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02 Etica Violencia contra mulher

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Índice
01 – Introdução....................................................................................................2
02 – Desenvolvimento.........................................................................................4
02.1 – Como Surgiu a Lei Maria da Penha..........................................................8
03 – Conclusão..................................................................................................10
04 – Anexos.......................................................................................................11
05 – Bibliografia.................................................................................................14
01 – Introdução
A violência contra as mulheres é sofrida em todas as fases da vida. Muitas vezes ela se inicia ainda na infância e acontece em todas as classes sociais. A violência cometida contra mulheres no âmbito doméstico e a violência sexual são fenômenos sociais e culturais ainda cercados pelo silêncio e pela dor. Políticas públicas específicas que incluem a prevenção e a atenção integral são fatores que podem proporcionar o empoderamento, ou seja, o fortalecimento das práticas autopositivas e do coletivo feminino no enfrentamento da violência no Brasil.
A violência contra a mulher é referida de diversas formas desde a década de 50. Designada como violência intrafamiliar na metade do século XX, vinte anos depois passa a ser referida como violência contra a mulher. Nos anos 80, é denominada como violência doméstica e, na década de 90, os estudos passam a tratar essas relações de poder, em que a mulher em qualquer faixa etária é submetida e subjugada, como violência de gênero.
A Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher define tal violência como “qualquer ato ou conduta baseada no gênero que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou 
psicológico à mulher, tanto na esfera pública quanto privada”. Essa forma de violência pode ocorrer no âmbito familiar ou em qualquer outra relação interpessoal, incluindo, o estupro, os maus-tratos, o abuso sexual e, ainda, “pode ser perpetrada ou tolerada pelo Estado e seus agentes, onde quer que ocorra”, devendo, portanto, ser objeto de estudos e proposições afirmativas para sua erradicação.
Na Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências, o Ministério da Saúde caracteriza a violência como um fenômeno de conceituação complexa, polissêmica e controversa. Entretanto, assume-se que ela é representada por ações humanas realizadas por indivíduos, grupos, classes, nações, numa dinâmica de relações, ocasionando danos físicos, emocionais, morais e espirituais a outrem.
O Primeiro Relatório Mundial sobre Violência e Saúde define, pela primeira vez, a violência como “o uso intencional da força física ou do poder, real ou em ameaça contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação de liberdade”. 
Por meio da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, a Área Técnica de Saúde da Mulher tem como objetivo aumentar o número de serviços de atenção à violência em Estados e Municípios, apoiando-se na organização de redes integradas, que devem se constituir em ações voltadas à população. Essa demanda pleiteada por estados e municípios reforça a necessidade de construção de estratégias de organização da gestão de redes e serviços, no sentido de ofertar ações eficientes de acordo com as necessidades apresentadas. 
Em 2006 no Brasil, nasce a Lei Maria da Penha, onde a Maria da Penha Maia que foi agredida pelo marido durante seis anos. Em 1983, por duas vezes, ele tentou assassiná-la. Na primeira com arma de fogo deixando-a paraplégica e na segunda por eletrocução e afogamento. O marido de Maria da Penha só foi punido depois de 19 anos de julgamento e ficou apenas dois anos em regime fechado.
A lei altera o Código Penal brasileiro e possibilita que agressores sejam presos em flagrante ou tenham sua prisão preventiva decretada, os agressores também não poderão mais ser punidos com penas alternativas, a legislação também aumenta o tempo máximo de detenção previsto de um para três anos, a nova lei ainda prevê medidas que vão desde a saída do agressor do domicílio e a proibição de sua aproximação da mulher agredida e filhos.
02 – Desenvolvimento
As diferenças entre os homens e as mulheres, na submissão com que muitas delas vivem nas suas casas e na sociedade fazem ter diferenças que muitas vezes acabam em agressões. Por vezes, esse grupo é privado da sua liberdade de ir e vir, bem como são vítimas de violência doméstica.
Independe de classe social, esse problema resiste na sociedade brasileira, apesar da busca por soluções inclusive com campanhas de conscientização e leis. 
Um dos casos mais conhecidos é da Maria da Penha, que é patrona de uma lei, mas mesmo sendo uma professora universitária foi vítima de agressões bárbaras. Precisou buscar Justiça na Corte Interamericana, pois as leis brasileiras foram insuficientes para punir o agressor, seu marido, que tentou mata-la duas vezes. 
