Buscar

Apostila de Segurança do Trabalho

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 – HISTÓRICO DA SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO
1.1 – Antecedentes Históricos
Antes mesmo do advento histórico da Saúde Pública, ocorrido em 1854 – através da 
investigação epediomológica de Snow, que descobriu no poço de Broad Street o foco de epidemia 
da cólera que ameaçava Londres – já havia sugerido a idéia do que seria a Saúde Ocupacional, 
identificada em Leis do Parlamento Britânico que visavam proteger a saúde do trabalhador.
No período de 1760 a 1830, ocorreu a advento da Revolução Industrial na Inglaterra, que deu 
grande impulso às industrias como conhecemos hoje. A revolução Industrial transformou totalmente 
as relações de trabalho existentes, pois naquela época praticamente só existia a figura do artesão, 
que produzia seus produtos individualmente ou com alguns auxiliares e trocava seus produtos por 
outros, geralmente em um mercado público.
Das máquinas domesticas e artesanais, criaram-se às máquinas complexas que exigiam 
volumosos investimentos de capital para sua aquisição e considerável mão de obra para o seu 
funcionamento, que foi recrutada indiscriminadamente entre homens e mulheres, crianças e velhos. 
O êxodo rural logo aconteceu e as relações entre capital e trabalho também iniciaram-se através de 
movimentos trabalhistas reinvidicatórios.
Pressionado, o Parlamento aprovou, em 1802, a “Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes”, que 
estabeleceu o limite de 12 horas de trabalho por dia, proibiu o trabalho noturno e introduziu 
medidas de higiene nas fábricas. O não comprimento desta Lei, obrigou o Parlamento Britânico a 
criar, em 1833, a “Lei das Fábricas”, que estabeleceu a inspeção das fábricas, instituiu a idade 
mínima de 9 anos para o trabalho, proibiu o trabalho noturno aos menores de 18 anos e limitou a 
jornada de trabalho para 12 horas diárias e 69 horas por semana.
Criou-se, em 1897, a inspetoria das Fábricas como órgão do Ministério do Trabalho Britânico, 
com o objetivo de realizar exames de saúde periódicos no trabalhador, além de propor a estudar 
doenças profissionais, principalmente nas fábricas pequenas ou desprovidas de serviços médicos 
próprio.
Paralelamente, em outros países europeus e nos Estados Unidos, adota-se uma legislação 
progressista em defesa da saúde do trabalhador.
Em 1919, é fundada em Genebra, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), tendo 
como objetivo estudar, desenvolver, difundir e recomendar formas de relações de trabalho, sendo 
que o Brasil um dos seus fundadores e signatários (veremos adiante alguns dados relativos ao 
Brasil).
1.2 – Conceito de Saúde Ocupacional
Compreende-se por Saúde Ocupacional o segmento da Saúde Publica que tem como objetivo a 
segurança e higiene do ambiente do trabalho, bem como a saúde do trabalhador. A efetivação deste 
objetivo envolve uma equipe de profissionais que compreende o médico do trabalho, o ergonomista, 
o engenheiro de segurança do trabalho, o toxicologista, o enfermeiro, o psicólogo, além é claro do 
Técnico de Segurança do Trabalho, bem como outros profissionais de nível médio ou superior.
Em 1957, o comitê Misto da Organização Internacional do Trabalho (OIT) a Organização 
Mundial da Saúde (OMS), reunidos em Genebra, estabeleceram os seguintes objetivos para 
Saúde Ocupacional e estabeleceram o seu âmbito de atuação:
1 – Promover e manter o mais alto grau de bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores 
em todas as ocupações;
2 – Prevenir todo prejuízo causado à saúde dos trabalhadores pelas condições do seu trabalho;
3 – Proteger os trabalhadores, em seu trabalho, contra os riscos resultantes da presença de 
agentes nocivos a saúde;
4 – Colocar e manter o trabalhador em uma função que convenha às suas aptidões fisiológicas e 
psicológicas;
5 – Adaptar o trabalho ao homem e cada homem ao seu trabalho.
1.3 – Conceito de Saúde
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabeleceu o conceito de saúde como:
“Um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência da 
doença”.
Outro conceito, sob o enfoque ecológico, afirma que a saúde é um estado de equilíbrio 
dinâmico entre o individuo e o seu ambiente, considera que a doença ocorreria da ruptura desse 
mesmo equilíbrio dinâmico.
Devemos estabelecer algumas diferenciações que afetam a saúde do trabalhador para que 
possamos melhor trabalhar estes conceitos, como segue abaixo:
Condições de Trabalho:
• Ambiente Físico: temperatura, barulho, vibrações, etc.
• Ambiente Químico: vapores, fumaças, tóxicos, etc.
• Ambiente Biológico.
• Condições de Higiene e Segurança.
Organização do Trabalho:
• Divisão do Trabalho
• Conteúdo da Tarefa
• Sistema Hierárquico
• Modalidades de Comando
• Relações de Poder
• Questões de Responsabilidades, etc.
Portanto, para que possamos estabelecer uma qualidade de vida completa ao trabalhador, ou 
seja, que ele tenha “Saúde”, devemos atacar todos os problemas de Condições de Trabalho e 
Organização do Trabalho.
Podemos também analisar o conceito de saúde sob outro aspecto, observando-se três conceitos 
em relação a doença: o estar doente, que é a instalação de um processo patológico; o sentir-se 
doente, que é a percepção da própria doença, e o poder ficar doente, ou a possibilidade de obter 
tratamento do trabalho.
Com freqüência, entre os trabalhadores, principalmente os de mais baixa renda, a pessoa pode 
“estar doente”, mas “não pode ficar doente”, por falta de recursos ou pelo fato que isto lhe afetará o 
ganho, a fonte de renda, em decorrência, obriga-se a continuar trabalhando. Desse modo, a situação 
socioeconômica, criando uma “ideologia defensiva”, interfere na própria percepção da doença, 
negando-a (mecanismo de negação) enquanto for possível, e no conceito “agüente até o ultimo 
momento ou limite da capacidade de manter-se trabalhando”. Em muitos casos, a assistência médica 
só é buscada muito tardiamente.
A Saúde é, sem sombra de dúvida, essencial para o crescimento da economia e mais relevante, 
ainda, para o seu incremento. O salto qualitativo pressupõe o desenvolvimento de recursos 
humanos, a aquisição de novas tecnologias e a própria criatividade, que só poderá acontecer num 
contexto de indivíduos saudáveis. É impossível pensar no Japão, nos Estados Unidos ou Alemanha, 
países desenvolvidos, com seus trabalhadores doentes ou subnutridos.
1.4 – HISTORIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO BRASIL
No Brasil, embora existam alguns fatores anteriores, como a publicação do Código Sanitário do 
Estado de São Paulo, de 1918, na prática, considera-se a primeira legislação a âmbito nacional sobre 
acidentes do trabalho, de 1919, com o inicio de alguma preocupação dos poderes públicos, com 
relação aos problemas de segurança e saúde do trabalhador.
