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TÓPICOS SOBRE FUNDAMENTOS DA LINGUÍSTICA I

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FUNDAMENTOS DA LINGUÍSTICA I
PANORAMA DOS ESTUDOS LINGUÍSTICOS
GREGOS:
Reflexões sobre a origem da linguagem.
Gramática das regras e das exceções.
SÉCULO XVII – GRAMÁTICAS GERAIS
A influência grega continua.
Época do racionalismo.
Linguagem como representação do pensamento.
Todas as línguas obedecem a princípios racionais, lógicos.
Surgem as gramáticas racionais e gerais. Clareza e precisão.
Objetivo = atingir a LÍNGUA – IDEAL, universal e lógica.
Modelo = gramática de Port – Royal, também chamada de Gramática Geral, de Claude Lancelot e Antoine Arnaud (1660).
SÉCULO XIX –GRAMÁTICAS COMPARADAS E LINGUÍSTICA HISTÓRICA
As línguas se transformam com o tempo.
Trata-se de uma necessidade da língua. Não há controle do homem.
Franz Bopp, linguista alemão = fundador da linguística histórica ou comparatista (1816). 
Obra = “Sobre o sistema de conjugação do sânscrito”, comparado ao grego, ao latim, ao persa e ao germânico. 
Semelhança entre as línguas. As mudanças são regulares.
É a busca da língua – mãe, da origem: o indo- europeu. 
Neogramáticos: leis fonéticas para explicar a evolução (leis da linguística se aproximam das leis físicas). Enfoque naturalista: o biologismo linguístico = as línguas nascem, crescem e morrem. 
LINGUÍSTICA E GRAMÁTICA
GRAMÁTICA NATURAL
Sistemas de regras segundo as quais os falantes constroem as frases.
Um saber intuitivo, o próprio saber linguístico ou competência idiomática de cada falante.
GRAMÁTICA ARTIFICIAL
Descrição desse saber linguístico: uma obra, um livro, um manual em que se registra essa descrição. 
 
LINGUÍSTICA
LINGUAGEM E LÍNGUA
LINGUÍSTICA
Estuda o funcionamento da língua.
Estuda a linguagem verbal humana.
LINGUAGEM HUMANA ARTICULADA 
Atividade mental.
Comunicar pensamentos, sentimentos e desejos.
“Sistemas complexos que interagem com outros sistemas de conhecimento na mente de um indivíduo, ativado logo após o nascimento e que lhe permite vir a adquirir a língua ou as línguas faladas no ambiente ao seu redor”. (M.C. Rosa)
LÍNGUA
Conjunto de convenções adotadas por uma comunidade linguística para se comunicar.
Produto social na mente de cada falante de uma comunidade.
Caráter homogêneo.
FALA
Realização individual, atualização.
Os atos da fala diferem de membro para membro da comunidade linguística.
Os falantes não dominam nem utilizam o conjunto língua da mesma maneira.
SINCRONIA
Estudo da língua em que se faz abstração do tempo. Descreve estados da língua: Você 
DIACRONIA
Enfoque dos fenômenos linguísticos sob a perspectiva temporal. Observa-se a evolução da língua através dos tempos:Vossa Mercê > Vosmecê > Você.
TEORIA DOS SIGNOS
A atividade linguística é uma atividade simbólica, o que significa que as palavras criam conceitos e esses conceitos ordenam a realidade, categorizam o mundo. Por exemplo: criamos o conceito de pôr- do – sol. Sabemos que, do ponto de vista científico, não existe pôr-do-sol, uma vez que é a Terra que gira em torno do Sol.
As palavras formam um sistema autônomo que independe do que elas nomeiam, o que significa que cada língua pode categorizar o mundo de forma diversa.Os signos definem-se uns em relação aos outros.O inglês tem duas palavras , sheep e mutton, para expressar o que exprimimos com a palavra carneiro.O primeiro significa o animal, o segundo uma porção de carne do animal preparada e servida à mesa. Em português dizemos O carneiro é gordo e O carneiro está delicioso. Em inglês, no primeiro caso,emprega-se sheep e, no segundo, mutton. A mesma realidade é categorizada de forma diferente em português e inglês.
O SIGNO LINGUÍSTICO:SIGNIFICANTE E SIGNIFICADO
Saussure pensa que o signo linguístico resulta da união de um conceito com uma imagem acústica: “O que o signo linguístico une não é uma coisa e um nome, mas o conceito e uma imagem acústica”, tomados, ambos, como entidades psíquicas e unidos, em nossa mente, por um vínculo (também chamado relação) associativo.
Um conjunto de significantes , por meio dos quais nos comunicamos, constitui uma cadeia de significantes ou plano de expressão; o conjunto dos significados que comunicamos através de uma cadeia de significantes constitui um plano de conteúdo. Dessa forma, cada língua faz corresponder a determinados planos de expressão determinados planos de conteúdo.
CARACTERÍSTICAS DO SIGNO LINGUÍSTICO
A ARBITRARIEDADE DO SIGNO LINGUÍSTICO
Uma das teses mais controversas de Saussure é a que afirma ser o signo linguístico arbitrário: “o vínculo que une o significante ao significado é arbitrário”.Assim, o significado “boi” tem diferentes significantes em diferentes línguas:
SIGNIFICADO SIGNIFICANTES			
“BOI”						port. /boj/ “boi”
						esp. /bwej/buey
						fr. /boef/ boeuf
						 			
A palavra arbitrário significa duas coisas diferentes: em primeiro lugar, ela nos diz que não há nenhum tipo de relação intrínseca ou de causalidade necessária entre os diferentes planos de expressão acima apresentados e o plano de conteúdo que elas traduzem; em segundo lugar, a palavra arbitrário não significa que o PE ( plano de expressão) dependa da livre escolha do falante,visto que nenhum indivíduo pode mudar o signo estabelecido pelo seu grupo linguístico.Arbitrário equivale melhor a imotivado, já que o significante não guarda nenhum vínculo de tipo natural com o significado.
Exceção: onomatopeias. 
OS DOIS EIXOS DA LINGUAGEM
SINTAGMA
Combinação de signos que tem por suporte a extensão na linguagem articulada. Essa extensão é linear e irreversível . Cada termo tira seu valor da oposição ao que o precede e ao que o segue.
Ao colocar a linearidade como uma das características fundamentais do signo, Saussure havia observado que os signos falados formam uma cadeia em que cada elemento do PE ( plano de expressão) ocupa uma posição determinada (distribuição): não se pode pronunciar dois fonemas na mesma unidade de tempo.As palavras presentes no discurso contraem certas dependências fundadas no caráter linear da língua. 
O discurso sintagmático dispõe-se sobre um eixo cujo suporte segmental é a extensão linear dos significantes e cuja propriedade básica é a de construir-se por meio da combinação de unidades contrastantes. Esse contraste se dá entre elementos do mesmo nível: fonema contrasta com fonemas, morfema com morfema, etc., instaurando relações distribucionais.
PARADIGMA
É o eixo das associações que têm algo em comum.
Um paradigma é uma classe de elementos que podem ser colocados no mesmo ponto de uma mesma cadeia, ou seja, são substituíveis ou comutáveis entre si.

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