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Aula 1 –Processo do trabalho 1- Fontes formais e princípios do Direito Processual do Trabalho 1.1- Direito processual do Trabalho e sua evolução no Brasil • Era Vargas/1932: Criadas as Juntas de Conciliação e Julgamento e as Comissões Mistas de Conciliação. NÃO ERAM AUTÔNOMAS • DEC/39 - A Justiça do Trabalho somente surgiu como órgão autônomo em 01.05.1941,e apesar de ainda não pertencer ao poder judiciário, passou a exercer função jurisdicional, com poder de executar as próprias decisões • 1941- Surgimento de três órgãos: 1- Juntas de conciliação e Julgamento ou Juízes de direito 2- Conselhos Regionais do Trabalho (Atual TRT): Competente pra decidir os recursos das decisões da juntas, e, originalmente, os dissídios coletivos nos limites da sua jurisdição. 3- Conselho Nacional do Trabalho ( Atual TST): Órgão de cúpula que funcionava com duas câmaras, a câmara da Justiça do Trabalho e a da Previdência. • 1943- Entra em vigor a Consolidação das Leis Trabalhistas. • DEC/1946- Foram conferidos aos juízes do trabalho nomeados pelo Presidente da República as garantias semelhantes às de magistratura ordinária, organizando-se a carreira, com ingresso mediante concurso público de provas e títulos, sendo a promoções realizadas de acordo com os critérios de antiguidade e merecimento. • Constituição de 1946- Integrou, definitivamente, a Justiça do Trabalho como órgão do Poder Judiciário, constituídas de Juntas de Conciliação e Julgamento, Tribunais Regionais do Trabalho (substituindo o C.R.T) e o Tribunal Superior do Trabalho (antigo C.N.T). 2- Direito Processual do Trabalho- Conceito e Autonomia Conceito: Aquele que tem como objeto ou matéria um litígio fundado em uma relação de trabalho. • Autonomia do direito processual do trabalho perante direito processual comum. A) Teoria monista: O direito processual é unitário formado por normas que não diferem substancialmente a ponto de justificar a divisão e autonomia do direito processual do trabalho, do direito processual civil e do direito processual penal. B) Teoria dualista: Sustenta a autonomia do direito processual do trabalho perante o direito processual comum, uma vez que o direito instrumental laboral possui regulamentação própria da Consolidação das Leis do Trabalho, sendo inclusive dotados de princípios e peculiaridades que o diferenciam substancialmente, do processo civil. Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título. 3- Eficácia da lei processual trabalhista no tempo e no espaço 3.1- No tempo Regra Exceção (disposição contrária da lei trabalhista) Estabelece o art.1/LINDB que: '' Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.'' As regras no Direito Processual do Trabalho entram em vigor a partir da data de publicação da lei, com eficácia imediata, alcançando os processos em andamento. O direito processual pátrio adota o sistema denominado ''isolamento dos atos processuais'', o qual estabelece que, estando em desenvolvimento um processo, a lei processual nova regulará apenas os atos processuais que serão praticados após a sua vigência, não alcançando os atos já realizados sob égide da lei anterior, os quais são considerados válidos, produzindo todos os regulares efeitos previstos pela lei velha Art. 912/CLT - Os dispositivos de caráter imperativo terão aplicação imediata às relações iniciadas, mas não consumadas, antes da vigência desta Consolidação. Os atos processuais praticados sob vigência da lei revogada mantêm plena eficácia depois de promulgada a lei nova, mesmo que esta estabeleça preceitos de conteúdos diferentes. 3.2- No espaço Princípio da territorialidade: A lei trabalhista vigora em todo o território nacional, sendo aplicada tanto aos brasileiros quanto aos estrangeiros residentes no país Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I - processar e julgar, originariamente: i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias 4- Princípios Devido processo legal Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; Dignidade da pessoa humana ✓ O julgado deverá agir para assegurar a dignidade da pessoa humana. Art. 8o/cpc Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência. Contraditório ✓ Garantia de efetiva participação das partes no desenvolvimento de todo o litígio, mediante a possibilidade de influírem, em igualdade de condições, no convencimento do magistrado. ✓ O processo é resultado de uma atividade conjunta, não