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C C DP IV 2017

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C C - DIREITO PENAL IV - CCJ0034 
 
 SEMANA 1 - Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, 
às questões formuladas: 
Em datas e horários diversos, todavia no período compreendido entre meados do mês de fevereiro até 
o mês de maio do ano de 2014, RONALDO ESPERTO, prevalecendo-se da condição de perito, 
nomeado pelo juízo da Xª Vara civil da Comarca da Capital, com o fim de obter indevida vantagem 
econômica solicitou aos advogados de determinado processo, o pagamento de determinada quantia 
em dinheiro para fins de elaboração de laudo favorecendo o cliente destes, todavia as vítimas não 
concordaram em repassar qualquer montante a RONALDO ESPERTO. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os Crimes contra a Administração Pública, 
responda às questões formuladas: 
 
a) RONALDO ESPERTO é considerado funcionário público para fins penais? Responda de forma 
objetiva e fundamentada. 
Resp.: Sim, Ronaldo Esperto é considerado funcionário público para fins penais, nos termos do 
Art.327, caput, do código penal. 
 
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente 
ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. 
§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade 
paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a 
execução de atividade típica da Administração Pública. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
 
b) Qual a correta tipificação de sua conduta? Ainda, responda se a mesma restou tentada ou 
consumada, haja vista as vítimas não terem concordado em repassar qualquer montante ao agente. 
Resp.: A conduta típica está configurada no Art. 317,caput, CP, Corrupção Passiva. Apesar de 
admitir a tentativa, o referido Artigo deixa claro que a simples solicitação é suficiente para consumar 
o ato ilícito. 
 
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da 
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal 
vantagem: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e multa. 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 
12.11.2003) 
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário 
retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional. 
§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever 
funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. 
Facilitação de contrabando ou descaminho 
 
Questão objetiva. - Acerca dos crimes contra a Administração pública, assinale a resposta correta. 
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a) O crime de denunciação caluniosa (art. 339 do CP), além de outros requisitos de configuração, 
exige que a imputação sabidamente falsa recaia sobre vítima determinada, ou, ao menos, 
determinável. (X) 
 
Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de 
investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, 
imputando-lhe crime de que o sabe inocente: 
 
b) Para a configuração do crime de peculato-furto (art. 312, § 1°, CP) é suficiente que o sujeito ativo, 
funcionário público, subtraia um bem móvel particular que esteja sob a guarda da Administração 
pública. 
c) Considera-se funcionário público, para efeitos penais, quem exerce múnus público, assim 
entendido o ônus ou encargo para com o poder público, como no caso do curador. 
d) Nos crimes de inserção de dados falsos em sistemas de informações (art. 313-A do CP) e 
modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações (art. 313-B do CP) se exige que 
figure, como sujeito ativo da conduta, o funcionário público autorizado. 
e) Ao contrário do que ocorre na extorsão, o crime de concussão é classificado como delito material, 
operando-se quando o agente aufere a vantagem indevida almejada. 
 
 SEMANA 2 - Túlio, Guarda Municipal, encontrava-se em serviço em frente a determinado prédio 
público, quando verificou que José iniciava uma pichação naquele prédio. Em razão disso, 
ordenou a Flaviano Bom de Tinta que parasse de imediato e entregasse o material que estava 
sendo utilizado na pichação. Ocorre que Flaviano Bom de Tinta, para garantir sua fuga, desferiu 
chutes na canela do funcionário e, de imediato, empreendeu fuga, não vindo a ser alcançado. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os Crimes contra a Administração 
Pública, responda às questões formuladas: 
 
a) Diferencie as condutas de desacato, resistência e desobediência. Responda de forma objetiva e 
fundamentada. 
Resp.: As tais condutas, estão tipificadas respectivamente, nos Art. 331, 329 e 330 do Código Penal. 
 
Desacato - 331– É a ofensa direcionada ao funcionário público no exercício da sua função ou em 
razão dela. Exemplo - xingar o funcionário público. 
 
Resistência- 329 – É a oposição à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça contra a 
pessoa do funcionário executor ou terceiro que o auxilia, representantes da força pública. Exemplo – 
resistir a mandado de prisão decorrente de sentença condenatória, mesmo que supostamente 
contrária aos autos. 
 
Desobediência – 330 - quando o agente descumpre, não atende a ordem legal de funcionário público 
competente. É a resistência pacífica. Exemplo - gerente de banco descumpre determinação judicial de 
exibição de documentos. 
 
b) Qual a correta capitulação da conduta de Flaviano Bom de Tinta? Responda de forma objetiva e 
fundamentada. 
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Resp.: A conduta mais gravosa, no caso a do Art.331,CP, Desacato, pelo Principio da Consunção 
absorve os demais delitos. 
 
Questão objetiva. - Em relação aos crimes praticados por particulares e funcionários públicos 
contra a Administração Pública, analise as assertivas e assinale a alternativa correta: 
I – Pode-se afirmar que o crime de prevaricação tipifica-se por retardar ou deixar de praticar, 
indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse 
ou sentimento pessoal. (V) 
II – O descumprimento, por autoridade administrativa, de sentença proferida em Mandado de 
Segurança, pode configurar, em tese, o crime de prevaricação. (V) 
III – Para configuração do crime de corrupção passiva, na modalidade solicitar vantagem indevida, é 
necessário que a solicitação do funcionário seja correspondida pelo particular. (F) 
IV – Se o funcionário deixa de praticar ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a 
pedido ou influência de outrem, comete o delito de condescendência criminosa. (F) 
V – No crime de concussão, como o particular é ameaçado, caso ceda à exigência do funcionário, 
não incorre em corrupção ativa. (V) 
a) Apenas as assertivas I, II e III são verdadeiras. 
b) Apenas as assertivas I, II e V são verdadeiras. (X) 
c) Apenas as assertivas II, IV e V são verdadeiras. 
d) Apenas as assertivas II, III e IV são verdadeiras. 
e) Apenas as alternativas II, III e V são verdadeiras. 
 
 SEMANA 3 - ARNALDO, jovem de 17 anos, após praticar o crime de roubo de um veículo 
automotor, procura seu amigo LAURO e o solicita que mantenha o carro guardado em sua casa 
por um tempo. LAURO aceita a incumbência e ageconforme o combinado, unicamente com a 
intenção de ajudar ARNALDO. Contudo, a autoria do roubo é descoberta, pois a Polícia Civil 
consegue recuperar o veículo que ainda estava com LAURO. Dos fatos, ARNALDO e LAURO são 
denunciados em processo-crime pelo delito de roubo, sendo LAURO, considerado partícipe do 
delito. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos contra o Patrimônio e 
Administração Pública, responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões: 
 
a) A capitulação da conduta de LAURO está correta? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
Resp.; 
Está equivoca a capitulação da conduta de Lauro. No caso, Lauro presta auxílio indiretamente a 
Arnaldo, ou seja, assegurando, para ele, a ocultação da coisa, proveito do crime. Dessa forma, a 
capitulação da conduta de Lauro deve ser o delito de favorecimento real. Art. 439 do CP. 
 
b) O fato de ARNALDO ser inimputável possui alguma relevância para a conduta de LAURO? 
Resp.: 
O fato de Arnaldo ser inimputável não possui nenhuma relevância para a conduta de Lauro. No caso 
do favorecimento real, pune-se a conduta daquele que prestar (proporcionar, oferecer) a criminoso, 
fora dos casos de coautoria ou de receptação, auxílio destinado a tornar seguro o proveito do crime. 
 
Jurisprudência: 
TJ-RO - Apelação APL 00029553920108220010 RO 0002955-39.2010.822.0010 (TJ-RO) 
Data de publicação: 28/05/2015 
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Ementa: Apelação criminal. Receptação dolosa. Conjunto probatório harmônico. Ação delitiva 
dolosa comprovada. Absolvição. Impossibilidade. Desclassificação para favorecimento real. 
Descabimento. Recurso não provido. I. A apreensão da res furtiva em poder do acusado faz presumir 
a autoria do crime de receptação e gera a inversão do ônus da prova, cabendo-lhe demonstrar que 
recebeu o bem de modo lícito e, não logrando êxito, impõe-se a manutenção da condenação. II. Para 
a desclassificação para o crime de favorecimento real (art. 349 do CP ), é indispensável que esteja 
comprovado nos autos que a intenção do agente era a de auxiliar o responsável pelo delito anterior, 
sendo inviável quando não ficar comprovada esta condição. III. Recurso não provido. 
 
Doutrina: 
Greco diferencia receptação do favorecimento real, explicando que neste, o proveito é próprio ou de 
terceiro, enquanto que naquele o agente “age exclusivamente em favor do autor do delito 
antecedente”. Outra diferença é que na receptação o proveito é somente econômico. (2014, p. 666). 
 
Ensina ainda o doutrinador que prestar auxílio significa ajudar, socorrer. O agente, portanto, auxilia 
o autor da infração penal, que o artigo denomina de criminoso, a preservar, a conservar o proveito 
do crime. (2014, p. 665). 
 
Mirabete explica que a diferença é que no favorecimento real “assegura o proveito do crime (por 
amizade ou em obséquio ao criminoso)” em quanto que o favorecimento pessoal “assegura a fuga, 
escondimento ou dissimulação do autor do crime”. (2005, p. 445). 
 
