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Unidade 2 Fisiologia dos sistemas de células excitáveis nervoso e muscular

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Fisiologia 
1 
Fisiologia 
Ludmila Amitrano Mannarino 
1ª
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çã
o 
Fisiologia 
 
33 
Fisiologia dos sistemas 
de células excitáveis - 
nervoso e muscular 2
Fisiologia 
 
34 
 
A função dos sistemas que constituem o nosso corpo é baseada na 
organização das células que os compõe, e muitas destas possuem especializações 
exclusivas, o que permite classificar os neurônios (células nervosas) e as células 
musculares como excitáveis, o que significa dizer que essa células são capazes de 
alterar a condição de potencial elétrico da membrana quando são estimuladas, o 
que resultará em passagem de uma corrente elétrica (potencial de ação) que será 
responsável pela sua função. No caso do sistema nervoso, a função das células é 
propagar informações, e no muscular é a contração, e graças a essas 
especializações é que podemos andar, pensar, memorizar, utilizar nossos sentidos, 
executar movimentos como respiratórios e digestivos, controlar a secreção de 
hormônios e muito mais! Para melhor entendimento, essa unidade será 
subdividida em três partes: eletrofisiologia celular (estudo da atividade elétrica da 
célula); sistema nervoso e sistema muscular. 
 
Objetivos da unidade: 
 Reconhecer os potenciais de membrana e suas variações; 
 Entender os processos eletroquímicos que ocorrem nas células excitáveis e 
reconhecer os íons envolvidos; 
 Correlacionar a divisão anatômica com a funcional, do sistema nervoso; 
 Identificar as células que formam o tecido nervoso e suas funções; 
 Reconhecer a sinapse e suas modalidades; 
 Reconhecer os tipos de receptores e vias sensoriais envolvidas; 
 Demonstrar o funcionamento do sistema nervoso pela sua divisão funcional; 
 Correlacionar as vias somática e autônoma com as respostas orgânicas, os 
neurotransmissores e seus receptores; 
 Apresentar algumas das funções integradas do sistema nervoso; 
Fisiologia 
 
35 
 Diferenciar os tipos de músculos; 
 Correlacionar a histologia com o funcionamento de cada tipo de músculo; 
 Associar os tipos de músculos com suas funções. 
 
Plano da unidade: 
 1ª PARTE: Eletrofisiologia Celular 
 Potencial de Repouso e de Ação em Células Excitáveis 
 2ª PARTE: Fisiologia do Sistema Nervoso (SN) 
 Células do Sistema Nervoso 
 Transmissão sináptica 
 Divisão funcional do SN - Princípios Gerais 
 Divisão funcional do SN - Vias Aferentes (Sensitivas) 
 Divisão funcional do SN - Vias Eferentes (Autônoma e Motora) 
 Função Integrada do SN - Atos Reflexos 
 Função Integrada do SN - Coordenação dos Movimentos 
 Função Integrada do SN - Regulação da Temperatura Corporal 
 Função Integrada do SN - Regulação da Alimentação 
 Função Integrada do SN - Regulação da Ingestão de Água 
 Função Integrada do SN - Sono 
 Função Integrada do SN - Sistema Límbico 
 3ª PARTE: Fisiologia Muscular 
 Músculo Esquelético 
 Músculo Liso 
 Músculo Cardíaco 
Bons estudos! 
Fisiologia 
 
36 
 
1ª Parte: Eletrofisiologia celular 
 
Como visto na unidade anterior, existe uma diferença na composição e na 
concentração dos íons entre o meio intra e extracelular, e esta condição é gerada e 
mantida pela membrana que possui como característica a permeabilidade seletiva. 
No meio extracelular ocorre maior concentração dos íons sódio, cálcio e cloro, e no 
intracelular de potássio. Estes elementos foram destacados por serem os 
envolvidos na atividade elétrica da membrana. 
 A facilidade de passagem de íons permeáveis pelos seus canais iônicos 
(proteínas integrais de membrana que apresentam permeabilidade seletiva aos 
íons) é dependente de sua hidratação, que resulta da valência e do peso atômico 
de cada um. Por exemplo, ao comparar o sódio (Na+), o potássio (K+), o cloro (Cl-) e 
o cálcio (Ca++) perceber-se-á que o potássio e o cloro são mais permeáveis do que o 
sódio, e que este é mais permeável que o cálcio, que é o íon que possui maior grau 
de hidratação (quanto mais hidratado, maior o tamanho do íon e menor a sua 
permeabilidade). É essa desigualdade nas concentrações dos íons que é 
responsável pela presença de carga elétrica nas faces da membrana, ou seja, existe 
uma diferença de potencial elétrico entre elas, sendo a externa mais positiva que a 
interna (pois as proteínas que são sintetizadas na célula não se difundem). A 
polaridade da membrana (diferença de potencial elétrico) ocorre praticamente em 
todas as células do nosso corpo sendo denominada potencial de membrana. 
 
Fisiologia 
 
37 
Como as células nervosas e musculares são capazes de gerar variações 
eletroquímicas em suas membranas devido à alteração da permeabilidade dos 
seus canais iônicos, são consideradas excitáveis, e o potencial de membrana é 
chamado de potencial de repouso. Quando ocorre alteração na polaridade da 
membrana nessas células, dizemos que está ocorrendo um potencial de ação, que é 
o responsável pela função que elas exercem. 
 
Potencial de repouso e de ação em células excitáveis 
 
Os eventos eletroquímicos associados à geração do potencial de ação serão 
apresentados de forma sucinta, permitindo a assimilação do que é necessário para 
o entendimento do funcionamento do tecido nervoso e muscular. 
A alteração da permeabilidade dos canais iônicos das células excitáveis pode 
ser induzida por estímulos elétricos, químicos, físicos e mecânicos, ou ocorrer 
espontaneamente, como também ocorre nas células musculares lisas e cardíacas. 
Para que o potencial de ação seja iniciado, é necessário que a célula esteja em 
repouso (com a membrana polarizada - positiva na face externa e negativa na 
interna), assim quando ela for estimulada ocorre a abertura temporária dos canais 
de sódio, que devido ao gradiente de concentração, irá difundir para o meio 
intracelular, resultando em uma despolarização da membrana, tornando-a mais 
negativa na face externa e positiva na interna. Pelo fato do potássio estar mais 
concentrado no meio intracelular, ser mais permeável e a face externa estar 
carregada positivamente, ele é atraído para o meio extracelular, ocorrendo a 
repolarização da membrana, tornando a face externa novamente positiva e a 
interna negativa. Nesse momento a célula é capaz de responder a novos estímulos, 
pois a quantidade de sódio que entrou foi pequena, e ele ainda é mais concentrado 
no líquido extracelular. Mas para que a célula seja capaz de manter a excitabilidade 
é necessário que ocorra a organização iônica após a despolarização, que é 
conseguida com a ativação da bomba de sódio-potássio (transporte ativo), 
transportando o sódio em excesso para fora da célula enquanto conduz o potássio 
para dentro, retornando a condição iônica e de polaridade inicial da célula, antes 
de iniciar o potencial de ação. 
Fisiologia 
 
38 
 
 
Quando o estímulo determinar a abertura dos canais de cloro, ocorrerá uma 
hiperpolarização da membrana, pois o cloro, que é um anion, irá reforçar a 
polaridade negativa da face interna, impedindo ou retardando um potencial de 
ação. 
Fisiologia 
 
39 
 
 
Para facilitar o entendimento, vamos montar uma associação do íon com o 
evento na membrana: 
 Sódio → despolarização 
 Potássio → repolarização 
 Bomba de sódio-potássio → reorganização iônica 
 Cloro → hiperpolarização 
Vale destacar que uma propriedade importante do potencial de ação é a 
propagação por toda a membrana a partir do ponto de estímulo, e que a 
repolarização normalmente ocorre onde a despolarização teve início. 
 
