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Economia - 2º Semestre

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Capítulo 5
O complexo da politica econômica
	Um dos indicadores mais importantes para a economia é o PIB (Produto Interno Bruto), o PIB representa a produção total de um país, indicando tudo o que foi produzido em um determinado período de tempo. . Ele é calculado para se obter informações importantes sobre a produção de um país. Ele é toda a riqueza produzida.
Tudo aquilo que foi produzido no passado (o estoque de riqueza) não entra no cálculo do PIB do ano em questão, pois só é calculado o que efetivamente foi produzido no ano; ou seja, o PIB é calculado/descrito em valores não em quantidade de produtos, tudo é demonstrado - expresso em moeda corrente, em valor monetário.
Óticas de cálculo do PIB:
Ótica da produção: Por meio desse cálculo, os pesquisadores desejam saber todas as quantidades de bens e serviços produzidos nos anos e qual seu preço. Há duas formas distintas de se calcular o PIB pela ótica da produção:
SOMATÓRIA DE TODOS OS BENS E SERVIÇOS FINAIS PRODUZIDOS EM UM PAÍS DENTRO DE UM ANO → é a quantidade de produto vezes o seu preço. (bens intermediários são as matérias primas, ex. a farinha não pode ser somado no cálculo do PIB, só conta por ex. o pão e o bolo, já que no preço desses itens estão embutidos os preços das matérias primas, por isso calculamos pelos produtos finais para não contar duas vezes o mesmo produto) produzidos no país, em um ano (é a quantidade de produto X o seu preço)
SOMATÓRIA DOS VALORES ADICIONADOS EM CADA ETAPA DA PRODUÇÃO, POR SETOR DE ATIVIDADE → Permite identificar o quanto cada setor da atividade contribuiu para o PIB (Cada setor de atividade agrega valor, dessa forma fazemos o cálculo do PIB, ex. um país simples produz camisetas de algodão, o Setor Primário tem a agricultura, o algodão é vendido para o Setor secundário, para a indústria têxtil, depois é vendido para o Setor terciário, para o comércio. Portanto temos o Setor Primário contribuiu para 500 reais no PIB, o Setor Secundário contribuiu com 1.000 reais e o Setor Terciário contribuiu com 1.000 reais). 
Ótica da Renda: Tudo aquilo que foi produzido em um país, em um ano, e que foi apropriado como renda, pelos trabalhadores na forma de salários; para os capitalistas na forma de lucro; e pelo governo na forma de tributos, ou seja, a ótica da renda é a somatória de todos os rendimentos (salários, tributos e lucros), recebidos pelos agentes econômicos durante o ano).
PIB= RN = W (salário) + L (Lucro) + T (Tributo)
Ótica da despesa: Todos os anos, todo valor recebido como rendimento é gasto, por isso, a somatória de todos os gastos efetuados na economia durante o ano também será o PIB. Como os agentes econômicos gastam tudo o que receberam de remuneração durante o ano, esse valor também é igual ao PIB; sendo assim, como os salários são gastos com consumo, os lucros podem ser investidos (aumento da capacidade produtiva, ex. máquinas e equipamento para aumento de produção). Os tributos são gastos pelo governo. A somatória de todos os gastos efetivados pelos agentes econômicos durante um ano. 
PIB= RN = W (salário) + L (Lucro) + T (Tributo)
Consumo + Investimentos + Gastos do governo
DA= Demanda agregada. A somatória de todos os gastos é a Demanda Agregada.
Outros conceitos do PIB:
PIB X PNB
O Produto Nacional Bruto representa o valor de toda riqueza produzida por nacionais, Ex. as multinacionais produzem aqui e mandam os lucros para o país de origem. A diferença entre o PIB e o PNB é a renda líquida enviada ao exterior (RLE), como remessa de lucro, royalties, direitos autorais, direitos de patente, que são transferidos de um país para o outro. 
PNB = PIB – RLE (RLE= Rendas líquidas enviadas ao exterior)
PIB X PIL
O Produto Interno Líquido é o PIB descontando da depreciação, ou seja o desgaste do capital sofrido para produção do PIB. O que é depreciado tem que ser trocado ou reposto. 
PIL= PIB - d
PIB real x PIB nominal
O PIB nominal expressa o valor encontrado, em moeda corrente. O PIB real é PIB nominal descontado da inflação do período (para saber se o PIB realmente cresceu temos que descontar a inflação).
PIB per capita
O PIB per capita é a divisão exatamente igualitária do PIB pela população total do País (contando bebês, idosos, presidiários).