Questão objetiva 3 - Xisto, Vereador de um determinado município do Estado de Sergipe, com o 
escopo de vingar-se do seu desafeto Tácito, também Vereador do mesmo município, faz uma 
denúncia escrita de crime eleitoral perante a Autoridade Policial contra Tácito, sabendo da 
inocência deste, apresentando-se como Moisés para não ser identificado. O Inquérito Policial é 
instaurado pela Autoridade Policial. Neste caso Xisto cometeu crime de 
a) denunciação caluniosa com pena de 2 a 8 anos, aumentada de um terço. 
b) comunicação falsa de crime, com pena de 1 a 6 meses de detenção e multa, aumentada de um 
terço. 
c) denunciação caluniosa com pena de 2 a 8 anos e multa, aumentada da sexta parte. (X) 
d) comunicação falsa de crime, com pena de 1 a 6 meses de detenção e multa, sem qualquer 
majoração. 
e) denunciação caluniosa, com pena de 2 a 8 anos, sem qualquer majoração. 
 
Resp: Letra “c” nos termos do Art.339, §1º,CPP 
Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de 
investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, 
imputando-lhe crime de que o sabe inocente: (Redação dada pela Lei nº 10.028, de 2000) 
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. 
§ 1º - A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou de nome suposto. 
§ 2º - A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de contravenção. 
 
 SEMANA 4 - Leia a notícia abaixo e responda às questões formuladas. Tentativa de roubo de 
tênis termina com morte de uma adolescente em SP. O criminoso queria roubar o tênis do 
namorado da vítima. Gabriela dos Santos tinha 17 anos, chegou com vida ao hospital, mas não 
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resistiu. Disponível em: http://g1.globo.com/hora1/noticia/2016/11/tentativa-de-roubo-de-
tenistermina-com-morte-de-uma-adolescente-em-sp.html (Atualizado em 16/11/2016 08h44) 
 
A polícia de São Paulo procura um motoqueiro suspeito de matar uma adolescente, na capital. Tudo 
aconteceu porque o criminoso queria roubar o tênis do namorado dela. O crime aconteceu por volta 
das 20h de segunda-feira (14). Uma câmera de segurança gravou a aproximação de uma moto preta, 
em baixa velocidade na avenida Arraias do Araguaia, em Sapopemba. A polícia suspeita que o rapaz 
que aparece nas imagens, de capacete preto e blusa vermelha, procurava uma vítima pelo bairro - e 
encontrou assim que entrou na travessa Alessandro Tassoni. Era um casal que saiu de uma padaria 
caminhando e foi parado quase na porta de casa. O namorado contou à polícia que o ladrão desceu 
da moto, apontou uma arma para o casal e exigiu que ele entregasse o tênis. 
Quando o rapaz se abaixou para tirar o calçado dos pés, o motoqueiro fez um disparo que atingiu a 
cabeça da namorada, que estava ao lado. O bandido fugiu sem levar nada. Os namorados tinham 
saído de casa só para trocar dinheiro e já estavam voltando quando foram abordados. O rapaz 
contou aos policiais que tudo foi muito rápido e quando ele pediu calma, o ladrão atirou. Gabriela 
dos Santos, de 17 anos, foi socorrida pelos parentes. Chegou com vida ao pronto socorro, mas 
algumas horas depois os médicos constataram a morte cerebral da adolescente. A vizinhança passou 
o dia tentando acalmar a família da jovem. Revoltados, os amigos e os parentes não quiseram falar 
sobre o crime. Até agora ninguém foi preso. A polícia disse que o suspeito aparenta ter menos de 
20 anos e cerca de um 1,80m de altura. Com base nos estudos realizados sobre os crimes em 
espécies e delitos hediondos, responda às questões formuladas: 
 
a) Qual a correta capitulação da conduta do motoqueiro? Ainda, o delito restou tentado ou 
consumado? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
Resp.: Latrocínio. De acordo com o tribunal o STF, na sumula 610 STF, o crime de latrocínio se 
consuma o crime mesmo não havendo subtraçao da coisa, quando do fato ocorrer a morte. 
 
b) Caso o motoqueiro venha a ser preso e posteriormente condenado pelo delito praticado, sendo no 
curso do processo-crime descoberto que o mesmo é reincidente, qual será o prazo mínimo de 
cumprimento de pena para a progressão de regimes? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
Resp.: De acordo com a lei 8.072/90 do artigo 2 §2 o Motoquerio sendo Reincidente ele poderá 
progredir de regime quando cumprir 3/5 da pena condenado. Reincidente por crime hediondo ou 
equiparado praticado a partir de 29/03/2007. 
 
Questão objetiva 
A respeito do que dispõe a Constituição Federal de 1988 e a Lei n.º 8.072/1990, assinale a opção 
correta.a) O agente que pratica homicídio simples, consumado ou tentado, não comete crime hediondo.(V) 
b) A prática de racismo constitui crime hediondo, inafiançável e imprescritível. (F) 
c) A tortura é crime inafiançável, imprescritível e insuscetível de graça ou anistia. (F) 
d) O crime de lesão corporal dolosa de natureza gravíssima é hediondo quando praticado contra 
parente consanguíneo até o quarto grau de agente da segurança pública, em razão dessa condição. F 
e) A lei penal e a processual penal retroagem para beneficiar o réu. (F) - Penal retroage e processual 
não retroage. 
 
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 SEMANA 5 - Leia a situação hipotética abaixo e responda às questões formuladas: 
ROMOALDO, padrasto de L.T, de 11 anos de idade, foi denunciado pelos vizinhos por ter 
submetido a criança a intenso sofrimento físico e mental com o fim de castigá-la ao agredi-la por 
diversas vezes com a utilização de seu cinto, pois esta estava brincando na sala de sua casa no 
momento em que ROMOALDO assistia ao jogo final do campeonato estadual de futebol e o 
barulho da brincadeira atrapalhava sua concentração no jogo. Dos fatos, ROMOALDO restou 
denunciado pelo delito de maus-tratos, previsto no art.136,§1º, do Código Penal. Ante o exposto, 
com base nos estudos realizados sobre os crimes em espécie e crimes hediondos e equiparados, 
responda de forma objetiva e fundamentada se a capitulação da conduta de ROMOALDO está 
correta. 
 
Resp.: Romoaldo, conforme denúncia dos vizinhos submeteu a criança a intenso sofrimento físico e 
mental com o fim de castiga-lo, ou seja a finalidade não era uma simples repreensão ou mesmo com o 
fim de educação. Dessa forma o delito praticado por Romoaldo se enquadra, conforme código penal 
no crime de tortura. 
 
QUESTÃO OBJETIVA - Crisóstomo, policial militar, e Elesbão, agente da Polícia Civil, agindo em 
comunhão de esforços e desígnios, buscando a confissão de um crime, provocaram intenso 
sofrimento físico a Nicanor. Posteriormente, Vitorino, delegado de polícia, ao saber do ocorrido, 
mesmo possuindo atribuição investigativa, opta por não apurar o caso, visando a abafá-lo. 
Nesse contexto é correto afirmar que: 
a) todos praticaram crimes da Lei nº 9.455, contudo a conduta do delegado não é equiparada a crime 
hediondo. 
b) o policial militar cometeu crime militar, equiparado a hediondo; o agente cometeu crime previsto 
na Lei n° 9.455, também equiparado a hediondo; e o delegado cometeu crime de prevaricação, não 
hediondo. 
c) O policial militar e o agente cometeram crime previsto na Lei n° 9.455, equiparado a hediondo; e 
o delegado cometeu crime de prevaricação, não hediondo. 
d) todos praticaram crimes equiparados a hediondo, previstos na Lei n° 9.455. (X) 
e) o policial militar cometeu crime militar, não hediondo; o agente cometeu crime previsto na Lei n° 
9.455, equiparado a hediondo; e o delegado cometeu crime de prevaricação, não hediondo. 
 
 SEMANA 6 - LEONARDO foi surpreendido por policiais militares, na noite de sábado, 11 de 
janeiro de 2014, às 00h30min, próximo a um bar localizado na Asa Norte de Brasília, trazendo 
consigo uma porção de cocaína totalizando massa líquida de 26,45g. No carro em que ele estava 
foi encontrada a droga em um saco plástico e dinheiro. Dos fatos restou denunciado e 
condenado pelo delito de tráfico de drogas, previsto no art.33, caput, da Lei n.11343/2006. Em 
sede de apelação criminal suscitou sucessivamente: 
 
(I) atipicidade material da conduta pelo princípio da insignificância; 
(II) desclassificação para o delito de porte de drogas para uso. 
 
Ante o exposto, sendo certo que no momento da abordagem, seus atos não poderiam qualificar sua 
conduta como sendo a de vendedor de drogas, analise a possibilidade de aplicação das teses 
defensivas. Responda de forma objetiva e fundamentada. 
 
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Resp.: O princípio da insignificância no caso do delito de tráfico de drogas, não é aceito pelo STF, 
no entanto a desclassificação para o delito de porte de drogas para o delito de uso de droga é 
cabível, vez que, conforme as regras previstas no art. 28 $2 devem ser analisada, em conjunto pelo 
juiz todos os elementos para definir se a droga apreendida sob a posse de um indivíduo destina-se a 
consumo pessoal, neste caso deve ser analisado a natureza da substância apreendida, a quantidade 
das substância apreendida, o local em que se desenvolveu a ação e com que se desenvolveu a ação, as 
circunstâncias sociais e pessoais e a conduta e os antecedentes do agente. Se na analise, a respostas 
forem favoráveis ao agente, o delito deve ser considerado com porte de droga para uso pessoal. 
 
