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ESPERMOGRAMA Liquídos Biológicos ESPERMOGRAMA Contemporâneamente as duas principais razões para a realização do espermograma são: - Para a análise do sêmen, onde são avaliados os casos de infertilidade e do estado pós-vasectomia; - E em medicina legal, onde é necessário identificar um líquido para dizer se é seminal ou não. ESPERMOGRAMA O sêmen é composto por quatro frações, provenientes de: a) glândulas bulbouretrais e uretrais, b) testículos e epidídimo, c) próstata e d) vesículas seminais. As frações diferem entre si em termos de composição; Para que o sêmen seja normal, deve haver mistura delas durante a ejaculação. ESPERMOGRAMA Os espermatozóides são produzidos nos testículos e amadurecem no epidídimo. São responsáveis por pequena parte do volume total do sêmen; A maior parte do sêmem é fornecida pelas vesículas seminais na forma de um líquido viscoso que fornece frutose e outros nutrientes para manter os espermatozóides. Outra contribuição importante é a da próstata: libera um líquido leitoso que contém fosfatase ácida e enzimas proteolíticas que agem sobre o líquido proveniente das vesículas seminais, provocando a coagulação e a liquefação do sêmen. ESPERMOGRAMA 1. PRINCÍPIO 1.1 Exame Físico Realizado para analisar o sêmen, observando os seguintes: 1.1.1 Abstinência sexual Para realizar o exame a pessoa deve estar de 3 a 5 dias. 1.1.2 Volume O normal é de 2,0 a 5,0 mL, isso pode variar com o tempo de abstinência. 1.1.3 Aspecto após liquefação O normal é homogêneo, mas pode variar em ligeiramente grumoso e grumoso (heterogêneo) que é conseqüência da liquefação incompleta, sendo que o normal seria que o sêmen estivesse liquefeito após 30 minutos. ESPERMOGRAMA 1.1.4 Cheiro É característico, dando-se o nome de “sui generis”, mas que com o passar do tempo altera-se o cheiro devido a três aminas prolialifáticas, denominadas Espermina, Espermidina e Putrescina. 1.1.5 Cor O normal seria opalescente (branco opaco a cinza brilhante); Pode variar em amarelo que é indicativo de leucopermia e prospermia (inflamação da próstata); Castanho que indica icterícia obstrutiva; Incolor-claro que mostra a diminuição de SPTZ ou ausência dosmesmos; Esbranquiçado, indicativo de grande quantidade de cristais ou aumento de SPTZ e ; Avermelhado ou hemorrágico, que indica hematospermia ou eritrospermia. ESPERMOGRAMA 1.1.6 Viscosidade Depende da ação resultante dos fatores de coagulação e liquefação, onde o normal pode formar um fio de até 1,0 cm, mas pode também variar com viscosidade diminuída que dificulta o atrito dos SPTZ, diminuindo a movimentação dos SPTZ (viscosidade maior que 1,0 cm). 1.1.7 Reação pH O normal é alcalino com intervalo de 7,2 a 8,0, seu aumento é indicativo de infecção no trato reprodutivo e sua diminuição e associada ao aumento do fluido prostático, sendo que a vesícula seminal contribui 70% com o pH alcalino e a próstata contribui com 30% do pH ácido. ESPERMOGRAMA 1.1.9 Liquefação Pode ser completa, onde teve a dissolução do coagulo; primária, onde teve ausência do coagulo e; incompleta, que ainda apresente restos de coágulos. ESPERMOGRAMA 1.2 Exame microscópico: - É feito para a contagem de espermatozóides, leucócitos, diferencial de leucócitos e contagem de hemácias; - Essa contagem de SPTZ é realizada na Câmara de Neubauer, após diluição com solução salina a 0,9%; - A diluição é fundamental para a contagem, pois imobiliza os SPTZ. ESPERMOGRAMA Conta-se SPTZ e multiplica o resultado por 1 milhão de SPTZ/ml; Depois da contagem de SPTZ, o número encontrado é jogado no formula de SPTZ/ejaculado, onde se multiplica o número de SPTZ contados pelo volume do ejaculado. O normal pode ser igual ou maior que 30 milhões de SPTZ/ejaculado. SPTZ__ = SPTZ/ejaculado Ejaculado O VR: > 30 milhões/ ejaculados ESPERMOGRAMA Conta-se leucócitos e multiplica por 50, sendo o resultado menor ou igual a 1000 leuc./mm Conta-se hemácias e também é multiplicado por 50, sendo o resultado menor ou igual a 1000 leuc./mm 3 3 ESPERMOGRAMA 1.3 Exame de Vitalidade Espermática: - Antes de determinar a vitalidade, deve-se avaliar a motilidade espermática. - Essa motilidade pode ser influenciada por: Radiações eletromagnéticas, temperatura e viscosidade. - Na vitalidade o normal é que os SPTZ sejam 50% móveis e 50% imoveis - Longos periodos de abstinencia podem aumentar o número de SPTZ imóveis. ESPERMOGRAMA 1.4 Morfologia espermática A presença de espermatozóides morfologicamente incapazes de