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Teoria da constituição

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Marianna Oliva – 2017.2
TEORIA DA CONSTITUIÇÃO 
CAPITULO I
QUAL O CONCEITO DE DIREITO CONSTITUCIONAL?
É o conhecimento sistematizado, das regras jurídicas relativas à forma do Estado, à forma do governo, ao modo de aquisição e exercício do poder, ao estabelecimento de seus órgãos e aos limites de sua ação.
O QUE E QUAL É O PROPÓSITO DO CONSTITUCIONALISMO? 
É um movimento histórico, ideológico, cultural e filosófico que sempre defendeu a organização do estado a partir de um modelo de respeito as liberdades públicas e de limitação e contenção do poder absoluto. A ideia sistemática do constitucionalismo é combater o abuso do poder e representa um combate aos governos absolutistas. Constitucionalismo sempre representou marco contra a opressão dos governos absolutos, contudo, ele sempre acreditou na importância do poder, combatendo apenas o poder extremo. Definido por Karl Loewenstein
Guastini: Condições para a caracterização do fenômeno da constitucionalização do Direito – A existência de uma Constituição rígida, a garantia judicial da Constituição, a força normativa da Constituição, a sobreinterpretação da Constituição, a aplicação direta das normas constitucionais, a interpretação das leis conforme a Constituição e a influência da Constituição sobre as relações políticas.
MOVIMENTOS CONSTITUCIONAIS:
CONSTITUCIONALISMO ANTIGO: As primeiras manifestações do constitucionalismo, ou seja, em prol de um governo de equilíbrio, remontam a antiga sociedade do povo hebreu. O regime teocrático dos hebreus tem um poder do governante que é limitado por um poder superior. Dessa forma eles possuíam um governo de equilíbrio, de tal forma, que as primeiras manifestações do constitucionalismo antecipam as sociedades gregas e romanas.
Grécia – Democracia direta: A partir daqui as ideias constitucionalistas se tornam realidade. “O poder emana do povo” representa a pureza ideológica de um governo constitucional. Destacou a soberania popular.
Roma – O constitucionalismo se manifestou através da fundação da república romana. É marcada pelo “Sistema de freios e contrapesos”, um sistema eficiente que serve para equilibrar o exercício do poder no âmbito do próprio governo, nesse sistema, os órgãos políticos passam a se controlar reciprocamente. 
Ex: No âmbito federal brasileiro, toda lei aprovada pelo legislativo necessita da aprovação do presidente (poder executivo).
CONSTITUCIONALISMO MEDIEVAL: Podemos identificar o constitucionalismo na Idade Média através da Magna Carta (1215, limitou o poder dos monarcas da Inglaterra, especialmente o do rei João, que o assinou, impedindo o exercício do poder absoluto) na Inglaterra. Os nobres e a igreja invadiram Londres visando destituir o Rei Joao Sem-terra, dando origem a uma guerra civil, em meio a uma ameaça externa de uma invasão francesa, e foi nesse contexto que surgiu a Magna Carta, passando a limitar o poder do Rei, sendo assim uma evidencia clara da ideologia constitucionalista. Essa carta comtemplava inúmeros direitos que ainda estão presentes nas constituições atuais, entre eles, o devido processo legal e a garantia do juiz natural. Manifestação constitucional mais importante da Idade Média. O constitucionalismo representou um pacto entre o Rei e a Nobreza e a Igreja, garantindo a liberdade e propriedade.
CONSTITUCIONALISMO MODERNO: Devemos destacar 3 contextos políticos distintos, porém interligados.
Inglaterra: Petição de direitos (1628) – Surgiu, pois, a Magna Carta não foi suficiente. Habeas Corpus Act (1679) – Proibia qualquer prisão arbitrária. Declaração de Direitos (Bill of Rights) (1689) – Mudança de um estado absoluto para um estado de direito na Inglaterra.
Independência das Colônias Inglesas na América do Norte – Primeira constituição escrita (17/09/1787). O constitucionalismo deixa de viver de ideias e costumes e passa a ser algo físico.
Revolução Francesa (1789 – 1799) – Surgimento da Constituição francesa, significando a segunda constituição escrita do mundo.
Depois da Magna Carta Inglesa, o constitucionalismo se impulsiona em direção à modernidade, ganhando reforço com as ideias iluministas (defendia o uso da razão, luz, contra o antigo regime, trevas e pregava maior liberdade econômica e política) que se opunha aos governos absolutistas (luzes X trevas).
NEOCONSTITUCIONALISMO: ou constitucionalismo contemporâneo Apesar de ser um novo constitucionalismo, continua a combater governo absolutos. É um constitucionalismo formado após a Segunda Guerra Mundial. É possível elaborar 3 marcos acerca desse constitucionalismo.
Histórico – Formação do Estado Constitucional de Direito.
Filosófico – Pensamento pós-positivista. Centralidade dos direitos fundamentais e a reaproximação entre Direito e ética. Rompimento com a antiga ideologia positivista, os valores passam a ser introduzidos nas leis.
Teórico – Conjunto de mudanças que incluem a força normativa da Constituição, o reconhecimento da normatividade dos princípios, a expansão da jurisdição constitucional, o reforço na proteção dos direitos fundamentais e o desenvolvimento de uma nova dogmática da interpretação constitucional, com o reconhecimento de novas categorias de solução de antinomias normativas.
PATRIOTISMO CONSTITUCIONAL: mudança de entender e aplicar o direito, causada pelo neoconstitucionalismo (oposição ao nacionalismo), surgimento de um sentimento constitucional universal, baseado na lealdade e no respeito às Constituições, difundiu-se principalmente nos estados que adotaram governos totalitários. Aponta a constituição como elo entre cidadãos e um estado democrático de direito e busca o reconhecimento de um constitucionalismo intelectual, que reconheça a diversidade cultural e promove conciliação entre elas. Foi difundido por Jürgen Habermas no âmbito acadêmico e político, apesar do historiador Dolf Sternberger ter sido o primeiro a usar tal termo.
TRANSCONSTITUCIONALISMO: Relação (transversal permanente) entre distintas ordens jurídicas em torno de problemas constitucionais comuns. O Direito Constitucional se afasta de sua base originaria (Estado) para se dedicar às questões transconstitucionais (que perpassam os diversos tipos de ordens jurídicas e que podem envolver tribunais estatais, internacionais, supranacionais e transnacionais na busca de sua solução). Exemplo de questão transconstitucional: Os direitos humanos.
CAPÍTULO II
QUAL A ORIGEM DO DIREITO CONSTITUCIONAL? 