2ª PARTE: Fisiologia do sistema nervoso (SN) 
 
O sistema nervoso (SN) é formado por um conjunto de células especializadas 
em gerar e transmitir informações entre si e para as célulasmusculares e glândulas, 
sendo o principal integrador das funções corporais. 
Vejamos como isso funciona... 
O SN é dividido anatomicamente em duas partes, o sistema nervoso central 
(SNC), constituído pelo encéfalo e pela medula espinhal, sendo responsável por 
processar as informações relativas ao ambiente interno e externo do nosso corpo, 
Fisiologia 
 
40 
por tomar decisões, gerar os comandos para serem executados pelos órgãos 
efetores (músculos e glândulas) e por ser o local de armazenamento das 
informações, do aprendizado, dos pensamentos, das emoções e de muitas outras 
funções. A outra parte é o sistema nervoso periférico (SNP), seguimento responsável 
por fazer a integração entre o SNC e todos os órgãos do nosso corpo. Quando o 
SNC recebe as informações e determina comandos, tem como função manter o 
organismo adaptado aos estímulos, garantindo dessa forma a homeostasia. 
 
 
Fisiologia 
 
41 
 
 
Células do sistema nervoso 
 
O tecido nervoso é formado principalmente por dois tipos de células, as 
nervosas (denominadas de neurônios), que são a unidade funcional desse sistema e 
as células da glia (células gliais ou neuroglias), responsáveis por funções 
metabólicas, nutritivas e de suporte, que correspondem a cerca de 75 a 90% do 
total de células do sistema nervoso. 
Sendo as neuroglias mais numerosas que os neurônios, apesar de não serem 
excitáveis, são fundamentais para manter o ambiente apropriado para o 
funcionamento neural. Atualmente são reconhecidas no SNC os astrócitos, os 
oligodendrócitos, as micróglias e as células ependimais, e no SNP, as células de 
Schwann 
Oligodendrócitos e células de Schwann são responsáveis pela formação da 
bainha de mielina que envolve o axônio dos neurônios do SNC e do SNP, 
respectivamente. Os astrócitos, que são as neuróglias mais numerosas, exercem 
funções diversas das quais podemos destacar a participação na formação da 
barreira hematoencefálica (protege o SNC contra substâncias presentes no sangue 
que podem ser nocivas); a manutenção da concentração de potássio extracelular 
(permitindo a excitabilidade neuronal); a remoção de neurotransmissores da fenda 
sináptica; a síntese e fornecimento de substratos para os neurônios utilizarem, 
como o lactato (para ser utilizado como fonte energética); além de guiarem os 
prolongamentos do axônio na organização do tecido nervoso. As micróglias 
realizam fagocitose de restos celulares e de corpos estranhos (como bactérias) e 
também protegem os neurônios do estresse oxidativo. Apenas a função das células 
ependimais ainda não foi reconhecida. 
O nosso sistema nervoso possui quase 100 bilhões de neurônios, que são 
células excitáveis e liberam mediadores químicos (neurotransmissores) que 
permitem que haja uma comunicação entre si e entre eles e os órgãos efetores. 
Estruturalmente esta célula é formada pelo corpo celular nucleado, que é 
responsável pelas funções metabólicas e de onde partem prolongamentos que são 
Fisiologia 
 
42 
 
os dendritos (dispersos e numerosos) que recebem os estímulos, sendo que 
também podem ocorrer no corpo celular e no axônio, e o axônio (ou fibra nervosa) 
que apesar de único possui uma ramificação onde a substância neurotransmissora 
fica armazenada em vesículas, sendo, portanto, a estrutura responsável em 
transmitir a informação para célula seguinte, por meio de sinapse. 
 
 
 
O axônio pode ser revestido pela bainha de mielina (mielínico) ou não 
(amielínico). A mielina é um isolante, onde potenciais de ação não podem ser 
gerados nem conduzidos, mas como ela é descontínua, o potencial de ação "salta" 
através dos nódulos de Ranvier (local do axônio entre duas junções de mielina), 
permitindo acelerar a velocidade da transmissão do impulso nervoso em até 10 
vezes, essa é a condução saltatória da corrente elétrica. Nos axônios mielinizados 
ou não, a condução do potencial de ação que ocorre no sentido do axônio 
(ortodrômica), é a responsável pela passagem de informação, tendo em vista ser 
esse o local que possui o neurotransmissor. 
 
Fisiologia 
 
43 
 
Transmissão sináptica 
 
Sinapse é o local de passagem de informação entre um neurônio e outro ou 
entre ele e uma célula muscular ou glandular, sendo de dois tipos: a sinapse 
elétrica e a química. 
Nas sinapses elétricas o potencial de ação é passado de uma célula para outra 
pelas junções comunicantes, e ocorre com pouca frequência no SN, além de que 
pouco se sabe a respeito de seu funcionamento e sua função neste tecido. Por 
outro lado, as sinapses químicas é que predominam, sendo elas responsáveis pela 
modulação na passagem de informação entre neurônios. Nesse tipo de sinapse as 
células não se tocam, havendo entre elas um espaço denominado fenda sináptica, 
onde a substância neurotransmissora é liberada pelo neurônio pré-sináptico para 
atuar no receptor da célula pós-sináptica. 
 
 
Cada neurônio sintetiza apenas um tipo de neurotransmissor, que fica 
armazenado nas vesículas, assim o potencial de ação que se propaga no sentido do 
axônio permitirá a entrada do cálcio após a do sódio, fazendo com que ocorra a 
exocitose do neurotransmissor. Após a liberação deste na fenda sináptica, ele irá 
Fisiologia 
 
44 
interagir de forma reversível com o receptor pós-sináptico, e posteriormente será 
degradado por enzimas específicas. Seus subprodutos difundem-se para fora da 
fenda juntamente com os neurotransmissores que não foram degradados, ou estes 
são recaptados para serem degradados e utilizados para ressíntese, no próprio 
neurônio. 
Cada célula pós-sináptica possui receptores que são específicos para cada 
neurotransmissor, e a interação entre eles resultará em um tipo de potencial pós-
sináptico. Se o resultado dessa interação abrir os canais de sódio, despolarizando a 
membrana, promoverá um potencial de ação na célula, e é denominado potencial 
pós-sináptico excitatório (PPSE). Porém se forem abertos os canais de cloro e até 
mesmo apenas os de potássio, haverá uma hiperpolarização da membrana, que 
impede ou torna mais difícil a geração de um potencial excitatório, sendo esse o 
potencial pós-sináptico inibitório (PPSI). 
 
