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Ciência Política e Teoria Geral do Estado UNIP Prof Bernardete

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Ciência Política P1 
              
Ciência Política e Teoria Geral do Estado
_ Aula 1   14/08/2017   Prof. (a) Bernadete
Trabalho baseado nos filmes: 
Paixão de Cristo _ Diretor Mel Gibson Império Romano (Estado), Nação Judaica dentro do Estado Romano
Gandhi _ Nascimento do Estado / Extinção.
Recomendação de leitura –“O Poder” de Gabriel Chalita. 
Para trabalho em classe no dia 18/09/2017. 
Assistir os filmes com olhar nas diferenças entre povo, nação e população.
O que é Ciência Política e ao que ela se propõe (Noções e Objetivos).
Ciência Política, TGE, e Direito Constitucional.
Disciplina síntese – sistematiza aspectos: sociológicos, políticos e jurídicos.
Sociedade e Estado. Conceito de Estado. Estado e Direito. Teorias Monística, Dualística e do Paralelismo. Teoria Tridimensional do Direito.
          
Ciência Política (muitos Doutrinadores Estrangeiros chamam a TGE de Ciência Política) - Segundo Dalmo de Abreu Dallari estuda a organização política e os comportamentos políticos – sem levar em conta os elementos jurídicos – é uma parte da Teoria Geral do Estado – analisa a prática dos fins do Estado e como pode alcançar esses fins. Essa Disciplina objetiva conhecer o Estado (sua estrutura).
Disciplina de síntese: sistematiza conhecimentos:
Jurídicos, Filosóficos, Sociológicos, Políticos, Históricos, Antropológicos, Econômicos e Psicológicos
Uma Ciência voltada a buscar o aperfeiçoamento do Estado – que é um fato social e uma ordem jurídica – que tem suas finalidades – que as quer alcançar com eficácia. 
                                                                                                                     
Observando a História os pensadores puderam chegar a generalizações e tirar conclusões científicas.  Nascendo aí essa ciência no final do século XIX. Não se pode desenvolver qualquer estudo ou pesquisa de Ciência Política sem considerar o Estado – já que é ele próprio lugar de exercício de poder e produtor de decisões. 
O Estado é pessoa jurídica que expressa sua vontade através de determinadas pessoas ou órgãos. É sujeito ativo de direito e obrigações jurídicas (previstas em normas jurídicas), e, portanto, seu Poder (do Estado) é jurídico sem perder seu caráter político.
Direito Constitucional estuda um determinado Estado, ou um grupo de Estados e suas Instituições, e a TGE estuda os princípios fundamentais do Estado e seus fenômenos peculiares.
Tem por finalidade estudar o Estado em todos os seus aspectos: origem, organização, o funcionamento e as finalidades, e visa, ainda, a compreensão dos diretos e obrigações, e das implicações jurídicas contidas no fato político ou que decorrem dele.
Pedro Calmon - diz que estuda a estrutura do Estado, sob os aspectos Jurídico, sociológico (social e político) e histórico.
Com a compreensão do Estado, de sua estrutura, opções políticas, sociais e jurídicas, podemos compreender o sistema normativo, seus valores e princípios, que estarão presentes em todos os ramos do Direito. 
A vida em Sociedade traz benefícios ao homem, mas também uma série de limitações, afetando sua liberdade individual. Mas apesar disso o homem continua vivendo em Sociedade. Por que?
                                                                                                                  
Antes de Definir Sociedade – Vamos analisar o porquê de sua formação. Segundo o Prof. Dalmo de Abreu Dallari tanto o pensamento que a sociedade natural é fruto da própria natureza humana, como a ideia que a sociedade é tão somente a consequência de um ato de escolha, tem respeitáveis adeptos, e por isso é importante que se faça a análise de ambas as afirmações, para concluir sobre a exata posição do indivíduo na sociedade e no Estado.
Teoria Naturalista:
Aristóteles já dizia que “o homem é naturalmente um animal político”. Somente um indivíduo de natureza vil ou superior ao homem viveria isolado sem que fosse obrigado a isso.
Cícero dizia “que a primeira causa da agregação de uns homens a outros é menos a sua debilidade do que um certo instinto de sociabilidade em todos inato; a espécie humana não nasce para o isolamento e a vida errante, mas com uma disposição que, mesmo na abundância de todos os bens, a leva a procurar o apoio comum. ”
         
Santo Tomás de Aquino (seguidor de Aristóteles) afirmava que “O homem é por natureza um animal social e político, vivendo em multidão, ainda mais que todos os outros animais, o que se evidencia pela natural necessidade. ”
                                    
Ranelletti – diz que só associado a outros seres humanos o homem pode conseguir todos os meios necessários para satisfazer as suas necessidades. Só com a convivência e cooperação dos semelhantes o homem pode beneficiar-se das energias, dos conhecimentos, da produção e da experiência dos outros, acumuladas através de gerações. Assim a humanidade pode desenvolver-se e aperfeiçoar-se, no campo intelectual, moral ou técnico, e atingir os fins de sua existência. Afirma que o homem é naturalmente um ser social e político, portanto propenso a se agrupar por instinto, por uma necessidade natural, e não apenas por qualquer debilidade. Esse impulso natural de associar-se a outros homens não elimina a participação da vontade humana. Conhecedor dessa necessidade o homem sensato procura favorecê-la.
Teoria Contratualista:
Contudo, existem autores que se opõem totalmente a esse fundamento natural da sociedade afirmando que a Sociedade é tão somente produto de acordo de vontades, ou seja, é fruto de um contrato hipotético celebrado entre os homens. Por isso esses autores são chamados de contratualistas.
Thomas Hobbes (1651- “Leviatã”) – Acreditava que o homem vive inicialmente em “estado de natureza” quando o homem não tem suas ações reprimidas, ou pela razão ou pela presença de instituições políticas eficientes. Diz que esse estado (de natureza) é uma permanente ameaça, que estará sempre presente quando a paixão silenciar a razão ou a autoridade fracassar. Os homens nesse estado são egoístas, luxuriosos, inclinados a agredir os outros e insaciáveis, condenando-os a vida solitária, pobre, repulsiva, animalesca e breve.
Diz que é a razão que interfere e leva o homem a celebrar o que chama de contrato social. Para buscar a paz (pelo esforço ou pela guerra), renunciando para isso o seu direito ilimitado se os outros também o fizerem, para o bem comum (mutua transferência de direitos). Acredita que a vida social só é possível em razão desse contrato social, mantido pelo poder do Estado (chama de poder invisível). E diz que mesmo um mau governo é melhor do que o “estado de natureza”. A vontade do Estado é lei (mesmo que seja moralmente errada) e sua desobediência é injusta. Hobbes sugere o absolutismo e suas ideias ofereciam solução para alguns conflitos do séc. XVII (na Inglaterra). 
Especialmente na França no século seguinte (XVIII) é rebatida tal teoria – de que se necessitava combater o “estado de natureza”, negando que a sociedade tinha como papel o combate desse estado. Também contratualistas:
Montesquieu apesar de combater a teoria de Hobbes, pois sustenta que a natureza humana é boa, que o homem procura a paz e o desenvolvimento, vive em sociedade em razão de suas necessidades, e sente-se mais seguro vivendo assim.  Mas não afasta a existência de um contrato social.
Vem Rousseau e afirma que a ordem social é um direito sagrado e que serve de base para todos os demais direitos. Diz ainda que esse direito é proveniente de convenções (contratos). E assim, mesmo acreditando na bondade humana diz que a sociedade tem como fundamento à vontade e não a natureza humana. Ou seja, o homem consciente de que não sobreviveria só, em razão de suas dificuldades, encontra uma forma de associação que o defenda e proteja, a si aos outros e aos bens de cada um. Esse ato associativo produz um corpo moral e associativo, que é o Estado. Essa Associação de Indivíduos passa a atuar soberanamente no interesse do todo (englobaa vontade de cada um e forma a vontade geral – síntese). Rousseau também afirma que o Estado protege não só a liberdade natural, mas também a igualdade natural, mesmo diferentes fisicamente, iguais de direito.
ESTADO
         