No começo deste século, naqueles estados onde se iniciativa a industrialização – São Paulo e 
Rio de Janeiro – a situação dos ambientes de trabalho era péssima, ocorrendo acidentes e doenças 
profissionais de toda ordem, W. Dean, em seu livro “A industrialização de São Paulo 1880 – 1945” 
afirmava que “as condições de trabalho eram duríssimas; muitas estruturas que abrigavam as 
máquinas não haviam sido originalmente destinadas a essa finalidade – além da mal iluminadas e 
mal ventiladas, não dispunham de instalações sanitárias. As maquinas se amontoavam, ao lado umas 
das outras, e suas correias e engrenagens giravam sem proteção alguma. Os acidentes eram 
freqüentes, porque os trabalhadores, cansados, que trabalhavam aos domingos, eram multados por 
indolência ou pelos erros cometidos, se fossem adultos; ou separados, se fossem crianças”.
Em 1923, criava-se a Inspetoria de Higiene Industrial e Profissional junto ao Departamento 
Nacional de Saúde, no Ministério do Interior e Justiça.
Em 1934,introduz-se a Inspetoria de Higiene e Segurança do Trabalho, no Departamento 
Nacional do Trabalho, do Ministério do Trabalho, Industria e Comercio.
Nesse mesmo ano, o governo de Getulio Vargas promulga a segunda Lei de Acidentes do 
Trabalho e, dez anos depois, ainda no governo Vargas, aparece a terceira Lei.
Um ano antes, a legislação trabalhista se consagra na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), 
com todo o Capitulo V dedicado a Higiene e Segurança do Trabalho.
Não obstante o Brasil ser signatário da OIT, somente pela Portaria 3227 de 1972 é que veio a 
obedecer á Recomendação 112, de 1959, daquela Organização. Tomou-se, então, obrigatória à 
existência de Serviços de Segurança e Medicina do Trabalho nas empresas, de acordo com o 
número de empregados e o grau de risco em que se enquadram. Ainda assim, em tomo 85% dos 
trabalhadores ficaram excluídos destes serviços obrigatórios. 
As micros, pequenas e medias empresas não estão enquadradas nesta legislação e, atualmente a 
grande empregadora são estas empresas.
Um outro fato alarmante é que os riscos e as condições insalubres a que estão expostos estes 
trabalhadores são muito maiores que as empresa de porte superior. Nas empresas de maior porte, as 
condições financeiras e econômicas permitem um maior investimento em máquinas modernas e 
processes com certa garantia de segurança e higiene do trabalho, não ocorrendo nas pequenas 
empresas.
Alguns estudos realizados apontam que o risco nas pequenas empresas industriais (até 100 
empregados) é 3,77 vezes maior que o das grandes empresas (mais de 500 empregados) ou 1,96 
vezes o das médias empresas (101 a 500 empregados).
As industrias do ramo da mecânica, material elétrico e eletro-técnico são responsáveis pelos 
índices mais elevados de acidentes graves, seguidos pelas industrias ligadas ao ramo dos produtos 
alimentícios. A nível nacional, a industria da construção civil responde por 25% dos acidentes, 
inclusive os mais graves e letais.
Com relação às estatísticas de acidentes do trabalho, os dados brasileiros são poucos confiáveis, 
por diversos motivos, a seguir enumeramos alguns fatores que prejudicam uma analise mais 
aprofundada nas estatísticas de acidentes:
a) Enorme quantidade de acidentes não registrados ou ocorrência de sub registros
b) Grande quantidade de trabalhadores que não tem carteira de trabalho assinada.
c) Sistema de estatística oficial não é confiável devido, dentro de outros fatores, a burocracia.
Em 1972, foi criada o PVNT – Plano Nacional de Valorização do Trabalho, em função da 
situação alarmante do número de acidentes registrados no país.
A legislação em vigor foi publicada em 22 de dezembro de 1977 e recebeu o número 6514. Ela 
altera o capitulo V, do titulo II, da consolidação das Leis do Trabalho.
Decorrentes dessa lei, foram baixadas 28 Normas Regulamentadoras, Portaria 3214, de 8 de 
junho de 1978, pelo então Ministro Arnaldo Prieto.
Abaixo as 28 Normas Regulamentadoras (Portaria 3214 de 8/jun/1978)
NR 01 DISPOSIÇÕES GERAIS
NR 02 INSPEÇÃO PRÉVIA
NR 03 EMBARGO OU INTERDIÇÃO
NR 04 SESMT
NR 05 CIPA
NR 06 EPI
NR 07 EXAME MÉDICO
NR 08 EDIFICAÇÕES
NR 09 RISCOS AMBIENTAIS
NR 10 INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE
NR 11 TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS.
NR 12 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS.
NR 13 CALDEIRAS E RECIPIENTES SOB PRESSÃO.
NR 14 FORNOS
NR 15 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
NR 16 ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS
NR 17 ERGONOMIA
NR 18 OBRAS DE CONSTRUÇÃO, DEMOLIÇÃO E REPAROS.
NR 19 EXPLOSIVOS
NR 20 LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS.
NR 21 TRABALHOS A CÉU ABERTO
NR 22 TRABALHOS SUBTERRÂNEOS.
NR 23 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
NR 24 CONDIÇÕES SANITÁRIAS.
NR 25 RESÍDUOS INDUSTRIAIS
NR 26 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
NR 27 REGISTRO DE TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
NR 28 FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES
NÚMEROS DE ACIDENTES REGISTRADOS – PERÍODO 1970 – 1993
Estática Oficial
ANO Número de Trabalhadores Segurados Número de Acidentes Registrados Óbitos Registrados
1970 7.234.022 1.220.111 2.232
1971 7.553.472 1.330.525 2.587
1972 8.148.987 1.504.723 2.854
1973 10.956.956 1.632.696 3.173
1974 11.537.024 1.796.761 3.883
1975 12.996.796 1.916.187 4.001
1976 14.945.489 1.743.825 3.900
1977 16.589.605 1.614.750 4.445
1978 16.638.799 1.551.501 4.342
1979 17.637.127 1.444.627 4.673
1980 18.686.355 1.464.211 4.824
1981 19.188.356 1.270.465 4.808
1982 19.476.362 1.178.471 4.496
1983 19.671.128 1.003.115 4.214
1984 19.673.915 961.575 4.501
1985 20.106.390 1.077.861 4.384
1986 21.568.660 1.207.859 4.578
1987 22.320.750 1.137.124 5.738
1988 23.045.901 992.737 4.616
1989 23.678.607 888.373 4.554
1990 22.755.875 693.572 5.355
1991 22.792.858 629.918 4.464
1992 22.803.065 532.515 3.634
1993 22.722.008 412.293 3.110
TOTAL = 29.135.763 99.373
Alem dos números de acidentes descritos na pagina anterior, temos a seguinte situação 
aproximada no Brasil em termos de lesões devidos a acidentes do trabalho. (Este número 
infelizmente não reflete a realidade, pois estão registrados apenas os dados informativos aos órgãos 
competentes).
