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Trabalho de TGEC

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UNIVERSIDADE VILA VELHA
LETICIA DEZAN DOS SANTOS
PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE O PRESIDENCIALISMO E O PARLAMENTARISMO
Vila Velha
2015
LETICIA DEZAN DOS SANTOS
PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE O PRESIDENCIALISMO E O PARLAMENTARISMO
Trabalho apresentado ao curso de Direito da Universidade Vila Velha como pré-requisito para a obtenção de nota bimestral.
 Orientador: Jader Ferreira Guimarães.
Vila Velha
2015
SUMÁRIO
1 Introdução..................................................................................................................1
2 Origem do Parlamentarismo......................................................................................2
3 O Parlamentarismo clássico e o Parlamentarismo contemporâneo.....................4
4 Parlamentarismo no Brasil........................................................................................6
5 Características do Parlamentarismo........................................................................7
6 Origem do Presidencialismo....................................................................................8
7 Princípios do Presidencialismo.............................................................................10
8 O Ministério.............................................................................................................11
9 Presidencialismo no Brasil.....................................................................................12
10 O Ministério no Presidencialismo Brasileiro.......................................................15
11 Diferenças entre Presidencialismo e Parlamentarismo.......................................17
12 Conclusão..............................................................................................................19
13 Referências ..........................................................................................................20
INTRODUÇÃO
Os sistemas de governo são as formas pelas quais o poder político é exercido dentro de um Estado. Os sistemas de governo são: Monarquia, Parlamentarismo, Presidencialismo, e Regime/ Ditadura. Os sistemas de governo mais adotados no mundo são o Presidencialismo e o Parlamentarismo, e são esses que serão adotados neste trabalho.
O Parlamentarismo e o Presidencialismo são dois sistemas de governo distintos. No Parlamentarismo o poder Executivo é exercido pelo Primeiro Ministro, enquanto no Presidencialismo é o Presidente da República que exerce esse papel, sendo ele eleito por voto popular. São os dois modelos de governo mais usados no mundo. São formas de governo igualitárias que garantem os direitos fundamentais da sociedade. 
ORIGEM DO PARLAMENTARISMO
O Parlamentarismo não se define como um sistema de governo onde há um parlamento, considerando pelo ângulo histórico, o parlamentarismo representa o ponto de chegada de um longo desenvolvimento político das instituições inglesas, cujas nascentes mais remotas seriam os primeiros séculos da monarquia britânica e cujas origens mais próximas são os caminhos seguidos pelo parlamento da Inglaterra, após o desfecho da “Revolução Gloriosa”. 
Foi na Inglaterra que surgiu pela primeira vez o governo parlamentar, resultado de lentas e graduais conquistas ocorridas a partir dos séculos XII e XIII, levadas a efeito inicialmente por representantes das classes nobres e depois do povo inteiro contra os privilégios monárquicos.
Na Inglaterra, já no século XII o rei se fazia assessorar por um Conselho. Nos séculos XIII e XIV esse Magnum Concilium sofreu profundas alterações: aumentou a sua base representativa, dando lugar às duas Casas do Parlamento, e aumentou as suas funções ampliando a sua capacidade de fiscalizar e colocando o rei numa grande dependência sua em matéria de arrecadação de tributos. Na época dos Tudor o Parlamento tornou-se representante de toda a nação e não das classes que a compunham.
O século XVIII registrou conquistas muito importantes. Os dois primeiros Reis Stuarts sofreram violenta reação do Parlamento quando tentaram regredir para o absolutismo monárquico. Logo em 1628 foi arrancada do rei a petição de direitos, pela qual se confirmavam direitos e liberdades anteriormente adquiridos.
Sucederam-se os conflitos entre o rei e o parlamento que conduziram à dissolução deste último durante onze anos. Após esse período convocou-se novo Parlamento, sobreveio a Guerra Civil, decapitou-se o rei e implantou-se a República em 1649, que no fundo encerrava uma ditadura parlamentar contra a qual se insurgiu uma revolução liderada por Cromwell, que estabeleceu um governo autoritário e pessoal. Com a sua morte a monarquia foi restaurada. 