Na história a violência contra a mulher não é um caso novo para a sociedade, desde a Antiguidade já havia relatos de maus tratos, até porque as mulheres eram submissas.
Na Grécia Antiga as mulheres não tinham direitos jurídicos, nem educação formal, também eram proibidas de aparecer sozinhas em público, sendo confinadas em aposentos particulares e o homem além de gozar de todos os direitos tinha poder absoluto sobre a mulher, como o direito sobre a vida dela.
O homem para impor seu autoritarismo usava da violência para atingir essas mulheres, sendo que no Império Romano, a mulher chegou a ser considerada “rés”, ou seja, coisa. 
O próprio Direito Romano já desprovia a mulher de capacidade jurídica. A religião era prerrogativa masculina da qual a mulher somente participaria com a autorização do pai ou do marido. Também o parentesco só se transmitia pelos homens, apenas por razões genéticas o impedimento matrimonial relativo à mulher era evocado.
No Brasil-colônia a Igreja Católica Apostólica Romana deu início à educação, no entanto, a instrução ministrada pela igreja não incluía as mulheres. A igreja da época pregava que a mulher devia obediência total inicialmente ao pai e depois ao marido, consequentemente a mulher vivia oprimida pelo mundo masculino, suas diversões eram apenas no lar e na Igreja. À mulher não era permitido estudar e aprender a ler. Esta ignorância lhe era imposta de forma a mantê-la subjugada desprovendo-a de conhecimentos que lhe permitissem pensar em igualdade de direitos. Era educada para sentir-se feliz como "mero objeto" porquanto só conhecia obrigações. O Cristianismo retratou a mulher como a pecadora e culpada pelo desterro do homem do paraíso, devendo por isso seguir a trindade da obediência sendo submissa ao homem.
No dia-a-dia sempre vemos ou ouvimos um caso de violência contra a mulher, não e difícil de deparar com tal situação. Muitas mulheres que sofrem algum tipo de violência tem medo de denunciar o agressor por uma repressão ainda maior a que já vem sofrendo, por medo de não ter uma proteção maior e acabar sofrendo as consequências dessa atitude que pelo agressor vai ser chamado de rebeldia.
Ainda existem mulheres com pouca informação que não conhecem seus direitos perante a lei, ou por acharem que a lei pode não funcionar ficam a deriva estando correndo um risco ate de morte. Além da agressão física a mulher ainda sofre agressão psicológica moral e sexual, podendo de várias maneiras essas mulheres de ser violentada e ter abalos irreversíveis.
Os índices da violência de acordo com a pesquisa datasenado de 2012: 17% das mulheres entrevistadas disseram já ter sofrido algum tipo de violência domestica na vida. Do total 55% disseram sofrer violência física, 24% violênciapsicológica, 14% violência moral e 7% violência sexual. Com esses dados se observa que o homem tem como marca a agressão física para impor sua autoridade, apenas 7% que claro não é irrelevante pratica a violência sexual. 
E identificou que em 71% uma grande parte dessas mulheres agredidas, já sofreram agressões mais de uma vez e que 50% dessas mulheres foram vitimas por 4 vezes ou mais, 77% as de idade com ate 29 anos, índice esse que mostra que as agressões começam cedo, e sempre essas agressões na maioria das vezes é praticada pelo seu parceiro ou marido.
Na Constituição Federal referente a igualdade, pode-se afirmar que o Brasil passou a valorizar os tratados internacionais e a proteção dos direitos humanos após o processo de democratização, mas colocou na própria “Lei Maior” dispositivos de ações afirmativas para as mulheres. 
Em seu titulo I Dos Princípios Fundamentais, e art1º, III, a dignidade da pessoa humana, serve como base, um supra princípio que guia todas as ações do Poder Executivo e deve servir de base para as inovações na ordem jurídica pelo Congresso e pautar o julgamento do Judiciário.
O artigo 5 da “Lei Maior” trouxe o princípio da igualdade dizendo que todos são iguais perante a lei. No entanto, como havia anos de discriminação, o inciso I do artigo 5º da Constituição, quis reforçar ao afirmar que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações.