4.300 MORTES/ANO 12 MORTES/DIA
500.000 DEDOS/ANO 1370 DEDOS/DIA
Fazendo uma analogia, temos também:
 ⇒ 14 anos de guerra no Vietnã resultou em 43.000 mortes
⇒ 10 anos de acidentes do trabalho no Brasil = 50.000 mortes
Alguns Órgãos Públicos Vinculados a Segurança e Higiene do Trabalhador
• MTb – Ministério do Trabalho
• CRT – Coordenadoria das Relações do Trabalho (antigo DRT – Delegacia Regional do 
Trabalho)
• Secretaria da Saúde.
• Prefeitura Municipal (Código de Obras)
• Corpo de Bombeiros
• Cetesb
• Fundacentro – Fundação Jorge Duprat Figueiredo
• IRB – Instituto de Resseguros do Brasil
 
1.5 – HISTÓRICO DA SEGURANÇA DO TRABALHO NOS ESTADOS UNIDOS
Atitudes de Segurança por volta de1900
Durante a última metade do século 19, a indústria americana cresceu muito rapidamente. A 
introdução da energia a vapor e outras técnicas avançadas transformaram o mundo do trabalho. Em 
conseqüência da revolução industrial, a produção transferiu-se das pequenas companhias que 
empregavam alguns artesãos habilidosos para as grandes fábricas e usinas. Embora a mudança para 
o sistema de produção em massa ampliasse muito as técnicas de produção industrial, os setores 
industriais emergentes pouco faziam para proteger seus empregados contra acidentes ou riscos à 
saúde.
O seguinte comentário é típico de como a maioria do pessoal da indústria se sentia em relação 
a acidentes, por volta de 1900.
“Prevenir Acidentes? Duvido muito! Sou superintendente desta fábrica há mais de 15 anos, e 
uma coisa eu sei: 95% dos acidentes são resultados de descuidos. Não se pode impedir esse tipo 
de coisa. Alguns homens estão fadados a ser mortos, não importa o que se procure fazer por eles. 
Faz parte da natureza humana, creio eu. Não, acho que fazemos tudo o que é possível. Mas no 
nosso tipo de trabalho haverá sempre uma porção de acidentes”.
Naqueles dias, as empresas faziam muito pouco sobre prevenção de acidentes porque gerentes 
e empregados acreditavam que não havia muito o que pudessem fazer. A maioria considerava os 
acidentes industriais como subprodutos desafortunados, mas inevitáveis, do próprio trabalho. 
Fabricar aço, minerar carvão, operar estradas de ferro, fabricar vidro e produtos químicos – e muitas 
outras atividades industriais eram ocupações tidas como naturalmente perigosas. Os ferimentos, que 
incapacitavam fisicamente, e as fatalidades eram aceitas como fatos industriais à vida. É muito fácil 
olhar para trás, agora, e ver como essas atitudes cegavam gerentes, supervisores e empregados para 
a gravidade do problema de acidente industrial, bloqueando qualquer esforço real para preveniracidentes.
Prevenção de Acidentes por volta de 1900
O que faziam as companhias, se é que faziam alguma coisa, para prevenir acidentes naquela 
época? Francamente, muito poucas companhias faziam alguma coisa. O setor industrial de 
mineração de carvão era uma exceção onde se iniciou o treinamento de primeiros socorros 
organizados e prevenção de acidentes em decorrência dos desastres nas minas que matavam e 
aleijavam muitos trabalhadores.
É importante compreender como eram as condições de trabalho, antes que tivessem início o 
movimento de segurança nos Estados Unidos, para poder avaliar o que foi realizado em épocas mais 
recentes. Portanto, vejamos rapidamente o que as companhias não faziam.
A maioria das companhias não tinha nem programa de segurança organizado nem pessoal de 
segurança trabalhando em tempo integral, naqueles dias. Somente aqui e ali havia alguém com 
responsabilidade em segurança trabalhando em tempo parcial. Considerava-se que a segurança era 
uma questão de sorte, não uma parte do trabalho de alguém.
As condições de trabalho eram extremamente perigosas, pelos padrões de hoje. As peças 
móveis da maquinaria raramente eram protegidas. Os condutores elétricos comumente ficavam 
expostos ao contacto acidental. A iluminação era sombria e, muitas vezes mínima. Gases tóxicos e 
vapores eram subprodutos comuns das operações industriais. Ventilação contra calor e umidade não 
existia. As áreas de trabalho eram perigosamente congestionadas. A manutenção de limpeza da 
fábrica, em geral, negligente. Sanitários sem a mínima condição de higiene. Ferramentas e 
equipamentos eram usados até quebrar. Todas essas condições perigosas eram comuns e aceitas 
como normais.
Havia pouca ou nenhuma ênfase sobre treinamento de segurança no trabalho. “Mantenha 
seus olhos e ouvidos abertos se não quiser morrer. Observe e faça o que Harry faz”. Esse era o 
tanto de instrução de segurança que a maioria dos novos empregados recebia. Todos assumiam que 
era responsabilidade do empregado descobrir como trabalhar em segurança. Quando recebiam 
instruções, estas geralmente tratavam de como aprontar o trabalho, e não como faze-lo em 
segurança. As companhias não tinham regulamentos e normas de segurança, nem havia distribuição 
de literatura sobre o assunto. Jamais ocorreu aos supervisores fazer “conferências sobre 
segurança”. Além do mais, muitos operários industriais eram imigrantes que mal entendiam inglês.
Equipamento de proteção individual, como sapatos, capacetes e óculos de segurança ou não 
existiam ou não eram comumente usados, ao redor de 1900. As companhias não distribuíam 
qualquer tipo de equipamento de proteção, a não ser que fosse absolutamente imprescindível à 
realização do trabalho.
Técnicas modernas de prevenção de acidentes, como análise de segurança do trabalho, 
inspeções, e análise de segurança do trabalho, inspeções, e análise de causa de acidente, não 
existiam.
Os acidentes raramente eram investigados de qualquer forma organizada. A maior parte das 
companhias não tinha a menor idéia do número de acidentes com ferimentos graves ocorridos em 
um dado ano, e não via razão para coletar tais dados.
As companhias não tinham obrigação legal de ajudar empregados ou suas famílias quando um 
funcionário era ferido ou morto no trabalho. Não havia leis de Acidente de Trabalho na época. Os 
empregados que se acidentavam podiam processar judicialmente o empregador, mas poucos podiam 
arcar com uma ação legal, e suas chances de ganhá-la eram mínimas.
Resumindo, muito pouco se fazia para evitar acidentes industriais naquela época. Em parte, 
devido às atitudes e crenças predominantes em parte, porque não existiam quaisquer penalidades 
onerosas ou razões legais que obrigassem as empresas a se interessarem pela prevenção de 
acidentes.
O Levantamento de Pittsburgh – Os Fatos da Morte
- Qual a gravidade do problema de acidentes industriais nos idos de 1900?
