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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA Fichamento de Estudo de Caso LEONARDO DA SILVA PACHECO Trabalho da disciplina de Analise de Investimentos em Ações, Tutor: Prof. James Dantas de Souza. Rio de Janeiro 2017.1 Estudo de Caso: Análise de Investimentos em Ações e Fundos Santander Consumer Finance REFERÊNCIA: SALARICH, Magda; TRUMBULL, Gunnar; CORSI, Elena; BARRON, Andrew. A centralização só tem sentido se o resultado final for melhor do que a simples soma as partes, - Harvard Business School, 712-P04 – 13 de dezembro de 2010. O caso publicado pela renomada universidade americana (Havard Business Publishing) baseia-se em uma história de uma divisão do grupo Santander, cuja tinha contrato uma CEO, com o objetivo de planejar o caminho a seguir nos dez anos seguintes. O caso destaca que embora os Estados Unidos continuassem o maior mercado do mundo de financiamento ao consumidor, o setor também estava crescendo na Europa nos últimos 20 anos. Inciarte notou a tendência, e, sob sua gestão (2002-2008), a SCF passara de um pequeno grupo de unidades que operava na Espanha, na Alemanha e na Itália a uma das maiores empresas de financiamento ao consumidor do mundo. Além disso, desde 2006, Inciarte investia fora da União Europeia: nos Estados Unidos, na América Latina e na Europa Oriental. O Caso ainda mostra que, a CEO teria que apresentar a nova estratégia e direção da SCF ao presidente e diretor executivo do Santander, Emilio Botín-Sanz de Sautuola y García de los Ríos, assim como aos outros membros do Comitê Executivo do grupo, incluindo o próprio Inciarte (Seu antigo CEO), pois haviam decisões muito importantes a serem tomadas pelos mesmos, como por exemplo: Seria possível sustentar a alta lucratividade das atividades de empréstimo ao consumidor? Seria hora de focar mais em consolidação ou de investir mais em novos mercados e produtos? Também havia questões de estratégia organizacional a considerar. Que funções deveriam ser delegadas às afiliadas nacionais e quais deveriam ser centralizadas na matriz? Que processos deveriam ser padronizados e quais deveriam ser iniciativas locais? E todas essas decisões seriam postas num cenário de preocupação crescente com a sustentabilidade dos níveis de endividamento domiciliar na Europa e nos Estados Unidos. O caso mostra um pouco da história do Grupo Santander e de sua divisão: Santander Consumer e Finance (SCF), sua fundação e seus objetivos. O comportamento do mercado europeu de financiamento ao consumidor, que conforme a CEO Magda, ainda há grandes diferenças entres os países europeus em termos de tamanho do mercado de crédito ao consumidor, relação entre crédito ao consumidor e PIB (penetração) e mix de produtos ao consumidor. Essas diferenças se devem a diferentes níveis de maturidade do mercado, desenvolvimento econômico, regulamentação local e fatores culturais. Desde a década de 1980, o setor de empréstimos ao consumidor na Europa tinha crescido em importância econômica e sofisticação que no final de 2006, empréstimos ao consumidor na Europa representavam cerca de € 1 trilhão em empréstimos em aberto.3 Embora menor do que o dos EUA, o mercado de crédito ao consumidor europeu também tinha características diferenciadas que o tornavam qualitativamente diferente. Em primeiro lugar, o risco médio de inadimplência dos empréstimos ao consumidor na Europa era geralmente mais baixo. E em segundo lugar, os empréstimos na Europa eram menos baseados em mutuários sub-prime (de alto risco). As taxas de juros normalmente não eram ajustadas para levar em conta o risco individual, e uma parte menor dos empréstimos estava em contas rotativas. Além disso, as características dos mercados de crédito europeus também limitavam as possibilidades de gerir produtos de risco. Podemos observar que depois que a comissão Europeia introduziu a primeira diretiva de crédito ao consumidor da União europeia, com o objetivo de estabelecer padrões básico para procedimentos e relatórios, a EU gerou reações negativas. O Bureau Européen des Unions de Consommateurs (BEUC), uma organização de consumo europeia, elogiou os passos dados na diretiva para aumentar a transparência, mas lamentou o fato de a diretiva não tratar do sobre endividamento do consumidor. O mercado da Santander Consume Finance, variava de acordo com o produto. Para empréstimos de bens de consumo duráveis e veículos a varejo, SCF usava da forma indireta e dependia de revendedores para atrair novos clientes e comercializar seu credito. Com essa estratégia de ponto de venda mantinha a SCF distante dos consumidores individuais. Para