O Reinado dos Stuarts terminava com a Revolução Gloriosa de 1688 que, sem derramamento de sangue, destronou o rei e colocou um outro, de uma nova dinastia, no seu lugar. (Guilherme de Orange). Abriu-se, então, um período de grandes conquistas parlamentares. A nova monarquia era implantada por decisão do Parlamento.
Mas esse só fato não seria suficiente para configurar um governo parlamentar. Faltava uma figura muito importante que era a do Primeiro Ministro, aquele que tinha uma forte ascendência sobre os demais auxiliares do rei podendo inclusive demiti-los. O surgimento de uma autoridade com essas características não seria possível se não com o descaso e a negligência no exercício do poder regido pelo monarca de então. Com efeito, este se desinteressava de comparecer as reuniões com os ministros, preferia incumbir Walpole de transmitir o ocorrido. Ampliaram-se, pois os poderes dos auxiliares diretos do rei e dentre esses a figura daquele que depois veio a ser conhecido como Primeiro Ministro.
Neste largo período de mais de meio século, fixou-se definitivamente a independência do gabinete, independência que Jorge III, apesar de suas tendências absolutistas, não conseguiu aniquilar.
Atravessadas, pois as revoluções do século XVII, que decapitaram um rei e baniram uma dinastia, a Inglaterra surge com o sistema representativo inabalavelmente consolidado, de trilha aberta já para a implantação do sistema parlamentar, segundo momento importantíssimo na vida das instituições políticas daquele país. Essa implantação ocorre, durante o século XVIII, favorecida por circunstâncias históricas determinadas, como as que se prendem ao comportamento dos novos reis da dinastia de Hannover. Com efeito, do conflito do Parlamento com os Stuarts, resultou o principio novo do direito público inglês de que, em caso de dependência com o poder representativo, os ministros decaídos da confiança do Parlamento ficariam sujeitos a um processo de responsabilidade, em que caberia a acusação à Câmara dos Comuns e o julgamento à Câmara dos Lordes.
Portanto o inicio do sistema parlamentar, na Inglaterra, para se instaurar de modo definitivo com a adoção e prática da responsabilidade ministerial, percorre ainda quase um século de vagaroso desenvolvimento das instituições depois da “Revolução Gloriosa”.
Todos esses fatores, somados a outros decorrentes do temperamento e da consciência política do povo inglês, contribuíram sobremodo a favorecer a aparição de um poder político como o parlamentarismo, que representa inquestionavelmente a mais perfeita forma de transição e equilíbrio que jamais se conheceu entre a idade da prerrogativa monárquica e a era da soberania popular.
O PARLAMENTARISMO CLÁSSICO E O PARLAMENTARISMO CONTEMPORÂNEO.
Existiam duas formas de parlamentarismo: o chamado Parlamentarismo Clássico ou dualista, e o Parlamentarismo Monista ou contemporâneo. 
O Parlamentarismo dualista é o encontro das prerrogativas monárquicas em declínio com a autoridade política do povo em ascensão. Os princípios essenciais da forma parlamentar do governo eram a igualdade entre o executivo e o legislativo, a colaboração dos dois poderes entre si e a existência de meios de ação recíproca no funcionamento do executivo e do legislativo. 
No sistemaparlamentar o gabinete ou o ministério representa a parte ativa e cambiante da organização política, o elemento diretor da máquina administrativa, o órgão que verdadeiramente traça a política do País, que governa com responsabilidade. A frente do gabinete se destaca com o tempo a figura do Primeiro Ministro, cuja função se apresenta ainda obscura em meados do século XVIII.
Cabe ao Primeiro Ministro organizar o gabinete, dirigi-lo, presidir-lhe às sessões, chefiar o partido majoritário, exercer a liderança parlamentar, tratar diretamente com o rei, ou Chefe de Estado, servir de intermédio entre ministério e a Coroa ou a Presidência da República, enfim, assumir a direção de todos os negócios do governo e obter sempre o apoio da maioria, demonstrando para tanto a necessária habilidade e competência como líder parlamentar. Cumpre aos ministros manter completa unidade de vistas, professando as mesmas opiniões e adotando a mesma política, em ordem a assegurar a homogeneidade desse corpo dirigente, investindo no inteiro exercício da função governativa.
