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Estudo do Desenvolvimento Humano VI - Teoria do Apego (TA) O QUE É APEGO? Mas, para a teoria do apego... Conceituando... • Vinculo Afetivo: um laço de duração relativamente longa no qual o parceiro é importante como um individuo único e não é intercambiável com nenhum outro. • Apego: Subtipo de vinculo afetivo no qual a presença do parceiro adiciona uma sensação de segurança, “base segura para o indivíduo” Os vínculos afetivos e os apegos são estados internos e não podem ser observados diretamente, logo os desenvolvimentistas estudam o Comportamento de apego. Conceituando... • Comportamento de apego: ações de uma pessoa para alcançar ou manter proximidade com outro indivíduo, claramente identificado e considerado como mais apto para lidar com o mundo. • A função principal atribuída a esse comportamento corresponde a uma necessidade de proteção e segurança. • São todos os comportamentos que permitem uma criança ou adulto proximidade física com a pessoa com quem está apegada. • O comportamento de apego é a maneira que a pessoa apegada encontra (com atitudes), para obter ou manter a proximidade com a outra pessoa. Durante todo o ciclo vital, o comportamento de apego está presente em variadas intensidades e formas. Pode ter formas ativas, como procurar ou seguir o cuidador; formas aversivas, como chorar; ou pode ainda aparecer sob forma e sinais comportamentais que alertam o cuidador para o interesse de interação da criança, como sorrir e verbalizar de modos diversos. Todas essas formas são observadas em crianças, adolescentes e adultos ao buscarem a aproximação com outras pessoas. Teoria do Apego A Teoria do Apego trata das relações primárias e sobre o bebê. Desenvolve questões referentes ao recém-nascido como as suas competências sociais, pré-adaptações para formar o vínculo mãe-filho, o desenvolvimento deste vínculo sob variados contextos, consequências da ausência de vinculação e outros diversos aspectos que estão relacionados com o apego. Teoria do Apego Ex.: O comportamento do apego se dá na medida em que o bebê se assusta com alguma coisa ou possui fome, frio, fadiga ou se estressa ocasionando uma aproximação com o seu cuidador. Este comportamento gera sensação de segurança e conforto, possibilitando o desenvolvimento da capacidade de exploração do mundo que está no seu redor. Teoria do Apego (TA) • Influência mais forte em estudos de relacionamento entre bebê-pais é a teoria do apego • Tem base na teoria psicanalítica, principalmente, no que se refere a importância dos primeiros relacionamentos . • Oferece uma base para estudos sobre os afetos e as emoções dos seres humanos, proporcionando um suporte empírico coerente para a compreensão dos processos de desenvolvimento normal e patológico. Teoria do Apego (TA) • Bowlby (1989) considerou o apego um comportamento biologicamente programado, assim como a alimentação. Logo, trata-se de um mecanismo básico. • O papel do apego na vida dos seres humanos envolve o conhecimento de que uma figura de apego está disponível e oferece respostas, proporcionando um sentimento de segurança que é fortificador na relação. Teoria do Apego (TA) • O relacionamento da criança com os pais é instaurado por um conjunto de sinais inatos do bebê, que demandam proximidade. • O apego é um mecanismo básico das pessoas cuja função é estabelecer proximidade com as outras para constituir uma sensação de proteção e segurança, fortalecendo o comportamento da pessoa apegada. Teoria do Apego (TA) • O apego é um mecanismo instintivo que regula a intensidade dos impulsos exploratórios da criança, pois com este mecanismo ela evita de se afastar muito dos adultos (que fornecem proteção e sensação de segurança) para descobrir o mundo e estar à mercê de seus perigos, proporcionando a adaptação ao meio em que vive. Teoria do Apego (TA) Um dos pressupostos básicos da TA é de que as primeiras relações de apego, estabelecidas na infância, afetam o estilo de apego do indivíduo ao longo de sua