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2º NPC CONSTITUCIONAL I (27/09/2011) Características das nossas constituições: Constituição de 1824 Constituição de 1891 Constituição de 1934 Constituição de 1937 Constituição de 1946 Constituição de 1967 Constituição de 1969 Constituição de 1824 Em 1820 - chegada da família real, trazendo a lei de Portugal. O Brasil nesse período precisava de um novo pacto jurídico e um pacto político. Por ocasião da independência do Brasil, cortou-se o laço com Portugal e sentiu-se a necessidade de se reestruturar. Durante esse período o Brasil viveu sobre a égide da CONSTITUIÇÃO DE PORTUGAL, em conseqüência houve a necessidade de se repactuar um novo estado. Em 1823, é instaurada uma ASSEMBLEIA NACIONAL CONSTITUINTE com o intuito de se criar uma nova constituição. Discurso brasileiro X português. Os brasileiros apresentaram um projeto de constituição chamado de “CONSTITUIÇÃO DA MANDIOCA”, em que só poderia votar e ser votado quem tivesse muita terra, pois a mandioca, na época, era o alimento primordial dos escravos e das famílias, então o interessado deveria ser proprietário de grande extensão de terra que pudesse ser plantada a mandioca, já que muito consumida para alimentar os escravos. D. Pedro II, dissolve a assembléia constituinte, momento que ficou conhecido como “NOITE DA AGONIA”, com essa dissolução D. Pedro II outorga a CONSTITUIÇÃO DE 1824. I – Outorgada II – Monarquia / Hereditária III – Voto censitário – só votava quem possuía patrimônio, riqueza. IV - Constituição confeccional – possuía uma religião oficial (católica romana); V – Poderes: a) Executivo – exercido pelo imperador b) Judiciário – exercido pelos juízes todos indicados pelo imperador; c) Legislativo – exercido pelos senadores todos escolhidos pelo imperador e Deputados que eram votados (por que tinha dinheiro). d) Moderador – exercido pelo imperador. Obs.: esta constituição e semi-rigída em decorrência ao seu artigo 168 1824 1891 Em 1868 – fim da guerra do Paraguai, as Forças Armadas voltaram mais fortalecidas, seus coronéis voltaram generais para enfraquecimento do imperador em 1888, o que ocasionou a libertação dos escravos, com isso o imperador perde a elite agrária. Em 1889, aconteceu a proclamação da republica (fato muito importante). Em consequência instaura-se uma nova Assembleia Nacional Constituinte em que foi promulgada a nossa SEGUNDA CONSTITUIÇÃO a de 1891. CONSTITUILÇAO DE 1891 I – Promulgada II – Teve como referencia a Constituição dos “EUA” III – Republica IV – Democracia V – Estado Federado VI – Voto Universal – religiosos (padres), mulheres, militares, analfabetos não votavam. VII – Tripartição dos Estados 1891 1934 Republica dos coronéis havia nesse período o revezamento da política do café com leite que consistia em: um governo era eleito um candidato de Minas Gerais para Presidente e no pleito subseqüente um candidato de SP, para presidir. Em 1929, com a quebra da bolsa de valores, Washington Luis, não permitiu que Minas assumisse o governo do Brasil e com isso levou ao fim do revezamento, ou seja, findou-se o pacto do café com leite. Em 1932, aconteceu a revolução constitucionalista e Getulio Vargas deu seu PRIMEIRO GOLPE, massacrou a revolução, convocou uma assembléia constituinte para elaborar a CONSTITUIÇÃO de 1934. CONSTITUCIONAL I 13/10/2011 CONSTITUIÇÃO DE 1934 I – Promulgada; II – Constituição “Wieman” 1919; III – Político Jurídico – econômico social – segunda dimensão – copia da constituição dos EUA; IV – Voto da Mulher – a mulher que antes não votava, ganha espaço e começa a votar. V – Criação da justiça eleitoral Obs.: reflexo dos acontecimentos políticos e jurídicos para a formação da constituição de 1934. Obs.2: a republica é uma forma de governo fundada na igualdade jurídica das pessoas em que os .............. ser do poder político exercerem-no em caráter eletivo representativo, transitório e com responsabilidade. CONSTITUIÇÃO DE 1937 I – Outorgada II – Influencia da Constituição Polonesa III – Decreto-Lei IV – Consulta popular V – Não aos princípios da legalidade CONSTITUIÇÃO DE 1946 I – Promulgada II- Fonte inspiradora – a constituição de 1934 III – Eleição direta IV – Republica dos estados V – Unidade do Brasil CONSTITUIÇAO I - 1967 I – Promulgada (constituição propriamente brasileira) II – Poder Centralizado III – Eleição indireta IV – Limita o direito de propriedade COMENTÁRIO: em 1829, houve a queda da bolsa de valores, ocasião em que Washington Luis, deveria nomear o governador de Minas para presidente do Brasil, porém, isso quebraria o pacto do café com leite que vinha sendo obedecido. Em 1932 – revolução constitucionalista Getulio viu-se pressionado por repactuar a constituição, em 1934 elege uma assembléia constituinte e promulga a constituição de 1934. De 1934 a 1937 – dois poderes de direita Getulio Vargas (Aliança), de esquerda – os comunistas. Em 1937, o segundo golpe. Fechou o congresso – Getulio começou a legislar por meio de DECRETO. Pacto DITADURA, não legalidade, Obs.: é preciso saber por que uma constituição é promulgada, da mesma forma porque é outorgada. As causas das suas características. 