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AULA DE CCIH

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE – FURG
ESCOLA DE ENFERMAGEM
ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO
História do Controle de Infecção- Inimigo Invisível
A Infecção Hospitalar (IH) é tão antiga quando os hospitais;
• Péssimas condições sanitárias;
• Abastecimento de água de origem incerta;
• Manejo inadequado de equipamento;
• Falta de isolamento;
• Compartilhamento de leitos pelos pacientes por falta de locais;
História do Controle de Infecção- Inimigo Invisível
• Grande Hospital Geral de Viena – 1846.
• Maior Escola de Medicina no Mundo.
Desde o leito do paciente até a sala de dissecção.
• Nove em casa dez pacientes morriam.
História do Controle de Infecção- Inimigo Invisível
IGNAZ SEMMELWEIS – Obstetra responsável pela ala Obstétrica no Grande Hospital Geral de Viena - 1846
Correlacionou hospitalização e risco de infecção.
• As infecções hospitalares eram três vezes mais comuns quando os médicos faziam os partos em relação as parteiras.
• Incorporou então a prática da Lavagens das mãos ao sair das autópsias.
História do Controle de Infecção no Brasil
• TANCREDO NEVES – Operado as pressas em 1985 por causa de uma diverticulite, desenvolveu Infecção Hospitalar, falecendo.
• Controle de Infecção ganha força a nível nacional.
-Todo o hospital independente do porte ou finalidade deve ter uma CCIH constituída por lei. LEI NO 9.431, DE 6 DE JANEIRO DE 1997
• PORTARIA Nº 2.616, DE 12 DE MAIO DE 1998 – Portaria do Controle de Infecção Hospitalar
Programa de Controle de Infecção Hospitalar - PCIH
• Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH) é um conjunto de ações desenvolvidas deliberada e sistematicamente, para a redução máxima possível da incidência e da gravidade das infecções hospitalares;
• Para a adequada execução do PCIH os hospitais deverão constituir a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), órgão de assessoria à autoridade máxima da instituição e de execução das ações de controle de infecção hospitalar.
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar - CCIH
Todo o hospital, independente de porte ou finalidade, deve ter uma CCIH constituída, por lei. Sua função principal é reduzir os riscos dos pacientes em adquirir infecção hospitalar;
A CCIH deverá realizar periodicamente suas reuniões, porém estas devem acontecer pelo menos uma vez por mês;
Todo o trabalho da CCIH se baseia em um tripé: vigilância epidemiológica, educação continuada e controle de microbianos.
A CCIH será composta por membros consultores e executores.
Serão nomeados representantes dos diversos serviços para atuarem como membros consultores como por exemplo:
Direção Geral e administrativa;
Direção de enfermagem;
Farmácia;
Laboratório de microbiologia;
Nutrição;
Terapia Ocupacional;
Fisioterapia;
Residentes.
Serviço de Controle de Infecção Hospitalar - SCIH
• Os membros executes que são encarregados da execução das ações programadas de controle de infecção;
• Um dos membros executores deve ser, preferencialmente, um enfermeiro.
Conceitos
• Infecção Hospitalar
Toda e qualquer infecção que surja após 72 horas de internação hospitalar, desde que o período de incubação da doença seja desconhecido, porém se for uma infecção pós procedimento não necessitará deste tempo.
• Infecção Comunitária
É toda a infecção que se adquiri antes da hospitalização, mesmo que esteja no período de incubação quando o paciente for internado.
• Infecção cruzada
É a infecção que tem a mesma cepa ou tipo viral de outro paciente.
• Infecção Interinstitucional
É aquela infecção hospitalar provem de outra instituição, pacientes transferidos.
Infecção Hospitalar - IH
Quais as causas das IH
• Endógenas
Atribuídas as próprias condições dos pacientes.
• Exógenas
Falhas do processo de assistência;
Falhas no processo de esterilização;
Fatores Envolvidos na IH
• Microorganismo
• Hospedeiro
• Ambiente
• Tratamento
Isolamento
O objetivo básico prevenção da transmissão de microrganismos:
• De um paciente para outro;
• De um paciente para um profissional da saúde;
Esta prevenção abrange medidas referentes aos pacientes, mas também aos profissionais da saúde, que podem servir de veículo de transmissão destes microrganismos.