O Estado é também uma sociedade, posto que “se constitui essencialmente de um grupo de indivíduos unidos e organizados permanentemente para realizar um objetivo comum”.
Considerado como uma sociedade política, porque é hierarquizada na forma de governantes e governados e tem uma finalidade que é o bem público, tendo sua organização determinada por normas de direito positivo.  (também agrega várias sociedades em si mesma).
                                                                                                   
Para muitos, o Estado é considerado uma sociedade natural – em razão da necessidade do homem viver em sociedade e assim aspiram naturalmente o bem público. Mas é também uma obra de inteligência, ato de vontade dos membros do grupo ou grupos que exercem o governo e influência.
Para alguns autores predomina a natureza do homem para outros a sua vontade. Para outros, ambas as causas estão presentes, sendo a natureza humana e racional a causa primária, e a vontade é o que o (homem) impele a instituir as diversas sociedades políticas no decorrer da história.
De quase todas as sociedades (ou grupos sociais) o indivíduo ingressa e se retira voluntariamente. Com exceção da família que ingressa involuntariamente e do Estado que jamais se emancipa de sua tutela.
Todas as outras sociedades a que o homem pode pertencer são reguladas pelo Estado. Sendo que todas as obrigações assumidas nas outras sociedades somente serão cumpridas se reconhecidas pelo Estado, posto que somente ele tem legitimidade tornar efetiva a obediência. Ex. contrato com a CPFL ou jogo do bicho.
O Estado pode (tem possibilidade - não de permissão) impor impostos esmagadores ou proibir a prática de uma religião ou culto, obrigar seus cidadãos a guerrear mesmo que injustamente, negar o acesso à cultura ou educação e impedir o desenvolvimento da personalidade de tantos. Por quê?
Autoridade – direito de mandar e dirigir, de ser ouvido e obedecido. Tem que ser legitima para exigir obediência.
Poder – é a força por meio da qual se impõe a obediência.
A autoridade requer o poder – Mas o poder que não deriva da autoridade é tirania.
A Autoridade é intrínseca ao Estado – seu modo de ser. E o Poder é um de seus elementos essenciais.
Direito – normas que organizam o Estado e estabelecem as condições sociais necessárias para realizar o bem comum.
Assim, o Estado é uma sociedade organizada política e juridicamente para realizar o bem público, com governo próprio em um determinado território.     
Só observando a história podemos concluir que o Estado não é imutável. O Estado Antigo, o Estado Medieval, o Estado Absolutista e o Estado influenciado pela Revolução Francesa (Modernos), eram totalmente diferentes do Contemporâneo. As correntes filosóficas e doutrinas políticas sempre estabelecem um paralelo entre o Estado real e ideal.  O que impulsiona as transformações pacíficas ou não dos Estados (ou Sociedade Políticas). 
O termo Estado entra na terminologia política dos povos ocidentais no século XVI, vindo da expressão que, se referia as três classes que formavam a população dos países europeus: a nobreza, o clero e o povo.
Estado tem uma face social (relativa à sua formação e ao seu desenvolvimento – por fatores socioeconômicos), outra jurídica (relativa à sua ordem jurídica) e outra política (relativa às suas finalidade e modo de governo - conforme aspectos culturais de cada povo).
Por isso, quando se estuda o Estado além do aspecto jurídico (ordem jurídica) leva-se em conta o aspecto político-social (sua formação, desenvolvimentos, finalidades e modos de governo), já que o Estado não se reduz às normas, deve atingir objetivos, que, se forem mudando, vão também se alterando as normas.
ESTADO e DIREITO.
O Estado é a sociedade organizada político-juridicamente para realizar o bem público, com governo próprio, em um determinado território.
         
Direito – normas que organizam o Estado e estabelecem as condições sociais necessárias para realizar o bem comum. (norma jurídica organizadas sistematicamente).
O Estado deve procurar o máximo possível a juridicidade, ou seja, estar de acordo com o Direito – ser legal e legítimo, para reduzir a margem de arbítrio e discricionariedade e assegurar a existência de limites jurídicos à ação do Estado.
Na ordem jurídica estão sintetizados os elementos do Estado, mas sem reduzi-lo a ela.
O Poder político é o poder social que é conferido ao Estado para a obtenção do controle dos homens e influencia no próprio comportamento do Estado. Por isso se estabelece limites jurídicos, a fazer com que o próprio povo exerça o poder político (mesmo que de forma indireta). Assim o Poder Político é a arte de unificar e organizar as ações humanas e dirigi-las para um fim comum.
Segundo Sahid Maluf o “Estado é uma organização destinada a manter, pela aplicação do Direito, as condições universais de ordem social. E o Direito é o conjunto das condições existenciais da sociedade, que ao Estado cumpre assegurar. ” (direito objetivo /positivo – direito subjetivo)
Três Doutrinas sobre o Direito e o Estado:
     1) Teoria Monística: Chamada de Estatismo Jurídico – para a qual os dois fenômenos se confundem numa só realidade. Preconizada por Hegel (1770-1831 Alemão), Hobbes (1588-1679 Inglês) e Jean Bodin (1530 -1596 Francês). Adotada e desenvolvida por Ihering (1818- 1892 Alemão) e John Austin (1790-1859 Inglês), alcançando sua expressão máxima com Jellinek (1851-1911 Austríaco) e Kelsen (1881-1973 Austríaco).  Para esse só existe o Direito Estatal (fonte única do direito) não existindo qualquer regra jurídica fora do Estado, só ele tem a força coativa para a aplicação do Direito – “Regra jurídica sem coação é uma contradição em si, um fogo que não queima, uma luz que não ilumina. ” Rudolf Von Ihering.
    2) Teoria Dualística – Também chamada Pluralística - para esses doutrinadores Estado e Direito são realidades distintas, independentes e inconfundíveis. O Estado não é a única fonte do Direito. Provém do Estado só uma categoria especial do Direito: o Direito Positivo.  Para eles existem outras espécies de Direito como o direito natural, as normas de direito costumeiro e as regras que se firmam na consciência coletiva, o direito canônico. Para eles o Direito é uma criação social e não estatal. É um fato social de contínua transformação que o Estado deve positivar. Defendida por Gierke (1841- 1921 Alemão) e Gurvitch (1894 -1965 Russo), dentre outros.
    3) Teoria do Paralelismo – ou eclética - segundo essa teoria o Estado e o Direito são realidades distintas, porém necessariamente interdependentes. Adotou a concepção racional da graduação da positividade jurídica. Defendida por Giorgio Del Vechio (1878-1970 Italiano). Reconhece a existência do direito não-estatal, que se desenvolve fora do Estado e gradualmente vai se positivando. O ordenamento jurídico do Estado é chamado como o “verdadeiramente positivo”.
Teoria Tridimensional do Direito.
Miguel Reale (São Bento do Sapucaí, 6 de novembro de 1910 — São Paulo, 14 de abril de 2006) foi um filósofo, jurista, educador e poeta brasileiro, formulador da Teoria Tridimensional do Direito.
Onde a tríade fato, valor e norma jurídica compõe o conceito de Direito. Em linhas muito simples, um determinado fato é desvalorado ou valorado através de uma norma jurídica.
“Direito não é só norma, como quer Kelsen, Direito, não é só fato como rezam os marxistas ou os economistas do Direito, porque Direito não é economia. Direito não é produção econômica, mas envolve a produção econômica e nela interfere; o Direito não é principalmente valor, como pensam os adeptos do Direito Natural tomista, por exemplo, porque o Direito ao mesmo tempo é norma, é fato e é valor. ” (REALE,2003,p. 574)
          