1937 1946 INFLUENCIAS: 1937 – Hitler chega ao poder 1934 – Hitler instaura a união das Alemanhas; 1939 – Eclode a segunda Guerra Mundial; 1942 – O Brasil entra na segunda guerra mundial enviando seus pracinhas; 1945 – Os pracinhas brasileiros voltam vitoriosos, chega e se questiona, pois ao chegarem encontram um ditador no poder, uma vez que tinham ido combater um lá fora. O exercito destitui Getulio Vargas, para que se repactuasse o estado. Promulga-se a constituição de 1946 – a chamada CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DOS EUA. 1946 1967 INFLUENCIAS: 1946 a 1950 – governo de Djalma Dutra 1950 a 1954 – Governo de Getulio Vargas. Getulio suicida-se no poder. 1954 a 1959 – Governo de Juscelino 1960 .......... – Governo de Jânio Quadro tendo seu vice, João Gulart “o Jango” Janeiro a Setembro. Em setembro/1960, assume o poder Jambo o vice de Janio, que tinha tendências socialista, comunista, por esse motivo recorreu-se a Leonel Brizola Setembro/1960 a fevereiro/1963, foi instituído o parlamentarismo, em conseqüência do governo de Jango, para que pudessem retira-lo do poder, por sua idéias socialista. Então: como chefe de estado assume JANGO e como chefe de governo assume TANCREDO NEVES (ISTO CAI EM CONCURSO). EM 1948, parlamentarismo avesso a brasileiro. Em fevereiro/1963, depois de consulta popular – volta o presidencialismo e Jango assume e faz planos de reformas de base: - Reforma Urbana – quem tivesse mais de duas casas o excedente seria desapropriado, ficando de posse de apenas um imóvel; - Reforma Rural – quem tivesse imóvel, propriedade rural com mais 6.000h, o excedente seria desapropriado; - Reforma Tributária – na arrecadação de impostos a alíquota seria progressiva, quem ganhasse mais pagaria mais impostos, quem ganhasse menos pagaria menos impostos. - Reforma Cultural – acabou com as escolas particulares e 15% da arrecadação seria aplicada na educação. Em 31 de março de 1964 – golpe militar. Em abril de 1964 – foi instituído o AI-1 Em 1965 – foi instituído o AI-2 – que criou dois partidos ARENA e MDB Os militares nomearam uma junta das forças com o intuito de legitimar o golpe. Em 1967, os militares convocaram uma assembléia nacional constituinte para promulgarem um projeto de constituiçãosem a possibilidade de discussão, por esse motivo a constituição de 1967, foi promulgada, mas não foi uma constituição democrática. Os militares impuseram a aprovação dessa constituição. Discurso: vocês filhos de militares não obedeçam a seus pais, vocês mulheres de militares façam guerra de sexo. O AI-5 fecha tudo, suspende todos os direitos civis, exílio para todos militantes e também artista, cantores da época, foi o pior período da ditadura. Para legitimar, fizeram a emenda constitucional nº 01, em 1969 constitucionaliza o AI-5. Em 1974, o presidente Ernesto Geisel, inicia uma abertura lenta e gradual começa- se a mudar de paradigma por meio de muita luta, briga corporal “pancadaria total”. Em 1977 – o ABC paulista tem Lula como sindicalista Em 1979 – chega ao fim o exílio e voltam para o Brasil todos os exilados, militantes, artista, cantores... Chico Buarque, Caetano Veloso... Em 1985 – eleição direta elege Tancredo Neves para presidente do Brasil que morre antes de tomar posse, tomando posse e assumindo a presidência seu então vice- presidente José Sarney. Em 1986 – eleições para assembléia nacional constituinte. Em 05 de outubro de 1988, promulga-se mais uma constituição da republica federativa do Brasil, a “constituição de 1988”, até então vigente contando com 56 EC, a mais emendada da historia do Brasil. CONSTITUCIONAL I (18/10/2011) PODER CONSTITUINTE: É o poder de elaborar e modificar normas constitucionais, de estabelecer a Constituição de um Estado ou modificar a Constituição já existente. A teoria do poder constituinte foi inicialmente criado pelo abade francês Emmanuel Sieyès, alguns meses antes da Revolução Francesa em sua obra “Qu’este-ce que Le tiers- Etat?” traduzido para o português, “o que é terceiro estado?” ele dizia que, o ponto fundamental dessa teoria é a afirmação de ela só se aplica a Estado que adotam a constituição escrita e rígida e faz com que ela alicerce o principio da supremacia constitucional – é a distinção entre poder constituinte e poder constituído. O poder constituinte e o poder que cria a constituição. Os poderes constituídos são o resultado dessa criação, isto é são os poderes estabelecidos pela constituição. já preparam os ideários da Republica Federativa para que esse poder constituísse o novo estado. O poder é político, político fundamental. O poder constituinte é igual a democracia que significa dizer: eleger por meio da democracia, é pelo poder constituinte que se sabe como o estado foi constituído. O poder é do povo que o constitui. Delineamento: Espécies de poder constituinte: são duas as clássicas espécies poder constituinte identificados pela doutrina, o originário e o derivado a) Originário – genuíno, primário, de primeiro grau ou inicial, é o poder de elaborar uma Constituição. - origina o estado também no sentido de repactuar. Características do poder constituinte originário: são cinco as tradicionais característica apontadas pela doutrina para o poder constituinte: é um poder político, inicial, incondicionado, permanente e ilimitado ou autônomo. I – político – é um poder essencialmente político, extrajurídico,ou pré-juridico, pois faz nascer a ordem jurídica, isto é a ordem jurídica começa com ele e não antes dele. II – Inicial – sua obra é a base da ordem jurídica, pois criar um novo Estado, rompendo completamente com a ordem anterior. III – Ilimitado e Autônomo – não precisa respeitar limites estabelecidos pelo poder positivo anterior. O conteúdo da constituição, das deliberações da Assembléia Nacional Constituinte, não pode sofrer restrições. Não vai encontrar limites em nenhum outro ordenamento jurídico, nem no anterior, se for o caso. IV – Incondicional – não obedece nenhuma condição, nem pós, nem pré- estabelecida para realizar sua obra; para realiza sua vontade; V – Permanente – não se esgota no momento do seu exercício; VI – Divergência Doutrinária - Poder Const. Originário X D. Humanos - Poder Const. Originário X Soberania (aniquilamento) - Poder Const. Originário X D. Natural Teoria adotada pelo Brasil – o STF adota a teoria do positivismo pela soberania = “o poder é soberano” pode qualquer coisa, pode tudo. b) Derivado – instituído, constituído, secundário ou de segundo grau. É o poder de modificar a Constituição Federal e, também, de elaborar as constituições Estaduais. É criado pelo poder originário. É exercido por um órgão constitucional, conhece limitações constitucionais expressas e implícitas, por esse motivo é passível de controle de constitucionalidade. Tem como características ser um poder jurídico, derivado, subordinado, condicionado. I – Jurídico – está previsto e regulado no texto da própria constituição; II – Derivado – é instituído pelo poder constituinte originário; III – Subordinado limitado – encontra limitações constitucionais expressas e implícitas, não podendo desrespeitá-las, sob pena de inconstitucionalidade; IV – Condicionado – sua atuação deve observar fielmente as regras predeterminadas pelo texto constitucional. O poder constituinte derivado subdivide-se em poder constituinte derivado reformador e poder constituinte derivado decorrente. a) Reformador – poder de reforma, de emenda; de modificar a constituição de 1988, respeitando as regras e limitações imposta pelo poder constituinte originário, que a doutrina classifica em quatro que são: - Temporais – período estabelecido pela constituição em que seu texto não pode ser modificado; - Circunstanciais – quando a Constituição veda a sua modificação durante certas circunstâncias excepcionais, de conturbação da vida do Estado; - Materiais – quando a Constituição enumera certas matérias que não poderão ser abolidas do seu texto pelo reformador - processuais e formais – quando a constituição estabelece certas exigências no processo legislativo de aprovação de sua modificação, tornando este distinto e mais laborioso do que aquele estabelecido para a elaboração das demais leis do ordenamento – é isto que caracteriza uma constituição como rígida. b) Decorrente – é o poder que a constituição federal atribui aos estados-membros, para se auto-organizarem por meio da elaboração das suas próprias constituições. É portanto, a competência atribuída pelo poder constituinte originário aos estados-membros, para criarem suas próprias constituições. Desde que observadas as regras e limitações imposta pela Constituição Federal. c) Revisor – procedimento de revisão do texto constitucional previsto no art. 3º da ADCT. d) Difuso e) Supranacional A democracia elege a constituição promulgada: exercício democrático do poder constituinte ocorre pela assembléia nacional constituinte, o povo escolhe seu representante (democracia representativa), que formam o órgão constituinte, incumbido de elaborar a Constituição do tipo promulgada. A constituição outorgada: estabelecimento da Constituição pelo indivíduo, ou grupo, líder de movimento revolucionário que alçou o poder, sem a participação popular. Isto é o que caracteriza o exercício autocrático do poder constituinte. AULA SOUTO O poder do povo que é soberano, mas pode ser representado por um déspota ou, é um poder latente, poder adormecido, exemplo disso é que contamos com a sétima constituição. Diz-se adormecido porque fica inerte até que ocorra uma EC ou venha a elaboração de outra constituição, então ele atua novamente. O poder constituinte: cria estrutura e organiza a constituição do estado Modifica O poder constituinte é rígido e supremo. O poder constituinte pode ser chamado de: - Histórico - Revolucionário (repactua) imposta, outorgada Obs.: a constituição dos EUA é uma constituição histórica, pois se inaugurou um novo estado. Obs.1: sempre que houverruptura da ordem constitucional estabelecida, e substituição por outra, ocorrerá manifestação do poder constituinte (nova constituição), por isso diz-se que o poder constituinte fica adormecida, latente. Obs.2: segundo o STF o Poder Constituinte não se encontra sujeito a quaisquer limites impostos pela ordem jurídica interna, tampouco às limitações de ordem supra positiva. Obs.3: o poder Constituinte é também poder permanente, pois não se esgota no momento do seu exercício, permanece no estado de dormência. P C Originário : - histórico – organização de um Estado novo, criação de uma constituição. - Revolucionário: qd uma