Nos arranjos sinápticos divergentes ocorre a passagem de informação de um 
único neurônio para vários outros neurônios, permitindo a amplificação da 
informação. Nas sinapses convergentes, um neurônio recebe informação de 
terminais axônicos de vários neurônios, que podem estar transmitindo PPSE ou 
PPSI, e a somação desses potenciais determina qual resposta pós-sináptica irá 
ocorrer. A somação pode ser temporal, quando gerados de uma única sinapse, ou 
espacial, quando ocorrem de sinapses diferentes. A somação é fundamental para 
Fisiologia 
 
45 
que o limiar excitatório da célula seja atingido, pois de acordo com a lei do tudo ou 
nada, o estímulo tem que ser suficiente para que o potencial de ação ocorra e se 
propague pela fibra nervosa, e uma vez conseguida a resposta de despolarização, 
ela será igual, mesmo que aumente a frequência ou a intensidade do estímulo. 
 
Divisão funcional do SN - princípios gerais 
 
Nosso estudo será baseado na anatomia e no funcionamento do sistema 
nervoso, procurando focar principalmente a divisão funcional. Abaixo, seguem 
tabelas ilustrativas das duas divisões didáticas 
Tabela 2.1- Divisão Anatômica do SN 
SN 
SNC 
Encéfalo 
Cérebro 
Cerebelo 
T. encefálico 
Mesencéfalo 
Ponte 
Bulbo 
Medula espinhal 
SNP 
Nervos 
Espinhais 
Cranianos 
Gânglios 
Terminações nervosas 
Adaptado da tabela 14.1 Singi (pag.132) 
Tabela 2.2 - Divisão funcional do SN 
SN 
SN Somático(Voluntário) 
Aferente 
Eferente (motor) 
SN Visceral 
(Involuntário) 
Aferente 
Eferente 
(autônomo) 
Simpático 
Parassimpático 
Adaptado da tabela 14.3 Singi (pag.132) 
Os nervos são estruturas formadas por fibras nervosas (axônios), que podem 
ser de neurônios aferentes ou sensitivos (quando trazem a informação para o 
sistema nervoso central); e eferentes ou motoras (quando levam a informação para 
Fisiologia 
 
46 
o órgão efetor), desta maneira formam os nervos sensitivos (apenas fibras 
sensitivas), os motores (apenas fibras motoras) e os mistos (fibras sensitivas e 
motoras). No SNC existem ainda os interneurônios ou de neurônios associação, que 
são responsáveis em integrar diferentes partes e seguimentos do SNC, e estão em 
maior número. 
Vamos refletir! 
Em relação ao seu corpo. Qual é o único seguimento que podemos 
movimentar de forma voluntária? 
Certamente é o músculo esquelético. Não temos controle consciente do 
funcionamento do nosso coração, da transpiração, dos vasos sanguíneos, nem 
mesmo dos movimentos peristálticos do trato digestório. Portanto, o sistema 
nervoso somático é segmento relacionado às respostas voluntárias, conscientes, 
que realizamos com os nossos músculos esqueléticos; já o visceral, também 
chamado de autônomo, é responsável pelas respostas involuntárias, ou seja, que 
ocorrem independente da nossa consciência, e está relacionado ao funcionamento 
dos músculos lisos, cardíaco e das glândulas. 
Fisiologia 
 
47 
 
Divisão funcional do SN - vias aferentes (sensitivas) 
 
O trabalho do SNC é baseado nas informações recebidas pela via sensorial 
(aferente), sendo os receptores a estrutura responsável por captar as variações do 
meio em que se encontram (seja no ambiente interno ou externo do nosso corpo), 
e quando são ativados eles transformam o estímulo em potenciais de ação no 
neurônio sensitivo, que irá conduzir a informação para centros nervosos (regiões 
específicas do SNC) onde serão processadas e integradas, resultando nas sensações 
que poderão promover respostas eferentes, sejam elas somáticas ou viscerais. 
Os receptores apresentam especificidade quanto ao tipo de estímulo que é 
capaz de ativa-los. Observe a tabela abaixo que mostra a classificação, o estímulo, e 
as sensações envolvidas. 
Tabela 2.3 - classificação dos receptores - especificidade 
Classificação Estímulo Sensação 
Mecanorreceptores 
Deformação 
mecânica 
Tato cutâneo, audição, equilíbrio 
e pressão arterial 
Termorreceptores 
Variação de 
temperatura 
Frio e calor 
Nociceptores Fortes estímulos Dor 
Eletromagnéticos 
(fotossensíveis) 
Variação de ondas 
luminosas 
Visão 
Quimiorreceptores Substâncias químicas 
Olfato, paladar, concentração 
dos gases no sangue, 
osmolaridade, concentração de 
glicose... 
 
Outra classificação está relacionada com a via sensitiva que o receptor participa. 
 Proprioceptores: localizados nos músculos, ligamentos, capsulas articulares e 
tendões. Participam da via proprioceptiva que pode ser consciente ou 
Fisiologia 
 
48 
inconsciente. A consciente é capaz de localizar as partes do nosso corpo e 
perceber os movimentos que fazemos sem o auxílio da visão. A inconsciente 
informa ao SNC o grau de distensão muscular e articular para que os 
movimentos musculares esqueléticos possam ser ajustados. 
 Interoceptores: localizados em vísceras e vasos sanguíneos. Estão envolvidos 
na interocepção, que também pode ser consciente ou não. As sensações 
conscientes viscerais são as de dor, que podem ser causadas por deficiência 
sanguínea ou distensão, por exemplo; e as sensações orgânicas, como as do 
apetite, da sede e da repleção de bexiga, sendo assim responsáveis para 
indicar uma necessidade orgânica para que possamos satisfazê-la, como nos 
alimentarmos, bebermos água, eliminarmos a urina e assim por diante. Já as 
inconscientes como as relacionadas com a percepção da osmolaridade, 
pressão arterial, composição de gases respiratórios e pH, são utilizadas para 
ajustar os sistemas orgânicos, garantindo a homeostasia. 
 Exteroceptores: localizados na superfície do corpo e estão relacionados às 
sensações conscientes de temperatura, luminosidade, som, dor, olfato, 
paladar, entre outras. 
As percepções visuais, auditivas, gustativa, olfativas, táteis e de dor ocorrem 
baseadas nas estimulações de receptores específicos, que pela via aferente 
conduzem as informações para os respectivos centros nervosos, onde são 
interpretadas e associadas a outras informações. 
O seguimento aferente somático é responsável por conduzir principalmente 
informações proprioceptivas que permitem a integração do organismo com o 
meio ambiente, cujas respostas eferentes são realizadas pelos movimentos 
musculares esqueléticos, que ocorrem de forma voluntária, por meio de 
movimentos precisos. 
O aferente autônomo está relacionado a informações que permitem os ajustes 
viscerais independentes de nossa vontade, controlando o funcionamento do 
músculo cardíaco, liso e glândulas, sendo o sistema da vida vegetativa ou 
autonômica. A sua porção eferente é dividida em respostas simpáticas e 
parassimpáticas. 
Fisiologia 
 
