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P3 - RESUMO RENATA PESTANA

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Fisiologia 1 – Resumo para a Terceira Prova – Renata Pestana
Capítulo 26: FORMAÇÃO DA URINA PELOS RINS: 		
FILTRAÇÃO GLOMERULAR, FLUXO SANGÜÍNEO RENAL E SEU CONTROLE
1) Funções dos rins na homeostasia:
Excreção de produtos de degradação do metabolismo (uréia, creatinina, ác úrico, bilirrubina), de substâncias químicas estranhas, de fármacos e de metabólitos hormonais.
Regulação do equilíbrio eletrolítico: A excreção de água e eletrólitos deve equivaler precisamente ao seu aporte. (ingestão = secreção)
Regulação da pressão arterial: 	
	- A longo prazo: excretam qtds variáveis de sódio e água. 
 - A curto prazo: secreção de fatores ou substâncias vasoativas, como a renina, q leva à formação de angiotensina II
 Regulação do equilíbrio ácido-básico: excreção de ác (sulfúrico, fosfórico...), e regulação das reservas de tampões nos líq corporais. 
Regulação na produção de eritrócitos: em situação de hipóxia, o rim secreta eritropoietina, q estimula a produção de eritrócitos.
Regulação da produção do calcitriol, forma ativa da vitam D. O Calcitriol regula as concentrações de cálcio e fosfato, e é essencial para a deposição normal de cálcio nos ossos e para a reabsorção de cálcio pelo trato gastrointestinal.
Gliconeogênese: síntese de glicose a partir de aminoácidos e outros precursores.
2) Anatomia fisiológica dos rins:
• Suprimento Sangüíneo Renal:
Art. Renal ( Arts. Interlobares ( Arts. Arqueadas ( Arts. Interlobulares (radiais) ( arteríolas aferentes ( Capilares Glomerulares ( arteríolas eferentes ( capilares peritubulares ( veia interlobular ( veia arqueada ( veia interlobar ( veia renal.
• A pressão hidrostática elevada nos capilares glomerulares resulta na rápida filtração de líq, enqto a pressão hidrostática mt baixa nos capilares peritubulares permite a rápida reabsorção de líq. 
• Os rins ajustam as resistências nas arteríolas aferentes e eferentes, modificando assim a intensidade de filtração glomerular e/ou reabsorção tubular. 
NÉFRON – unidade funcional do rim.
Néfron = Glomérulo envolvido pela Cápsula de Bowman + túbulo proximal + Alça de Henle (ramo descendente e a porção inicial do ramo ascendente formam o segmento delgado + segmento espesso do ramo ascendente) + túbulo distal + capilares peritubulares q circundam os túbulos. Na extremidade do ramo ascendente espesso: mácula densa.
• Néfrons corticais: glomérulos na porção mais externa do córtex. Com Alças de Henle mais curtas.
• Néfrons Justaglomerulares: glomérulos próximos à medula, com longas Alças de Henle. Os capilares peritubulares dos néfrons justaglomerulares se dividem em vasos retos, que descem pela medula acompanhando a Alça de Henle e depois retornam ao córtex, desaguando nas veias corticais.
3) Formação da urina:
A - FILTRAÇÃO GLOMERULAR
• Através dos capilares glomerulares, para o interior da cápsula de Bowman. 
• A composição do filtrado se assemelha a do plasma sangüíneo, com algumas exceções: poucas substâncias com baixo peso molecular, como o cálcio e ácidos graxos, q não são livremente filtrados devido a sua ligação parcial às ptns plasmáticas. (Quase 50% do cálcio e a maioria dos ác graxos plasmáticos estão ligados à ptns.)
• A FG corresponde a cerca de 20% do Fluxo Plasmático Renal.
• A FG é determinada por:
 - Equilíbrio de forças hidrostática e coloidosmótica através da membrana capilar;
 - Coeficiente de filtração capilar (Kf): permeabilidade X superfície de filtração.
 Kf = FG/ Pressão efetiva de filtração.
• Membrana dos capilares glomerulares = endotélio fenestrado + membrana basal + podócitos (céls epiteliais).
• A filtrabilidade dos solutos está inversamente proporcional aos seus tamanhos.
• As grandes molécs com carga elétrica negativa são filtradas menos facilmente q as grandes molécs com carga elétrica positiva: As cargas negativas da membrana basal de proteoglicanos dos capilares glomerulares detêm as grandes molécs com carga negativa por repulsão eletrostática, incluindo as ptns plasmáticas, como a albumina. 
(Obs: nefropatia por alteração mínima: ocorre qndo a membrana perde cargas negativas. Causa proteinúria.).