	Outro indicador importante da atividade econômica de um país é o Balanço de Pagamentos: 
Balanço de Pagamentos: O balanço de pagamentos de um país é o REGISTRO CONTÁBIL de TODAS as operações/ TRANSAÇÕES INTERNACIONAIS DE UM PAÍS COM O RESTO DO MUNDO (feito em moeda conversível, no caso do Brasil feito em dólar). Em termos gerais, o balanço de pagamentos é composto de cinco grandes itens: 
 
→ CONTA CORRENTE
- Balança comercial (BENS): Registra as operações de compra e venda de mercadorias, Exportações e Importações. Os serviços referem-se principalmente a transportes, seguros e computadores internacionais. Diz - se que ocorre o déficit quando o resultado é negativo e superávit quando o resultado for positivo. 
- Balança de serviços (SERVIÇOS E RENDAS): Refere-se a pagamentos (saída de dólares) e recebimentos (entrada de dólares) relativos à remuneração de serviços. Serviços: Fretes, Seguros, Turismo. Rendas: Remessa de lucro (ex. empresas que levam seus lucros para outro país), Juros da dívida externa (de dívida externa, quando se faz empréstimo para bancos do exterior, o governo faz empréstimo com bancos multilaterais), Royalties (quando se usa uma marca paga-se os Direitos Autorais ao dono da marca), Direitos Autorais (Cachê).
- Transferências unilaterais: Um indivíduo que trabalha no exterior e manda dinheiro para o seu país. 
- Resultado/ Balança de transações correntes: Soma da Balança Comercial, com a Balança de Serviços e Rendas e as transferências unilaterais. 
CONTA FINANCEIRA
Investimento Direto Externo: Corresponde ao capital que entra no país (principalmente das indústrias multinacionais) e que serão utilizados para investimentos na produção de bens e serviços; e também, o capital brasileiro que deixa o país para fazer esse mesmo tipo de aplicação financeira em outros países. EX:. todo capital estrangeiro que vem para o Brasil, para montar uma fábrica/negócio.
Investimento em Carteira: Corresponde ao capital que entra no país para aplicação na bolsa e no mercado de capitais, adquirindo títulos de dividas e ações de companhias negociadas na bolsa no Brasil. e também, o capital brasileiro que deixa o país para fazer esse mesmo tipo de aplicação financeira em outros países. Ex. ações para aplicar no mercado financeiro brasileiro, é volátil conforme as movimentações do mercado no mundo, o investidor pode tirar seu dinheiro de uma hora para a outra. 
Outros investimentos: Correspondem aos empréstimos ou amortizações feitos tanto pelo governo quanto por empresas privadas no exterior. 
Derivativos: São operações financeiras derivadas de contratos, normalmente para servirem de garantias de aplicações ou negócios, e que são feitos por estrangeiros aqui no país. 
Conta de capital: Representa a entrada de capitais autônomos, ou transferências unilaterais de capitais. 
Erros e Omissões: Contas de ajuste. Alguma conta do balanço que não “bate”. 
CONTA FINANCEIRA
1) Investimento Direto Externo: ex. todo capital estrangeiro que vem para o Brasil, para montar uma fábrica/negócio.
2) Investimento em Carteira: ex. ações para aplicar no mercado financeiro brasileiro, é volátil conforme as movimentações do mercado no mundo, o investidor pode tirar seu dinheiro de uma hora para a outra. 
3) Outros investimentos (empréstimos): 
Erros e Omissões: Contas de ajuste. Alguma conta do balanço que não “bate”. 
Política Econômica:
É a ação do ESTADO no sentido de planejar, organizar, regular e fiscalizar as atividades econômicas. 
A politica econômica se refere à ação do Estado no sentido de planejar o desempenho econômico, formular propostas e dirigir os instrumentos macroeconômicos, a fim de atingir determinados objetivos. Quais são os objetivos da Política Econômica? 
→ Objetivosda Política econômica:
1- Crescimento da produção (PIB);
2- Distribuição de renda (PIB) – renda é o que está aumentado, não são os bens (distribuição não é só na forma monetária, mais a forma de acesso as coisas: qualidade do ensino, da saúde políticas sociais). 
3- Controle da inflação - Instrumentos
Aumento generalizado dos preços ou desvalorização da moeda, o dinheiro vale menos (Temos que saber o PIB real do país, comparar com o ano anterior). Recebo 1.000 reais, e compro uma geladeira de 1.000 reais. Daqui um ano temos uma geladeira sendo vendida por 1.100 reais, a geladeira aumentou 10%, é como se o salário fosse 900 reais agora. Quanto menos oligopólio, menor o preço, permite a concorrência. A inflação pode ser causada por vários fatores: lei da oferta e da procura, preços de produtos importados aumentos (petróleo, por ex.)