49 
 
Divisão funcional do SN - vias eferentes (autônoma e 
motora) 
O segmento somático (motor) está relacionado ao controle voluntário que é 
possível ocorrer nos músculos esqueléticos. Os neurônios motores têm origem no 
SNC e levam a informação diretamente para cada fibra muscular esquelética, assim 
cada neurônio é responsável pela contração de um número determinado de fibras, 
e esse conjunto formado pelo neurônio motor e as fibras que ele inerva é 
chamado de unidade motora. Quando o neurônio motor é ativado resulta na 
liberação do neurotransmissor acetilcolina na placa motora, região da fibra 
muscular onde estão localizados os receptores para a acetilcolina, que são 
específicos para ela, os receptores colinérgicos nicotínicos. Na sinapse da junção 
neuromuscular (entre o terminal sináptico e a placa motora), o potencial pós-
sináptico é sempre excitatório, isso quer dizer que a interação da acetilcolina no 
receptor nicotínico irá gerar na fibra muscular um potencial de ação, que conduzirá 
os eventos que resultarão na contração muscular. É na junção mioneural que 
ocorre a degradação da acetilcolina pela enzima acetilcolinesterase. 
 
Os órgãos efetores de respostas autônomas são inervados, na maioria das 
vezes, pelas duas divisões, simpática e parassimpática. Essa dupla inervação 
permite o controle do funcionamento do órgão efetor, onde uma predomina sobre 
a outra, dependendo da situação. O parassimpático é mais ativo nas situações de 
repouso, digestão e micção, e o simpático durante as atividades físicas e estados 
emocionais. Na maioria das vezes os efeitos são antagônicos, mas em alguns 
sistemas trabalham de forma sinérgica (um ajudando o outro), como na produção 
de saliva e no ato sexual masculino (parassimpático promove a ereção e o 
simpático a ejaculação) e sempre com o mesmo objetivo que é a manutenção da 
homeostasia. Alguns sistemas podem receber apenas um tipo de inervação, como 
o vascular. 
Fisiologia 
 
50 
Cada via eferente autônoma é formada por dois neurônios que fazem sinapse 
fora do SNC, em gânglios nervosos, os simpáticos localizam-se próximos à coluna 
vertebral, e os parassimpáticos próximo ou no próprio órgão efetor. O primeiro 
neurônio (pré-ganglionar) nas duas vias tem origem no SNC (em regiões diferentes) 
e libera o neurotransmissor acetilcolina na fenda sináptica ganglionar, que irá 
interagir no receptor colinérgico nicotínico presente no segundo neurônio (pós-
ganglionar), e esse por sua vez faz sinapsecom o órgão efetor (músculo cardíaco, 
liso e glândulas), sendo que o neurotransmissor liberado depende da via que o 
neurônio pertence. Os neurotransmissores da via simpática são a adrenalina e a 
noradrenalina, que interagem em receptores adrenérgicos do tipo α e β, dependendo 
do tecido. A via parassimpática libera acetilcolina, sendo o receptor colinérgico 
muscarínico. 
 
As respostas da via simpática e parassimpática estão relacionadas a funções 
vegetativas (autônomas) para manutenção da homeostasia, sendo que o 
seguimento simpático é capaz de promover uma resposta generalizada, 
denominada reação de alarme em situações de estresse, emocionais e atividade 
física. Essa resposta só é possível, pois a via simpática estimula a região medular da 
glândula suprarrenal (adrenal) a liberar a adrenalina direto na corrente sanguínea, 
Fisiologia 
 
51 
esta, por sua vez, será distribuída por todo o nosso corpo, interagindo em todos os 
receptores adrenérgicos. A via simpática também é chamada de sistema de luta e 
fuga, resultando de forma geral no aumento da pressão sanguínea, do 
metabolismo celular e da glicose. 
Tentem imaginar uma pessoa fugindo de uma situação de perigo... agora 
vamos associar à resposta generalizada da reação de alarme: 
 Vasoconstrição cutânea → palidez. 
 Vasodilatação muscular → mais sangue para os músculos, pois eles irão 
desenvolver a atividade de fuga. 
 Aumento da frequência cardíaca → maior volume de sangue circulando para 
atender a demanda corporal. 
 Dilatação da árvore traqueobrônquica → maior ventilação pulmonar, com 
melhor oxigenação do sangue. 
 Diminuição do peristaltismo intestinal, relaxamento do músculo da bexiga e 
contração dos esfíncteres uretral e retal internos → evita a eliminação de 
fezes e urina. 
 Piloereção → arrepiar como um gato assustado! 
 Sudorese → com suor frio nas extremidades. 
 Dilatação da pupila e acomodação da visão à distância → melhora a 
percepção visual. 
As respostas vegetativas, simpática e parassimpática, estão esquematizadas na figura 
2.11. 
 
Função integrada do SN - atos reflexos 
 
As respostas realizadas pela via eferente motora e autônoma (principalmente) 
podem ocorrer por mecanismos reflexos. Um ato reflexo significa uma resposta 
automática e ou inconsciente realizada por um órgão efetor mediante um 
estímulo, e eles podem ser organizados em categorias, como: 
 Encefálicos ou medulares, de acordo com a origem. 
 
Fisiologia 
 
52 
 
 
 Somáticos ou autônomos, de acordo com a via eferente envolvida. 
 Inatos (nascem conosco) ou condicionados (temos que aprender). 
 Monossinápticos (dois neurônios e uma sinapse) ou polissinápticos (mais de 
dois neurônios e várias sinapses). 
Agora iremos descrever alguns reflexos, lembrando que eles são agrupados em 
todas as categorias acima descritas. 
1. Reflexo de estiramento. É a contração involuntária de um músculo após seu 
estiramento. Pode ser exemplificado pelo reflexo patelar, que ocorre com a 
percussão no tendão patelar, que resulta na contração do músculo 
quadríceps femoral. É o único monossináptico conhecido no homem, sendo 
denominado de arco reflexo, sendo inato, somático e de origem medular. 
2. Reflexo de estiramento inverso. É o relaxamento involuntário de um 
músculo esquelético quando seu estiramento é muito intenso, sendo uma 
forma de proteção para evitar lesões no tendão ou no músculo que está 
Fisiologia 
 
53 
sendo contraído. Acontece quando pegamos um objeto mais pesado do que 
nossa capacidade de força, assim suportamos por um período, depois a força 
cessa repentinamente e largamos o objeto. Pode ser enquadrado na mesma 
categoria anterior, exceto por ser bissináptico. 
3. Reflexo de retirada. É a contração que ocorre simultaneamente ao 
relaxamento de músculos esqueléticos flexores e extensores, 
respectivamente, na tentativa de afastar um segmento do corpo do local de 
um estímulo nocivo ou doloroso. É o que fazemos quando pisamos em um 
prego ou encostamos a mão em uma superfície quente. Também pode ser 
enquadrada na mesma categoria dos anteriores, exceto por ser 
polissináptico, o que nos permite tomar consciência da dor. 
4. Reflexo pupilar. É a constrição da pupila com o estímulo luminoso. Este 
reflexo é inato, encefálico, autônomo e polissináptico. 
5. Reflexo visceral. É a resposta de uma via autônoma mediante estímulo, 
como acontece com a produção de saliva quando pensamos em um alimento 
ou sentimos seu cheiro. Ele é encefálico, autônomo, polissináptico e 
condicionado, pois a salivação está relaciona a alimentos que gostamos. 
Existem os inatos, que estão relacionados ao controle da frequência cárdica, 
por exemplo. 
 
