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Resumo de Direito Constitucional I

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2º NPC 
CONSTITUCIONAL I (27/09/2011) 
Características das nossas constituições: 
Constituição de 1824 
Constituição de 1891 
Constituição de 1934 
Constituição de 1937 
Constituição de 1946 
Constituição de 1967 
Constituição de 1969 
 Constituição de 1824 
 Em 1820 - chegada da família real, trazendo a lei de Portugal. 
 O Brasil nesse período precisava de um novo pacto jurídico e um pacto político. Por 
ocasião da independência do Brasil, cortou-se o laço com Portugal e sentiu-se a 
necessidade de se reestruturar. Durante esse período o Brasil viveu sobre a égide da 
CONSTITUIÇÃO DE PORTUGAL, em conseqüência houve a necessidade de se repactuar 
um novo estado. 
 Em 1823, é instaurada uma ASSEMBLEIA NACIONAL CONSTITUINTE com o 
intuito de se criar uma nova constituição. 
 Discurso brasileiro X português. Os brasileiros apresentaram um projeto de 
constituição chamado de “CONSTITUIÇÃO DA MANDIOCA”, em que só poderia votar e 
ser votado quem tivesse muita terra, pois a mandioca, na época, era o alimento primordial 
dos escravos e das famílias, então o interessado deveria ser proprietário de grande 
extensão de terra que pudesse ser plantada a mandioca, já que muito consumida para 
alimentar os escravos. 
 D. Pedro II, dissolve a assembléia constituinte, momento que ficou conhecido como 
“NOITE DA AGONIA”, com essa dissolução D. Pedro II outorga a CONSTITUIÇÃO DE 
1824. 
 I – Outorgada 
 II – Monarquia / Hereditária 
 III – Voto censitário – só votava quem possuía patrimônio, riqueza. 
 IV - Constituição confeccional – possuía uma religião oficial (católica romana); 
 V – Poderes: 
a) Executivo – exercido pelo imperador 
b) Judiciário – exercido pelos juízes todos indicados pelo imperador; 
c) Legislativo – exercido pelos senadores todos escolhidos pelo imperador e 
Deputados que eram votados (por que tinha dinheiro). 
d) Moderador – exercido pelo imperador. 
Obs.: esta constituição e semi-rigída em decorrência ao seu artigo 168 
1824 1891 
 Em 1868 – fim da guerra do Paraguai, as Forças Armadas voltaram mais 
fortalecidas, seus coronéis voltaram generais para enfraquecimento do imperador em 1888, 
o que ocasionou a libertação dos escravos, com isso o imperador perde a elite agrária. 
 Em 1889, aconteceu a proclamação da republica (fato muito importante). Em 
consequência instaura-se uma nova Assembleia Nacional Constituinte em que foi 
promulgada a nossa SEGUNDA CONSTITUIÇÃO a de 1891. 
 CONSTITUILÇAO DE 1891 
 I – Promulgada 
 II – Teve como referencia a Constituição dos “EUA” 
 III – Republica 
IV – Democracia 
V – Estado Federado 
VI – Voto Universal – religiosos (padres), mulheres, militares, analfabetos não 
votavam. 
VII – Tripartição dos Estados 
1891 1934 
Republica dos coronéis havia nesse período o revezamento da política do café com 
leite que consistia em: um governo era eleito um candidato de Minas Gerais para 
Presidente e no pleito subseqüente um candidato de SP, para presidir. 
Em 1929, com a quebra da bolsa de valores, Washington Luis, não permitiu que 
Minas assumisse o governo do Brasil e com isso levou ao fim do revezamento, ou seja, 
findou-se o pacto do café com leite. 
Em 1932, aconteceu a revolução constitucionalista e Getulio Vargas deu seu 
PRIMEIRO GOLPE, massacrou a revolução, convocou uma assembléia constituinte para 
elaborar a CONSTITUIÇÃO de 1934. 
 CONSTITUCIONAL I 13/10/2011 
CONSTITUIÇÃO DE 1934 
 I – Promulgada; 
 II – Constituição “Wieman” 1919; 
 III – Político Jurídico – econômico social – segunda dimensão – copia da constituição 
dos EUA; 
 IV – Voto da Mulher – a mulher que antes não votava, ganha espaço e começa a 
votar. 
 V – Criação da justiça eleitoral 
Obs.: reflexo dos acontecimentos políticos e jurídicos para a formação da constituição de 
1934. 
Obs.2: a republica é uma forma de governo fundada na igualdade jurídica das pessoas em 
que os .............. ser do poder político exercerem-no em caráter eletivo representativo, 
transitório e com responsabilidade. 
 CONSTITUIÇÃO DE 1937 
 I – Outorgada 
 II – Influencia da Constituição Polonesa 
 III – Decreto-Lei 
 IV – Consulta popular 
 V – Não aos princípios da legalidade 
 
 CONSTITUIÇÃO DE 1946 
 I – Promulgada 
 II- Fonte inspiradora – a constituição de 1934 
 III – Eleição direta 
 IV – Republica dos estados 
 V – Unidade do Brasil 
 