A origem está ligada ao triunfo político das revoluções liberais do século XVIII (americana e francesa), cujo proposito maior que as animou era a limitação do poder mediante a consagração de um sistema de separação das funções estatais (atribuídas a órgãos distintos do Poder que passariam a se controlar mutuamente) e se uma declaração de direitos. Com a vitória das revoluções democráticas, abriu-se a oportunidade do surgimento das Constituições escritas, das quais a Constituição Americana de 1787 e a Constituição francesa de 1791 frustraram com os primeiros paradigmas de documentos escritos e solenes. Assim, vem à tona a referência ao Direito Constitucional como o Direito das Constituições modernas, cujo objetivo maior foi de estudar, organizar e fundamentar um sistema de coexistência e convívio harmônico entre o Estado e indivíduos. Foi importante também
QUAL O CONCEITO DE DIREITO CONSTITUCIONAL? 
Além de ser o ramo do direito que estuda as normas contidas na Constituição, ele se preocupa com a análise e a sistematização das normas e instituições fundamentais de um Estado. É o ramo fundamental do Direito que investiga, estuda e sistematiza as normas e instituições que dispõem sobre as bases e elementos fundamentais do Estado, determinando sua estrutura, organização e seus fins, a composição e o funcionamento de seus órgãos superiores, disciplinando o modo de aquisição e ascensão ao poder e os limites de sua atuação, assim como os direitos e as garantias fundamentais do indivíduo e da coletividade. Ele integra o domínio do Direito Público.
QUAL O OBJETO DE ESTUDO DO DIREITO CONSTITUCIONAL?O conhecimento sistematizado das Constituições e das instituições políticas de um Estado, por isso, representa o Direito Supremo do Estado, o tronco do sistema jurídico do qual derivam e se desenvolvem todos os ramos do Direito Positivo. Tem por objeto o conhecimento científico e sistematizado da organização fundamental do Estado. Organização do Estado, forma do Estado, Direitos Fundamentais
ESPÉCIES DO DIREITO CONSTITUCIONAL:
Direito Constitucional Especial, positivo ou particular: direito constitucional de um determinado Estado que tem por objeto o estudo e conhecimento de sua própria constituição em vigor. Se preocupa em expor, examinar, interpretar e sistematizar os princípios e as regras constitucionais vigentes em um dado Estado.
Direito Constitucional Comparado: estudo teórico das normas constitucionais positivas de vários Estados, ou do mesmo Estado em épocas diferentes. Ele compara no tempo as Constituições de um mesmo Estado, visando analisar as semelhanças e diferenças entre as normas constitucionais e instituições neste Estado. Além do tempo, confronta também no espaço tais Constituições. O critério mais utilizado tem sido o espacial, já que possibilita a análise da organização política e do funcionamento das instituições de Estados diferentes, contribuindo para uma maior compreensão geral quanto ao modelo do Estado.
Direito Constitucional Geral: identificação e sistematização, numa perspectiva unitária, dos princípios, conceitos e instituições comuns a diversos ordenamentos constitucionais, que estão presentes em várias Constituições de Estados distintos, que revelam características equivalentes ou similares. Tem por base o Direito Constitucional Comparado. O Direito Constitucional Geral extrai de cada uma das constituições, para reuni-las em categorias típicas, conceitos, figuras, princípios jurídicos que, se não absolutos e universais, são ao menos relativamente constantes e, por consequência, gerais (comuns a um conjunto mais ou menos vasto de constituições, tendo caracteres essenciais idênticos ou muito semelhantes).
OBS: O que diferencia o Direito Constitucional Geral com o Comparado é que, enquanto esse último se interessa pelos grupos jurídico-constitucionais em sua singularidade e contraste frente a outros grupos, o primeiro se preocupa somente com as notas gerais e comuns a esses grupos.
Temos que o transconstitucionalismo pode contribuir para o estudo da divisão ou espécies do Direito Constitucional, para Marcelo Neves, o transconstitucionalismo é o entrelaçamento de ordens jurídicas diversas, tanto estatais como transnacionais, internacionais e supranacionais, em torno dos mesmos problemas de natureza constitucional. É o fato de que a mesma questão de natureza constitucional ser enfrentada simultaneamente por diversas ordens leva ao que ele chama de transconstitucionalismo.
RELAÇÕES DO DIREITO CONSTITUCIONAL COM OUTROS RAMOS DO DIREITO
A relação que o Direito Constitucional mantém com as demais disciplinas jurídicas é uma relação de comando, domínio. É ele que vai moldar a base fundamental de sustentação de todas as demais disciplinas do Direito. (No livro do professor há essas formas de domínio). 
O Direito Civil hoje é bastante humanizado por conta da constituição de 1988, por conta do Princípio da Dignidade da Pessoa Humana. O Direito Civil antes da constituição de 1988 tinha como objeto principal os bens, era basicamente patrimonialista, preocupado nos bens, no patrimônio, no contrato. Mas o Direito Civil pós Constituição de 88 passou a ter como centro de preocupação a pessoa humana, es a razão do novo Código Civil, de 2002, já começar o seu texto falando sobre a pessoa. Esse “sentimento” decorre dessa relação, do Direito Constitucional comandando o Direito Civil com seus princípios, dando a moldagem jurídica. Isso também ocorreu com outros campos da ciência do Direito. 
O Direito Penal estudava o crime e a pena, porém tornou-se mais humano, estudando as consequências da reinserção do criminoso, as consequências do crime diante da vítima, passou a estudar o direito e a garantia do infrator. 
O Direito Administrativo e Processual, também sofreram influência do Direito Constitucional, por exemplo, como os demais ramos do Direito. 
O direito constitucional afigura-se como a mais importante esfera da ordem jurídica que está em maior, mais continua e geral conexão com todos os demais ramos do Direito, coordenando-os e assegurando a indissolúvel unidade da ordenação. Mais do que um ramo do Direito, o Direito Constitucional consiste no começo de todo Direito, o próprio tronco comum ao qual se prendem e do qual se derivam os vários domínios da ordenação jurídica do Estado, de modo que cada um destes ramos o pressupõe, sendo gerados e amparados por ele, que contém o “embrião” de suas normas e instituições. Nesse sentido, o Direito Constitucional desempenha uma função primordial no sistema jurídico, que é manter a unidade substancial de todo o Direito, seja público ou privado, fornecendo os fundamentos e as bases de compreensão de todos os seus ramos, com os quais se relaciona. É inegável que o Direito Constitucional, como centro e fonte de todo o sistema jurídico, mantém relação com todos os ramos do Direito, com eles interagindo e submetendo-os a um processo de constitucionalização ou de filtragem constitucional, quer por que os mais importantes princípios e regras específicas dos diversos domínios da ciência jurídica estão dispostos na Constituição, quer por que aqueles princípios e aquelas regras passaram a se sujeitar a uma releitura ou reinterpretação sob uma perspectiva constitucional.