	→ Instrumentos da politica econômica: 
Para atingir esses objetivos, o Estado dispõe de instrumentos, dentre os quais destacamos os dois principais: a politica fiscal e a politica monetária. 
INSTRUMENTOS
a) Política Fiscal: forma como o estado arrecada tributos e gasta.
b) Política Monetária
c) Política Cambial: tipo de taxa cambial
d) Política de Rendas: Para aumento do bem - estar
e) Equilíbrio das contas externas
POLÍTICA FISCAL
Refere-se à ação do Estado para a manutenção da “máquina” pública e para atender às necessidades de gasto público. Portanto, envolve a arrecadação tributaria e o gasto público.
ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA
1- TIPOS DE TRIBUTOS: Todos os tributos são criados por lei. 
a) Imposto: IPI, ICMS (Imposto Estadual), IRPF (Imposto Federal), IPTU (Imposto Municipal) etc (Cobrado sobre determinado tipo contribuição, ex. de Veículo, Renda), o que vai acontecer com esse dinheiro depende do orçamento do ano. 
b) Contribuições: CSLL, CIDE, a destinação da receita das contribuições não é livre, está prevista na lei que cria a contribuição.
c) Taxas: Pedágio, Passaporte, etc (Taxas são todos os tributos que temos que pagar quando utilizamos algum serviço público, ex. Passaporte, Casamento, Separação, CNH, Pedágio)
2- CARGA TRIBUTÁRIA:
Representa a totalidade dos tributos arrecadados por todos os níveis e esfera de governo, em relação ao PIB, em um ano. 
3- FORMAS DE INCIDÊNCIA DOS TRIBUTOS:
a) Tributos Diretos: Incidem sobre a renda e a propriedade: IRPF, IPTU, IPVA, ITR
b) Tributos Indiretos: São cobrados em diversas esferas da economia, na produção, no comércio. Acabam sendo repassados aos preços dos produtos consumidos pela população: ICMS, IPI, ISS, CSLL, CIDE Confins, PIS/PASEP, IOF (Imposto sobre energia, caneta).
4 – CARACTERÍSTICA DE CARGA TRIBUTÁRIA:
Dependendo da forma de incidência da carga tributária sobre a população o sistema tributário do país pode ser:
a) Progressivo: (quem ganha mais paga mais) quando a incidência dos tributos é maior sobre a população com maior renda.
Exemplo:
IRPF 2012
Até 1.637,11 - 0%
De 1.637,12 – 2.453,50 – 7,5%
De 2.453,51 – 3.271,38 – 15%
De 3.271,39 – 4.087,65 – 22,5 %
Acima de 4.087,66 – 27,5%
b) Regressivo: (quem ganha menos, paga mais) quando a incidência dos tributos é maior sobre a população de baixa renda. Para quem é pobre reduz a capacidade de bem estar. 
Ex. Arroz – 5 kg 10,00 3,00 reais
60.000, 00 – 3,00 – 0,005 %
6.000,00 - 3,00 – 0,05 %
600, 00 - 3,00 – 0,5 %
Gasto Público:
Toda arrecadação estatal só se justifica se houver a necessidade do gasto público. Como nas últimas décadas, em todo o mundo, o Estado assumiu diversas funções – de desenvolvimento econômico, social, legal e de segurança, o gasto público acompanhou essa tendência.
O gasto público pode ser dividido em dois grandes grupos:
1. Gastos Correntes
a) Consumo do governo
b) Remuneração do funcionalismo público
c) Transferência para as famílias 
d) Subsídios às empresas
e) Juros da dívida pública
2. Investimentos: Todo gasto que se destina a aumentar a capacidade produtiva do país: construções, infra-estrutura, aumento do capital total do país.
Orçamento:
O Orçamento Geral da União (OGU) é formado pelo Orçamento Fiscal, da Seguridade e pelo Orçamento de Investimento das empresas estatais federais.
Plano Plurianual – PPA
Lei de Diretrizes Orçamentária – LDO
Lei de Orçamento Anual – LOA
Déficit e Dívida Pública
Qual a diferença entre déficit e dívida pública?
Os gastos do governo são: 
a) Consumo do governo 
b) Remuneração do funcionalismo público 
c) Transferência para as famílias 
d) Subsídios às empresas
e) Juros da dívida pública.
→ Qual a diferença entre déficit e dívida?
O déficit público é o resultado corrente negativo, durante um período, entre a arrecadação tributária e o gasto público. A dívida é o estoque de dívidas que o estado tem resultado de empréstimos contraídos junto ao público.