Encara o Direito como uma integração do “ser’ e “dever ser”. É fato e é norma, pois é o fato integrado na norma exigida pelo valor a realizar. Para essa corrente é uma realidade cultural (constituída historicamente pelo homem) que encontra sua integração no ordenamento jurídico.
Da mesma forma que o Direito, o Estado não é apenas um sistema de normas, e nem tampouco um fenômeno puramente sociológico. Não é somente uma organização fática do poder público (fato social), nem simplesmente a realização do fim da convivência social (valores socioculturais), como também não se explica só pela sua função de órgão produtor e mantenedor do ordenamento jurídico (normas jurídicas). É sua reunião harmônica que se compõem dialeticamente.
A Teoria Geral do Estado estuda o Estado em seu tríplice aspecto (social, jurídico e político) e a Ciência Política preocupa-se, principalmente, com o aspecto prático relativo ao exercício do poder. Portanto, enquanto “...a Teoria Geral do Estado preocupa-se em estudar o fenômeno político por excelência, qual seja, o Estado, como pessoa jurídica dotada de um poder soberano e de um ordenamento jurídico visando ao bem comum, a Ciência Política preocupa-se com os aspectos práticos do exercício do referido poder” 
FATO,VALOR E NORMA integram o Estado: como FATO é uma relação permanente do Poder, com uma discriminação entre governantes e governados (aspecto sociológico – organização social como um fato) ; é também um VALOR (ou um complexo de valores) para o qual o poder se exerce (finalidade)- (aspecto filosófico – fenômeno sociocultural); e é um sistema de NORMAS que expressa a forma de exercer o poder, e atualiza os valores através da convivência social (aspecto jurídico – vê o Estado como órgão central de positivação do Direito).
Direito Natural – Emana da Natureza independente da vontade do Homem (Cícero) e independe da vontade do Estado (Aristóteles), é anterior e superior ao Estado, imutável, de origem divina.
Direito Positivo - Depende da vontade humana e da garantia dada pela força coercitiva do Estado. É o Direito Escrito: Leis, Decretos, Regulamentos, etc. Varia no espaço e no tempo.
Direito Positivo Fenômeno Histórico-Cultural – Consiste num sistema normativo. É o conjunto sistemático de normas jurídicas válidas em um país, que regram o comportamento de seus habitantes, uns em relação aos outros, e entre eles e o Estado.
Direito Positivo é formado pelas prescrições dispostas pela ordem jurídica em vigor, em seus diversos níveis hierárquicos.
Divisão Didática do Direito:
                                        Constitucional
                    PÚBLICO    Administrativo - Urbanístico
                                        Econômico e Financeiro
DIREITO                         Tributário
POSITIVO                       Processual
Interesses                      Penal
Públicos                         Internacional Público
ou Privados               
                 DIFUSO       do Consumidor
                           Ambiental
SOCIAL       do Trabalho
                    Previdenciário
PRIVADO      Civil
                                       Comercial                       
                                       Internacional Privado
Questões para a classe:
1) O que é uma Sociedade? Por que o homem vive em sociedade?
Sociedade é todo grupo de indivíduos que se reúnem para atingir uma(s) finalidade(s) em comum, organizada de forma mais natural. Com 3 características essenciais, sendo essas: finalidade, manifestação de conjunto ordenado e poder social.
Porque a sociedade é o produto da conjugação de um simples impulso associativo natural e da cooperação da vontade humana.
2) Viver em sociedade é ato de vontade ou um imperativo da natureza humana? Quais das duas teorias filosóficas sobre essa questão?
É ato da vontade humana. A teoria naturalista pois, afirma que o homem é naturalmente um ser social e político, portanto propenso a se agrupar por instinto, por uma necessidade natural, e não apenas por qualquer debilidade. 
3) O Estado é uma Sociedade. Por que?
Sim, porque o estado por definição se constitui da mesma forma que a sociedade, através de um grupo de indivíduos unidos e organizados permanentemente para realizar um objetivo comum.
4) O que é autoridade e o que é poder?
Autoridade é o direito de mandar e exigir, de ser ouvido e obedecido. Tem que ser legitima para exigir obediência. O poder é a força por meio da qual se impõe a obediência.
5) Defina Estado.4ewa
Estado é uma sociedade organizada política e juridicamente para realizar o bem público, com governo próprio em um determinado território.
6) Como o Estado faz cumprir com sua finalidade e possibilita o convívio social?
Através da sua organização que é determinada por normas do direito positivo.
7) Direito e Estado são uma realidade única? Ou são distintas e independentes? Ou distintas e interdependentes? Indique a Teórica que justifica sua resposta.
São, porque conforme os conceitos de direito e estado a teórica mais qualificada seria a teoria monística, por ser necessário a presença do estado na elaboração do direito positivo e sendo do estado o papel de manter aplicação do Direito.
8) Como veem o Estado e o Direito as teorias: Monística, Dualística ou do Paralelismo?
Teoria Monística: Estado e governo confundem-se em uma única realidade. Só existindo o direito estatal, pois não admitem a ideia de qualquer regra jurídica fora do estado.
Teoria Dualística: Estado e Direito são realidades distintas e independentes e inconfundíveis. O Estado não é a única fonte do Direito nem com este se confunde, pois o Estado é apenas uma categoria especial do Direito: direito positivo. Acredita-se no direito natural, direito costumeiro e outros que tendem a adquire positividade.
Teoria do Paralelismo: Estado e Direito são realidades distintas, porém necessariamente interdependentes, reconhecendo a existência do direito não-estatal, que se desenvolve fora do Estado e gradualmente vai se positivando.
9) O que é o Direito para a Teoria Tridimensional do Direito?
Para Miguel Reale o Direito integra o "ser" e "dever ser". É fato e é noma, pois é o fato integrado na norma exigida pelo valor a realizar.
10) Quais são os diferentes aspectos que podemos estudar o Estado?
Aspectos sociológicos - organização social como um fato;
Aspectos filosóficos - fenômeno sociocultural;
Aspectos jurídicos - vê Estado como órgão central de positivação do Direito.
11) O que é Direito Positivo?
É o conjunto sistemático de normas jurídicas válidas em um país, que regram o comportamento de seus habitantes, uns em relação aos outros, e entre eles e o Estado.
Ciência Política e Teoria Geral do Estado
_ Aula 2   21/08/2017   Prof. (a) Bernadete
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS E ESSENCIAIS DO ESTADO
Seus elementos constitutivos (intrínsecos – referentes a sua estrutura): Povo, território e poder soberano (ou soberania).
                E por isso se fazem necessárias algumas definições.
Nação – conceito de ordem subjetiva - unidade sócio psíquica. Forma-se por fatores: 
a) naturais (idioma, território e etnia); 
b) históricos (tradições, costumes, religião e leis);
c) psicológicos (aspirações comuns, consciência nacional, etc.) – Conjunto de pessoas ligadas entre si por vínculos permanentes: sangue, idioma, religião, cultura e ideais, etc.     É anterior ao Estado.
 