- Quantos empregados morriam ou ficavam aleijados a cada ano?
Ninguém sabia, na época. Nenhuma agência coletava estatísticas para mostrar a gravidade do 
problema de acidentes.
Então, em 1906, foi empreendido um estudo que fez história e que começou a lançar luz sobre o 
problema. Mais do que qualquer outro evento isolado, este estudo provocou o nascimento do 
movimento de segurança industrial nos Estados Unidos. Esta pesquisa conseguiu documentar a 
terrível perda de membros e vidas humanas que ocorria diariamente na indústria americana. O 
estudo criou a primeira conscientização geral sobre as dimensões do problema e induziu um público 
indignado a exigir reformas. Este estudo fundamental ficou conhecido como “O Levantamento de 
Pittsburgh”.
Esta investigação foi patrocinada pela Fundação Russell Sage. Uma equipe de pesquisadores foi 
contratada para estudar a gravidade do problema de acidentes e avaliar a necessidade de leis 
estaduais. A pesquisa durou um ano, de julho de 1906 a junho de 1907. Os pesquisadores visitaram 
usinas, minas de carvão, pátios de estradas de ferro e fábricas no Condado de Allegheny, 
Pensylvania.
Entrevistaram diretores de companhias, gerentes de fábricas, supervisores e operários. 
Estudaram os registros de hospitais, de médicos particulares e de médicos legistas do condado.
Resultados do Levantamento
As descobertas do Levantamento de Pittsburgh foram um grande choque para todas as pessoas 
responsáveis. Um mapa dramático denominado “O Calendário da Morte do Condado de 
Allegheny” foi retirado do relatório final do levantamento. O calendário mostra quantas pessoas 
morriam a cada dia devido a acidentes industriais no Condado de Allegheny. Cada cruz 
representava uma morte por acidente. Podia-se observar que poucos eram os dias, no calendário, 
que não estavam assinalados ao menos por uma cruz, e que a maioria dos dias mostrava dois, três 
ou até mais casos fatais. Durante o período estudado de doze meses, ocorreram 526 mortes por 
acidentes industriais no Condado de Allegheny. 
O padrão de ferimentos era igualmente chocante. O relatório final dizia o seguinte:
“Anualmente, o Distrito Pittsburgh retira de suas usinas, fábricas, pátios ferroviários e minas, 45 
homens com uma só perna; 100 aleijados irrecuperáveis que precisam andar com auxílio de 
muletas ou bengalas; 45 homens com braços torcidos e inúteis; 30 homens sem um braço; 20 
homens com apenas uma das mãos; 60 com perda de metade da mão; 70 com um só olho – e 
assim por diante, mais de 500 seres humanos fisicamente arruinados”.
As estatísticas contavam apenas uma parte da história. O relatório também descrevia o 
sofrimento mental e físico resultante desses acidentes e chamava atenção para a miséria que a 
família da vítima devia suportar. O relatório incluía recomendações para mudança.
O Levantamento de Pittsburgh dramatizava a gravidade do problema de acidentes industriais, 
e concluía, Precisava-se fazer alguma coisa!
Começa o Movimento de Segurança
O Levantamento de Pittsburgh deu o chute inicial na bola. Estudos semelhantes em outros 
estados produziram os mesmos resultados. Invariavelmente, revelavam uma perda extremamente 
grande de membros e vidas, e nada se fazia para melhorar a situação. A medida que os fatos se 
tornavam mais amplamente divulgados, educadores e líderes trabalhistas começaram a se 
manifestar em favor de reformas. Os legisladores estaduais eram pressionados para se 
posicionarem, banindo os riscos mais contundentes dos setores: industrial e de mineração. A opinião 
publica exigia ação corretiva. 
Leis do Governo Federal
O governo federal apoiou o movimento pró-segurança logo no início. Em1908, um ano após 
o término do Levantamento de Pittsburgh, o Congresso aprovou a primeira lei de Acidentes de 
Trabalho. As indenizações especificadas na Lei eram irrisórias, mas o principio de indenização por 
acidente fora estabelecido. Pela primeira vez nos Estados Unidos, os empregados e suas famílias 
tinham garantia de algum meio de compensação por ferimentos incapacitantes ou fatais. Dois anos 
mais tarde, em 1910, foi fundado o Bureau de Minas dos Estados Unidos.
Um dos seus principais objetivos era reduzir acidentes no setor industrial de mineração. Em 
1913, foi organizado o Bureau de Estatísticas do Trabalho (Bureau of Labor Statistics) para coletar, 
tabular e divulgar fatos sobre problemas de saúde e de acidentes industriais. Mais ou menos na 
mesma época, o Bureau Nacional de Padrões (National Bureau of Standards) começou a estabelecer 
normas de segurança para equipamentos e materiais industriais. Todos esses eventos tiveram lugar 
nos seis anos que se sucederam ao Levantamento de Pittsburgh.
Muitos Estados Seguem o Exemplo
Muitos Estados também corresponderam as novas preocupações. Em 1911, o Wisconsim 
aprovou a primeira lei estadual efetiva de Acidentes de Trabalho. Em 1915, mais da metade dos 
estados tinham leis semelhantes. Hoje, todos os estados proporcionam algum tipo de indenização 
por acedente no trabalho. Estas leis variam de estado para estado, mas todos dão indenização aos 
empregados acidentados, independentemente da descoberta do culpado. Antigamente, qualquer 
empregado gravemente acidentado era mandado para casa até que se recuperasse, mas não recebia 
pelos dias inativos.
A partir dessas leis de Acidentes de Trabalho, o movimento pró-segurança aumentou. Quanto 
às companhias se viram forçadas a indenizar seus empregados por acidentes no trabalho, 
compreenderam logo que custaria menos tomar medidas para prevenir acidentes do que custear as 
indenizações e reivindicações por incapacidade física. Portanto, o fator custo tornou-se um 
incentivo poderoso para as atividades de prevenção de acidentes.
1.6 – PRINCIPAIS ATIVIDADES DE UM TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM 
UMA INDUSTRIA METALURGICA
As atividades do profissional Técnico de Segurança do Trabalho variam de empresa para 
empresa dependendo de alguns fatores, tais como: o tipo de negócio (mecânico, químico, serviços, 
etc), o porte da empresa, o local das instalações, e etc...; 
Daremos a seguir uma descrição de função de uma empresa metalúrgica de grande porte, o 
que deve ser analisado apenas como exemplo e não como uma regra fixa a ser seguida.
1. Assessorar tecnicamente os Supervisores/Mestres em relação a Segurança do Trabalho 
e Higiene Industrial, bem como fornecer subsídios para aplicação da Política de 
Segurança e Higiene da empresa.
2. Auxiliar nas investigações de acidentes e através delas propor ações e recomendações 
para evitar e reincidência dos acidentes.
3. Auxiliar na elaboração de normas e procedimentos relativos a Segurança e Higiene do 
Trabalho.
