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DIREITO TRIBUTÁRIO E FINANCEIRO I AULA1

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AULA 1
Determinado governador do Estado do Acre está em forte debate com a Assembleia Legislativa. Apesar de ter sido eleito em primeiro turno com uma expressiva maioria de votos, sua Assembleia é hoje composta em maioria considerável pela oposição, ressentida por não ter reeleito o antigo governador, candidato da situação. Diante deste conflito político, o governador não consegue aprovar a lei orçamentária que se manifesta compatível com suas propostas. Sendo assim, decide baixar o orçamento por medida provisória. Deputado da oposição se recusa a votar a medida provisória e levanta argumentos tecnicamente adequados. Pergunta-se: 
Quais seriam estes argumentos? 
O primeiro argumento a ser exposto é que em REGRA, a medida provisória é adotada tão somente pelo Presidente da República. O segundo argumento trata-se da inconstitucionalidade do caso em comento, uma vez que o art 62. Pár 1º, I, d, da CF, prevê que é vedada a medida provisória para lei orçamentária. O terceiro argumento é que a Lei orçamentária deve ser suscitada por Lei ordinária e não por Medida Provisória, conforme art 165 da CF. 
Pode o governador editar medida provisória? 
O art 162 da CF traz as normas da medida provisória. No caso em tela poderá o governador editar a medida, entretanto, se o conteúdo da medida provisória for alterado, ela passa a tramitar em projeto de lei de conversão, depois de aprovada na câmara e no senado, a medida provisória ou lei de conversão é enviada para presidência para sanção. 
Cabe medida provisória em Direito Financeiro?
Não há expresso na CF a vedação de Medida Provisória em direito financeiro, com exceção das questões relativas às leis orçamentárias, previstas no art. 62, pár.1º, I, d da CF. 
OBJETIVA
Identifique qual das opções abaixo traz situação que será objeto de aplicação das regras do Direito Financeiro:
a) realização de despesa pela Ordem dos Advogados do Brasil
b) processo de seleção de juízes para a carreira da magistratura estadual
c) projeção de receitas da Companhia Estadual de Água e Esgoto do Estado do Rio de Janeiro
d) previsão de gastos com pessoal da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
JURISPRUDENCIA
ACO 2898 AgR / RJ - RIO DE JANEIRO 
AG.REG. NA AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA
Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI
Julgamento: 01/09/2017 Órgão Julgador: Tribunal Pleno
Publicação
PROCESSO ELETRÔNICO
DJe-209 DIVULG 14-09-2017 PUBLIC 15-09-2017
Parte(s)
AGTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
Ementa
Ementa: SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA (CF, ART. 102, I, F) – PRESERVAÇÃO DO PACTO FEDERATIVO – LIMINAR CONCEDIDA PARA A REALIZAÇÃO DOS JOGOS OLÍMPICOS – EVOLUÇÃO DO QUADRO FÁTICO – DEBATE REMANESCENTE ENVOLVENDO AVENÇAS CONTRATUAIS - OUTRAS PREMISSAS FÁTICAS E JURÍDICAS A SEREM CONSIDERADAS - PERDA SUPERVENIENTE DE OBJETO - EXTINÇÃO DO FEITO – AGRAVO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. I - Após o deferimento de liminar, transcorreram normalmente os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, sediados na cidade do Rio de Janeiro, cumprindo-se consignar que a Medida Provisória 734/2016 concedeu ao Estado do Rio de Janeiro subvenção, a fundo perdido e em parcela única, no valor de 2, 9 bilhões de reais para auxiliar nas despesas com segurança pública durante a realização de tais eventos; II - Diante da evolução do quadro fático e ultrapassado o regime de exceção que justificou a intervenção da União com o aporte de recursos financeiros, não se justifica o prosseguimento do feito, diante das premissas fixadas pelo próprio requerente na inicial; III - Não se mostra viável utilizar o contexto de necessidade de garantia de recursos para a segurança dos jogos olímpicos para o fim de estender-se os efeitos da liminar concedida, com vistas a paralisar, definitivamente, a eficácia de cláusulas e condições contratuais livremente pactuadas pelas partes; IV - Observados os compromissos internacionais assumidos pelo Estado brasileiro, resta apenas o debate sobre a eficácia de avenças contratuais assumidas pelas partes, o que poderá ser objeto de demanda própria, assentada em outras premissas, mas não naquelas fixadas pelo autor no presente feito, em que sobressai a possível vulneração do pacto federativo; V - Alterada a situação de cautelaridade alegada para a concessão de liminar e exauridos os efeitos da tutela de urgência concedida, mostra-se, de fato, esvaziada a linha de argumentação em que se sustentava a presente demanda, a qual deve ser prematuramente extinta por perda superveniente de objeto. VI - Agravo regimental a que se nega provimento.

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