QUESTÃO OBJETIVA - Se determinada pessoa, maior e capaz, estiver portando certa quantidade 
de droga para consumo pessoal e for abordada por um agente de polícia, ela: 
a) estará sujeita à pena privativa de liberdade, se for reincidente por este mesmo fato. 
b) estará sujeita à pena privativa de liberdade, se for condenada a prestar serviços à comunidade e, 
injustificadamente, recusar a cumprir a referida medida educativa. 
c) estará sujeita à pena, imprescritível, de comparecimento a programa ou curso educativo. 
d) poderá ser submetida à pena de advertência sobre os efeitos da droga, de prestação de serviço à 
comunidade ou de medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. (X) 
e) deverá ser presa em flagrante pela autoridade policial. 
 
 SEMANA 7 - Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, 
às questões formuladas: 
Astolfo, nascido em 15 de março de 1940, sem qualquer envolvimento pretérito com o aparato 
judicial, no dia 22 de março de 2014, estava em sua casa, um barraco na comunidade conhecida 
como Favela da Zebra, localizada em Goiânia/GO, quando foi visitado pelo chefe do tráfico da 
comunidade, conhecido pelo vulgo de Russo. Russo, que estava armado, exigiu que Astolfo 
transportasse 50 g de cocaína para outro traficante, que o aguardaria em um Posto de Gasolina, sob 
pena de Astolfo ser expulso de sua residência e não mais poder morar na Favela da Zebra. Astolfo, 
então, se viu obrigado a aceitar a determinação, mas quando estava em seu automóvel, na direção do 
Posto de Gasolina, foi abordado por policiais militares, sendo a droga encontrada e apreendida. 
Astolfo foi denunciado perante o juízo competente pela prática do crime previsto no Art. 33, caput, 
da Lei nº 11.343/06. Em que pese tenha sido preso em flagrante, foi concedida liberdade provisória 
ao agente, respondendo ele ao processo em liberdade. Astolfo, em suas alegações finais, confirmou 
que fazia o transporte da droga, mas alegou que somente agiu dessa forma porque foi obrigado pelo 
chefe do tráfico local a adotar tal conduta, ainda destacando que residia há mais de 50 anos na 
comunidade da Favela da Zebra e que, se fosse de lá expulso, não teria outro lugar para morar, pois 
sequer possuía familiares e amigos fora do local. (XX Exame OAB Unificado. PROVA PRÁTICO-
PROFISSIONAL Aplicada em 18/09/2016. MODIFICADA). 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos previstos na Lei n.11343/2006, 
responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões: 
a) A partir da premissa de que Astolfo é primário e não possui antecedentes, apresente as possíveis 
teses defensivas. 
 
Tese principal: 
ABSOLVIÇÃO DE ASTOLFO – Essa tese se justifica na corrente majoritária que diz que o crime 
é o fato típico, antijurídico e culpável. Isso porque no problema ficou claro que a personagem 
Astolfo nunca teve o a intenção clara e desimpedida de praticaro crime de tráfico, na verdade ela 
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teria sido moralmente coagida a levar a droga, posto que do contrário seria expulsa da sua 
comunidade. 
 
Tal situação dentro da teoria tripartite do crime evidencia-se pela exclusão da culpabilidade em 
decorrência da coação moral irresistível sofrida pela vítima. 
Desse modo a tese deveria apresentar toda essa situação deixando claro que a personagem não 
teve outra saída senão fazer o que lhe foi imposto. Como consequência dessa alegação, novamente 
se trabalhando com a teoria tripartite, ou seja, se faltar um dos elementos estruturantes o crime 
deixará de existir, o pedido nesse caso deve ser a absolvição do acusado pela exclusão de 
culpabilidade na exata medida do artigo 22 do Código penal, que deixa claro que no caso de 
coação moral irresistível, apenas o autor da coação é quem deverá ser punido. 
 
Coação irresistível e obediência hierárquica 
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não 
manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem. 
Sendo assim a absolvição deveria ser requerida com base no artigo 386, inciso VI do CPP. 
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que 
reconheça: 
VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena 
(arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1o do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver fundada 
dúvida sobre sua existência; 
 
2ª TESE 
Contudo, trabalhando com a pior das hipóteses, prevendo o não reconhecimento da tese 
anterior, caso fosse condenado, se deveria trabalhar idealizando no caso a dosimetria ideal. 
Em que pese ter sido informado que a personagem já teria sido indiciada (Disse que nunca 
respondeu a nenhum outro processo, apesar já ter sido indiciado nos autos de um inquérito policial 
pela suposta prática de um crime de falsificação de documento particular.). O problema em 
momento nenhuma disse que ela já teria sido condenada ou mesmo processada, razão pela qual, 
analisando as circunstância judiciais previstas no artigo 59 do CP, é fácil a conclusão de que a 
pena base não deveria se afastar do mínimo legalmente previsto, ou seja, 5 anos. 
 
Na segunda fase da dosimetria, analisando agora as circunstâncias legais de agravamento e de 
atenuação de pena, nota-se não haver no caso nenhuma situação que possa agravar a pena 
provisória que ainda esta no mínimo. 
Vale ressaltar por outro lado que estando a pena no mínimo legal, ainda que haja 
circunstâncias atenuantes elas serão irrelevantes no caso tendo em vista que as mesmas não levam 
a pena intermediária ou provisória para abaixo do mínimo. Contudo, apenas para que o 
examinador ficasse satisfeito com a demonstração do seu conhecimento, valeria aqui mencionar a 
atenuante da coação resistível, bem como da confissão, previstas respectivamente no artigo 65, 
inciso III, alíneas c e d do CP. 
Tendo a pena provisória permanecido no mínimo, agora estando na terceira fase da 
dosimetria, ao se estabelecer a pena definitiva dever-se-ia requerer o reconhecimento da causa 
especial de diminuição de pena prevista no parágrafo quarto do artigo 33 da Lei 11.343/06, que 
prevê: 
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§ 4o Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas poderão ser reduzidas 
de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente 
seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre 
organização criminosa. 
 
A idealização dessa tese servirá para deixar a pena abaixo dos 4 anos. 
 
Tese 3: 
A alegação de tráfico privilegiado, nos termos do art. 33, §4º da Lei 11.343/2006, visto que o agente 
é primário, de bons antecedentes, não se dedica à atividade criminosa nem integra organização 
criminosa. 
 
Ademais, o fato de ter sido indiciado em autos de inquérito policial não pode ser reconhecido como 
maus antecedentes para fins de impedimento do privilegiamento ou exasperação de pena base, em 
decorrência da interpretação da súmula 444 do STJ que estabelece in verbis: "É vedada a utilização 
de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base". 
 
Em sendo o privilegiamento concedido no máximo, ou seja, 2/3, passa a existir a possibilidade de 
substituição da pena privativa de liberdade, por pena restritiva de direitos, nos termos do art. 44 do 
CP. 
 
Em ocorrendo o privilegiamento no patamar máximo e não entendendo o juízo pela substituição da 
privativa de liberdade pela restritiva de direitos, cabe a possibilidade de início de cumprimento de 
pena em regime aberto, nos termos do art. 33, §2º, ‘c’ do CP. 
 
Além disso, também se teria possibilidade de estabelecimento, em caso de condenação da pena base, 
no mínimo previsto em lei, visto serem as circunstâncias do artigo 59 do CP em combinação com o 
art. 42 da Lei 11.343/2006 favoráveis ao réu e a aplicação, na segunda fase da dosimetria, da 
atenuante genérica por ter o agente mais de 70 anos no momento de prolação da sentença, nos 
moldes do art. 65, I do CP. 
 
Explicação de que, em sendo notória excludente de culpabilidade da coação irresistível, não haveria 
interesse/necessidade ad causam, visto que a demanda processual penal deve possuir, desde o seu 
primeiro momento, uma finalidade condenatória possível de ser atingida, o que não se configura no 
caso concreto visto não existir crime. Assim sendo, a peça acusatória deveria ter sido rejeitada desde 
o primeiro momento, nos termos do art. 395, II do CPP. 
 
b) À conduta de Astolfo aplicam-se os institutos repressores da lei de crimes hediondos? 
Resp.: Sim. Crime/Pena: Quanto a esse dado também não há dúvida, haja vista que foi fornecido 
pelo problema. Lei Nº 11.343/06. 
 
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, 
oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a 
consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar: 
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Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e 
quinhentos) dias-multa. 
 
c) Uma vez condenado, será possível a substituição de pena privativa de liberdade? 
Resp.: Não 
 
artigo 33 da Lei 11.343/06, que prevê: 
§ 4o Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um 
sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja 
primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização 
criminosa. 
 
Como consequência da tese anteriormente alegada, se deveria requerer a fixação do regime inicial 
aberto para cumprimento da pena privativa de liberdade, haja vista que não mais existe a 
obrigatoriedade de imposição do regime inicial fechado anteriormente previsto na lei de crimes 
hediondos (lei nº 8.072/90). Tal fato já foi declarado inconstitucional pelo Supremo. 
 