const. é substituída por outra já existente . podendo ser imposta por um ditador: outorgada = imposta - Democrático - Promulgada Poder Constituinte ORIGINÁRIO DERIVADO - Político - Inicial - Ilimitado e Autônomo - Incondicional - Permanente - Jurídico - Derivado - limitado ou subordinado - Condicionado - divide-se em dois Reformador Recorrente CONSTITUCIONAL I (20/10/2011) PODER CONSTITUINTE (cont.) Poder Constituinte Originário Histórica criação da 1ª 1829, 2ª - 1891 Manutenção Revolução: substituição por outra que rompe c/ ordenamento jurídico . anterior e repactua o Estado. Características do poder constituinte Reformador - Limitado - Instituído - Condicionado o P.R. obedece ao Poder Originário - autônomo obedece a constituição - Subordinado O poder constituinte Reformador, obedece os limites de atualização ou reforma * Formal: como vai se fazer. Por meio de emenda constitucional. De acordo com as arts. 60, § 2º CF aprovado por 3/5 em duas sessões do congresso. * Material: não pode mexer nas clausulas pétreas art. 60 par. 4º CF – a republica para o STF é uma clausula implícita. Não pode ser abolida, mas pode alterar para melhor. P.C.D. Revisor - A Constituição/88 será revisada uma única vez cinco anos depois de sua promulgação, contados a votação da maioria absoluta dos membros do congresso em sessão unicameral. Para a adequação, esse é o motivo da revisão em cinco anos, que a adequação vai alcançar. - Consequência: A.D.C.T – o poder constituinte originário deixou para fazer a transição. Para transição de uma constituição para outra (confecção, repactuação) Ver art. 34, VIII alíneas de A a E princípios sensíveis Ver art. 11 ADCT CONSTITUCIONAL I (25/10/2011) DECORRENTE Os estados membros, principalmente através da denominada autonomia: - auto-organizar se - auto-estruturar - auto-administrar - Constituição Estadual: - Na legislação de sua constituição os estados terão que obedecer certa simetria com a Constituição Federal, obedecendo alguns princípios esculpidos na Constituição Federal. - Sensíveis – atrs 34, VII A a E Obediência a simetria da Constituição Federal - Extensíveis - Instituídos Obs.: é preciso observar os princípios atinentes a administração pública constantes no art. 37 CF/88. Poder constituinte DIFUSO construção doutrinária. - norma constitucional é a mesma, o que muda é apenas o seu sentido influenciado por fatos provenientes da ordem econômica social. - o poder difuso muda o seu entendimento de acordo com a evolução social, ou seja em decorrência da evolução social. Poder constituinte SUPRA NACIONAL - não é derivado - construção doutrinária – acordo nacional de adequação - cidadania universal – direitos inerentes a pessoa humana - decorrente de várias normas diferentes de cada país. CONSTITUCIONAL I (27/10/2011) CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE: Controle de constitucionalidade é o confronto entre uma lei com uma norma constitucional, do ordenamento jurídico vigente. O controle de constitucionalidade das leis só é possível nos ordenamentos de constituição do tipo escrita e rígida, suprema, fundada na verdade, pois somente esse sistema jurídico adota as normas infraconstitucionais, e estas devem obediência à constituição. As leis infraconstitucionais para terem validade precisam estar necessariamente em consonância com os ditames da constituição, pois esta se encontra no vértice do sistema jurídico (pirâmide de Kelsen), pela sua supremacia absoluta, motivo pelo qual ela representa o fundamento de validade de uma lei infraconstitucional, que para isso precisam estar compatíveis com o ordenamento jurídico superior, do contrario não terão validade. Dentro deste tipo de ordenamento jurídico as leis obedecem a hierarquias. A constituição é o parâmetro para elaboração de todos os demais atos normativos estatais, respeitados as regras e princípios nela traçados, bem como o próprio processo constitucionalmente previsto para sua elaboração, sob pena de incorrem-se em insanável vicio de inconstitucionalidade. Havendo confronto entre norma ordinária e texto constitucional, tanto do ponto de vista formal, quanto material, deverá ser declarada a nulidade da norma inferior em respeito à supremacia da Constituição. É a própria Constituição que estabelece os órgãos encarregados de exercer competências e procedimentos especiais, que analisa e decide se houve ou não ofensa à constituição, bem como o processo que deve utilizar para anular uma conduta ou ato inconstitucional, esse procedimentos variam de regime constitucional para outro o que consubstanciam o que se denomina controle de constitucionalidade. Segundo Alexandrino afirma que dois são os pressupostos para o controle de constitucionalidade: a) A existência de uma constituição do tipo escrita e rígida; b) A previsão constitucional de um mecanismo de fiscalização da validade das leis Sintetizado o controle de constitucionalidade fica assim: a) A noção de contemporânea de controle de constitucionalidade das leis tem como pressuposto a existência de uma constituição do tipo rígida; b) A rigidez da constituição tem como conseqüência imediata o principio da supremacia formal da constituição; c) O principio da supremacia formal da Constituição exige que todas