No decorrer do tempo, aproximadamente no século XVIII houve uma grande mudança nas leis e os Ministros começam a responder pelos atos, por responsabilidades políticas puras, onde passou a ficar de forma indireta subordinada ao poder do rei ou Chefe de Estado e as decisões finais do parlamento não pertenciam mais ao rei. A partir daí a força do voto já estava se tornando independente ao parlamento, pois o rei não obtinha total autonomia sobre a carta final aos ministros, o rei e o parlamento tinham somente o voto de decisão. Os parlamentares a favor da sociedade foram além, e iniciou-se a batalha para que os representantes do povo fossem escolhidos pelo povo é o que defendia o partido dos comuns democráticos, foi então que ganhou força da sociedade até se tornar uma proposta e que viria a se tornar um projeto democrático no parlamento.
O parlamentarismo contemporâneo ou democrático concentrou o poder com tanto monopólio, que ficou impossibilitada a reconstituição do parlamento dualista a realidade do poder político está em suas origens no povo e em seus mecanismos de funcionamento nas casas do poder legislativo. Teve inicio no século XX onde por grandes conflitos dos séculos anteriores alcançou o modelo ideal de parlamentarismo, com força da nação no século XX, com a igualdade política em que todos podem opinar contra o poder monarca absolutista em que o rei e alta burguesia eram os que ditavam as leis e as ordens. Com o início legítimo de governo e política com este modelo contemporâneo de parlamentarismo, que se iniciou com a Câmara dos Comuns no século XII e XIV, que se estendeu por longos períodos e serviu de base para a criação do modelo presidencialista.
PARLAMENTARISMO NO BRASIL
Em setembro de 1961, o Presidencialismo agonizava em uma de suas piores crises do poder, com gravíssima ameaça para a continuidade da ordem democrática. Pôs termo o Ato Adicional a essa crise, instituindo o sistema parlamentar de governo, que teve duração efêmera, estendendo-se de setembro de 1961 a 17 de janeiro de 1963, quando o país restituído pelo voto plebiscitário, ao presidencialismo da Constituição de 1946.
O ato Adicional foi uma fórmula improvisada de salvação pública, que não teve convenientemente preparado para recebê-lo o solo da opinião pública. O erro decisivo do Ato Adicional foi implantar a superestrutura institucional do parlamentarismo dualista, em flagrante contradição com a moderna essência democrática do poder. O Parlamentarismo que aparece sob o Ato Adicional, tinha, pois defeitos congênitos, que cedo o condenavam ao triste fim da morte pela restauração plebiscitária do presidencialismo. Nenhuma circunstância favorecia, por conseguinte, a consolidação daquele parlamentarismo.
O fracasso do sistema parlamentar adotado pelo Ato Adicional se deve múltiplas razões, entre as quais ressalta a imperfeição da própria emenda parlamentarista, a inoportuninade da introdução do regime parlamentar num momento de gravíssima crise política nacional, o despreparo com que a opinião pública recebeu aquela forma de governo, a ignorância das práticas do sistema, por parlamentares subitamente convertidos.
O parlamentarismo monista, democrático, demonstrou com a eloquente experiência brasileira que ninguém divide impunemente a vontade do povo, mediante instituições tomadas a um passado já irrecuperável.
CARACTERÍSTICAS DO PARLAMENTARISMO
É um sistema política representativo onde o Executivo representa a sociedade em geral.
É baseado no princípio da distribuição dos poderes.
O chefe de Governo é uma figura central do parlamentarismo, pois é ele que exerce o poder executivo.
Mantém o governo numa relação de subordinação ao parlamento.
Existência de um Primeiro Ministro que trace as diretivas políticas. 
O Primeiro Ministro é, em regra, membro do parlamento.
Dissolução do Parlamento pelo Chefe do Estado para contrabalançar a dependência do governo perante o parlamento.
Investidura do governo, após expresso voto de confiança do parlamento.
Existência de partidos organizados.
Compatibilidade do cargo de deputado com o de Ministro.