Assegurando e protegendo os direitos fundamentais como diz no texto “a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança...”. E diz ainda no art. 5º, III ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante, proteção que antes as pessoas talvez nem soubessem que existiam.
Apesar disso, ainda havia violações dos direitos humanos das mulheres, a lei muitas vezes não protege como deveria proteger.
No Nordeste a violência contra a mulher preocupa de janeiro a julho 158 mulheres foram assassinadas no Pernambuco, sendo que uma em cada cinco diz já ter sofrido algum tipo de agressão.
A razão da Lei Maria da Penha, lei que leva o nome de uma mulher Maria da Penha, que por muitos anos sofreu com a grosseria de seu marido, mulher esta que superou barreiras e venceu, conseguiu criar uma lei que é de muita ajuda para tantas outras mulheres. Em 07 de agosto de 2007 foi sancionada a lei 11.340/2006. A lei foi criada para coibir a violência domestica contra a mulher.
Art. 1º Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir violência domestica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art.226 da Constituição Federal.
A organização dos Estados Americanos (OEA), ela busca procurar soluções a interesses comuns nas Américas, nas questões econômicas, sociais e culturais, para buscar a sustentação num regime democrático – assumido na Carta Democrática Interamericana, incentivando a paz e fortalecendo os direitos humanos.
São três as fontes principais que sustenta o sistema interamericano para a defesa dos direitos humanos são eles: a Carta da OEA, a Declaração Americana e a Convenção Americana de Direitos Humanos.
O Brasil assinou a Convenção na Conferencia Especializada em 22 de novembro de 1969, aprovada pelo congresso por meio do Decreto n.27 em 26 de maio de 1992. Ratificada em 25 de setembro e promulgada pelo Decreto n. 678, em 6 de novembro do mesmo ano. 
Esta convenção reforça os direitos das mulheres, além do que um avanço internacional por reconhecer que a violência atinge muitas mulheres em todos os setores da sociedade, sem escolher classe social, etnia, cultura, e reconhece também que além de ferir todos os direitos das mulheres ofende a dignidade da pessoa humana.
Antecedendo a Convenção de Belém do Pará, concede em seu art. 1º, a violência contra a mulher como “qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher tanto no âmbito publico ou privado”.
Mas mesmo com todos esses amparos o Brasil foi condenado pela ineficácia da lei, talvez de para dizer a má aplicação, não amparando como deveria. O caso Maria da Penha inaugurou a aplicação da Convenção do Belém do Pará no Sistema Interamericano e após ser comprovada a culpa do acusado Marco Antonio Heredia Viveiros que atirou contra a então esposa Maria da Penha Maia Fernandes enquanto ela dormia, ele fora condenado e o acusado apresentava recurso e com isso passaram-se os anos e nada fora feito. Quando foi apresentada a petição a Comissão o acusado não tinha sido condenado definitivamente e mantinha-se em liberdade. Com isso a Comissão conclui com o Estado brasileiro violou o direito as garantias judiciais e à proteção judicial assegurados nos arts. 8º e 25 da Convenção Americana nos arts. II e XVII da Declaração, bem como no art. 7º da Convenção de Belém do Pará. A violação “segue um padrão discriminatório com respeito à tolerância da violência doméstica contra mulheres no Brasil por ineficácia da ação judicial”.
Em 1º de novembro de 2000 a Comissão transmitiu ao Brasil o relatório dando o prazo de 2 meses para cumprir as recomendações e o Estado brasileiro deixou transcorrer o prazo, em 13 de março de 2001, novamente enviou o relatório, dando o prazo de um mês, mas não houve resposta.
A Comissão deu publicidade ao Relatório e incluiu em seu Relatório Anual à Assembleia Geral da OEA. Somente em 2002 o Brasil respondeu comprometendo-se a acelerar a tramitação jurídica do caso. Desde então o Brasil envia relatórios periódicos a OEA; em 2004 relatou o cumprimento parcial das recomendações. Em 29 de outubro de 2002 o agressor foi preso. E em 07 de julho de 2008, Maria da Penha recebeu do governo cearense, indenização de sessenta mil reais. 
E comum num programa jornalístico ver alguma reportagem que diz que uma mulher foi assassinada pelo seu marido enquanto trabalhava ou estava em casa, constando que essa mulher já havia feito alguma ocorrência de agressão física, pode-se dizer então que a lei protege a mulher?
