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SISTEMAS DE GOVERNO - Antonio Eduardo

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SISTEMAS DE GOVERNO
É compreendido pela ciência política como a forma pela qual se organiza e se exerce o poder político nos limites de um Estado, sendo determinados pelo grau da relação entre os poderes executivo e legislativo, independentes, como no presidencialismo ou inteiramente dependentes, como no parlamentarismo.
Sistema de Governo Parlamentarista
O primeiro caso dar-se-ia na Inglaterra. Em 1642, as discordâncias entre o rei e o parlamento levariam a uma guerra civil, que resultaria na reestruturação da distribuição dos poderes políticos, até então vigente. A monarquia foi derrotada e abolida, mas acabou sendo reinstaurada, após uma experiência de ditadura republicana, com Carlos II e, seu irmão, Jaime II. No entanto, estes reinados foram marcados por constantes embates entre a extensão dos poderes do rei e a extensão dos poderes do parlamento, abrindo o caminho para novos conflitos internos. A solução ocorreria, em 1689, com o Bill of Rights, que introduziria mudanças profundas no sistema político: coroar-se-ia um novo monarca, Guilherme de Orange, sem que lhe fossem outorgadas as mesmas competências de seus antecessores. De fato, o rei deixava de governar, passando esta atribuição a um membro destacado do Parlamento, denominado de primeiro-ministro, que formaria um gabinete, com pessoas de sua confiança, para auxiliá-lo. O Parlamento passava, assim, a deter, além de suas tradicionais funções legislativas, competências nas áreas administrativas, fiscais, financeiras e militares. 
O parlamentarismo é um sistema estruturado sobre a existência de um órgão legislativo, cujas cadeiras estão divididas entre partidos políticos. Pela lógica, o partido ou coalizão que detiver a maioria das cadeiras terá poder de aprovar as leis em concordância com o seu programa. Mas, também terá a prerrogativa de formar o governo para executá-las. Isso se dará porque as funções executivas serão desempenhadas por um primeiro-ministro, escolhido pelo partido que detiver a representação majoritária no Poder Legislativo. Em consequência desta configuração, a política traçada pelo governante terá no Parlamento o apoio necessário para ser aprovada. É o que vemos no cotidiano político de países que adotam este sistema, como a Alemanha, a Áustria, a Itália, a Finlândia, a Turquia, dentre outros. No Reino Unido, em 1979, com a vitória expressiva do partido Conservador, assumia o cargo de primeiro-ministro, Margareth Tatcher, apelidada de “the iron lady”(a dama de ferro), que conseguiu desenvolver seu agressivo programa de privatizações, enfraquecimento de sindicatos e não concessões de direitos trabalhistas.
Caso venha a perder a maioria parlamentar, como em eleições ou numa quebra da aliança entre os partidos apoiadores, haverá a natural substituição do primeiro-ministro. É, portanto, um sistema mais flexível e estável, pois, de um lado, quem governa possui consigo necessariamente uma base de apoio majoritária, capaz de aprovar seus projetos, e, de outro, caso perca esta sustentação, será substituído por outro que a detenha. Como reflexo desta dependência Executivo-Legislativo, mudando-se a composição do parlamento, altera-se a composição do governo. Foi o que ocorreu, por exemplo, nas eleições de 1997, no Reino Unido. O Parlamento contava, então, com 321 deputados do partido conservador, 272 do partido trabalhista e 58 de outros partidos. Após as apurações, o partido trabalhista passou a deter 418 cadeiras, contra apenas 165 do conservador e 76 de outros, ou seja, mais do que a soma de todos os demais juntos. Em consequência, assumiu um primeiro-ministro do partido trabalhista, Tony Blair. Há de se destacar que apesar do governante ser, em grande parte dos países parlamentaristas, eleito indiretamente, não há nesse sistema um decréscimo em termos de democracia.  
O Parlamentarismo é um sistema de governo em que o poder legislativo (parlamento) proporciona a sustentação política (apoio direito ou indireto) para o poder executivo. Sendo assim, o poder executivo necessita do poder do parlamento para ser constituído e também para governar. 
O sistema parlamentarista pode se apresentar de duas maneiras:
· Na República Parlamentarista, o chefe de estado (com poder de governo) é um presidente eleito pelo povo e empossado pelo parlamento, por tempo determinado.
