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TRABALHO NOVO DE ED FISICA1 SEMESTRE UNOPAR 2017.2

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Essa Produção Textual Interdisciplinar em Grupo tem como temática “As diferentes fases do desenvolvimento humano nos fundamentos do movimento humano na metodologia do ensino do atletismo”
O atletismo constitui-se num dos conteúdos curriculares fundamentais da Educação Física no ensino básico, podendo ser desenvolvido por meio de uma proposta lúdica e, nessa perspectiva, o eixo condutor para sua aprendizagem pode ser o jogo. Sua importância e significado na formação e desenvolvimento da criança é discurso uníssono na teoria vigente o atletismo, enquanto manifestação da cultura corporal humana pode representar a oportunidade de colocar em prática um rico repertório lúdico da cultura infantil, com o desenvolvimento de jogos com as atividades naturais de marchar, correr, lançar e saltar, construídas e ressignificadas historicamente pelo homem.
O atletismo, embora tenha seu reconhecimento enquanto esporte base, sendo um importante conteúdo para auxiliar o aluno a desenvolver-se de maneira plena, tem sua prática pouco utilizada nas escolas . Esse pouco interesse pela aplicação e desenvolvimento dessa modalidade esportiva nas escolas parece estar relacionado às condições do ambiente físico e da carência de material (GEMMENTE; MATTHIESEN, 2014; SILVA et. al.; 2015).
Por outro lado, o atletismo é a base inicial para o equilíbrio físico da criança e deve ser trabalhado nas escolas, uma vez que contribui para o desenvolvimento psicossocial. Nessa percepção, essa modalidade esportiva pode também ser usada como um meio para ampliar o conhecimento, socialização e ajudar os alunos a utilizarem essa aprendizagem como opção para solucionar diversas situações cotidianas, oportunizando benefícios aprimorando habilidades para vida, tanto atlética como pessoal.
Desse modo, o estudo justifica-se por meio de possibilitar novos debates acerca das ações e relações docentes com o ambiente físico, disponibilidade de materiais existentes, metodologias de ensino e suas interfaces com o desenvolvimento pleno do indivíduo, em contribuição para que a criança e o adolescente possam apresentar um desenvolvimento completo
Na medida em que o atletismo assume esse sentido diferenciado no universo esportivo escolar, o estudo trilha na construção e desenvolvimento de uma proposta lúdica que possa estabelecer, a partir de sua prática, o desenvolvimento humano.
A partir desse contexto, o estudo é desenhado na perspectiva de responder à seguinte questão central: Como as diferentes fases do desenvolvimento humano no contexto dos fundamentos do movimento humano influenciam no ensino do atletismo? 
Tendo como o objetivo possibilitar a aprendizagem interdisciplinar dos conteúdos desenvolvidos nas disciplinas desse semestre em descrever de que forma o Atletismo propicia a aquisição das habilidades motoras básicas; demonstrar o melhoramento dos estágios motores dos alunos a partir da prática da referida modalidade dentro do contexto escolar e explicar a importância do Atletismo para o desenvolvimento cognitivo, emocional e social dos seus praticantes.
Sendo o objetivo especifico: Distinguir diferentes fases do desenvolvimento humano; Identificar a relação entre as fases do desenvolvimento humano com o ensino do atletismo.
DESENVOLVIMENTO
O movimento humano significa muito mais do que o simples deslocamento do corpo no espaço e no tempo. Ele exerce um papel de fundamental importância para o desenvolvimento. Através dele, o ser humano se comunica, expressa suas emoções e a sua criatividade, interage com o meio físico e social e aprende sobre si mesmo e sobre os outros. De acordo com Gallahue & Ozmun (2001), o desenvolvimento motor é a contínua alteração no comportamento ao longo do ciclo da vida, através da interação entre as necessidades da tarefa, a biologia do indivíduo e as condições do ambiente. Segundo Vitta (2000),
[...] a criança tem períodos considerados ótimos para adquirir conhecimentos e habilidades específicas, desta forma não podendo ser desperdiçadas, pois passado estes períodos o aprendizado de tais conhecimentos e habilidades se torna cada vez mais difícil.
