Buscar

Contestação caso 10 Juliana Flores

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE CAMPINAS/SP
Processo n º 1234
JULIANA FLORES, brasileira, solteira, empresária, cadastrada no registro geral de pessoas físicas sob o nº 810201470099, com endereço eletrônico julianaflores@gmail.com, residente e domiciliada na Rua Tulipa 333, Campinas/SP CEP 00.000.-00, representada judicialmente através de sua advogada Jaqueline Barreto devidamente qualificada em procuração mandamental específica juntada ao seguinte feito, com endereço eletrônico jaquelinebarreto@gmail.com, e endereço profissional na Rua Teles Mendes 124, Bairro Barroso, Campinas/SP, CEP 00.000-00, onde deverá ser intimado para dar andamento aos atos processuais, nos autos da ação anulatória de negócio jurídico, pelo rito comum, movida por SUZANA MARQUES, vem a este juízo, oferecer/ou apresentar: 
CONTESTAÇÃO
 Para expor e requerer o que se segue:
I - PRELIMINAR (defesas processuais, artigo 337 do CPC)
I.I - DA IMTEPESTIVIDADE DA AÇÃO INICIAL
 Registre-se, desde logo, Excelência, que a ação inicial do caso em tela, resta-se fulminada pela ocorrência do prazo decadencial. Conforme se verificará na exposição dos fatos, a Autora alega que sofrera coação para que doasse o imóvel á instituição de caridade. Em outra oportunidade se abordará a inocorrência de tal afirmação. Contudo, se faz necessário inicialmente trazer a informação de que a mesma pedira demissão do cargo que obtinha no mês de abril do ano de 2012. 
 Portanto, se realmente existira a coação por parte da Sra. Juliana, ora ré, resta-se verificado que tal ação fora sanada no ato do seu desligamento, senão bem antes desse acontecimento, quiçá no dia em que se deu a efetivação do negócio jurídico em questão, isto é, no dia 18 de março de 2012. 
 A vista do exposto, nobre Julgador, torna-se obrigatório trazer a lume a ata em que se deu o início da ação anulatória, como bem sabemos, fora proposta em 20 de janeiro de 2017, como se nota, com quase cinco anos depois do estabelecimento da avença.
 O código civil de 2002, traz em seu artigo 178, caput, e no inciso I, o prazo decadencial de quatro anos para que se pleiteei a anulação do negócio jurídico. Com isso, vislumbra-se que nas duas hipóteses, tanto no que diz o caput, quanto se levar mos em conta o dia em se cessou a coação, conforme dispõe o inciso I, resta-se decaído o pedido da autora, não há como se anular um negócio jurídico já atingido pelo prazo decadencial.
I. II – DA OCORRÊNCIA DA COISA JULGADA
 Excelência, ainda que por ventura se vença a primeira questão preliminar levantada nesta peça contestatória, faz-se mister trazer à baila mais um tema explicitamente fulminante ao pedido da Autora . 
 Ocorre que em 10 de abril de 2015, restou-se em trânsito em julgado ação anulatória idêntica proposta pela Sra. Suzane em face da Sr. Juliana, que tramitou na 2ª vara cível da comarca de Campinas/SP. A referida ação foi julgada improcedente, e revestida pelo manto da coisa julgada, tendo em vista a impossibilidade de se propor recurso. 
 Portanto, ínclito magistrado, requer-se, desde logo, o reconhecimento da preclusão do pedido da Autora, por ser mandamento expresso no código de processo civil a vedação a rediscussão de matéria já preclusa pela ocorrência do trânsito em julgado. Conforme dispõe o artigo 507 do mesmo regramento.
II – MÉRITO
II.I – DA EXISTÊNCIA DE COAÇÃO
 A parte autora, alega que sofrera grave coação para efetivar a oferta do seu imóvel à instituição de caridade, contudo, como se verifica no caso em tela, a mesma não juntou provas inequívocas da ocorrência de tal vício de consentimento. Limitou-se a dizer que temia ser demitida caso fosse negada o pedido, assim diz, da Sra. Juliana. 
 Ocorre, Excelência, que não houve pedido algum, o que ocorrera fora nada mais que incentivos da Sra. Juliana que, ressalte-se, não foram exclusivos a parte Autora desta ação. Trata-se de motivações que corriqueiramente eram feitas a todo o plantel da organização. Nada a mais que estímulos a atitudes altruísticas, que, de bom grado, e conforme queriam os funcionários bem faziam.
 Não se pode aceitar que simples sugestões se tornem, repentinamente, em ocorrências de graves vícios do consentimento, por tão somente serem proferidas pela parte gestora da organização, sob pena de se estar engessando a pessoa da chefia, que se verá receosa de até mesmo conversar com os seus subordinados. Nota-se que o teor do que afirma a Autora é tão carente de fundamentos que o mesmo pedido, com os mesmos fatos já foram julgados improcedentes em ação já atingida pelo manto da coisa julgada, e ainda, os demais funcionários, mesmo de religiões diferentes e recebendo as mesmas sugestões, não se reconheceram vítimas de coação, tanto é que jamais efetuaram qualquer esmola a instituição de caridade a qual a Sra. Juliana participa. 
 A bem da verdade, o caso exposto trata-se de inequívoca liberalidade da Sra. Suzane para instituição de caridade, sendo, pois, impassível de desfazimento, visto que não houvera qualquer das hipóteses previstas no artigo do artigo 555 do código civil. Ademais, caso ainda se sustente a argumentação de que existira coação por parte da Ré, não há como se prevalecer tal afirmação, tendo em vista já toda descrição dos fatos ocorridos, e que não se passa de simples temor reverencial da Sra. Suzane para com a Sra. Juliana, de que não houvera efetivo temor de dano iminente à pessoa da Autora . Portanto, não há que se falar em vício de consentimento no caso em tela, devendo, assim, ser declarado improcedente o pedido de anulação do negócio jurídico.
(Defesas materiais, artigo 336 e artigo 341 do CPC).
III – PEDIDO
Diante do exposto, o réu requer a esse juízo:
1. O acolhimento da preliminar (dilatória) com a consequente.......
2. O acolhimento da preliminar (peremptória) com a extinção do processo sem julgamento do mérito (preliminares peremptórias do art. 485 do CPC).
3. O recolhimento da (prejudicial de mérito) e a extinção do processo com julgamento do mérito.
4. No mérito, a improcedência do pedido autoral.
5. A condenação do Autor aos ônus da sucumbência (custas judiciais e honorários de advogado).
PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do autor.
Pede deferimento.
Porto Alegre, 21 de outubro de 2017.
Jaqueline Barreto
OAB/3110/RS.

Continue navegando