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1 APOSTILA ANATO Introdução, Sis. Esquelético e Sis. Articular

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1 INTRODUÇÃO À ANATOMIA 
 
1.1 PLANOS ANATÔMICOS 
a) Planos Seccionais 
1) Plano Mediano: Plano vertical que 
passa longitudinalmente através do 
corpo, dividindo-o em metades 
EXATAS/IGUAIS direita e esquerda. É 
um plano Sagital. 
 
 2) Planos Sagitais: São planos 
verticais que passam através do corpo, 
paralelos ao plano mediano. 
 
3) Planos Frontais (Coronais): São 
plano verticais que passam através do 
corpo em ângulos retos com o plano 
mediano, dividindo-o em partes anterior 
(frente) e posterior (de trás). 
 
 4) Planos Transversos (Horizontais): 
São planos que passam através do 
corpo em ângulos retos com os planos 
coronais e mediano. Divide o corpo em 
partes superior e inferior. 
 
 
 b) Planos Tangenciais 
Ex: Ser humano dentro de uma caixa de 
vidro. 
1) Plano Superior: Seria a parede que 
está por cima da cabeça. 
2) Plano Inferior: É o que se situa por 
baixo dos pés. 
3) Plano Anterior: É o plano que passa 
pela frente do corpo. 
4) Plano Posterior: É o que formaria o 
fundo do caixão, ou seja, atrás das 
costas. 
5) Planos Laterais: São as duas 
paredes laterais, que limitam os 
membros (superiores e inferiores), do 
lado direito e esquerdo. 
 
1.2 POSIÇÃO ANATÔMICA 
O corpo está numa postura ereta (em 
pé, posição ortostática ou bípede) com 
os membros superiores estendidos ao 
lado do tronco e as palmas das mãos 
voltadas para a frente. A cabeça e pés 
também estão apontados para frente e 
o olhar para o horizonte. 
 
 
Posição SUPINA e PRONA são 
expressões utilizadas na descrição da 
posição do corpo, quando este não se 
encontra na posição anatômica. 
1) POSIÇÃO SUPINA ou DECÚBITO 
DORSAL – o corpo está deitado com a 
face voltada para cima. 
 
2) POSIÇÃO PRONA ou DECÚBITO 
VENTRAL – o corpo está deitado com 
a face voltada para baixo. 
 
3) DECÚBITO LATERAL – o corpo está 
deitado de lado. 
 
4) POSIÇÃO DE LITOTOMIA – o corpo 
está deitado com a face voltada para 
cima, com flexão de 90° de quadril e 
joelho, expondo o períneo. 
 
 
5) POSIÇÃO DE TRENDELEMBURG – 
O corpo está deitado com a face 
voltada para cima, com a cabeça sobre 
a maca inclinada para baixo cerca de 
40°. 
 
 
1.3 TERMOS ANATÔMICOS 
a) Termos de Relação 
1) Anterior / Ventral / Frontal: na direção 
da frente do corpo. 
2) Posterior / Dorsal: na direção das 
costas (traseiro). 
3) Superior / Cranial: na direção da 
parte superior do corpo. 
4) Inferior / Caudal: na direção da parte 
inferior do corpo. 
5) Medial: mais próximo do plano 
sagital mediano (linha sagital mediana. 
6) Lateral: mais afastado do plano 
sagital mediano (linha sagital mediana). 
7) Mediano: Exatamente sobre o eixo 
sagital mediano. (Ex: esôfago) 
8) Intermédio: entre medial e lateral. 
(Ex: Vasto Intermédio entre Vasto 
Medial e Vasto Lateral.) 
9) Médio: estrutura ou órgão interposto 
entre um superior e um inferior ou entre 
anterior e posterior. (Lobo médio entre 
os Lobos Superior e Inferior do pulmão 
direito). 
b) Termos de Comparação 
1) Proximal: próximo da raiz do 
membro. Na direção do tronco. 
‘Cabeça’ 
1) Distal: afastado da raiz do 
membro. Longe do tronco ou do ponto 
de inserção. ‘Base’ 
2) Superficial: significa mais perto 
da superfície do corpo. (Ex: Pele) 
3) Profundo: significa mais 
afastado da superfície do corpo. 
(Artérias, ossos) 
4) Homolateral / Ipsilateral: do 
mesmo lado do corpo ou de outra 
estrutura. 
5) Contralateral: do lado oposto do 
corpo ou de outra estrutura. 
c) Termos de Movimento 
1) Flexão: curvatura ou diminuição 
do ângulo entre os ossos ou partes do 
corpo. 
 
2) Extensão: endireitar ou 
aumentar o ângulo entre os ossos ou 
partes do corpo. 
3) Adução: movimento na direção 
do plano mediano em um plano 
coronal. 
4) Abdução: afastar-se do plano 
mediano no plano coronal. 
5) Rotação Medial: traz a face 
anterior de um membro para mais perto 
do plano mediano. 
6) Rotação Lateral: leva a face 
anterior para longe do plano mediano. 
7) Retrusão: movimento de 
retração (para trás) como ocorre na 
retrusão da mandíbula e no ombro. 
8) Protrusão: movimento dianteiro 
(para frente) como ocorre na protrusão 
da mandíbula e no ombro. 
9) Oclusão: movimento em que 
ocorre o contato da arcada dentário 
superior com a arcada dentária inferior. 
10) Abertura: movimento em que 
ocorre o afastamento dos dentes no 
sentido súpero-inferior. 
11) Elevação: elevar ou mover uma 
parte para cima, como elevar os 
ombros. 
12) Abaixamento: abaixar ou mover 
uma parte para baixo, como baixar os 
ombros. 
13) Pronação: movimento que gira a 
estrutura medialmente em torno de seu 
eixo longitudinal de modo que a palma 
da mão olha posteriormente. 
14) Supinação: movimento do 
antebraço e mão que gira o rádio 
lateralmente em torno de seu eixo 
longitudinal de modo que a palma da 
mão olha anteriormente. 
15) Inversão: movimento da sola do 
pé em direção ao plano mediano. 
Quando o pé está totalmente invertido, 
ele também está plantifletido. (Pé 
virado) 
16) Eversão: movimento da sola do 
pé para longe do plano mediano. 
Quando o pé está totalmente evertido, 
ele também está dorsifletido. (Pé 
normal) 
17) Dorsi-flexão (flexão dorsal): 
movimento de flexão na articulação do 
tornozelo, como acontece quando se 
caminha morro acima ou se levantam 
os dedos do solo. (Levanta o pé). 
18) Planti-flexão (flexão plantar): 
dobra o pé ou dedos em direção à face 
plantar, quando se fica em pé na ponta 
dos dedos. (Abaixo o pé). 
 
2 SISTEMA ESQUELÉTICO 
 
2.1 INTRODUÇÃO AO SISTEMA ESQUELÉTICO 
a) Funções do Sistema Esquelético 
– Sustentação do organismo (apoio para o corpo) 
– Proteção de estruturas vitais (coração, pulmões, cérebro) 
– Base mecânica para o movimento 
– Armazenamento de sais (cálcio, por exemplo) 
– Hematopoiética (suprimento contínuo de células sanguíneas novas) 
b) Número de Ossos do Corpo Humano 
É clássico admitir o número de 206 ossos. 
Membro Inferior = 31 
Cintura Pélvica = 1 
Coxa = 1 
Joelho = 1 
Perna = 2 
Pé = 26 
Cabeça = 22 
Crânio = 08 
Face = 14 
 Pescoço = 8 
7 vértebras 
1 hioide 
Tórax = 37 
24 costelas 
12 vértebras 
1 esterno 
Ossículos do Ouvido 
Médio = 3 
Abdome = 7 
5 vértebras lombares 
1 sacro 
1 cóccix 
Membro Superior = 32 
Cintura Escapular = 2 
Braço = 1 
Antebraço = 2 
Mão = 27 
c) Divisão do Esqueleto 
Esqueleto Axial – Composta pelos ossos da cabeça, pescoço e do tronco. 
Esqueleto Apendicular – Composta pelos membros superiores e inferiores. 
A união do esqueleto axial com o apendicular se faz por meio das cinturas escapular 
e pélvica. 
 
 
d) Classificação dos Ossos do Corpo Humano 
Ossos Longos: Tem o comprimento 
maior que a largura e são constituídos 
por um corpo e duas extremidades. 
Eles são um pouco encurvados, o que 
lhes garante maior resistência. 
Exemplo: Fêmur. 
 