Certo dizer que ainda existem falhas, muitas das vezes a lei não tem um alcance suficiente para cuidar da vida dessa mulher agredida. Quando ocorre a agressão começa o que se pode chamar de desestruturação familiar, a mulher, o marido e os filhos deste casal, ficando assim com um futuro incerto. 
A mulher que tem coragem de denunciar, muitas não tem pra onde ir e com isso voltam para sua casa e encarar seu agressor, isso é um dos fatores pelo qual muitas sofrem caladas, se isolam e se deparam com a situação de continuar vivendo neste cárcere. Outro fator é que pensam em seus filhos ou até mesmo por depender financeiramente de seu marido, fica sem saída.
Mas com esses dados apontados, vemos um judiciário falho que talvez aponte um dos motivos que levam as vítimas de agressões sentirem medo de se manifestar, por medo da impunidade ou mesmo da demora da realização dos procedimentos imprescindíveis para a segurança desta mulher agredida.
02.1 – Como Surgiu a Lei Maria da Penha
A Lei Maria da Penha (11.340/06) é considerada uma importante conquista no combate à violência doméstica e familiar contra as mulheres. Recebeu esse nome como forma de homenagear a pessoa símbolo dessa luta, Maria da Penha Maia Fernandes, que sobreviveu a duas tentativas de homicídio por parte do ex-marido, ficou paraplégica, mas se engajou na luta pelos direitos da mulher e na busca pela punição dos culpados. No seu caso, a punição do marido agressor só veio 19 anos e 6 meses depois.
A lei também trouxe uma série de medidas para proteger a mulher agredida, que está em situação de agressão ou cuja vida corre riscos. Entre elas, a saída do agressor de casa, a proteção dos filhos e o direito de a mulher reaver seus bens e cancelar procurações feitas em nome do agressor.
A violência psicológica passa a ser caracterizada também como violência doméstica.
A lei alterou o Código Penal e permitiu que agressores sejam presos em flagrante ou tenham a prisão preventiva decretada. Também acabou com as penas pecuniárias, aquelas em que o réu é condenado a pagar cestas básicas ou multas.Alterou ainda a Lei de Execuções Penais para permitir que o juiz determine o comparecimento obrigatório do agressor a programas de recuperação e reeducação.
Em setembro de 2006 a lei 11.340/06 finalmente entra em vigor, fazendo com que a violência contra a mulher deixe de ser tratada com um crime de menos potencial ofensivo. A lei também acaba com as penas pagas em cestas básicas ou multas, além de englobar a violência física e sexual, também a violência psicológica, a violência patrimonial e o assédio moral.
A Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) transforma o ordenamento jurídico brasileiro e expressa o necessário respeito aos direitos humanos das mulheres e tipifica as condutas delitivas. Além disso, essa lei modifica, significativamente, a processualística civil e penal em termos de investigação, procedimentos, apuração e solução para os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher. Veja, a seguir, um quadro comparativo das principais alterações.
	ANTES DA LEI MARIA DA PENHA
	DEPOIS DA LEI MARIA DA PENHA
	Não existia lei específica sobre a violência doméstica
	Tipifica e define a violência doméstica e familiar contra a mulher e estabelece as suas formas: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral.
	Não tratava das relações entre pessoas do mesmo sexo.
	Determina que a violência doméstica contra a mulher independe de orientação sexual.
	Nos casos de violência, aplica-se a lei 9.099/95, que criou os Juizados Especiais Criminais, onde só se julgam crimes de "menor potencial ofensivo" (pena máxima de 2 anos).
	Retira desses Juizados a competência para julgar os crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher.
	Esses juizados só tratavam do crime. Para a mulher resolver o resto do caso, as questões cíveis (separação, pensão, gaurda de filhos) tinha que abrir outro processo na vara de família.
	Serão criados Juizados Especializados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, com competência cível e criminal, abrangendo todas as questões.
	Permite a aplicação de penas pecuniárias, como cestas básicas e multas.
	Proíbe a aplicação dessas penas.
	A autoridade policial fazia um resumo dos fatos e registrava num termo padrão (igual para todos os casos de atendidos).
	Tem um capítulo específico prevendo procedimentos da autoridade policial, no que se refere às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.
