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Trabalho de Empresarial, Recuperação Judicial

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Recuperação Judicial para a realização dos dir
Recuperação Judicial para a realização dos direitos humanos
Ana Laura de Sousa
Amanda Ferreira 
Glauciane Cardoso
RESUMO
O presente trabalho e pesquisa tem com base trazer uma breve reflexão acerca do instituto da recuperação judicial, proveniente do antigo decreto lei 7.611/45 que posteriormente foi alterado e reformulado para a Lei 11.101/05, atual diploma legal vigente consoante a recuperação judicial das empresas, e assim possuindo os seguintes objetivos específicos: tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica. 
Palavras Chave: Recuperação Judicial, desigualdade social, dignidade da pessoa humana
INTRODUÇÃO 
Este artigo visa, analisar a necessidade da recuperação judicial, e a modernização de todo o sistema empresarial, visto se tratar de um instituto recente que teve seu início em 2005, a Recuperação judicial é um mecanismo que tem como objetivo principal, dar um respaldo jurídico-legal as grandes, medias e pequenas empresas que se encontram em dificuldades financeiras, com especial atenção voltada para a manutenção da fonte produtora, a preservação dos empregos e da empresa e de sua função social, bem como a garantia dos interesses dos credores, desde que sejam preenchidos os quesitos para a obtenção do Instituto. 
A metodologia de pesquisa utilizada no presente estudo é qualitativa, através de estudo bibliográfico, sendo estes estudos dados por livros, artigos científicos e websites que abordam sobre o tema com o intuito de adquirir informações e conhecimento sobre a temática. 
Recuperação Judicial na visão do Princípio da dignidade da Pessoa Humana 
O antigo Decreto lei 7.661/45, vigorou em nosso ordenamento jurídico por aproximadamente 60 anos, entretanto, não trazia resultados satisfatórios, extinguido as empresas que são a fonte produtora e geradora de riquezas do país. Visto a latente necessidade de reformulação do diploma legal, foi aprovada a Lei 11.101/05, com o escopo de viabilizar a superação da crise econômico-financeira, reintegrando a empresa no competitivo mercado de trabalho, e principalmente desenvolvendo o exercício do princípio da função social, abalizado na ordem econômica e social de nosso país, através do respeito à dignidade da pessoa humana, a liberdade e a justiça. Destarte, a empresa atual está fundamentada neste princípio, sobretudo, visando aos interesses da sociedade ao qual está inserida, constituindo um dos principais agentes de desenvolvimento econômico e social do país. 
De acorco com, Jorge Lobo:
Recuperação Judicial é um instituto jurídico, fundado na ética da solidariedade, que visa sanear o estado de crise econômico-financeira do empresário e da sociedade empresária com a finalidade de preservar os negócios sociais e estimular a atividade empresarial, garantir a continuidade do emprego e fomentar o trabalho humano, assegurar a satisfação, ainda que parcial e em diferentes condições, dos direitos e interesses dos credores e impulsionar a economia creditícia 
Com o crescimento da globalização, as empresas adquiriram um importante papel frente a sociedade, sendo que o direito moderno necessitava de mecanismos competentes para manter a empresa ativa no mercado, pois mesmo pertencendo a um só proprietário, sua finalidade deve atender aos requisitos da função social inerentes ao interesse da sociedade, pois ao ser explorada eficazmente, através de satisfatória produtividade e uso de mão de obra, contribui não só para o crescimento de seu titular, mas a toda sociedade a qual está inserida. 
A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.
É patente a necessidade de se manter um equilíbrio entre os interesses individuais e coletivos, derrubando a ideia de usar e dispor da coisa apenas em benéfico de seu titular, assim, ressurge um novo conceito, denominado função social da empresa, fundamentado nos interesses da população como um todo, visando acabar com a injustiça e a desigualdade social.
Segundo Mario Ghindini:
a empresa é um organismo produtivo de fundamental importância social; essa deve ser salvaguardada e defendida, enquanto: constitui o único instrumento de produção de (efetiva) riqueza; constitui o instrumento fundamental de ocupação e de distribuição de riqueza; constitui um centro de propulsão do progresso, também cultura, da sociedade”. 
Neste contexto, a atividade empresarial deve ser preservada, visto o importante papel a ela atribuído diante da sociedade, pois é considerada uma fonte mantenedora da riqueza que circula no país, através da geração de empregos e tributos, circulação de bens e serviços, bem como a relação entre clientes, fornecedores e consumidores.
Nesse ambito, verifica-se que o princípio da função social está intimamente ligado ao princípio da preservação da empresa, disposto na Lei nº 11.101/2005, que tem como fundamento, a valorização do trabalho humano e da livre iniciativa, de acordo com o artigo 170 da Carta Constitucional.
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem, por fim, assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
I soberania nacional;
II propriedade privada;
III função social da propriedade;
IV livre concorrência;
V defesa do consumidor;
VI defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação;
VII redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII busca do pleno emprego;
IX tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.
O conceito atual de empresa está fundamentado neste princípio, não visando apenas à obtenção de lucro aos proprietários, mas ao atendimento dos interesses da sociedade ao qual está inserida, constituindo um dos principais agentes de desenvolvimento econômico e social do país.
CONCLUSÃO
Concluímos então que a recuperação judicial, vai de encontro ao interesse das grandes, medias e pequenas empresas, pois atendes aos interesses dos empresarios e proteger os interesses sociais em benefício da comunidade e até como forma de tutela dos direitos humanos, em particular, da dignidade da pessoa humana, no caso de manutenção da fonte de trabalho dos empregados da empresa em crise.
Portanto a recuperação judicial é importante porque busca preservar a atividade produtiva e a efetivação da dignidade da pessoa humana, visando materializar condições adequada de aquisição do mínimo existencial dos direitos sociais.
REFERÊNCIAS
ARNOLDI, Paulo Roberto Colombo. MICHELAN, Taís Cristina de Camargo. In Da Aplicabilidade Jurídica do Princípio da Função Social da Empresa. Revista Nacional de Direito e Jurisprudência. Org. IsaiasGraciNeto. São Paulo: Nacional deDireito Livraria Editora, 2005.
LOBO, Jorge. In Comentários à Lei de recuperação de empresas e falência. São Paulo: Saraiva. 2006, p. 104-105. 
apud Perin Jr, Ecio. Preservação da Empresa na lei de Falencias. Saraiva, 2009, p. 34. 
Perin Jr, Ecio. Preservação da Empresa na lei de Falências. Saraiva, 2009, p. 34. 
Lei de Falências e Recuperação de Empresas – LFRE (Lei nº 11.101, de 9 de fevereiro de 2005).

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