QUESTÃO OBJETIVA - Jeremias integra de forma estável e permanente a estrutura da facção 
criminosa instalada em determinada comunidade, exercendo dupla função: é responsável por manter 
droga em depósito para revenda e, em outras oportunidades, serve como “fogueteiro”, em razão do 
que aciona fogos de artifício toda vez que percebe a ação de policiais ou de grupos rivais naquelalocalidade, a fim de alertar os demais integrantes de sua facção. Nesse contexto, é correto afirmar 
que Jeremias pratica o(s) crime(s) previsto(s) no(s)artigo(s): 
a) 33, da Lei n° 11.343. de 2006. 
b) 33. 35 e 37, da Lei n° 11.343. de 2006 (X) 
c) 33 e 35, da Lei n° 11.343. de 2006. 
d) 33 e 37, da Lei n° 11.343. de 2006. 
e) 35, da Lei n° 11.343. de 2006 
 
 SEMANA 8 Leia a notícia abaixo e responda às questões formuladas. Membro de organização 
criminosa é condenado a 16 anos de prisão no CE. Acusado foi preso com maconha, crack e uma 
escopeta calibre 12. Justiça negou habeas corpus a outro membro de uma quadrilha. Disponível 
em: http://g1.globo.com/ceara/noticia/2016/12/membro-de-organizacaocriminosa-e-condenado-
16-anos-de-prisao-no-ce.html (atualizado em 15/12/2016) 
 
A Justiça condenou a 16 anos de prisão um dos integrantes de uma organização criminosa preso com 
drogas e uma escopeta em Fortaleza. O acusado foi condenado pelos crimes de tráfico de drogas, 
associação para o tráfico e posse ilegal de arma de fogo. O juiz Ernani Pires Paula Pessoa Júnior, 
titular da 1ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas de Fortaleza, estabeleceu o cumprimento da 
sentença inicialmente em regime fechado. O magistrado negou ainda o direito de recorrer em 
liberdade. “A gravidade dos crimes imputados ao réu e a quantidade dos entorpecentes apreendidos, 
de patente nocividade à saúde pública, justificam a segregação antecipada do mesmo, a fim de evitar 
novos atentados à ordem pública e a aplicação da lei penal, em caso de confirmação desta 
condenação”, destacou o juiz. Segundo os autos do processo, Mayandreson Araújo Albuquerque foi 
preso em flagrante no dia 18 de abril de 2016 no Bairro Granja Lisboa. Policiais militares notaram 
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uma movimentação suspeita em frente a uma residência e abordaram o réu. Com ele foi apreendido 
116.650 gramas de maconha, 910 gramas de crack, uma escopeta calibre 12, munição e uma balança 
digital. Em depoimento, o acusado confessou ser responsável por receber, guardar e distribuir no 
Ceará os entorpecentes que eram trazidos do estado da Paraíba. Habeas corpus negado: A Justiça do 
Ceará também negou habeas corpus para Marcos Aurélio de Sousa, acusado de corrupção de 
menores, posse de arma de fogo, tráfico de entorpecentes, associação ao tráfico. Ele é apontado pela 
polícia com integrante de uma outra organização criminosa com atuação no Ceará e em outros 
estados brasileiros. O acusado foi preso junto com outros 31 suspeitos em um sítio localizado no 
parque Tijuca, em Maracanaú, Região Metropolitana de Fortaleza. No momento da operação, ele 
estava em uma moto à frente da residência. A prisão foi realizada por policiais civis que estavam 
investigando, há vários meses, a existência e atuação da organização criminosa no Ceará. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados responda de forma objetiva e fundamentada às 
seguintes questões: 
 
a) Diferencie as condutas de organização criminosa, associação criminosa e associação criminosa 
para fins de tráfico de drogas. 
 
b) Identifique a correta capitulação das condutas de Mayandreson Araújo Albuquerque. 
 
QUESTÃO OBJETIVA. - O Delegado de Polícia, no ano de 2015, toma conhecimento da existência 
de organização criminosa que atua na área da circunscrição de sua Delegacia, razão pela qual 
instaura inquérito policial para apurar a prática de delitos considerados de grande gravidade. No 
curso das investigações, determinado indiciado procura o Ministério Público, acompanhado de seu 
advogado, manifestando interesse em realizar um acordo de colaboração premiada, de modo a 
auxiliar na identificação dos demais coautores. Para tanto, solicita esclarecimentos sobre os 
requisitos, pressupostos e consequências dessa colaboração. No caso, o Promotor de Justiça deverá 
esclarecer, de acordo com as previsões da Lei nº 12.850/13, que: 
a) considerada meio de prova, poderá uma sentença condenatória ser proferida com fundamento, 
apenas, nas declarações do agente colaborador; 
b) em observância ao princípio da obrigatoriedade, a Lei nº 12.850/13 não admite que o Ministério 
Público requeira ao magistrado a concessão de perdão judicial ao colaborador, apesar de ser 
possível o requerimento pelo reconhecimento de causa de diminuição de pena; 
c) a colaboração premiada somente pode ser realizada até a publicação da sentença, de modo que 
qualquer auxílio após poderá apenas ser considerado como atenuante inominada; 
d) de modo a garantir o contraditório, as negociações para formalização do acordo de colaboração 
contarão com a participação do magistrado, do Ministério Público e do acusado com seu defensor, 
podendo, ainda, haver contribuição do delegado de polícia; 
e) após o acordo de colaboração, nos depoimentos que prestar, o colaborar renunciará, na presença 
de seu defensor, ao direito ao silêncio e estará sujeito ao compromisso legal de dizer a verdade. (X) 
 
 SEMANA 9 Mediante denúncia anônima, foi descoberto que ROBERTO possuía no interior de 
sua residência, armas de fogo e munições de uso permitido com os respectivos registros vencidos. 
Indagado por policiais, informou que tinha conhecimento das regras estabelecidas pelo Estatuto 
do Desarmamento, mas que não tinha a intenção de utilizá-las, mas, de tornar-se um 
colecionador de armas, pois acreditava ser esta conduta permitida por lei. 
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Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o Estatuto do Desarmamento, responda de 
forma objetiva e fundamentada às questões: 
 
a) Qual a tipificação dada à conduta de ROBERTO? 
 
b) Uma vez denunciado, quais teses defensivas a serem apresentadas? 
 
QUESTÃO OBJETIVA. - Sobre os crimes previstos no Estatuto do Desarmamento, assinale a 
resposta correta. 
a) O crime previsto no art. 14 do Estatuto (porte ilegal de arma de fogo de uso permitido) versa sobre 
armas de fogo e munições, não contem plando os acessórios entre suas elementares. 
b) Entende-se como posse de arma de fogo a conduta de possuir ou manter arma em casa ou local de 
trabalho, qualquer que seja ele, em desacordo com determinação legal ou regulamentar. 
c) Comete o crime do art. 14 do Estatuto o praticante de tiro esportivo que transporta arma de fogo 
municiada, quando a guia de tráfego autoriza apenas o transporte de arma desmuniciada. (X) 
d) Para a consumação da infração penal prevista no art. 13 do Estatuto, basta que o sujeito ativo 
omita as cautelas necessárias para impedir que pessoas menores de 18 anos ou portadores de 
deficiência mental se apoderem de munições. 
e) O porte de simulacro de arma de fogo de uso restrito caracteriza o crime previsto no art. 16 do 
Estatuto. 
 
 SEMANA 10 - Leia a situação hipotética abaixo e responda às questões formuladas: 
No dia 25 de julho de 2014, por volta de 20h30min, em via pública localizada na Estrada Velha de 
Búzios, bairro Tangará, NORBERTO, de forma livre e consciente, conduziu o veículo automotor 
caminhão VW, placa KXX-0000, cor branca, com capacidade psicomotora alterada em razão da 
influência de álcool, conforme laudo de fl. 09. Nas mesmas condições de tempo e lugar, o denunciado 
praticou lesão corporal na direção de veículo automotor, obrando com imperícia e causando lesões 
em FERDINANDO, descritas no Boletim de Atendimento Médico e no Auto de Exame de Corpo de 
Delito. Momentos após, no mesmo local, NORBERTO, também de forma livre e consciente, 
desacatou funcionários públicos no exercício das suas funções. Na ocasião dos fatos, a vítima 
FERDINANDO estava trafegando na mesma Estrada quando, ao reduzir avelocidade para passar 
por quebra-molas, sentiu um forte impacto na traseira do seu veículo, qual seja, um FIAT UNO, cor 
vermelha, placa KYY- 1111, sendo arrastado por cerca de 200m, vindo a parar na outra pista, quase 
colidindo com uma motocicleta que trafegava no sentido contrário. A colisão, que gerou lesões 
corporais na vítima, foi provocada pelo denunciado, que dirigia embriagado e de maneira 
imprudente. Pouco depois, os policiais militares ora arrolados como testemunhas chegaram ao local 
dos fatos, momento em que foram desacatados pelo denunciado que os chamou de "viados", "policiais 
de merda", "ladrões", incitando-os a "cair na porrada". Em sede policial, o denunciado assumiu a 
prática do fato delituoso afirmando, para tanto, que, no dia dos fatos, estava embriagado e, 
conduzindo um caminhão, colidiu na traseira de um veículo e que não lembrava de ter ofendido os 
policiais." 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre a Teoria Geral do Delito e nos delitos 
previstos na Lei.9503/1997, indaga-se: 
a) Qual a correta tipificação da conduta de NORBERTO? Responda de forma objetiva e 
fundamentada. 
 
