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GEOLOGIA GERAL 1 Prof Sergio Valente

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GEOLOGIA GERAL 1 
2017_1 
TRABALHO DE CAMPO 
 
Local: Costa Verde, RJ. 
 
Data: 20 de maio de 2017; terça-feira; 7-18 h. 
 
Objetivos: 
1. Entender princípios fundamentais do trabalho de campo em Geologia. 
2. Entender o funcionamento e utilização do GPS e bússola. 
3. Conseguir utilizar mapas (topográficos e geológicos) e imagens (satélite) a 
partir do conhecimento básico de tipos de escalas, tipos de legendas, 
indicação do norte geográfico e norte magnético, tipos de coordenadas 
geográficas, do conceito de datum e fusos e de outros parâmetros 
cartográficos e geodésicos. 
4. Elaborar mapas de caminhamento, seções geológicas esquemáticas e 
descrições de caderneta de campo, bem como registros fotográficos. 
5. Reconhecimento das principais características de ambiente de sedimentação 
transicional estuarino. 
 
Professor: Sérgio Valente. 
 
Monitora: Bruna Lyra. 
 
Material necessário: 
1. Autorização do responsável para realizar trabalho de campo. 
2. Calça comprida, bota ou tênis, camisa ou blusa de algodão e boné. Capa de 
chuva ou guarda-chuva a depender da previsão do tempo. 
3. Protetor solar e repelente. 
4. Água, suco, frutas e lanche (não haverá almoço). 
5. Prancheta, caderneta de campo (caderno de tamanho aproximado de 25 x 20 
cm, pautado ou não, de capa dura), lápis, borracha, apontador, lápis de cor 
(pelo menos cinco cores diferentes), caneta preta, vermelha e azul, sacos 
plásticos (tipo ziplock), régua milimetrada pequena (15 – 20 cm), transferidor, 
lupa (aumento entre 8 e 10 x), canivete, ímã e câmera fotográfica. 
 
Observações: 
 
1. Não levar ou consumir bebida alcóolica ou drogas durante o trabalho de 
campo. 
2. Seguir, rigorosamente, as orientações dos professores no que se refere à 
segurança e normas de conduta. 
3. Haverá tempo para banho de mar na pausa para o lanche, mas não será 
permitido o ingresso no ônibus com roupas molhadas. 
 