Ossos Curtos: São parecidos com um 
cubo, tendo seus comprimentos 
praticamente iguais às suas larguras. 
Exemplo: Ossos do Carpo. 
 
Ossos Laminares (Planos): São 
ossos finos. Os ossos planos garantem 
 
considerável proteção e geram grandes 
áreas para inserção de 
músculos. Exemplos: Frontal e 
Parietal. 
 
Além desses três grupos básicos bem 
definidos, há outros intermediários, que 
podem ser distribuídos em 5 grupos: 
Ossos Alongados: São ossos longos, 
porém achatados e não apresentam 
canal central. Exemplo:Costelas. 
 
 
Ossos Pneumáticos: São osso ocos, 
com cavidades cheias de ar e 
revestidas por mucosa (seios), 
apresentando pequeno peso em 
relação ao seu volume. Exemplo: 
Esfenoide. 
 
Ossos Irregulares: Apresentam 
formas complexas e não podem ser 
agrupados em nenhuma das categorias 
prévias. Exemplo: Vértebras. 
 
Ossos Sesamoides: Estão presentes 
no interior de alguns tendões em que há 
considerável fricção, tensão e estresse 
físico, como as palmas e plantas. 
 
Ossos Suturais: São pequenos ossos 
localizados dentro de articulações, 
chamadas de suturas, entre alguns 
ossos do crânio. Seu número varia 
muito de pessoa para pessoa. 
 
e) Estruturas dos Ossos Longos 
Diáfise: é a haste longa do osso. Ele é constituído principalmente de tecido 
ósseo compacto, proporcionando, considerável resistência ao osso longo. 
Epífise: as extremidades alargadas de um osso longo. A epífise de um osso o 
articula, ou une, a um segundo osso, em uma articulação. Cada epífise consiste de 
uma fina camada de osso compacto que reveste o osso esponjoso e recobertas por 
cartilagem. 
 
Metáfise: parte dilatada da diáfise mais próxima da epífise. 
 
f) Periósteo e Endósteo 
O Periósteo é uma membrana de tecido conjuntivo denso, muito fibroso, que 
reveste a superfície externa da diáfise, fixando-se firmemente a toda a superfície 
externa do osso, exceto à cartilagem articular. Protege o osso e serve como ponto de 
fixação para os músculos e contém os vasos sanguíneos que nutrem o osso 
subjacente. 
 O Endósteo se encontra no interior da cavidade medular do osso, revestido por 
tecido conjuntivo. 
 
Tecido Ósseo Compacto Tecido Ósseo Esponjoso 
Contém poucos espaços em seus 
componentes rígidos. Dá proteção e 
suporte e resiste às forças 
produzidas pelo peso e movimento. 
Encontrados geralmente nas diáfises. 
Constitui a maior parte do tecido 
ósseo dos ossos curtos, chatos e 
irregulares. A maior parte é encontrada 
nas epífises. 
 
2.2 CABEÇA 
A cabeça consiste em crânio, face, escalpo, dentes, encéfalo, nervos cranianos, 
meninges, órgãos dos sentidos especiais e outras estruturas, como vasos 
sanguíneos, linfáticos e gordura. Também é o local onde o alimento é ingerido e o ar 
é inspirado e expirado 
Os ossos da cabeça são divididos em: duas partes: o Neurocrânio e o Esqueleto 
da Face (Viscerocrânio). O neurocrânio fornece o invólucro para o cérebro e as 
meninges encefálicas, partes proximais dos nervos cranianos e vasos sanguíneos. 
O crânio possui um teto semelhante a uma abóbada – a Calvaria – e um assoalho 
ou Base do Crânio que é composta do esfenoide e partes do occipital e do temporal. 
O Esqueleto da Face consiste em ossos que circundam a boca e o nariz e 
contribuem para as órbitas. 
a) Neurocrânio 
O Neurocrânio fornece o invólucro para o cérebro e as meninges encefálicas, 
partes proximais dos nervos cranianos e vasos sanguíneos. 
Os ossos do Neurocrânio são em número de 8 ossos, sendo 2 pares e 4 impares. 
Frontal (01) 
Occipital (01) 
Esfenoide (01) 
Etmoide (01) 
Temporal (02) 
Parietal (02)
Frontal: O osso frontal é um osso largo ou chato, situado para frente e para cima e 
apresenta duas porções: uma vertical, a escama, e uma horizontal, os tectos das 
cavidades orbitais e nasais. 
 
 
 
Occipital: É perfurado por uma abertura grande e oval, o forame magno, através do 
qual a cavidade craniana comunica-se com o canal vertebral. Apresenta duas 
porções: escamosa (lâmina curvada que se estende posteriormente ao forame 
occipital) e basilar (anterior ao forame occipital e espessa). 
 
 
 
Esfenóide: É um osso irregular, ímpar e situa-se na base do crânio anteriormente aos 
temporais e à porção basilar do osso occipital.
Corpo (1) 
 Asas Menores (2) 
 Asas Maiores (2) 
Processos Pterigoideos (2).
 
 
Etmoide: É um osso leve, esponjoso, irregular, ímpar e situa-se na parte anterior do 
crânio. 
1 Lâmina Horizontal 
(crivosa) 
1 Lâmina Perpendicular 2 Massas Laterais 
(labirintos) 
 
 
 
Temporal: É um osso par, muito complexo, é importante porque no seu interior 
encontra-se o aparelho auditivo. 
Escamosa Timpânica Petrosa 
 
Parietal: O parietal forma o tecto do crânio. Osso par, chato. 
2 Faces 4 Bordas 4 Ângulos 
 
 
 
b) Esqueleto da Face 
O esqueleto da face consiste em ossos que circundam a boca e o nariz e 
contribuem para as órbitas. No total são 14 ossos sendo que temos 6 pares e 2 
impares. 
Mandíbula (01) 
Vômer (01) 
Zigomático (02) 
Maxila (02) 
Palatino (02) 
Nasal (02) 
Lacrimal (02) 
Concha Nasal Inferior (02) 
 
Mandíbula: É um osso ímpar que contém a arcada dentária inferior. Consiste de uma 
porção horizontal, o corpo, e duas porções perpendiculares, os ramos, que se unem 
ao corpo em um ângulo quase reto. 
 
 
 
 
 
Vômer: É um osso ímpar. Forma as porções posteriores e inferiores do septo nasal. 
O Vômer articula-se com 6 ossos: Esfenoide, Etmoide, Maxilares (2) e Palatinos (2). 
 
 
Zigomático: Forma parte da parede lateral e soalho da órbita. É um osso par e 
irregular. Apresenta as seguintes estruturas: faces malar, orbital, temporal; processos 
frontal, temporal e maxilar e quatro bordas. 
 
 
Maxila: É um osso plano e irregular. Forma quatro cavidades: o tecto da cavidade 
bucal, o soalho e a parede lateral do nariz, o soalho da órbita e o seio maxilar. Cada 
osso apresenta um corpo e quatro processos. 
 
 
 
Palatino: Forma a parte posterior do palato duro, parte do soalho e parede lateral da 
cavidade nasal e o soalho da órbita. É formado por uma parte vertical e uma horizontal 
e apresenta 3 processos: piramidal, orbital e esfenoidal. 
 
Nasal: Forma, com o nasal do lado oposto, o dorso do nariz. O Nasal articula-se com 
4 ossos: Frontal, Etmoide, Maxila e Nasal do lado oposto. 
 
 
Lacrimal: Localiza-se na parte medial da órbita. É o menor e mais frágil osso da face. 
O Lacrimal articula-se com 4 ossos: Frontal, Etmoide, Maxila e Concha Nasal 
Inferior. 
 
Concha Nasal Inferior: Localiza-se ao longo da parede lateral da cavidade nasal. 
 
2.3 Tórax 
É uma caixa osteocartilagínea que contém os principais órgãos da respiração 
e circulação e cobre parte dos órgãos abdominais. 
A face dorsal é formado pelas doze vértebras torácicas, e a parte dorsal das 
doze costelas. A face ventral é constituída pelo esterno e cartilagens costais. As faces 
laterais são compostas pelas costelas e separadas umas das outras pelos onze 
espaços intercostais, ocupados pelos músculos e membranas intercostais. 
 