Financiamento do déficit público
Emissão de papel moeda. Temos uma desvalorização da moeda. Se o Banco Central emite papel moeda para cobrir o déficit público, não gera dívida pública. 
Título de dívida, é um papel que tem determinado valor, data de vencimento, taxa de juros, é um documento da dívida. O Banco Central vende títulos públicos para a sociedade. O Banco vende os títulos públicos e repassa para o estado que gasta e cria uma dívida pública. A emissão de títulos públicos não gera inflação mais cria uma dívida e tem que pagar juros.
Ex. Tributo = 37% do PIB. Estado tributa 37% e gasta 34%, temos 3% de superávit primário + Juros – 5% = -2% déficit nominal.
Déficit nominal é o resultado encontrado entre a arrecadação total e o gasto público total. 
Déficit ou superávit primário é o resultado encontrado entre a arrecadação total e o gasto público sem contar os juros da dívida pública. 
Cada título tem um prazo de vencimento e a dívida pode ser renegociada. Assim o governo troca dívidas velhas por dívidas novas com novos prazos e melhores juros. Quanto mais pessoas na sociedade quiserem comprar títulos públicos, o Estado quer maiores prazos e melhores juros, assim se faz administração da dívida. Se a sociedade começar a gastar muito, se induz as pessoas não gastarem aumentando os preços e se oferecem os títulos públicos e não se repassa para o estado para se conter a inflação, o dinheiro não vai ser gasto.
Política Monetária
Definição: a Política Monetária refere-se à ação da autoridade monetária no sentido de controlar as condições de liquidez da economia e garantir a confiança na moeda. 
O Banco Central controla a moeda e o sistema bancário.
1- Funções da moeda:
a) Intermediário de troca: a moeda permite a troca indireta.
b) Meio de pagamento: Permite que vendas e compras ocorram em datas diferentes, portanto, as atividades econômicas podem ser diferidas/ deslocadas no tempo. 
c) Unidade de conta: Permite estabelecer um padrão para expressar o valor das mercadorias e para que possam ser estabelecidos contratos entre os agentes econômicos. É a representação intangível da moeda. O valor das mercadorias depende da quantidade de trabalho aplicado naquele objeto, mas sua expressão se dá em moeda. A expressão pode ser representada por real, peso, dólares, etc.
d) Reserva de valor: Decorre da existência de amplos mercados à vista e futuros na economia. Por ser reserva de valor, a moeda guarda o direito de reter poder de compra.
Tipos de moeda
a) Moeda manual: moeda metálica e papel moeda. 
As moedas manual e escritural são os ativos que apresentam a maior liquidez na economia, ou seja, são capazes de liquidar dívidas e conservam seu valor ao longo do tempo.
Quem coloca a moeda em circulação? O Banco Central.
Oferta de moeda
A) Banco Central: Tem o monopólio da oferta da moeda manual, ou seja, de toda a quantidade de papel moeda e de moeda metálica. Está é a Base Monetária.
Base Monetária = PMC = PMPP +ET
PMC: Papel Moeda em Circulação 
PMPP: Papel moeda em poder do público
ET: Encaixe total nos bancos comerciais
B) Bancos Comerciais: Ofertam moeda escritural através do fornecimento de créditos.
Multiplicador bancário
5- Instrumentos de PolíticaMonetária
Para controlar as condições de liquidez da economia e, portanto, a quantidade de moeda disponível ao público, o Banco Central dispõe de três principais instrumentos:
Depósito Compulsório: Os bancos comerciais são obrigados a recolher uma proporção dos depósitos à vista junto ao Banco Central. Esta medida diminui o multiplicador bancário, uma vez que reduz a disponibilidade de moeda para os bancos emprestarem. Cada vez que uma pessoa faz um depósito na conta corrente, o BC faz com que o Banco comercial guarde uma parte, 45% que varia de acordo com a política monetária, ou seja esse número não é fixo, se temos medo, para o cliente não gastar coloca-se um depósito compulsório de 100%, para reduzir o crédito, isso aconteceu em 1994, em 2008 com a crise, diminuiu o compulsório. 
Taxa de Redesconto ou Assistência de liquidez: Os bancos comercias, quando fornecem créditos ou adquirem ativos financeiros (títulos públicos e privados) podem utilizá-los quando se encontram em dificuldade de fechar o caixa. Estes bancos podem redescontar estes títulos junto ao Banco Central – que funciona como emprestador de última Instância – a fim de obterem os recursos monetários necessários. Por esse motivo, o banco central cobra uma taxa de redesconto, o que significa uma penalização ao banco que não conseguiu fechar o caixa.

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