 CONSTITUIÇAO I - 1967 
 I – Promulgada (constituição propriamente brasileira) 
 II – Poder Centralizado 
 III – Eleição indireta 
 IV – Limita o direito de propriedade 
COMENTÁRIO: em 1829, houve a queda da bolsa de valores, ocasião em que Washington 
Luis, deveria nomear o governador de Minas para presidente do Brasil, porém, isso 
quebraria o pacto do café com leite que vinha sendo obedecido. Em 1932 – revolução 
constitucionalista Getulio viu-se pressionado por repactuar a constituição, em 1934 elege 
uma assembléia constituinte e promulga a constituição de 1934. De 1934 a 1937 – dois 
poderes de direita Getulio Vargas (Aliança), de esquerda – os comunistas. 
Em 1937, o segundo golpe. Fechou o congresso – Getulio começou a legislar por meio de 
DECRETO. Pacto DITADURA, não legalidade, 
Obs.: é preciso saber por que uma constituição é promulgada, da mesma forma porque é 
outorgada. As causas das suas características. 
1937 1946 
 INFLUENCIAS: 
1937 – Hitler chega ao poder 
1934 – Hitler instaura a união das Alemanhas; 
1939 – Eclode a segunda Guerra Mundial; 
1942 – O Brasil entra na segunda guerra mundial enviando seus pracinhas; 
1945 – Os pracinhas brasileiros voltam vitoriosos, chega e se questiona, pois ao chegarem 
encontram um ditador no poder, uma vez que tinham ido combater um lá fora. O exercito 
destitui Getulio Vargas, para que se repactuasse o estado. Promulga-se a constituição de 
1946 – a chamada CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DOS EUA. 
1946 1967 
 