Tipos de Isolamento
Indicação para isolamento
Sempre que houver suspeita ou confirmação da colonização por um microorganismo possível de ser transmitido para outros pacientes ou para profissionais que o assistem.
Isolamento imunossuprimidos.
Proteção do paciente;
Profissional deve utilizar máscara ao entrar no quarto e avental quando for realizar procedimentos no paciente.
Isolamento padrão;
Higienização das Mãos: lave com água e sabonete ou friccione as mãos com álcool 70% antes e após o contato com paciente.
 Usar luvas apenas quando houver risco de contato com sangue, secreção ou mucosas. 
Use óculos, máscara e/ou avental quando houver risco de contato com sangue ou secreções.
 Descarte em recipientes apropriados, seringas e agulhas, sem desconectá-las ou reencapá-las.
Isolamento de contato;
Precaução Padrão: higienize as mãos antes e após o contato com o paciente. 
 Use luvas e avental durante toda manipulação do paciente.
Realizar desinfecção dos objetos e equipamentos com álcool 70% após o uso.
 O transporte do paciente deve ser evitado, mas quando necessário, proteger lesões e conter drenagens.
Quarto Individual - Manter Portas Fechadas;
AO ENTRAR NO QUARTO
Passo 1
Avental: Cubra totalmente o dorso, do pescoço até os joelhos, dos braços até os punhos e amarre nas costas 
Passo 2
Luvas: Estenda-as até cobrir o punho do avental de isolamento 
AO SAIR DO QUARTO
Passo 3
Luvas: 
O lado externo da luva está contaminado.
Segure o lado externo da luva com a outra mão com luva: retire-a.
Segure a luva retirada com a mão com luva.
Deslize os dedos da mão sem luva por dentro da luva na outra mão pelo punho
Retire essa luva sobre a primeira luva.
Descarte as luvas na lixeira (lixo contaminado) 
Passo 4
Avental
A parte frontal e as mangas do avental estão contaminadas
Afrouxe as tiras 
Empurre pelo pescoço e pelos ombros, tocando apenas a parte interna do avental
Retire o avental pelo avesso
1. Evitar o contato desnecessário com o paciente, com o leito e com objetos e equipamentos próximos. Evitar levar prontuários ou qualquer material desnecessário para as enfermarias.
2. Higienizar as mãos. Antes e após o contato com o paciente ou com o ambiente do paciente (mesmo sem contato com o paciente), antes de procedimento em sítio limpo e após procedimento em sítio contaminado.
3. Vestir avental de mangas compridas e luvas de procedimento: Utilizar para contato direto com o paciente ou fluidos corpóreos. Lavar as mãos imediatamente após retirar as luvas. O avental deverá permanecer dentro do quarto do paciente, próximo a porta de entrada. Sempre que possível, o avental deverá ser de uso individual. Os aventais deverão ser trocados pelo menos uma vez por turno. 
4. Equipamentos: desinfecção com álcool 70% de todos os equipamentos utilizados no paciente (termômetro, esfigmomanômetro, estetoscópio, etc). Quando possível manter o equipamento de uso restrito. 
5. Toda roupa de cama que sair do isolamento inclusive aventais, deverão ser acondicionados em sacos de lixo contaminado (brancos), devidamente identificados (ROUPAS DE CAMA POTENCIALMENTE CONTAMINADAS) e depositados no hamper localizados no expurgo da unidade.
6. Todo resíduo proveniente do paciente deverá ser considerado infectante, desprezados em sacos brancos. 
7. Visitas deverão ser restritas ao máximo.
8. Não retirar o paciente do isolamento sem contato prévio com a equipe do SCIH. 
9. Informar a equipe de limpeza na liberação do leito que se trata de paciente em isolamento de contato, para que seja realizada limpeza terminal. 
