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Prática simulada I Aula 2 caso Joana

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CIVIL DA COMARCA DE ITABUNA DO ESTADO DA BAHIA.
JOANA, brasileira, solteira, técnica em contabilidade, portador da carteira de identidade nº 9570081782, expedida pelo SSP, inscrita no CPF/MF sob o nº 006227670-18 com endereço eletrônico joanajoa@gmail.com, residente e domiciliado na Rua dos Andradas 1459, Itabuna/BA; vem por seu advogado Jaqueline Barreto, com endereço eletrônico jaquelinebarreto@gmail.com, com endereço profissional na Rua Marechal Floriano Peixoto n° 1190 bairro Centro Histórico, nesta cidade, endereço que indica para os fins do artigo 319, II e artigo 77, V do CPC, vem a este juízo propor:
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO
Pelo procedimento COMUM em face do réu JOAQUIM, brasileiro, solteiro, empresário, portador da carteira de identidade nº111992858544 expedida pelo SSP, inscrita no CPF/MF sob o nº.84964752400 com endereço eletrônico joaquim1010@gmail.com residente e domiciliado Rua João paris 1101 bairro Sarandi, Itabuna/BA, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:
I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
 A Requerente é pobre na acepção jurídica do termo e bem por isto não possui condições de suportar os encargos decorrentes do processo sem prejuízo de seu sustento. Desta forma, requer os benefícios da Justiça Gratuita nos preceitos do artigo 5°, LXXIX da Carta Magna, combinados com o artigo 4° da Lei 1.060/50 e §2 conforme a lei 1060 parágrafo 2°. o autor não tem capacidade de arcar com custas processuais.
II- DA OPÇÃO DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
A parte autora opta pela designação de audiência de conciliatória, nos termos do art. 319, VII, razão pela qual requer a citação da demandada, nos termos do art. 247, NCPC, para que compareça em audiência designada por este Juízo.
III- DOS FATOS
A autora foi surpreendida com a notícia de que seu filho Marcos, de 18 anos, tinha sido preso de forma ilegal e encaminhado equivocadamente ao presídio central. 
Ressalta-se que a autora desesperada vendeu seu único automóvel pelo valor de R$ 20 mil para seu vizinho Joaquim, ora réu.
Deve ser mencionado que o réu ao saber da situação de Joana, e que por ser vizinho próximo, não teve a consideração e agiu de má fé aproveitando-se para obter vantagem patrimonial da mesma, ou seja, ciente ainda, que a autora estava desesperada em conseguir a quantia solicitada pelo advogado, posto que o filho havia sido preso de forma ilegal. 
No dia seguinte ao negócio jurídico realizado, Joana descobriu que a avó de seu filho tinha contratado outro advogado para atuar no caso e que tinha conseguido a liberdade provisória através de um habeas corpus. Diante disto, Joana quis desfazer o negócio, entretanto, Joaquim se nega a desfazer o negócio jurídico celebrado.
O único motivo que levou a autora a vender o seu bem, seu único automóvel, era o fato de que seu filho estava preso ilegalmente e precisava da quantia para os honorários advocatícios.
Desta forma, JOANA está amparada nos artigos 157 CC e 171 II, CC.
IV - DOS FUNDAMENTOS
Conforme se apura, há no contrato celebrado um vício que enseja a anulação do negócio jurídico, conforme prevê os artigos 156 e 171, II, CC posto que o autor vendeu seu bem de valor de R$ 50.000 (cinquenta mil reais), por R$ 20.000 (vinte mil reais) face ao estado de necessidade do filho preso de forma ilegal e o desespero da autora.
Conforme autor Theodoro Junior:
(...)“A configuração do estado de perigo compõe -se de requisitos objetivos e subjetivos.O primeiro diz respeito à ameaça de grave dano – atual ou iminente – à própria pessoa ou à pessoa de sua família, que leva a pessoa à assunção de obrigação excessivamente onerosa. O segundo o conhecimento do perigo pela outra parte, que obtém vantagem com a situação. (2001, p. 252 -253)”.
O único motivo que levou a autora a vender o seu bem, seu único automóvel, era o fato de que seu filho estava preso ilegalmente e precisava da quantia para os honorários advocatícios. Há motivos para a anulação do negócio jurídico celebrado, pois o preço da venda foi inferior ao preço do mercado.
Conforme a jurisprudência:
(...)“Processo:RE106793, órgão julgador primeira turma,publicado DJ 06-12-1985 PP22588 emente vol-01403-03 PP-00589 julgamento 08de novembro de 1985. Ministro Octávio Gallotti. AÇÃO POPULAR. OBICE REGIMENTAL (ART. 325, V, C) AFASTADO (RE 82.052, RTJ-89/240). A PRESUNÇÃO CONTRARIA A LEGALIDADE DOS ATOS DE ALIENAÇÃO, DEFINIDOS COMO NULOS PELO ART. 4., V, 'C', DA LEI N. 4.717/65, DECORRE DA VERIFICAÇÃO DE SER O PREÇO DA VENDA INFERIOR AO DO MERCADO, CIRCUNSTANCIA DE FATO RECUSADA PELO RECORRIDO (SÚMULA 279). 
Devido a verificação de vício no negócio jurídico, o estado de necessidade do filho preso da autora, a venda do automóvel com valor inferior ao de mercado e a má-fé do réu, a ação de anulação do negócio jurídico deverá ser provido.
V - DOS PEDIDOS
Diante do exposto, o autor requeira a este juízo:
1. A citação do réu para responder a presente sob pena de revelia e confissão se não o fizer;
2. A gratuidade da Justiça;
3. A citação do réu para comparecer a audiência de conciliação;
4. Que seja julgado procedente o pedido de anulação do negócio jurídico;
5. Que seja julgado procedente o pedido para condenar o réu nas custas
Processuais e nos honorários advocatícios.
VI - DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial (a prova documental, a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do Réu).
VII – DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 20 mil.	
Nestes termos, pede deferimento.
Porto Alegre, 15 de agosto de 2017
Advogada
Jaqueline Barreto
OAB/3110 RS

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