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QUESTÃO OBJETIVA. - Ao manobrar veículo automotor no interior de uma garagem particular, 
Felisberto, descuidadamente, atropela a amiga Marinalva, que orientava a manobra, a qual sofre 
lesões corporais de natureza leve. Durante a investigação do fato, descobre-se que Felisberto não 
possuía permissão ou habilitação para dirigir veículos automotores. 
Contudo, logo depois, a vítima comparece à Delegacia de Polícia e se retrata da representação 
anteriormente oferecida. Passados seis meses, é correto afirmar que Felisberto: 
a) poderá ser criminalmente responsabilizado por lesão corporal culposa na direção de veículo 
automotor (art. 303 da Lei n° 9.503). 
b) não poderá ser criminalmente responsabilizado. (X) 
c) poderá ser criminalmente responsabilizado por contravenção penal de dirigir veículo sem 
habilitação (art. 32 do Decreto-Lei n° 3.688). 
d) poderá ser criminalmente responsabilizado por dirigir veículo automotor sem permissão ou 
habilitação, ou quando cassado o direito de dirigir (art. 309 da Lei n° 9.503). 
e) poderá ser criminalmente responsabilizado por lesão corporal culposa na direção de 
veículo automotor majorada (art. 303, parágrafo único, da Lei n° 9.503). 
 
 SEMANA 11 - Leia a situação hipotética abaixo e responda às questões formuladas: Foi 
instaurado inquérito policial pela Delegacia de Polícia Fazendária SR/DPF/RJ, em face de 
FERNANDO ALBERTO CHIQUE, com o fim de investigar suposto delito de sonegação fiscal, 
relativo à declaração do IRPF, entre os anos 2002 a 2005. Sendo certo que ainda tramitava 
procedimento administrativo-fiscal quando da instauração do inquérito policial, FERNANDO 
ALBERTO CHIQUE impetrou Habeas Corpus com vistas ao trancamento da ação penal. Ante o 
exposto, com base nos estudos realizados sobre os crimes contra a ordem econômica, indaga-se: 
 
a) Identifique, sob o aspecto jurídico-penal, as condutas de sonegação fiscal na Legislação Penal 
Especial? 
 
b) Qual a tese defensiva a ser apresentada para fins de trancamento da ação penal? 
 
QUESTÃO OBJETIVA. - Relativamente aos crimes contra a Ordem Tributária, a pena de multa 
será fixada: 
a) entre dez e trezentos e sessenta dias-multa, conforme seja necessário e suficiente para reprovação 
e prevenção do crime. (X) 
b) entre dez e trezentos e sessenta e seis dias-multa, conforme seja necessário e suficiente para 
reprovação e prevenção do crime. 
c) entre dez e trezentos e setenta dias-multa, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e 
prevenção do crime. 
d) entre dez e trezentos e setenta e seis dias-multa, conforme seja necessário e suficiente para 
reprovação e prevenção do crime. 
e) na proporção do trintídio subsequente ao benefício obtido em decorrência do ilícito tributário. 
 
 SEMANA 12 - Leia a situação hipotética abaixo e responda às questões formuladas: 
CELSO, conhecido como Professor Celso, foi denunciado por ter estabelecido e explorado atividade 
irregular de Educação Infantil e Ensino Fundamental, bem como por ter promovido publicidade e 
celebrado contratos, omitindo de seus contratantes que a referida instituição não estava credenciada 
e autorizada perante a Secretaria de Estado de Educação do Estado para funcionar. Tal denúncia 
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teve por objeto a notícia crime apresentada por NAYARA, mãe de alunos da referida escola, sob a 
alegação de que a escola contratada não estava apta a oferecer os serviços relativos à educação 
fundamental e no momento que optou por rescindir o referido contrato descobriu a inexistência da 
referida autorização, tendo sido necessário o ajuizamento de Ação de Reparação de Danos perante o 
Primeiro Juizado Especial Cível da Comarca da Capital. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos contra as relações de consumo, 
responda de forma objetiva e fundamentada: qual a correta capitulação da conduta de CELSO? 
 
QUESTÃO OBJETIVA - Ana contratou Cláudio, prestador de serviços, para consertar seu 
aparelho de televisão. Sem autorização de Ana e sem motivo justo, Cláudio utilizou, dolosamente, 
peças de reposição usadas na reparação do aparelho. Nessa situação hipotética, a conduta de 
Cláudio é considerada 
a) crime previsto no Código de Defesa do Consumidor (CDC). (X) 
b) crime previsto no CP. 
c) crime previsto na Lei n.º 8.137/1990, que define crimes contra a ordem tributária, econômica e 
contra as relações de consumo, e dá outras providências. 
d) atípica, pois não há lei que preveja essa conduta como crime. 
e) contravenção penal. 
 
 SEMANA 13 - Leia a notícia abaixo e responda às questões formuladas. 
Operação investiga empresa suspeita de lavagem de dinheiro em Jundiaí Mandados de busca e 
apreensão foram cumpridos nesta sexta-feira (25). 
Operação está relacionada com as atividades da empresa RDA. (disponível em: 
http://g1.globo.com/sao-paulo/sorocabajundiai/noticia/2016/11/operacao-investiga-empresa-
suspeita-de-lavagem-de-dinheiroem-jundiai.html; atualizado em: 25/11/2016) 
 
A Polícia Civil de Jundiaí (SP), por meio da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), cumpre 12 
mandados busca e apreensão nesta sexta-feira (25), em uma megaoperação que visa levantar 
informações e documentos de um esquema de captação e lavagem de dinheiro. A operação está 
relacionada com as atividades da empresa RDA de Jundiaí, que é investigada por fazer a captação de 
recursos de várias pessoas e pagar uma taxa de juros muito superior ao que é determinada pelo 
mercado. Desde 2014 os clientes desta empresa tentam recuperar o dinheiro que investiram, sem 
sucesso. Durante a manhã, foram apreendidos diversos computadores, 10 laptops, muitos contratos, 
extratos bancários, documentos de veículos e até uma máquina para contar dinheiro. “O objetivo da 
operação é conseguir levantar ou pelo menos mensurar a quantidade de vítimas, o prejuízo que elas 
sofreram. Além disso, é feito também o levantamento de provas para saber o que era feito com esse 
dinheiro, se ficava no Brasil ou se era aplicado”, explica o delegado da DIG de Jundiaí, Carlos 
Eduardo Barbosa. Ainda segundo a polícia, a empresa fazia contratos de gaveta para a prestação do 
serviço financeiro e a estimativa é que pelo menos 10 mil pessoas tenham caído no golpe. “A gente 
sabe que existem várias empresas dos mesmos donos e já temos uma movimentação financeira 
apurada pelo setor em São Paulo onde foi descoberto que era tirado o dinheiro de algumas empresas 
ecolocadas em outras, o que não é permitido. Estamos apurando para saber se tem mais locais que 
temos que levantar.” Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, os policiais 
estranharam que os suspeitos, mesmo não tendo uma fonte de renda, ostentavam moradias e carros 
de alto padrão. “Das 12 residências que visitamos, algumas eram de alto padrão, condomínios de 
luxo. Alguns veículos caros e é isso que estranhamos, já que as pessoas que constam como suspeitas 
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não teriam condições de manter um padrão tão elevado", acrescenta o delegado da DIG.A Polícia 
Civil já ouviu os envolvidos, inclusive o dono da empresa, e encaminhou os inquéritos à Polícia 
Federal. 
Se condenados, os suspeitos podem responder pelos crimes de estelionato, associação criminosa e 
lavagem de dinheiro. Nenhum representante da empresa foi encontrado para comentar a operação da 
DIG. 
A partir da situação narrada, identifique de forma objetiva e fundamentada a tipificação do Delito de 
Lavagem de Capitais, sua finalidade, fases e técnicas. 
 
QUESTÃO OBJETIVA. - Sobre o delito de lavagem de capitais, assinale a opção correta: 
a) Em crimes de lavagem de dinheiro, dada a natureza do delito praticado, é incabível a tentativa. 
b) O reconhecimento do delito de lavagem de dinheiro opera a absorção do crime anterior por este, 
em virtude do concurso aparente de normas. 
c) Somente responde por lavagem de dinheiro quem também foi autor do crime antecedente. 
d) A Lei nº 9.613, de 1998, não prevê expressamente o sequestro de bens em nome do investigado , 
restando , para a medida assecuratória, a aplicação subsidiária das normas processuais. 
e) A fase de layering, ou dissimulação, na lavagem de dinheiro, é aquela em que se busca dar aos 
recursos financeiros a aparência de legítimos, à qual se sucede a fase de integração (integration). 
 
 SEMANA 14 - Leia a situação hipotética abaixo e responda às questões formuladas: 
JOSIVALDO, no dia 30 de janeiro de 2014, por volta de 12h30, com livre vontade e consciência, 
submeteu a filha adolescente E. A, de 14 anos à época dos fatos, com emprego de violência, a intenso 
sofrimento físico e mental, como forma de aplicar castigo pessoal, prevalecendo-se de relações 
domésticas e familiares. Em tese defensiva alegou não ter causado intenso sofrimento físico e mental, 
mas apenas ter batido na vítima com cinto sob o argumento de que a filha só queria ficar na rua, à 
noite e com más companhias, bem como relatou que a filha lhe disse que estava fumando ARGUILÉ, 
razão pela qual teria perdido o controle e batido nela, tendo a filha revidado o arranhando 
no rosto e braços. Dos fatos, JOSIVALDO restou denunciado pela conduta de tortura artigo 1º, inciso 
II c/c §4º, inciso II, da Lei 9.455/97, tendo a defesa suscitado a desclassificação para o delito de 
lesões corporais. Ante o exposto, com base nos estudos realizados, indaga-se: 
 
a) Caso a tese defensiva seja aceita, qual a correta tipificação da conduta de JOSIVALDO? Responda 
de forma objetiva e fundamentada. 
 
b) Diferencie Violência Discriminatória de Gênero e Violência Doméstica. 
 
