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Contestação CASO CONCRETO 9 ENTREGA EM 18.11

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE BELO HORIZONTE DO ESTADO DE MINAS GERAIS.
Processo nº ...
ANITA já qualificada, vem por meio de sua advogada legalmente habilitada, no endereço profissional rua: Emir Rosa, nº 523, no Centro, Florianópolis/SC, 88020-050, onde recebe intimações, nos autos da AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE NEGÓCIO JURÍDICO, que tramita pelo rito comum, movida por ROSA, vem a este juízo, oferecer: 
CONTESTAÇÃO
Expor e requerer o que segue:
Benefícios da justiça gratuita 
A parte Contestante não tem condições de arcar com as despesas do processo, uma vez que são insuficientes seus recursos financeiros para pagar todas as despesas processuais. 
Destarte, o Demandante ora formula pleito de gratuidade da justiça, o que faz por declaração de seu patrono, sob a égide do NCPC, art. 99, § 4º c/c NCPC, art. 105.
Quanto à audiência de conciliação 
A parte Contestante opta pela realização de audiência conciliatória (NCPC, art. 319, inc. VII), razão qual requer a intimação da Autora, por seu patrono (NCPC, art. 334, § 3º), para comparecer à audiência designada para essa finalidade (NCPC, art. 334, caput c/c § 5º). 
DAS PRELIMINARES
	A carência de Ação por Ilegitimidade Passiva ou Ausência de Litisconsórcio Passivo Necessário
Verifica-se na ação proposta pela autora a obrigatoriedade de também figurar no polo passivo da presente relação processual o Sr. João, como preceitua o artigo 1143 do Novo Código de Processo Civil.
Art. 114. O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes.
 Há litisconsórcio necessário, quando, por disposição de lei ou pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir a lide de modo uniforme para todas as partes, caso em que a eficácia da sentença dependerá da citação de todos os litisconsortes no processo.
Da Carência de Ação por Impossibilidade Jurídica do Pedido
A autora propõe ação de anulação de negócio jurídico em que alega ter havido uma simulação. Na forma do artigo 167 do Código Civil, a simulação de negócio jurídico constitui um vicio que conduz a nulidade do negócio jurídico e não a anulação. Desta forma, a autora deveria ter proposto ação de nulidade de negócio jurídico e não a declaratória de anulação. 
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma.
§ 1o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:
I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem;
II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira;
III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.
§ 2o Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do negócio jurídico simulado.
Com base nos artigos 267 do Código de Processo Civil, requer a extinção do processo sem resolução do mérito.
Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito:
(...)
Vl - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual;
DA SINTESE DA INICIAL
Rosa pede anulação do contrato de compra e venda do automóvel marca Honda, modelo CV-R, ano 2013, celebrado em 10 de agosto de 2013, ao argumento de que houve simulação e que na verdade o negócio eivado de vício serviu para encobrir uma doação feita pelo antigo companheiro da autora à Anita. Rosa alega que Anita mantinha relação extraconjugal com João.
Rosa e João viveram em união estável por oito anos, sendo a mesma dissolvida, em dezembro de 2013, constando da relação de bens que seriam partilhados o citado veículo.
 DA VERDADE DOS FATOS
Anita celebrou um negócio jurídico de objeto e preço certo e determinado com o vendedor João, que não o conhecia antes da celebração do negócio jurídico, tornando-o perfeito conforme os artigos 481 e 482 ambos do Código Civil, descaracterizando o negocio jurídico simulado e doação.
Art. 481. Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro.
Art. 482. A compra e venda, quando pura, considerar-se-á obrigatória e perfeita, desde que as partes acordarem no objeto e no preço.
DOS REQUERIMENTOS
Diante do exposto, requer:
o acolhimento da preliminar de ilegitimidade passiva, extinguindo o processo sem resolução do mérito (art. 301, inciso x, e art. 267, inciso VI, ambos do CPC);
em não sendo acolhida a preliminar anterior, seja aceita a preliminar de impossibilidade jurídica do pedido, extinguindo o processo sem resolução do mérito (art. 301, inciso x, e art. 267, inciso VI, ambos do CPC);
a improcedência dos pedidos autorais;
a condenação da autora no pagamento dos ônus sucumbenciais.
DAS PROVAS 
Finalmente, requer a produção de todos os meios de provas, permitidos em direito, inclusive ouvida de testemunhas, juntada de documentos e depoimento pessoal do representante legal da autora, sob pena de confesso.
Nestes termos
pede deferimento.
Florianópolis, 18 de novembro de 2016
 			pp.
 	 - GABRIELA FÁTIMA CONRADO
 (OAB/SC nº)

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