos direitos humanos.
Não se pode esquecer dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) que apontam que o estudo e o ensino de história deve partir da história de vivência cotidiana do aluno em seu tempo e espaço, incluindo contextos históricos, partindo do tempo presente e denunciando a existência de tempos passados, modos de vida e costumes diferentes dos conhecidos.
O professor deve trabalhar atividades que envolvam reflexões, questionamentos, análises, pesquisas, debates, interpretações e organização de conteúdos históricos. Desta forma, é necessário que o ensino de história promova uma reflexão crítica e seja entendida como o resultado da ação de diferentes setores, classes ou grupos de toda a sociedade. É importante que o educando conheça a história da humanidade como resultado da produção humana.
Esta disciplina deve investir na autonomia do educando, possibilitando-o interferir na sociedade de modo critico enquanto sujeito histórico. Trata-se muito mais do que decorar datas e nomes, é descobrir, analisar fatos registrados no passado, bem como, entender as atividades dos homens do mundo, pois é além da história que são estabelecidas relações em uma determinada época para ser estudada, podendo perceber-se mudanças, resistências e permanências com o passar do tempo.
Portanto, o ensino de história na escola perpassa leitura, envolvendo a questão do tempo e da ação do homem no meio, tendo a função de intervir e questionar a história que lhe é ensinada. É necessário que a escola em conjunto com o professor, considere que é preciso instigar no aluno a formação de uma consciência crítica e cidadã.
	
	Conteúdos
	Objetivos
	Encaminhamento Metodológico
	Recursos
	Avaliação
	Cronograma das atividades
	Estudo sobre o passado do município.
	- Relatar a história em tempo presente e passado de locais do município em estudo.
	1. Com as figuras trazidas pelos alunos, em grupo, será feito uma socialização.
2. Os grupos irão escolher algumas figuras e fazer um breve resumo sobre elas baseado nas informações coletadas.
3. Em roda de conversa, a sala irá conversar sobre o assunto abordado e serão feitos questionamentos como quais foram as mudanças que ocorreram, etc.
4. Em seguida, complementarão o mural da aula anterior com as imagens antigas e recentes, escrevendo na legenda de cada figura o seu resumo.
	- Imagens
- Cola
- Tesoura
- Papel sulfite
- Régua
- Caneta colorida
	Trabalho em grupo e coletivo, observar se o aluno compreendeu o assunto estudado e participação oral.
	1. Socialização das informações em grupo.
2. Elaboração de resumo.
3. Roda de conversa.
4. Complementação do mural com novas informações.
ATIVIDADE PRÁTICA
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