Fisiologia 
 
54 
 
Função integrada do SN - coordenação dos movimentos 
 
Cada movimento que executamos envolve uma série de eventos aferentes, 
eferentes e integrativos entre regiões encefálicas. O cerebelo é uma das estruturas 
fundamentais para a coordenação dos movimentos voluntários, pois recebe do 
córtex cerebral motor a intenção do movimento, das vias proprioceptivas o 
posicionamento do corpo, da visão o posicionamento espacial, além de outras 
informações, coordenando e uniformizando os movimentos para serem precisos, 
sejam eles suaves ou bruscos; rápidos ou lentos; fortes ou fracos. 
A regulação do equilíbrio e da postura corporal envolve tanto o cerebelo como o 
aparelho vestibular. Este segundo está situado no ouvido interno (labirinto) e é 
responsável por informar a movimentação e a posição da cabeça, que juntamente 
com informações proprioceptivas permite ao cerebelo coordenar as correções 
necessárias para manutenção correta da postura e do equilíbrio. Uma inflamação 
no labirinto (labirintite) conduz informações imprecisas para o cerebelo, 
dificultando o equilíbrio. 
Muitos dos movimentos voluntários não dependem de aprendizado, como os 
que permitem o choro, a sucção e a deglutição, porém outros necessitam de ser 
aprendidos, como andar, dançar, tocar um instrumento, alcançar um objeto. E 
depois de aprendidos são executados de forma automática, ou seja, fazemos sem 
ter necessidade de ficar "calculando" exatamente o que e como devemos nos 
movimentar. 
 
Fisiologia 
 
55 
 
Função integrada do SN - regulação da temperatura 
corporal 
O controle da temperatura corporal é realizado por centros nervosos 
localizados no hipotálamo, o de perda de calor e o de promoção de calor, que atuam 
como termostato, ajustando a temperatura de acordo com necessidade, mantendo 
o interior do corpo na faixa de 37°C. Sendo assim, quando os termorreceptores, 
que estão distribuídos por todo o corpo, registram a variação da temperatura, os 
centros hipotalâmicos são informados, e irão promover respostas de ajuste. 
As variações registradas pelos termorreceptores da pele permitem que 
tomemos medidas apropriadas para evitarmos variações na temperatura interna, 
como vestir agasalhos quando sentimos frio. Já as variações registradas na 
temperatura interna, causada por fatores externos (frio ou calor intenso) ou 
internos (alteração metabólica, exercício físico, entre outros) requisitam 
interferência dos centros termorreguladores. 
A diminuição da temperatura interna ativa o centro de promoção de calor, 
promovendo respostas como: diminuição do fluxo sanguíneo para pele (evitando a 
perda de calor para o ambiente); tremores musculares (contrações musculares 
produzem calor); aumento do metabolismo celular (estimulado principalmente 
pelo hormônio da tireoide, que é um hormônio 
termogênico), aumento do apetite (obtenção de 
nutrientes para o metabolismo e geração de calor 
pelo processo digestório)e piloereção (forma uma 
camada de ar entre o pelo e a pele, conservando 
calor). Por outro lado, se for registrado um aumento 
na temperatura interna, o centro de perda de calor irá 
aumentar o fluxo sanguíneo para pele, que junto com 
a sudorese favorece a perda de calor para o ambiente, o aumento da respiração 
(perda de calor pelo ar expirado), a diminuição do apetite e do metabolismo 
celular. 
Fisiologia 
 
56 
 
Função integrada do SN - regulação da alimentação 
 
A sensação de fome indica necessidade de nos alimentar, e é percebida pelo 
aumento das contrações gástricas (por isso sentimos fome no "estômago") e 
inquietação, que motiva a ingestão de alimentos, sendo diferente de apetite, que 
indica uma vontade específica do alimento a ser ingerido. Quando suprimos a 
necessidade do organismo de nutrientes (principalmente de glicose) ou ocorre a 
repleção gástrica (que é mais tardia), temos a sensação de saciedade. Essas 
sensações são controladas principalmente pelo hipotálamo, por mecanismos ainda 
não bem esclarecidos, e também são influenciadas por fatores ambientais e 
culturais. 
Estudos têm demonstrado a existência de dois centros nervosos envolvidos na 
regulação da ingestão de alimentos, o da fome e o da saciedade, onde o primeiro é 
sempre ativo, sendo inibido quando o segundo é ativado pela ingestão de 
alimentos. 
Uma das hipóteses de regulação seria a glicostática, que é baseada na 
existência de células sensíveis a glicose (glicostatos) no centro de saciedade. 
Quando a concentração de glicose nessas células está baixa, o centro para de inibir 
o da fome, e quando está elevada, o inibe, fazendo com que o indivíduo pare de 
comer. Existem hipóteses semelhantes relacionadas aos aminoácidos 
(aminostática) e de lipídios (lipostática). 
É reconhecido que as células adiposas secretam um hormônio chamado 
leptina, e quando ocorre um aumento do tecido adiposo a quantidade de leptina 
liberada também aumenta, estimulam o centro da saciedade, regulando em longo 
prazo, a ingestão de alimentos. 
Os centros hipotalâmicos também respondem a hormônios, como os da 
tireoide e as catecolaminas, que aumentam o metabolismo basal das células; a 
insulina e o glucagon, que regulam a glicemia (concentração de glicose no 
sangue); e a colecistocinina, hormônio produzido pelo intestino delgado 
(duodeno) que tem sua secreção aumentada na presença de gordura no alimento. 
Fisiologia 
 
57 
Distúrbios relacionados aos controles da fome e saciedade são responsáveis 
pela obesidade e pela anorexia. 
 
 
Função integrada do SN - regulação da ingestão de agua 
 
A sensação de sede é percebida como "secura na boca", indicando uma 
necessidade orgânica. O controle da ingestão de água é realizado pelo centro da 
sede (no hipotálamo), que pode ser ativado devido à variação da osmolaridade dos 
líquidos extracelulares, quando a perda de água é maior do que a obtenção ou por 
excesso de soluto, como o sódio, provocando a desidratação das células no centro 
da sede, na boca e no estômago, sendo percebida por osmorreceptores 
(receptores que percebem variação da osmolaridade); ou quando ocorre 
diminuição no volume desse líquido, o que envolve barorreceptores (receptores de 
pressão). 
A informação é conduzida ao centro da sede, que promove a vontade de 
ingestão de água ao mesmo tempo em que desencadeia respostas orgânicas para 
retenção de líquidos, ou seja, que diminuem a diurese. Dessa forma o plasma e o 
meio intercelular são reequilibrados. 
 