• Determinantes da intensidade de filtração glomerular:
	- ↑ Kf : ↑ FG
	- ↑ pressão hidrostática na cápsula de Bowman: ↓ FG 
	- ↑ pressão coloidosmótica dos capilares glomerulares: ↓ FG 
	- ↑ fração de filtração: concentra ptns plasmáticas: ↓ FG
	- ↑ pressão hidrostática nos capilares glomerulares: ↑ FG
	- ↑ resistência das arteríolas aferentes: ↓ FG 
	- ↑ resistência das arteríolas eferentes: ↑ FG
Se a constrição das arteríolas eferentes for mt intensa (mais de 3X), o aumento da pressão coloidosmótica excede o aumento na pressão hidrostática nos capilares. Qndo isso ocorre, a força efetiva de filtração diminui, e conseqüentemente diminui a FG tb.
Fluxo Sangüíneo Renal (FSr):
	
	FSr = Pressão na art. renal – Pressão na veia renal
 Resistência Vascular Renal total
• A resistência é controlada pelo SNS, hormônios, autacóides e mecanismos locais de controle renal interno.
• O fluxo sangüíneo nos vasos retos na medula renal é mt baixo em comparação com o fluxo pelo córtex renal.
Controle Fisiológico da Filtração Glomerular e do Fluxo Sangüíneo Renal:
• Ativação do SNSimpático diminui a FG: a constrição das arteríolas renais, diminui o fluxo sangüíneo, diminuindo a FG.
• Controle da circulação renal por hormônios e autacóides:
 - A noradrenalina e adrenalina (produzidas nas adrenais), além da endotelina (liberada por céls endoteliais vasculares lesadas nos rins) provocam a constrição dos vasos sangüíneos renais e a diminuição da FG.
 - A angiotensina II, formada qndo a PA está baixa ou o vol sangüíneo está baixo, provoca constrição das arteríolas eferentes, evitando a queda da FG. A angiotensina II tb aumenta a reabsorção de sódio e água, pela queda do fluxo nos capilares peritubulares devido à constrição da arteríola eferente.
 - O óxido nítrico, derivado do endotélio, diminui a resistência vascular e aumenta a FG.
 - As prostaglandinas e a bradicinina tendem a aumentar a FG: atenua os efeitos vasoconstritores renais dos nervos simpáticos ou da angiotensina II, particularmente sobre as arteríolas aferentes.
Auto-regulação da FG e do Fluxo Sangüíneo renal – Feedback túbuloglomerular
• A diminuição da FG pode reduzir o fluxo na Alça de Henle, causando aumento na reabsorção de sódio e cloro no ramo ascendente da Alça de Henle e, assim, reduzindo a concentração de NaCl nas células da mácula densa. Essa redução de NaCl nas céls da mácula densa produz um sinal q tem 2 efeitos:
 - Diminuição da resistência das arteríolas aferentes, aumentando a pressão hidrostática glomerular e ajudando a normalizar a FG.
 - Aumento da liberação de renina pelas células justaglomerulares das arteríolas aferentes e eferentes. A renina atua como enzima, aumentando a formação de angiotensina II, q vai promover a constrição das arteríolas aferentes e constrição das arteríolas eferentes, aumentando a pressão hidrostática glomerular e normalizando a FG.
	A reabsorção de NaCl na Alça de Henle desencadeia uma reação do aparelho justaglomerular que provoca a dilatação das arteríolas aferentes e constrição das arteríolas eferentes!!!
• A angiotensina II exerce ação constritora preferencialmente sobre as arteríolas eferentes, ajudando a impedir a ocorrência de reduções acentuadas da pressão hidrostática glomerular e da FG qndo a pressão da perfusão renal cai abaixo do normal.
Auto-regulação miogênica do fluxo sangüíneo renal e da filtração glomerular
O mecanismo miogênico é a capacidade individual dos vasos sangüíneos de resistir ao estiramento durante elevações da PA. O estiramento da parede vascular permite maior movimento de cálcio do líq extracelular para o interior das células de músc liso vascular, induzindo sua contração.
Outros fatores que aumentamo fluxo sangüíneo renal e a FG:
- aumento da ingesta de ptns: aa e sódio são absorvidos juntos pelos túbulos proximais.
- A glicose tb é reabsorvida juntamente com o sódio no túbulo proximal.
Capítulo 27: FORMAÇÃO DA URINA PELOS RINS: 		
PROCESSAMENTO TUBULAR DO FILTRADO GLOMERULAR
• A secreção é responsável pelo aparecimento, na urina, de qtdes significativas de íons potássio, hidrogênio...
• Uma peq alteração na filtração glomerular ou na reabsorção tubular pode, potencialmente, produzir uma variação relativamente alta na excreção urinária.