 
Recomendações Gerais:
Havendo necessidade de transportar ou transferir o paciente para algum setor, avisar com antecedência o setor para o qual está sendo transportado, de forma que seja atendido rapidamente ecom as devidas precauções básicas e adicionais. Objetos utilizados no transporte devem ser desinfetados.
Isolamento Respiratório por aerossóis;
Higienize as mãos antes e após o contato com o paciente. 
Mantenha a porta do quarto SEMPRE fechada e coloque a máscara antes de entrar no quarto. 
O transporte do paciente deve ser evitado, mas quando necessário o paciente deverá usar máscara cirúrgica durante toda sua permanência fora do quarto.
 Visitas deverão utilizar máscara ao entrar no quarto.
Isolamento Respiratório por gotículas;
Precaução Padrão: higienize as mãos antes e após o contato com o paciente.
 Obrigatório uso de luvas para manuseio de secreções.
 Visitas deverão utilizar máscara ao entrar no quarto.
Realizar desinfecção dos objetos e equipamentos com álcool 70% após o uso. 
O transporte do paciente deve ser evitado, mas quando necessário o paciente deverá usar máscara cirúrgica durante toda sua permanência fora do quarto.
Quando instituir um isolamento
• Pacientes submetidos às culturas de vigilância que tenham sido transferidos de outros hospitais, até o resultado negativo das mesmas;
• Pacientes colonizados ou com infecção por patógenos multirresistentes;
• Priorizar os pacientes com dispositivos invasivos ou ferida aberta (sítio cirúrgico, abscessos, drenos);
• Manter preferencialmente um profissional exclusivo para os cuidados do paciente;
• Avental e luvas de uso único;
• Lavar as mãos com anti-séptico ou utilizar álcool gel, antes e após o contato com o paciente ou material infectante;
• Uso de artigos (estetoscópio, aparelho de pressão, termômetros) individualizado para o paciente ou, se não possível, proceder à desinfecção de acordo com instituição;
• Processar os materiais e superfícies conforme especificado pela instutição.
Isolamento de Coorte
• Isolamento de coorte quando não há possibilidade de isolar os pacientes em quartos separados;
• Pacientes apresentando infecção ou colonização pelo mesmo patógeno e, se não for possível, manter paciente em leito nas extremidades da unidade com identificação;
• Manter distância entre os leitos;
• Realizar troca de paramentação entre o atendimento aos pacientes;
Cultura das secreções
Lembrar que pus é bactéria morta, provavelmente não crescerá germes;
Lembrar sempre que é preferível coletar qualquer material antes do início da antibióticoterapia, pois alguns antibióticos podem inibir o crescimento bacteriano nos meios de cultura, lavando a culturas negativas.
Realizar a limpeza prévia com remoção da secreção superficial do local com SF a 0,9%;
Secar;
Colher profundamente com swab estéril;
Encaminhar imediatamente ao laboratório;
Informar ao laboratório se o paciente está em uso de antibióticos; eles podem prolongar a incubação e mudar o meio de cultura para melhorar a chance de identificação do agente.
Cultura de Material Colhido durante a Cirurgia
Havendo suspeita de infecção durante a cirurgia, recomenda-se:
Coletar com pinça estéril ainda não utilizada, material do local suspeito, evitando colher secreção purulenta, o ideal é que sejam retirados fragmentos de tecidos e encaminhados para o laboratório; 
Trocar a pinça a cada nova coleta;
Colher pelo menos seis fragmentos para ter certeza;
O achado de microorganismo durante a cirurgia pode indicar a correta escolha de antibiótico para o tratamento posterior.
Erros mais frequentes em antibioticoterapia
Utilizar antibióticos de amplo espectro quando seria suficiente um de espectro menor;
Duração longa e desnecessária de um mesmo antibiótico;
Terapia endovenosa quando um antibiótico oral seria igualmente efetivo (ex: metronidazol);
Terapia combinada quando apenas um antibiótico seria suficiente;
Trocar/instituir o antibiótico antes que fique pronto o antibiograma;
Não ajustar a dose na insuficiência renal ou hepática;
Lavagem das mãos
A higiene das mãos é uma importante medida no controle das infecções em serviços de saúde, por isso tem sido considerada um dos pilares do programa de controle de infecção.