se admitindo mais a decisão surpresa. Ampla defesa ✓ Qualifica o contraditório ART.5,LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; Duração razoável do processo ✓ Toda pessoa tem direito a ser ouvida com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável. Igualdade ✓ O princípio da igualdade extrai-se do art. 5°, caput, da CF, segundo o qual todos são iguais perante a lei, assegurando às partes na relação processual a paridade de armas, 7 ou seja, que tenham as mesmas oportunidades no processo. A igualdade não significa tratar todas as pessoas da mesma forma, mas tratar os iguais na medida das suas igualdades e os desiguais na exata medida das suas desigualdades No Processo do Trabalho, podemos mencionar alguns exemplos de aplicação do princípio da igualdade: A) obrigatoriedade de intimação do Ministério Público do Trabalho nos casos que envolvam interesses de incapazes (art. 178, II, CPC) B) tramitação prioritária do feito que envolva idoso, portadores de doença grave e, também, para as causas que versem apenas sobre salários e originárias da falência do empregador. Art. 768 - Terá preferência em todas as fases processuais o dissídio cuja decisão tiver de ser executada perante o Juízo da falência. Questão do caso 1 Um dos princípios norteadores do Processo do Trabalho é o da celeridade, dada a natureza salarial do crédito trabalhista. Entretanto, por força de Lei, algumas causas especiais possuem preferência na tramitação. Das situações listadas a seguir, assinale aquela que terá preferência em todas as fases processuais. a) a que será executada contra a União, Estados ou Municípios. b) a que será executada perante o juízo da falência. c) a que será executada em face de empregador doméstico d) a que será executada em face de empresa pública. Duplo grau de jurisdição ✓ Implica na possibilidade de reexame de uma demanda (administrativa ou judicial) pela instância superior, mediante interposição de recurso em face da decisão do órgão de instância inferior. STF: O princípio do duplo grau de jurisdição não é uma garantia constitucionalna atual CF, não havendo vedação constitucional à exist~encia de processos administrativos ou judicial com uma única instância de julgamento Exemplo de não aplicação doprincípio em comento dentro do processo trabalhista Dissídios de alçada: Demandas submetidas à Justiça do Trabalho que não ultrapassam a dois salários mínimos. Os dissídios de alçada serão julgados em instância única pelas varas do trabalho, não sendo admitido qualquer recurso, salvo se envolver matéria constitucional Subsidiariedade do processo civil ao ✓ Na fase de conhecimento aplica-se o art.769, segundo o qual para a aplicação da legislação processual comum ao Processo do Trabalho devem ser preenchidos dois requisito processo do trabalho A) Omissão da CLT B) Compatibilidade entre a norma a ser aplicada e os princípios gerais do direito processual do trabalho. Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título. ✓ O art. 889 deve ser observado durante a fase de execução Art. 889 - Aos trâmites e incidentes do processo da execução são aplicáveis, naquilo em que não contravierem ao presente Título, os preceitos que regem o processo dos executivos fiscais para a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal. Concentração dos atos processuais ✓ Objetiva que a tutela jurisdicional seja prestada no menor tempo possível, concentrando os atos processuais em uma única audiência. Art. 849 - A audiência de julgamento será contínua; mas, se não for possível, por motivo de força maior, concluí-la no mesmo dia, o juiz ou presidente marcará a sua continuação para a primeira desimpedida, independentemente de nova notificação. Art. 852-C. As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas em audiência única, sob a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser convocado para atuar simultaneamente com o titular. Oralidade ✓ Realização de atos processuais pelas partes e pelo próprio magistrado na própria audiência, de forma verbal, oral. EX. NA CLT -->Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argüi-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos. -->Art. 846 - Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação. --> Art. 847 - Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes. --> Art. 848 - Terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, podendo o presidente, ex officio ou a requerimento de