• A filtração glomerular é relativamente não seletiva, enqto a reabsorção tubular é mt seletiva: gli e aa são quase completamente reabsorvidos, os íons sódio, cloro e bicarbonato são mt reabsorvidos, uréia e creatinina são mt pouco reabsorvidos...
Transportes:
	(1) Através das membranas epiteliais tubulares para o líq intersticial renal
	- Transportes ativo e passivo; 
	- Vias transcelular e paracelular (pelos espaços intracelulares e junções fechadas)
• Do interstício celular, a substância passa para o capilar peritubular por ultrafiltração (captação passiva de fluxo de massa), que é mediada por forças hidrostáticas e coloidosmóticas.
• Há também ptns transportadoras de sódio q fixam sódio na superfície luminal da membrana e os liberam no interior da cel, promovendo difusão facilitada de sódio.
• Bombas de sódio e potássio localizadas na membrana basolateral criam um gradiente de concentração necessário a alguns transportes ativos secundários (gli/Na+, aa/Na+).
• Secreção ativa de íon hidrogênio acoplada ao sódio na membrana luminal do túbulo proximal: cotransporte sódio-hidrogênio, q depende das concentrações estabelecidas pela bomba de sódio e potássio.
• Pinocitose: mecanismo de transporte ativo para reabsorção de ptns.
• Transporte máx de substâncias que são reabsorvidas ativamente: saturação de sistemas de transporte específicos. Nem todos os néfrons têm o msm transporte máx para cada substância. O transporte máximo global é alcançado qndo todos os néfrons atingem seu transporte máximo.
 • Transporte máx para substâncias q são secretadas ativamente (tb satura sistemas de transporte).
• Substâncias q são transportadas passivamente não apresentam transporte máximo. Esse transporte é determinado por gradiente eletroquímico e permeabilidade da membrana para a substância, além do tempo q a substância permanece dentro do túbulo (transporte gradiente-tempo).
• Algumas substâncias q são transportadas ativamente tb possuem a característica de transporte gradiente-tempo (A capacidade do transporte é mt maior do q o transporte efetivamente realizado). Ex: reabsorção de sódio.
• O transporte máximo pode aumentar como resposta à hormônios, como a aldosterona. 
• Reabsorção passiva de água (vias trans e paracelular) por osmose está relacionada, principalmente, à reabsorção de sódio. Os túbulos principais são mt permeáveis à água, diferentemente das porções mais distais dos néfrons. À medida q a água atravessa as junções fechadas, carrega consigo alguns solventes (tração pelo solvente.).
• Reabsorção do Cloreto, uréia e outros solutos por difusão passiva: Qndo o sódio, q é um íon positivo, é reabsorvido, íons negativos são transportados juntos devido ao potencial elétrico.
• A creatinina, produto de degradação, não consegue ser quase nada reabsorvida.
Reabsorção e secreção ao longo das diferentes porções do néfron:
1) Reabsorção tubular proximal:
• Cerca de 65% da carga filtrada de sódio e água são aí reabsorvidas
• Na primeira metade do túbulo proximal, o sódio é reabsorvido por cotransporte com gli e aa. Acaba quase toda gli e aa.
• Na segunda metade, o sódio é reabsorvido principalmente com o cloro.
• A quantidade tubular de sódio diminui acentuadamente, mas sua concentração permanece a mesma, pq junto com o sódio é reabsorvida a água.
• Sais biliares, oxalato, urato e catecolaminas são secretadas para o túbulo, e quase não são reabsorvidos. O PAH é secretado tão rapidamente que pode haver depuração dessa substância de cerca de 90% do plasma q flui para os rins.
2) Transporte de solutos e água na Alça de Henle:
• Ramo descendente delgado: mt permeável à água e moderadamente permeável à maioria dos solutos.
• Ramo ascendente: tanto os segmento delgado qto o espesso são praticamente impermeáveis à água. Cerca de 25% da carga dos eletrólitos são reabsorvidos.
 - A bomba de sódio e potássio mantém baixa a concentração intracelular de sódio, gerando um gradiente favorável à reabsorção.
 - No ramo ascendente espesso, o transporte de sódio é mediado principalmente pelo co-transportador 1 sódio-2 cloros-1 potássio. 
 - O ramo ascendente tb tem em sua membrana luminal o contra-transportador de sódio e hidrogênio.
3) Túbulo distal:
•A porção inicial imediata do túbulo distal faz parte do complexo justaglomerular, que fornece o controle por feedback da FG e do fluxo sangüíneo no néfron.
• A seguinte porção inicial é mt contornada, reabsorve ativamente a maioria dos íons e é praticamente impermeável à água e à uréia. Esse segmento tb é chamado segmento diluidor.
4) Túbulo distal final e Túbulo coletor cortical:
• A osmolaridade do líq tubular depende da qtde de ADH.