A Nação é formada por um grupo de pessoas com vínculos permanentes, nem sempre objetivos. 
População - conceito aritmético, quantitativo, demográfico que designa a massa total dos indivíduos que vivem dentro das fronteiras e sobre a égide da lei de um determinado país. Incluindo a todos (estrangeiros, apátridas, etc.).
Povo – genericamente equivale à população, mas estritamente refere- se à nação (ex. povo brasileiro). É o primeiro elemento constitutinte do Estado. Embora se aproxime ao conceito de população, está estreitamente ligado com o conceitode Nação, pois é um grupo de pessoas que possuem vínculo com o Estado e interfere na vontade Estatal. 
Raça – unidade bio-antropológica. Pode haver uma nação com várias raças e de uma raça podem nascer várias nações.
Estado – conceito de ordem objetiva - um agrupamento humano ou uma sociedade, estabelecida em um território e submetido a um poder soberano, que lhe dá unidade orgânica.  Clovis Beviláqua.
Um povo, em um dado território, só é visto como um Estado, quando conquista sua independência com relação a outros Estados. (Tem poder soberano).
ELEMENTOS DO ESTADO
Povo – primeiro elemento do Estado (sem seres humanos não há de se cogitar em Estado).
          Deve se considerar o requisito homogeneidade qualificador da população – chegando mais próximo do conceito de nação. Não envolve a ideia de raça (homogeneidade racial). Deve ser uma unidade ético-social que forma uma unidade política. Só os nacionais participam da vontade estatal, já que os estrangeiros não 
possuem direitos políticos.
         
Em Estados criados arbitrariamente por deliberação – a partir de aglomerados heterogêneos, criados por convenções ou tratados internacionais – sua existência será precária ou tumultuada. Sempre que reuniram grandes nações ou as separaram, pela força ou por conveniência de alguns, nunca lograram êxito.
TERRITÓRIO
Base física, elemento físico, âmbito geográfico da Nação. Kelsen “âmbito de validez da ordem jurídica”. Uma nação pode se constituir sem território, mas um Estado não (nação judaica – desde a expulsão de Jerusalém até a partilha da Palestina).
É o espaço certo e delimitado onde se exerce o poder do governo sobre os indivíduos. É patrimônio do povo e não do Estado.
Compreende supra-solo, subsolo e mar territorial (marítimo e fluvial). O espaço de validade da ordem jurídica:
     a) o solo contínuo e delimitado;
     b) o solo insular e demais regiões separadas do solo principal;
     c) rios, lagos e mares interiores;
     d) os golfos, baías, portos e ancoradouros;
     e) rios e lagos divisórios;
     f) o mar territorial e respectiva plataforma marítima (200 milhas no Brasil);
     g) subsolo;
     h) espaço aéreo (supra-solo);
      i) navios mercantes e aeronaves (em águas brasileiras e alto mar ou espaço aéreo correspondente);
      j) navios ou aeronaves de guerra (públicas ou a serviço do país- art. 5ºCP) onde quer que estejam;
     k)  edifícios das embaixadas e legação em países estrangeiros.
FINALIDADE OU FINS
É impossível chegar a uma ideia de Estado sem pensar em seus fins. Inclusive há quem entenda que legitimação de todos os atos do Estado depende de sua adequação às suas finalidades. Além disso, sendo uma Sociedade, como vimos, a reunião de indivíduos sempre visará uma finalidade.
Porém pode haver circunstâncias que o Estado é forçado a se afastar de suas finalidades e ceder a outros fins que não os seus. Mas há uma estreita relação entre seus fins e as funções que desempenha.
Muitas vezes há uma exaltação exagerada de uma das finalidades em detrimento das outras, como por exemplo, se o Estado supervaloriza as funções econômico-financeiras ou a obsessão pela ordem e exige uma disciplina férrea que elimina a liberdade (que é um dos valores fundamentais da pessoa humana).
         
          Existe a classificação em fins objetivos e fins subjetivos.
Objetivos – aqueles comuns a todos os Estados de todos os tempos, como desenvolvimento, bem-estar, convívio pacífico, etc.
Subjetivos – síntese dos fins individuais, mudando de Estado para Estado, ou no mesmo Estado com o decorrer do tempo. Ex. “construir uma Sociedade livre, justa e solidária. Art. 3º, inciso I, da CF do Brasil.
         
