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Estudo de Caso Santander Consumer Finance

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO DE OPERAÇÕES, PRODUÇÃO E SERVIÇOS
Resenha Crítica de Caso
Camila Cristina Candido
Trabalho da disciplina Análise de Opções de Transações e Investimentos
Tutor: Prof. James Dantas de Souza
Matão
2020
ESTUDO DE CASO: SANTANDER CONSUMER FINANCE
Referência: TRUMBULL, Gunnar; CORSI, Elena; BARROW, Andrew, Santander Consumer Finance, Harvard Business School, 712- P04 de dezembro de 2010. Acesso em: http://pos.estacio.webaula.com.br/Biblioteca/Acervo/Basico/PG0356/Biblioteca_44497/Biblioteca_44497.pdf
“A centralização só tem sentido se o resultado final for melhor do que a simples soma das partes.”
- Magda Salarich, CEO da Santander Consumer Finance
O caso tem inicio contando a respeito de Magda Salarich Fernandez que foi nomeada CEO da Santander Consumer Finance (SCF). Trabalhou 28 anos para uma fabricante de carros francesa Citroen onde subira hierarquicamente por diversas vezes até CEO cargo de gerente de vendas e marketing internacional para a Europa e CEO para a Espanha. O papel de Salarich seria planejar o caminho nos dez anos seguintes e para isso tinha 4 meses para apresentar sua estratégia e direção da SFC ao presidente e diretor executivo do Santander, Emilio Botin-Sanz e Garcia de Los Rios, outros membros do comitê executivo e até mesmo o antigo CEO da Santander Finance.
Decisões importantes deveriam ser tomadas, e que os processos deveriam ser padronizados e quais deveriam ser as iniciativas locais. E todas essas decisões seriam postas num cenário de preocupação crescente com sustentabilidade dos níveis de endividamento domiciliar na Europa e nos Estados Unidos. 
Criado em 1857, quando por um decreto real, a rainha da Espanha autorizou a criação de um banco na cidade de Santander, atual Cantábria, no norte da Espanha. Ao decorrer dos anos o banco expandiu seus negócios na Espanha e na década de 1950, sob a liderança de Botin, que sucedeu seu pai como presidente e CEO do grupo em 1986. Abriu escritório em alguns países latino-americanos e em Londres, o reforço de sua posição na Espanha deu-se com o lançamento da Supercuenta, dobrando a participação de mercado do banco em depósitos com aquisição do Banco Banesto em 1994 e a fusão com Banco Central Hispano (BCH) em 1999. Que por sua vez surgiu em 1919 da fusão de oito pequenos bancos. Botin também expandiu os negócios a mercados externos, adquirindo bancos e abrindo novos escritórios na América Latina, Europa e Estados Unidos.
A Santander Costumer Finance teve origem em 1987, quando o Banco Santander comprou a Brankhaus Central Credit, banco alemão que possuía 51 filiais e era especializada em financiamento de veículos, após isso, o banco fez parcerias e foi adquirindo outros bancos. Expondo ainda mais ao empréstimo ao consumidor. Em 1997, o Santander entra no Mercado Italiano, assume o controle financeiro. Em 1999, sua fusão com o BCH agregou a Hispaner Banco Financeiro e o Hispaner Financeiro ao grupo, em 2002, os grupos nacionais de empréstimo ao consumidor foram reunidos sob uma nova divisão do Banco Santander, a SCF.
 O financiamento ao consumidor incluía qualquer tipo de empréstimo para financiar as compras do consumidor, com exceção de hipoteca para compra de imóveis. Ao final de 2007, empréstimos a varejo ao consumidor, exceto hipotecas, correspondiam US$6 trilhões em saldos devedores dos quais 51,5% estavam nas Américas, 30% na Europa e 18,6% na Ásia. Os Estados unidos eram e continuavam sendo o maior mercado, com US$2,5 trilhões em empréstimos em aberto.
O setor de empréstimos na Europa havia crescido em importância econômica e sofisticação desde a década de 1980, ao final de 2006, embora menor que o dos EUA o mercado de empréstimo ao consumidor era qualitativamente diferente, o risco médio de inadimplência era mais baixo, os empréstimos eram menos baseados em mutuários sub-prime, porém limitavam as possibilidades de gerir produtos de risco. 
Com o objetivo de reforçar a integração entre os países da Europa, houve em 1987, uma tentativa da União Europeia em estabelecer normas para os procedimentos básicos e relatórios, que não foi bem sucedida. 
A SCF tinha com atividade de maior lucratividade o financiamento de veículos: o fornecimento de empréstimos para a compra de carros no varejo, também atendia varejistas, seguros de proteção, catões de créditos, fornecia serviços financeiros, empréstimo pessoal, dentre outros do seu portfólio de produtos, utilizava abordagens tanto direta quanto indireta, variando de acordo com os mercados atendidos, foi observado então que longos financiamentos, era uma oportunidade de criar um relacionamento com os clientes, observado suas atividades de compras para entender quais produtos seria conveniente oferece-los, dessa forma havendo a conversão de negócios indiretos em diretos.
Como concorrentes, havia a GE Money, a BNP Paribas, a Crédit Agricole, e também instituições financeiras locais, bem como a própria rede varejista do Santander, posteriormente, ao buscar aproximação aos mercados locais a SCF optou por fazer uso de uma estrutura descentralizada, ofertando produtos diversificados, contudo, apesar da independência das filiais locais, as funções de gestão de risco, controle, plataforma de TI, monitoramento de satisfação de clientes e financiamento eram centralizadas.
A vantagem de ter estrutura em diversos países era que poderia haver distribuição dos riscos, o que levava a SCF a aprender com diversos negócios, porém, existiam questões que Salarich se deparava ao analisar o futuro da divisão, como a expansão em novos mercados de crédito ao consumidor, a consolidação das funções da SCF, e o mix de produtos ofertados pela SCF.

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