ORIGEM DO PRESIDENCIALISMO
Essa criação do gênio político americano se situa historicamente como desdobramento, algo consciente da experiência constitucional britânica, já assentada sobre os moldes do governo parlamentar, e que recebeu em terras do novo mundo retoques e modificações básicas, impostas pela ambiência americana até configurar-se numa categoria nova e autônoma de organização do poder político. Essa organização de governo não se explica como o nome estaria de pronto a indicar, pela mera existência de um Presidente, do mesmo modo que o parlamentarismo não é apenas o sistema onde rege o governo.
As treze Colônias Americanas tornadas independentes em 1776 viviam sob os frouxos laços de colaboração implantados pela confederação, quando em 1787, em Filadélfia, reuniram-se 55 delegados desses Estados para introduzirem as medidas que se fizessem necessárias para pôr cobro à absoluta falta de unidade e coesão daqueles países relativamente a muitos problemas que não poderiam ser enfrentados senão de uma forma unitária. A manutenção de um exército comum, a cunhagem de uma única moeda, a regulação do comércio exterior, tudo isso estava a exigir que se criasse um poder central com forças e autoridade para tanto. De outra parte, havia o risco de se incorrer em demasias e criar-se um poder tão forte que pudesse resvalar para o despotismo e para tirania.
Os poderes seriam, pois, independentes, mas se controlariam reciprocamente. Desaparece a dualidade entre Chefe de Estado e Chefe de Governo. Esses dois papéis, que não se confundem no parlamentarismo, passam a ser exercidos pelo próprio Presidente da República. Os Ministros são meros auxiliares do Chefe do Executivo e demissíveis por ele a qualquer momento.
O presidente não tem participação quase nenhuma no processo legislativo. Do ponto de vista partidário, desaparece a importância de contar com a maioria no Parlamento. O Presidente da República dispõe dos meios necessários para manter-se no cargo e executar as leis.
Todos os Estados presidencialistas ostentam um Parlamento que em geral se chama Congresso, ao passo que os Estados Parlamentaristas, sem deixarem de o ser, podem eventualmente ter um Presidente da República, embora não possuam o sistema presidencial.
A responsabilidade do Presidente no presidencialismo é penal e não política, responde ele por crime de responsabilidade no exercício da competência constitucional, de ordem administrativo, que lhe é atribuída, não podendo ser destituído, ao contrário do que se passa no parlamentarismo com o chefe do poder executivo, que fundamentalmente cai por razões de ordem política. No presidencialismo, o afastamento do Presidente, fixado o crime de responsabilidade, ocorreria mediante processo que recebe o nome de impeachment, e queas Constituições presidencialistas preveem.
PRINCÍPIOS DO PRESIDENCIALISMO
O Presidente da República deve derivar seus poderes da própria nação, raramente do Congresso por via indireta.
Todo poder Executivo se concentra ao redor da pessoa do Presidente, que o exerce inteiramente fora de qualquer responsabilidade política perante o poder legislativo.
É o sistema que usou de forma clássica o princípio da separação de poderes estabelecido por Montesquieu na idade áurea do Estado liberal.
O poder Executivo ao invés de ser divido com no parlamentarismo, entre o Chefe de Estado e o Chefe de Governo, é presente em uma só pessoa o Presidente da República.
O Representante do poder Executivo é eleito de maneira direta pela própria nação, Exceto em algumas situações.
 O Poder Legislativo (no nosso caso, Congresso Nacional, Assembleias Legislativas, Câmara Distrital e Câmaras de Vereadores) não está sujeito à dissolução e não é Parlamento no sentido estrito, pois seus membros (embora chamados parlamentares) são eleitos pelo povo e por um período fixo de mandato.
 Os ministros de Estado são simples auxiliares do Presidente da República que tem poder para nomeá-los e exonerá-los a qualquer tempo, sendo que cada um atua como se fosse chefe de um grande departamento administrativo.
Tanto o Presidente da República, como os parlamentares representam o Poder Legislativo, são eleitos democraticamente pelo sufrágio universal. Assim, se houver um Presidente da República que seja Ditador ou com evidente predominância autoritária sobre os demais Poderes, então o sistema passa a ser ditatorial e não mais presidencialista.
É sistema típico das Repúblicas.