as demais normas do ordenamento jurídico estejam de acordo, em consonância, em harmonia, com o texto constitucional; d) Aquelas normas que não estiverem de acordo, em consonância, em harmonia com a Constituição serão invalidadas, inconstitucionais e deverão, por isso, ser retiradas do ordenamento jurídico; e) Há necessidade, então, de que a Constituição outorgue competência para que algum órgão (órgão), independente do órgão encarregado da produção normativa, fiscalize se a norma inferior está (ou não) contrariando o seu texto, para o fim de retirá-la do mundo jurídico e restabelecer a harmonia do ordenamento; f) Sempre que o órgão competente realizar esse confronto entre a lei e a constituição, estará ele efetivando o denominado “controle de constitucionalidade”, No plano axiológico podemos situar o controle de constitucionalidade das leis como, simultaneamente, base e corolário: a) De um Estado Democrático de direito; b) Do principio de separação dos poderes; c) Da garantia maiordo individuo frente ao estado, na proteção de seus direitos fundamentais; d) Da garantia da rigidez e da supremacia da constituição. Surgimento de uma constituição X constituição de Normas Ordinárias Pretéritas Delineamento: CF-67/69 CF-88 - com o surgimento da nova constituição a constituição anterior desaparece. Ex.: em 1984 5 anos Laércio compra um carro sob a égide da constituição de 1969 – logo a nova pode se meter aqui (teoria da retroatividade). Teoria da Retroatividade: a) Retroatividade Máxima – alcançar inclusive a coisa julgada b) Retroatividade Média – só alcançando os fatos, as pendências não adimplidas c) Retroatividade Mínima – só alcançará fatos futuros a partir da promulgação da Nova Constituição, ou seja, em 05/10/1988, começa a acontecer const. 1984xxxxx const. 1969xxxxxxxxx d) Não Retroagi – a constituição Nova só atingira fatos que nasceram sobre a sua égide sempre visando a pacificação do n.j., segurança jurídica. O STF por meio da sua teria pacifica diz que o Brasil adotou a teoria da retroatividade mínima em respeito a segurança do NJ, podendo adotar as outras teorias desde que estejam de forma expressa na Constituição Federal porque ela é fruto do poder originário, art. 7, IV CF (grifar: sendo vedada a sua vinculação para qualquer fim). Exemplo: - aplicação: a constituição de 1969 possibilita a vinculação do salário mínimo - aplicação: a constituição de 1988, a partir da sua promulgação diz: o salário mínimo não pode mais ser vinculado, art. 51 ADCT – retroatividade máxima (grifar: serão revistas). COMENTARIO SOUTO: O STF adota a teoria da retroatividade mínima. Doutrina – o nascimento da constituição/88, abroga todo o ordenamento antrior, mas o doutrinador diz que pode ocorrer a teoria da constitucionalização, mas que há possibilidade de aproveitamento da constituição passada desde que compatíveis, porém viria sob o estado de uma lei infraconstitucional, essa é a teoria da desconstitucionalização – só que o STF em decisão pacifica diz que o Brasil não adota a teoria da desconstitucionalização, para ele abroga totalmente a constituição passada. Prazo de validade das infraconstitucionais: com nascimento das Novas Constituições, as leis infraconstitucionais são recepcionadas e aquelas que não estiverem compatíveis são revogadas; motivo pelo qual o nosso Código Penal data de 1940 – Lei 2848 (lei do cp), confeccionado sob a égide da constituição de 1937, sendo ele recepcionado pelas demais Leis infrac. Leis infrac. constituições inclusive pela constituição de 1988. A lei que não é recepcionada pela constituição atual é uma lei constitucional. -Revogada ou abrogada – porque acontece com leis da mesma hierarquia. Ex.: CF x CF ou Infrac. X Infrac. ou LC x LC - uma norma infraconstitucional hierarquicamente é menor que uma norma constitucional – então tem que haver uma “constitucionalidade superveniente” (doutrinador) - STF diz que o Brasil adota a revogação, pois só poderá haver analise de constitucionalidade se a lei infraconstitucional for comparada com a constituição vigente em sua criação. - para recepcionar uma lei é necessário alguns requisitos: a) validade b) não ter sido declarado inconstitucional para constituição anterior c) tem que ser compatível com a nova constituição const/46 const. 67/69 const.88 A B C Repristinação: ocorre qdo uma norma revogada volta a viger em virtude da norma que a revogou. Obs.: no Brasil não se adota a repristinação somente se estiver expressa na constituição. CONSTITUCIONAL I (01/11/2011) Controle de Constitucionalidade (cont.) - Rígida / suprema / escrita / fundamento de validade - Material – apresenta erro em seu conteúdo, fere a matéria constitucional - Formal – apresenta erra na forma de sua elaboração, criada sem observar as . normas da constituição. * Inconstitucionalidade – resulta do conflito de um comportamento de uma norma ou de um ato com a Constituição. Segundo Alexandrino, é a ação ou imissão que ofende, no todo ou em parte a Constituição. Se a lei ordinária, a lei complementar, o estatuto privado, o contrato, o ato administrativo etc.. não se conformarem com a Constituição, não devem produzir efeitos. Portanto devem ser extirpados, por inconstitucionais, com base na supremacia constitucional. A