· Nas Monarquias parlamentaristas, o chefe de governo é o monarca (rei ou imperador), que assume de forma hereditária. Neste último caso, o chefe de estado (quem governa de fato) é um primeiro-ministro, também chamado de chanceler.
Sistema de Governo Presidencialista
O segundo modelo surgiria do outro lado do Atlântico, nos Estados Unidos. Com a independência, a primeira preocupação foi a de estruturar um sistema de governo em que houvesse uma rígida separação de poderes. Vitimados pelo autoritarismo da antiga metrópole, os americanos não queriam concentrar poderes nas mãos da mesma pessoa ou órgão, permitindo o ressurgimento do quadro de arbítrios e imposições. A criação de leis foi atribuída a um órgão legislativo bicameral, denominado de Congresso. As funções executivas foram atribuídas a um cidadão, eleitas indiretamente, para um mandato fixo, que também teria as prerrogativas de manter as relações com outros países. Conceder-se-ia a este o título de Presidente. Havia, ainda, o Poder Judiciário que decidiria sobre a correta aplicação da lei, exercendo, assim, uma atividade de controle. Inexistia relação de hierarquia entre os poderes, inexistia a possibilidade de interferência de um poder nas atividades de outro e inexistia o predomínio de um sobre os demais, gerando desequilíbrios. 
  Hoje, o sistema de governo refere-se ao modo pelo qual os Poderes políticos são divididos e exercidos dentro de um Estado. Quando, de um lado, estruturamos um Poder Executivo e atribuímos seu exercício a um Presidente, e, de outro, estruturamos um Poder Legislativo, ficando a criação de leis afetas sob a competência de um órgão diverso, o Legislativo, inexistindo vínculos ou relação de dependência entre este e aquele, temos o chamado sistema presidencialista, adotado pelo Brasil. No entanto, quando as funções legislativas são atribuídas a um órgão, o Parlamento, que destaca parte de seus membros para o exercício das funções executivas, ter-se-á o denominado regime parlamentarista. Existe, ainda, uma terceira forma, o semipresidencialismo, que mescla  parte do sistema parlamentarista com parte do sistema presidencialista.
A concepção, aqui, é bem diferente. Este sistema, ao contrário do parlamentar, é estruturado em torno da existência de dois Poderes sem vínculos entre si: o Executivo e o Legislativo. Atribuir-se-á ao Presidente da República tanto a responsabilidade pela direção da política interna, quanto da externa. No primeiro caso, atuará como chefe de estado; no segundo, como chefe de governo. Para auxiliá-lo, foram criados os Ministros de Estado, pessoas de sua confiança, livremente nomeados e exonerados. A produção das leis ficará afeta ao Congresso. Assim, se olharmos de fora, veremos que as funções executivas estão personificadas no Presidente, enquanto que as legislativas em órgão diverso. A independência dos poderes é à base deste sistema. Logo, a mudança de presidente não implica em mudança na força dos partidos no congresso, e vice-versa. Outra consequência reside na possibilidade do partido presidencial não ser majoritário no Legislativo. Um exemplo emblemático foi o do Presidente Collor, eleito pelo Partido da Reconstrução Nacional (PRN), à época, com presença inexpressiva no Congresso Nacional, algo nunca visto na história política do país.
Para se garantir que um poder não interfira no outro, há a necessidade da existência de freios e contrapesos. É de se destacar, também, que o Presidente não precisa ser proveniente do Poder legislativo, e sequer há a necessidade de ter exercido, antes, algum tipo de mandato parlamentar. É o caso da atual presidenta Dilma Roussef, que nunca foi vereadora, deputada ou senadora.
REFERÊNCIAS 
MENEZES, Anderson. Teoria Geraldo Estado. 8. Ed. Rio de Janeiro: Ed. Forense, 2009.
NÁPOLI, Edem. Direito Constitucional - Resumo para Concursos. 2. ed. Salvador: Juspodvim.
TEIXEIRA, Antonio Leite. Os Sistemas de Governo. Consultado em 17/05/2018. Disponível na Internet em: https://jus.com.br/artigos/45971/os-sistemas-de-governo
"Sistemas de governo" em Só História. Virtuous Tecnologia da Informação, 2009-2018. Consultado em 17/05/2018. Disponível na Internet em: http://www.sohistoria.com.br/ef2/sistemasgoverno/

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