FONTES DO DIREITO CONSTITUCIONAL
Fonte é a origem, a causa de algo. A fonte do direito pode estar ligada a um fato social ou a um fato normativo, decorrendo daí, respectivamente, fontes materiais e fontes formais.
As fontes do Direito Constitucional são a origem e o princípio sociológico (fontes materiais, só é constituição material aquela matéria essencialmente constitucional, organização do estado, do poder e dos direitos e deveres, se limita a um único poder conteúdo. Toda material é não escrita) e normativo (fontes formais, são um conjunto de normas escritas reunidas em texto, pouco importando qual o seu conteúdo. Ela é compatível com qualquer conteúdo. Toda formal é escrita. Ex: Brasil). Essas duas dão vida a este “superdireito”, podendo se dividir em fontes imediatas e mediatas.
Entre as fontes imediatas (ou diretas) destacam-se as Constituições. Alguns autores ainda acrescentam os costumes. A Constituição é a maior e principal fonte do Direito Constitucional, já que ela estabelece os fundamentos de organização política, social e jurídica do Estado, a sua base essencial, fornecendo a matéria prima que alimenta o Direito Constitucional e consolida esta disciplina como tronco de todo o sistema jurídico. O costume está presente nos Estados que adotam a Constituição não escrita (exemplo: Inglaterra, onde a característica principal da Constituição são os costumes). Apesar disso, os países que tem Constituições também tem usado o costume como fonte do direito. Duverger diz que o costume pode completar e modificar as normas constitucionais.
Entre as fontes mediatas (ou indiretas) figuram a jurisprudência e a doutrina. A jurisprudência constitucional, são no caso, as decisões reiteradas e uniformes dos tribunais constitucionais sobre determinada matéria constitucional, tal qual contribuiu para uma reformulação, sem precedentes, do Direito Constitucional. As decisões das cortes ou tribunais constitucionais acabam provocando alterações informais na Constituição, fenômeno conhecido por mutação constitucional. 
A doutrina constitucional tem desenvolvido destacada influência na formação do Direito Constitucional, através das obras dos constitucionalistas, cujas ideias, além de explicar a Constituição, oferecem auxílio à jurisprudência e animam a sua constante atualização, concorrendo para a construção teórica dos temas e instituições constitucionais.
OBS (EM OUTRASPALAVRAS): Quer se saber a origem desse Direito Constitucional. Há as fontes diretas (imediatas) e indiretas (mediatas): 
Como fonte imediata do Direito Constitucional inegavelmente aponta-se a própria Constituição e as intituições, ideias políticas fundamentais. Isso ocorre de forma mais acentuada nos países que adotam como modelo de constituição as constituições escritas, formais. Todavia, é interessante esclarecer que é possível também se falar como fonte imediada os costumes constitucionais (normas jurídicas que não são escritas ou formalizadas em um texto ou em uma folha de papel). Se é visível naqueles países que adotam como modelo de constituição as constituições costumeiras, que são não escritas, fundadas basicamente nos costumes constitucionais de um povo. 
Há determinadas disciplinas jurídicas que colocam os costumes como fontes meramente indiretas, mas no Direito Constitucional, em razão da existência de Estados que ainda adotam como modelo constitucional constituições não escritas, os costumes passam a se apresentar como verdadeiras fontes imediatas, fontes diretas, que alimentam o seu Direito Constitucional. Temos a Inglaterra como exemplo. 
As fontes mediatas são a Jurisprudência Constitucional e a Doutrina Constitucional.
A jurisprudência, relembrando, se forma a partir de um conjunto de decisões específicas (de mesmo sentido) sobre determinado tema de forma reiterada. Se esse tema for um tema constitucional essa jurisprudência passar a ser denominada de jurisprudência constitucional. Então, a jurisprudência constitucional consiste em um conjunto de decisões reiteradas num mesmo sentido sobre um determinado tema da constituição, e isso alimenta o Direito Constitucional, que se utiliza, portanto, dessas construções jurisprudenciais, que são construções pretorianas. Tem-se aí uma fonte do Direito que não vem do Legislador, vem do poder Judiciário, vem das decisões dos juízes e dos tribunais. São decisões que interpretam a constituição, enfrentando determinados temas constitucionais e que orientam o conhecimento desse tema de uma maneira a seguir uma direção.
CAPITULO III
O QUE É A CONSTITUIÇÃO?
É o modo pelo qual se constitui uma coisa, um ser vivo, um grupo de pessoas; significa organização, formação. Qualquer homem, objeto, estabelecimento ou associação tem uma constituição e se encontra formada ou organizada. 
José Afonso da Silva: Constituição tem vários significados, tais como:
Conjunto dos elementos essenciais de alguma coisa: a constituição do universo, dos corpos sólidos etc.
Temperamento, compleição do corpo humano: uma constituição psicológica explosiva, uma constituição robusta.
Organização, formação: a constituição de uma assembleia, a constituição de uma comissão.
O ato de estabelecer juridicamente: a constituição de dote, de renda, de uma sociedade anônima.
Conjunto de normas que regem uma corporação, uma instituição: a constituição da propriedade
A lei fundamental de um Estado.
Todo Estado tem uma Constituição, tal qual, é o simples modo de ser do Estado.
Luiz Alberto David Araújo e Vidal Serrano Nunes Júnior: sua origem remonta ao verbo constituir, ou seja, ser a base se algo, a parte essencial, a formação, composição.
Celso Ribeiro Bastos: É a maneira de ser de qualquer coisa, sua particular estrutura. Todo e qualquer ente tem a sua própria Constituição. 
Paulo Bonavides: Constituição, no sentido etimológico, é relativo ao modo de ser das coisas, sua essência e qualidades distintivas.
Manoel Gonçalves Ferreira Filho: A Constituição é a organização de alguma coisa. O termo Constituição pode designar a sua organização fundamental total, quer social, quer política, quer jurídica, quer econômica, falando nesse sentido de Constituição total ou integral.
O conceito de Constituição Estatal ou do Estado pode apresentar sob variados sentidos e significados, consoante a Teoria Constitucional que se adota.
AS PRINCIPAIS TEORIAS DA CONSTITUIÇÃO:
A CONSTITUIÇÃO COMO “GARANTIA DO STATUS QUO ECONÔMICO E SOCIAL” (ERNST FORSTHOFF): A constituição foi definida por ele como garantia do status quo (estado das coisas) econômico e social. Partiu da existência de um Estado forte e autoritário, no qual a constituição é reduzida a um sistema de artifícios técnico-jurídicos para a garantia da liberdade legal existente, de modo que a garantia do Estado de Direito está baseada na formalidade e neutralidade da Constituição diante dos interesses sociais. Esta deve ser compreendida como um instrumento de proteção do sistema de distribuição de bens existentes, deste modo, justifica o título de tal teoria, já que a constituição seria um instrumento de garantia burguesa. Essa teoria nega a importância dos valores materiais e a relevância dos fundamentos sociais e democráticos de uma comunidade aberta e plural. Ele busca reconstruir um Estado autoritário, organizado como Estado de Direito formal, no qual a vontade política prevalece diante de qualquer ordem jurídica e o próprio parlamento é reduzido à condição de mero legislador.