Pela relevância de sua influência, as experiências motoras devem estar presentes no dia a dia das crianças desde muito cedo. Uma vez que a capacidade de movimento não é inata, a qualidade e a quantidade de vivências motoras são essenciais para um acervo motor rico e flexível, que permita aprendizagens cada vez mais complexas.
Nas primeiras séries do ensino fundamental, deve-se proporcionar aos alunos oportunidades que possibilitem um desenvolvimento hierárquico do seu comportamento motor. Este desenvolvimento deve, através da interação entre o aumento da diversificação e complexidade, possibilitar a formação de estruturas cada vez mais organizadas e complexas.
Segundo Betti (2002), nessa fase deve-se privilegiar o desenvolvimento das habilidades motoras básicas, jogos e brincadeiras de variados tipos e atividades de autotestagem.
Na aprendizagem através do movimento, o envolvimento com o atletismo possibilita a aquisição, por exemplo, de conceitos como perto, longe, alto, baixo, círculo, giro, forte, fraco, ritmo, força e velocidade; como também o seu desenvolvimento da sociabilidade mediante interação grupal, cooperação, competição e desempenho de funções. Em outras palavras, o atletismo é usado como um meio para desenvolver outras capacidades e conhecimentos que não aqueles diretamente vinculados à melhoria da qualidade do movimento. O ensino do atletismo constitui um meio para o aluno aprender sobre si mesmo, sobre o meio ambiente físico, social e cultural em que vive. 
“O Atletismo é estritamente ligado aos movimentos naturais do ser humano de correr,marchar, lançar, arremessar e saltar, e, por isso, é chamado de esporte base”
(GONÇALVES, 2013, p. 01). 
Considerado por muitos como o esporte-base, o atletismo é fundamental para o ensino de outras modalidades esportivas. É chamado assim porque sua prática corresponde aos movimentos naturais do ser humano, como correr, saltar, lançar, etc.
Por exemplo, podemos observar um jogador em atividade numa partida de futebol, basquete ou voleibol. Durante o jogo, ele anda, outras vezes corre, salta, lança, arremessa. Por isso, um jogador de futebol, basquete e vôlei procura sempre desenvolver essas habilidades que são base dos conjuntos de atividade física do praticante dessas modalidades.
A prática do atletismo tem uma importância significativa para o desenvolvimento motor da criança. Os praticantes são sempre os mais ágeis, os mais habilidosos, os mais rápidos. Eles dominam seus corpos e se destacam em outros contextos esportivos.
Segundo diversos autores, o trabalho de base do atletismo amplia a capacidade física das crianças, permitindo que elas se expressem acima dos padrões esperados em qualquer atividade.
 Com o conhecimento de tantos benefícios que o atletismo, como esporte-base, pode se desenvolver em uma criança, vamos buscar entender como ele deve e está sendo inserido nas escola, por meio das aulas de educação física.
O desenvolvimento motor ocorre de forma progressiva durante toda a vida do ser humano, iniciando-se na sua concepção e cessando somente na sua morte; por outro lado, esse processo também pode sofrer regressões. Para que as mudanças aconteçam, não basta levar em conta apenas os fatores biológicos; deve-se considerar também os processos de interação do indivíduo com o meio e com a(s) tarefa(s) e experiência(s) vivenciadas por ele. Connoly (2000) propõe que os resultados do desenvolvimento motor sejam observados nas tarefas diárias, fundamentais para a existência do ser humano. Kelso e Clark (1982) afirmam que, antes da década de 1960, estudos sobre o desenvolvimento motor apresentavam uma perspectiva maturacionista e propunham que o desenvolvimento seria uma função dos processos biológicos inatos, relatando assim uma seqüência de mudanças que ocorriam durante a infância. Nessa perspectiva, os cientistas observavam o desenvolvimento sem consideraras relações entre diferentes fatores (ambiente e tarefas) que o influenciam.