vida (BOWLBY, 1989). Modelo interno de funcionamento • Na medida em que o apego tenha se estabelecido, a criança começa a construir uma representação mental do relacionamento (modelo interno de funcionamento) que se torna um conjunto de expectativas para futuras interações. • Os relacionamentos mais primitivos servem de base para essa construção, que depois se generalizará nas expectativas sobre si mesmo, dos outros e do mundo em geral, com implicações importantes na personalidade em desenvolvimento. Modelo interno de funcionamento • Afeta o comportamento das crianças: elas tendem a recriar, em cada novo relacionamento, o padrão que está familiarizada. • Foi usado por Bowlby para descrever as representações ou expectativas que guiam o comportamento próprio, e que servem como uma base de predição e interpretação do comportamento de outras pessoas às quais se é apegado. Modelo interno de funcionamento EX.: A criança constrói um modelo interno de si mesma, dependendo de como foi cuidada. Mais tarde, em sua vida, esse modelo internalizado permite à criança, quando o sentimento é de segurança em relação aos cuidadores, acreditar em si própria, tornar-se independente e explorar sua liberdade. Modelo interno de funcionamento • Desse modo, cada indivíduo forma um "projeto" interno a partir das primeiras experiências com as figuras de apego, e esta e a base para todos os relacionamentos íntimos futuros. • Os modelos internos de funcionamento influenciam no comportamento ao longo do ciclo vital, em uma ampla variedade de situações, incluindo a seleção de um parceiro, a formação de relacionamentos de amizade, a escolha profissional, a formação de expectativas e a imagem do self. Principais características da teoria • Especificidade O comportamento de apego é dirigido para um ou alguns indivíduos específicos considerados (pela pessoa apegada) como mais aptos a viver, se adaptar e a lidar com o mundo, buscando proximidade com esses indivíduos; geralmente há uma ordem clara de preferência. Principais características da teoria • Duração O apego persiste, durante todo o ciclo vital, de variadas intensidades e formas. Principais características da teoria • Envolvimento Emocional • Muitas emoções intensas surgem durante a formação, manutenção, rompimento e renovação de relações de apego. • O envolvimento emocional (afetivo) e o desenvolvimento cognitivo definem a maneira que a criança irá realizar a representação mental das figuras de apego sendo assim, são baseadas nas experiências de vida (e a interação de suas condições físicas, psicológicas e as condições do ambiente). Principais características da teoria • Ontogenia O comportamento de apego, segundo Bowlby, possivelmente se inicia já na vida uterina e desenvolve-se durante os primeiros meses de idade através de comportamentos e busca pela proximidade com o outro indivíduo (em buscar de segurança e conforto). • Quanto mais experiências de interação mais possibilidades de se apegar. • Geralmente a principal figura de apego é aquela que dispensar mais cuidados. Principais características da teoria • Aprendizagem • A proximidade com os outros indivíduos permite que a criança aprenda a desenvolver melhor capacidade de se adaptar ao meio através da convivência e observação, garantindo a evolução e preservação da espécie. • Apego pode desenvolver-se apesar de punições. Principais características da teoria • Organização• O comportamento de apego é organizado com o desenvolvimento da criança. • O primeiro contato que o indivíduo possui com outra pessoa (cuidador), são suas experiências precoces e, depois inicia o processo de expectativas sobre si mesmo, dos outros e do mundo em geral, com implicações importantes na personalidade em desenvolvimento. Principais características da teoria • Função Biológica • O comportamento de apego possui como principal função a biológica, pois é esta que torna indispensável que o indivíduo procure proteção e segurança. Ou seja, quando bebês e crianças, o comportamento de apego é instintivo. • Desenvolvido