A CONSTITUIÇÃO COMO UM “INSTRUMENTO DE GOVERNO” (W. HENNIS)
Um texto constitucional deve se limitar a estabelecer competências, regular processos e definir os limites da ação política. A constituição deve conter apenas as regulamentações necessárias para a vida política de uma comunidade, organizando o processo de decisão política e limitando o poder a favor da liberdade do cidadão. Nesse caso, a Constituição apenas pressuporia os valores da comunidade.
 A CONSTITUIÇÃO COMO UM “PROCESSO PÚBLICO” (PETER HÄBERLE)
A Constituição é uma lei fragmentada e indeterminada que carece de interpretação, tais quais, acontecem em uma sociedade pluralista e aberta, como obra de todos os participantes. Assim, uma Constituição entendida como uma ordem jurídica fundamental do Estado e da Sociedade, será também uma Constituição aberta, de uma sociedade aberta. Ela é sempre o resultado temporário de um processo público de interpretação conduzido por uma sociedade aberta e pluralista. A interpretação será um processo situado no tempo que capta as experiências (abertura para o passado) e as mudanças (abertura para o futuro) tendo como objetivo atualizar a obra constitucional. Ou seja, a Constituição é um processo público de interpretação no qual os participantes ou interpretes são cidadãos e grupos que participam na comunidade política (potências públicas), pois quem vive a norma, também a interpreta.
A CONSTITUIÇÃO COMO “CONJUNTO DE NORMAS CONSTITUTIVAS PARA A IDENTIDADE DE UMA ORDEM POLÍTICO-SOCIAL E DO SEU PROCESSO DE REALIZAÇÃO”. (R. BÄUMLIN)
A Constituição é uma ordem fundamental e programa de ação, que identifica uma ordem político-social e seu processo de realização. Ou seja, a Constituição se apresenta como uma ordenação global do Estado e da Sociedade e, ao mesmo tempo, um projeto de determinação da sua identidade.
A CONSTITUIÇÃO COMO “PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO E DE REPRESENTAÇÃO NACIONAL” (H. KRÜGER)
Ele compreende a Constituição como um “programa de interação nacional” e um “programa de representação nacional. Uma Constituição só se realiza como um programa de integração e de representação nacional caso ingresse na consciência dos cidadãos, mas isso só vai ser possível se a Constituição se limitar a ordenar a comunidade, a nação e a totalidade política. 
A CONSTITUIÇÃO COMO “ORDEM JURÍDICA DO PROCESSO DE INTEGRAÇÃO ESTATAL” (RUDOLF SMEND)
A vida política consiste numa integração dialética do indivíduo, coletividade e Estado. A Constituição só pode ser concebida como a ordem jurídica desse processo de integração. A finalidade da Constituição é garantir essa integração permanente e contínua, mas que depende da ação conjunta de todos os impulsos e motivações políticas da comunidade.
A CONSTITUIÇÃO COMO “ORDEM JURÍDICA FUNDAMENTAL, MATERIAL E ABERTA DE UMA COMUNIDADE” (KONRAD HESSE)
É uma das mais influentes e representativas da contemporaneidade. A Constituição ordena juridicamente o estado e abrange também a ordenação de toda a comunidade.
A Constituiçãoestabelece os princípios fundamentais conformadores da unidade política, regula o processo de solução de conflitos dentre da comunidade, organiza princípios da ordem jurídica global e regulamenta as relações da vida historicamente variáveis. Ela deve ser entendida também como uma ordem jurídica material aberta, uma vez que traz conteúdo vago e indeterminado, necessário à sua abertura ao tempo. Tem o objetivo de racionalizar e estabilizar, garantir e possibilitar, construir e limitar um processo político livre e garantir as liberdades. A realização e efetividade da Constituição, depende de sua capacidade de atuar e operar na vida política, das circunstancias históricas e da vontade de Constituição, tal qual se converte em força ativa se estiverem presentes na consciência geral a vontade do poder e a vontade da Constituição.
A vontade de Constituição advém dos seguintes fatores: da consciência da necessidade e do valor de uma ordem normativa que afaste o arbítrio, da certeza de que esta ordem é legítima e que precisa assim permanecer e da crença de que a esta ordem precisa ser realizada e concretizada, por meio de atos de vontade dos atores participantes do processo constitucional.
A CONSTITUIÇÃO COMO “LEGITIMAÇÃO DO PODER SOBERANO SEGUNDO A IDEIA DE DIREITO” (G. BURDEAU)
A Constituição é a expressão da vontade criadora do soberano. No seu significado jurídico e institucional é uma criação, a partir da qual resulta a ideia de Direito que dominará e ordenará o Estado e o poder. Ela é o estatuto jurídico do poder, que cria e define a ideia de Direito dominante, organizando o Estado e o poder, instituindo suas funções, competências e limites. Ela deve levar em consideração os dados permanentes da estrutura social e do grupo e promover as aspirações duradouras. A constituição, enquanto condição do próprio Estado de Direito, manifesta-se das seguintes formas: em relação aos governantes (priva-os da propriedade do poder, reduzindo-os a simples agentes do exercício do poder; em relação ao poder (a Constituição estabelece os fundamentos do Estado, fixando as condições de exercício do poder, sendo que o poder organizado e introduzido é um poder de Direito).
A CONSTITUIÇÃO COMO “FIM POLÍTICO FUNDAMENTAL SUSTENTADO PELAS FORÇAS SOCIAIS DOMINANTES” (C. MORTATI)
Apresenta um conceito material de Constituição. A Constituição parte da existência de uma relação juridicamente relevante entre a ordem concreta de uma sociedade e o sistema constitucional positivo nela instaurado. É essencial e necessário que a sociedade esteja politicamente organizada e ordenada segundo a distribuição das forças nela operante. A normatividade da sociedade da qual emerge a Constituição, consiste em se ordenar em torno de forças e de fins políticos, sendo a Constituição material o núcleo essencial de fins e de forças que regem qualquer ordenamento positivo. A Constituição material, fundamenta e sustenta a Constituição formal, sendo formada pelas forças políticas dominantes, ordenadas em razão de determinados fins. 
A CONSTITUIÇÃO COMO “NORMA FUNDAMENTAL, FORMA DE GOVERNO E PRINCÍPIO DE PRODUÇÃO NORMATIVA” (F. MODUGNO) 
Constituição como um processo que compreende três momentos constitutivos: norma fundamental, forma de governo e princípio de produção normativa.
