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Homeopatia: Tratamento Holístico

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HOMEOPATIA
A homeopatia como medicina alternativa procura levar o ser humano ao reencontro consigo mesmo, com o mais íntimo de seu ser, sua alma, sua paz interior e com os que o rodeiam dando-lhe a condição física e mental necessária ao livre exercício da vontade. - (Rosembaum, 2005). 
Trata o paciente de uma forma holística, trata o doente, não somente a doença, percebe o indivíduo como um todo, englobando sintomas não só físicos, mas também mentais, psíquicos e emocionais, aborda fatores que podem ter contribuído para o aparecimento dos mesmos, valoriza sintomas particulares, desejos, aversões, fobias, sono, sonhos, etc.
Os homeopatas consideram a doença como uma desarmonia que precede à alteração em toda parte do organismo, fornecendo-o as sensações desagradáveis e o impele a atividade irregular. 
IGUAL PARA IGUAL
Homeopatia é baseada no princípio de que é possível tratar "de igual para igual", isto é, uma substância que provoca sintomas quando tomado em doses elevadas, podem ser usadas em pequenas quantidades para tratar os mesmos sintomas. Por exemplo, o consumo de café em excesso pode causar sonolência e agitação, então de acordo com este princípio, quando feita em um remédio homeopático, ela pode ser usada para tratar pessoas com estes sintomas. Este conceito é por vezes utilizado na medicina convencional, por exemplo, a Ritalin estimulante é utilizado para o tratamento de pacientes, ou pequenas doses de alérgenos tais como pólen são por vezes utilizados para de-sensibilizar os pacientes alérgicos. No entanto, uma diferença essencial com medicamentos homeopáticos é que as substâncias são utilizadas em ultra altas diluições, o que os torna não tóxicos.
SUA ORIGEM 
O princípio do tratamento "igual para igual" remonta a Hipócrates (460-377BC), mas na sua forma actual, a homeopatia tem sido amplamente utilizada em todo o mundo por mais de 200 anos.
Ele foi descoberto por um médico alemão, Samuel Hahnemann, que, chocado com as práticas médicas duras do dia (que incluiu derramamento de sangue, de purga e do uso de venenos como arsénico), procurou uma maneira de reduzir a danificação lado efeitos associados com o tratamento médico.
Começou a experimentar em si mesmo e em um grupo de voluntários saudáveis, dando doses cada vez menores medicinais, e descobriram que, além de reduzir a toxicidade, os medicamentos, na verdade, pareceram ser mais eficazes. Ele também observou que os sintomas causados pelo tóxico "medicamentos", tais como mercúrio, foram semelhantes aos das doenças que estavam sendo usados para tratar a sífilis, por exemplo, que levam ao princípio de que ele descreveu como "semelhante cura semelhante".
De acordo com Hahnemann: 
“o mais alto ideal da cura é o restabelecimento rápido, suave e duradouro da saúde ou a remoção e a destruição integral da doença pelo caminho mais curto, mais seguro e menos prejudicial...” (Hahnemann, Organon §2) 
OS QUATRO PILARES DA HOMEOPATIA
A Homeopatia está fundamentada em: 
Lei dos semelhantes:
É uma lei onde se compara os sinais e sintomas observados nos indivíduos doentes com os descritos na experimentação medicamentosa no homem são, nos animais e complementados pelos dados da toxicologia, bem como da experiência clínica e mesmo da medicina popular. 
Hipócrates, que foi considerado o “pai da medicina”, ao elaborar os conceitos de cura, desenvolveu a lei dos contrários (a cura pela administração dos contrários, ou seja, para uma inflamação, uma substância antiinflamatória, para febre, um antitérmico e assim por diante). Também descobriu a cura pelo semelhante, a lei da semelhança; aquilo que causou o mal, também pode curá-lo. A medicina tradicional seguiu a corrente da cura pelos contrários, ficando a cura pela semelhança com pouca atuação. 
Experimentação no homem sadio: 
Samuel Hahnemann desenvolveu esta ideia na prática, passando a experimentar ele mesmo e em alguns de seus amigos e familiares as mais variadas substâncias das quais foram observados e anotados todos os efeitos produzidos no organismo. Mais tarde, deu início ao seu método aplicando aquelas substâncias em doentes que apresentaram os mesmos sinais estudados. 
Medicamento único:
Hahnemann e seus voluntários experimentavam uma droga de cada vez, para não mascarar seus efeitos no organismo sadio. Ele não admitia que no processo curativo o médico misturasse duas ou mais substâncias ao mesmo tempo, pois achava que o resultado era imprevisível, uma vez que o doente já estava bastante enfraquecido pela doença em si. 
Sendo assim busca-se individualizar um só medicamento que contenha, em sua patogenesia, a totalidade sintomática apresentada pelo paciente.