Questão objetiva - Adamastor, em ação baseada no gênero, praticou vias de fato contra sua sogra 
Carmelita, com quem coabitava, razão pela qual foram deferidas pelo juízo competente medidas 
protetivas que obrigaram o agressor a afastar-se do lar e a manter certa distância em relação à 
ofendida. Adamastor, no entanto, manifestou sua irresignação judicialmente, 
pleiteando a revogação das medidas com esteio nos seguintes argumentos: 
(I) a Lei n° 11.340 não se aplicaria às relações de parentesco por afinidade; 
(II) igualmente, o diploma não teria incidência sobre as contravenções penais, por força de seu art. 
41; e 
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(III) a Lei n° 11.340 seria inconstitucional, por criar situação de desigualdade entre os gêneros 
masculino e feminino. Assim, com esteio na jurisprudência dominante nos tribunais superiores, a 
irresignação de Adamastor: 
a) não merece prosperar. (X) 
b) merece prosperar, com esteio no terceiro argumento. 
c) merece prosperas com esteio nos dois primeiros argumentos. 
d) merece prosperar, com esteio no primeiro argumento. 
e) merece prosperas com esteio no segundo argumento 
 
 SEMANA 15 - Leia a notícia abaixo e responda às questões formuladas. - Condenado por um 
dos maiores crimes ambientais no PA é preso em SP (disponível em: 
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/01/1732645-condenadopor-um-dos-maiores-
crimes-ambientais-no-pa-e-preso-em-sp.shtml; atualizado em 22/01/2016) 
 
O dono da empresa CBB (Companhia Brasileira de Bauxita), condenado por uma das maiores 
contaminações ambientais do Pará, foi preso em São Paulo na última quarta-feira (20), informou o 
Ministério Público do Estado. Pedro Antônio Pereira da Silva estava foragido desde novembro de 
2014, quando foi decretada sua prisão preventiva. Responsável pela disposição inadequada de mais 
de 30 mil toneladas de resíduos tóxicos em Ulianópolis (a 390 km de Belém), Silva foi condenado a 
sete anos e quatro meses de prisão e multa por crime ambiental e estelionato. Ele foi localizado por 
uma equipe do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de São Paulo 
no último dia 16, em um condomínio em Vinhedo, no interior paulista, e preso pela Polícia Militar. A 
Uspam (Usina de Passivos Ambientais), divisão da CBB, recebeu os rejeitos industriais de várias 
multinacionais entre 1999 e 2002 –entre elas, Pepsi, Vale, Petrobras, Shell, Brastemp, Philips e 
Yamaha. A Uspam deveria tratar e dar um destino final adequado aos resíduos tóxicos, que 
continham cloro, chumbo e pesticidas. Em dezembro, o MPE ajuizou denúncias contra 17 empresas 
que encaminharam seus rejeitos para a CBB, por entender que houve coautoria do crime ambiental 
praticado por Pedro Silva. Em nota, o Ministério Público do Pará afirma que o crime ambiental foi 
"um dos mais danosos já praticados contra a natureza do Estado do Pará, com repercussões 
gravíssimas para a flora, a fauna, os recursos hídricos e a saúde da população do Município de 
Ulianópolis". O órgão acrescenta que as substâncias, "em sua maioria de alta periculosidade", 
apresentam "elevado risco à saúde e à vida" daqueles que as manusearem ou ingerirem. Em 2003, a 
Justiça do Pará encerrou as atividades da Uspam, após perícias do governo do Estado apontarem 
contaminação do solo, com riscos à saúde humana e ao ambiente. O vazamento das substâncias era 
provocado por tambores danificados e chegava a atingir um rio nas proximidades da região. "Na 
tramitação do processo criminal, ficaram evidenciados o desrespeito e o desinteresse de Pedro 
Antônio Pereira da Silva pela sociedade e pela justiça paraense, dentre outros fatos, pela sua inércia 
processual" e "pela utilização de várias artimanhas para atrasar a marcha do processo", ressaltaram 
os promotores de Justiça que atuaram no caso. Após a publicação da sentença, segundo a 
Promotoria, o réu "continuou se escondendo para evitar a aplicação da lei penal, utilizando diversos 
subterfúgios, como não declarar imposto de renda, o que ensejou a suspensão do seu CPF". 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados, responda de forma objetiva e fundamentada: 
 
a) Qual a objetividade jurídica dos delitos ambientais? 
 
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b) Qual a correta capitulação da conduta do dono da empresa CBB face aos ditames da Lei 
n.9065/1998? 
 
c) A empresa CBB poderá ser responsabilizada criminalmente pelodelito ambiental? 
 
QUESTÃO OBJETIVA - Sobre o tema Criminalidade Ambiental, assinale a opção correta: 
a) As penas aplicáveis isolada, cumulativa ou alternativamente às pessoas jurídicas são: multa, 
restritivas de direitos, contudo não se aplica a pena de prestação de serviços à comunidade. 
b) No caso de guarda doméstica de espécie silvestre não considerada ameaçada de extinção, pode o 
juiz, considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a pena. 
c) Nos crimes contra a flora não se admite a modalidade culposa. 
d) A conduta culposa de causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam 
resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição 
significativa da flora não é considerada crime, mas apenas infração administrativa. 
e) Para os delitos ambientais não se admite a substituição de penas por penas restritivas de direitos. 
 
 SEMANA 16 – EXERCÍCIOS DIVERSOS 
 
1) Antônio, réu primário, sofreu condenação já transitada em julgado pela prática do crime 
previsto no art. 273 do CP, consistente na falsificação de produto destinado a fins terapêuticos, 
praticado em janeiro de 2009. Em face dessa situação hipotética e com base na legislação e na 
jurisprudência aplicáveis ao caso, assinale a opção correta: (Exame OAB/ Cespe-UnB ? 2009.2.) 
a) Antônio cometeu crime hediondo e, portanto, não poderá progredir de regime. 
b) Antônio não cometeu crime hediondo e poderá progredir de regime de pena privativa de liberdade 
após o cumprimento de um sexto da pena, caso ostente bom comportamento carcerário comprovado 
pelo diretor do estabelecimento prisional, mediante decisão fundamentada precedida de manifestação 
do MP e do defensor. 
c) Antônio cometeu crime hediondo, mas poderá progredir de regime de pena privativa de liberdade 
após o cumprimento de um sexto da pena, caso ostente bom comportamento carcerário comprovado 
pelo diretor do estabelecimento prisional. 
d) Antônio cometeu crime hediondo, de forma que só poderá progredir de regime de pena privativa 
de liberdade após o cumprimento de dois quintos da pena, caso atendidos os demais requisitos 
legais.(X) 
 
2) Assinale a alternativa correta. É correto afirmar que, exceto: 
a) É crime de tortura, previsto na Lei n. 9455/97, submeter criança ou adolescente, sob sua guarda, 
poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou 
mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. 
b) No crime de tortura admite-se tentativa e desistência voluntária. 
c) O regime cumprimento da pena no crime de tortura será inicialmente fechado. (X) 
d) Compete ao Tribunal do Júri o julgamento pelo crime de tortura seguido de morte. 
 
3) Antônio, réu primário, sofreu condenação já transitada em julgado pela prática do crime 
previsto no art. 273 do CP, consistente na falsificação de produto destinado a fins terapêuticos, 
praticado em janeiro de 2009. Em face dessa situação hipotética e com base na legislação e na 
jurisprudência aplicáveis ao caso, assinale a opção correta.: (Exame OAB/ Cespe-UnB ? 2009.2.) 
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a) Antônio cometeu crime hediondo e, portanto, não poderá progredir de regime. 
b) Antônio não cometeu crime hediondo e poderá progredir de regime de pena privativa de liberdade 
após o cumprimento de um sexto da pena, caso ostente bom comportamento carcerário comprovado 
pelo diretor do estabelecimento prisional, mediante decisão fundamentada precedida de manifestação 
do MP e do defensor. 
c) Antônio cometeu crime hediondo, mas poderá progredir de regime de pena privativa de liberdade 
após o cumprimento de um sexto da pena, caso ostente bom comportamento carcerário comprovado 
pelo diretor do estabelecimento prisional. 
d) Antônio cometeu crime hediondo, de forma que só poderá progredir de regime de pena privativa 
de liberdade após o cumprimento de dois quintos da pena, caso atendidos os demais requisitos 
legais.(X) 
 
4)Acerca dos crimes hediondos, assinale a opção correta. ( Exame OAB/CESPE-UnB 20073). 
a) O rol dos crimes enumerados na Lei n. 8.072/1990 não é taxativo. (X) 
b) É possível o relaxamento da prisão por excesso de prazo. 
c) O prazo da prisão temporária em caso de homicídio qualificado é igual ao de um homicídio 
simples. 
d) Em caso de sentença condenatória, o réu não poderá apelar em liberdade, independentemente de 
fundamentação do juiz. 
 