Esterno: É um osso chato, plano e ímpar. É um importante osso hematopoético. 
Manúbrio Corpo Processo Xifoide 
 
 
Costelas: As costelas são em número de 12 pares. São ossos alongados, em forma 
de semi-arcos, ligando as vértebras torácicas ao esterno. 
7 Pares Verdadeiras: 
articulam se 
diretamente ao esterno 
3 Pares Falsas 
Propriamente Ditas: 
articulam-se 
indiretamente 
(cartilagens) 
2 Pares Falsas 
Flutuantes: são livres 
 
 
2.4 Coluna Vertebral 
A coluna vertebral, também chamada de espinha dorsal, estende-se do crânio 
até a pelve. Ela é responsável por dois quintos do peso corporal total e é composta 
por tecido conjuntivo e por uma série de ossos, chamados vértebras, as quais estão 
sobrepostas em forma de uma coluna, daí o termo coluna vertebral. A coluna vertebral 
é constituída por 24 vértebras + sacro + cóccix e constitui, junto com a cabeça, esterno 
e costelas, o esqueleto axial. 
 
Superiormente, se articula como osso occipital (crânio); inferiormente, articula-se 
com o osso do quadril (Ilíaco). A coluna vertebral é dividida em quatro 
regiões: Cervical, Torácica, Lombar e Sacro-Coccígea. São 7 vértebras cervicais, 12 
torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e cerca de 4 coccígeas. 
 
 
 
a) Curvaturas da Coluna Vertebral 
Cervical (convexa ventralmente – 
LORDOSE), 
Torácica (côncava ventralmente – 
CIFOSE), 
Lombar (convexa ventralmente – 
LORDOSE) 
Pélvica (côncava ventralmente – 
CIFOSE). 
Quando uma destas curvaturas está aumentada, chamamos 
de HIPERCIFOSE (Região dorsal e pélvica) ou HIPERLORDOSE (Região cervical e 
lombar). 
Numa vista anterior ou posterior, a coluna vertebral não apresenta nenhuma 
curvatura. Quando ocorre alguma curvatura neste plano chamamos de ESCOLIOSE. 
 
 
b) Funções da Coluna Vertebral 
• Protege a medula espinhal e os nervos espinhais; 
• Suporta o peso do corpo; 
• Fornece um eixo parcialmente rígido e flexível para o corpo e um pivô para a 
cabeça; 
• Exerce um papel importante na postura e locomoção; 
• Serve de ponto de fixação para as costelas, a cintura pélvica e os músculos do 
dorso; 
• Proporciona flexibilidade para o corpo, podendo fletir-se para frente, para trás e 
para os lados e ainda girar sobre seu eixo maior. 
 
c) Disco Intervertebral 
Entre os corpos de duas vértebras adjacentes desde a segunda vértebra cervical 
até o sacro, existem discos intervertebrais. Constituído por um disco fibroso periférico 
composto por tecido fibrocartilaginoso, chamado ANEL FIBROSO; e uma substância 
interna, elástica e macia, chamada NÚCLEO PULPOSO. Os discos formam fortes 
articulações, permitem vários movimentos da coluna vertebral e absorvem os 
impactos. 
 
d) Características Gerais 
1. Corpo: É a maior parte da vértebra. É único e mediano e está voltado para frente é 
representado por um segmento cilindro, apresentando uma face superior e outra 
inferior. 
Função: Sustentação. 
2. Processo Espinhoso: É a parte do arco ósseo que se situa medialmente e 
posteriormente. 
Função: Movimentação. 
3. Processo Transverso: São 2 prolongamentos laterais, direito e esquerdo, que se 
projetam transversalmente de cada lado do ponto de união do pedículo com a lâmina. 
Função: Movimentação. 
4. Processos Articulares: São em número de quatro, dois superiores e dois 
inferiores. São saliências que se destinam à articulação das vértebras entre si. 
Função: Obstrução. 
5. Lâminas: São duas lâminas, uma direita e outra esquerda, que ligam o processo 
espinhoso ao processo transverso. 
Função: Proteção. 
 
6. Pedículos: São partes mais estreitadas, que ligam o processo transverso ao corpo 
vertebral. 
Função: Proteção. 
7. Forame Vertebral: Situado posteriormente ao corpo e limitado lateral e 
posteriormente pelo arco ósseo. 
Função: Proteção 
 
e) Características Regionais 
Vértebras Cervicais: Possuem um corpo pequeno exceto a primeira vértebra. Em 
geral apresentam processo espinhal bífido e horizontalizado e seus processos 
transversos possuem forames transversos (passagem de artérias e veias vertebrais. 
 
 Vértebras Torácicas: O processo espinhoso não é bifurcado e se apresenta 
descendente e pontiagudo. As vértebras torácicas se articulam com as costelas, 
sendo que as superfícies articulares dessas vértebras são chamadas fóveas e hemi-
 
fóveas. As fóveas podem estar localizadas no corpo vertebral, pedículo ou nos 
processos transversos. 
 
Vértebras Lombares: Os corpos vertebrais são maiores. O processo espinhal 
não é bifurcado, além de estar disposto em posição horizontal. Apresenta o forame 
vertebral em forma triangular e processos mamilares. Apresenta um processo 
transverso bem desenvolvido chamado apêndice costiforme. Pode ser diferenciado 
também por não apresentar forame no processo transverso e nem a fóvea costal. 
 
f) Sacro 
O sacro tem a forma de uma pirâmide quadrangular com a base voltada para 
cima e o ápice para baixo. Articula-se superiormente com a 5ª Vértebra Lombar e 
inferiormente com o Cóccix. O sacro é a fusão de cinco vértebras e apresenta 4 faces: 
duas laterais, uma anterior e uma posterior. 
 
 
 
g) Cóccix 
Fusão de 3 a 5 vértebras, apresenta a base voltada para cima e o ápice para baixo. 
Cornos Coccígeos 
Processos Transversos Rudimentares 
Processos Articulares Rudimentares 
Corpos 
 
 
2.5 MEMBRO SUPERIOR 
Os ossos dos membros superiores 
podem ser divididos em quatro 
segmentos: 
• Cintura Escapular 
– Clavícula e Escápula 
• Braço – Úmero 
• Antebraço – Rádio e Ulna 
• Mão – Ossos da Mão 
a) Clavícula 
A clavícula forma a porção ventral da cintura escapular. É um osso longo curvado 
como um “S” itálico, situado quase que horizontalmente logo acima da primeira 
costela. Articula-se medialmente com o manúbrio do esterno e lateralmente com o 
acrômio da escápula. Tem duas extremidades, duas faces e duas bordas. 
 
 
 
 
b) Escápula 
É um osso par, chato bem fino podendo ser translúcido em certos pontos. Forma 
a parte dorsal da cintura escapular. Tem a forma triangular apresentando duas faces, 
três bordas e três ângulos. 
 
 
c) Úmero 
É o maior e mais longo osso do membro superior. Articula-se com a escápula na 
articulação do ombro e com o rádio e a ulna na articulação do cotovelo. Apresenta 
duas epífises e uma diáfise. 
 
 
 
 
d) Rádio 
É o osso lateral do antebraço. É o mais curto dos dois ossos do antebraço. 
Articula-se proximalmente com o úmero e a ulna e distalmente com os ossos do carpo 
e a ulna. Apresenta duas epífises e uma diáfise. 
 
 
 
e) Ulna 
É o osso medial do antebraço. Articula-se proximalmente com o úmero e o rádio 
e distalmente apenas com o rádio. É um osso longo que apresenta duas epífises e 
uma diáfise. 
 
f) Ossos da Mão 
A mão se divide em: carpo, metacarpo e falanges. A região denominada carpo é 
composta por oito ossos dispostos em duas fileiras.1a fileira ou fileira proximal (de 
lateral para medial) – Escafóide; Semilunar; Piramidal; Pisiforme; é o menor dos ossos 
do carpo. A fileira proximal articula – se com o rádio (exceto pisiforme).2ª fileira ou 
fileira distal (de lateral para medial) – Trapézio; Trapezóide; formato de um trapézio, 
Capitato; é o maior dos ossos do carpo. Hamato. Além da articulação entre si, a 
segunda fileira articula – se proximalmente com os ossos da primeira fileira e 
distalmente com os ossos do metacarpo. 
Metacarpos: Numerados de I a V de lateral para medial, articulam – se com os 
carpos, proximalmente e com as falanges distalmente, os quatro metacarpos mediais 
ainda se articulam entre si por meio de suas bases. 
Falanges: Cada dedo possui três falanges, com exceção do polegar, que possui 
apenas duas. As falanges são ditas proximais, médias e distais. 
 