Fisiologia 
 
58 
 
Função integrada do SN - sono 
 
O sono consiste em uma necessidade orgânica justificada por diversas teorias, 
como as baseadas na função restauradora das atividades corporais e imunológica, 
na conservação de energia, no armazenamento de memórias e na organização de 
pensamentos. Independente da teoria é sabido que a privação do sono 
desencadeia confusão mental e distúrbios orgânicos e imunológicos. O estado de 
sono é definido como uma diminuição (mas não ausência) da atividade motora e 
de percepção quando comparado com o estado de vigília (quando estamos 
acordados). 
Existe uma alternância entre o estado de sono e de vigília, onde o tempo 
necessário de sono varia individualmente, sendo maior para bebês (mínimo de 17 
horas) e menor para idosos (5 horas), e em média de 8 horas para adultos. Os 
adolescentes são menos alerta de manhã cedo e mais alerta durante a tarde e a 
noite. 
Apesar de não totalmente esclarecido como se estabelece o ciclo sono/vigília, 
já foi percebido a participação de alguns mediadores químicos em determinadas 
regiões encefálica envolvidas nesse processo, como a acetilcolina, noradrenalina, 
dopamina, histamina e atualmente o peptídeo orexina. 
 
 
Fisiologia 
 
59 
 
Função integrada do SN - sistema límbico 
 
Esse sistema consiste em várias estruturas encefálicas, inclusive o tálamo e o 
hipotálamo, e é responsável pelas respostas emocionais, aprendizado, e memória. 
As emoções são desencadeadas por informações sensoriais e pela recordação, 
promovendo respostas orgânicas, como alterações na frequência cardíaca, na 
pressão sanguínea, no apetite e no sono, assim como motoras e hormonais. Elas 
também estão relacionadas com as motivações pessoais (impulsos que direcionam 
nossas ações), como as necessidades fisiológicas (fome, sede e sexo) ou 
compensatórias. A emoção que produz maior motivação é o prazer, pois o estado 
encefálico de euforia motiva a repetição do que desencadeou essa emoção. 
A aprendizagem é um processo contínuo, tem início na infância e consiste na 
aquisição de novas informações e habilidades (andar, falar, tocar instrumentos...). A 
conservação do que aprendemos consiste na memorização, inicialmente em curto 
prazo (duração de segundos ou 
minutos), que necessita ser consolidada 
para tornar-se de longo prazo (anos e até 
mesmo a vida toda). Estudos 
demonstram que a consolidação pode 
ocorrer pela associação da informação a 
outros eventos (músicas, cheiros, fotos...) 
ou pela repetição (varias leituras do 
mesmo assunto e treinamento). 
Consequentemente, o sistema 
límbico está relacionado à nossa personalidade e nossas lembranças, e é ele que 
faz "sermos exatamente como somos". 
 
Fisiologia 
 
60 
 
3ª PARTE: Fisiologia muscular 
 
As células musculares são células excitáveis, assim como os neurônios. Isso 
significa dizer que são capazes de alterar a condição do potencial de membrana, 
gerando potenciais de ação, mas diferem desses, pois a consequência do estimulo 
elétrico não é a passagem de informação, e sim a contração muscular. 
Em nosso corpo podemos encontrar dois tipos de células musculares, as lisas, 
que formam os músculos lisos e as estriadas, que formam os músculos 
esqueléticos e o cardíaco. Essa classificação é baseada no aspecto microscópico das 
células, onde as estriadas apresentam uma alternância de faixa clara e escura 
devido à organização das miofibrilas (proteínas envolvidas na contração muscular) 
em sarcômeros. As células lisas não apresentam este padrão de estriamento, pois 
suas miofibrilas estão fixadas em estruturas dispersas no citoplasma e na 
membrana, os corpúsculos densos. Nosso estudo será baseado no músculo 
esquelético, e depois as informações serão aplicadas para o entendimento do 
funcionamento do liso e cardíaco. 
 
Fisiologia 
 
61 
 
 
Músculo esquelético 
 
A musculatura esquelética está sob controle voluntário do indivíduo, sendo 
estimulada pela via aferente somática do sistema nervoso, podendo ser 
denominada de musculatura somática. Essa segunda denominação seria maisapropriada, pois nem todo músculo esquelético está relacionado com o esqueleto, 
podendo ser encontrados conectados à pele da face, à cartilagem da laringe e 
formando os esfíncteres anal e uretral (que controlam, de forma consciente, a 
eliminação de fezes e urina, respectivamente). 
Durante a embriogênese os mioblastos (células precursoras) se fusionam, 
formando a fibra muscular, que perde a capacidade de multiplicação. O número de 
células é mantido após o nascimento, e a regeneração nesse tecido é possível 
graças às células satélites (alguns mioblastos que persistem no músculo maduro) 
que são capazes de fusionar com fibras lesadas ou entre si. As fibras musculares 
esqueléticas são multinucleadas, longas e estão fixadas ao periósteo do osso por 
meio dos tendões, que são prolongamentos de tecido conjuntivo (epimísio, 
perimíso e endomísio) que formam a fascia profunda dos músculos. 
O aspecto estriado permite identificar o sarcômero, que é a unidade funcional 
da fibra e corresponde ao espaço compreendido entre duas linhas Z (linha escura 
dentro da faixa clara). É onde as proteínas envolvidas na contração estão 
organizadas, as principais são a actina e a miosina, que formam os filamentos finos 
e grossos, respectivamente. Como a membrana celular (sarcolema) invagina em 
cada extremidade do sarcômero, formando os túbulos T, é possível identificar uma 
tríade, formada pelo túbulo T e as duas cisternas do retículo sarcoplasmático 
(equivale ao endoplasmático, onde o íon cálcio é armazenado) com os seus 
prolongamentos que se comunicam (túbulos L). Observe a figura 2.20. 
Fisiologia 
 
62 
 
 
Sendo o estímulo suficiente para desencadear um potencial de ação na fibra, 
ele é propagado pelo túbulo T, estimulando a liberação do cálcio do retículo 
sarcoplasmático para o sarcoplasma (equivale ao citoplasma), que irá interagir com 
a troponina (proteína muscular esquelética), dando início a contração que é 
resultante da aproximação das linhas Z, ou seja, do encurtamento do sarcômero, 
com consumo de energia. Cada estímulo irá liberar sempre a mesma quantidade de 
cálcio, com a formação de certo número de pontes cruzadas (ligação de actina e 
miosina), assim, uma vez desencadeado o estímulo, ele provocará a mesma 
resposta máxima na fibra, isso é a lei do tudo ou nada. Quanto mais estímulos forem 
dados à fibra mais cálcio é liberado, mais pontes são formadas e mais força cada 
fibra é capaz de realizar. Para que ocorra o relaxamento o cálcio é removido do 
sarcoplasma, pela bomba de cálcio (transporte ativo), retornando para as cisternas, 
mantendo a sua concentração no sarcoplasma muito baixa. 
Percebemos, assim, que tanto a contração quanto o relaxamento necessitam 
de energia para ocorrer. A fonte de energia é o ATP, sendo a fosfocreatina a 
primeira a ceder o fosfato para o ADP, passando para forma de creatina, só depois 
ocorre a utilização do ATP formado a partir da glicose, lipídeos e até mesmo dos 
aminoácidos. Parte dessa energia liberada pelo ATP para realização da 
contração/relaxamento é dissipada na forma de calor, que é utilizado para 
manutenção da temperatura corporal. 
Fisiologia 
 
63 
A transmissão do impulso nervoso ocorre através do neurônio motor, que 
apresenta na ramificação dos terminais axônicos, os botões terminais, ficando 
esses acomodados em depressões da membrana da fibra muscular (placa motora) 
formando a junção mioneural ou neuromuscular. É nessa sinapse que ocorre a 
liberação da acetilcolina que irá interagir com o receptor nicotínico da placa 
motora, desencadeando na fibra muscular o potencial de ação. Logo após a ação 
na sinapse, a acetilcolina é rapidamente degradada pela enzima acetilcolinesterase, 
interrompendo seu efeito. 
 