4. Divulgar as mudanças ocorridas e/ou promulgadas na legislação brasileira referente a 
Segurança do Trabalho e Higiene Industrial.
5. Elaborar e divulgar as Estatísticas de Segurança do Trabalho.
6. Auxiliar na escolha de EPI’s utilizados ou a ser utilizados, garantir a eficiência, 
conforto e qualidade, bem como auxiliar no desenvolvimento de novos fornecedores.
7. Assessorar a CIPA.
8. Coordenar as atividades da Brigada de Incêndio.
9. Auxiliar nas avaliações ambientais.
10. Assessorar os Supervisores/Mestres nas Reuniões de Segurança.
11. Executar e/ou auxiliar nas Inspeções de Segurança.
12. Executar as Palestras de Integração de Segurança.
13. Acompanhar e orientar os serviços de empresa contratadas em relação a Segurança e 
Higiene Industrial.
14. Realizar treinamentos específicos na área de Segurança e Higiene Industrial.
 
2 – DEFINIÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO
O que é um acidente?
Todos devem compreender claramente o que é um acidente. Antigamente, considerávamos 
que um acidente era um erro que resultava em ferimento, mas essa definição, na verdade, era 
incompleta. Alguns acidentes realmente causam ferimentos, mas os acidentes também danificam 
ferramentas, máquinas, matéria prima, edifícios, etc..., e certos acidentes têm pouca ou nenhuma 
conseqüência óbvia.
De acordo com a definição legal (Lei número 6367 de 19/10/1976):
Vamos analisar o significado da definição em partes:
Exercício do Trabalho a Serviço da Empresa
Para que uma moléstia ou lesão seja considerada como acidente de trabalho é necessário que 
haja uma ligação entre o resultado final e o trabalho, ou seja, que o resultado (no caso a lesão ou 
moléstia) tenha origem no trabalho realizado e em função do serviço realizado Por exemplo, se você 
assistir uma partida de futebol e sofrer algum tipo de acidente dentro do estádio, não podemos 
considerar que tenha sido acidente do trabalho. Porém se você trabalhar no estádio e sofrer o 
mesmo tipo de acidente, aí sim será um acidente de trabalho e você estará coberto pelas leis 
trabalhistas vigentes no país.
Lesão Corporal
Lesão Corporal deve ser entendido como qualquer tipo de dano anatômico no organismo, por 
exemplo, quebra de uma perna, corte na mão, perda de um membro, etc...
Acidente de trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa, 
provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda, ou redução, 
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
Perturbação Funcional
Devemos entender como Perturbação Funcional ao prejuízo de funcionamento de qualquer 
órgão ou sentido do ser humano, como por exemplo, uma perturbação mental devido a uma forte 
pancada no crânio, mau funcionamento de algum órgão (pulmão, etc...), pela aspiração ou ingestão 
de um elemento nocivo a saúde usando no ambiente de trabalho.
Doenças Profissionais
As doenças profissionais foram igualadas ao acidente de trabalho, quer sejam doenças típicas 
ou atípicas quando elas ocasionem incapacidade ao trabalho.
Doenças de Trabalho Típicas
As Doenças do Trabalho Típicas ou Doenças Profissionais são causadas por agentes físicos, 
químicos, ou biológicos pertencentes a certas funções, desde que estejam relacionadas pelo 
Ministério da Previdência e Assistência Social (artigo 2º, # 1º, I, da Lei 6367). Exemplos: 
Saturnismo (intoxicação de chumbo), Silicose (trabalhadores de sílica).
Doenças do Trabalho Atípicas
Doenças do Trabalho Atípicas são aquelas que, não constando da relação elaborada pelo 
Ministério da Previdência e Assistência Social, resultam das condições especiais em que o trabalho 
é executado e com ele se relaciona diretamente.
Do ponto de vista prevencionista, podemos definir, de uma maneira mais ampla e geral, o 
acidente de trabalho como sendo “toda a ocorrência não programada que cause danos físicos aos 
empregados ou danos materiais a equipamentos ou máquinas”. 
Com uma visão mais moderna, poderíamos definir acidente de trabalho, do ponto de vista 
prevencionista, como:
 
Talvez você note, nesta definição, algumas mudanças em relação às definições anteriores. Por 
exemplo, no passado, definíamos acidente de pessoal como uma ocorrência inesperada – geralmente 
envolvendo contato entre um funcionário e um objeto, substâncias ou condição de exposição – que 
interrompesse o trabalho. O esforço de segurança e saúde hoje deve ser muito mais amplo. Por 
exemplo, acidentes nem sempre são inesperados. Se tivermos consciência de que existe um acidente 
potencial e não o tratamos, não podemos ficar surpresos se o acidente acontecer, o acidente poderia 
ser evitado.
Contudo, acidentes nem sempre envolvem “contato” entre uma pessoae um objeto; e 
acidentes nem sempre paralisam o trabalho. Muitas exposições a doenças ocupacionais só são 
conhecidas pela vítima mais tarde. Muitos acidentes potencialmente graves são acidentes frustrados, 
sem a menor conseqüência em termos de avarias ou ferimento pessoal. Não obstante são acidentes.
Acidente é um evento não planejado e indesejado que poderia resultar em ferimento, dano à 
saúde, avaria do produto, equipamento ou instalações, ou outras perdas financeiras para a 
companhia.
O uso de nossa nova definição de acidente requer uma abordagem mais completa para 
prevenção de acidente e saúde ocupacional. Hoje, o esforço de prevenção de acidente deve 
identificar e corrigir comportamentos perigosos que levem a acidentes, em vez de enfatizar a 
coragem dos tipos de ferimentos e espécies de acidentes.
O Significado do Acidente Frustrado
A gravidade do ferimento decorrente de acidente é, em grande parte, questão de sorte. A 
pessoa que caísse de uma escada poderia sair sem ferimentos ou poderia morrer. As causas, porém, 
poderiam ser as mesmas nos dois casos.
Na prevenção de ferimentos ou perdas futuras, é importante estudar as causas, e não as 
conseqüências. Portanto, o que aprendemos com acidentes sem ferimentos é tão valioso quanto o 
que aprendemos com acidentes com ferimentos graves.
É também igualmente importante não só ter um sistema funcionando que colete e analise 
dados dos acidentes frustrados como ter um sistema que investigue as ocorrências com ferimentos 
graves. Para tanto, existe uma série de meios. O diagrama a seguir ilustra o relacionamento entre 
acidentes com e sem ferimentos:
PIRÂMIDE DOS ACIDENTES
Os profissionais da área de segurança conhecem há muito tempo esta pirâmide e a correlação entre 
comportamentos perigosos e tipos de ferimentos. De fato nas últimas décadas de 60 e 70, diversas 
empresas usaram os conhecimentos sobre essas proporções para identificar atividades de prevenção 
de acidentes.