 INFLUENCIAS: 
1946 a 1950 – governo de Djalma Dutra 
1950 a 1954 – Governo de Getulio Vargas. Getulio suicida-se no poder. 
1954 a 1959 – Governo de Juscelino 
1960 .......... – Governo de Jânio Quadro tendo seu vice, João Gulart “o Jango” 
Janeiro a Setembro. 
Em setembro/1960, assume o poder Jambo o vice de Janio, que tinha tendências 
socialista, comunista, por esse motivo recorreu-se a Leonel Brizola 
Setembro/1960 a fevereiro/1963, foi instituído o parlamentarismo, em conseqüência do 
governo de Jango, para que pudessem retira-lo do poder, por sua idéias socialista. Então: 
como chefe de estado assume JANGO e como chefe de governo assume TANCREDO 
NEVES (ISTO CAI EM CONCURSO). 
EM 1948, parlamentarismo avesso a brasileiro. Em fevereiro/1963, depois de consulta 
popular – volta o presidencialismo e Jango assume e faz planos de reformas de base: 
- Reforma Urbana – quem tivesse mais de duas casas o excedente seria desapropriado, 
ficando de posse de apenas um imóvel; 
- Reforma Rural – quem tivesse imóvel, propriedade rural com mais 6.000h, o excedente 
seria desapropriado; 
- Reforma Tributária – na arrecadação de impostos a alíquota seria progressiva, quem 
ganhasse mais pagaria mais impostos, quem ganhasse menos pagaria menos impostos. 
- Reforma Cultural – acabou com as escolas particulares e 15% da arrecadação seria 
aplicada na educação. 
 Em 31 de março de 1964 – golpe militar. 
Em abril de 1964 – foi instituído o AI-1 
Em 1965 – foi instituído o AI-2 – que criou dois partidos ARENA e MDB 
Os militares nomearam uma junta das forças com o intuito de legitimar o golpe. 
Em 1967, os militares convocaram uma assembléia nacional constituinte para 
promulgarem um projeto de constituiçãosem a possibilidade de discussão, por esse motivo 
a constituição de 1967, foi promulgada, mas não foi uma constituição democrática. Os 
militares impuseram a aprovação dessa constituição. Discurso: vocês filhos de militares 
não obedeçam a seus pais, vocês mulheres de militares façam guerra de sexo. 
O AI-5 fecha tudo, suspende todos os direitos civis, exílio para todos militantes e 
também artista, cantores da época, foi o pior período da ditadura. Para legitimar, fizeram a 
emenda constitucional nº 01, em 1969 constitucionaliza o AI-5. 
Em 1974, o presidente Ernesto Geisel, inicia uma abertura lenta e gradual começa-
se a mudar de paradigma por meio de muita luta, briga corporal “pancadaria total”. 
Em 1977 – o ABC paulista tem Lula como sindicalista 
Em 1979 – chega ao fim o exílio e voltam para o Brasil todos os exilados, militantes, 
artista, cantores... Chico Buarque, Caetano Veloso... 
Em 1985 – eleição direta elege Tancredo Neves para presidente do Brasil que morre 
antes de tomar posse, tomando posse e assumindo a presidência seu então vice-
presidente José Sarney. 
Em 1986 – eleições para assembléia nacional constituinte. 
Em 05 de outubro de 1988, promulga-se mais uma constituição da republica 
federativa do Brasil, a “constituição de 1988”, até então vigente contando com 56 EC, a 
mais emendada da historia do Brasil. 
CONSTITUCIONAL I (18/10/2011) 
 PODER CONSTITUINTE: 
 É o poder de elaborar e modificar normas constitucionais, de estabelecer a 
Constituição de um Estado ou modificar a Constituição já existente. 
A teoria do poder constituinte foi inicialmente criado pelo abade francês Emmanuel 
Sieyès, alguns meses antes da Revolução Francesa em sua obra “Qu’este-ce que Le tiers-
Etat?” traduzido para o português, “o que é terceiro estado?” ele dizia que, o ponto 
fundamental dessa teoria é a afirmação de ela só se aplica a Estado que adotam a 
constituição escrita e rígida e faz com que ela alicerce o principio da supremacia 
constitucional – é a distinção entre poder constituinte e poder constituído. O poder 
constituinte e o poder que cria a constituição. Os poderes constituídos são o resultado 
dessa criação, isto é são os poderes estabelecidos pela constituição. já preparam os 
ideários da Republica Federativa para que esse poder constituísse o novo estado. 
 O poder é político, político fundamental. O poder constituinte é igual a democracia 
que significa dizer: eleger por meio da democracia, é pelo poder constituinte que se sabe 
como o estado foi constituído. O poder é do povo que o constitui. 
 Delineamento: 
 Espécies de poder constituinte: são duas as clássicas espécies poder constituinte 
identificados pela doutrina, o originário e o derivado 
a) Originário – genuíno, primário, de primeiro grau ou inicial, é o poder de elaborar 
uma Constituição. - origina o estado também no sentido de repactuar. 
Características do poder constituinte originário: são cinco as tradicionais 
característica apontadas pela doutrina para o poder constituinte: é um poder 
político, inicial, incondicionado, permanente e ilimitado ou autônomo. 
I – político – é um poder essencialmente político, extrajurídico,ou pré-juridico, 
pois faz nascer a ordem jurídica, isto é a ordem jurídica começa com ele e não 
antes dele. 
II – Inicial – sua obra é a base da ordem jurídica, pois criar um novo Estado, 
rompendo completamente com a ordem anterior. 
III – Ilimitado e Autônomo – não precisa respeitar limites estabelecidos pelo 
poder positivo anterior. O conteúdo da constituição, das deliberações da 
Assembléia Nacional Constituinte, não pode sofrer restrições. Não vai encontrar 
limites em nenhum outro ordenamento jurídico, nem no anterior, se for o caso. 
IV – Incondicional – não obedece nenhuma condição, nem pós, nem pré-
estabelecida para realizar sua obra; para realiza sua vontade; 
V – Permanente – não se esgota no momento do seu exercício; 
VI – Divergência Doutrinária 
 - Poder Const. Originário X D. Humanos 
 - Poder Const. Originário X Soberania (aniquilamento) 
 - Poder Const. Originário X D. Natural 
Teoria adotada pelo Brasil – o STF adota a teoria do positivismo pela soberania = “o 
poder é soberano” pode qualquer coisa, pode tudo. 
b) Derivado – instituído, constituído, secundário ou de segundo grau. É o poder de 
modificar a Constituição Federal e, também, de elaborar as constituições 
Estaduais. É criado pelo poder originário. É exercido por um órgão constitucional, 
conhece limitações constitucionais expressas e implícitas, por esse motivo é 
passível de controle de constitucionalidade. 
Tem como características ser um poder jurídico, derivado, subordinado, 
condicionado. 
I – Jurídico – está previsto e regulado no texto da própria constituição; 
II – Derivado – é instituído pelo poder constituinte originário; 
III – Subordinado limitado – encontra limitações constitucionais expressas e 
implícitas, não podendo desrespeitá-las, sob pena de inconstitucionalidade; 
IV – Condicionado – sua atuação deve observar fielmente as regras 
predeterminadas pelo texto constitucional. 
O poder constituinte derivado subdivide-se em poder constituinte derivado reformador e 
poder constituinte derivado decorrente. 
a) Reformador – poder de reforma, de emenda; de modificar a constituição de 
1988, respeitando as regras e limitações imposta pelo poder constituinte 
originário, que a doutrina classifica em quatro que são: 
- Temporais – período estabelecido pela constituição em que seu texto não pode 
ser modificado; 
- Circunstanciais – quando a Constituição veda a sua modificação durante 
certas circunstâncias excepcionais, de conturbação da vida do Estado; 
- Materiais – quando a Constituição enumera certas matérias que não poderão 
ser abolidas do seu texto pelo reformador 
- processuais e formais – quando a constituição estabelece certas exigências 
no processo legislativo de aprovação de sua modificação, tornando este distinto e 
mais laborioso do que aquele estabelecido para a elaboração das demais leis do 
ordenamento – é isto que caracteriza uma constituição como rígida. 
b) Decorrente – é o poder que a constituição federal atribui aos estados-membros, 
para se auto-organizarem por meio da elaboração das suas próprias 
constituições. É portanto, a competência atribuída pelo poder constituinte 
originário aos estados-membros, para criarem suas próprias constituições. Desde 
que observadas as regras e limitações imposta pela Constituição Federal. 
c) Revisor – procedimento de revisão do texto constitucional previsto no art. 3º da 
ADCT. 
d) Difuso 
e) Supranacional 
A democracia elege a constituição promulgada: exercício democrático do poder 
constituinte ocorre pela assembléia nacional constituinte, o povo escolhe seu 
representante (democracia representativa), que formam o órgão constituinte, incumbido de 
elaborar a Constituição do tipo promulgada. 
A constituição outorgada: estabelecimento da Constituição pelo indivíduo, ou grupo, 
líder de movimento revolucionário que alçou o poder, sem a participação popular. Isto é o 
que caracteriza o exercício autocrático do poder constituinte. 
AULA SOUTO 
O poder do povo que é soberano, mas pode ser representado por um déspota ou, é 
um poder latente, poder adormecido, exemplo disso é que contamos com a sétima 
constituição. Diz-se adormecido porque fica inerte até que ocorra uma EC ou venha a 
elaboração de outra constituição, então ele atua novamente. 
O poder constituinte: cria estrutura e organiza a constituição do estado 
 Modifica 
O poder constituinte é rígido e supremo. 
O poder constituinte pode ser chamado de: 
 - Histórico 
 - Revolucionário (repactua) imposta, outorgada 
Obs.: a constituição dos EUA é uma constituição histórica, pois se inaugurou um novo 
estado. 
Obs.1: sempre que houverruptura da ordem constitucional estabelecida, e substituição por 
outra, ocorrerá manifestação do poder constituinte (nova constituição), por isso diz-se 
que o poder constituinte fica adormecida, latente. 
 