 
2.6 MEMBRO INFERIOR 
O membro inferior tem função de sustentação do peso corporal, locomoção, tem 
a capacidade de mover-se de um lugar para outro e manter o equilíbrio. Os membros 
inferiores são conectados ao tronco pelo cíngulo do membro inferior (ossos do quadril 
e sacro). 
A base do esqueleto do membro inferior é formado pelos dois ossos do quadril, 
que são unidos pela sínfise púbica e pelo sacro. O cíngulo do membro inferior e o 
sacro juntos formam a PELVE ÓSSEA. 
Os ossos dos membros inferiores podem 
ser divididos em quatro segmentos: 
• Cintura Pélvica – Ilíaco (Osso do 
Quadril) 
• Coxa – Fêmur e Patela 
• Perna – Tíbia e Fíbula 
• Pé – Ossos do Pé 
 
a) Ilíaco (Ossos do Quadril) 
O Ilíaco é um osso plano, chato, irregular, par e constituído pelafusão de três ossos: 
Ílio – 2/3 superiores 
 
Ísquio – 1/3 inferior e posterior (mais 
resistente) 
Púbis – 1/3 inferior e anterior 
O osso apresenta duas faces, quatro bordas e quatro ângulos. 
 
 
 
b) Fêmur 
O fêmur é o mais longo e pesado osso do corpo. O fêmur consiste em uma diáfise 
e duas epífises. Articula-se proximalmente com o osso do quadril e distalmente com 
a patela e a tíbia. 
 
 
c) Patela 
A patela é um osso pequeno e triangular, localizado anteriormente à articulação 
do joelho. É um osso sesamoide. 
É dividida em: Base (larga e superior) e Ápice (pontiaguda e inferior). 
 
d) Tíbia 
Exceto pelo fêmur, a tíbia é o maior osso no corpo que suporta peso. Está 
localizada no lado ântero-medial da perna. Apresenta duas epífises e uma diáfise. 
Articula-se proximalmente com o fêmur e a fíbula e distalmente com o tálus e a fíbula. 
 
 
e) Fíbula 
A fina fíbula situa-se póstero-lateralmente à tíbia e serve principalmente para 
fixação de músculos. Não possui função de sustentação de peso. Articula-se com a 
tíbia (proximalmente e distalmente) e o tálus distalmente. 
 
 
f) Ossos do Pé 
O pé se divide em: tarso, metatarso e falanges. 
• TARSOS: calcâneo, tálus, cubóide, navicular, cuneiformes medial, intermédio 
e lateral. Os tarsos são maiores e menos móveis que os ossos do carpo, pois, 
fornecem a base de suporte do corpo, na posição ortostática. 
• METATARSOS: São os cinco ossos da região dorsal do pé. Numerados 
juntamente com os dedos, ou seja, começando com um na face medial e 
terminando com o cinco na face lateral. É provida de três partes, a parte distal 
redonda de cada metatarso é a cabeça do metatarso, temos o corpo do 
metatarso, a extremidade proximal expandida de cada metatarso é chamada 
de base. 
• FALANGES: São os ossos mais distais do pé, que formam os artelhos ou dedos 
do pé. São numerados de um a cinco, começando do lado medial ou do 
primeiro artelho. Preste atenção no primeiro, o hálux ele terá apenas duas 
falanges, sendo elas as falanges proximal e distal. Do segundo até o quinto 
dedo nós teremos três falanges, a proximal, a medial e a distal. Quando você 
for se referir a qualquer um dos ossos ou articulação do pé, o dedo e o pé 
devem ser identificados da seguinte forma, a falange distal do primeiro artelho 
direito. 
 
 
3 SISTEMA ARTICULAR 
Articulações ou junturas são as uniões funcionais entre os diferentes ossos do 
esqueleto. São divididas nos seguintes grupos, de acordo com sua estrutura e 
mobilidade: 
1 – Articulações Fibrosas (Sinartroses) ou imóveis; 
2 – Articulações Cartilagíneas (Anfiartroses) ou com movimentos limitados; 
3 – Articulações Sinoviais (Diartroses) ou articulações de movimentos amplos. 
 
3.1 SINARTROSES 
As articulações fibrosas incluem todas as articulações onde as superfícies dos 
ossos estão quase em contato direto, como nas articulações entre os ossos do crânio 
(exceto a ATM). Há três tipos principais de articulações fibrosas. 
a) Suturas 
Nas suturas as 
extremidades dos ossos têm 
interdigitações ou sulcos, que 
os mantêm íntima e 
firmemente unidos. 
Conseqüentemente, as fibras 
de conexão são muito curtas 
preenchendo uma pequena fenda 
entre os ossos. Este tipo de 
articulação é encontrado somente 
entre os ossos planos do crânio. Na 
maturidade, as fibras da sutura 
começam a ser substituídas 
completamente, os de ambos os 
lados da sutura tornam-se 
firmemente unidos/fundidos. Esta 
condição é chamada de sinostose. 
 
b) Sindesmoses 
Nestas suturas o tecido interposto é também o conjuntivo 
fibroso, mas não ocorre nos ossos do crânio. Na verdade, a 
Nomenclatura Anatômica só registra dois exemplos: 
sindesmose tíbio-fibular e sindesmose radio-ulnar. 
 
c) Gonfoses 
Também chamada de articulação em cavilha, é uma articulação fibrosa 
especializada à fixação dos dentes nas cavidades alveolares na mandíbula e maxilas. 
O colágeno do periodonto une o cimento dentário com o osso alveolar. 
 
3.1 ANFIARTROSES 
Nas articulações cartilaginosas, os ossos são unidos por cartilagem pelo fato de 
pequenos movimentos serem possíveis nestas articulações, elas também são 
chamadas de anfiartroses. Existem dois tipos de articulações cartilagíneas. 
 
a) Sincondroses 
Os ossos de uma articulação do tipo sincondrose estão unidos por uma 
cartilagem hialina. Muitas sincondroses são articulações temporárias, com a 
cartilagem sendo substituída por osso com o passar do tempo (isso ocorre em ossos 
longos e entre alguns ossos do crânio). As articulações entre as dez primeiras costelas 
e as cartilagens costais são sincondroses permanentes. 
Sincondroses Cranianas: 
• Esfeno-etmoidal 
• Esfeno-petrosa 
• Intra-occipital anterior 
• Intra-occipital posterior 
 
Sincondroses Pós-cranianas: 
• Epifisiodiafisárias 
• Epifisiocorporal 
• Intra-epifisária 
• Esternais 
Manúbrio-esternal 
• Xifoesternal 
• Sacrais 
 
b) Sínfises 
As superfícies articulares dos ossos unidos por sínfises estão cobertas por uma 
camada de cartilagem fibrosa. Entre os ossos da articulação, há um disco 
fibrocartilaginoso, sendo essa a característica distintiva da sínfise. Esses discos por 
serem compressíveis permitem que a sínfise absorva impactos. A articulação entre os 
ossos púbicos e a articulação entre os corpos vertebrais são exemplos de sínfises. 
Durante o desenvolvimento as duas metades da mandíbula estão unidas por uma 
 
sínfise mediana, mas essa articulação torna-se completamente ossificada na idade 
adulta. 
 