5)Assinale a opção correta com base na legislação penal. (Exame OAB/CESPE ?UnB.2008.2) 
a) Pratica o crime de latrocínio o agente que subtrai uma bolsa mediante violência a pessoa, em face 
da qual resulta morte da vítima. (X) 
b) O agente que mata alguém, sob o domínio de violenta emoção, logo após injusta provocação da 
vítima, está legalmente acobertado pela excludente da legítima defesa. 
c) Não pratica crime ou contravenção penal o agente que, no intuito de provocar alarme, afirma, 
inveridicamente, que há uma bomba em determinado prédio. 
d) Pratica o crime de sequestro em concurso formal com furto o agente que, no intuito de obter senha 
de cartão bancário, priva a vítima de liberdade e, obtendo êxito, a liberta. 
 
6) Considerando a Lei de Tortura. Assinale a opção incorreta: (Cespe/UnB. Exame de Ordem 
2007.2). 
a) o condenado por crime de tortura, por constranger com violência alguém, causando-lhe intenso 
sofrimento físico, com o fim de obter confissão, inicia o cumprimento da pena em regime fechado, 
com posterior possibilidade de progressão de regime, se atendidos os critérios legais. (X) 
b) o crime de tortura é inafiançável 
c) o crime de tortura insuscetível de graça ou anistia 
d) não cabe como forma de extinção da punibilidade o instituto do indulto no crime de tortura. 
 
7) Em relação ao crime de tortura é possível afirmar: (Defensor Público DPE/SP -2009) 
a) Passou a ser previsto como crime autônomo a partir da entrada em vigor da Constituição Federal 
de 1988 que, no art. 5o, inciso III afirma que ninguém será submetido a tortura, nem a tratamento 
desumano e degradante e que a prática de tortura será considerada crime inafiançável e insuscetível 
de graça ou anistia. 
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b) É praticado por qualquer pessoa que causa constrangimento físico ou mental à pessoa presa ou em 
medida de segurança, pelo uso de instrumentos cortantes, perfurantes, queimantes ou que produzam 
stress, angústia, como prisão em cela escura, solitária, submissão a regime de fome etc. 
c) É cometido por quem constrange outrem, por meio de violência física, com o fim de obter 
informação ou confissão da vítima ou de terceira pessoa, desde que do emprego da violência resulte 
lesão corporal. 
d) Os bens jurídicos protegidos pela ?tortura discriminatória? são a dignidade da pessoa humana, a 
igualdade, a liberdade política e de crença. 
e) É praticado por quem se omite diante do dever de evitar a ocorrência ou continuidade da ação ou 
de apurar a responsabilidade do torturador pelas condutas de constrangimento ou submissão levadas 
a efeito mediante violência ou grave ameaça. 
 
8) Determinado juiz foi denunciado perante o tribunal de justiça por prática do crime de abuso de 
autoridade. De acordo com a denúncia, o juiz invadiu a sala de aula do colégio de seu filho e ofendeu 
a professora por ter retirado a criança da sala de aula. No momento da invasão, afirmou que a 
professora não poderia retirar o filho de um juiz e, portanto, de uma autoridade da sala de aula. A 
professora, então, tentou explicar os procedimentos da escola, mas o juiz, proferindo palavras de 
baixo calão, mandou-a calara boca, sob pena de prisão em flagrante delito. A denúncia contra o juiz 
foi oferecida um ano e três meses após o cometimento do delito, e a pena máxima a que ele pode ficar 
submetido, de acordo com a lei, é de 6 meses de detenção. Considerando a situação hipotética acima 
e a legislação e doutrina sobre o crime de abuso de autoridade, assinale a opção correta. . 
(CESPE/ TSE 2007. Analista Judiciário). 
a) O delito cometido tem duplo sujeito passivo: o sujeito passivo imediato ? a professora ? e o sujeito 
passivo mediato ? o Estado, titular da administração pública. 
b) O delito de abuso de autoridade cometido é crime ao qual se aplicam os institutos 
despenalizadores como a transação penal, razão pela qual tal benefício deve ser oferecido ao juiz 
antes do recebimento da denúncia. 
c) Como a lei que prevê os crimes de abuso de autoridade fez expressa referência ao prazo 
prescricional de um ano, não se aplica ao caso o prazo do Código Penal, estando, portanto, prescrita 
a pretensão punitiva do Estado. 
d) É possível punir o juiz pela prática do crime culposo de abuso de autoridade. 
 
9) Ezequiel e Marques, em acordo prévio de vontades, planejam efetuar uma operação comercial 
envolvendo drogas. As condutas dos agentes são exercidas da seguinte maneira: Ezequiel é o 
responsável pelo transporte da ?carga? e pela venda posterior aos distribuidores; Marques sequer 
tem contato com a substância entorpecente, e não mantém nenhum contato com fornecedores. A 
conduta de Marques se resume a efetuar depósitos em dinheiro na conta-corrente de Ezequiel, para 
que possa incrementar a atividade criminosa. Diante dos fatos pode se afirmar que: 
a) O crime praticado é o de tráfico de drogas e os agentes são co-autores na forma do artigo 29 do 
Código Penal; 
b) Ezequiel é apenas partícipe (artigo 29 §1º e 31 do CP) do crime de tráfico de drogas cometido 
Souza. 
c) A conduta de Ezequiel é atípica, por não realizar o tráfico de drogas em sentido estrito. 
d)Trata-se de exceção a teoria monista adotada pelo Código Penal. 
 
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10) A Lei no 11.343/06 (lei de drogas) dispõe que o crime de tráfico ilícito de entorpecentes é 
insuscetível de anistia, graça, indulto e que ao condenado pela prática desse crime dar-se-á 
livramento condicional, após o cumprimento de 2/3 da pena, vedada a concessão ao reincidente 
específico. Ante o silêncio desta lei quanto à possibilidade de progressão de regime de cumprimento 
de pena para o crime de tráfico, assinale a alternativa correta: (DPE/SP ? 2009) 
a) A lei de drogas não permite a progressão de regime de cumprimento de pena já que, por ser o 
crime de tráfico assemelhado a hediondo, a pena deve ser cumprida integralmente em regime 
fechado. 
b) A lei de drogas não permite a progressão de regime de cumprimento de pena, pois, por ser lei 
especial, prevalece o silêncio sobre determinação de lei geral. 
c) Após ter o STF declarado a inconstitucionalidade e a consequente invalidade da vedação de 
progressão de regime de cumprimento de pena contida na lei de crimes hediondos, a única norma 
existente, vigente e válida, no que tange à progressão de regime de cumprimento de pena, é a contida 
no art. 112 da Lei de Execução Penal, aplicando-se, portanto, o lapso de 1/6 para progressão de 
regime de cumprimento de pena, também ao crime de tráfico. 
d) A lei de crimes hediondos permite, de forma diferenciada, a progressão de cumprimento de pena e, 
consequentemente, os condenados por crime de tráfico podem progredir após o cumprimento de 2/5 
da pena, se primários e 3/5, se reincidente. 
e) A omissão contida na lei de drogas é inconstitucional, já que fere o princípio da individualização 
da pena e, consequentemente, os condenados por crime de tráfico podem progredir de regime de 
cumprimento de pena nos termos da Lei de Execução Penal, ou seja, após o cumprimento de 1/6 da 
pena, se primários e 2/5, se reincidentes. 
 
11) Com relação à legislação referente ao combate às drogas, assinale a opção correta. (Exame 
OAB/CESPE ?UnB 20083) 
a) O agente que, para consumo pessoal, semeia plantas destinadas à preparação de pequena 
quantidade de substância capaz de causar dependência psíquica pode ser submetido à medida 
educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
b) O agente que tiver em depósito, para consumo pessoal, drogas sem autorização poderá ser 
submetido à pena de reclusão. 
c) O agente que transportar, para consumo pessoal, drogas em desacordo com determinação legal 
poderá ser submetido à pena de detenção. 
d) O agente que entregar a consumo drogas, ainda que gratuitamente, em desacordo com 
determinação legal, pode ser submetido à pena de advertência sobre os efeitos das drogas. 
 
12) Acerca das modificações penais e processuais penais introduzidas pela Lei n. 11.343/2006 ? Lei 
de Tóxicos ? com relação à figura do usuário de drogas, assinale a opção correta. (Exame 
OAB/CESPE ?UnB.2007.3) 
a) A conduta daquele que, para consumo pessoal, cultiva plantas destinadas à preparação de 
substância capaz de causar dependência física ou psíquica permanece sem tipificação. 
b) É possível, além das penas de advertência, prestação de serviços à comunidade ou medida 
educativa, a imposição de pena privativa de liberdade ao usuário de drogas. 
c) O porte de drogas tornou-se infração de menor potencial ofensivo, estando sujeito ao 
procedimento da Lei n.º 9.099/1995, que dispõe sobre os juizados especiais criminais. 
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d) Poderá ser imposta ao usuário de drogas prisão em flagrante, devendo o autuado ser encaminhado 
ao juízo competente para que este se manifeste sobre a manutenção da prisão, após a lavratura do 
termo circunstanciado. 
13) Considere que Júlio, usuário de droga, tenha oferecido pela primeira vez, durante uma festa, a 
seu amigo Roberto, sem intuito de lucro, pequena quantidade de maconha para consumirem 
juntos. Nessa situação hipotética, Júlio (EXAME OAB/CESPE-UNB 2009.3.) 
a) praticou tráfico ilícito de entorpecentes e, de acordo com a legislação em vigor, a pena 
abstratamente cominada será a mesma do traficante regular de drogas. 
b) deverá ser submetido à pena privativa de liberdade, diversa e mais branda que a prevista 
abstratamente para o traficante de drogas. 
c) praticou conduta atípica, dada a descriminalização do uso de substância entorpecente. 
d) praticou conduta típica, entretanto, como a lei em vigor despenalizou a conduta, ele deve ser 
apenas submetido a admoestação verbal. 
 