Obs.2: segundo o STF o Poder Constituinte não se encontra sujeito a quaisquer limites 
impostos pela ordem jurídica interna, tampouco às limitações de ordem supra positiva. 
Obs.3: o poder Constituinte é também poder permanente, pois não se esgota no momento 
do seu exercício, permanece no estado de dormência. 
P C Originário : - histórico – organização de um Estado novo, criação de uma constituição. 
 - Revolucionário: qd uma const. é substituída por outra já existente 
. podendo ser imposta por um ditador: outorgada = imposta 
 - Democrático 
 - Promulgada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Poder 
Constituinte 
ORIGINÁRIO 
DERIVADO 
- Político 
- Inicial 
- Ilimitado e Autônomo 
- Incondicional 
- Permanente 
- Jurídico 
- Derivado 
- limitado ou 
subordinado 
- Condicionado 
- divide-se em dois 
Reformador 
Recorrente 
CONSTITUCIONAL I (20/10/2011) 
PODER CONSTITUINTE (cont.) 
Poder Constituinte Originário 
 Histórica criação da 1ª 1829, 2ª - 1891 
Manutenção 
 Revolução: substituição por outra que rompe c/ ordenamento jurídico 
. anterior e repactua o Estado. 
Características do poder constituinte Reformador 
- Limitado 
- Instituído 
- Condicionado o P.R. obedece ao Poder Originário 
- autônomo obedece a constituição 
- Subordinado 
O poder constituinte Reformador, obedece os limites de atualização ou reforma 
* Formal: como vai se fazer. Por meio de emenda constitucional. De acordo com as arts. 
60, § 2º CF aprovado por 3/5 em duas sessões do congresso. 
* Material: não pode mexer nas clausulas pétreas art. 60 par. 4º CF – a republica para o 
STF é uma clausula implícita. Não pode ser abolida, mas pode alterar para melhor. 
P.C.D. Revisor 
- A Constituição/88 será revisada uma única vez cinco anos depois de sua promulgação, 
contados a votação da maioria absoluta dos membros do congresso em sessão 
unicameral. Para a adequação, esse é o motivo da revisão em cinco anos, que a 
adequação vai alcançar. 
- Consequência: A.D.C.T – o poder constituinte originário deixou para fazer a transição. 
Para transição de uma constituição para outra (confecção, repactuação) 
Ver art. 34, VIII alíneas de A a E princípios sensíveis 
Ver art. 11 ADCT 
 
CONSTITUCIONAL I (25/10/2011) 
DECORRENTE 
Os estados membros, principalmente através da denominada autonomia: 
 
 
 - auto-organizar 
se - auto-estruturar 
 - auto-administrar 
- Constituição Estadual: 
 - Na legislação de sua constituição os estados terão que obedecer certa simetria com a 
Constituição Federal, obedecendo alguns princípios esculpidos na Constituição Federal. 
 - Sensíveis – atrs 34, VII A a E 
Obediência a simetria da Constituição Federal - Extensíveis 
 - Instituídos 
Obs.: é preciso observar os princípios atinentes a administração pública constantes no art. 
37 CF/88. 
Poder constituinte DIFUSO construção doutrinária. 
- norma constitucional é a mesma, o que muda é apenas o seu sentido influenciado por 
fatos provenientes da ordem econômica social. 
- o poder difuso muda o seu entendimento de acordo com a evolução social, ou seja em 
decorrência da evolução social. 
Poder constituinte SUPRA NACIONAL 
- não é derivado 
- construção doutrinária – acordo nacional de adequação 
- cidadania universal – direitos inerentes a pessoa humana 
- decorrente de várias normas diferentes de cada país. 
 
CONSTITUCIONAL I (27/10/2011) 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE: 
 Controle de constitucionalidade é o confronto entre uma lei com uma norma 
constitucional, do ordenamento jurídico vigente. O controle de constitucionalidade das leis 
só é possível nos ordenamentos de constituição do tipo escrita e rígida, suprema, 
fundada na verdade, pois somente esse sistema jurídico adota as normas 
infraconstitucionais, e estas devem obediência à constituição. As leis infraconstitucionais 
para terem validade precisam estar necessariamente em consonância com os ditames da 
constituição, pois esta se encontra no vértice do sistema jurídico (pirâmide de Kelsen), pela 
sua supremacia absoluta, motivo pelo qual ela representa o fundamento de validade de 
uma lei infraconstitucional, que para isso precisam estar compatíveis com o ordenamento 
jurídico superior, do contrario não terão validade. Dentro deste tipo de ordenamento jurídico 
as leis obedecem a hierarquias. A constituição é o parâmetro para elaboração de todos os 
demais atos normativos estatais, respeitados as regras e princípios nela traçados, bem 
como o próprio processo constitucionalmente previsto para sua elaboração, sob pena de 
incorrem-se em insanável vicio de inconstitucionalidade. 
Havendo confronto entre norma ordinária e texto constitucional, tanto do ponto 
de vista formal, quanto material, deverá ser declarada a nulidade da norma inferior em 
respeito à supremacia da Constituição. 
É a própria Constituição que estabelece os órgãos encarregados de exercer 
competências e procedimentos especiais, que analisa e decide se houve ou não ofensa à 
constituição, bem como o processo que deve utilizar para anular uma conduta ou ato 
inconstitucional, esse procedimentos variam de regime constitucional para outro o que 
consubstanciam o que se denomina controle de constitucionalidade. 
Segundo Alexandrino afirma que dois são os pressupostos para o controle de 
constitucionalidade: 
a) A existência de uma constituição do tipo escrita e rígida; 
b) A previsão constitucional de um mecanismo de fiscalização da validade das leis 
Sintetizado o controle de constitucionalidade fica assim: 
a) A noção de contemporânea de controle de constitucionalidade das leis tem como 
pressuposto a existência de uma constituição do tipo rígida; 
b) A rigidez da constituição tem como conseqüência imediata o principio da 
supremacia formal da constituição; 
c) O principio da supremacia formal da Constituição exige que todas as demais 
normas do ordenamento jurídico estejam de acordo, em consonância, em 
harmonia, com o texto constitucional; 
d) Aquelas normas que não estiverem de acordo, em consonância, em harmonia 
com a Constituição serão invalidadas, inconstitucionais e deverão, por isso, 
ser retiradas do ordenamento jurídico; 
e) Há necessidade, então, de que a Constituição outorgue competência para que 
algum órgão (órgão), independente do órgão encarregado da produção 
normativa, fiscalize se a norma inferior está (ou não) contrariando o seu texto, 
para o fim de retirá-la do mundo jurídico e restabelecer a harmonia do 
ordenamento; 
f) Sempre que o órgão competente realizar esse confronto entre a lei e a 
constituição, estará ele efetivando o denominado “controle de 
constitucionalidade”, 
No plano axiológico podemos situar o controle de constitucionalidade das leis como, 
simultaneamente, base e corolário: 
a) De um Estado Democrático de direito; 
b) Do principio de separação dos poderes; 
c) Da garantia maiordo individuo frente ao estado, na proteção de seus direitos 
fundamentais; 
d) Da garantia da rigidez e da supremacia da constituição. 
 