• Manúbrio-esternal 
• Intervertebrais 
• Sacrais 
• Púbica 
• Mentoniana 
 
3.1 DIARTROSES 
As articulações sinoviais incluem a maioria das articulações do corpo. As 
superfícies ósseas são recobertas por cartilagem articular e unidas por ligamentos 
revestidos por membrana sinovial. A articulação pode ser dividida completamente ou 
incompletamente por um disco ou menisco articular cuja periferia se continua com a 
cápsula fibrosa, enquanto que suas faces livres são recobertas por membrana 
sinovial. 
a) Classificação Funcional das Articulações 
• Articulação Monoaxial – Quando uma articulação realiza movimentos apenas 
em torno de um eixo (1 grau de liberdade). 
– Gínglimo ou Articulação em Dobradiça: as superfícies articulares permitem 
movimento em um só plano. As articulações são mantidas por fortes ligamentos 
colaterais. Exemplos: Articulações interfalangeanas e articulação úmero-ulnar. 
– Trocoide ou Articulação em Pivô: Quando o movimento é exclusivamente de 
rotação. A articulação é formada por um processo em forma de pivô rodando 
dentro de um anel ou um anel sobre um pivô. Exemplos: Articulação rádio-ulnar 
proximal e atlanto-axial. 
• Articulação Biaxial – Quando uma articulação realiza movimentos em torno de 
dois eixos (2 graus de liberdade). 
– Articulação Condilar: Nesse tipo de articulação, uma superfície articular ovoide 
ou condilar é recebida em uma cavidade elíptica de modo a permitir os 
 
movimentos de flexão e extensão, adução e abdução e circundução, ou seja, 
todos os movimentos articulares, menos rotação axial. Exemplo: Articulação do 
pulso. 
– Articulação Selar: Nestas articulações as faces ósseas são reciprocamente 
côncavo-convexas. Permitem os mesmos movimentos das articulações 
condilares. Exemplo: Carpometacárpicas do polegar. 
• Articulação Triaxial – Quando uma articulação realiza movimentos em torno de 
três eixos (3 graus de liberdade). 
– Articulação Esferoide ou Enartrose: É uma forma de articulação na qual o osso 
distal é capaz de movimentar-se em torno de várioseixos, que tem um centro 
comum. Exemplos: Articulações do quadril e ombro. 
• Articulação Plana - permite apenas movimentos deslizantes. Exemplos: 
Articulações dos corpos vertebrais e em algumas articulações do carpo e do tarso. 
 
b) Estruturas das Articulações Móveis 
Ligamentos: Os ligamentos são constituídos por 
fibras colágenas dispostas paralelamente ou 
intimamente entrelaçadas umas às outras. São 
maleáveis e flexíveis para permitir perfeita 
liberdade de movimento, porém são muito fortes, 
resistentes e inelásticos (para não ceder facilmente 
à ação de forças. 
Cápsula articular: É uma membrana 
conjuntiva que envolve as articulações 
sinoviais como um manguito. Apresenta-
se com duas camadas: a membrana 
fibrosa (externa) e a membrana sinovial 
(interna). Tem por finalidade manter a 
união entre os ossos, mas além disso, 
impedem o movimento em planos 
indesejáveis e limitam a amplitude dos movimentos considerados normais. 
 
• A Membrana Fibrosa (cápsula fibrosa) é mais resistente e pode estar reforçada, 
em alguns pontos por feixes também fibrosos, que constituem os ligamentos 
capsulares, destinados a aumentar sua resistência. Em muitas articulações 
sinoviais existem ligamentos independentes da cápsula articular denominados 
extra-capsulares ou acessórios e em algumas, como na articulação do joelho, 
aparecem também ligamentos intra-articulares. 
• A Membrana Sinovial é a mais interna das camadas da cápsula articular e forma 
um saco fechado denominado cavidade sinovial. É abundantemente 
vascularizada e inervada sendo encarregada da produção de líquido sinovial. 
Discute-se que a sinóvia é uma verdadeira secreção ou um ultra-filtrado do 
sangue, mas é certo que contém ácido hialurônico que lhe confere a viscosidade 
necessária à sua função lubrificadora. 
Discos e Meniscos: Em várias articulações sinoviais, 
interpostas as superfícies articulares, encontram-se 
formações fibrocartilagíneas, os discos e meniscos intra-
articulares, de função discutida: serviriam a melhor 
adaptação das superfícies que se articulam (tornando-as 
congruentes) ou seriam 
estruturas destinados a receber violentas pressões, agindo 
como amortecedores. Meniscos, com sua característica em 
forma de meia lua, são encontrados na articulação do joelho. 
Exemplo de disco intra-articular encontramos nas articulações 
esternoclavicular e ATM. 
Bainha Sinovial dos Tendões: Facilitam o deslizamento de tendões que passam 
através de túneis fibrosos e ósseos (retináculo dos flexores de punho). 
 
 
Bolsas Sinoviais (Bursas): São fendas no tecido conjuntivo entre os músculos, 
tendões, ligamentos e ossos. São constituídas por sacos fechados de revestimento 
sinovial. Facilitam o deslizamento de músculos ou de tendões sobre proeminências 
ósseas ou ligamentosas. 
 
c) Articulação Temporo-Mandibular-ATM 
É uma combinação de gínglimo e articulação plana. É formada pela parte anterior 
da fossa mandibular do osso temporal, o tubérculo articular e o côndilo da mandíbula. 
Os meios de união dessa articulação são: 
Cápsula Articular – é um fino envoltório frouxo que está inserido anteriormente no 
tubérculo articular, posteriormente na fissura escamotimpânica, acima na fossa 
mandibular e abaixo no colo da mandíbula. 
Disco Articular – é uma lâmina ovulada e fina situada entre o côndilo da mandíbula 
e a fossa mandibular. Divide a articulação em parte superior e inferior, cada qual 
guarnecida com uma membrana sinovial. Sua face superior é côncavo-convexa para 
se ajustar ao tubérculo e a fossa da mandíbula e sua face inferior é côncava para se 
ajustar ao côndilo da mandíbula. 
Ligamento Temporomandibular Lateral – consiste em dois curtos fascículos 
estreitos. Está inserido acima no arco zigomático e abaixo na face lateral do colo da 
mandíbula. 
 
Ligamento Esfenomandibular – é uma faixa fina e achatada que localiza-se medial 
à cápsula. Está inserido na espinha do esfenoide e abaixo na lígula do forame 
mandibular. 
Ligamento Estilomandibular – posterior à cápsula, insere-se no processo estiloide 
e na margem posterior do ângulo da mandíbula. Separa a glândula parótida da 
submandibular. 
 
 
d) Coluna Vertebral 
Articulações dos Corpos Vertebrais 
• Ligamento Longitudinal Anterior – extenso e resistente feixe de fibras 
longitudinais que se estendem ao longo das faces anteriores dos corpos das 
vértebras do axis (C2) até o sacro. Continua-se superiormente com o ligamento 
atlantoaxial anterior. 
• Ligamento Longitudinal Posterior – localizado no canal vertebral, nas faces 
posteriores dos corpos vertebrais de áxis (C2) até o sacro. Continua-se 
superiormente com a membrana tectória. 
 
• Disco Intervertebral - Localizam-se entre as faces adjacentes dos corpos das 
vértebras, do axis (C2) até o osso sacro. Variam em forma, tamanho e espessura 
no trajeto da coluna vertebral. Os discos vertebrais constituem cerca de 1/4 do 
comprimento da coluna vertebral. Cada disco é 
constituído por um disco fibroso periférico 
composto por tecido fibrocartilaginoso, 
chamado ANEL FIBROSO; e uma substância 
interna, elástica e macia, chamada NÚCLEO 
PULPOSO. Os discos formam fortes articulações, permitem vários movimentos 
da coluna vertebral e absorvem os impactos. 
 
Articulações dos Arcos Vertebrais 
• Cápsulas Articulares – são finas e frouxas e inseridas nas facetas articulares 
dos processos articulares adjacentes. 
• Ligamentos Amarelos – são ligamentos que unem as lâminas das vértebras 
adjacentes no canal vertebral de axis (C2) até o primeiro segmento do sacro. 
Possui certa elasticidade que serve para preservar a postura vertical. 
 
• Ligamento Nucal – é uma membrana fibrosa que estende-se da protuberância 
occipital externa até a 7ª vértebra cervical (C7). 
 
 
• Ligamento Supra-espinhal – corda fibrosa e resistente que une os ápices dos 
processos espinhosos a partir da 7ª vértebra cervical (C7) até o sacro. É 
considerado uma continuação do ligamento nucal. 
• Ligamentos Interespinhais – finos e quase membranáceos, unem os processos 
espinhosos adjacentes. 
 
• Ligamentos Intertransversários – estão interpostos entre os processos 
transversos. 
 