O MINISTÉRIO
O Ministério no sistema presidencial é um corpo de auxiliares da confiança imediata do Presidente, responsável perante este, sem nenhum vínculo de sujeição política ao Congresso. Tem os ministros no governo presidencial a definida responsabilidade administrativa e não a responsabilidade política como ocorre no parlamentarismo. Administrativamente, respondem eles perante o Presidente, que os investiu em sua confiança e politicamente os sustenta. Como figuras governativas, são mais agentes e colaboradores da vontade presidencial do que autores responsáveis de decisões.
A dissociação entre a carreira ministerial e a carreira parlamentar, presentes no presidencialismo puro, tende a apagar-se, caindo por consequência o rigor da incomunicabilidade de ministros e congressistas, à proporção que se acentua a preponderância do controle destes últimos sobre os primeiros, chamando-os às casas do Congresso, mediante requerimento de informações, prestação de depoimentos em comissões legislativas e até mesmo audiência nas comissões parlamentares de inquérito, cada vez mais numerosas e importantes no mecanismo da vida político-administrativa do Estado.
PRESIDENCIALISMO NO BRASIL
No Brasil, o presidencialismo estabelecido na constituição republicana de 1891 passou por mudanças profundas, ocasionadas por conflitos políticos, revoltas regionais civis, rebeliões militares e inquietação econômica decorrente da grave crise financeira mundial de 1929. A revolução de 1930 deu início ao “presidencialismo forte” de Getúlio Vargas, que se prolongou até 1945. Nas duas décadas seguintes, o presidencialismo pautou-se pela constituição de 1946, com voto direto e popular. A intervenção militar de 1964 interrompeu o ciclo, substituído pela presidência dos generais, que se revezaram no poder pelo voto indireto do Congresso, transformado em colégio eleitoral. Com a constituição de 1988, o presidencialismo recuperou características próximas às do sistema americano, com o fortalecimento do legislativo e do judiciário.
A constituição brasileira de 1988 estabeleceu a competência privativa do Presidente da República.
Cabe ao Presidente da República, previsto na constituição, tomar iniciativa do processo legislativo. De sua competência privativa é igualmente a sanção, a promulgação e a publicação das leis, bem como a expedição de decretos e regulamentos indispensáveis à fiel execução desses diplomas.
Possui também o presidente o poder de veto total ou parcial dos projetos de lei. No entanto, onde avulta mais sua competência normativa paralela à do Congresso Nacional, é na edição de medidas provisórias com força de lei. Estas se fazem admissíveis unicamente em casos de relevância e urgência, sendo substituídas dos velhos decretos de leis, familiares a outras épocas constitucionais do nosso passado republicano. Representam mecanismo de ação urgente do governo.
Colocado diante de problemas e desafios que impetram normatividade de emergência, o Presidente da República se sente compelido a utilizar o remédio excepcional daquelas medidas provisórias com a obrigação que a Constituição lhe impõe de submetê-las, imediatamente, ao exame do Congresso Nacional. Se, porém, esse órgão da soberania estiver em recesso, far-se-á sua convocação extraordinária, para reunir-se no prazo de cinco dias.
As medidas provisórias uma vez editadas perderão eficácia se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogáveis por mais sessenta dias, a contar da data de sua publicação. Ao Congresso Nacional incube disciplinar as relações jurídicas decorrentes de tais medidas.
São ainda atribuições constitucionais do Presidente da República na esfera de sua competência privativa e de seu relacionamento com o poder legislativo: remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias; Prestar anualmente ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas relativas ao exercício anterior; enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstas na Constituição.
Da natureza administrativa é atribuição constitucional do Presidente de nomear exonerar os Ministros de Estado e exercer, com seu auxílio, a direção superior da administração Federal, nomear os Governadores dos territórios, autorizar brasileiros a aceitar pensão, emprego ou comissão de governo estrangeiro, dispor sobre a organização e o funcionamento da administração federal na forma da lei, nomear os diretores do Banco Central e outros servidores, prover e extinguir os cargos públicos federais e exercer outras atribuições desse teor, estatuídas na Constituição.