 
 Surgimento de uma constituição X constituição de Normas Ordinárias Pretéritas 
Delineamento: 
 CF-67/69 CF-88 
 
 
 
 
- com o surgimento da nova constituição a constituição anterior desaparece. 
Ex.: em 1984 5 anos Laércio compra um carro sob a égide da constituição de 1969 – 
logo a nova pode se meter aqui (teoria da retroatividade). 
Teoria da Retroatividade: 
a) Retroatividade Máxima – alcançar inclusive a coisa julgada 
b) Retroatividade Média – só alcançando os fatos, as pendências não adimplidas 
c) Retroatividade Mínima – só alcançará fatos futuros a partir da promulgação da Nova 
Constituição, ou seja, em 05/10/1988, começa a acontecer const. 1984xxxxx const. 
1969xxxxxxxxx 
d) Não Retroagi – a constituição Nova só atingira fatos que nasceram sobre a sua égide 
sempre visando a pacificação do n.j., segurança jurídica. 
O STF por meio da sua teria pacifica diz que o Brasil adotou a teoria da retroatividade 
mínima em respeito a segurança do NJ, podendo adotar as outras teorias desde que 
estejam de forma expressa na Constituição Federal porque ela é fruto do poder 
originário, art. 7, IV CF (grifar: sendo vedada a sua vinculação para qualquer fim). 
Exemplo: 
- aplicação: a constituição de 1969 possibilita a vinculação do salário mínimo 
- aplicação: a constituição de 1988, a partir da sua promulgação diz: o salário mínimo não 
pode mais ser vinculado, art. 51 ADCT – retroatividade máxima (grifar: serão revistas). 
COMENTARIO SOUTO: 
O STF adota a teoria da retroatividade mínima. 
Doutrina – o nascimento da constituição/88, abroga todo o ordenamento antrior, mas o 
doutrinador diz que pode ocorrer a teoria da constitucionalização, mas que há 
possibilidade de aproveitamento da constituição passada desde que compatíveis, porém 
viria sob o estado de uma lei infraconstitucional, essa é a teoria da 
desconstitucionalização – só que o STF em decisão pacifica diz que o Brasil não adota a 
teoria da desconstitucionalização, para ele abroga totalmente a constituição passada. 
Prazo de validade das infraconstitucionais: com nascimento das Novas Constituições, as 
leis infraconstitucionais são recepcionadas e aquelas que não estiverem compatíveis são 
revogadas; motivo pelo qual o nosso Código Penal data de 1940 – Lei 2848 (lei do cp), 
confeccionado sob a égide da constituição de 1937, sendo ele recepcionado pelas demais 
Leis 
infrac. 
Leis 
infrac. 
constituições inclusive pela constituição de 1988. A lei que não é recepcionada pela 
constituição atual é uma lei constitucional. 
-Revogada ou abrogada – porque acontece com leis da mesma hierarquia. 
Ex.: CF x CF ou Infrac. X Infrac. ou LC x LC 
- uma norma infraconstitucional hierarquicamente é menor que uma norma constitucional – 
então tem que haver uma “constitucionalidade superveniente” (doutrinador) 
- STF diz que o Brasil adota a revogação, pois só poderá haver analise de 
constitucionalidade se a lei infraconstitucional for comparada com a constituição vigente em 
sua criação. 
- para recepcionar uma lei é necessário alguns requisitos: 
 a) validade 
 b) não ter sido declarado inconstitucional para constituição anterior 
 c) tem que ser compatível com a nova constituição 
 
 const/46 const. 67/69 const.88 
 A B C 
 
 
 
 
Repristinação: ocorre qdo uma norma revogada volta a viger em virtude da norma que a 
revogou. 
Obs.: no Brasil não se adota a repristinação somente se estiver expressa na constituição. 
 
CONSTITUCIONAL I (01/11/2011) 
Controle de Constitucionalidade (cont.) 
- Rígida / suprema / escrita / fundamento de validade 
 - Material – apresenta erro em seu conteúdo, fere a matéria constitucional 
 - Formal – apresenta erra na forma de sua elaboração, criada sem observar as 
. normas da constituição. 
* Inconstitucionalidade – resulta do conflito de um comportamento de uma norma ou de um 
ato com a Constituição. Segundo Alexandrino, é a ação ou imissão que ofende, no todo ou 
em parte a Constituição. Se a lei ordinária, a lei complementar, o estatuto privado, o 
contrato, o ato administrativo etc.. não se conformarem com a Constituição, não devem 
produzir efeitos. Portanto devem ser extirpados, por inconstitucionais, com base na 
supremacia constitucional. 
 A C 
 (A) 
 B 
 Revogada 
 