 
Articulações Atlanto-Occipitais (C0 – C1) 
• Cápsulas Articulares – circundam os côndilos do occipital e as facetas 
articulares das massas laterais do atlas. 
• Membrana Atlanto-occipital Anterior – larga e de fibras densamente 
entrelaçadas une a margem anterior do forame magno com a borda superior do 
arco anterior do atlas. 
• Membrana Atlanto-occipital Posterior – é ampla e fina e está fixada na margem 
posterior do forame magno e à borda superior do arco posterior de atlas. 
• Ligamentos Atlanto-occipitais Laterais – são porções espessadas das 
cápsulas articulares reforçados por feixes de tecido fibroso e obliquamente 
dirigidos superior e medialmente. Inserem-se no processo jugular do osso occipital 
e na base do processo transverso do atlas. 
 
Ligamentos Occipito-Axiais (C0 – C2) 
• Membrana Tectórica – é uma faixa extensa e resistente que recobre o dente e 
seus ligamentos dentro do canal vertebral. É considerado o prolongamento do 
ligamento longitudinal posterior. Está inserido no corpo do áxis e superiormente 
no sulco basilar do occipital. 
• Ligamentos Alares – começam de cada lado do ápice do dente do áxis e 
inserem-se na parte medial rugosa dos côndilos do occipital. 
 
• Ligamento Apical do Dente – estende-se do ápice do dente do áxis até a 
margem posterior do forame magno, entre os ligamentos alares. 
 
Articulações Atlanto-Axiais (C1 – C2) 
• Cápsulas Articulares – são delgadas e frouxas e unem asmargens das massas 
laterais do atlas às da face articular posterior do axis. 
• Ligamento Atlanto-axial Anterior – é uma membrana resistente, fixada na 
margem inferior do arco posterior do atlas e à face ventral do corpo do axis. 
• Ligamento Atlanto-axial Posterior – é uma membrana fina e larga inserida na 
borda inferior do arco posterior do atlas e na margem superior das lâminas do 
axis. 
• Ligamento Transverso do Atlas – é uma faixa espessa, resistente e arqueada 
que mantém o dente em contato com o arco anterior. Insere-se na parte basilar 
do occipital e na face posterior do corpo do áxis. O ligamento transverso do atlas 
junto com os fascículos longitudinais superior e inferior formam o ligamento 
cruciforme. 
 
 
Articulações Costovertebrais 
1 – Articulação da Cabeça da Costela – é uma articulação plana formada pela 
articulação da cabeça da costela com o corpo vertebral das vértebras torácicas. Os 
ligamentos dessa articulação são: 
• Cápsula Articular – é constituído por curtas e resistentes fibras unindo as 
cabeças das costelas às cavidades articulares formados pelas vértebras e discos 
intervertebrais. 
• Ligamento Radiado da Cabeça da Costela – une as partes anteriores das 
cabeças das costelas aos corpos de duas vértebras e seus discos intervertebrais. 
Consta de três fascículos achatados que se inserem na parte anterior da cabeça 
das costela. 
• Ligamento Intra-articular da Cabeça da Costela – é um feixe curto, achatado, 
inserido lateralmente na crista entre as facetas articulares e, medialmente, no 
disco intervertebral, dividindo a articulação (cada uma com sua membrana sinovial 
própria). 
 
 
2 – Articulação Costotransversais – é a articulação entre a faceta articular do 
tubérculo da costela e o processo transverso da vértebra correspondente. É formada 
pelas seguintes estruturas: 
• Cápsula Articular – é fina e inserida na circunferência articular com um 
revestimento sinovial. 
• Ligamento Costotransversário Superior – insere-se na borda superior do colo 
da costela e no processo transverso da vértebra acima. 
• Ligamento Costotransversário Posterior – são fibras que se inserem no colo 
da costela e na base do processo transverso e borda lateral do processo articular 
da vértebra acima. 
• Ligamento do Colo da Costela – são curtas e resistentes fibras que unem o 
dorso do colo da costela com o processo transverso adjacente. 
• Ligamento do Tubérculo da Costela – é um fascículo curto, espesso e 
resistente que se dirige do ápice do processo transverso para a porção não 
articular do tubérculo da costela. 
 
 
Articulações Esternocostais 
As articulações das cartilagens das costelas verdadeiras com o esterno são 
articulações planas, com exceção da primeira que é uma sincondrose. Os elementos 
de conexão são: 
• Cápsula Articular – são fibras muito finas que circundam as articulações das 
cartilagens costais das costelas verdadeiras com o esterno. 
• Ligamento Esternocostal Radiado – feixes finos e radiados que se irradiam 
adas faces anterior e posterior das extremidades esternais das cartilagens das 
costelas verdadeiras. 
• Ligamento Esternocostal Intra-articular – constante apenas na segunda 
costela. Estende-se a partir da cartilagem da costela até a fibro cartilagem que 
une o manúbrio ao corpo do esterno. 
• Ligamento Costoxifóide – ligam as faces anterior e posterior da sétima costela 
às mesmas no processo xifoide. 
 
 
Articulações Intercondrais – articulações entre as cartilagens costais. 
Articulações Costocondrais – articulações entre as costelas e as cartilagens costais. 
Articulações Esternais 
1 – Manúbrio-esternal – entre o manúbrio e o corpo do esterno, é geralmente uma 
sínfise. 
2 – Xifoesternal – entre o processo xifoide e o corpo do esterno, é geralmente uma 
sínfise. 
Articulações Lombossacrais 
São as articulações entre a 5ª vértebra lombar e o osso sacro. Seus corpos são unidos 
por uma sínfise, incluindo um disco intervertebral. 
Ligamento Ileolombar – inserido na face ântero-inferior da 5ª vértebra lombar e 
irradia na pelve por meio de dois feixes: um inferior, o ligamento lombossacral que 
insere-se na face ântero-superior do sacro e um feixe superior, a inserção parcial do 
músculo quadrado do lombo, passando para a crista ilíaca anterior à articulação 
sacroilíaca, continuando acima com a fáscia toracolombar. 
 
 
Articulação Sacrococcígea 
Esta é uma sínfise entre o ápice do sacro e a base do cóccix, unidos por um disco 
fibrocartilagíneo. 
• Ligamento Sacrococcígeo Anterior – fibras irregulares que descem sobre as 
faces pélvicas tanto do sacro como do cóccix. 
• Ligamento 
Sacrococcígeo 
Posterior – superficial 
passa da parte posterior 
da Quinta vértebra 
sacral par o dorso do 
cóccix. 
• Ligamento 
Sacrococcígeo 
Lateral – liga um 
processo transverso do 
cóccix ao ângulo ínfero-
lateral do osso sacro. 
• Ligamentos Intercornais – unem os cornos do sacro e do cóccix. 
 
e) Ombro 
1- Articulação Esternoclavicular 
Essa articulação é formada pela união da extremidade esternal na clavícula e o 
manúbrio do esterno. Possui as seguintes estruturas articulares: 
• Cápsula Articular – Circunda a articulação e varia em espessura e resistência. 
• Ligamento Esternoclavicular Anterior – é um amplo feixe de fibras cobrindo a 
face anterior da articulação. 
• Ligamento Esternoclavicular Posterior – é um análogo feixe de fibras que 
recobre a face posterior da articulação. 
• Ligamento Interclavicular – é um feixe achatado que une as faces superiores 
das extremidades esternais das clavículas. 
• Ligamento Costoclavicular – é pequeno, achatado e resistente. Está fixado na 
parte superior e medial da cartilagem da primeira costela e face inferior da 
clavícula. 
• Disco Articular – é achatado e está interposto entre as superfícies articulares do 
esterno e clavícula. 
 2- Articulação Acromioclavicular 
É uma articulação plana entre a extremidade acromial da clavícula e a borda medial 
do acrômio. É formada pelas seguintes estruturas: 
• Cápsula Articular – Envolve toda a articulação acrômio-clavicular. 
• Ligamento Acromioclavicular – é constituído por fibras paralelas que 
estendem-se da extremidade acromial da clavícula até o acrômio. 
• Disco Articular – geralmente está ausente nesta articulação. 
• Ligamento Coracoclavicular – une a clavícula ao processo coracoide da 
escápula. É formado por dois ligamentos: Ligamento Trapezoide e Ligamento 
Conoide. 
• Ainda podemos identificar mais dois ligamentos importantes no complexo do 
ombro: o Ligamento Coracoacromial e o Ligamento Transverso Superior. 
• Ligamento Coracoacromial – é um forte feixe triangular estendido entre o 
processo coracoide e o acrômio. É um ligamento importante para estabilização da 
 