Nos músculos esqueléticos ocorre a formação de unidades motoras, que 
corresponde ao neurônio motor e as fibras que ele inerva, sendo assim, um 
músculo é formado por várias unidades motoras, e o potencial de ação em um 
neurônio motor irá desencadear a contração de todas as fibras relacionadas a ele. A 
importância dessas unidades é determinar a precisão do movimento, ou seja, 
quanto menos fibras musculares formarem a unidade, mais o movimento é preciso, 
como ocorre na laringe, sendo também relacionada à força que o músculo exerce, 
sendo maior quanto mais unidade forem ativadas. 
 
Fisiologia 
 
64 
 
Quando o músculo gera força e seu comprimento não altera, dizemos que está 
ocorrendo uma contração isométrica. Por exemplo, quando seguramos um objeto 
sem levanta-lo, nesse caso a força exercida pelo músculo equivale à mesma força 
realizada pelo do peso do objeto, apenas em sentido contrário. Mas quando 
movimentamos o objeto para cima ou para baixo alterando o comprimento, a 
contração é isotônica, que pode ser concêntrica quando o músculo encurta 
(levantar o objeto), ou excêntrica quando o músculo aumenta o comprimento 
(abaixar o objeto), sendo a força que ele exerce diferente da exercida pelo peso do 
objeto. 
Quando os músculos estão em repouso, algumas unidades motoras revezam 
sua atividade, mantendo assim um grupo de fibras contraídas, o que determina o 
tônus muscular, que é a tensão (força) parcial presente na condição de repouso. 
Um músculo pode entrar em fadiga quando realiza atividade por tempo 
prolongado ou uma contração vigorosa, pois o consumo energético torna-se maior 
do que a capacidade de restaura-lo, diminuindo a atividade neural na junção 
neuromuscular. Devido ao grande consumo de oxigênio, a fadiga pode progredir 
para câimbra, onde ocorrem contrações sucessivas, sem que haja tempo de 
relaxamento para reposição de oxigênio, logo de ATP. Quanto mais treinado for o 
atleta, maior a sua capacidade de realizar o trabalho muscular com menor 
consumo de oxigênio, pois as fibras adaptam-se ao trabalho exigido, aumentando 
o número de constituintes celulares para realiza-lo com maior eficiência. 
Fisiologia 
 
65 
 
Músculo liso 
 
Os músculos lisos são formados por células fusiformes com núcleo central e 
único, não apresentando o mesmo padrão estriado das células esqueléticas e 
cardíacas, sendo suas miofibrilas organizadas pelos corpúsculos densos. A 
distribuição desses pela membrana e no citoplasma, em posição fixa, permite que a 
contração da célula ocorra em vários eixos. São encontrados principalmente nos 
órgãos internos e nos vasos sanguíneos, e não estão sujeitos ao controle voluntário 
do indivíduo, para que ocorra sua contração. 
 
A organização das células e o padrão de inervação permite classificar os 
músculos lisos em dois tipos, os unitários (ou viscerais) e os multiunitários (ou de 
unidades múltiplas). 
Os multiunitários são formados por células independentes, sendo cada uma 
controlada por terminações nervosas individuais, formando unidades motoras, 
como nos músculos esqueléticos. Cada neurônio da via autônoma (simpática ou 
parassimpática) é responsável pela regulação de um número determinado de 
células. Estes são encontrados nas grandes artérias, vias respiratórias, músculo ciliar 
do olho (controla a abertura e fechamento da pupila) e nos músculos piloeretores, 
Fisiologia 
 
66 
locais onde as circunstancias de funcionamento necessitam de maior ou menor 
número de células ativadas. 
 Nos unitários, as células estão unidas por junções comunicantes, sendo 
pequena a presença de terminações nervosas autônomas, que não ocorrem em 
todas as células e o neurotransmissor é liberado no líquido intercelular, atingindo 
apenas em um grupo de células. As junções comunicantes permitem a formação 
de um sincício funcional, ou seja, o potencial de ação de uma célula é propagado 
para outra, resultandona contração de todo grupamento muscular. Esse tipo de 
músculo é encontrado formando a musculatura oca das vísceras, como no trato 
gastrintestinal, útero, ureteres e vias biliares. 
 
A elevação da concentração de cálcio no mioplasma (citoplasma) também é o 
evento responsável pela contração, sendo que a membrana celular apresenta 
permeabilidade aumentada também para esse íon, além do sódio, quando o 
potencial de ação é gerado. Assim o cálcio para a contração da célula lisa é 
proveniente, inicialmente, do retículo sarcoplasmático sendo acrescido com cálcio 
extracelular. Nesse tipo de célula encontramos a calmodulina (proteína semelhante 
à troponina do esquelético), que interage com o íon favorecendo a ligação da 
Fisiologia 
 
67 
ponte cruzada e o encurtamento da célula. A contração no músculo liso ocorre 
com pouco gasto de energia, podendo ser tônica e prolongada. Para o 
relaxamento, o cálcio é devolvido para o retículo e para o meio extracelular pela 
bomba de cálcio (transporte ativo). 
Alteração do potencial de membrana na musculatura lisa pode ser de origem 
neural, onde ao simpático libera noradrenalina e o parassimpático, acetilcolina; o 
potencial desencadeado pode ser excitatório ou inibitório. Vai depender do 
neurotransmissor e do receptor ativado. 
 
Importante! 
É importante lembrar que dependendo do grupamento muscular 
ativado, a contração ou o relaxamento pode ser promovido por uma ou outra via 
aferente autônoma, ou seja, nem sempre o simpático contrai e o parassimpático 
relaxa. Por exemplo, o parassimpático é quem controla a micção, contraindo o 
músculo da bexiga e relaxando o da uretra, e o simpático relaxa o primeiro e 
contrai o segundo. 
 