Quanto ao poder militar, tem o Chefe do Poder Executivo, pelo texto constitucional vigente, competência privativa para: declarar guerra no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas; decretar a mobilização nacional, total ou parcial; celebrar a paz com autorização do Congresso Nacional; permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneça temporariamente; exercer o comando supremo das Forças Armadas; promover os oficiais generais das Forças Armadas e nomeá-los para os cargos que lhe são privativos.
Sobre a política exterior é o Presidente quem decide manter relações com Estados estrangeiros; acreditar seus representantes diplomáticos; celebrar tratados, convenções e atos internacionais do Congresso Nacional.
Ao Presidente da República cabe-lhe uma das mais importantes atribuições constitucionais, a de zelar pelo equilíbrio e conservação da ordem federativa, mediante a preservação e o pronto reestabelecimento da ordem pública e da paz social, podendo para tanto, se necessário, decretar o Estado de defesa e o estado de sítio bem como decretara intervenção federal.
São atribuições Judiciárias, constantes na Constituição: Conceder indulto e comutar penas, com anuência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do SupremoTribunal Federal e dos Tribunais Superiores; nomear magistrados nos casos previstos pela Constituição; nomear o Advogado Geral da União.
Outra atribuição de grande relevância, privativa do Presidente da República, é, finalmente, a de nomear os membros do Conselho da República, assim como convocar e presidir esse órgão superior de consulta, ao qual compete pronunciar-se sobre intervenção federal, o estado de defesa, o estado de sítio e as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas.
Cabe igualmente ao Presidente da República, nos termos dos artigos 84 e 91 da Constituição Federal, convocar e presidir o Conselho de Defesa Nacional, outro órgão de consulta a que ele pode recorrer em se tratando de assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático. 
O MINISTÉRIO NO PRESIDENCIALISMO BRASILEIRO
	
A constituição brasileira faz dos Ministros de Estado meros auxiliares do Presidente da República no exercício do Poder Executivo.
O nosso ordenamento constitucional atribui expressamente ao Ministro de Estado o exercício da orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração federal na área de sua competência. São também atribuições desses auxiliares desse do Presidente: referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente; expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos; apresentar ao Presidente da República relatório anual dos serviços prestados pelo Ministério; e praticar atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Presidente da República.
Os ministros de Estados são escolhidos livremente pelo Chefe do Poder Executivo dentre brasileiros maiores de vinte anos e que se encontrem no exercício dos direitos políticos. São também demissíveis ad nutum do Presidente. Alguns Ministros na qualidade de membros natos fazem parte do Conselho de Defesa Nacional, e o Conselho, por sua vez, é nos termos da Constituição o mais alto órgão de consulta da Presidência da República para a formulação e execução da política de segurança nacional e defesa do Estado democrático.
Sem quebra do Princípio da separação de poderes, os Ministros de Estado se acham, todavia obrigados a comparecer perante a Câmara dos Deputados, o Senado Federal ou qualquer de suas comissões, sempre que uma ou outra Câmara, por deliberação da maioria, os convocar para prestarem, pessoalmente, informações acerca de assunto previamente determinado, o não comparecimento, sem justificação adequada, implica crime de responsabilidade.
Nas relações Constitucionais do Ministério com o Poder Legislativo ocorre também a possibilidade de os Ministros de Estado, a seu pedido, comparecerem perante as comissões ou plenário de qualquer das Casas do Congresso Nacional e debater projetos relacionados com o Ministério sob sua direção.
Certas atribuições da competência privativa do Presidente da República poderão ser por este outorgada ou delegada aos Ministros de Estado, com observância dos limites traçados na respectiva delegação. Taís atribuições se referem ao poder de dispor sobre a organização e o funcionamento dos órgãos da administração federal, bem como sobre o provimento e extinção dos cargos públicos federais.
Os Ministros de Estado nos crimes de responsabilidade conexos com os do Presidente da República serão julgados pelo Senado Federal, funcionando como Presidente o Presidente do Supremo Tribunal Federal. Nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvado neste último caso a conexão com o Presidente da República, serão processados e julgados originalmente pelo Supremo Tribunal Federal.