 Repristinatório 
Vicio 
Então inconstitucionalidade é qualquer manifestação do poder público (ou de quem 
o exerça por delegação, atribuições públicas), comissivo ou omissivo que contrarie, 
desrespeite a constituição Federal. 
Obs.: comissivo – ação de fazer 
 Omissivo – omissão de fazer – que se omite 
 Ação (comissivo) ação de fazer por meio de uma Lei 
Inconstitucionalidade 
 Omissão – por falta de uma norma regulamentadora deixa 
 de exercer direito constitucional. 
Controle de Constitucionalidade 
Preventivo: (projeto de lei em consonância com a constituição 
 Poder Legislativo: (câmaras de constituição e justiça), medida provisória, veta 
qualquer decreto que exorbitem da competência 
 Poder Executivo: veto - político – se achar que a lei é incostitucional 
 - contrariar interesse público 
 Poder Judiciário: M.S. direito que o parlamentar tem de participar de um processo 
legislativo Higilo. Possibilidade de um parlamentar participar de uma assembléia 
rígida. 
Obs.: passou pelo crivo virou Lei. 
Repressivo: (aqui já virou lei, ou seja as leis já estão prontas) 
 Poder Legislativo – através de decreto sustar poder delegado ao poder executivo 
quando em desacordo com a Constituição Federal. 
 Poder Executivo – possibilidade de o presidente da República em não aceitar a 
aplicação da lei (sob a alega de inconstitucionalidade / ele juridicamente recusa) 
 Poder Judiciário: - difuso 
 - abstrato/ direto/ concentrado/ via de ação/ via de exceção 
. . (defesa)/ via de defesa. 
COMENTÁRIO: 
A constituição é fruto do poder constituinte originário e do poder do povo que vem 
estruturar e organizar o estado. 
Todo estado tem alguém mandando e alguém obedecendo, qualquer reunião de pessoas 
tem alguém comandando: administração publica, quartel, et., tudo que tenha um membro 
sobre a organização será chamado de organização mesmo que não seja escrita. 
A nossa constituição é formal que trata do poder constitucional originário 
- se a norma infraconstitucional estiver em consonância com a constituição, ela é 
constitucional, normas que não foram recepcionadas foram criadas pela constituição, se 
essas normas infraconstitucional não estiveram em consonância com a constituição/88, 
essa norma é inconstitucional. 
 CF/88Só haverá controle de constitucionalidade se a constituição for rígida/ escrita/ supremacia/ 
fundamento de validade. 
Obs.: qualquer pessoa pode dizer que a matéria é inconstitucional, mas só pode aguir no 
caso concreto a um juiz monocrático ou a um tribunal. 
 
CONSTITUCIONAL I (03/11/2011) 
Controle de Constitucionalidade (cont.) 
- Modalidade Difuso – difundido, todo e qualquer órgão do judiciário: juiz monocrático ou 
tribunal pode fazer a comparação – com o objetivo de afastar a Lei que não está em 
consonância com a constituição federal. 
- Origem UGA – a const. de 1891 trouxe o controle de constitucionalidade, conflito de 
interesse, analisado pelo juiz Marshall ao evidenciar um conflito entre duas pessoas. 
- Juiz Marshall no caso – 1803 a 1891 analisou o conflito de interesse entre duas pessoas 
interessadas Marbery X Madson. 
- Marbery X Madson - nesse conflito de interesse que se dá entre duas pessoas, qualquer 
pessoa pode solicitar esse confronto lei constitucional X Lei infraconstitucional. 
 Declara a inconstitucionalidade, no caso concreto, de modo incidental de Lei ou 
ato normativo contrario a Constituição Federal. 
 O Ministério Público pode argüir no caso concreto. 
Legitimado: 
a) Partes 
b) Ministério Público – fiscal da lei / protetor da lei. 
c) Órgão do judiciário (STF), tribunal do juiz – o juiz monocrático pode de oficio 
declarar inconstitucionalidade. 
d) STF – como guardião da lei, protege a constituição – através de recurso 
extraordinário provar repercussão geral. No tocante do tribunal aquele caso será 
analisado por 3 ou 4 desembargadores diferentes com mais experiência 
- No tocante do tribunal – 
- Observação do parecer de plenário (reserva) (art. 97 CF) maioria absoluta 
Efeitos: 
Ex.: uma pessoa trabalha em uma empresa que paga um salário inferior ao salário mínimo nacional, mas a 
empresa segue as regras de uma lei que ampara essa pratica. Esse funcionário se sentindo lesado, entra na 
justiça com pedido de inconstitucionalidade da lei. Esta ação só beneficia as partes litigantes nesta ação, neste 
conflito de interesse. Se outros pretenderem precisam entrar Tb com uma ação. 
L.ei 
Infrac
a) Inter parte (entre as partes) - aquela ação só serve, só beneficia as partes do 
conflito, uma vez que o judiciário é inerte, precisa ser provocado. 
b) Ex Tunc (retroativo) – da a sentença a parte litigada deve rever o prejuízo do litigado 
desde o seu inicio. (no caso do ex. pague-se a outra parte do salário desde o inicio 
do trabalho). 
c) STF – possibilidade de modulação dos efeitos da decisão de uma 
inconstitucionalidade difusa. 
- Ex Nunc – por interesse social 
- Pró-futuro (produtivo) faz-se cumprir a sentença num prazo determinado. No caso 
do exemplo analisado as perdas da empresa a repercussão do caso, então “paga-se daqui a 10 meses” 
Atuação do Senado Federal – extirpar a lei ou ato normativo, considerada 
inconstitucional, do ordenamento jurídico por decisão do STF, para não gerar novos 
conflitos. O Senado Federal retira a Lei através de uma resolução 
O STF – comunica ao Senado Federal para que extirpe do ordenamento jurídico a 
Lei ou ato normativo declarado inconstitucional. Para evitar novas ações de inconstitucionalidade, 
para que a lei não seja novamente aplicada, p. discricionário. Mas isso só acontece por vontade do STF que é 
pacifico e guardião da lei. 
O Senado Federal retira a Lei através de uma “resolução” 
 - O Senado não pode restringir ou ampliar a decisão 
 - É um poder discricionário do Senado. 
 - Efeito da decisão do Senado: - erga-omnes – para todos 
 - Ex –Nunc – a partir da promulgação, daquela data. 
 