cabeça do úmero na cavidade glenoide, pois evita a elevação da mesma nos 
movimentos de abdução acima dos 90 graus. 
• Ligamento Transverso Superior – é um fino fascículo achatado inserido no 
processo coracoide e na incisura da escápula. 
3- Articulação Gleno-umeral 
Esta é uma articulação esferoide multiaxial com três graus de liberdade. As faces 
articulares são a cabeça hemisférica do úmero (convexa) e a cavidade glenoide da 
escápula (côncava). 
A articulação gleno-umeral é formada pelas seguintes estruturas: 
• Cápsula Articular – Envolve toda a cavidade glenoide e a cabeça do úmero. 
• Ligamento Córaco-umeral – é um amplo feixe que fortalece a parte superior da 
cápsula. 
• Ligamentos Glenoumerais – são robustos espessamentos da cápsula articular 
sobre a parte ventral da articulação. É constituído por três ligamentos: 
1 – Glenoumeral 
Superior2 – Ligamento 
Glenoumeral Médio 
3 – Ligamento 
Glenoumeral Inferior 
• Ligamento Transverso do Úmero – é uma estreita lâmina de fibras curtas e 
transversais que unem o tubérculo maior e o menor, mantendo o tendão longo do 
bíceps braquial no sulco intertubercular. 
• Lábio (Labrum) Glenoidal – é uma orla fibrocartilagínea inserida ao redor da 
cavidade glenoide. Tem importante função na estabilização glenoumeral e quando 
rompido proporciona uma instabilidade articular facilitando o deslocamento 
anterior ou posterior do úmero (luxação). 
 
 
 
f) Cotovelo 
A articulação do cotovelo é um gínglimo ou articulação em dobradiça. Possui três 
articulações: úmero-ulnar, entre a tróclea do úmero e a incisura troclear da ulna, 
úmero-radial, entre o capítulo do úmero e a cabeça do rádio e rádio-ulnar proximal, 
entre a cabeça do rádio e a incisura radial da ulna. 
As superfícies articulares são reunidas por uma cápsula que é espessada medial 
e lateralmente pelos ligamentos colaterais ulnar e radial. 
• Cápsula Articular – Circunda toda a articulação e é formada por duas partes: 
anterior e posterior. A parte anterior é uma fina camada fibrosa que recobre a face 
 
anterior da articulação. A parte posterior é fina e membranosa e consta de fibras 
oblíquas e transversais. 
• Ligamento Colateral Ulnar – É um feixe triangular espesso constituído de duas 
porções: anterior e posterior, unidas por uma porção intermediária mais fina. 
• Ligamento Colateral Radial – É um feixe fibroso triangular, menos evidente que 
o ligamento colateral ulnar. 
• A articulação rádio-ulnar proximal é uma juntura trocoide ou em pivô, entre a 
circunferência da cabeça do rádio e o anel formado pela incisura radial da ulna e 
o ligamento anular. 
• Ligamento Anular – É um forte feixe de fibras que envolve a cabeça do rádio, 
mantendo-a em contato com a incisura radial da ulna. 
• Da borda inferior do ligamento anular sai um feixe espesso de fibras que se 
estende até o colo do rádio, denominado ligamento quadrado. 
 
 
 
 
g) Punho 
A articulação do punho é formada pelas articulações radio-ulnar distal e rádio-
cárpica. 
A articulação rádio-ulnar distal é uma juntura trocoide formada entre a cabeça da 
ulna e a incisura ulnar da extremidade inferior do rádio. É unida pela cápsula articular 
e pelo disco articular. 
• Cápsula Articular – É constituída de feixes de fibras inseridas nas margens da 
incisura ulnar e na cabeça da ulna. Apresenta dois espessamentos 
denominados Ligamento Radioulnar Ventral e Ligamento Radioulnar Dorsal. 
• Disco Articular – Tem forma triangular e está colocado transversalmente sob a 
cabeça da ulna, unindo firmemente as extremidades inferiores da ulna e do rádio. 
• A articulação rádio-cárpica (sindesmose) é uma juntura condilar. É formada pela 
extremidade distal do rádio e a face distal do disco articular com os ossos 
escafoide, semilunar e piramidal. A articulação rádio-cárpica é formada pelos 
seguintes ligamentos: 
• Ligamento Radiocárpico Palmar – É um largo feixe membranoso inserido na 
margem anterior da extremidade distal do rádio, no seu processo estiloide e na 
face palmar da extremidade distal da ulna. Suas fibras se dirigem distalmente para 
inserir-se nos ossos escafoide, semilunar e piramidal. 
• Ligamento Radiocárpico Dorsal – É menos espesso e resistente que o palmar. 
Sua inserção proximal é na borda posterior da extremidade distal do rádio. Suas 
fibras são dirigidas obliquamente no sentido distal e ulnar e fixam-se nos ossos 
escafoide, semilunar e piramidal. 
 
• Ligamento Colateral Ulnar – É um cordão arredondado inserido proximalmente 
na extremidade do processo estiloide da ulna e distalmente nos ossos piramidal e 
pisiforme. 
• Ligamento Colateral Radial – Estende-se do ápice do processo estiloide do rádio 
para o lado radial do escafoide. 
• Distalmente às articulações estudadas acima, encontramos ainda as articulações 
intercárpicas, carpometacárpicas, intermetacárpicas, metacarpofalangianas e 
interfalangeanas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
h) Quadril 
É uma articulação do tipo esférica formada pela cabeça do fêmur e a cavidade do 
acetábulo. 
• Cápsula Articular – A cápsula articular é forte e espessa e envolve toda a 
articulação coxo-femoral. É mais espessa nas regiões proximal e anterior da 
articulação, onde se requer maior resistência. Posteriormente e distalmente é 
delgada e frouxa. 
• Ligamento Iliofemoral – É um feixe bastante resistente, situado anteriormente à 
articulação. Está intimamente unido à cápsula e serve para reforçá-la. 
• Ligamento Pubofemoral – Insere-se na crista obturatória e no ramo superior da 
pube; distalmente, funde-se com a cápsula e com a face profunda do feixe vertical 
do ligamento iliofemoral. 
• Ligamento Isquiofemoral – Consiste de um feixe triangular de fibras resistentes, 
que nasce no ísquio distal e posteriormente ao acetábulo e funde-se com as fibras 
circulares da cápsula. 
• Ligamento da Cabeça do Fêmur – É um feixe triangular, um tanto achatado, 
inserindo-se no ápice da fóvea da cabeça do fêmur e na incisura da cavidade do 
acetábulo. Tem pequena função como ligamento e algumas vezes está ausente. 
• Orla Acetabular – É uma orla fibrocartilagínea inserida na margem do acetábulo, 
tornando assim mais profunda essa cavidade. Ao mesmo tempo protege e nivela 
as desigualdades de sua superfície, formando assim um círculo completo que 
circunda a cabeça do fêmur e auxilia na contenção desta em seu lugar. 
• Ligamento Transverso do Acetábulo – É uma parte da orla acetabular, diferindo 
dessa por não ter fibras cartilagíneas entre suas fibras. Consiste em fortes fibras 
achatadas que cruzam a incisura acetabular. 
 
 
 
 
i) Joelho 
A articulação do joelho pode ser descrita como um gínglimo ou articulação em 
dobradiça (entre o fêmur e a tíbia) e plana (entre o fêmur e a patela). 
• Cápsula Articular – Consiste em uma membrana fibrosa, delgada mas 
resistente, reforçada em quase toda sua extensão por ligamentos intimamente 
aderidos a ela. Abaixo do tendão do quadríceps femoral a cápsula é representada 
apenas pela membrana sinovial. 
 