Potenciais também podem ser gerados por estímulos diferentes dos neurais, 
que seriam os causados por hormônios, como a gastrina que promove contração 
gástrica; ou fatores locais como variação do pH, da concentração de oxigênio ou do 
gás carbônico sobre a musculatura lisa vascular, da temperatura e das 
concentrações iônicas. 
Algumas células, como as do intestino, podem sofrer despolarizações 
espontâneas, que podem ser seguidas ou não de potenciais de ação, sendo 
influenciadas pelo sistema nervoso autônomo. 
Fisiologia 
 
68 
 
Músculo cardíaco 
O músculo cardíaco forma a massa muscular do coração, sendo o responsável 
pelo bombeamento do sangue e pelo sistema circulatório. Como esse sistema será 
apresentado na próxima unidade, faremos apenas uma breve apresentação, para 
aprofundarmos quando formos estudar o sistema circulatório. 
Neste grupamento muscular, as células apresentam semelhança com a 
esquelética, pela organização em sarcômeros das miofibrilas (dando o aspecto 
estriado), por serem alongadas e por apresentarem até dois núcleos; e se 
assemelham a lisa na formação de sincícios por meio de discos intercalares (dobras 
da membrana que estão unidas a dobras de membranas adjacentes), formando 
uma trama de células musculares, unidas fortemente, permitindo a ativação 
elétrica em massa, resultando na contração simultânea do sincício. 
 
 
O mecanismo de contração é semelhante a da fibra esquelética, sendo que nas 
cardíacas o reticulo sarcoplasmático não forma cisternas, e, apesar dos túbulos T 
possuírem um diâmetro maior, a quantidade de cálcio armazenado é menor, sendo 
necessário o acréscimo de cálcio extracelular, que entra durante o potencial de 
ação, para que a contração ocorra. Para que ocorra o relaxamento, o cálcio é 
bombeado para o meio extracelular e para o retículo sarcoplasmático. 
Fisiologia 
 
69 
O controle da contração do miocárdio é involuntário, sendo regulado por um 
sistema miogênico (de origem em algumas células cardíacas) e um neurogênico (de 
origem no sistema nervoso autônomo). 
Algumas propriedades podem ser aplicadas às fibras cardíacas, vejamos: 
 Cronotropismo → é a frequência de contração em uma determinada unidade 
de tempo. 
 Inotropismo → é a força com que a fibra contrai, estando relacionada à 
quantidade de cálcio livre no citoplasma. 
 Dromotropismo → é a condutibilidade do potencial de ação na fibra. 
 Batmotropismo → e a excitabilidade de cada fibra. 
Essas propriedades podem ter caráter positivo ou negativo. Por exemplo, a 
estimulação simpática aumenta a frequência e a força de contração, resultando em 
cronotropismo e inotropismo positivo, e o parassimpático por diminuir a 
frequência e a força, promove efeitos negativos sobre as propriedades referidas. 
 
Aprofunde o seu conhecimento dos conteúdos abordados nessa unidade: 
 STANFIELD, Cindy L., Fisiologia Humana – 5. ed. São Paulo: Pearson 
Education do Brasil, 2013. Cap. 7 - Célula nervosa e sinalização elétrica; cap. 8 - 
Transmissão sináptica e integração neural; cap. 9 - Sistema nervoso: sistema 
nervoso central; cap. 10 - Sistema nervoso: sistemas sensoriais; cap. 11 - 
Sistema nervoso: sistema autônomo e motor; cap. 12 - Fisiologia muscular. 
 SINGI, Glenan. Fisiologia Dinâmica. 2.ed. São Paulo: Atheneu, 2007; cap. 3 - 
Eletrofisiologia Celular; cap. 4 - Célula Nervosa; cap. 5 - Células Musculares; 
Cap. 14 - Sistema Nervoso Central; cap. 15 - Sistema Nervoso Autônomo. 
 
É hora de se avaliar 
Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo. Elas irão 
ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de 
ensino-aprendizagem. 
Fisiologia 
 
70 
 
Exercícios - unidade 2 
 
1. Analise as afirmativas sobre células excitáveis, e assinale a correta. 
a) Todas as células do corpo são células excitáveis. 
b) A despolarização da membrana ocorre pelo influxo de sódio e potássio, 
causando um potencial de ação. 
c) Os potenciais inibitórios são determinados pelo influxo de potássio. 
d) A organização iônica, que é realizada pela bomba de sódio-potássio, é 
importante para manter a excitabilidade da célula. 
 
2. Sendo o neurônio a unidade funcional da célula, é correto afirmar que sua 
função consiste em: 
a) Causar potenciais excitatórios sempre que sofre potencial de ação. 
b) Liberar os neurotransmissores, pelos dendritos, causando potenciais pós-
sinápticos em outra célula excitável. 
c) Transmitir informações por meio de neurotransmissores que são 
liberados em sinapses, que podem causar potenciais excitatórios ou 
inibitórios. 
d) Inibir contrações musculares esqueléticas, por meio da acetilcolina. 
 
3. Na divisão funcional do sistema nervoso podemos afirmar que: 
a) As vias aferentes levam a informação para os órgãos efetores. 
b) A via eferente autônoma é dividida em simpático e parassimpático. 
c) O sistema nervoso somático e o autonomo são controlados de forma 
consciente. 
d) Os receptores são estruturas relacionadas às vias eferentes. 
Fisiologia 
 
71 
 
4. Quanto as vias aferente, é incorreto afirmar que: 
a) Os receptores relacionados às sensações apresentam especificações 
quanto ao estímulo que são capazes de perceber. 
b) A via proprioceptiva conduz informação consciente que permite 
reconhecer nossos movimentos sem olhar para as partes do corpo. 
c) Todas as informações conduzidas pela via interoceptiva são 
inconscientes, pois estão relacionadas as vísceras 
d) As informações geradas pelas vias aferentes são conduzidas a centros 
nervosos específicos 
 
5. Quanto às vias eferentes é correto afirmar que: 
a) O órgão efetor da via somática é o músculo esquelético e da autônoma 
são os músculos lisos, cardíaco e as glândulas. 
b) O neurotransmissor da sinapse neuromuscular é a acetilcolina que pode 
causar potenciais excitatórios ou inibitórios. 
c) O neurotransmissor da sinapse autônoma com o órgão efetor é 
acetilcolina e o receptor nicotínico.d) A via autônoma possui o mesmo neurotransmissor no neurônio pós-
ganglionar. 
 
6. Dentre os reflexos abaixo, assinale a alternativa que indica o único que não é 
somático: 
a) Estiramento. 
b) Retirada. 
c) Pupilar. 
d) Estiramento inverso. 
Fisiologia 
 
72 
 
7. Considerando as diversas vias integrativas do sistema nervoso, assinale a 
alternativa que apresenta uma afirmativa incorreta: 
a) Na coordenação dos movimentos ocorre a participação do cerebelo 
como coordenador do movimento a ser executado. 
b) Os termorreceptores periféricos (da pele) motivam mudanças conscientes 
como vestir agasalhos, e os internos modificam as respostas geradas 
pelos centros termorreguladores do hipotálamo. 
c) O centro da fome só está inativo quando o da saciedade o inibe. 
d) A sensação de secura na boca indica uma necessidade de repormos 
água, pois os termorreceptores indicam um aumento da osmolaridade no 
líquido extracelular. 
 
8. O sistema responsável pela nossa personalidade e por sermos como somos é o 
sistema: 
a) Somático. 
b) Visceral. 
c) Hipotalâmico. 
d) Límbico. 
 
Fisiologia 
 
73 
 
9. Descreva a importância da formação de unidades motoras nos músculos lisos 
multiunitários e nos esqueléticos: 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
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10. Explique a importância da organização de fibras musculares em sincícios 
funcionais, citando em quais músculos ocorre: 
 
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