CONSTITUCIONAL I (08/11/2011) 
Controle de constitucionalidade (continuação) 
- Controle concentrado / de ação / em abstrato 
- Origem – constituição da Austrália em 1920 
 - Inspiração de Kelsen – que idealizou um órgão que fizesse essa analise. 
No Brasil EC nº 16/1965 
 - ADIN (Ação Direta Inconstitucional) – uma lei federal ou estadual pode 
. propor ação de inconstitucionalidade; 
 Modalidades - ADIPO (Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão) 
 - ADICON 
 - ADPF 
Objeto: declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato Normativo que esteja em desacordo 
com a nossa constituição em abstrato. Expurgar do ordenamento juridico. 
- Legitimados (art. 103 CF) - podem propor uma ADIN 
 - Necessidade de advogado - para propor uma ADIN é necessário constituir advogado, 
art. 103, VIII, IX. 
 - Pertinência Temática ( IV, V, IX), – interesse local. Necessitam dessa pertinência para 
provar que o tema influencia diretamente aquele legitimado da constituição. 
AGU – 15 dias para se manifestar 
- defesa do ato normativo ou lei em sede de contraditório 
PGR – obrigatoriedade de se manifestar (15 dias – prazo para opinar) 
- Defesa da constituição / do regime democrático / do estado de direito / fiscal da lei / # 
pode opinar / parecer / pedir: constitucionalidade e inconstitucionalidade. 
“amicus curiae” (amigos da corte) um profissional ou um técnico, – que tenha interesse no 
objeto da ação de constitucionalidade ou inconstitucionalidade para colaborar, dar um 
parecer / um laudo técnico para favorecer, convencer na matéria. 
- Entidade ou órgão que tenham interesse no objeto da ação – possibilidade dos ministros 
de acharem as idéias, por uma ADIN mais democrática, possibilidade de audiência publica 
tudo em prol do convencimento, a isso se diz participação de terceiro. 
 - Erga –omnes – (para todos) – vale somente para aquela ação 
- Efeitos -Vinculante – outros órgãos do poder judiciário todas as entidades do p. publico 
 Direta e indiretamente, só não p/ o STF e p. Legislativo. 
 - Ex-Tunc – não retroage, apenas desde a data da promulgação da constituição. 
 
REPRISTINÁTORIO 
 - Leg. Jurídico - quorum 
Modulação de efeitos 
 - Interesse social 2/3 = 8 ministros votam p/ modulação dos efeitos 
 
Deliberação = 8 ministros 
Decisão = 6 ministros 
Suspensão da sessão caso haja ministros ausente que possa influenciar na decisão. 
 
 
COMENTARIO DO SOUTO: 
Aqueles legados da constituição detidamente nos incisos IV, V, IX, terão que 
necessariamente comprovar no objeto da ação de inconstitucionalidade. 
Ex. como em todo caso 
 Juiz STF DEVERÁ defender a lei ou o Ato Normativo 
 impugnado em sede de ADIN. Contraditório de 
 Autor Réu art. 103 CF AGU oficio. (AGU nunca poderá se manifestar contrario) 
Exceção – a AGU não precisará realizar o contraditório quando já tiver sido decidido 
anteriormente pelo STF. 
O P.M. defende a constituição, necessariamente o procurador geral da republica se de faz 
presente, pois ele é fiscal da lei, quando participa da ADIN, não significa dizer que ele vai 
acatar. 
Obs.: se é uma ação tem que ter o contraditório (PGR) 
- 11 ministros. 
 
CONSTITUCIONAL I (10/11/11) 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE (cont.) 
Ação Direta de Inconstitucionalidade por “omissão” - ADINPO art. 206, § 5º 
ADINPO – ocorre quando a afronta a constituição resulta de uma omissão do 
legislador, em face de um preceito constitucional que determineque seja elaborada normas 
regulamentando suas disposições. Constitui, portanto, uma conduta omissiva frente a uma 
obrigação de legislar, imposta pelo poder público, imposta pela própria legislação, isso 
ocorre diante de uma norma constitucional de eficácia limitada, em que a Lei Maior exige 
do legislador ordinário a edição de uma norma regulamentadora, para realização do direito 
nela assegurado. 
A doutrina distingue dois tipos de inconstitucionalidade por omissão 
a) inconst. por omissão total – quando o pode publico, obrigado a legislar por força 
de determinação constitucional, não o faz permitindo a existência de uma 
indesejável lacuna (direito de greve de servidores públicos civis – art. 37, VII), 
ate hoje, não foi regulamentada pelo legislador ordinário. 
b) Inconst. por omissão parcial – quando o legislador produz a norma, mas o faz de 
modo insatisfatório, insuficiente para atender aos comandos da norma 
constitucional de regência (lei excludente de beneficio incompatível com o 
principio da igualdade) 
- o presidente da republica pode propor ADINPO ao STF 
- objeto de lei estadual e lei federal 
Legitimados: art. 103 CF 
 - P. Legislativo – repres. Congresso 
Leg. Passivo - Assembleia Legislativa – dos estados 
 - Pres. da República em sua função delegada 
AGU? – não precisa se manifestar, pois não se questiona a lei na ADINPO, uma vez que 
se trata apenas de omissão. 
PGR? – por ser fiscal da lei, precisa estar presente em toda e qualquer ação. 
Efeitos: bjetiva dar ciência da omissão aos poderes competentes, para editar a lei 
acessória ao exercício do direito em relação aos órgãos administrativos para 
editá-la em 30 dias. 
ADECON – Ação Declaratória de Constitucionalidade 
- objetiva declarar a constitucionalidade da Lei ou Ato Normativo que esteja sendo 
controvérsia em decisões e sede incidental entre os juízes e tribunais. 
Legitimados: art. 103 CF 
Pertinência temática – art. 97 CF 
- “amicus curiae” (amigos da corte) 
AGU? não precisa se manifestar, pois não se questiona a lei na ADECON, uma vez que se 
trata apenas de prova de constitucionalidade da lei 
PGR? por ser fiscal da lei, precisa estar presente em toda e qualquer ação. 
 - erga omnes 
Efeitos - ex Tunc podendo fazer virar ex nunc e pró-futuro 
 - vinculante 
 - matéria repristinatória 
 