qualquer juiz temporário, interrogar os litigantes. § 2º - Serão, a seguir, ouvidas as testemunhas, os peritos e os técnicos, se houver. --> Art. 850 - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão. Identidade física do juiz ✓ Juiz que colher a prova, deve proferir a sentença. Súmula nº 136 do TST JUIZ. IDENTIDADE FÍSICA (cancelada) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 Não se aplica às Varas do Trabalho o princípio da identidade física do juiz (ex- Prejulgado nº 7). Jus postulandi da parte ✓ Reclamante e reclamado poderão atuar sem a presença de advogados, perante os juízos de primeiro grau e Tribunais Regionais. Art. 791 - Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final. Art. 839 - A reclamação poderá ser apresentada: a) pelos empregados e empregadores, pessoalmente, ou por seus representantes, e pelos sindicatos de classe; b) por intermédio das Procuradorias Regionais da Justiça do Trabalho. Atenção ✓ A atuação perante o TST não segue esta regra. Súmula nº 425 do TST JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. ALCANCE. Res. 165/2010, DEJT divulgado em 30.04.2010 e 03 e 04.05.2010 O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. ✓ Em caso de eventual recurso extraordinário para o STF, ou mesmo recurso encaminhado para o STJ, deverá ser subscrito por advogado, sob pena do apelo não ser reconhecido. ✓ Com a EC/04, o jus postulandi da parte é restrito às ações que envolvam RELAÇÃO DE EMPREGO, não se aplicando às demandas referentes à relação de trabalho distintas da relação empregatícia. Logo, em caso de ação trabalhista ligada à RELAÇÃO DE TRABALHO NÃO SUBORDINADO as partes deverãoestar representadas por advogados, a elas não se aplicando o art 741/CLT Eventualidade ✓ Determina que as partes aduzam, de uma só vez, todas as matérias de ataque e defesa, objetivando resguardar seu próprio interesse, sob pena de opera-se a denominada preclusão. Preclusão Perempção ✓ É a perda da possibilidade da prática de um ato processual seja pelo seu não exercício no momento oportuno, seja pela total incompatibilidade ente o ato realizado e o posterior, ou mesmo seja pelo fato de o ato já ter sido validamente praticado. Temporal ✓ Opera-se quando a parte não praticar o ato processual no prazo estipulado por lei. Lógica ✓ Ocorre quando a parte pratica um ato incompatível com o já praticado Consumativa ✓ Prática válida do ato processual no prazo ✓ Consiste na perda pela parte do direito de praticar determinado ato processual ou mesmo de prosseguir com a demanda em função da sua própria inércia, ao deixar expirar o prazo legal para o exercício do direito. Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; estabelecido pela lei, não podendo a parte renovar o ato já praticado e consumado. Conciliação Art. 764 - Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à conciliação. § 1º - Para os efeitos deste artigo, os juízes e Tribunais do Trabalho empregarão sempre os seus bons ofícios e persuasão no sentido de uma solução conciliatória dos conflitos. § 2º - Não havendo acordo, o juízo conciliatório converter-se-á obrigatoriamente em arbitral, proferindo decisão na forma prescrita neste Título. § 3º - É lícito às partes celebrar acordo que ponha termo ao processo, ainda mesmo depois de encerrado o juízo conciliatório. A) Procedimento comum ordinário é obrigatória a proposta conciliatória: • Art. 846 - Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação. § 1º - Se houver acordo lavrar-se-á termo, assinado pelo presidente e pelos litigantes, consignando-se o prazo e demais condições para seu cumprimento. § 2º - Entre as condições a que se refere o parágrafo anterior, poderá ser estabelecida a de ficar a parte que não cumprir o acordo obrigada a satisfazer integralmente o pedido ou pagar uma indenização convencionada, sem prejuízo do cumprimento do acordo. • Art. 850 - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão. Parágrafo único - O Presidente da Junta, após propor a solução do dissídio, tomará os votos dos vogais e, havendo divergência entre estes, poderá desempatarou proferir decisão que melhor atenda ao cumprimento da lei e ao justo equilíbrio entre os votos divergentes e ao interesse social. B) No procedimento sumaríssimo • Art. 852-E. Aberta a sessão, o juiz esclarecerá as partes presentes sobre as vantagens da conciliação e usará os meios adequados de persuasão para a solução conciliatória do litígio, em qualquer