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RESUMO TEORIA DO INJUSTO PENAL- JUAREZ TAVARES

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Universidade de Brasília
Faculdade de Direito
Discente: Dara Aldeny Lima Alves
Matrícula: 16/0117372
 TEORIA DO INJUSTO PENAL- JUAREZ TAVARES
 2017
TEORIA DO INJUSTO PENAL- Juarez Tavares
RELAÇÃO DE CAUSALIDADE
Segundo o Código Penal, causa é a ação ou omissão que condiciona a existência de determinado resultado, sendo que só pode ser imputado por esse resultado o individuo que lhe causou. A causalidade é condicionante da imputação, o que está associado ao principio de responsabilidade pessoal, além disso, quando a causa é uma omissão, a imputação deve abranger delitos de atividade e não apenas de resultado. 
Existem concepções de causa para além do campo jurídico. Para a filosofia, causa pode ser uma relação racional na qual uma força produz um determinado efeito, a causa é deduzida de seu efeito; também pode ser uma relação empírica, havendo uma previsibilidade segundo a qual, devido a continuidade e uniformidade, pode acarretar diversas sucessões. Aristóteles aponta 4 espécies de causa, causa material, que compõe uma coisa; causa formal, que constitui a substância de uma coisa; causa eficiente, que transforma uma coisa; causa final, que é o proposito da ação. Já em Hume, a causalidade, como uma relação entre uma ação ou omissão e um efeito, só pode ser observada em um contexto de regularidade, ou seja, é necessário que haja uma repetição passível de observação empírica. 
Para o direito penal, para determinar a responsabilidade pessoal é preciso que haja uma ideia de causalidade firmada na relação entre certeza e necessidade, sendo que isso só é possível após a ocorrência do fato; antes disso, somente critérios de probabilidade e indeterminação podem indicar a causalidade.
A IMPUTAÇÃO OBJETIVA
Segundo o autor, para alguém ser imputado por um resultado não é suficiente que a causalidade seja afirmada, é necessário que o resultado seja atribuído a esse individuo de forma objetiva como uma “obra sua”, assim é, como fundamento para uma responsabilidade pessoal a partir de observações quanto sua capacidade de dominar essa causalidade.
Entende-se que existem critérios que limitam a imputação, a teoria da imputação objetiva restringe a ocorrência da proibição ou determinação típica sobre um individuo. A doutrina tem como objetivo determinar os critérios normativos que embasem a imputação objetiva referente a um resultado típico, segundo a finalidade de proteção das normas e a abrangência do tipo de injusto. Esses critérios presumem que o agente tenha promovido um risco para o bem jurídico, sendo que esse risco deve ser indevido e materializado como resultado no contexto da “extensão do tipo de delito”. Depreende-se do texto que a imputação está fundamentada em uma conduta, de determinado agente, que tenha uma relação de causalidade com um certo resultado e tenha criado um risco para a incidência desse resultado.
Segundo o autor, não haverá imputação quando o agente tiver reduzido o risco para o bem jurídico; quando o risco não for materializado no resultado típico; se o resultado não estiver dentro do contexto de abrangência do tipo.
O DESVALOR DO ATO E O DESVALOR DO RESULTADO 
O desvalor do ato e o desvalor do resultado são a dupla avaliação realizada pelo legislador sobre uma conduta e seu respectivo resultado ao definir as características de uma conduta proibida encaixando-a no tipo injusto. Ambos estão integrados reciprocamente, sendo que, por vezes, um se dá por meio do outro. Nos crimes de atividade, quando a conduta já apresenta de pronto risco ao bem jurídico, as vezes o desvalor do ato é suficiente; em outros casos, como em crimes de resultado nos quais há graus de valoração, o desvalor do resultado é mais relevante que o desvalor do ato. 
O autor afirma que para caracterizar o conteúdo do injusto de um fato é preciso analisar três fundamentos em relação ao caráter de incriminação; o primeiro é referente a aspectos políticos da incriminação, nos quais a necessidade de uma delimitação do poder de intervenção estatal é destacada, esse fundamento é orientado pela ideia de que essa intervenção só deve se dar quando o bem jurídico for lesado, a questão referente ao que incriminar é condicionada pela necessidade de assegurar a liberdade individual, visando o Estado por meio da delimitação de sue poder e, posteriormente, visando os indivíduos.
O segundo fundamente é referente ao modo da incriminação, aqui se obedece aos critérios de descrição estrita da conduta incriminada e sua contrariedade aos direitos fundamentais. O terceiro fundamento diz respeito à extensão da incriminação, aqui são observadas as questões da imputação objetiva e do desvalor do ato e do resultado.
REFERÊNCIAS 
TAVARES, Juarez. Teoria do Injusto Penal. Belo Horizonte: Del Rey, 2000, pp. 206 – 247

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