• São compostos pos duas céls: intercalares (reabsorvem sódio, secretam potássio) e principais (reabsorvem potássio e secretam hidrogênio).
5) Ducto coletor medular:
• Reabsorvem menos de 10% da água e sódio filtrados.
• Sua permeabilidade à água é controlada pelo ADH
• É permeável à uréia
• É capaz de secretar hidrogênio contra um alto gradiente de concentração
Efeito da pressão arterial sobre o débito urinário – Os mecanismos da natriurese por pressão e diurese por pressão
•Uma elevação muito alta da pressão artéria não é suportada pelos mecanismos de auto-regulação, gerando um aumento da FG e diminuição da reabsorção de sódio e água.
• Outro fator q contribui para os mecanismos de natriurese e diurese de pressão consiste na formação reduzida de angiotensina II.
Controle hormonal da reabsorção tubular
ALDOSTERONA: produzida pela zona glomerular do córtex da adrenal, age principalmente no túbulo coletor cortical, estimula a bomba de sódio e potássio da membrana basolateral, aumenta a permeabilidade da membrana luminal ao sódio.
ANGIOTENSINA II: aumenta reabsorção de sódio e de água, atual principalmente nos túbulos proximais, estimula a liberação de aldosterona.
ADH: aumenta a permeabilidade do túbulo distal, do túbulo coletor e do ducto coletos à água.
PEPTÍDIO NATRIURÉTICO ATRIAL: diminui a reabsorção de sódio e água, sobretudo nos ductos coletores.
PARATORMÔNIO: aumenta a reabsorção de cálcio.
A ativação do SNS aumenta a reabsorção de sódio
Uso de métodos de depuração para quantificar a função renal
A depuração renal de uma substância é o volume de plasma q é totalmente “limpo” dessa substância, por unidade de tempo, nos rins.
• Pode-se utilizar a depuração da INULINA para estimar a FG, uma vez q essa substância não é reabsorvida nem secretada.
• A creatinina e o iotálamo radioativo tb são usados clinicamente para estimar a FG, uma vez q são mt pouco secretados.
• O PAH é usado para se estimar o fluxo plasmático renal, uma vez q a substância é quase totalmente depurada por filtração + secreção. 
• A fração de filtração é calculada a partir do FG dividido pelo fluxo plasmático renal.
Capítulo 28: REGULAÇÃO DA OSMOLARIDADE DO LÍQUIDO EXTRACELULAR E DA CONCENTRAÇÃO DE SÓDIO
• Qndo a osmolaridade dos líq corporais aumenta acima do normal, a hipófise secreta maior qtde de ADH, q aumenta a permeabilidade dos túbulos distais e coletores à água. Diminui-se assim o vol da urina, sem alterar acentuadamente a excreção renal de solutos.
• Qndo existe excesso de água, a osmolaridade fica reduzida, a secreção de ADH diminui, reduzindo a permeabilidade dos túbulos distal e coletor à água. A urina então fica muitodiluída.
• O líq tubular permanece isosmótico no túbulo proximal: os solutos e a água são reabsorvidos em proporções iguais.
• À medida que o líq segue seu percurso pelo ramo descendente da Alça de Henle, a água é reabsorvida por osmose e o líq tubular atinge equilíbrio com o líq intersticial da medula renal, que é mt hipertônico em relação ao filtrado glomerular original. 
• O líq tubular torna-se diluído no ramo ascendente da Alça de Henle: no ramo espesso, principalmente, ocorre ávida reabsorção de sódio, potássio e cloreto. É impermeável à água, msm em presença de grande qtde de ADH.
• O líq tubular nos túbulos distal e coletor é ainda mais diluído na ausência de ADH: sem ADH, essa porção do túbulo tb é impermeável à água.Reabsorção adicional de NaCl.
• Volume obrigatório de urina: A capacidade de concentração máx do rim determina o vol de urina q deve ser excretado a cada dia para eliminar do organismo os produtos de degradação do metabolismo e íons q são ingeridos.
• Requisitos para a excreção de urina concentrada: níveis elevados de ADH e medula renal hiperosmótica (cria o gradiente osmótico necessário para reabsorção de água).
- Qual o processo pelo qual o líq intersticial da medula renal se torna hiperosmótico? Mecanismo de contracorrente: depende da disposição anatômica especial das Alças de Henle e dos vasos retos, os capilares peritubulares especializados da medula renal.
Fatores q contribuem para o aumento da concentração de solutos na medula renal:
	- Transporte ativo de íons sódio e co-transporte de íons potássio, cloreto e outros íons para fora da porção espessa do ramo ascendente da Alça de Henle para o interstício medular.
	- Transporte ativo de íons dos ductos coletores para o interstício medular.