C (A) B Revogada Repristinatório Vicio Então inconstitucionalidade é qualquer manifestação do poder público (ou de quem o exerça por delegação, atribuições públicas), comissivo ou omissivo que contrarie, desrespeite a constituição Federal. Obs.: comissivo – ação de fazer Omissivo – omissão de fazer – que se omite Ação (comissivo) ação de fazer por meio de uma Lei Inconstitucionalidade Omissão – por falta de uma norma regulamentadora deixa de exercer direito constitucional. Controle de Constitucionalidade Preventivo: (projeto de lei em consonância com a constituição Poder Legislativo: (câmaras de constituição e justiça), medida provisória, veta qualquer decreto que exorbitem da competência Poder Executivo: veto - político – se achar que a lei é incostitucional - contrariar interesse público Poder Judiciário: M.S. direito que o parlamentar tem de participar de um processo legislativo Higilo. Possibilidade de um parlamentar participar de uma assembléia rígida. Obs.: passou pelo crivo virou Lei. Repressivo: (aqui já virou lei, ou seja as leis já estão prontas) Poder Legislativo – através de decreto sustar poder delegado ao poder executivo quando em desacordo com a Constituição Federal. Poder Executivo – possibilidade de o presidente da República em não aceitar a aplicação da lei (sob a alega de inconstitucionalidade / ele juridicamente recusa) Poder Judiciário: - difuso - abstrato/ direto/ concentrado/ via de ação/ via de exceção . . (defesa)/ via de defesa. COMENTÁRIO: A constituição é fruto do poder constituinte originário e do poder do povo que vem estruturar e organizar o estado. Todo estado tem alguém mandando e alguém obedecendo, qualquer reunião de pessoas tem alguém comandando: administração publica, quartel, et., tudo que tenha um membro sobre a organização será chamado de organização mesmo que não seja escrita. A nossa constituição é formal que trata do poder constitucional originário - se a norma infraconstitucional estiver em consonância com a constituição, ela é constitucional, normas que não foram recepcionadas foram criadas pela constituição, se essas normas infraconstitucional não estiveram em consonância com a constituição/88, essa norma é inconstitucional. CF/88Só haverá controle de constitucionalidade se a constituição for rígida/ escrita/ supremacia/ fundamento de validade. Obs.: qualquer pessoa pode dizer que a matéria é inconstitucional, mas só pode aguir no caso concreto a um juiz monocrático ou a um tribunal. CONSTITUCIONAL I (03/11/2011) Controle de Constitucionalidade (cont.) - Modalidade Difuso – difundido, todo e qualquer órgão do judiciário: juiz monocrático ou tribunal pode fazer a comparação – com o objetivo de afastar a Lei que não está em consonância com a constituição federal. - Origem UGA – a const. de 1891 trouxe o controle de constitucionalidade, conflito de interesse, analisado pelo juiz Marshall ao evidenciar um conflito entre duas pessoas. - Juiz Marshall no caso – 1803 a 1891 analisou o conflito de interesse entre duas pessoas interessadas Marbery X Madson. - Marbery X Madson - nesse conflito de interesse que se dá entre duas pessoas, qualquer pessoa pode solicitar esse confronto lei constitucional X Lei infraconstitucional. Declara a inconstitucionalidade, no caso concreto, de modo incidental de Lei ou ato normativo contrario a Constituição Federal. O Ministério Público pode argüir no caso concreto. Legitimado: a) Partes b) Ministério Público – fiscal da lei / protetor da lei. c) Órgão do judiciário (STF), tribunal do juiz – o juiz monocrático pode de oficio declarar inconstitucionalidade. d) STF – como guardião da lei, protege a constituição – através de recurso extraordinário provar repercussão geral. No tocante do tribunal aquele caso será analisado por 3 ou 4 desembargadores diferentes com mais experiência - No tocante do tribunal – - Observação do parecer de plenário (reserva) (art. 97 CF) maioria absoluta Efeitos: Ex.: uma pessoa trabalha em uma empresa que paga um salário inferior ao salário mínimo nacional, mas a empresa segue as regras de uma lei que ampara essa pratica. Esse funcionário se sentindo lesado, entra na justiça com pedido de inconstitucionalidade da lei. Esta ação só beneficia as partes litigantes nesta ação, neste conflito de interesse. Se outros pretenderem precisam entrar Tb com uma ação. L.ei Infrac a) Inter parte (entre as partes) - aquela ação só serve, só beneficia as partes do conflito, uma vez que o judiciário é inerte, precisa ser provocado. b) Ex Tunc (retroativo) – da a sentença a parte litigada deve rever o prejuízo do litigado desde o seu inicio. (no caso do ex. pague-se a outra parte do salário desde o inicio do trabalho). c) STF – possibilidade de modulação dos efeitos da decisão de uma inconstitucionalidade difusa. - Ex Nunc – por interesse social - Pró-futuro (produtivo) faz-se cumprir a sentença num prazo determinado. No caso do exemplo analisado as perdas da empresa a repercussão do caso, então “paga-se daqui a 10 meses” Atuação do Senado Federal – extirpar a lei ou ato normativo, considerada inconstitucional, do ordenamento jurídico por decisão do STF, para não gerar novos conflitos. O Senado Federal retira a Lei através de uma resolução O STF – comunica