A Constituição é a norma fundamental, na medida em que se expressa como a normatividade jurídica máxima no Estado, exercendo força jurídica condicionante e constituinte. Logo, a Constituição, além de norma fundamental, regula o poder do Estado, convertendo a sua força em autoridade (força ordenada e regulada pelo Direito), ou seja, em poder. Assim como a Constituição também é fonte da produção normativa do Estado sob um triplo aspecto: Como princípio da legislação ordinária, primária e geral; como conjunto de limites de forma e substância dessa mesma legislação e com parâmetro de constitucionalidade dos atos legislativos.
A CONSTITUIÇÃO COMO “TOTALIDADE, NORMALIDADE E NORMATIVIDADE” (H. HELLER)
A Constituição é produto, é forma de atividade, é uma forma aberta, por meio da qual passa a vida. O Estado é uma forma organizada de vida, cuja Constituição se caracteriza não apenas pelo comportamento normado e juridicamente ordenado dos seus membros, mas também pelo comportamento não normado, embora normalizado, deles. Assim como não podem ser considerados completamente separados o dinâmico e o estático, também não se pode separar a normalidade e a normatividade, o ser e o dever-ser no conceito de Constituição. Por essa razão, Heller procura fazer uma conexão entre a Constituição enquanto ser e a Constituição enquanto Constituição jurídica normativa.
ORIGEM DA CONSTITUIÇÃO: 
Ferdinand Lassalle sustentou a concepção sociológica da Constituição. Todos os Estados possuem e sempre possuíram, em todos os momentos da sua história, uma Constituição material, real e verdadeira. Desde a Antiguidade, já se constatava que, entre as leis, pelo menos uma delas se destaca em face de seu propósito de organizar o próprio poder, fixando os seus órgãos, estabelecendo as suas atribuições e seus limites, definindo a sua Constituição.
CONCEITO DA CONSTITUIÇÃO
A Constituição do Estado é a sua Lei Fundamental (a Lei das Leis). A Constituição é um conjunto de normas jurídicas supremas que estabelecem os fundamentos de organização do Estado e da Sociedade, dispondo e regulando a forma de Estado, a forma e sistema de governo, o seu regime político, seus objetivos fundamentais, o modo de aquisição e exercício do poder, a composição, as competências e o funcionamento de seus órgãos, os limites de sua atuação e a responsabilidade de seus dirigentes, e fixando uma declaração de direitos e garantias fundamentais e as principais regras de convivência social.
CONCEPÇÕES SOBRE A CONSTITUIÇÃO
A Constituição pode ser sentida e compreendida a partir de perspectivas ou concepções diversas, segundo o ângulo de visão de seu observador. Pode-se identificar quatro conceitos fundamentais de Constituição estatal, correspondendo cada um, a uma distinta forma de entender o Direito, tais quais:
A CONCEPÇÃO SOCIOLÓGICA: A Constituição absorve a sua origem na própria realidade social. Ela é resultado das forças sociais, é a realidade política e social do presente, é pura forma de ser. A Constituição deve ser examinada em relação à sociedade que a adota, da qual ela constitui puro reflexo, ou expressão da realidade nela existente. É na sociedade que ela vai buscar a sua energia. De acordo com Ferdinand Lassalle, a Constituição é a soma dos fatores reais do poder que regem uma determinada sociedade.
A CONCEPÇÃO POLÍTICA: Carl Schmitt sustentou que a Constituição significa, essencialmente, decisão política fundamental, decisão concreta de conjunto sobre o modo e a forma de existência da unidade política. Por isso, para ele, a Constituição corresponde apenas a um conjunto de normas (escritas ou não escritas) referentes aos aspectos fundamentais do Estado.
Ele limita o sentido de Constituição à Constituição do Estado, apresentando quatro conceitos, confessando sua preferência pelo conceito positivo
CONCEITO ABSOLUTO (A Constituição é entendida como um todo unitário, podendo significar:
- O próprio Estado em sua concreta existência política. A Constituição é a alma do Estado, sua vida concreta, sua existência individual. Tanto que, se a Constituição deixar de existir, o Estado também deixará.
- Forma de governo, ou seja, uma maneira especial de ordenação política e social, aqui, Constituição é a forma especial do domínio que afeta a cada Estado e que não pode se separar do mesmo. São exemplos dessas formas especiais de existir do Estado: A monarquia, a aristocracia e a democracia.
- Um princípio dinâmico de sucessão, transformação, coordenação e agregação. A Constituição é concebida como o princípio do “devenir” (tradução espanhol: ________________) dinâmico da unidade política, do fenômeno da continuamente renovada formação e montagem desta unidade, desde a força e energia subjacente ou operante na base. Entendeo Estado como algo dinâmico de aglutinação dos interesses contrapostos, de “integração”.
-Pode significar em sentido absoluto uma regulação legal fundamental, no caso, um sistema de normas supremas e últimas. Neste, a Constituição é uma norma fundamental da vida do Estado, um dever ser.
CONCEITO RELATIVO: A lei constitucional em particular, compreendendo uma pluralidade de leis constitucionais, distintas quanto ao conteúdo, alcance e valor, e iguais apenas na forma. Tudo que está na Constituição é constitucional, pouco importando o conteúdo e alcance. Essas normas não podem ser modificadas por leis ordinárias, este, identifica-se com o conceito de Constituições rígidas.
CONCEITO POSITIVO: Para Schmitt, é o único em que uma Constituição pode ser verdadeiramente concebida. É entendida como modo e forma de ser de uma unidade política, isto é, de uma Nação. Ela significa decisão política fundamental, ou seja, decisão concreta de conjunto sobre o modo e a forma de existência da unidade política. A Constituição, como uma decisão consciente da comunidade política, derivada de uma vontade política já existente. É a unidade política (Nação), que gera a Constituição.
CONCEITO IDEAL: Nesse sentido, a Constituição apresenta-se como um documento de conteúdo político e social, considerado ideal por corresponder aos postulados (afirmação sem necessidade de demonstração) políticos do momento, seria a que acolhesse determinados valores e ideologias e fixasse soluções consideradas como as únicas legítimas.