GOVERNO SOBERANO /PODER/ PODER SOBERANO OU SOBERANIA
Sahid Maluf considera a soberania a força impulsionadora e geradora do elemento governo. Porém, muitos autores colocam o governo com implícito na Soberania/Poder Soberano, ou apenas como meio pelo qual se atinge seus fins.
Como afirma o Prof. Dalmo de A. Dallari, o poder é um dos elementos essenciais do Estado, posto que é uma sociedade que não pode existir sem Poder (para o exercício da autoridade). Afirma também que a soberania é uma das qualidades desse Poder Estatal.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO – Estado antigo. Estado Grego. Estado Romano.
Classificação:
Estado Antigo -– período de 3000 a.C. até o séc. V da era cristã (queda do império romano – metade ocidental.
– Teocrático (poder divino) e politeísta – a monarquia absoluta exercida em nome dos deuses tutelares dos povos (o monarca representante das divindades – descendentes dos deuses). Eram mantidos por força de armas.  Com grandes diferenças sociais (nobres/ chefes militares e sacerdotes de um lado, e parias e escravos do outro) em sistema de castas.
Estado Oriental – deixa como legado para a humanidade a matemática (no Egito) e a astrologia (na Mesopotâmia). Como também o Código de Hamurabi (Babilônia) e os Livros dos Mortos (Egito) de onde se podem extrair princípios basilares da ordem social que serviram como inspiração para a legislação moderna. Apareceram também as grandes religiões educadoras dos povos: o budismo, o cristianismo e o islamismo.
Destaca-se o Estado de Israel por seu feitio mais humano e racional (monoteísta). Com características democráticas já que todos tinham a proteção da lei, inclusive contra o poder público. O povo não tinha participação efetiva na vontade do Estado, mas os fracos e desamparados eram protegidos, fossem cidadãos ou escravos, nacionais ou estrangeiros.
Estado Grego - se caracteriza nitidamente pela separação de religião e política.
Estado Romano – distinguia o direito da moral, enquanto império foi expressão máxima da concentração política e econômica.
 Com a queda da realeza primitiva, plebe numerosa começaram a conquistar seus direitos de cidadania. A partir do século II a.C. o exército romano tornou-se uma força mercenária, composta de cidadãos de pouco recursos que viam, nas vitórias dos generais que os comandavam, a possibilidade de obter terras e riquezas na final de cada campanha.
As estruturas políticas das cidades-estados de Roma, com suas velhas instituições (magistraturas, assembleias, senado – com seu caráter oligárquico), não conseguiram dar contas das pressões e interesses conflitantes, desencadeando sangrentas guerras civis até a constituição do Principado, o Império.
Em 27 a.c. deu início ao Império Romano (alguns indicam outras datas 44a.c. ou 31 a.c.). Por influência do Cristianismo desapareceu a noção de superioridade dos romanos, que sempre foi a base da unidade do Estado Romano,  com isso se deu o começo do fim do império, com a desintegração do Império Romano no Ocidente,  dando início a IDADE MEDIA, no século V (em 476 d. C.),  e consequentemente ao Estado Medieval.
Estado Medieval – Características: o cristianismo; a invasão dos bárbaros; e o feudalismo. A partir do séc. XVI, nova expressão de descentralização do poder, mas com preeminência do Papado sobre o governo temporal. Estado Feudal – oriundo da invasão dos bárbaros, expressão da descentralização política, administrativa e econômica, e complexa fusão de valores culturais romanos e germânicos. Vários centros de poder – como: reinos, senhorios, as comunas (cidades/comércio), organizações religiosas, corporações de ofícios – todos com autoridade e independência, e não se submetiam à vontade do Imperador; Conflitos entre o Papa e o Monarca. Feudalismo, estabeleceu três institutos jurídicos acabavam por confundir o setor público e privado: a Vassalagem; o Benefício família, podendo ainda estabelecer-lhes regras de comportamento; e a Imunidade.
A IDADE MÉDIA termina com o fim do Império Romano do Oriente, com a Queda de Constantinopla, no século XV (em 1453 d.C.), quando surge o movimento renascentista.
Estado Moderno
Estado com Absolutismo Monárquico - inicia no século XV e é um período de transição para os tempos modernos -  a nobreza reagiu contra a descentralização feudal da IdadeMédia – contra o controle da Igreja Romana. A reação das próprias populações escravizadas, o desenvolvimento da indústria e do comércio, e as novas ideias racionalistas (conhecimento apenas advindo da razão) minaram a estrutura feudal, fazendo surgir as nacionalidades e a restauração do Estado. As próprias populações sacrificadas pelo regime de vassalagem procuraram refúgio na unidade do Estado. 
De outra parte, os conflitos entre a Igreja e os Monarcas foram constantes no Estado Medieval especialmente no final da Idade Média (sec. XV), em razão da disputa do poder. A igreja romana também começou a sofrer ataques do liberalismo religioso e da filosofia racionalista, e reagiu de maneira vigorosa, e ao mesmo tempo o governo temporal entrou abertamente em luta contra o Papado.
Assim as monarquias viram-se liberadas do poder da Igreja e fortalecidas pela dissolução do feudalismo, e caminharam para centralização absoluta do poder
Estado Liberal – implantado pela revolução francesa e baseado no princípio da soberania nacional.
Estado Social – surge a partir da primeira guerra mundial – com diversas variantes.
SOBERANIA. Poder Soberano.
Dalmo de Abreu Dallari – afirma que soberania é um dos temas que muito tem atraído cientistas de todas as disciplinas: Filósofos do Direito, Cientistas Políticos, Historiadores das Doutrinas Políticas, dentre outros que objetivam o estudo das teorias e fenômenos jurídicos e políticos, e isso deu origem a muitas teorias, farta bibliografia e algumas distorções em razão de conveniências. Diz ainda ser a característica fundamental do Estado (a coloca como elemento).
No Estado da Antiguidade (até o fim o Império Romano do Ocidente) – não se encontra qualquer noção que se assemelhe a soberania. Isso ocorria porque o Estado tinha como função muito específica de estabelecer ordem e tributar, e não havia oposição ao Poder do Estado por outros Poderes. Aristóteles dizia que as Cidades-Estado eram dotadas apenas de Autarquia – autossuficiência do Estado -  sem indicar supremacia de poder.
Somente durante a Idade Média que o tema começa a ganhar importância (aparecem inúmeras ordenações independentes – inclusive confundindo as atribuições do Estado com as de outras entidades, como por exemplo: os feudos).
Teoria da Soberania Absoluta do Rei - teorias teocráticas
A partir do séc. XIII o Monarca vai ampliando sua esfera de competência exclusiva adquirindo o poder supremo de justiça e de polícia, até conquistar também o poder legislativo. O Rei era soberano em todo o reino – e vai cada vez mais adquirindo o caráter absoluto – até ser supremo. No final da idade média os monarcas têm supremacia - ninguém lhes disputa o poder- de origem divina do poder – nasce o absolutismo monárquico. Assim a soberania do séc. XVI aparece pela primeira vez como conceito teórico. Soberania era originária, ilimitada, absoluta, perpétua e irresponsável em face de qualquer outro poder temporal ou espiritual.  O Monarca era o representante de Deus e todo o poder se concentra nele. Começou a firmar-se nas monarquias medievais e se consolidou nas monarquias absolutistas.
Bodin diz ser um poder absoluto e perpétuo, tendo como limitações as leis divinas e naturais (de Deus). Outros autores acrescentaram como característica a inalienabilidade.
Teoria da Soberania Popular - teorias democráticas
Dois séculos mais tarde (1762) Rousseau – transfere a titularidade da soberania – da pessoa do governante para o povo. Diz que o contrato social gera o corpo político denominado Estado enquanto passivo, denominado Soberano quando ativo e Poder quando comparado com outros Estados. 
Diz que a soberania é inalienável e indivisível.  Afirma que quando o poder absoluto, que o pacto social dá ao Estado, é dirigido pela vontade geral é soberania. O poder absoluto e inviolável não pode ultrapassar os limites das convenções gerais, ou seja, o poder do monarca é limitado pela vontade geral e as exigências aos súditos devem ser iguais a todos.  Soberania popular - sustenta a limitação da autoridade e o direito de resistência do povo - reconhecia o poder real como soberania constituída – reconhecia um poder maior exercido pelo povo.
Essas ideias (burguesia contra a monarquia absoluta) atingem seu ponto forte na Revolução Francesa.
Teoria da Soberania Nacional - teorias democráticas 
Essa ideia de Soberania Popular exerceu grande influência na teoria da Soberania Nacional – no começo do séc. XIX – Soberania expressão do Poder Político. Concebe a nação como sendo o próprio povo numa determinada ordem.
Teoria da Soberania do Estado - Escolas Alemã e Austríaca
E surge na Alemanha a teoria da personalidade jurídica do Estado – e aponta-o como o titular da soberania – Ninguém pode desobedecê-lo – pois seria transgressão à soberania.
No séc. XX – Surgiram muitos conceitos de Soberania:
·       Poder do Estado
·       Qualidade do Poder do Estado
·       Expressão da unidade de uma ordem (Kelsen)
·       Qualidade essencial do Estado (Reale)
·       Nota essencial do Poder do Estado
·       Elemento essencial do Estado e qualidade do Estado (o caracteriza).
Dalmo de Abreu Dallari – diz ainda que em todas as teorias a noção de soberania estão ligadas a uma concepção de poder. O que diferencia tais concepções é uma evolução do sentido eminentemente político para uma noção jurídica.
Concepção meramente política - a soberania expressa a plena eficácia do poder. Por esse conceito o poder soberano não se preocupa em ser legítimo ou jurídico – apenas se importa em ser absoluto (não admite confrontações).
Concepção meramente jurídica -  a soberania é o poder de decidir em última instância sobre a atributividade das normas (a quem pertence o direito) –  expressa a eficácia do direito. É o poder jurídico utilizado para fins jurídicos. O Estado decide qual é a regra aplicável em cada caso. Não há Estados mais fracos ou mais fortes já que a noção de direito é a mesma.
Terceira concepção -  Culturalista - Miguel Reale – Não admite que Soberania seja uma mera força (concepção política) nem tão pouco apenas fenômeno submetido ao direito. E conceitua: como sendo o “poder de organizar-se juridicamente e de fazer valer dentro de seu território a universalidade de suas decisões nos limites dos fins éticos de convivência”. (delimitadores: direito e fins éticos de convivência - valores).
Características da Soberania:
Una (em um Estado não se admite a convivência de duas soberanias), Indivisível (não se admite várias partes separadas da mesma soberania), inalienável – não se negocia – quem a perde desaparece, e imprescritível – não tem prazo de duração
Ainda, para Zancucchi (doutrinador italiano), é Poder:
           Originário – nasce quando nasce o Estado (atributo inseparável).
           Incondicionado – limites impostos pelo próprio Estado.
           Coativo – o Estado ordena e faz cumprir coercitivamente.                                      
 O poder soberano é superior a todos os demais (individuais ou grupais) internamente – poder jurídico mais alto - e externamente com significação de independência sendo que nenhum outro poder lhe é superior (são iguais).
Mas pode ser delimitado. A Teria da Autolimitação do Estado afirma que ele sujeita-se voluntariamente a normas jurídicas, não implicando em sua diminuição.
Existe ainda Teorias Teocráticas (Poder Divino) – Predominância no fim da Idade Média – e Teorias Democráticas (Poder do Povo).
Sahid Maluf – não coloca a Soberania como sendo o quarto elemento posto que Estado sem soberania não é Estado. É a autoridade superior que não pode ser limitada por nenhum outro poder. Diz ser, o Estado, fonte do poder soberano. Em uma federação como o Brasil os Estados membros não são soberanos, são autônomos. Somente a União exerce soberania.
Soberania – Capacidade de impor, em última instância, a própria vontade, para realizar o direito justo. Autoridade superior que sintetiza politicamente a energia coativa nacional segundo o direito.Autonomia – capacidade de governar. Direito ou Faculdade de se reger por leis próprias, mas condicionada a um poder normativo dominante.
Fonte (ou titularidade) do Poder Soberano:
Para as teorias carismáticas (ou teocráticas) – o poder vem de Deus e se concentra na pessoa do soberano.
Para as teorias democráticas – o poder provém da vontade do povo (soberania popular). Evolução –povo (massa amorfa integrante numa ordem) depois nação (conjunto de indivíduos ligados por vínculos permanentes integrante numa ordem).
Para as escolas alemã e vienense – a soberania provém do Estado (soberania estatal) – O Estado personalidade jurídica -  tem vontade própria (que pode ser formada pelo povo)
Dessas três derivam outras tantas – desdobram em várias ramificações – em várias escolas e doutrinas.
Teoria da Soberania Absoluta do Rei
Teoria da Soberania Popular
Teoria da Soberania Nacional
Teoria da Soberania do Estado - Escolas Alemã e Austríaca
Teoria Negativista da Soberania – Soberania não existe concretamente apenas existe a crença na Soberania - não há direito natural ou fonte de normatividade jurídica que não seja o próprio Estado - a soberania se resume em mera noção de serviço público. O homem se dignifica em prostrar-se perante a lei para se livrar de ajoelhar perante o tirano.
Teoria Realista ou Institucionalista – atributo do poder de auto-organização e autodeterminação – Soberania originária da Nação, mas só juridicamente institucionalizada no órgão estatal (para seu exercício).
Limitações    Direito Natural 
                     Direito Grupal
                     Direito Internacional (coexistência pacífica dos Estados)
Questões em classe:
1) Quais são os elementos do Estado?
População, território, fins e soberania. 
2) O que é nação, população e povo?
Nação é um conjunto de pessoas ligadas entre si por vínculos permanentes como, sangue, idioma, religião, cultura, ideias, etc.
População é a massa total de indivíduos que vivem dentro das fronteiras e sobre a égide da lei de um determinado país.
Povo é o conjunto de indivíduos que se unem para constituir o Estado, em permanente vínculo jurídico com ele, que participam da vontade do estado e do exercício do poder soberano. 
3) Pode haver nação sem Estado? Pode haver várias nações em um só Estado? Ou ainda, uma nação pode ser dividida em vários Estados?
Sim.
4) O que compreende o território de um Estado?
É o espaço certo e delimitado onde se exerce o poder do governo sobre os indivíduos. É patrimônio do povo e não do Estado.
Compreende supra-solo, subsolo e mar territorial (marítimo e fluvial). 
5) Todo Estado tem suas finalidades ou fins? Podem ser entendidos como elemento constitutivo do Estado?
Sim. Pois, a legitimação de todos os atos do Estado depende de sua adequação às suas finalidades, e a reunião de indivíduos sempre visará uma finalidade.
6) Quais os principais Estados denominados Antigos?
Estados Antigos do Oriente, Estado de Israel, Estado Grego e Estado Romano.
7) Qual a principal diferença entre os Estados Antigos do Oriente (Mesopotâmia, Egito, China, etc.) e o Estado de Israel?
O Estado de Israel (monoteísta): mais humano e racional, características democráticas e os Estados Antigos (teocráticos) politeístas: o monarca representava a divindade, e o estado era mantido por foça de arma.
8) Qual a principal característica do Estado Grego? Como era denominado?
A separação da religião e política; cidade-estado, ou seja, a polis, como a sociedade política de maior expressão, os cidadãos é que participava das escolhas políticas.
9) Quais as principais características do Estado Romano? Como era denominado?
Distinguia o direito da moral, enquanto o império foi a expressão máxima da concentração política e econômica, ocorriam muita guerras e uma grande influencia do cristianismo
10) Qual fator (ou fatores) responsável pelo surgimento do Império Romano?
A queda da realeza primitiva; a força do exército romano; a grande numerosa quantidade de guerras.
11) O que é soberania (citar concepções)?
Soberania era originária, ilimitada, absoluta, perpétua e irresponsável em face de qualquer outro poder temporal ou espiritual. 
Teoria da Soberania Absoluta do Rei - teorias teocráticas: O Monarca era o representante de Deus e todo o poder se concentra nele. 
Teoria da Soberania Popular - teorias democráticas: transfere a titularidade da soberania – da pessoa do governante para o povo.
Teoria da Soberania do Estado - Escolas Alemã e Austríaca: E surge na Alemanha a teoria da personalidade jurídica do Estado – e aponta-o como o titular da soberania – Ninguém pode desobedecê-lo – pois seria transgressão à soberania.
Teoria da Soberania Nacional - teorias democráticas 
Concebe a nação como sendo o próprio povo numa determinada ordem.
Terceira concepção -  Culturalista - Miguel Reale – Não admite que Soberania seja uma mera força (concepção política) nem tão pouco apenas fenômeno submetido ao direito. E conceitua: como sendo o “poder de organizar-se juridicamente e de fazer valer dentro de seu território a universalidade de suas decisões nos limites dos fins éticos de convivência”. (delimitadores: direito e fins éticos de convivência - valores).
12) A soberania pode ser limitada? Justifique a resposta.
O poder soberano é superior a todos os demais (individuais ou grupais) internamente – poder jurídico mais alto - e externamente com significação de independência sendo que nenhum outro poder lhe é superior (são iguais).
Mas pode ser delimitado. A Teria da Auto limitação do Estado afirma que ele sujeita-se voluntariamente a normas jurídicas, não implicando em sua diminuição.
13) Quais as características da Soberania?
Una (em um Estado não se admite a convivência de duas soberanias), Indivisível (não se admite várias partes separadas da mesma soberania), iinalienável – não se negocia – quem a perde desaparece, e imprescritível – não tem prazo de duração.
14) Quais as principais fontes ou titulares da soberania encontrados nas diversas teorias sobre esse assunto?
Para as teorias carismáticas (ou teocráticas) – o poder vem de Deus e se concentra na pessoa do soberano.
Para as teorias democráticas – o poder provém da vontade do povo (soberania popular). Evolução –povo (massa amorfa integrante numa ordem) depois nação (conjunto de indivíduos ligados por vínculos permanentes integrante numa ordem).
Para as escolas alemã e vienense – a soberania provém do Estado (soberania estatal) – O Estado personalidade jurídica -  tem vontade própria (que pode ser formada pelo povo)
Ciências Políticas Aula 3
28/08/2017  Prof.(a) Bernadete
Tema: NASCIMENTO E EXTINÇÃO DO ESTADO
           