Ferimentos Graves.............................. 1
Ferimentos Sem Gravidade................29
Acidentes Sem Ferimentos...............300
Comportamentos Perigosos.......700.000
1
29
300
700.000
Usando efetivamente as atividades de segurança e saúde para eliminar as causas dos ferimentos sem 
gravidade tanto estes como os ferimentos graves foram reduzidos gradativamente, nesses locais.
A. Investigação de Acidente Sem Ferimentos 
Há uma série de meios de coletar e estudar os dados de acidentes sem ferimentos. Dois dos 
mais comuns são a investigação com ausência de ferimentos e uso de uma ferramenta 
conhecida como técnica de lembrança do incidente.
B. Amostragem de Comportamento 
Uma abordagem ainda mais abrangente da prevenção de acidente é virar a pirâmide ao 
contrário e concentrar a atenção nos comportamentos perigosos. Ao invés de esperar que 
ocorram acidentes graves ou leves, ou esperar relatórios sobre “quase acidentes”, é muito mais 
produtivo fazer uma amostragem rotineira do comportamento do funcionário no trabalho. Como 
demonstra o diagrama, existem milhares de comportamentos perigosos ocorrendo a cada dia, a 
cada hora, e qualquer um deles pode se tornar o ponto de explosão para escapar por um triz sem 
se ferir. Existem muitos sistemas disponíveis para estudo dos comportamentos. Um dos 
melhores é a Amostragem de Segurança. Seu uso pode ajudar qualquer fábrica a coletar dados 
básicos necessários para melhorar a prevenção de acidentes.
3 – CAUSAS DO ACIDENTE DE TRABALHO
Durante anos, os profissionais da área de segurança basearam seus esforços num axioma 
duplo, afirmando que:
(1) acidentes são causados; e
(2) acidentes podem ser prevenidos pela diminuição dessas causas.
A partir da década de 60, quando as empresas começaram a introduzir algum tipo de 
programa de segurança, esses dois conceitos forneceram grande parte da base para os esforços 
de prevenção de acidentes.
Antigamente, os programas de segurança baseavam-se numa definição aberta sobre causas 
de acidentes incluindo tudo e qualquer coisa relacionada com o funcionário ou seu ambiente 
que contribuísse para um acidente. Essas causas podiam incluir as ações dos funcionários e 
colegas ou inércia dos supervisores ou da gerência. Embora tais idéias ainda forneçam um 
ponto básico de partida para a segurança, a natureza do local de trabalho industrial mudou 
profundamente, nos últimos anos.
Máquinas sofisticadas substituíram a força muscular, computadores eliminaram a papelada, 
lasers e outros equipamentos automáticos e mudaram a natureza do trabalho. Novos produtos e 
novas técnicas de processamento introduziram novas preocupações sobre radiação, produtos 
químico tóxicos, ruído e outras condições de risco. A ergonomia, estudo de como o local de 
trabalho pode ser projetado para se ajustar às necessidades físicas e de segurança do empregado, 
foi reconhecida. Introduziram-se novas técnicas de análise de segurança de sistemas para 
identificar riscos no local de trabalho, nas etapas de instalação de equipamentos, na construção 
de edifícios e de sistemas sofisticados com antecedência.
Hoje, vemos o ambiente de trabalho em termos cada vez mais amplos. Por ambiente 
queremos dizer não só o ambiente físico, mas também os mecanismos que utilizamos para 
monitorar as condições de segurança e saúde. Isso inclue o sistema de gerência que indica quem 
é responsável e quem tem a obrigação de que ações, que procedimentos estão funcionando para 
descobrir e corrigir riscos, e que treinamento é necessário para ter certeza de que cada 
funcionário saiba fazer o trabalho que lhe foi atribuído em condições seguras.
O ambiente atual também inclue o clima ou cultura da organização; se a gerência e supervisores 
convenceram ou não os subordinados de que a segurança é uma alta prioridade; se os 
funcionários acreditam ou não que a gerência está realmente comprometida com segurança; se a 
gerência e os funcionários percebem corretamente as necessidades recíprocas de segurança e 
saúde; se os funcionários recebem ou não comunicações regulares sobre segurança; se os 
supervisores recebem ou não uma avaliação sobre seus respectivos desempenhos em segurança 
e saúde; ou se existem outros mecanismos para demonstrar o compromisso da companhia com a 
segurança e saúde ocupacional.
Causas de Acidentes – O Modelo da Falha Humana
Muitos dos aspectos comportamentais do programa de segurança e saúde citados aqui foram 
desenvolvidos por Dan Petersen, consultor em segurança industrial.
O diagrama de causa e efeito de Petersen, apresentado na página seguinte sugere que todos os 
acidentes são causados por:
(1) um sistema de gerência defeituoso,
(2) falha humana, ou alguma combinação dessas duas condições básicas.
Nas páginas seguintes examinaremos mais detalhadamente o Modelo de Falha Humana do 
Petersen.
Modelo de Causa (Diagrama de Petersen – simplificado)
DIAGRAMA DE PETERSEN
 
É CAUSADO
POR
FERIMENTO
OU PERDA
FALHA NO
SISTEMA
GERENCIAL
ACIDENTE OU
INCIDENTE
DECISÃO DE
ERRAR
ARMADILHAS
EXCESSO DE
TRABALHO
ERRO
HUMANO
O modelo de Petersen sugere que qualquer ferimento ou outra perda na área de segurança e saúde 
para a companhia é resultado final de um acidente ou incidente. Trabalhando da esquerda para a 
direita através do gráfico podemos ver que o acidente ou incidente é causado ou (1) por uma falha 
de sistemas gerenciais e (2) por erro humano, ou alguma combinação dos dois.
Falha dos Sistemas Gerenciais
Os elementos incluídos em uma falha dos sistemas dizem respeito a muitas das seguintes 
perguntas que os profissionais de segurança fazem diariamente:
• A gerenciatem uma declaração de política sobre saúde e segurança?
• Quem é responsável e em que grau?
• Quem tem autoridade para fazer o que? 
• Quem é responsável pela segurança e saúde? Como?
• Como essas pessoas são medidas em termos de desempenho?
• Que sistemas são usados nas inspeções para verificar o que saiu errado?
• Como são selecionados os novos empregados?
• Como é dada orientação aos novos empregados?
• Recebem Treinamento suficiente?
• Quais são os procedimentos operacionais padronizados?
• Que Padrões são usados?
• Como são reconhecidos, avaliados, e eliminados ou controlados os riscos de segurança e 
saúde?
• Que registros são utilizados e como são mantidos?
• Qual é o programa médico?
Porque as pessoas erram (falha humana)
Dan Pertersen classifica os comportamentos perigosos em três categorias ele diz que 
o erro humano se origina de:
Decisão de errar (trabalhar em condições inseguras)
Em certas condições, parece lógico ao empregado preferir a ação insegura. As 
razões dessa decisão poderiam incluir:
• Pressão de colegas, exigências de produtividade da gerência, aborrecimento, falta de 
interesse, ou muitas outras.
• Uma atitude mental que dê á pessoa uma razão inconsciente para se acidentar.Isto se 
chama tendência a acidentes.