	- Difusão passiva de grandes qtdes de uréia dos ductos coletores medulares internos para o interstício medular.
	- Difusão de apenas qtde peq de água dos túbulos medulares para o interstício medular, mt menor q a reabsorção de solutos.
Papel do túbulo distal e dos ductos coletores na excreção da urina concentrada
- A porção inicial do túbulo distal, à semelhança do ramo ascendente da Alça de Henle, transporta ativamente o NaCl para fora do túbulo, porém é relativamente impermeável à água ( depende da concentração de ADH). 
- Em presença de mt ADH, o túbulo coletor cortical fica altamente permeável à água, de modo q ocorre reabsorção de grande qtde de água do túbulo para o interstício cortical, de onde é arrastada pelo rápido fluxo dos capilares peritubulares.
•A uréia contribui para o interstício medular renal hiperosmótico e para a formação da urina concentrada: à diferença do NaCl, a uréia tem reabsorção passiva a partir do túbulo. Qndo existe déficit de água, e as concentrações sangüíneas de ADH estão elevadas, verifica-se reabsorção passiva de grande qtde de uréia dos ductos coletores medulares internos para o interstício.
• No túbulo proximal, 30 a 40% da uréia filtrada são reabsorvidas; msm assim, a concentração de uréia no líq tubular aumenta, visto q ela não é tão permeável qto a água.
• No ramo delgado da Alça de Henle, há reabsorção para fora de água para fora da Alça de Henle, e uma certa difusão de uréia do interstício medular para o ramo delgado da Alça.
• O ramo ascendente delgado da Alça de Henle é impermeável à água. Devida à elevada concentração de NaCl no líq tubular, ocorre alguma difusão passiva de NaCl do rami ascendente delgado para o interstício medular.
• O ramo espesso da Alça de Henle, o túbulo distal e o túbulo coletor cortical são, todos, impermeáveis à uréia. 
• O ramo ascendente espesso transporta para o interstício qtde significativa de sódio, potássio, cloreto e outros íons.
• O ducto coletor medular interno é permeável à uréia. A alta concentração de uréia no líq tubular resulta em sua divisão para o interstício medular. Parcela moderada da uréia q penetra no interstício medular acaba se difundindo no ramo delgado da Alça de Henle, fazendo o trajeto de volta ao ducto coletor medular: recirculação da uréia (contribui para maior concentração de uréia na medula renal). 
Características do fluxo sangüíneo da medula
• O fluxo sangüíneo da medula é baixo, representando cerca de 1 ou 2% do fluxo sangüíneo renal total. Esse fluxo lento é suficiente para suprir as necessidades metabólicas dos tecidos e ajuda a minimizar a perda de solutos do interstício medular.
• Os vasos retos, devido ao seu formato de U, fucionam como trocadores por contracorrente, minimizando a remoção dos solutos do interstício medular:
- à medida q o sangue desce para a medula, fica progressivamente mais concentrado, devido à perda de água para o interstício e devido à entrada de solutos provenientes do interstício.
- qndo o sangue retorna ao córtex, torna-se progressivamente menos concentrado, à medida q os solutos se difundem de volta para o interstício medular e a água passa para os vasos retos.
• A capacidade de concentração da urina ficará reduzida se o fluxo sangüíneo medular aumentar o suficiente para diminuir a hiperosmolaridade na medula renal.
• A depuração total de solutos do sangue pode ser expressa como depuração osmolar: trata-se do volume de plasma depurado dos solutos a cada minuto:
 depuração osmolar = osmolaridade da urina X fluxo da urina
 osmolaridade do plasma
• A depuração da água livre é calculada como a diferença entre a excreção da água (fluxo urinário) e a depuração osmolar. Trata-se da excreção de água isenta de solutos pelo rim.
 depuração da água livre = volume urinário – depuração osmolar
Distúrbios da capacidade de concentração da urina
• Secreção inapropriada de ADH.
	- Ex: incapacidade de produção de ADH: diabetes insípido “central”.
• Defeito do mecanismo de contracorrente.
• Incapacidade do túbulo distal, túbulo coletor e dos ductos coletores de responder ao ADH: diabetes insípido “nefrogênico”. 
• osmolaridade do plasma = 2,1 X concentração plasmática de sódio
Sistema de feedback dos osmorreceptores de ADH
Aumento da osmolaridade do líq extracelular provoca contração de céls nervosas especiais, denominadas céls osmorreceptoras, que se localizam no hipotálamo anterior, próximo aos núcleos supra-ópticos.
A redução de tamanho das céls osmorreceptoras resulta em seu disparo, enviando sinais nervosos para outras céls nervosas dos núcleos supra-ópticos, que, a seguir, retransmitem esses sinais pelo pedículo hipofisário até a hipófise posterior.