ao Senado Federal para que extirpe do ordenamento jurídico a Lei ou ato normativo declarado inconstitucional. Para evitar novas ações de inconstitucionalidade, para que a lei não seja novamente aplicada, p. discricionário. Mas isso só acontece por vontade do STF que é pacifico e guardião da lei. O Senado Federal retira a Lei através de uma “resolução” - O Senado não pode restringir ou ampliar a decisão - É um poder discricionário do Senado. - Efeito da decisão do Senado: - erga-omnes – para todos - Ex –Nunc – a partir da promulgação, daquela data. CONSTITUCIONAL I (08/11/2011) Controle de constitucionalidade (continuação) - Controle concentrado / de ação / em abstrato - Origem – constituição da Austrália em 1920 - Inspiração de Kelsen – que idealizou um órgão que fizesse essa analise. No Brasil EC nº 16/1965 - ADIN (Ação Direta Inconstitucional) – uma lei federal ou estadual pode . propor ação de inconstitucionalidade; Modalidades - ADIPO (Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão) - ADICON - ADPF Objeto: declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato Normativo que esteja em desacordo com a nossa constituição em abstrato. Expurgar do ordenamento juridico. - Legitimados (art. 103 CF) - podem propor uma ADIN - Necessidade de advogado - para propor uma ADIN é necessário constituir advogado, art. 103, VIII, IX. - Pertinência Temática ( IV, V, IX), – interesse local. Necessitam dessa pertinência para provar que o tema influencia diretamente aquele legitimado da constituição. AGU – 15 dias para se manifestar - defesa do ato normativo ou lei em sede de contraditório PGR – obrigatoriedade de se manifestar (15 dias – prazo para opinar) - Defesa da constituição / do regime democrático / do estado de direito / fiscal da lei / # pode opinar / parecer / pedir: constitucionalidade e inconstitucionalidade. “amicus curiae” (amigos da corte) um profissional ou um técnico, – que tenha interesse no objeto da ação de constitucionalidade ou inconstitucionalidade para colaborar, dar um parecer / um laudo técnico para favorecer, convencer na matéria. - Entidade ou órgão que tenham interesse no objeto da ação – possibilidade dos ministros de acharem as idéias, por uma ADIN mais democrática, possibilidade de audiência publica tudo em prol do convencimento, a isso se diz participação de terceiro. - Erga –omnes – (para todos) – vale somente para aquela ação - Efeitos -Vinculante – outros órgãos do poder judiciário todas as entidades do p. publico Direta e indiretamente, só não p/ o STF e p. Legislativo. - Ex-Tunc – não retroage, apenas desde a data da promulgação da constituição. REPRISTINÁTORIO - Leg. Jurídico - quorum Modulação de efeitos - Interesse social 2/3 = 8 ministros votam p/ modulação dos efeitos Deliberação = 8 ministros Decisão = 6 ministros Suspensão da sessão caso haja ministros ausente que possa influenciar na decisão. COMENTARIO DO SOUTO: Aqueles legados da constituição detidamente nos incisos IV, V, IX, terão que necessariamente comprovar no objeto da ação de inconstitucionalidade. Ex. como em todo caso Juiz STF DEVERÁ defender a lei ou o Ato Normativo impugnado em sede de ADIN. Contraditório de Autor Réu art. 103 CF AGU oficio. (AGU nunca poderá se manifestar contrario) Exceção – a AGU não precisará realizar o contraditório quando já tiver sido decidido anteriormente pelo STF. O P.M. defende a constituição, necessariamente o procurador geral da republica se de faz presente, pois ele é fiscal da lei, quando participa da ADIN, não significa dizer que ele vai acatar. Obs.: se é uma ação tem que ter o contraditório (PGR) - 11 ministros. CONSTITUCIONAL I (10/11/11) CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE (cont.) Ação Direta de Inconstitucionalidade por “omissão” - ADINPO art. 206, § 5º ADINPO – ocorre quando a afronta a constituição resulta de uma omissão do legislador, em face de um preceito constitucional que determineque seja elaborada normas regulamentando suas disposições. Constitui, portanto, uma conduta omissiva frente a uma obrigação de legislar, imposta pelo poder público, imposta pela própria legislação, isso ocorre diante de uma norma constitucional de eficácia limitada, em que a Lei Maior exige do legislador ordinário a edição de uma norma regulamentadora, para realização do direito nela assegurado. A doutrina distingue dois tipos de inconstitucionalidade por omissão a) inconst. por omissão total – quando o pode publico, obrigado a legislar por força de determinação constitucional, não o faz permitindo a existência de uma indesejável lacuna (direito de greve de servidores públicos civis – art. 37, VII), ate hoje, não foi regulamentada pelo legislador ordinário. b) Inconst. por omissão parcial – quando o legislador produz a norma, mas o faz de modo insatisfatório, insuficiente para atender aos comandos da norma constitucional de regência (lei excludente de beneficio incompatível com o principio da igualdade) - o presidente da republica pode propor ADINPO ao STF - objeto de lei estadual e lei federal Legitimados: art. 103 CF - P. Legislativo – repres. Congresso Leg. Passivo - Assembleia Legislativa – dos estados - Pres. da República em sua função delegada AGU? – não precisa se manifestar, pois