• Crença que não possa sofrer acidentes.
Armadilhas
Armadilhas, ou erros humanos causados pelo sistema, são também uma razão básica 
para que as pessoas errem. Neste caso, falamos principalmente sobre fatores humanos. Uma 
dessas armadilhas é a incompatibilidade. O funcionário pode ser forçado a atos inseguros 
porque a situação de trabalho é incompatível com seu físico ou com as condições a que está 
habituado. A segunda armadilha é o layout do local de trabalho, certos layouts levam a erro 
humano. Por exemplo, nas instalações de uma nova oficina os empregados eram obrigados 
a estirar demais certos músculos no processo de movimentação de material. Nesse caso, o 
local de trabalho mal projetado transformava os empregados em uma armadilha.
Sobrecarga
A sobrecarga pode ser física, fisiológica ou psicológica. Para lidar com a sobre carga 
como causa de acidentes, temos que examinar a capacidade, carga de trabalho e o estado ou 
condição motivacional atual do individuo.
Capacidade diz respeito ás habilidades físicas, fisiológicas e psicológicas da pessoa, 
estado atual da mente, e nível atual de conhecimento e habilidades do individuo para o 
trabalho em questão. A capacidade do individuo pode ser temporariamente, reduzida pelo 
uso de drogas, álcool, tensão, fadiga, etc.
Carga refere-se á tarefa e o que é necessário para realizá-la. Cargas diz respeito 
também á quantidade de processamento de informações que a pessoa deve fazer, ambiente 
de trabalho, quantidade de preocupações, tensão e outras pressões, e situação da vida total e 
privada da pessoa.
Estado ou condição refere-se ao nível de motivação, atitude, atenção e situação 
biorrítmica da pessoa.
O Principio das Causas Múltiplas
A maioria dos acidentes tem mais de uma causa. Nossa tendência comum para 
simplificar, muitas vezes nos leva a identificar erradamente uma só causa. Na verdade 
existe quase sempre uma série de causas em conseqüência que provoca o acidente. A idéia 
das causas múltiplas afirma que muitos fatores se combinam ao acaso para provocar 
acidentes.
Examinaremos um acidente comum em termos de causas múltiplas.
Um funcionário cai de uma escada defeituosa
• Por que a escada defeituosa não foi descoberta durante as inspeções de rotina?
• Por que o supervisor permitiu que fosse usada?
• Se o funcionário machucado sabia que escada estava com defeito, por que a usou?
• O funcionário foi adequadamente treinado?
• O funcionário foi lembrado sobre as praticas de segurança?
• A escada estava corretamente marcada com avisos de segurança?
• O supervisor examinou o trabalho de antemão?
As respostas a essas e outras perguntas poderiam conduzir aos seguintes tipos de correções:
• Melhor procedimento de inspeção
• Melhor Treinamento
• Definição melhor das responsabilidades de trabalho
• Melhor planejamento prévio do trabalho pelos supervisores
Como em qualquer acidente, se quisermos impedir repetição, precisamos encontrar 
e remover as causas básicas. Citar exclusivamente o ato inseguro de “galgar uma escada 
defeituosa” e uma condição insegura que chamamos de “Escada defeituosa” não irá ajudar 
muito. Quando examinamos exclusivamente ato e condição, estamos lidando com sintomas 
e não com as causas.
Freqüentemente, encontram-se causas arraigadas no sistema de gerência. Essas 
causas podem decorrer de políticas e procedimentos, supervisão e sua efetividade, 
treinamento, etc. Causas arraigadas são aquelas que, se fossem corrigidas, teriam efeito 
permanente sobre resultados positivos. Causas arraigadas são pontos fracos que poderiam 
afetar não só o acidente sob investigação, mas também muitos outros acidentes e problemas 
operacionais futuros.
Causas que os funcionários se arriscam
Como já foi sugerido, os empregados podem agir em condições inseguras porque 
não conhecem o meio seguro de faze-lo ou, as vezes , porque preferem deliberadamente o 
comportamento inseguro. Decidem adotar o comportamento inseguro porque algum outro 
fator tem prioridade mais alta do que sua preocupação com a própria segurança. Nesses 
casos, o comportamento inseguro faz sentido para eles, no momento. Seguem-se algumas 
das razões para essa atitude.
1. Consciência do perigo
Muitas vezes os empregados agem de maneira perigosa porque simplesmente não 
reconhecem o perigo.
2. Falta de informação
Às vezes, os empregados agem perigosamente porque não conhecem a forma de 
realizar determinado trabalho, ou não sabem como evitar um risco conhecido do trabalho. 
Não podemos esperar que um novo funcionário limpe corretamente respingos de ácido, se 
ele não tiver recebido instruções adequadas.
3. Nível de habilidade
As habilidades e informações não são as mesmas. Muitas habilidades exigem o uso 
das mãos, dos olhos, e de certos músculos de forma coordenada para se obter o resultado 
desejado. Poucos têm habilidade e coordenação naturais para dirigir um carro-guincho ou 
para atingir uma bola de golfe na primeira tacada. Nem a maioria das pessoas conseguem 
operar um guindaste, uma locomotiva ou outro qualquer equipamento industrial pesado sem 
uma soma considerável de treinamento e experiência.
4. Restrição de tempo
Se o meio seguro for mais demorado do que o inseguro, muitos funcionários irão 
preferir o caminho mais curto, ganhando tempo. Quanto maior a vantagem de tempo 
oferecida pelo comportamento inseguro, maior a tentação de correr o risco e adota-lo.
5. O meio mais fácil
Sempre que o comportamento seguro exigir mais esforço ou aplicação física, 
podemos prever que alguns empregados prefiram o meio mais fácil. Quanto maior a 
imposição, maior a tentação.
6. Prevenção de desconforto
Quando o comportamento seguro envolver algum desconforto físico (como o uso de 
equipamento de proteção individual) alguns darão preferência para a alternativa mais 
confortável.
7. Motivo de atenção
Algumas pessoas preferem enfrentar riscos de vida apenas para ganhar a aprovação 
do grupo ou para atrair a atenção dos colegas.
8. Ressentimento
Alguns funcionários se ressentem e reagem á supervisão. Essas pessoas, as vezes, 
seguem um comportamento perigoso para expressar sua independência ou para se desforrar, 
da supervisão por injustiça real ou imaginária.
9. Incapacidade física
Os funcionários podem ser induzidos aos comportamentos arriscados devido a 
intoxicação, ressacas, uso de drogas, fadiga, pequenos ferimentos ou outro tipo de 
incapacidade física.
10. Condições mentais
Raiva, frustração,aborrecimento, preocupação, tensão por problemas familiares, 
tudo isso pode distrair o funcionário e intervir com sua capacidade de concentração para 
realizar o trabalho em segurança.
Exemplos de condições arraigadas de comportamento inseguro
A seguinte estória ilustra a importância de se descobrir as razões ou causas 
arraigadas sob atos inseguros, antes de se decidir sobre ação corretiva.