Esses potenciais de ação conduzidos até a hipófise posterior estimulam a liberação de ADH que está armazenado em grânulos secretores nas terminações nervosas. 
O ADH penetra na corrente sangüínea e é transportado até os rins, onde aumenta a permeabilidade à água dos túbulos distais finais, dos túbulos coletores cortiças e dos ductos coletores medulares internos.
O aumento da permeabilidade à água nos segmentos distais do néfron causa aumento da reabsorção da água e excreção de peq volume de urina concentrada.
• O hipotálamo contém dois tipos de neurônios magnocelulares que sintetizam ADH nos núcleos supra-ótico (cerca de 5/6) e paraventricular (cerca de 1/6). Qndo esses núcleos são estimulados por aumento de osmolaridade, impulsos nervosos descem até as terminações nervosas e alteram a permeabilidade de sua membrana, permitindo assim a entrada de cálcio, q irá promover a liberação dos grânulos secretores q armazenam ADH.
• Uma segunda área neuronal importante no controle da osmolaridade e na secreção de ADH situa-se ao longo da região antero-ventral do terceiro ventrículo, denominado região AV3V. Na parte superior dessa região, encontramos o órgão subfornical, e na parte inferior, o organum vasculosum da lâmina terminal. Entre esses dois órgãos fica o núcleo pré-óptico mediano, com múltiplas conexões nervosas com esses dois órgãos, bem como núcleos supra-ópticos e os centros de controle da PA do bulbo.A estimulação elétrica da região AV3V, ou a estimulação por angiotensina II, pode alterar a secreção de ADH, a sede e o apetite pelo sódio.
• Na vizinhança da região AV3V, tb encontramos osmorreceptores.
Estimulação reflexa cardiovascular da liberação de ADH pela redução de pressão arterial e/ou do volume sangüíneo
A liberação do ADH tb é controlada pelos reflexos barorreceptores e reflexos cardiopulmonares. Por conseguinte, além do aumento da osmolaridade, dois outros estímulos aumentam a secreção de ADH: a PA diminuída e a redução do vol sangüíneo.
• Outros estímulos para liberação de ADH: náusea, nicotina, morfina...
• O álcool inibe a liberação de ADH
Centros de sede do SNC: região AV3V + peq área localizada antero-lateralmente no núcleo pré-óptico. Funcionam como osmorreceptores para ativar o mecanismo da sede.
-Estímulo da sede:
• aumento da osmolaridade do líq extracelular, que provoca desidratação intracelular nos centros da sede.
• As reduções do vol de líq extracelular e da PA.
• Liberação de angiotensina II, q tb atua sobre os órgãos subfornical e o organum vasculosum da lâmina terminal.
• Ressecamento da boca e das membranas mucosas do estômago.
• Estímulos gastrointestinais e faríngeos influenciam a sede. 
• Limiar para a ingestão de água: qndo a concentração de sódio aumenta apenas 2 mEq/l acima do normal, o mecanismo de sede é ativado, causando desejo de beber água.
• Em virtude da importância da angiotensina II e da aldosterona na regulação da excreção de sódio pelos rins, poderíamos deduzir, erradamente, que ambas desempenham papel importante na regulação da concentração de sódio no líquido extracelular. Apesar de esses hormônios aumentarem a qtde de sódio no líq extracelular, eles tb elevam a qtde de líq extracelular, aumentando a reabsorção de água, juntamente com o sódio. Por conseguinte, a angiotensina II e a aldosterona exerce pouco efeito sobre a concentração de sódio, exceto em condições extremas!!!
Enqto o mecanismo do ADH-sede for funcional, qquer tendência a aumento de concentração plasmática de sódio é compensada pela ingestão aumentada de água, ou por aumento da secreção de ADH plasmático, q tende a diluir o líq extracelular de volta ao seu valor normal.
• Há tb o mecanismo de apetite pelo sal para o controle da concentração de sódio e do vol do líq extracelular.
Capítulo 30: REGULAÇÃO DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO
O pH normal do sangue arterial é de 7,4 enqto o pH do sangue venoso e dos líq intersticiais é de cerca de 7,34 em virtude das qtdes adicionais de dióxido de carbono liberadas nesses tecidos. Limites de pH fora dos quais a pessoa não consegue viver mais do que algumas horas: 6,8 a 8,0.
O pH intracelular varia de 6,0 a 7,4 devido ao metabolismo das células. 
O pH da urina pode variar entre 4,5 a 8,0, dependendo do estado ác-básico do líq extracelular.
Defesa contra mudanças na concentração dos íons hidrogênio: tampões, pulmões e rins.
Existem 3 sistemas primários que regulam a concentração de íons hidrogênio nos líq corporais para evitar o desenvolvimento de acidose ou alcalose.