De acordo com Connoly (2000), por volta de 1960, o foco de interesse dos estudos sobre o desenvolvimento motor mudou, de forma que a questão principal passou a ser o quê, em vez de como. Assim, as preocupações se voltaram para o(s) processo(s), não mais para o simples resultado.
Isso significa dizer que, a partir daquele momento, os cientistas já não mais estavam satisfeitos com o que obtinham como respostas. Roberton (1977), por exemplo, estava interessada nas interações dos componentes e segmentos, isto é, o foco da autora estava nas inter-relações entre o ser humano (componente) e o ambiente onde ele vive. Para entender melhor esse processo, ela observava seus avaliados em forma de segmentos para, então, poder entender o todo.
Roberton (1987), ao perceber as dificuldades e as restrições de se estudar o desenvolvimento por meio de padrões motores3 sob uma perspectiva maturacionista, foi buscar respostas na teoria sistêmica, segundo a qual a variabilidade do sistema não permite a ocorrência de um padrão. Entretanto, Langendorfer e Roberton (2002), ao avaliar novamente os dados de seus estudos de 20 anos antes, notaram que algo se repetia e que os estágios de desenvolvimento estavam, sim, presentes.
Segundo Gabbard, “ao entender o desenvolvimento motor, o ser humano está aprimorando o autoconhecimento” (GABBARD, 2000). Dessa forma, os estudos de desenvolvimento motor são baseados em seqüência desenvolvidos para que se entenda o processo dessas mudanças, e não apenas o resultado. 
Por meio dessas seqüências, os cientistas verificam os caminhos do desenvolvimento motor e explicam sua importância para a área da educação física e do esporte e para o desenvolvimento do ser humano.
Nas seqüências do desenvolvimento de habilidades motoras entende-se que o desenvolvimento humano ocorre em fases previsíveis, com mudanças esperadas em determinadas faixas etárias. Essas mudanças serão explicitadas a seguir.
Diferentes autores, como McClenaghan e Gallahue (1985), Gallahue e Ozmun (2005), Haywood e Getchel (2004, 2010), sugeriram fases e estágios de desenvolvimento motor com descrições similares. Uma dessas propostas foi sugerida por Gallahue e Ozmun (2005), e apresenta as seguintes fases:
Fase motora reflexa – inicia-se na vida intrauterina e vai até os 4 primeiros meses após o nascimento. Essa fase caracteriza-se pela presença de movimentos involuntários, que são a base para o desenvolvimento motor, por meio dos quais ocorrem os primeiros contatos do indivíduo com o meio ambiente. Por sua vez, os reflexos4 se subdividem em primitivos e posturais: os primeiros são responsáveis por atividades como alimentação, reunião de informações e reações defensivas; por outro lado, os reflexos posturais servem como mecanismos de estabilização, de locomoção e de manipulação;
Fase dos movimentos rudimentares – vai do nascimento até os 2 primeiros anos de vida. Nessa fase, aparecem os primeiros movimentos voluntários que, apesar de imperfeitos e descontrolados, são de suma importância para a aquisição de movimentos mais complexos;
Fase dos movimentos fundamentais – dos 2 aos 7 anos de idade. Esses movimentos são conseqüência dos movimentos rudimentares. Nessa fase, as crianças formar e exploram suas capacidades motoras. Assim, os movimentos fundamentais são básicos para qualquer outra combinação de movimentos;
Fase dos movimentos especializados – dos 7 aos 14 anos de idade. Nesse período, a criança/adolescente começa a refinar suas habilidades fundamentais e passa a combiná-las para a execução de inúmeras atividades, sejam cotidianas ou de lazer.
http://www.cookie.com.br/site/wp-content/uploads/2014/06/Caderno-de-Refer%C3%AAncia-Esporte-Aprendizagem-Motora.pdf
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao término do estudo verificou-se que todos os objetivos foram alcançados
mediante o levantamento na literatura nacional dos autores que escrevem a respeito da
importância do ensino do atletismo na educação básica.
http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/2211/L%C3%BAbia%20Bonapaz.pdf?sequence=1

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