todos os outros produtos, a SCF utilizava da forma direta. Com o objetivo de vender produtos diretos, principalmente para seus clientes indiretos de empréstimos para veículos e bens duráveis. As taxas de conversa variam de acordo com o negócio e o pais O caso também indica os principais concorrentes da SCF na Europa eram a estadunidense GE Money, a francesa BNP Paribas (Cetelem) e as divisões de financiamento ao consumidor da Credit Agricole (Sofinco e Finaref). Cm essa concorrência, o objetivo da SCF não era substituir as cativas, mas ser o segundo financiador de carros novos depois delas e o primeiro financiador de carros usados. O crescimento da SCF foi impulsionado por aquisições e joint venture com empresas locais, assim, nossas equipes nacionais são compostas por funcionários locais. A SCF estava organizada quatro áreas geográfica, cada uma liderada por um gerente: Espanha, Portugal, Chile e Italia; Europa Oriental e os países escandinavos, Reino Unido e México, Alemanha e Áustralia; e América do Norte. Assim, as filiais locais gozavam de autonomia considerável. Apesar da grande autônima das filiais locais, algumas funções eram centralizadas, como, gestão de riscos, controle de custos, plataformas de TI, monitoramento da satisfação do cliente e financiamento. Os bancos de dados com informações de clientes haviam sido parcialmente centralizados, mas o processo era complicado devido a diferenças entre padrões de privacidade de dados nacionais. Para financiar seus empréstimos, a SCF contava com diversas fontes, incluindo dívida privilegiada, notas promissórias, securitização de ativos e depósitos de clientes; quando possível, encorajavam financiamento de deposito locais. Até 2006, os depósitos de clientes de operações bancarias na Alemanha, na Espanha, em Portugal e na Itália representavam a maior fonte de financiamento da divisão. O Chief Financial Office (CEO) da SCF explicou: “ o financiamento local e mais barato, pois podemos evitar swaps cambiais”. A SCF, securitizava ainda grupos de empréstimos para carros, e essa também estava se tornando uma fonte de financiamento cada vez mais importante para a divisão. Nesse ponto, no entanto, o mercado europeu continuava fragmentado. CFO explicou: “ Devido a restrições regulamentares, empréstimos só podem ser securitizados pais por pais, não temos permissão para fazer securitizações internacionais, mesmo que isso fosse melhor para nós, pois nos permitiria fazer compartilhamento de risco (risk pooling) em diferentes países”. A ampla cobertura geográfica da SCF permitia que ela distribuísse o risco. Além disso, a SCF esperava aprender com seus diferentes negócios. O principal objetivo da SCF era cobrir os principais países europeus em termos de PIB per capita e população.Castañeda explicou: “ A SCF investe em países com grande população ou com altas taxas e crescimento do PIB per capita (ou com boas expectativas de crescimento). Alguns esforços foram necessários para se estabelecer em países fora da UE apresentavam desafios adicionais. Quando o Santander entrou na Rússia no ano de 2007, o setor bancário ainda estava em transição. Pelo regulamento financeiro russo, as autoridades bancarias tinham o direito de revogar a licença de qualquer banco que tivesse prejuízos por três meses consecutivos. Para um novo credor ao consumidor, essa regra criava problemas claros, e o Santander escolheu entrar na Rússia como uma firma financeira, em vez de banco. Apesar desses desafios, a SCF enxergava Rússia como um mercado de grande potencial. A maioria dos russos era proprietária de seu apartamento, após as privatizações pós-comunistas. Os salários ainda não eram altos, mas a propriedade dava a eles um nível alto de riqueza. E o risco de mutuário parecia ser baixo. Com os olhos no futuro, Salarich, comtemplava o futuro da SCF, três grandes questões se colocavam. A primeira delas era como lidar com a expansão. Novos mercados de credito ao consumidor estavam emergindo no mundo todo: Deveria o Santander agir para operar nesses novos mercados? O segundo era a consolidação, quais funções deveriam ser centralizadas para ganhar eficiências e quais deveriam ser descentralizadas? E por fim, Salarich tinha que definir o mix de produtos da SCF, historicamente, sua ponte forte e competitiva residia no negócio de empréstimo para veículos, um negócio de baixo risco, mas com margens menores. Mas experiências recentes tanto nos EUA, quanto com empréstimos ao consumidor para bens que não automóveis tinham mostrado potencial de expandir para negócios de maior retorno. Local: Biblioteca da disciplina.
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