Doses mínimas: 
Os remédios são diluídos a fim de não provocar toxicidade. Sabendo do perigo do uso de grandes quantidades de plantas tóxicas e venenos, Hahnemann preferiu usar sempre doses bem pequenas de medicamentos, para que somente o efeito benéfico aparecesse durante o tratamento. 
MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS
A preparação dos medicamentos homeopáticos é feita a partir de substâncias extraídas da natureza (minerais, vegetais ou animais), das quais existe um conhecimento prévio da sua potencialidade curativa, mediante a experimentação no homem sadio.
Esses medicamentos passam por técnicas de diluição e dinamização específicas, tratando as doenças pela semelhança, ou seja, o que é capaz de produzir a doença também é capaz de curá-la.
O processo de diluição seguido de agitação é chamado de "dinamização", do grego dynamis, que significa "força", pois através desse processo é possível despertar na substância a capacidade de atuar sobre a força vital do organismo vivo Hahnemann, no início das suas experiências, começou diluindo os medicamentos e verificou que, quanto mais ele os diluía, mais eram minimizadas as reações indesejáveis.
Também percebeu que diluindo sucessivamente as substâncias e agitando-as várias vezes, conseguia sempre melhores resultados, chegando assim às doses mínimas. Desta forma, a toxicidade das substâncias é atenuada e o seu potencial curativo, aumentado.
HOMEOPATIA E O SUS
As práticas integrativas e complementares no Sistema Único de Saúde (SUS) – homeopatia, acupuntura, medicina tradicional chinesa, plantas medicinais e fitoterápicos, medicina antroposófica e termalismo social/crenoterapia - agora compõem o grupo de terapias que abordam a saúde com outra lógica, a de que o próprio organismo pode reagir atuando no fortalecimento das defesas naturais.
Após a inclusão dos serviços homeopatas nos sistemas de informação em saúde, foi possível monitorar a crescente inserção dos procedimentos no SUS.
Diretrizes da Homeopatia:
• Incorporação da Homeopatia nos diferentes níveis de complexidade do Sistema Único de Saúde, com ênfase na atenção básica, por meio de ações de prevenção, tratamento, promoção e recuperação da saúde;
• Garantia de financiamento capaz de assegurar o desenvolvimento do conjunto de atividades essenciais à boa prática em homeopatia, considerando as suas peculiaridades técnicas;
• Garantia do acesso ao medicamento homeopático, pelos usuários do SUS, atendidos na rede municipal;
• Apoio a projetos de formação e educação permanente, promovendo a qualidade técnica dos profissionais em consonância com os princípios da Política Nacional de Educação Permanente;
• Acompanhamento e avaliação da inserção e implementação da atenção homeopática no SUS;
• Socializar informações sobre a Homeopatia e as características da sua prática, adequando-as aos diversos grupos populacionais;
• Apoiar o desenvolvimento de estudos e pesquisas que avaliem a qualidade do tratamento e aprimorem a atenção homeopática no SUS. 
(MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, PORTARIA Nº 971, DE 03 DE MAIO DE 2006 – Aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de Saúde)
BIBLIOGRAFIA SUMÁRIA 
	DEBORA OMENA, Fundamentos da Homeopatia, Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciências da Saúde Departamento de Ciências
Farmacêuticas, 2010.
	LUCIANA HELENA, Os quatro pilares da Homeopatia, Instituto Hahnemanniano do Brasil, Curso de formação de especialistas em homeopatia, Rio de Janeiro, 1998.
	AYRES, José Ricardo de Carvalho Mesquita. Sujeito, Intersubjetividade e práticas de saúde, Departamento de Medicina Preventiva da faculdade de Medicina Universidade de São Paulo.
	MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política Nacional de Promoção da Saúde Serie B.Brasília 2006. 
	MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS Serie B. Textos Básicos de Saúde. 
	MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política Humanização. Cartilha Clinica Ampliada, Editora MS 2004, Série B. Textos básicos de saúde. 
	J. BARBANCEY, Prática Homeopática em Psicopatologia, 2 vols., Editora Andrei, São Paulo. 
	BIAGINI, Mafalda. Fundamentos e Princípios da Homeopatia. Curso de Especialização em Farmácia Homeopática. 1ª Etapa, Vol. I: Araraquara, 2000. 
	LUZ, M. A arte de curar e a ciência das doenças: o processo de institucionalização da Homeopatia no Brasil, 2001. In: Seminário nacional de história da ciência e da tecnologia. Caderno de resumos, v.6, p70, 2001. 
	AMHB HOMEOPATIA PARA TODOS, documento criado para apresentação às autoridades em Saúde Pública pela Comissão de Saúde Pública da Associação Médica Homeopática Brasileira, 1999,
	ROSEANA MARIA DE ARAÚJO, A produção do conhecimento em Homeopatia e seu ensino nas Faculdades de Medicina das Universidades Federais Brasileiras, Rio de Janeiro: UFRJ / NUTES, 2009.

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