Depois de um registro na área de segurança particularmente medíocre de um grupo 
de motoristas profissionais, o departamento de segurança procedeu um estudo detalhado 
sobre o desempenho da frota. Constatou-se que o equipamento mecânico estava em ordem.
Os erros dos motoristas eram, obviamente, o problema. Mas que motorista e que 
erros? Outras análises realizadas mostraram que um grande número de colisões era causado 
pela distância que o motorista interpunha entre seu carro e o da frente. A experiência 
indicava que os avisos normais do Departamento de Segurança sobre manter a distância 
segura tinham pouco efeito, não evitando assim a freqüência dos acidentes.
Fez-se, então, um estudo profundo sobre os acidentes recentes e motoristas 
envolvidos - estudo este destinado a descobrir por que os motoristas não se 
desempenhavam de acordo com as expectativas - que mostrou resultados surpreendentes.
A evidência do estudo indicava que um grupo de motoristas - aquele com os piores 
registros de acidentes - simplesmente não estavam dirigindo tão bem quanto sabiam. Esses 
motoristas tinham problemas de disposição de ânimo e apresentavam comportamentos 
descuidados na direção. O remédio, no caso, foi um programa de contatos mais freqüentes 
por parte dos supervisores e retorno positivo, quando os resultados melhoraram.
O segundo grupo de motoristas não estavam convencidos do que a distância entre 
seu carro e o carro da frente oferecia perigo. Para estes, foi necessário mais treinamentos 
em direção defensiva.
O terceiro grupo era composto de motoristas com problemas de visão que 
dificultavam o calculo exato das distâncias. Para estes foram indicados exames 
oftalmológicos e lentes corretivas.
Havia ainda um outro grupo de motoristas muito pressionado em termos de tempo 
que julgava impossível atender o programa exigido pelos chefes sem dirigir em alta 
velocidade. Os registros deste grupo melhoraram assim que os programas foram 
reformulados mais realisticamente.
Na situação acima, a gerência usou quatro ações corretivas diferentes para melhorar 
o desempenho da frota na área de segurança, procurando causas arraigadas dos atos 
inseguros dos motoristas.
4. ATOS INSEGUROS E CONDIÇÕES INSEGURAS
Todo acidente é CAUSADO, e não simplesmente acontece, é por isso que toda vez 
que ocorre um acidente, por mais simples que possa parecer, nós o investigamos e 
analisamos, com a finalidade de encontrarmos causas e, em conseqüência, encontrarmos as 
providências ou recomendações necessárias, para evitarmos a repetição de acidentes 
semelhantes.
Os acidentes ocorrem por falta cometida pelo empregado contra as regras de 
segurança ou por condição de insegurança que existem no ambiente de trabalho.
Podemos classificar basicamente as causa de um acidente de trabalho em dois 
fatores: ATO ou CONDIÇÃO INSEGURA.
Existe uma terceira classificação de causas de acidentes que são as causas naturais, 
responsável por 1 a 2% dos acidentes.
As causas naturais são os fatores da natureza, tais como vulcão, terremotos, 
maremotos, tempestades, etc, onde a tecnologia não tem controle ou previsões mais 
confiáveis.
Atos e condições inseguras são fatores que, combinados ou não, desencadeiam os 
acidentes do trabalho. São portanto, as causas diretas dos acidentes. Assim, pode-se 
entender que prevenir acidentes do trabalho, em síntese, é corrigir condições inseguras 
existentes nos locais de trabalho, não permitir que outras sejam criadas e evitar a pratica de 
atos inseguros por parte das pessoas.
Tanto as condições como os atos inseguros tem origem mais remotas, em causas 
indiretas. Esses fatores indireto, porém, podem ser atenuados ou eliminados, de modo a 
evitar que os últimos elos da cadeia, atos e condições inseguras, venham a propiciar a 
ocorrência de acidentes ou pelo menos que essas ocorrências se tornem cada vez mais raras.
Levantamentos realizados por diversos órgãos e institutos mostraram que a proporção das 
causas de acidentes é de aproximadamente:
ATOS INSEGUROS 80%
CONDIÇÕES INSEGURAS 20%
4.1 ATO INSEGURO
É a maneira como as pessoas se expõem, consciente ou inconscientemente, a riscos 
de acidentes. São esses os atos responsáveis por muitos dos acidentes de trabalho e que 
estão presentes na maioria dos casos em que há alguém ferido.
Nota-se que nas investigações de acidentes, que alguns atos inseguros se sobressaem 
entre os catalogados como os freqüentes, embora essa maior evidência varie de empresa 
para empresa. Cabe ressaltar que um funcionário sem treinamento ou que não saiba os 
riscos inerentes a uma determinada atividade, não deve ser classificado como ato inseguro, 
mas sim como condição insegura.
Abaixo alguns exemplos de atos inseguros mais conhecidos:
• Ficar junto ou sob cargas suspensas.
• Usar máquinas sem habilitação ou permissão.
• Lubrificar, ajustar e limpar maquina em movimento.
• Inutilizar dispositivos de segurança.
• Uso de roupa inadequada.
• Transportar ou empilhar inseguramente.
• Tentar ganhar tempo
• Expor partes do corpo, a partes móveis de maquinas ou equipamentos.
• Imprimir excesso de velocidade.
• Improvisar ou fazer uso de ferramenta inadequada a tarefa exigida.
• Não utilizar EPI. 
• Manipulação inadequada de produtos químicos.
• Fumar em lugar proibido.
• Consumir drogas, ou bebidas alcoólicas durante a jornada de trabalho.
4.2 CONDIÇÃO INSEGURA
Condições inseguras nos locais de serviço são aquelas que compreendem a 
segurança do trabalhador. São as falhas, os defeitos, irregularidades técnicas e carência de 
dispositivos de segurança que pões em risco a integridade física e/ou a saúde das pessoas e 
a própria segurança das instalações e equipamentos.
Convém ter em mente que estas não devem ser confundidas com os riscos inerentes 
a certas operações industriais. Por exemplo: a corrente elétrica é um risco inerente aos 
trabalhos que envolvam eletricidade, aparelhos ou instalações elétricas, a eletricidade não 
pode ser considerada uma condição insegura por ser perigosa.Instalações mal feitas, ou 
improvisadas, fios expostos, etc., são condições inseguras, a energia elétrica em si não.
Abaixo alguns exemplos de condições inseguras mais comumente conhecidas:
• Falta de proteção em máquinas e equipamentos
• Deficiência de maquinário e ferramental
• Passagens perigosas
• Instalações elétricas inadequadas ou defeituosas
• Falta de equipamento de proteção individual
• Nível de ruído elevado
• Proteções inadequadas ou defeituosas
• Má arrumação/falta de limpeza
• Defeitos nas edificações
• Iluminação inadequada
• Piso danificado
• Risco de fogo ou explosão
	A.Investigação de Acidente Sem Ferimentos
	B.Amostragem de Comportamento

Continue navegando

Outros materiais