fertilizar, também resulta em infertilidade. A morfologia espermática é avaliada em relação à estrutura da cabeça, gorjal, peça intermediária e cauda. Anormalidades na morfologia da cabeça são associadas à má penetração no óvulo, enquanto anormalidades no gorjal, na peça intermediária e na cauda afetam a motilidade. O espermatozóide normal possui uma cabeça em forma oval, com cerca de 5μm de comprimento e 3μm de largura, e uma longa cauda flagelar com cerca de 45μm de comprimento. ESPERMOGRAMA Espermatozóides anormais: 1. Cabeça: macrocéfalo, microcéfalo, piriforme (semelhante a uma pêra), bicéfalo (cabeça dupla), tapering (em forma de fita ou fusiforme), pin head (semelhante a cabeça de alfinete, minúscula), acéfalo (sem cabeça) e microcéfalo com cabeça redonda e acrossomo ausente. 2. Peça intermediária: restos citoplasmáticos (ectasias), angulação na inserção cauda-cabeça (pescocinho quebrado) e espermatozóides unidos por peça intermediária. ESPERMOGRAMA 3. Cauda (flagelo): acaudais (ausência de cauda), bicaudais, cauda espessa, cauda curta, cauda totalmente enrolada e cauda distalmente enrolada. 4. Anomalias não classificadas (SPTZ amorfos). ESPERMOGRAMA 1.5 Citologia Oncótica - Realizado para verificar a presença de células neoplásicas. 1.6 Exame Microbiológico - Onde a presença, por exemplo, de mais de 1 milhão de leucócitos/mm pode indicar bactérias no semém. 1.7 Presença de fungos, parasitas e cristais: - Devem ser relatados na microscopia ESPERMOGRAMA 1.8 Exame Químico: - O líquido seminal é o que realiza o transporte dos SPTZ e que contêm nutrientes adequados e específicos para manter uma concentração ideal de espermatozoides e volume final. - Dosagens bioquímicas devem ser realizadas para avaliar o quantitativo dos nutrientes e substâncias básicas para a fisiologia desse líquido. ESPERMOGRAMA Dosagens: - Frutose: componente essencial para o metabolismo e motilidade dos espermatozóides, sendo encontrada em baixas concentrações em casos de processos inflamatórios ou infecciosos desses locais. - Ácido citrico: é produzido exclusivamente pela próstata e tem como função a manutenção do equilíbrio osmótico do esperma e estabilizador dos processos de coagulação-liquefação. (Diminuido em prostatites e neoplasias) ESPERMOGRAMA Espermina, Espermidina e Putrescina: são três poliaminas, encontradas por todo o corpo, porém em maior concentração no líquido prostático. A ausência desse odor característicoestá relacionada com insuficiência prostática ou deficiências congênitas destas aminas. Fosfatase ácida: é a enzima que se encontra em maior concentração no esperma. Diminui em processos infecciosos e/ou obstrutivos, e estão elevadas nos processos neoplásicos. – psa. ESPERMOGRAMA 1.9 Exame Imunológico: Os SPTZ são altamente antigênicos, tanto para o homem quanto para a mulher; Os homens podem apresentar auto-anticorpos contra os espermatozóides, tanto no no líquido seminal, como no sangue. Anticorpos anti-espermatozóides podem provocar a imobilização do gameta masculino ou impedir que ocorra a penetração no gameta feminino. ESPERMOGRAMA 2. AMOSTRA: - Caso o paciente apresente dificuldades para coletar o material, recomenda-se a coleta logo pela manhã, antes de urinar; - Se o material for colhido em casa, deverá ser entregue ao laboratório em no máximo 30 minutos; - O material deve ser colhido no laboratório, pela forma de masturbação manual realizada pelo paciente, devendo-se colocá-lo em uma sala de coleta a mais silenciosa possível, afastada do movimento normal da recepção; ESPERMOGRAMA - O paciente deve estar com abstinência sexual de 3 a 5 dias; - Caso o paciente deseja fazer a dosagem de frutose, deve-se estar de jejum de 12 horas; - O paciente deve ser instruído para evitar perdas de material; - Falar para o paciente anotar a hora exata da coleta. ESPERMOGRAMA 2.2 Tipo de amostra: - Líquido seminal 2.3 Armazenamento e Estabilidade da Amostra Os frascos de coleta deverão ser de vidro neutro, de abertura suficientemente larga, e estéreis. Devem ser resistentes o suficiente para se evitar acidentes lamentáveis. O material deverá ser incubado na estufa a 37°C para que se possa identificar o tempo de liquefação. ESPERMOGRAMA 2.3 Critérios para Rejeição da Amostra: - Amostra insuficiente; - Amostra incorreta; - Identificação incorreta; - Não usar preservativos para coletar; - Amostra de coito interrompido; - Recipiente quebrado ou sem tampa; - Recipiente não estéril.
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