A CONCEPÇÃO JURÍDICA: A Constituição é concebida como norma jurídica, uma norma jurídica fundamental de organização do Estado e de seus elementos essenciais, dissociada de qualquer fundamento sociológico, político ou filosófico. Ela é conceituada como um “Direito fundamental de organização” (Sanchez Agesta) ou como “Regras jurídicas que determinam os órgãos supremos do Estado, fixam o modo de sua criação, suas relações mútuas, seu domínio de ação, enfim, o lugar fundamental de cada um em relação ao poder estatal” (Jellinek), ou como um “Conjunto de normas que direta e indiretamente se referem à distribuição ou ao exercício soberano dos poderes do Estado” (Dicey) ou como um “conjunto de regras relativas ao governo e à vida da comunidade estatal, considerada do ponto de vista da existência desta” (Hariou) ou como “Corpo de regras e máximas segundo as quais os poderes da soberania são geralmente exercidos” (Cooley), ou como um “Conjunto de normas jurídicas que regulam o ordenamento fundamental do Estado, instituem-lhe os órgãos constitucionais, regulando a formação e a competência destes (Ranelletti), ou como “ato determinador da ideia de Direito, ao mesmo tempo em que regra de organização, no exercício das funções estatais” (Burdeau). Foi em Hans Kelsen que encontramos a figura do defensor intransigente (inflexível) do conceito puramente jurídico de Constituição, para ele, a constituição representa o escalão de Direito Positivo mais elevado.
CONCEPÇÃO CULTURAL (CONEXÃO DAS CONCEPÇÕES ANTERIORES)
Parte da afirmação do Direito como objeto cultural. Isto porque, assim como a cultura, o Direito é produto da atividade humana. Assim, um conceito adequado de Constituição deve partir da sua compreensão como um sistema aberto de normas em correlação com os fatos sociopolíticos, ou seja, como uma conexão das várias concepções desenvolvidas no item anterior, de tal modo que importe em reconhecer uma interação necessária entre a Constituição e a realidade a ela subjacente, indispensável à sua força normativa. Konrad Hesse, afirmava que a Constituição, para produzir e manter a sua força normativa, deve interagir com a realidade político-social, num condicionamento recíproco.
SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO: As normas constitucionais são dotadas de supremacia jurídica, ostentando posição de superioridade hierárquica em relação às demais normas jurídicas, que à constituição deverão se compatibilizar, seja quanto ao modo de sua elaboração (supremacia formal), seja quanto à matéria ou conteúdo de que tratam (supremacia material)
A UNIDADE NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO: Um ordenamento jurídico só pode ser concebido como conjunto de normas. É condição de existência de uma ordem jurídica a concorrência de normas. A pluralidade de normas jurídicas que abrange, o ordenamento constitui uma unidade, porque as normas nascem de mesma fonte (ordenamento simples) ou porque suas normas, ainda que nascidas de fontes distintas, têm o mesmo fundamento de validade (ordenamento complexo). A unidade normativa da Constituição é importante, na medida em que o descumprimento de uma norma constitucional põe em perigo a própria unidade do texto magno. Assim, a garantia da supremacia de uma norma constitucional proporciona a garantia da própria Constituição.
OBJETO E CONTEÚDO DAS CONSTITUIÇÕES: O objeto e conteúdo mínimo de toda Constituição é a organização fundamental do Estado. Toda Constituição, em qualquer época e em qualquer lugar, tem por objeto o Estado, dispondo fixar-lhe os fundamentos de sua organização. Esse objeto, mantido aquele conteúdo mínimo, pode variar de tempo (objeto de diferentes constituições do mesmo Estado) e espaço (objeto de constituições vigentes de Estados distintos). Devemos lembrar que a Constituição de 1988 tem por objeto, entre outros, definir os fins sociais e econômicos do Estado. As Constituições contemporâneas tem por objeto definir a estrutura do Estado, os seus princípios fundamentais e a organização do poder político, disciplinar o modo de aquisição, a forma de exercício e os limites de atuação do poder político, além de declarar os direitos e garantias fundamentais, estabelecer as principais regras de convivência social e implementar a ideia de Direito a inspirar todo o sistema jurídico, bem como fixar os fins socioeconômicos do Estado e as bases da Ordem Econômica e Social.
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES: A classificação da Constituição visa identificar os seus vários tipos ou espécies. Elas podem se apresentar segundo o conteúdo, a forma, a origem, a estabilidade, a extensão, a finalidade, ao modo de elaboração, a ideologia, a sua maneira de ser etc.
QUANTO AO CONTEÚDO: MATERIAL E FORMAL
CONSTITUIÇÃO MATERIAL: Conjunto de normas escritas ou não (costumeiras), que regulam a estrutura do Estado, a organização do poder e os direitos e garantias fundamentais, inseridas ou não no texto escrito. É aquele conjunto de normas que se limitam a dispor sobre matéria essencialmente constitucional, que são as que tem maior importância, tendo em vista a relação com os pontos principais do Estado, sem se importar com a forma.
P. Bonavides: “Do ponto de vista material, a Constituição é o conjunto de normas pertinentes à organização do poder, à distribuição da competência, ao exercício da autoridade, à forma de governo, aos direitos da pessoa humana, tanto individuais e sociais. Tudo quanto for, enfim, conteúdo básico referente à composição e ao funcionamento da ordem política exprime o aspecto material da Constituição”.
CONSTITUIÇÃO FORMAL: Conjunto de normas escritas reunidas em um documento elaborado pelo poder constituinte, dizendo respeito ou não às matérias tipicamente constitucionais (estrutura do Estado, organização do poder e os direitos e garantias fundamentais). A formalidade que caracteriza essas normas são provenientes do poder constituinte do poder constituinte e só podem ser modificadas ou revogadas por processos e formalidades especiais estabelecidos na própria Constituição (só são constitucionais, pelo simples fato de aderirem ao texto da constituição)
Manoel Gonçalves Ferreira Filho: “A inclusão dessas regras de conteúdo não constitucional no corpo da Constituição escrita visa especialmente a sublinhar a sua importância. E, quando essa Constituição é rígida, fazê-las gozar da estabilidade que a referida Constituição rígida confere a todas as suas normas”.
Michel Temer fala que a classificação, quanto a ser formal ou material, é irrelevante, já que ambas tem igual hierarquia, produzemos mesmos efeitos e só podem ser alteradas segundo o rígido processo tracejado no texto constitucional onde coabitam (tem a mesma dignidade normativo-constitucional).
QUANTO À FORMA: ESCRITA E NÃO ESCRITA
CONSTITUIÇÃO ESCRITA: Também chamada de instrumental. As normas (todas escritas) são codificadas e sistematizadas em um texto único e solene (formal), elaborado racionalmente por um órgão constituinte. Ela é produto das revoluções liberais do séc. XVIII, justificando que os objetivos de liberdade e limitação do poder em texto escrito e solene seria a única forma capaz de assegurar certeza, clareza e precisão de seu conteúdo, garantindo a segurança aos governados contra o abuso dos governantes. São elaboradas em documento único pelo órgão constituinte.
CONSTITUIÇÃO NÃO ESCRITA: Também chamada de costumeira. As normas não estão em um texto único e sim nos costumes, na jurisprudência (pode estar também em textos constitucionais escritos, desde que sejam “soltos”, como exemplo a Constituição da Inglaterra. As constituições não escritas/costumeiras sempre existiram e antecederam as Constituições escritas. São impostas pela prática/costumes.