Sistemas químicos de tampões ácido-básicos dos líq corporais, q imediatamente se combinam com o ácido ou com a base, impedindo a ocorrência de alterações excessivas da concentração de íons hidrogênio. (não eliminam os íons!).
O centro respiratório, que regula a remoção de CO2 e, portanto, de H2CO3, do líq extracelular.
Os rins, que podem excretar urina ácida ou alcalina, reajustando assim a concentração de íons hidrogênio do líq extracelular para a normal durante a acidose ou alcalose.
• O tampão é qquer substância capaz de ligar-se reversivelmente aos íons hidrogênio. O íon hidrogênio livre combina-se com o tampão para formar um ácido fraco, q pode permanecer como moléc não-associada ou dissociar-se de volta ao tampão e íon hidrogênio.
Sistema tampão de bicarbonato
A anidrase carbônica é particularmente abundante nas paredes dos alvéolos pulmonares e tb é encontrada nas células epiteliais dos túbulos renais.
• Equação de Henderson-Hasselbalch:
 pH = 6,1 + log bicarbonato
 0,03 X PCO2
•A concentração de bicarbonato é regulada pelos rins e a pressão de gás carbônico é controlada pelos pulmões.
•A capacidade de tamponamento é determinada pela quantidade e pelas concentrações relativas de cada componente do tampão
•O sistema tampão de bicarbonato é o mais importante tampão extracelular.
Sistema tampão de fosfato
Apesar de o sistema tampão de fosfato não ser importante como tampão do líq extracelular, ele desempenha papel importante no tamponamento do líq tubular renal e dos líq intracelulares.
	HCl + Na2HPO4 → NaH2PO4 + NaCl
	NaOH + NaH2PO4 → Na2HPO4 + H2O
O sistema tampão de bicarbonato tb é importante para o tamponamento dos líq intracelulares, visto q a concentração de fosfato nesses líquidos é muito maior do q a dos líq extracelulares.
Proteínas: importantes tampões intracelulares
Nos eritrócitos, a hemoglobina constitui tampão importante:
	íon hidrogênio + Hb ↔ HHb
À exceção dos eritrócios, a lentidão do movimento dos íons hidrogênio e bicarbonato através das membranas celulares freqüentemente atrasa por várias horas a capacidade máx das proteínas intracelulares de tamponar anormalidades ácido-básicas extracelulares. 
• Princípio iso-hídrico: todos os tampões na msma solução estão em equilíbrio com a msma concentração de íons hidrogênio.
Uma característica desse princípio é que qquer condição capaz de modificar o equilíbrio de todos os demais, visto q os sistemas tampões, na realidade, tamponam-se mutuamente ao deslocarem os íons hidrogênio de um lado para o outro e de um para outro sistema tampão.
Regulação Respiratória do Equilíbrio Ácido-Básico. (todos os mecanismos agem por alteração da PCO2 dos líq corporais)
- A expiração metabólica de CO2 equilibra a formação metabólica de CO2.
- O aumento da ventilação alveolar diminui a concentração de íons hidrogênio do líq extracelular e eleva o pH.
- O aumento da concentração de íons hidrogênio estimula a ventilação alveolar.
• Controle por feedback da concentração de íons hidrogênio pelo sistema respiratório:
	↑ [H+] → ↑ ventilação pulmonar → ↓ PCO2 → ↓ [H+]
• Eficiência do controle respiratório da concentração de íons hidrogênio: o controle respiratório é incapaz de normalizar por completo a concentração de íons hidrogênios qndo o pH foi alterado por algum distúrbio fora do sistema respiratório. 
• Capacidade de tamponamento do sistema respiratório: a regulação respiratória do equilíbrio ácido-básico é um tipo fisiológico de sistema tampão, visto q atua rapidamente evitando alterações acentuadas da [H+], até q a resposta mais lenta do rim possa eliminar o desequilíbrio. 
• O comprometimento da função pulmonar pode causar acidose respiratória.
Controle Renal do Equilíbrio Ácido-Básico
• A secreção de íons hidrogênio e reabsorção do bicarbonato ocorrem em praticamente todas as partes do túbulo, exceto nos ramos delgados descendente e ascendente da Alça de Henle. Para cada bicarbonato reabsorvido é necessário q um íon hidrogênio seja secretado.
• Cerca de 80 a 90% da reabsorção do bicarbonato acontecem no túbulo proximal. No ramo espesso da Alça de Henle são reabsorvidos os outros 10%.
• Os íons hidrogênio são secretados por transporte ativo secundário nos segmentos tubulares iniciais: contra-transporte de sódio-hidrogênio. Usa energia proveniente do gradiente de concentração estabelecido pela bomba de sódio e potássio. Mais de 90% da reabsorção do bicarbonato exigem essa secreção de hidrogênio para ocorrer.