fase da audiência. Atenção. • Cabe ao juiz, ao celebrar o acordo, verificar a observância das normas de proteção ao trabalhador, bem como atestar se as bases acordadas não são prejudiciais ao obreiro, podendo o magistrado recusar a homologação do acordo quando o mesmo representar, em verdade, renúncia de direitos pelo empregado Súmula nº 418 do TST MANDADO DE SEGURANÇA VISANDO À HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res. 217/2017 - DEJT divulgado em 20, 24 e 25.04.2017 A homologação de acordo constitui faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via do mandado de segurança. • Aceita a conciliação proposta, será lavrado o respectivo termo de conciliação, valendo como decisão irrecorrível para as partes, SALVO PARA A PREVIDÊNCIA SOCIAL, quanto às contribuições que lhes forem devidas. Impugnação especifica ✓ O reclamado deve manifestar-se precisa e especificadamente, sobre os fatos narrados na petição inicial, não se admitindo a defesa por negação geral. Logo, o reclamado, ao impugnar os pedidos elencados na peça inaugural pelo reclamante, deverá contestar cada parcela individualmente. Art. 341/cpc. Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se: I - não for admissível, a seu respeito, a confissão; II - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância do ato; III - estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto. Da proteção ✓ É aplicável no âmbito do Processo do Trabalho, o qual é permeado de normas, que, em verdade, objetivam proteger o trabalhador, parte hipossuficiente da relação jurídica laboral. EX. NA CLT -->Art. 844 - O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato. Parágrafo único - Ocorrendo, entretanto, motivo relevante, poderá o presidente suspender o julgamento, designando nova audiência. -->Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. 5- REGRAS INSTAURAÇÃO DO PROCESSO POR INICIATIVA DAS PARTES Art. 2o CPC O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei. EXCEÇÃO TRABALHISTA A) Caso de suspensão do trabalho—TRT suscitar de ofício Art. 856 - A instância será instaurada mediante representação escrita ao Presidente do Tribunal. Poderá ser também instaurada por iniciativa do presidente, ou, ainda, a requerimento da Procuradoria da Justiça do Trabalho, sempre que ocorrer suspensão do trabalho. Exceção da exceção - Não cabe ao TRT suscitar de ofício • Dissídios coletivos de greve – MP OU PARTES • Reclamação de trabalhador envolvendo a recusa de anotação da CTPS pela empresa ou sua devolução e posterior negativa de vínculo de emprego perante a autoridade fiscal- SRT. Desenvolvimento do processo por impulso oficial • Art. 2o CPC O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei. Obediência a ordem cronológica • Art. 12.cpc Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão. 2-Organização da justiça do Trabalho 1- Introdução ✓ O judiciário trabalhista é dividido em três graus de jurisdição Art. 111/CF. São órgãos da Justiça do Trabalho: I - o Tribunal Superior do Trabalho; II - os Tribunais Regionais do Trabalho; III - Juízes do Trabalho. TST ✓ Órgão de cúpula da Justiça do Trabalho Atenção ✓ Princípio do jus postulandi - A atuação perante o TST não segue esta regra. Súmula nº 425 do TST JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. ALCANCE. Res. 165/2010, DEJT divulgado em 30.04.2010 e 03 e 04.05.2010 O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. ✓ Composto por 27 membros ✓ Seus magistrados recebem o titulo constitucional de ministros ✓ Composto pelos órgãos 1-Tribunal pleno 2-Órgão especial 3-Seção Especializada em Dissídios Coletivos 4-Seção Especializada em Dissídios Individuais, dividas em duas subseções 5- Turmas Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; II os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior. § 1º A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho. § 2º Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho: I a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira; II o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante. § 3º Compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e julgar, originariamente, a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões. TRT ✓ Seus magistrados recebem o titulo constitucional de desembargadores ✓ 24 TRTs em território nacional ✓ Não há TRT em Tocantins, Amapá, Acre, Roraima. ✓ Justiça itinerante: A realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição. Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo: I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; II os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antigüidade e merecimento, alternadamente. § 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividadejurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. § 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. Varas/Juízes do trabalho Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do T rabalho. • Súmula 10/stj - Instalada a Junta de Conciliação e Julgamento, cessa a competência do Juiz de Direito em matéria trabalhista, inclusive para a execução das sentenças por ele proferidas. 3-Soluções de conflitos AUTODEFESA: • Nesta espécie a solução do conflito se faz diretamente pelos envolvidos, com a imposição do interesso de um sobre o do outro. O significado da autodefesa remente à ideia de defesa própria, por si mesmo, uma defesa pessoal, uma forma primitiva de solucionar conflitos, que pode ser autorizada, tolerada ou proibida pelo legislador. Um exemplo de autodefesa autorizada seria a legítima defesa no direto penal, enquanto o exercício arbitrário das próprias razões é, por sua vez, veementemente proibido. Em matéria trabalhista, encontramos exemplo de autodefesa, autorizada e regulamentada pelo estado: O DIREITO DE GREVE CF - Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. § 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. § 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei. Obs. No Brasil não se admite o Lock Out (greve praticada pelo empregador) AUTOCOMPOSIÇÃO: • Na autocomposição, as partes também resolvem sozinhas o conflito, mas diferente da auto defesa, isso acontece por acordo, e não pela imposição da vontade de um sobre o outro. • São exemplos de auto composição 1- Acordo coletivo de Trabalho (ACT) - Sindicato x Empresa CLT - ART. 611 § 1º É facultado aos Sindicatos representativos de categorias profissionais celebrar Acordos Coletivos com uma ou mais empresas da correspondente categoria econômica, que estipulem condições de trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa ou das acordantes respectivas relações de trabalho. 2-Convenção Coletiva de Trabalho - Sindicato x Sindicato CLT - Art. 611 - Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de trabalho HETEROCOMPOSIÇÃO: • Nesta modalidade, teremos a participação de um terceiro auxiliando na solução do conflito, que pode ou não ter poder de decisão. Podemos realizar a seguinte classificação: A) Mediação: na mediação o terceiro, ou seja, o mediador não tem poderes de decisão e também não poderá impor a solução. Podemos fazer uma analogia com a figura de um corretor de imóveis, cujo papel que se resume a aproximar as partes, sem poderes para impor sua decisão. Como não decidirá, não se exige que o mediador tenha conhecimento jurídicos. A mediação é bastante frequente nas Gerências Regionais do Trabalho, em etapas que antecedem os dissídios coletivos, bem como, nas Comissões de Conciliação Prévia. B) Arbitragem: o árbitro tem que ser conhecedor da matéria e pode impor a decisão. (tribunal arbitral). Na justiça do trabalho não é bem vista, eis que a decisão/acordo arbitral tem efeito de coisa julgada, sendo certo que a mesma não fica sujeita a recurso ou homologação da justiça do trabalho, ou seja, não poderá se socorrer a justiça. C) Jurisdição O conflito submetido ao Estado é por ele solucionado, mediante processo judicial. Pergunta: Acordo na justiça do trabalho? Trata-se de heterocomposição na espécie jurisdição, pois existe a intervenção de terceiro (juiz), e sua validade depende de sentença homologatória OBS: Comissão de conciliação Prévia ✓ Criação facultativa cuja finalidade é de solucionar exclusivamente conflitos individuais do trabalho Art. 625-A. As empresas e os sindicatos podem instituir Comissões de Conciliação Prévia, de composição paritária, com representante dos empregados e dos empregadores, com a atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho. Parágrafo único. As Comissões referidas no caput deste artigo poderão ser constituídas por grupos de empresas ou ter caráter intersindical. ✓ As regras previstas na CLT são aplicáveis às comissões instituídas no âmbito das EMPRESAS, sendo que as comissões criadas no âmbito dos sindicatos terá composição e normas de funcionamento previstas em norma coletiva
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