14) A Lei n. 10.826/2003 (Sistema Nacional de Armas), que revogou a Lei n. 9.437/97, mesmo 
prevendo o crime de porte ilícito de arma, não contemplou a hipótese prevista no artigo 10, 
parágrafo 3º, inciso IV, da lei revogada (que tratava do mesmo delito e estabelecia penas mais 
severas de 2 a 4 anos de reclusão e multa para o réu que possuísse condenação anterior por crime 
contra a pessoa, contra o patrimônio e por tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins). É correto 
afirmar, então, no caso de réu já condenado definitivamente como incurso no preceito revogado: 
(178º Concurso de Ingresso na Magistratura/SP) 
a) a irretroatividade do novo ordenamento penal, considerando que, em geral, a lei rege os fatos 
praticados durante a sua vigência (tempus regit actum). 
b) a retroatividade da nova lei, mais favorável, para desqualificar circunstância específica mais 
gravosa, anterior a sua vigência, com a adequação da sanção imposta, na via própria. 
c) a retroatividade da nova lei, sem a possibilidade, contudo, de ela gerar efeitos concretos na 
atenuação da pena, tendo em conta a decisãocondenatória transitada em julgado. 
d) tratar-se de caso de ultratividade da lei, porque o fato punível e a circunstância mais gravosa 
ocorreram e foram considerados na vigência da lei revogada. 
 
15)- João da Silva faz uso de seu revólver legalmente registrado, disparando duas vezes em avenida 
com grande movimento de pessoas e automóveis. Neste caso, responde: 
a)por crime cuja conduta é disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas 
adjacências, em via pública ou em direção a ela. 
b)exclusivamente pela contravenção de disparo de arma de fogo (art. 28, LCP), uma vez que a 
contravenção de disparo de arma de fogo (art. 21, LCP) é atípica. 
c)pelo crime tipificado no artigo 132 do Código Penal (perigo para a vida ou a saúde de outrem). 
d)por tentativa de lesões corporais culposas. 
 
16) Maicon comprou uma arma de fogo de uso restrito de um policial aposentado. Maicon, 
objetivando suprimir o registro da arma, raspou sua numeração e entregou a seu segurança Wagner, 
que não possui permissão para porte de arma de fogo. Dias após, durante uma ?blitz? policial, 
Wagner é preso por portar a arma de fogo com o registro suprimido. Diante do exposto é correto 
afirmar que: 
a) Maicon responderá pelo crime de supressão de registro de arma de fogo e Wagner pelo crime de 
porte ilegal de arma de uso restrito com sinal suprimido. 
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b) Somente Wagner responderá pelo crime de porte ilegal de arma de uso restrito com sinal 
suprimido. 
c) Wagner responderá pelo crime de porte ilegal de arma de uso restrito com sinal suprimido e 
supressão de registro de arma de fogo na forma do artigo 69 do Código Penal. 
d) Wagner responderá pelo crime de porte ilegal de arma de uso restrito com sinal suprimido e 
supressão de registro de arma de fogo na forma do artigo 70 do Código Penal. 
 
17) Exame OAB/CESPE ?UnB. 2008.3 - Com base na Lei Maria da Penha, assinale a opção 
correta: 
a) Para os efeitos da lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher a ação que, 
baseada no gênero, lhe cause morte, lesão, sofrimento físico ou sexual, não estando inserido em tal 
conceito o dano moral, que deverá ser pleiteado, caso existente, na vara cível comum. 
b) É desnecessário, para que se aplique a Lei Maria da Penha, que o agressor coabite ou tenha 
coabitado com a ofendida, desde que comprovado que houve a violência doméstica e familiar e que 
havia entre eles relação íntima de afeto. (X) 
c) A competência para o processo e julgamento dos crimes decorrentes de violência doméstica é 
determinada pelo domicílio ou pela residência da ofendida. 
d) Para a concessão de medida protetiva de urgência prevista na lei, o juiz deverá colher prévia 
manifestação do MP, sob pena de nulidade absoluta do ato. 
 
18) Exame OAB/CESPE ?UnB. 2008.2 - De acordo com a Lei n. 11.340/2006, conhecida como Lei 
Maria da Penha, constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, o juiz 
poderá aplicar ao agressor, de imediato, a seguinte medida protetiva de urgência: 
a) proibição de contato direto com a ofendida, seus familiares e testemunhas, salvo indiretamente, 
por telefone ou carta. 
b) arbitramento do valor a ser prestado a título de alimentos definitivos à ofendida e aos filhos 
menores. 
c) proibição de aproximar-se da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando limite 
mínimo de distância entre estes e o agressor. (X) 
d) decretação da prisão temporária do agressor. 
 
19) OAB - Exame de Ordem Unificado 2010.2/FGV - Fundação Pública Federal contrata o técnico 
de informática Abelardo Fonseca para que opere o sistema informatizado destinado à elaboração da 
folha de pagamento de seus funcionários. Abelardo, ao elaborar a referida folha de pagamento, 
altera as informações sobre a remuneração dos funcionários da Fundação no sistema, descontando a 
quantia de cinco reais de cada um deles. A seguir, insere o seu próprio nome e sua própria conta 
bancária no sistema, atribuindo-se a condição de funcionário da Fundação e destina à sua conta o 
total dos valores desviados dos demais. Terminada a elaboração da folha, Abelardo remete as 
informações à seção de pagamentos, a qual efetua os pagamentos de acordo com as informações 
lançadas no sistema por ele. Considerando tal narrativa, é correto afirmar que Abelardo praticou 
crime de: 
a) estelionato. 
b) peculato. 
c) concussão. 
d) inserção de dados falsos em sistema de informações. (X) 
 
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20) Na hipótese do crime de falso testemunho, a retratação do agente (Exame OAB/CESPE-UnB. 
2007.2). 
a) é causa extintiva de punibilidade, caso seja feita antes da prolação da sentença no processo em 
que foi prestado o falso testemunho. (X) 
b) não é causa de extinção de punibilidade. 
c) é causa extintiva de punibilidade, caso seja feita antes da prolação da sentença do processo 
criminal relativo ao crime de falso testemunho. 
d) feita a qualquer momento é causa extintiva de punibilidade. 
 
21) O agente que se vale do cargo público que ocupa para exigir da vítima vantagem indevida 
comete o crime de: (Exame OAB/CESPE-UnB. 2007.2). 
a) corrupção passiva. 
b) corrupção ativa. 
c) prevaricação. 
d) concussão. (X) 
 
22) A conduta de exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda 
que fora da função ou antes de iniciar seu exercício, mas em razão dela, vantagem indevida, para 
deixar de lançar ou cobrar tributo ou contribuição social, ou para cobrá-los parcialmente, 
corresponde a: (136.o Exame OAB/SP) 
a) fato atípico. 
b) crime de concussão. 
c) crime de corrupção passiva. 
d) crime contra a ordem tributária.(X) 
 
23) Marlindo, no elevador do prédio em que reside, na presença de duas pessoas, chama Merlindo, 
seu vizinho e síndico, de incompetente, pela péssima administração do prédio em que residem, 
sabedor de que tal afirmação é falsa. Merlindo, além de síndico, é Promotor de Justiça. Assinale a 
alternativa correta. (133° Exame OAB/SP Cespe- UnB, 1ª Fase) 
a) Marlindo praticou crime de difamação ao ofender a reputação de Merlindo, como síndico do 
prédio. (X) 
b) Marlindo praticou crime de difamação ao ofender a reputação de Merlindo, como síndico do 
prédio e Promotor de Justiça. 
c) Marlindo não praticou crime algum. Como morador do prédio, tem o direito de criticar a gestão de 
Merlindo. 
d) Marlindo praticou crime de desacato à autoridade, uma vez que Merlindo é Promotor de Justiça. 
 
24) Segundo o Código Penal (CP), aquele que patrocina, direta ou indiretamente, interesse privado 
perante a administração pública,valendo-se da qualidade de funcionário público, pratica o crime 
de: (137º Exame de Ordem OAB/SP. CespeUnB). 
a) prevaricação. 
b) condescendência criminosa. 
c) tráfico de influência. 
d) advocacia administrativa. (X) 
 
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25)Suponha que João tenha se utilizado de conduta fraudulenta para receber de Maria quantia que 
esta lhe devia e se negava a pagar voluntariamente. Nessa situação, (Exame OAB/CESPE-UnB. 
2007.1). 
a) João não cometeu crime. 
b) João cometeu crime de exercício arbitrário das próprias razões. (X) 
c) João cometeu crime de estelionato. 
d) João cometeu crime de furto qualificado pela fraude. 
 
26) Não pode ser considerado próprio de funcionário público o crime de: (Exame 
OAB/CESPE-UnB. 2007.1). 
a) concussão. 
b) prevaricação. 
c) corrupção ativa. (X) 
d) corrupção passiva. 
 
27) Júlio, empresário, deixou

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