	A mulher podia desistir da denúncia na delegacia.
	A mulher só pode renunciar perante o Juiz.
	Era a mulher quem, muitas vezes, entregava a intimação para o agressor comparecer às audiências.
	Proíbe que a mulher entregue a intimação ao agressor.
	Não era prevista decretação, pelo Juiz, de prisão preventiva, nem flagrante, do agressor (Legislação Penal).
	Possibilita a prisão em flagrante e a prisão preventiva do agressor, a depender dos riscos que a mulher corre.
	A mulher vítima de violência doméstica e familiar nem sempre era informada quanto ao andamento do seu processo e, muitas vezes, ia às audiências sem advogado ou defensor público.
	A mulher será notificada dos atos processuais, especialmente quanto ao ingresso e saída da prisão do agressor, e terá que ser acompanhada por advogado, ou defensor, em todos os atos processuais.
	A violência doméstica e familiar contra a mulher não era considerada agravante de pena. (art. 61 do Código Penal).
	Esse tipo de violência passa a ser prevista, no Código Penal, como agravante de pena.
	A pena para esse tipo de violência doméstica e familiar era de 6 meses a 1 ano.
	A pena mínima é reduzida para 3 meses e a máxima aumentada para 3 anos, acrescentando-se mais 1/3 no caso de portadoras de deficiência.
	Não era previsto o comparecimento do agressor a programas de recuperação e reeducação (Lei de Execuções Penais).
	Permite ao Juiz determinar o comparecimento obrigatório do agressor a programas de recuperação e reeducação.
	O agressor podia continuar frequentando os mesmos lugares que a vítima frequentava. Tampouco era proibido de manter qualquer forma de contato com a agredida.
	O Juiz pode fixar o limite mínimo de distância entre o agressor e a vítima, seus familiares e testemunhas. Pode também proibir qualquer tipo de contato com a agredida, seus familiares e testemunhas.
03 – Conclusão
A proteção para mulher na Constituição de 1988 assegura a integridade física, moral e sexual. Os tratados internacionais em nível de Organização das Nações Unidas, como a Declaração Universal dos Direitos do Homem e os Pactos de Nova York dos Direitos Civis e Políticos e dos Direitos Culturais e Econômicos também dão proteção à mulher. Em nível da Organização dos Estados Americanos, o Pacto de São José da Costa Rica também traz efetiva proteção.
Na legislação infraconstitucional, a Lei 11.340/2006 buscou dar uma efetivação proteção, pois a legislação anterior do Código Penal estava desatualizada. No entanto, o que se defende é que novas políticas de Ações Afirmativas seja feitas para coibir a violência. A instalação de Delegacias da Mulher é uma boa maneira, mas devem ser pensadas outras, pois apesar da legislação, as mulheres continuam sofrendo.
04 – Anexos
Anexo 01
Foto divulgação do evento “Quebrando o Silêncio”. Campanha é promovida pela Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Campanha visa acabar com ciclo de violência
(Foto: Quebrando o Silêncio/Divulgação)
Anexo 02
Vídeo tirado do youtube de título: “Violência contra a Mulher - O mais incrível vídeo”
Anexo 03
Fotos da Maria da Penha Maia Fernandes
Anexo 04
Lei Maria da Penha completo
05 – Bibliografia
DATASENADO, Portal de notícias. Notícias, 18 fev. 2013. Disponível em: <http://www.senado.gov.br>. Acesso em: 01 set. 2013
UJS, Portal. Destaques, Notícias, Notícias/Últimas, 25 mar. 2013. Disponível em: <http://ujs.org.br>. Acesso em: 01 set. 2013
PROJOVEM, Blogspot, Como surgiu Lei Maria da Penha, 01 mar. 2011. Disponível em: <http://projovemfariasbrito2009.blogspot.com.br>. Acesso em: 01 set. 
OBSERVE, Observatório Lei Maria da Penha, Aspéctos fundamentais da Lei, 11 set. 2007. Disponível em: <http://www.observe.ufba.br>. Acesso em: 01 set. 
SPM, Secretaria de Políticas para as Mulheres, Publicações 2012 Lei Maria da Penha, 25 adr. 2012. Disponível em <http://www.spm.gov.br>. Acesso em: 01 set. 2013

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