	Os profissionais da área da saúde, apesar de concordarem com este conceito, na prática não o fazem, ou seja, a falta de adesão a esta prática ocorre em diversos tipos de unidades, serviços e países.
Papel da Enfermagem no Controle de Infecção
A partir dos ensinamentos clássicos de Florence Nightingale, durante a guerra da Criméia, começou-se a delinear os cuidados de enfermagem para o controle de infecções. Neste sentido pode-se elencar algumas atribuições à enfermagem no controle de infecção:
INTERFACE COM VÁRIOS SETORES DO HOSPITAL;
FORNECER INFORMAÇÕES DENTRO DA ÁREA ESPECIFICA DE ATUAÇÃO PARA OS PROFISSIONAIS INTERESSADOS;
PARTICIPAR DAS VISITAS AOS SETORES PARA ANÁLISE E POSTERIOR RELATÓRIO ENTREGUE À DIRETORIA, COM BASE NO ROTEIRO DE INSPEÇÃO DAS UNIDADES E SETORES;
• Periodicamente a SCIH deverá realizar visitas às unidades visando definir as normas e trazer orientações para o bom controle de infecção;
• Instrumento de avaliação das Unidades demonstra os principais tópicos a serem examinados nesta visita;
• Apresentar o trabalho à direção do hospital o levantamento da realidade existente.
REALIZAR VISITAS EM UNIDADES DE ISOLAMENTO PARA VERIFICAR AS NORMATIVAS
RECOMENDADAS PARA PRECAUÇÕES E ISOLAMENTOS;
Observar a utilização do EPIs;
Observar o fluxo de entrada e saída do quarto do paciente;
Avaliar dúvidas existentes de pacientes, familiares e profissionais quanto a utilização do equipamento necessário.
ELABORAR E ATUALIZAR ANUALMENTE AS ROTINAS DE LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO PARA OS DIVERSOS SETORES DO HOSPITAL;
REALIZAR SEMESTRALMENTE CONTROLE DA QUALIDADE DA AGUA APÓS DESINFECÇÃO DAS CAIXAS D’AGUA, ATRAVÉS DE EXAMES DE POTABILIDADE E PESQUISA DE MICROORGANISMOS;
REALIZAR EDUCAÇÃO CONTINUADA
A educação continuada é a oportunidade para a reciclagem e atualização de todo o corpo do hospital;
É através do treinamento que procura-se modificar comportamentos, aprimorar técnicas e assim, reduzir as taxas de infecção;
COLABORAR COM OS DIVERSOS SETORES DO HOSPITAL QUANDO SOLICITADO PARECER NA ÁREA DE INFECÇÃO HOSPITAL
FORNECER JUNTO COM OUTROS MEMBROS DA CCIH, PARECER TÉCNICO QUANTO À AQUISIÇÃO DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS, BEM COMO REFORMAS E INSTALAÇÕES PREDIAIS.
REALIZAR ATRAVÉS DA BUSCA ATIVA A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS INFECÇÕES HOSPITALARES;
Passos para realizar a busca ativa:
Levantar diariamente os resultados de culturas microbiológicas;
Na unidade, verificar o uso de antibióticos, através da prescrição médica;
Verificar na evolução de enfermagem, relatos de sinais e sintomas sugestivos de infecção;
Visitar os pacientes à beira do leito, observando sinais e sintomas sugestivos de infecção e presença de fatores de risco;
Coletar informações junto a equipe da unidade quando necessário.
Caso haja dúvidas quanto à indicação de antibióticos ou tempo de uso, a informação é repassada aos médicos do SCIH, que discutirão o caso com o médico assistente.
ELABORAR AS TAXAS DE INFECÇÃO HOSPITALAR ATRAVÉS DOS DADOS COLETADOS;
NOTIFICAR AS TAXAS DE INFECÇÃO HOSPITALAR;
ENVIAR O RELATÓRIO DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS À SECRETARIA DE SAÚDE.
Investigação por Surtos
A investigação por surtos deve ter prioridade em relação a todas as outras atividades.

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