                  Dalmo Dallari afirma que tal estudo implica em duas espécies de indagação: a época e o motivo do aparecimento do Estado.  
            Estado (do latim status= estar firme) – denominação “significando situação permanente de convivência, ligada à sociedade política” – expressão que aparece pela 1ª vez na obra “O Príncipe”. Assim o nome “Estado”, indicando sociedade política, aparece apenas no sec. XVI.
Teorias quanto à época de seu aparecimento:          
a) Diz que sempre existiu o Estado mesmo com outros nomes – acredita que desde que o homem vive sobre a terra acha-se integrado a alguma organização social, dotada de Poder e autoridade para determinar o comportamento de todo o grupo.
b) Acredita que a sociedade humana existiu primeiramente sem o Estado – durante um certo tempo – e depois por razões diversas – foi constituído para atender às necessidades e conveniências dos grupos sociais. (maioria dos autores).
c) Afirma que a existência do Estado somente é admitida quando a sociedade política é dotada de certas características muito bem definidas – só admitem seu aparecimento no séc. XVII.
Modos de sua formação: 
Formação originária: o Estado se forma partindo de agrupamento humano, de indivíduos ainda não integrados. Doisgrandes grupos: formação natural e formação contratual. Entre as não contratuais várias teorias quanto a causa:  origem familiar ou patriarcal, origem pela força ou conquista, origem em causas econômicas ou patrimoniais.
Formação derivada: a formação de novos Estados a partir de outros (fracionamento ou união)
            Sahid Maluf pondera que é necessária a concorrência dos elementos constitutivos do Estado, que para ele são: população, território e governo, que nós vamos considerar: povo, território, finalidades (ou fins) e poder soberano (ou poder ou soberania).
Apenas precisamos conhecer como esses elementos se reúnem ou de que forma nasce o Estado. Ou seja, por qual ato formal?
            Os estudiosos indicam que teriam surgido originariamente em decorrência da evolução das sociedades humanas, emergindo no seio das comunidades primitivas, que caminharam paulatinamente até a instauração de forma política específica.  E mesmo antes do aparecimento do Estado como conhecemos certamente já havia regras comportamentais ditadas intuitiva e instintivamente.
             Estados primitivos se extinguiram e novos Estados surgiram sobrepondo-se aos primeiros. E com o desaparecimento do Estado não implica necessariamente o desaparecimento dos agrupamentos étnicos, esses podem conservar-se, mantendo sua continuidade histórica, como, por exemplo, a comunidade romana que sobreviveu às invasões bárbaras, ou a comunidade judaica depois de destruída Jerusalém, ou seja, desaparecem os Estados e permanecem as Nações.
            Segundo a escola filosófica denominada orgânica o Estado nasce, vive e morre, a qual compara o Estado com a vida orgânica.  Contudo, o Estado não morre por completar um ciclo orgânico, aliás tem como pressuposto jurídico a continuidade.
            Um dos fatores que levam o Estado à extinção (ou morte) está em sua estrutura. Se apoia-se na força, gera naturalmente a resistência e o desejo de sua morte, se ao contrário sua estrutura sujeita-as às mutações próprias da evolução tende a persistir.
1. NASCIMENTO
Como dito há formas diversas de se combinar os elementos do Estado e assim explicar o surgimento do Estado.
São três os modos de nascimento dos Estados:
                              Originário
                                                                                      Confederação
                                                                                      Federação
                                                                        União    União pessoal
                                                                                      União real
Modos de
Nascimento        Secundário (desaparece o
dos Estados       Estado anterior)
                         