• Os íons bicarbonato são reabsorvidos através de sua interação com íons hidrogênio nos túbulos: Os íons bicarbonato não se difundem facilmente através das membranas luminais das céls tubulares renais; os íons bicarbonato não podem ser reabsorvidos diretamente. Os íons bicarbonato, então se combinam com o hidrogênio para formaro H2CO3, que acaba se transformando em CO2 e H2O. O CO2, então, entra na cél, se recombina com a água e volta a formar H2CO3, que se dissocia formando íon hidrogênio e bicarbonato. O íon bicarbonato então é reabsorvido para o sangue.
• Secreção ativa primária dos íons hidrogênio nas céls intercaladas dos túbulos distais e túbulos coletores: 
Combinação dos íons hidrogênio em excesso com tampões de fosfato e de amônia no túbulo – Mecanismo para a geração de novos íons bicarbonato.
• O sistema tampão de fosfato transporta o excesso de íons de hidrogênio na urina e gera novo bicarbonato:
 _ _
Sistema composto de HPO4 e H2PO4: esses compostos são concentrados no líq tubular devido a sua reabsorção relativamente fraca e devido à reabsorção de água do líq tubular.
Excreção do excesso de íons hidrogênio e geração de novo bicarbonato pelo sistema tampão amônia
•O íon amônio é sintetizado a partir da gluatamina, que é transportada ativamente para as céls epiteliais dos túbulos proximais, ramo espesso ascendente da alça de Henle e túbulos distais. Dentro da cél, cada moléc de glutamina é metabolizada, formando dois íon amônio e dois bicarbonatos. O íon amônio é secretado para o lúmen tubular por mecanismo de contra-transporte em troca do sódio. Os 2 bicarbonatos são reabsorvidos.
•Nos túbulos coletores, a adição de íons amônio aos líq tubulares ocorre por mecanismo diferente: o íon hidrogênio é secretado ativamente e no lúmen tubular se combina com a amônia, formando o íon amônio q será excretado. Para cada íon hidrogênio secretado, um bicarbonato é reabsorvido.
•Os ductos coletores são permeáveis à amônia, mas são muito menos permeáveis ao íon amônio. 
• A acidose crônica aumenta a excreção de íon amônio.
Quantificação da excreção ácido-básica renal
• Excreção efetiva dos ácidos pelos rins = excreção de íon amônio + ácido titulável 
urinário – excreção de bicarbonato 
Regulação da secreção tubular renal dos íons hidrogênio
• Os estímulos mais importantes para aumentar a secreção de íons hidrogênio pelos túbulos na acidose são: aumento da pressão de gás carbônico do líq extracelular e aumento da concentração de íons hidrogênio no líq extracelular.
• A aldosterona estimula a secreção de íons hidrogênio pelas células intercaladas do ducto coletor.
Correção renal da acidose – aumento da excreção de íons hidrogênio e adição de íons bicarbonato ao líq extracelular.
• A acidose diminui a proporção bicarbonato/hidrogênio no líq tubular.
Correção renal da alcalose –aumento da secreção tubular de íons hidrogênio e aumento da excreção de íons bicarbonato.
• A alcalose aumenta a proporção bicarbonato/hidrogênio no líq tubular.
Causas clínicas dos distúrbios do equilíbrio ácido-básico
• A acidose respiratória é causada por redução da ventilação e aumento da PCO2.
• A alcalose respiratória é causada por aumento da ventilação e redução da PCO2.
• A acidose metabólica resulta da diminuição da concentração no líq extracelular.
- Acidose tubular renal: incapacidade de secretar íon hidrogênio, reabsorver bicarbonato, ou ambos.
- Diarréia: perda de mt bicarbonato pelas fezes.
- Vômito do conteúdo intestinal: perda de bicarbonato, em vez da perda de ácido como ocorre em vômito do conteúdo gástrico.
- Diabetes Melito: falta de insulina provoca acúmulo de cetoácidos pela degradação da gordura.
- Ingestão de ácidos
- Insuficiência renal crônica
• A alcalose metabólica é causada pelo aumento da concentração de bicarbonato do líq extracelular.
- Provocada pela administração de diuréticos (exceto os inibidores da anidrase carbônica): o aumento do fluxo de líq nos túbulos distais e coletores resulta em um aumento na reabsorção do sódio, q nessas regiões é acoplada à secreção de hidrogênio.
- O excesso de aldosterona provoca alcalose metabólica: tb reabsorção de sódio acoplada à secreção do hidrogênio.
- Vômito do conteúdo gástrico.
- Ingestão de substâncias alcalinas.

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