OBS: NÃO EXISTE CONSTITUIÇÃO INTEIRAMENTE NÃO ESCRITA/COSTUMEIRA.
QUANTO À ORIGEM: DEMOCRÁTICA E OUTORGADA
CONSTITUIÇÃO DEMOCRÁTICA (OU PROMULGADA OU POPULAR OU VOTADA): Elaborada por representantes legítimos do povo, que compõem (por eleição), um órgão constituinte. Tem efetiva participação popular, é o fruto da manifestação de vontade de um povo, que elege os seus representantes para a tarefa fundamental de elaborar uma Constituição. Ex: Constituição democrática de 1988
CONSTITUIÇÃO OUTORGADA: A elaboração se processa sem qualquer participação do povo. É fruto do autoritarismo, do abuso do poder constituinte do povo. São impostas pelo governante e normalmente são designadas pela doutrina de Cartas. 
CONSTITUIÇÃO CESARISTA: Apesar de impostas, dependem da ratificação (confirmação) popular por meio de referendo (ocorre quando já existe um projeto de lei aprovado pelo legislativo, ou seja: está apto a se tornar lei. Porém, só entrará em vigência se os eleitores o aprovarem. Para ser proposto, faz-se necessária a assinatura de no mínimo 1/3 de deputados ou senadores) ou plebiscito (é uma forma de consulta popular em que os cidadãos são consultados antes de uma lei ser constituída. O teor da lei a ser aprovada é definido pelo povo). Visa ratificar a vontade do detentor do poder.
CONSTITUIÇÃO PACTUADA: Oficializa um compromisso político instável de duas forças políticas opostas: a realeza absoluta debilitada, de um lado, e a nobreza e a burguesia, em ascensão, de outro. Surge a monarquia limitada.
QUANTO À ESTABILIDADE OU CONSISTÊNCIA OU MUTABILIDADE: IMUTÁVEL, FIXA, RÍGIDA, FLEXÍVEL E SEMIRRÍGIDA OU INFLEXÍVEL
CONSTITUIÇÃO IMUTÁVEL: Não prevê alteração em suas normas, justificando que a vontade do poder constituinte se esgota com a manifestação da atividade originária. Já que a Constituição é a base fundamental do Estado, ela deve gozar de certa estabilidade. Devemos lembrar que a Constituição do Império do Brasil foi provisoriamente imutável, pelo período de 4 anos.
CONSTITUIÇÃO FIXA: Só pode ser alterada pelo próprio poder constituinte originário, implicando na elaboração de uma nova ordem constitucional
CONSTITUIÇÃO RÍGIDA: Estabelece exige procedimentos especiais e solenes (formal), necessários para a reforma de suas normas, distintos e mais difíceis do que aqueles previstos para a elaboração ou alteração das leis. É o modelo ideal de Constituição, já que nela se reúnem as duas necessidades das Constituições Contemporâneas: a evolução (as Constituições devem acompanhar a mudança das forças sociais, abrindo-se para reformas) e a estabilidade (em razão da exigência de que as reformas constitucionais ocorram com moderação, equilíbrio e cautela). A sua vantagem é notada quanto à autorização de reformas, submetendo-as a um procedimento formal, no qual seja possível uma maior reflexão, debate e ponderação.
CONSTITUIÇÃO FLEXÍVEL: Pode ser alterada pelo mesmo procedimento observado para as normas legais
CONSTITUIÇÃO SEMIRRÍGIDA OU SEMIFLEXÍVEL: Cuida-se de uma Constituição parcialmente rígida e parcialmente flexível, ou seja, uma parte é rígida (exigindo-se para sua alteração procedimentos especiais) e a outra é flexível (podendo ser alterado por processos mais fáceis, à semelhança das leis)
QUANTO À EXTENSÃO (SINTÉTICA E ANALÍTICA)
CONSTITUIÇÃO SINTÉTICA (OU CONCISA): São Constituições breves que regulam os aspectos básicos da organização estatal.
CONSTITUIÇÃO ANALÍTICA (OU PROLIXA): São Constituições extensas que disciplinam longa e minuciosamente todas as particularidades ocorrentes e consideradas relevantes no momento para o Estado e para a Sociedade, definindo largamente os fins atribuídos ao Estado.
QUANTO À FINALIDADE (GARANTIA E DIRIGENTE)
CONSTITUIÇÃO GARANTIA (OU LIBERAL OU DEFENSIVA OU NEGATIVA): Foi o paradigma de Constituição adotado após as revoluções do século XVIII, para servir de instrumento de garantia das liberdades públicas individuais, visando limitar o poder.
CONSTITUIÇÃO DIRIGENTE (OU SOCIAL): É uma consequência do constitucionalismo social do século XX, que provocou a evolução do modelo de Estado, de Estado liberal (passivo) para Estado social (intervencionista). Observa Canotilho que a Constituição dirigente se volta à garantia do existente, aliada à instituição de um programa ou linha de direção para o futuro, sendo estas as suas duas finalidades.
QUANTO AO MODO DE ELABORAÇÃO (DOGMÁTICA E HISTÓRICA)
CONSTITUIÇÃO DOGMÁTICA (OU SISTEMÁTICA): Consiste num documento escrito e sistematizado, elaborado por um órgão constituinte em determinado momento da história político-constitucional de um País, a partir de dogmas ou ideias fundamentais da ciência política e do direito dominantes na ocasião.
CONSTITUIÇÃO HISTÓRICA: Conjunto de normas não escritas, cuja elaboração é lenta e ocorre sob o influxo dos costumes e das transformações sociais. Ex: A constituição inglesa.
QUANTO À IDEOLOGIA (ORTODOXA E ECLÉTICA)
CONSTITUIÇÃO ORTODOXA: Aquela que resulta da consagração de uma só ideologia
CONSTITUIÇÃO ECLÉTICA (OU PLURALISTA): É aquela que usufrui contemplar, plural e democraticamente, várias ideologias aparentemente contrapostas, conciliando as ideias que permearam as discussões na Assembleia Constituinte.
QUANTO AO MODO DE SER (CLASSIFICAÇÃO ONTOLÓGICA): NORMATIVA, NOMINAL E SEMÂNTICA
As Constituições podem se apresentar como:
Constituição normativa: Com valor jurídico. As normas dominam o processo político, buscam submeter o processo político à observância e adaptação de seus termos.
Constituição nominal: Sem valor jurídico, uma constituição de fachada. Quando não há uma concordância absoluta entre as normas constitucionais e as exigências do processo político.
Constituição semântica: utilizada apenas para justificar juridicamente o exercício autoritário do poder. Ex: a Constituição brasileira de 1937. É apresentada como um instrumento a serviço do poder, para estabilizar e eternizar a intervenção dos dominadores do poder político.
CLÁSSIFICAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1988
CONTEÚDO: Formal
FORMA: Escrita
ORIGEM: Democrática
CONSISTÊNCIA: Rígida
EXTENSÃO: Analítica
FINALIDADE: Dirigente ou social
MODO DE ELABORAÇÃO: Dogmática
IDEOLOGIA: Eclética
MODO DE SER: Normativa
ESTRUTURA DAS CONSTITUIÇÕES
PREÂMBULO: Parte anterior do texto constitucional, que sintetiza a carga ideológica que passa através de todo o documento constitucional, anunciou com antecedência os valores que a Constituição adota e objetivos aos quais ela está vinculada. Ele tem eficácia normativa, já que é parte integrante da Constituição. Kelsen e Paulo Bonavides são contra a eficácia normativa do preâmbulo. O STF firmou sua posição no sentido da inexistência de força obrigatória do preâmbulo das Constituição, limitando a reconhece-lo como um importante vetor para soluções interpretativas. Ele não é considerado parâmetro parao controle de constitucionalidade de leis ou atos normativos.
A PARTE DOGMÁTICA: É o seu texto articulado, que acolhe e reúne os direitos civis, políticos, sociais e econômicos que são veiculados por ela. Na CF1988 podemos afirmar que a parte dogmática coincide com o seu corpo permanente.
AS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS: Realiza a integração entre a nova ordem constitucional e a que foi substituída. As normas presentes no ato das disposições constitucionais transitórias podem ser utilizadas como parâmetro de controle de constitucionalidade de leis ou atos normativos. Elas podem, também, estabelecer exceções às regras constantes na parte permanente da Constituição Federal.
ELEMENTOS DAS CONSTITUIÇÕES
São um todo unitário e orgânico que contêm normas que incidem sobre as mais variadas matérias e que tem finalidades diversas. Tem caráter polifacético (muitas faces).
Para José Afonso da Silva:
Elementos orgânicos: contidos nas normas que regulam o Estado e o poder
Elementos limitativos: normas que formam o catálogo de direitos e garantias fundamentais, limitadoras do poder estatal.
Elementos sócio ideológicos, que revelam o comprometimento das Constituições modernas entre o Estado individual e o Estado social
Elementos de estabilização constitucional, que estão contidas nas normas que visam garantir a solução dos conflitos constitucionais, a defesa da Constituição, do Estado e das instituições democráticas.
Elementos formais de aplicabilidade, que se encontram nas normas que prescrevem regras de aplicação das Constituições.
CONSTITUIÇÃO DIRIGENTE
A Constituição é a ordem jurídica global e fundamental do Estado e da Sociedade, levando a concluir que nela reside a opção do constituinte sobre determinado modelo de Estado, caracterizando a peculiaridade de cada Constituição. A mesma fixa as premissas estruturais do Estado que pretende reger.
Nesse contexto, a história testemunhou a metamorfose dos modelos de Estado: do Estado Liberal ao Estado Social, duas realidades distintas, ordenadas por duas Constituições também distintas. Uma, a liberal ou garantia, limitando o Estado e suas funções, onde o poder público não podia interferir no exercício das liberdades, cabendo-lhe apenas resguardá-las. Outra, a dirigente, que amplia o Estado e as suas funções, em face da qual o poder público é chamado a intervir ativamente no sentido de fornecer prestações exigidas pelo indivíduo. As Constituições liberais ordenavam um Estado mínimo, com poderes e funções limitadas, assim considerado por sua política de retratação ante as relações socioeconômicas. Porém, com a derrocada do Estado liberal, sobretudo em razão do pós Primeira Guerra Mundial, surgiu um novo constitucionalismo com reflexo direto no modelo estatal. O Estado muda de configuração, assumindo renovados papeis e múltiplas funções. Advém o Estado social ou, como preferem alguns denomina-lo, o Estado do Bem-Estar social ou Estado providencia, prestador de serviços, de perfil essencialmente intervencionista, que exige a presença marcante e decisiva do poder público no domínio das relações socioeconômicas. O homem passa a depender do Estado, de quem se exige prestações positivas. Nasce, com isso, o direito de exigir do Estado prestações de ordem econômica, social e cultural. Afloram os direitos de crédito. E nesse cenário, se fala em direitos fundamentais. O Estado já não se resume a defensor das liberdades, assumindo um papel mais abrangente, pois, além de garantidor das liberdades públicas, passa a ostentar posição de devedor social, devendo implementar medidas publicas necessárias a solução das demandas sociais. Com isso, a Constituição desenha um novo modelo de Estado, o Estado Social, e passa a arquitetar um plano de direção de políticas públicas, no âmbito de uma ordem socioeconômica. Essa Constituição do Estado Social é denominada como Constituição Dirigente, sendo aberta, que determina tarefas, estabelece programas e define fins, voltados ao bem-estar social, que o poder público se acha vinculado jurídico-constitucionalmente a realizar no campo econômico, social e cultura. Ela conduz a ideia de vinculação política e de órgãos de direção política, pois ela incorpora em seu texto de normas jurídicas os objetivos e as diretrizes políticas do Estado, conferindo-lhes juridicidade e, consequentemente, permitindo a judicialização dos fenômenos políticos. Ela se volta a garantia do existente, aliada a instituição de um programa ou linha de direção para o futuro.
A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1988
“PEDRA”: Promulgada, Escrita, Dogmática, Rígida e Analítica.
É um tipo de Constituição Social, dirigente, compromissária, promissora e aberta ao futuro. Ela é um plano normativo global que enuncia metas, fins e programas a serem realizados pelo Estado e pela Sociedade.
CAPITULO VI
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
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CONCEITO
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O PODER CONSTITUINTE E O PENSAMENTO DE SIEYÉS
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NATUREZA
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TITULARIDADE E EXERCÍCIO DO PODER CONSTITUINTE
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7. PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO
CONCEITO: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
CARACTERÍSTICAS: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
FORMAS DE MANIFESTAÇÃO: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
PODER CONSTITUINTE MATERIAL E PODER CONSTITUINTE FORMAL:
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8. PODER CONSTITUINTE DERIVADO
CONCEITO:
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CARACTERÍSTICAS:
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ESPÉCIES:
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PODER CONSTITUINTE REFORMADOR
CONCEITO:
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LIMITAÇÕES:
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PROCESSO LEGISLATIVO DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO: PROCESSO DE REFORMA CONSTITUCIONAL:
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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DA REFORMA CONSTITUCIONAL:
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PODER CONSTITUINTE DECORRENTE:
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9. MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL:
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
10. DIREITO CONSTITUCIONAL INTERTEMPORAL
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PRINCÍPIO DA RECEPÇÃO:
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REPRISTINAÇÃO:
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