não se questiona a lei na ADINPO, uma vez que se trata apenas de omissão. PGR? – por ser fiscal da lei, precisa estar presente em toda e qualquer ação. Efeitos: bjetiva dar ciência da omissão aos poderes competentes, para editar a lei acessória ao exercício do direito em relação aos órgãos administrativos para editá-la em 30 dias. ADECON – Ação Declaratória de Constitucionalidade - objetiva declarar a constitucionalidade da Lei ou Ato Normativo que esteja sendo controvérsia em decisões e sede incidental entre os juízes e tribunais. Legitimados: art. 103 CF Pertinência temática – art. 97 CF - “amicus curiae” (amigos da corte) AGU? não precisa se manifestar, pois não se questiona a lei na ADECON, uma vez que se trata apenas de prova de constitucionalidade da lei PGR? por ser fiscal da lei, precisa estar presente em toda e qualquer ação. - erga omnes Efeitos - ex Tunc podendo fazer virar ex nunc e pró-futuro - vinculante - matéria repristinatória - segurança jurídica Modulação de efeitos - Interesse Social 2/3 = 8 dos ministros Ação procedente = Inconstitucionalidade ADIN Ação improcedente = Constitucionalidade ação dúplice ambivalente Ação procedente = Constitucionalidade ADECON Ação improcedente = Inconstitucionalidade CONSTITUCIONAL I (17/11/2011) Controle de Constitucionalidade (continuação) Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental – ADPF Lagitimados: (art. 103 CF) Objeto: - Lei - Ato Normativo - Ato do poder publico Que venham de encontro a preceitos fundamentais Preceito Fundamental: -STF – chamou para si a competência para disciplinar o que será preceito fundamental. - para o STF: - Direitos e Garantias Fundamentais - Direitos e Garantias Individuais - Princípios Constitucionais - Princípios Sensíveis (art. 34, VII CF) - Clausulas Pétreas - Direitos e Estrutura do Estado Modalidades: a) Ação Autônoma – pode ser impetrada pelos legitimado (art. 103 CF), podem provocar o STF quando for ferido o preceito fundamental. Provocar o STF para decidir o ato do Poder público que venha ferir preceito fundamental nas esferas: Federal, Distrital, Estadual e Municipal b) Incidental (caso concreto) os legitimados (art.103 CF) provocarão o STF em ação judicial relevante controvérsia e que esteja ferindo o preceito fundamental no tocante: - Lei - Federal - Ato Normativo - Estadual - Municipal - Leis anteriores a Constituição Federal/88 Obs.: Incidente – misto, difuso, abstrato (caso concreto) propõe ação para antecipar decisão do caso concreto, para impedir que essa ação alcance o STF Possibilidade de representação junto a PGR Decisão: o STF regulará o modo, a interpretação, e aplicação do preceito fundamental a fim de evitar varias decisões. - erga omnes Efeitos - ex Tunc podendo fazer virar ex nunc e pró-futuro - vinculante - matéria repristinatória - segurança jurídica Modulação de efeitos - Interesse Social 2/3 = 8 dos ministros Subisidiariedade – “beneficio de ordem” quem se beneficia primeiramente Os legitimados só podem recorrer a ADPF, quando não houver mais nenhuma possibilidade com a ADIN e ADECON. Somente em ultimo caso. - ultimo rátio – Ultima razão AGU – 15 dias para se manifestar - defesa do ato normativo ou lei em sede de contraditório – procurador geral da republica. PGR – obrigatoriedade de se manifestar (15 dias – prazo para opinar) - Defesa da constituição / do regime democrático / do estado de direito / fiscal da lei / # pode opinar / parecer / pedir: constitucionalidade e inconstitucionalidade. “amicus curiae” (amigos da corte) um profissional ou um técnico, – que tenha interesse no objeto da ação de constitucionalidade ou inconstitucionalidade para colaborar, dar um parecer / um laudo técnico para favorecer, convencer na matéria. - Entidade ou órgão que tenham interesse no objeto da ação – possibilidade dos ministros de acharem as idéias, por uma ADIN mais democrática, possibilidade de audiência publica tudo em prol do convencimento, a isso se diz participação de terceiro. Quadro Comparativo ADIN ADECON ADPF Legitimados Art. 103 CF Art. 103 CF Art. 103 CF Parâmetro Constituição Federal Constituição Federal Preceito fundamental Objeto Lei e Ato Normativo - Federal - Estadual Lei e Ato Normativo: - Federal Lei e Ato Normativo: - Federal - Distrital - Estadual - Municipal - atos ant. a Const.88 AGU 15 dias para se manifestar Não se manifesta 15 dias para se manifestar PGR Fiscal da lei presença fundamental Fiscal da lei presença fundamental Fiscal da lei presença fundamental Decisão /efeitos - Erga omnes - Ex Tunc - vinculante - repristinatório - Erga omnes - Ex Tunc - vinculante - Erga omnes - Ex Tunc - vinculante Modulo: 2/3 = 8 dos ministros - ex nunc - pró-futuro - ex nunc - pró-futuro - ex nunc - pró-futuro OBS.: Em todas as ações de contenda de constitucionalidade em decorrência do seu efeito vinculante, caso haja a não observação das decisões do STF, não necessitará percorrer todas as vias processuais para que seja obedecida tal decisão, basta que se entre com uma reclamação junto ao STF para que seja respeitada, observada, cumprida a decisão do STF.Fonte: Profº Ricardo Souto Marcelo Alexandrino; Vicente Paulo. Constitucional Descomplicado (3ª e 6ª Ed)
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