 - segurança jurídica 
 Modulação de efeitos - Interesse Social 
2/3 = 8 dos ministros 
 Ação procedente = Inconstitucionalidade 
ADIN 
 Ação improcedente = Constitucionalidade ação dúplice 
 ambivalente 
 Ação procedente = Constitucionalidade 
ADECON 
 Ação improcedente = Inconstitucionalidade 
 
CONSTITUCIONAL I (17/11/2011) 
Controle de Constitucionalidade (continuação) 
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental – ADPF 
Lagitimados: (art. 103 CF) 
Objeto: - Lei 
 - Ato Normativo 
 - Ato do poder publico 
 Que venham de encontro a preceitos fundamentais 
Preceito Fundamental: 
-STF – chamou para si a competência para disciplinar o que será preceito fundamental. 
 - para o STF: - Direitos e Garantias Fundamentais 
 - Direitos e Garantias Individuais 
 - Princípios Constitucionais 
 - Princípios Sensíveis (art. 34, VII CF) 
 - Clausulas Pétreas 
 - Direitos e Estrutura do Estado 
Modalidades: 
a) Ação Autônoma – pode ser impetrada pelos legitimado (art. 103 CF), podem 
provocar o STF quando for ferido o preceito fundamental. 
Provocar o STF para decidir o ato do Poder público que venha ferir preceito 
fundamental nas esferas: Federal, Distrital, Estadual e Municipal 
b) Incidental (caso concreto) os legitimados (art.103 CF) provocarão o STF em ação 
judicial relevante controvérsia e que esteja ferindo o preceito fundamental no 
tocante: - Lei - Federal 
 - Ato Normativo - Estadual 
 - Municipal 
 - Leis anteriores a Constituição Federal/88 
 Obs.: Incidente – misto, difuso, abstrato (caso concreto) propõe ação para antecipar 
decisão do caso concreto, para impedir que essa ação alcance o STF 
Possibilidade de representação junto a PGR 
Decisão: o STF regulará o modo, a interpretação, e aplicação do preceito fundamental a fim 
de evitar varias decisões. 
 - erga omnes 
Efeitos - ex Tunc podendo fazer virar ex nunc e pró-futuro 
 - vinculante 
 - matéria repristinatória 
 
 - segurança jurídica 
 Modulação de efeitos - Interesse Social 
2/3 = 8 dos ministros 
 
Subisidiariedade – “beneficio de ordem” quem se beneficia primeiramente 
Os legitimados só podem recorrer a ADPF, quando não houver mais nenhuma 
possibilidade com a ADIN e ADECON. Somente em ultimo caso. 
- ultimo rátio – Ultima razão 
AGU – 15 dias para se manifestar 
- defesa do ato normativo ou lei em sede de contraditório – procurador geral da republica. 
PGR – obrigatoriedade de se manifestar (15 dias – prazo para opinar) 
- Defesa da constituição / do regime democrático / do estado de direito / fiscal da lei / # 
pode opinar / parecer / pedir: constitucionalidade e inconstitucionalidade. 
“amicus curiae” (amigos da corte) um profissional ou um técnico, – que tenha interesse no 
objeto da ação de constitucionalidade ou inconstitucionalidade para colaborar, dar um 
parecer / um laudo técnico para favorecer, convencer na matéria. 
- Entidade ou órgão que tenham interesse no objeto da ação – possibilidade dos ministros 
de acharem as idéias, por uma ADIN mais democrática, possibilidade de audiência publica 
tudo em prol do convencimento, a isso se diz participação de terceiro. 
Quadro Comparativo 
 ADIN ADECON ADPF 
Legitimados Art. 103 CF Art. 103 CF Art. 103 CF 
Parâmetro Constituição Federal Constituição Federal Preceito fundamental 
Objeto Lei e Ato Normativo 
- Federal 
- Estadual 
Lei e Ato Normativo: 
- Federal 
Lei e Ato Normativo: 
- Federal 
- Distrital 
- Estadual 
- Municipal 
- atos ant. a Const.88 
AGU 15 dias para se 
manifestar 
Não se manifesta 15 dias para se 
manifestar 
PGR Fiscal da lei presença 
fundamental 
Fiscal da lei presença 
fundamental 
Fiscal da lei presença 
fundamental 
Decisão /efeitos - Erga omnes 
- Ex Tunc 
- vinculante 
- repristinatório 
- Erga omnes 
- Ex Tunc 
- vinculante 
- Erga omnes 
- Ex Tunc 
- vinculante 
Modulo: 2/3 = 8 
dos ministros 
- ex nunc 
- pró-futuro 
- ex nunc 
- pró-futuro 
- ex nunc 
- pró-futuro 
 
OBS.: Em todas as ações de contenda de constitucionalidade em decorrência do seu efeito 
vinculante, caso haja a não observação das decisões do STF, não necessitará percorrer 
todas as vias processuais para que seja obedecida tal decisão, basta que se entre com 
uma reclamação junto ao STF para que seja respeitada, observada, cumprida a decisão do 
STF.Fonte: Profº Ricardo Souto 
 Marcelo Alexandrino; Vicente Paulo. Constitucional Descomplicado (3ª e 6ª Ed)

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