DIFERENÇAS ENTRE O PRESIDENCIALISMO E O PARLAMENTARISMO
No Parlamentarismo, a função de Chefe de Estado é exercida pelo presidente ou monarca e a de Chefe de Governo, pelo Primeiro Ministro que o chefia. Na verdade, no parlamentarismo verifica-se o deslocamento de uma parcela da atividade executiva para o Legislativo. Nesse particular fortalece-se a figura do Parlamento que, além da atribuição de inovar a ordem jurídica em nível imediatamente infraconstitucional, passa a desempenhar, também, função executiva. No Presidencialismo fica mais nítida a separação das funções.
O presidencialismo não significa, apenas, que o Estado tem um presidente, como também parlamentarismo não designa, meramente, um Estado que tem Parlamento. O que realmente distingue um do outro é basicamente o papel representado pelo Órgão Legislativo. O Parlamento não se limita a fazer leis, mas é também responsável pelo controle do governo, é dizer, aquela parte do Executivo incumbida de aplicar as leis e tomar opções políticas fundamentais. Quando o Parlamento pode por qualquer meio, destituir o Gabinete, por razões exclusivamente de ordem política, tem-se o parlamentarismo. Adversamente, quando o governo é exercido pelo próprio Chefe de Estado, eleito, em regra, popularmente, e sem dependência do Parlamento para manter-se no poder, por prazo determinado, do qual só pode ser desinvestido em razão da prática de certos delitos e não por razões meramente políticas, tem-se o presidencialismo.
O que o presidencialismo perde em termos de ductilidade ás flutuações da opinião pública, ganha em termos de segurança, estabilidade e continuidade governamental. 
Caracterizado por ter todo o poder concentrado no Parlamento, que é, de fato, o único poder, e ainda caso o governo executivo discordar do Parlamento, a maioria dos deputados dissolve esse governo. A Justiça não se opõe ao Parlamento, até porque, em um sistema parlamentarista puro, a Constituição não é rígida: se uma lei for considerada inconstitucional, o Parlamento pode altera a Constituição. No Reino Unido, o exemplo mais puro de parlamentarismo, não há sequer uma Constituição escrita.
O presidencialismo, por sua vez,  produz um gabinete, personificado no presidente, com prazo definido, nesse regime, há três poderes: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, exercidos, respectivamente, pelo presidente da República, pelo Parlamento (no caso do Brasil, o Congresso Nacional) e pelo Supremo Tribunal ou Corte Suprema. Toda a concepção do presidencialismo baseia-se na harmonia desses três poderes, sendo que nenhum pode impor-se ao outro ou tentar superar os demais, e para manter esse equilíbrio, há um sistema de freios e contrapesos pelo qual um poder controla o outro e cada um depende dos outros dois. Em um regime presidencialista, o Legislativo pode ser exercido apenas pela Câmara dos Deputados (sistema unicameral) ou por duas casas, a Câmara e o Senado (sistema bicameral).
CONCLUSÃO
Dado o exposto, percebe-se que o Parlamentarismo e o Presidencialismo são sistemas de governo que garantem os direitos fundamentais da sociedade. Desde a mais remota antiguidade e até hoje, se tenta estudar, compreender e explicar a estrutura política das sociedades transformadas em Estados. São inúmeros os tratadistas que abordaram o assunto, entre eles: Aristóteles e Montesquieu.
Montesquieu é bastante lembrado no presidencialismo, onde ele traça os parâmetros fundamentais da organização política liberal, citando as separações dos três poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário. 
Diante do trabalho apresentado, conclui-se que não existe melhor sistema de governo, cada Estado utiliza o sistema de governo que melhor lhe cabe sendo ele Presidencialismo ou Parlamentarismo.
REFERÊNCIAS
AZAMBUJA, Darcy. Teoria Geral Do Estado. 44ª ed. São Paulo: Globo S.A, 2005.
BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. 14ª ed. São Paulo: Malheiros editores LTDA, 2007.
BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Teoria Do Estado e Ciência Política. 3ª ed. São Paulo: Saraiva 1995.
DA SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo. 38ª ed. São Paulo: Malheiro Editores LTDA, 2015.
TEMER, Michel. Elementos de Direito Constitucional. 24ª ed. São Paulo: Saraiva 2014.

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