pela grande importância de encontrar alguém que lhe proporcione sensação de segurança e que supra suas necessidades. Método da Situação Estranha • As reações da criança na interação com seu cuidador são observadas, em detalhe, em uma situação de separação e em contato com uma pessoa desconhecida. • A Situação Estranha deu origem ao primeiro sistema de classificação do apego entre o cuidador e a criança, sendo as categorias organizadas em: padrão seguro, padrão ambivalente ou resistente e padrão evitativo. • Durante as pesquisas, chegaram a um quarto padrão de apego, denominado desorganizado ou desorientado, complementando as categorias com mais um padrão distinto de apego inseguro nas interações cuidador- criança. AS QUATRO CLASSIFICAÇÕES DOS PADRÕES DE APEGO • A Teoria do Apego identificou duas classes de estilo de apego: os seguros e os inseguros. • Nos inseguros temos o resistente, evitativo e desorganizado. • As crianças seguras são àquelas mais confiantes ao explorar o mundo que está à seu redor com certeza que seus cuidadores estarão por perto. • Enquanto que as inseguras, exploram pouco o ambiente e possuem em excesso ou precária a interação com sua mãe. AS QUATRO CLASSIFICAÇÕES DOS PADRÕES DE APEGO • Padrão Seguro: O padrão seguro corresponde ao relacionamento cuidador-criança, provido de uma base segura, na qual a criança pode explorar seu ambiente de forma entusiasmada e motivada e, quando estressadas, mostra confiança em obter cuidado e proteção das figuras de apego, que agem com responsabilidade. As crianças seguras incomodam-se quando separadas de seus cuidadores, mas não se abatem de forma exagerada. Pode ser conformada por estranhos, mas demonstra sua preferência. AS QUATRO CLASSIFICAÇÕES DOS PADRÕES DE APEGO • Padrão Evitativo: O grupo de crianças pertencentes ao padrão evitativo brinca de forma tranquila, interage pouco com os cuidadores, mostra-se pouco inibido com estranhos e chega a se engajar em brincadeiras com pessoas desconhecidas durante a separação dos cuidadores. Quando são reunidas aos cuidadores, essas crianças mantêm distância e não os procuram para obter conforto. Não mostra preferência pela mãe sobre um estranho. AS QUATRO CLASSIFICAÇÕES DOS PADRÕES DE APEGO • Padrão Ambivalente ou Resistente: Pouca exploração do ambiente e cautelosa com estranhos. Após a separação, fica bastante incomodada, sem se aproximar de pessoas estranhas. Não é tranquilizada pelo retorno da mãe, apesar de seus esforços para confortá-la. AS QUATRO CLASSIFICAÇÕES DOS PADRÕES DE APEGO • Padrão Desorganizado ou Desorientado: Apresentavam comportamento contraditório para lidarem com a situação de separação. A criança pode apresentar comportamentos simultâneos contraditórios, tais como movimentar-se na direção da mãe enquanto mantem o olhar desviado dela. Teoria do Apego (TA) Assim, o que se compreende é que as relações de apego têm uma função-chave na transmissão de características em relacionamentos entre cuidadores e suas crianças. Teoria do Apego (TA) • Nesse sentido, as relações parentais e rupturas de vínculos primários por perda ou abandono têm um impacto no desenvolvimento individual. • Nesses processos, as rupturas de vínculos são inevitáveis, mas, a possibilidade de crescimento e a formação de novos laços afetivos dependerão de como essas experiências de ruptura foram vivenciadas e elaboradas. Atividade 1 - A Teoria do Apego permite estudar sobre os afetos e as emoções dos seres humanos, no que se refere ao desenvolvimento normal e patológico. A partir dessa afirmativa e considerando o modelo interno de funcionamento, explique o porquê as relações primárias são importantes. 2- Diferencie vínculo afetivo de apego. 3 – Conceitue comportamento de apego. 4- Cite e explique as principais características da TA. 5 – A partir do método da situação estranha, no qual as reações das crianças eram observadas na interação com seu cuidador, cite quais os padrões de apego e explique um deles.
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