                                                                                         Nacional
                                                                       Divisão     Sucessoral
                          Derivados       Colonização         
                                                  Concessão dos direitos de soberania
                                                  Ato de Governo
A) Modo Originário -, nasce do próprio meio nacional – em via de regra é homogêneo, possui vínculos de raça, língua, religião, usos, costumes, sentimentos e aspirações – não depende de qualquer fator externo -  grupo humano, estabelecido em determinado território, que paulatinamente se organiza (socialmente), e a seu governo (administrativamente), estabelecendo como ordem política e jurídica em face de outros agrupamentos (independência), para atingir a determinados anseios comuns (fins).
            Geralmente os Estados primitivos eram formados desse modo. No mundo moderno o Estado se forma por novas circunstâncias, como por exemplo: necessidade de autonomia econômica e política; divergências de raças, índoles e aspirações ou, ao contrário, coligações de povos unidos pela identidade de raça ou por um forte laço de interesse comum; por influência dissolvente de uma guerra ou por imposição de um inimigo vencedor, ou combinações políticas das grandes potências. 
B) Modo Secundário -  pela união ou divisão de Estados.
Pela União: Confederação, Federação, União Pessoal e União Real.
Confederação: união convencional de Estados por interesses comuns em questões estratégicas, econômicas e militares (defesa). Exemplos: em tempos antigos: as confederações Gregas. Mais recentemente os EUA (1776- 1787) e atualmente foi formada a Confederação da Comunidade dos Estados Independentes (CEI – Rússia, Ucrânia e Bielorrússia + outras nove repúblicas ex-integrantes da extinta URSS), mas não é um Estado único.
Federação: união nacional perpétua e indissolúvel de províncias para formar uma só pessoa de direito público internacional. Ex. Argentina, Alemanha, etc.
                                                                      
União Pessoal: governo de dois ou mais países por um monarca – É uma união de natureza precária e transitória, decorrente de direitos sucessórios ou convencionais, predominantemente nas monarquias, onde por vezes um só rei governava dois ou mais países. Exemplo: Alemanha e Espanha – Rei Carlos V; Inglaterra e Hanover – Rei George I, etc.
União Real: união efetiva, em caráter permanente, de dois ou mais países que se juntam para formar um único Estado – uma só pessoa de direito público internacional. Exemplo: Áustria e Hungria (1867-1918);
Pela Divisão: Nacional e Sucessoral.
Divisão nacional: determinada região ou província integrante de um Estado obtém sua independência formando um novo Estado na ordem mundial. Exemplo: separação dos países baixos em 1830; depois da 2ª guerra verificou divisão da Alemanha por conveniência ou imposição dos vencedores.
Divisão sucessoral: típica do Estado Medieval - divisão do Estado pelo Monarca entre seus parentes e sucessores – posto que considerava sua propriedade. Surgindo reinos menores autônomos. Hoje inexistente.
C) Modos Derivados - surge em decorrência de movimentos e fatores externos: Colonização, Concessão dos Direitos de Soberania e Ato de Governo.
Colonização (ou Descolonização): motivada pela necessidade de exploração de novas terras pelos Estados então desenvolvidos - colonizavam terras que se transformam em Estados livres posteriormente. Exemplo: o Brasil oriundo da colonização Portuguesa. Nasce um Estado novo, mas subsiste o Colonizador.   
Concessão dos Direitos de Soberania: outorga dos direitos de autodeterminação pelos Monarcas, especialmente na Idade Média, aos seus principados, ducados, condados, etc., Frequente na Idade Média. Em tempos atuais (1922), podemos citar a Irlanda que progressivamente caminhou para sua completa independência por concessões feitas pelo governo inglês.
Ato de Governo: pela simples vontade de um conquistador ou de um governante absoluto. Exemplo: Napoleão criou vários Estados por mera liberalidade – independentemente dos anseios dos governados.
2- DESENVOLVIMENTO E DECLÍNIO -  O Estado se desenvolve progressivamente, fortalecendo sua ordem social, jurídica e econômica.
            Seu eventual declínio se dá com a corrupção de costumes, a perda (ou amortecimento) da consciência cívica, da perversão da justiça, relaxamento do sistema educacional, etc. Inicia-se seu enfraquecimento. Podendo se tornar presa fácil para conquistadores estrangeiros. Se não consegue reagir e se restabelecer, pode vir a sofrer um colapso geral e morte. Ex. Império Romano, Império de Carlos Magno (coroado pelo Papa Leão III), etc.
3- EXTINÇÃO – Pode ser dar por causas gerais ou específicas.
Extinção dos Estados:
              