 
ROTEIRO 
 
1. Saída do Terminal Rodoviário da UFRuralRJ às 7 h sentido Piranema. 
2. Seguir pela BR 465 (antiga Rio-São Paulo) até a reta da Piranema (RJ099). 
Depois, entrar na BR101 (Rio-Santos) sentido Mangaratiba. Passar por Coroa 
Grande, Itacuruçá, Praia Grande e Muriqui, até o trevo de entrada para Ibicuí 
(onde a linha do trem fica próximo da BR101). Deixar a turma na Praia do 
Sahy e estacionar o ônibus na entrada de um condomínio de casas cerca de 
1,5 km a leste. 
3. Previsão das marés para o dia do trabalho de campo: maré baixando pela 
manhã. Subida da maré a partir de cerca de meio-dia. 
4. Pontos a serem visitados no estuário do rio Sahy: 
a. Ponto 1: Apresentar o GPS, a bússola de geólogo, a lupa, ímã e 
canivete. Observar as areias da praia e do rio Sahy sob a lupa e 
descrever sua composição mineral e textura. Coletar amostras da areia 
da praia. Discussão dos conceitos de nível de base de erosão geral e 
local. 
b. Ponto 2: Na desembocadura do rio Sahy. Observar estruturas 
sedimentares e processos de erosão e deposição ao longo da foz do 
rio. Observar a areia do rio Sahy sob a lupa e coletar amostras. Discutir 
a salinidade da água do rio, suas morfologias de canal e estruturas 
correlacionadas. Noções de legendas e escala utilizando o mapa 
topográfico. Identifiquem feições do local no mapa e exercícios de 
localização. Conferir a localização com o GPS. A água do rio poderá 
estar salgada por causa da entrada da maré. O canal é meandrante, 
erodindo a parte côncava do meandro e depositando na parte convexa. 
Pode-se ver algumas estratificações plano-paralelas formadas pelo rio. 
Pode-se, também, distinguir diferentes tipos de transporte sedimentar 
(tração e suspensão). É possível observar marcas onduladas nas 
áreas alagadas e compará-las com aquelas formadas sob a água do 
mar bem perto da linha de praia. Nas áreas alagadas também se pode 
observar o depósito de sedimento argiloso e orgânico sobre o 
sedimento arenoso, bem como bioturbação. Na margem dos 
alagadiços há movimentação centimétrica de sedimentos que pode ser 
usada como um análogo para explicar a formação de canyons na 
margem continental. 
c. Ponto 3: Fazer mapa de caminhamento para leste tentando identificar 
estruturas no terraço de praia. Pode ser possível observar 
estratificação plano paralela e granodecrescência ascendente no 
terraço de praia. Localmente, também pode ser possível observar 
estratificação sigmoidal e bioturbação, além de marcas onduladas de 
grande amplitude formadas pela ação dos ventos (eólica) com saltação 
de grãos de quartzo, preferencialmente a grãos de minerais máficos, o 
que confere às marcas onduladas uma coloração clara nos vales e 
escura nas cristas. Há marcas onduladas em forma de estrela, 
semelhante às dunas de mesmo nome, formadas por ventos que 
sopram de várias direções. Pequenos gravetos e folhas impedem o 
avanço das marcas onduladas, gerando inflexões nas cristas e 
formação de pequenas bacias (poucos centímetros de diâmetro). Notar 
a vegetação típica de estuários, com alguns vegetais com raízes 
aéreas. 
d. Ponto 4: Chegar às rochas-fonte semelhantes àquelas que foram 
intemperizadas, erodidas e transportadas pelo rio Sahy, desde o vale, 
a norte, até o estuário. 
5. No trajeto de volta, pode-se observar vários movimentos de massa (blocos e 
solos) e obras de contenção com gabiões e muros atirantados. A depender do 
tempo e do tráfego, pode-se, também fazer um ponto em corte de estrada na 
BR 101 onde essas obras aparecem. 
6. Havendo tempo, no retorno, na Reta da Piranema (RJ099), parada para 
visitar o afloramento de barita 
a. Ponto 5: RJ099, em frente à CASSOL, portão de acesso à área da 
UFRuralRJ, na faixa sentido Itaguaí. Caminhada de cerca de 500 m até 
afloramento de saibreira abandonada, à esquerda. Pode-se observar 
blocos (na maioria) de brecha tectônica com fragmentos angulosos de 
gnaisse e traquito alterado. Alguns blocos mostram bandamento. A 
barita (BaSO4) é bem formada, em cristais euédricos centimétricos, 
que ocorrem em filão, possivelmente associado à falha que formou a 
brecha. A cor da barita varia de branco a amarelado. Poucas drusas 
(poucos cm de diâmetro) com barita foram observadas em alguns 
blocos. Oportunidade de discutir a formação de filões, hidrotermalismo, 
falhas, formação de brechas (ou cataclasitos), mineralogia e 
cristalografia. 
 
 
 
 
 
 
 
Ponta do Sahy, com os pontos (1 a 4) do trabalho de campo, a localização do Parque Arqueológico do Sahy e das áreas alagadas. A 
área dentro do retângulo é mostrada na próxima figura. 
 
 
 
Ponto 4 
Ponto 3 
Ponto 2 
Pq Arq Sahy 
Alagados 
Migmatitos 
Ponto 1 
 
 
 
 
 
 
Detalhe das áreas alagadas a oeste da desembocadura do rio Sahy na Baía de Angra. Notar o início de isolamento das áreas alagadas 
pelo cordão de areia da praia (seta). 
 
 
Rio Sahy 
Baía de Angra 
 
 
 
 
 
 
Barra de canal (seta) do rio Sahy debaixo da ponte ferroviária e rodoviária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Condomínio (Cond) do lado norte da Rio-Santos. A oeste do condomínio, o rio Sahy adquire uma morfologia de canal claramente 
meandrante, bem como sob a ponte da BR101 (setas). 
 
 
 
 
Cond 
 
 
 
 
 
 
Meandro do rio Sahy com depósitos arenosos (círculo). 
 
 
 
 
Localização da RJ099 ou Reta da Piranema (círculo). 
 
 
 
Localização do afloramento do filão de barita (seta). 
CASSOL

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