• Ligamento Patelar – É a porção central do tendão do quadríceps femoral que se 
continua da patela até a tuberosidade da tíbia. É um forte feixe ligamentoso, 
achatado, com cerca de 8 cm de comprimento. A face posterior do ligamento 
patelar está separada da membrana sinovial por um grande coxim gorduroso infra-
patelar e da tíbia por uma bolsa sinovial. 
• Ligamento Poplíteo Oblíquo – É um feixe fibroso, largo e achatado, formado por 
fascículos separados uns dos outros. Forma parte do soalho da fossa poplítea. 
• Ligamento Poplíteo Arqueado – Forma um arco do côndilo lateral do fêmur à 
face posterior da cápsula articular. Está unido ao processo estiloide da cabeça da 
fíbula por seis feixes convergentes. 
• Ligamento Colateral Tibial – é um feixe membranáceo, largo e achatado que se 
prolonga para parte posterior da articulação. Insere-se no côndilo medial do fêmur 
e no côndilo medial da tíbia. É intimamente aderente ao menisco medial. Impede 
o movimento de afastamento dos côndilos mediais do fêmur e tíbia (bocejo 
medial). 
• Ligamento Colateral Fibular – é um cordão fibroso, arredondado e forte, inserido 
no côndilo lateral do fêmur e na cabeça da fíbula. Não se insere no menisco lateral. 
Impede o movimento de afastamento dos côndilos laterais do fêmur e tíbia (bocejo 
lateral). 
• Ligamento Cruzado Anterior (LCA) – insere-se na eminência intercondilar da 
tíbia e vai se fixar na face medial do côndilo lateral do fêmur. O LCA apresenta um 
suprimento sanguíneo relativamenteescasso. Impede o movimento de 
deslizamento anterior da tíbia ou deslizamento posterior do fêmur (Movimento de 
gaveta anterior), além da hipertensão do joelho. 
• Ligamento Cruzado Posterior (LCP) – é mais robusto, porém mais curto e 
menos oblíquo em sua direção quando comparado ao LCA. Insere-se na fossa 
intercondilar posterior da tíbia e na extremidade posterior do menisco lateral e 
dirige-se para frente e medialmente, para se fixar na parte anterior da face medial 
do côndilo medial do fêmur. O LCP é estirado durante a flexão da articulação 
joelho. Impede o movimento de deslizamento posterior da tíbia ou o deslocamento 
anterior do fêmur (Movimento de gaveta posterior). 
• Além dos ligamentos, o joelho possuem também outra estrutura importantíssima 
na sua estabilização, biomecânica e absorção de impactos: os meniscos. Os 
 
meniscos são duas lâminas em forma de crescente que servem para tornar mais 
profundas as superfícies das faces articulares da cabeça da tíbia que recebem os 
côndilos do fêmur. Cada menisco cobre aproximadamente os dois terços 
periféricos da face articular correspondente da tíbia. 
• Menisco Medial – é de forma quase semi-circular, um pouco alongado e mais 
largo posteriormente. Sua extremidade anterior fixa-se na fossa intercondilar 
anterior da tíbia e a posterior na fossa intercondilar posterior da tíbia. 
• Menisco Lateral – é quase circular e recobre uma extensão da face articular 
maior do que a recoberta pelo menisco medial. Sua extremidade anterior fixa-se 
na eminência intercondilar anterior da tíbia e a posterior na eminência intercondilar 
da tíbia. 
• Ligamento Transverso – une a margem anterior, convexa, do menisco lateral, à 
extremidade anterior do menisco medial. As vezes está ausente. 
• Ligamentos Coronários – São porções da cápsula que unem a periferia dos 
meniscos com a margem da cabeça da tíbia. 
• Distalmente à articulação do joelho e ainda nas porções proximais da fíbula e da 
tíbia, encontramos outra articulação importante: a Articulação Tibio-fibular 
Proximal. 
• É uma articulação deslizante entre o côndilo lateral da tíbia e a cabeça da fíbula. 
É formada por uma cápsula articular e os ligamentos anterior e posterior. 
• Cápsula Articular – Circunda a articulação e adere ao redor das margens das 
facetas articulares da tíbia e fíbula. 
• Ligamento Anterior – Consiste de 2 ou 3 feixes chatos e largos que se dirigem 
obliquamente da cabeça da fíbula para a parte anterior do côndilo lateral da tíbia. 
• Ligamento Posterior – É um feixe único, largo e espesso, que se dirige 
obliquamente para cima, da parte posterior da cabeça da fíbula para a parte 
posterior do côndilo lateral da tíbia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
j) Tornozelo 
Proximalmente à articulação do tornozelo, nas porções distais da fíbula e da 
tíbia, encontramos uma articulação importante: a articulação tibio-fibular distal 
(sindesmose). É formada pela superfície áspera e convexa da face medial da 
extremidade distal da fíbula e uma superfície áspera e côncava da face lateral da tíbia. 
Essa articulação é formada pelos ligamentos tibio-fibular anterior e posterior, 
transverso inferior e interósseo. 
• Ligamento Tibio-fibular Anterior – É um feixe de fibras achatado que se estende 
oblíqua, distal e lateralmente entre as bordas adjacentes da tíbia e da fíbula, na 
face anterior da sindesmose. 
• Ligamento Tibio-fibular Posterior – Menor do que o anterior, está disposto de 
modo semelhante da face posterior da sindesmose. 
• Ligamento Transverso Inferior – Situa-se anteriormente ao ligamento posterior, 
e é um feixe grosso e robusto de fibras amareladas, que se dirigem 
transversalmente do maléolo lateral para a borda posterior da face articular da 
tíbia. 
• Ligamento Interósseo – Consiste de numerosos feixes fibrosos, curtos e 
robustos, que passam entre a superfície rugosa contínua da tíbia e da fíbula e 
constituem o principal laço de união dos entre os ossos. 
• A articulação do tornozelo propriamente dita é um gínglimo (dobradiça) formada 
pela extremidade distal da tíbia e fíbula. ligamento transverso inferior e o tálus. 
• Os ossos são ligados pela cápsula articular e pelos seguintes ligamentos: deltoide, 
talofibular anterior, talofibular posterior e calcaneofibular. 
• Cápsula Articular – Recobre a articulação. A parte anterior da cápsula é uma 
camada membranosa larga e fina. A parte posterior da cápsula é muito fina e 
formada principalmente por fibras transversais. 
• Ligamento Deltoide – É um feixe triangular, robusto e achatado. Consta de dois 
feixes de fibras: superficial (fibras tibionaviculares, calcaneotibiais e talotibiais 
posteriores) e profundo (fibras talotibiais anteriores). Sua principal função é 
estabilizar a região medial do tornozelo e impedir o movimento de eversão. 
• Fibras Tibionaviculares – EStão inseridas na tuberosidade do osso navicular e 
posterior a este elas se unem com a margem medial do ligamento 
calcaneonavicular plantar. 
 
• Fibras Fibras Calcaneotibiais – Descem quase perpendicularmente para se 
inserir em toda a extensão do sustentáculo do talo do calcâneo. 
• Fibras Talotibiais Posteriores – Dirigem-se lateralmente para se inserir no lado 
interno do talo e no tubérculo proeminente em sua face posterior, medial ao sulco 
para o tendão do flexor longo do hálux. 
• Fibras Talotibiais Anteriores – Estão inseridas na ponta do maléolo medial e na 
face medial do talo. 
• Ligamento Talofibular Anterior – Dirige-se anterior e medialmente da margem 
anterior do maléolo fibular para o talo, anteriormente à sua faceta articular lateral. 
• Ligamento Talofibular Posterior – Corre quase horizontalmente da depressão 
na parte medial e posterior do maléolo fibular para um tubérculo proeminente na 
face posterior do talo, imediatamente lateral ao sulco para o tendão do flexor longo 
do hálux. 
• Ligamento Calcaneofibular – É um cordão estreito e arredondado que corre do 
ápice do maléolo fibular para um tubérculo na face lateral do calcâneo. 
• Os três ligamentos acima descritos são colateralmente referidos como Ligamento 
Colateral Lateral. Ele sustenta o aspecto lateral do tornozelo, impedindo o 
movimento de inversão. 
• O Ligamento Anterior e o Calcaneofibular são os mais freqüentemente lesionados 
nas torções em inversão do tornozelo. Isso porque com o pé em flexão plantar, o 
tálus é mais instável no encaixe do tornozelo, e portanto mais dependente do 
suporte ligamentar. 
• Distalmente às articulações estudadas acima, encontramos ainda as articulações 
intertársicas, tarsometatársicas, intermetatársicas, metatarsofalangeanas e 
articulação dos dedos.

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