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* AULA 5- LIGAÇÃO QUÍMICA Prof. Maria Eugenia Sena * * Tipos de Ligação Química * Conhecendo-se os íons podemos predizer as fórmulas de seus compostos e explicar algumas das propriedades dos compostos formados. * Depende da eletronegatividade dos átomos. LIGAÇÕES QUÍMICAS DEFINIÇÃO: É A LIGAÇÃO ENTRE DOIS OU MAIS ÁTOMOS. O ARRANJO DOS NÚCLEOS E SEUS ELÉTRONS TEM MENOR ENERGIA. TIPOS DE LIGAÇÕES: IÔNICA (OU METÁLICA*) COVALENTE Na+ Cl¯ H-C ≡ C-H (Acetileno) Em 1812, Berzelius propôs que todas as combinações químicas eram causadas por atrações eletrostáticas. * Natureza da Ligação e Teoria Quântica. Existem duas teorias quânticas principais que suportam a Estrutura Molecular: Teoria da Ligação de Valência - TLV Elétrons desemparelhados que participam das ligações com outro(s) átomo(s). Importante no conceito do par de elétrons compartilhado; e conceitos de ligações sigma() e pi(), assim como a hibridização de orbitais, bastantes usados na química. .Teoria do Orbital Molecular - TOM Explica fatos experimentais que a TLV (ou a TH) não é capaz de explicar; Tal como o paramagnetismo da molécula de O2 (Possui eletrons desemparelhados). * É essencialmente correto dizer que a ligação química se forma quando os orbitais externos, de átomos diferentes, se superpõem, de modo a concentrar a densidade eletrônica entre os núcleos atômicos (Cotton, pág.59). Os tipos de ligações Classificação quanto à suas intensidades: Primárias (ou fortes) X Secundárias (ou fracas). As ligações primárias (ordem de 100 kcal/mol ) são cerca de dez vezes mais fortes que as ligações secundárias (lembre-se que 1 cal = 4,184 J). As ligações primárias: Podem ser de três tipos: Iônica, Covalente e Metálica. As ligações secundárias envolvem energias de ligação da ordem de apenas 10 kcal/mol. Embora existam alguns tipos de ligações fracas (ou forças intermoleculares), elas são geralmente englobadas dentro da designação de ligações de van der Waals, (forças de interação devido à existência de dipolos). * TEORIA DE LIGAÇÃO DE VALÊNCIA Duas classes de compostos foram distinguidas: Polares e Apolares. NaCl - POLAR CH4 - APOLAR DIFERENÇA DE ELETRONEGATIVIDADE * * Ligações iônicas são ligações fortes, onde energia deve ser fornecida para quebrar um sólido iônico ( Exemplo: Compostos iônicos possuem altos pontos de fusão). Regra do Octeto: É possível atribuir uma valência positiva e uma valência negativa, na qual a soma dessas duas valência apresenta 8 elétrons na ultima camada de valência. * MODELO IÔNICO OS ELEMENTOS METÁLICOS TÊM ENERGIAS DE IONIZAÇÃO BAIXAS. LOGO , A FORMAÇÃO DE CÁTIONS É ENERGETICAMENTE FAVORÁVEL. É A DESCRIÇÃO DA LIGAÇÃO ENTRE METAIS E NÃO-METAIS , COMO NO CASO DOS METAIS DO BLOCO “s”. * Quanto maior for a diferença de eletronegatividade entre dois elementos maior será o caráter iônico da ligação entre eles. * Cloreto de sódio: Na+ Cl- Ligação Iônica do NaCl *É necessário absorver energia para formar cátions e ânions apartir de átomos neutros: Na(g) Na+ + é (H= +494 Kj/mol); ½ Cl2 (g) + é Cl -(g), (H= -349 Kj/mol) *A diminuição da energia global (Energia exotérmica) leva à formação do sólido, que se deve a forte atração entre os íons. A Energia liberada para a formação de NaCl é igual a - 787 KJ/mol. * CONCLUSÃO: Existe uma forte interação entre os íons sódio e cloro, que liberam energia para formar o sal, NaCl. A atração mútua libera energia. ATKINS, pg 164 * RESUMO DAS LIGAÇÕES IÔNICAS * - Consiste no compartilhamento de elétrons. - Ocorre entre o hidrogênio e não-metais. - Existem as ligações covalentes simples e as ligações covalentes múltiplas. LIGAÇÃO COVALENTE * Diagrama de energia potencial ( molécula diatômica ) Quando os dois átomos estão muito distantes entre si, a interação não existe, de modo que se pode atribuir o valor zero para a energia de interação entre eles. À medida que R diminui, a estabilidade aumenta, principalmente, em virtude da atração entre o núcleo e os elétrons. * * As ligações covalentes são formadas por: a. Sobreposição de orbitais híbridos com orbitais atômicos. b. Sobreposição de orbitais híbridos com outros orbitais híbridos. Classificação da Ligação Covalente SIMPLES (ou normal), MÚLTIPLA (dupla e tripla) ou COORDENADA (Ligação dativa). Par de elétrons compartilhados podem constituir (implicam no compartilhamento de um, dois e três pares eletrônicos, respectivamente) : Ligação simples (Sigma, ), Ligações duplas (uma Sigma e uma Pi, ) e Lig. triplas (1 sigma e duas Pi) * Um átomo de carbono pode usar uma ou mais camada de valência para formar ligações com outro átomo de carbono (Ver Hibridização de carbono). Representação das moléculas: fórmula de Lewis, e Estrutural ou Molecular. * Fórmula eletrônica de Lewis 1- Conte o Nº de eletrons de cada átomo isolado; 2- Some-os e este valor será o Nº Total de elétrons da molécula; 3- Coloque um par de é entre cada átomo (ligação química); 4- Distribua os elétrons restantes pelos átomos da molécula, respeitando a regra do octeto. Molécula de Ozônio, O3 * Exemplos: Fórmulas de Lewis Amônia (NH3): ou H-N-H A amônia possui 8é na camada de valência: N (5x1) + H (1x3) = 8 é; O metano possui 8é na camada de valência: C (4x1) + H (1x4) = 8 é; * Determine a fórmula de Lewis: 1) da água (H2O); 2) do gás N2; 3) íon Amônio (NH4+) * Resposta 1) 2) 3) OU possui 10é na camada de valência: N (5x2) = 10é possui 8é na camada de valência: N (5x1) + H(1x4)- 1é (carga positiva) = 8é * A ligação coordenada (ou Covalente dativa) É a ligação covalente cujo par de elétrons da ligação são provenientes de um único átomo, participante da ligação. A distância de ligação, ou comprimento de ligação, é a distância entre os núcleos dos átomos ligados. Nesta distância, as forças atrativas e repulsivas são balanceadas. As espécies que fornecem o par de elétrons são chamadas de base de Lewis, e as espécies que aceitam o par de elétrons são ácidos de Lewis. Eles reagem para formar um complexo ácido-base de Lewis pela formação de uma ligação covalente coordenada. Exemplo, o tetrafluoborato é um ácido de Lewis, porque recebe o par de elétrons, e a amônia é uma base de Lewis porque fornece o par de elétrons da ligação. * * A polaridade de ligação depende da diferença da eletronegatividade (Quantificada pelo momento dipolar, ) Quando a diferença de eletronegatividade é muito alta, a ligação será apropriadamente descrita como iônica (não há compartilhamento de elétrons). * A força de uma ligação química é quantificada pela energia necessária (Variação da Entalpia) para rompê-la. Esta energia é geralmente positiva, e expressa como a variação da entalpia (H), para a dissociação de 1 mol de ligações (KJ/mol, 25C). A tabela abaixo mostra a energia média de ligações múltiplas. * POLARIDADE DE UMA MOLÉCULA A polaridade de uma molécula, medida quantitativamente por meio de seu momento dipolar, é uma medida de sua tendência em se alinhar num campo elétrico. A simetria da molécula é importante na determinação da polaridade. Molécula simétrica seus dipolos individuais se cancelam Molécula Não-Polar; Molécula assimétrica seus dipolos se combinam Molécula Polar. Exemplo: CO2 (dióxido de carbono): O = C = O (momento dipolar zero) Cl2 (Cloro): Cl Cl (momento dipolar zero) As ligações entre átomos diferentes têm sempre algum grau de polaridade. * Ligações Secundárias A denominação de ligação de van der Waals é utilizada como designação geral para todos os tipos de ligações secundárias (Forças fracas ou Intermoleculares). A principal causa para a ocorrência de uma ligação de van der Waals é a polarização da molécula, existindo pelo menos quatro modalidades deste tipo de ligação: 1)Dipolos permanentes; 2)Dipolos induzidos; 3)Forças de dispersão; 4)Ligação ou “ponte” de hidrogênio. A atração entre dipolos permanentes é o que acontece no caso do HF. Por outro lado, quando um ou mais átomos de hidrogênio estão ligados de forma covalente a átomos grandes, tais como oxigênio, nitrogênio ou flúor, estabelece-se um dipolo permanente de magnitude elevada (HF). * As forças de dispersão é que mantém unidos átomos de gases nobres. A natureza desses dipolos depende da posição dos elétrons em cada instante. O deslocamento de cargas elétricas necessárias para produzir o dipolo é temporário e aleatório. A coesão existente entre muitas cadeias poliméricas é fornecida por “pontes” de hidrogênio associado à hidroxila (OH-) e outros radicais ou grupos. A molécula de colágeno, composta de hélices de três cadeias de aminoácidos enroladas sobre si própria é unida por ligações covalente e de hidrogênio . A- Estrutura terciária do colageno; B- Fibrilas (Imagem do SEM) * RESUMO GERAL DE LIGAÇÕES QUÍMICAS 1-As ligações químicas se formam pq. a energia potencial é diminuída quando os átomos que se ligam se aproximam um do outro; 2-A energia é diminuída ao se formar uma ligação, porque os elétrons podem se mover nas proximidades de dois ou mais núcleos (cargas positivas); 3-Elétrons de um átomo podem se mover, perto da carga positiva de um segundo átomo, especialmente quando esse átomo tiver orbitais de valência, que estão semipreenchidos ou vazios; 4-A energia será maior se um átomo atrai os elétrons mais fortemente devido a sua maior eletronegatividade, dando origem as substâncias iônicas. 5-As ligações secundárias (Van der waals) são de grande importância para as macromoléculas naturais: proteínas, enzimas, aminoácidos (estrutura primária das proteínas), etc. * Orbitais Moleculares (OM) A teoria dos orbitais moleculares (MO) constitui uma alternativa para se ter uma visão da ligação COVALENTE. Quando dois orbitais atômicos se combinam para formar dois orbitais moleculares, a energia do orbital molecular ligante é sempre menor do que a dos orbitais atômicos. Duas condições são necessárias para que um orbital atômico de um átomo se combine com um segundo orbital atômico: Os orbitais atômicos devem ter energias comparáveis e se sobreporem. Ligação dupla entre carbonos: Molécula de etileno formada pelos orbitais moleculares sp2
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