_ Causas Gerais (desaparecer um dos elementos/União ou Divisão).
_ Causas Específicas: Conquista, Emigração, Expulsão e Renúncia aos Direitos de.
Gerais - Ocorre o desaparecimento de um Estado sempre que faltar qualquer um de seus elementos.
Também pela Divisão ou União de Estados, que ensejam a formação de novasentidades estatais e determinam de desaparecimento do Estado que se uniu ou daquele que se dividiu em outros.
Especiais:
Pela Conquista: invadido por forças estrangeiras – quando desorganizado, enfraquecido, sem amparo de órgãos internacionais, ou quando forças estrangeiras fomentam um movimento separatista. Ex. Polônia (1772, 1793 e na 1ª Guerra).
Emigração: abandono do território pela população nacional por acontecimentos imprevistos.
Expulsão: quando a força conquistadora ocupa totalmente o território invadido e obriga o povo vencido a se deslocar para outro lugar. Ex. Invasões Bárbaras.
Renúncia aos Direitos de Soberania: desaparecimento espontâneo - uma comunidade renuncia pacificamente seus direitos de autodeterminação (soberania) em benefício de outro Estado, formando um novo e maior. Ex. Unidades Feudais com prerrogativas de Estado da Idade Média e passaram a integrar a Monarquia Francesa; o Estado do Texas que proclamou sua independência do Mexido para depois se incorporar aos Estados Unidos (quando ainda Federação).
TEORIAS QUE JUSTIFICAM AS TRANSFORMAÇÕES DOS ESTADOS, SEU RECONHECIMENTO E SUA ACEITAÇÃO:
            A criação ou supressão de um Estado pressupõem sua aprovação pelos outros Estados, para que a sociedade internacional de Estados reconheça esse fato político, harmonizando-o com o princípio da coexistência pacífica de soberanias, com paridade jurídica, a Política Internacional vem, no decorrer da História, adotando as seguintes teorias:
Princípio das nacionalidades (1851): Os grupos nacionais (nação) devem cada um formar seu Estado, ou seja, a cada nacionalidade deverá corresponder uma composição política autônoma. Teoria já usada para o bem e para o mal. Ex. bem-separação da Holanda e Bélgica (1830); malcriação da URSS que subjugou pequenas nações;
Teoria das fronteiras naturais: alegava que a nação deveria ter seu território delimitado pelos acidentes geográficos naturais, mas não assegurava harmonia nas relações internacionais em razão de diversas disputas de fronteiras.
Teoria do equilíbrio internacional: foi formulada visando o equilíbrio europeu chamada também de Teoria da paz armada, pois parte do princípio de que a paz decorre do equilíbrio que se possa estabelecer entre as forças das várias potências.  Não condiz com os ideais democráticos e anseios de Justiça da maior parte das nações, como também não impediu que a Europa mergulhasse em guerras (1914-18 e 1939-45).
Teoria do livre-arbítrio dos povos: semelhante ao Princípio das Nacionalidades, pois defende a vontade nacional como razão da existência do Estado. Advinda com o Estado Liberal do séc. XVIII, defende a plena liberdade de autodeterminação dos povos. Muitos conflitos mundiais foram solucionados com essa teoria. (unificação da Itália, integração da Grécia, etc.). É expressão dos ideais democráticos. Se negado, resultará, ou mais cedo ou mais tarde, em reação do povo oprimido (Ex. a extinção da URSS).
Constitucionalismo e Separação do Poder (Montesquieu) – Por Dalmo de Abreu Dallari
CONSTITUCIONALISMO
                                                                                                                           
Apesar de haver indícios nos povos da antiguidade, considerados por alguns autores como origem do Constitucionalismo (nos povos: hebreus, grego e egípcio), pode-se considerar que o mesmo começou a nascer em 1215 – quando os barões da Inglaterra obrigaram o Rei João Sem Terra a assinar a Carta Magna, jurando obedecê-la e aceitando a limitação de seus poderes.
Muitos séculos se passaram (final da Idade Média, com Estado Medieval, como também início dos Tempos Modernos, com o Absolutismo Monárquico e começo do Estado Liberal) para que ocorressem avanços, o que se deu na Inglaterra com a Revolução Inglesa (1640 a 1689) que consagra a supremacia do Parlamento como órgão Legislativo.
Mas apenas no séc. XVIII se determinou o verdadeiro aparecimento das Constituições, com suas características fundamentais, em razão da conjugação de diversos fatores:
-A influência dos contratualistas os quais (com as ideias do jusnaturalismo – contrato social deve trazer benefícios ao indivíduo) afirmam a superioridade do indivíduo que é dotado de direitos inalienáveis, que devem ser protegidos pelo Estado;  
-A luta contra o absolutismo monárquico com os movimentos que defendem a limitação dos poderes dos governantes;
- O Iluminismo (racionalistas), a razão refletindo nas relações políticas, exigindo a racionalização do poder.
Nascendo o Constitucionalismo para afirmar (objetivo):
-  afirmar a supremacia do indivíduo – com a necessidade de limitar o poder dos governantes.
- A busca da racionalização do poder.
A ideia de democracia como a de constituição se originou na França, embora a 1ª Constituição tenha sido a do Estado de Virgínia (Declaração de Independência dos Estados Unidos – 1776) e a primeira posta em prática a de 1787 também dos Estados Unidos da América, foi a francesa de 1789/1791 que maior repercussão causou.  
            O Constitucionalismo teve quase sempre um caráter revolucionário, posto que limitava o poder dos Monarcas contra sua vontade, e quando esses cediam era por força da enorme pressão exercida, especialmente pela burguesia. Por essa razão se preferiu as Constituições escritas, que definiram melhor as condições políticas, tornando difícil algum retrocesso.
O Constitucionalismo foi impulsionado pelos mesmos objetivos básicos, mas teve características diversificadas conforme as circunstâncias de cada Estado. Sendo a doutrina econômica predominante da época o liberalismo, e o Constitucionalismo, como defendia os direitos e liberdades individuais, configurou também o liberalismo político.
O Conceito de Constituição permite distinguir um sentido material e formal.
            No Aspecto Material – que compreende sua própria substância – é a expressão de valores de convivência de seu povo e deve conter:
as tarefas estatais e sua atribuição a diversos órgãos ou detentores do poder (sem concentração de poder);
mecanismo de cooperação entre os diversos detentores do poder – prevendo a distribuição e limitação recíproca;
mecanismo para solução de conflitos entre os detentores do poder;
mecanismo para adaptação das mudanças sociais e políticas (de reforma constitucional);
 previsão de direitos individuais, das liberdades fundamentais, e sua proteção contra a interferência dos detentores do poder estatal.
No Aspecto Formal entende-se a lei fundamental de um povo, superior, suprema, que não pode ser desobedecida.
Ambos os aspectos são importantes para averiguar a autenticidade da CONSTITUIÇÃO, pois há constituições que não atendem ao aspecto formal, apenas ao material.
Conjugando-se ambos os aspectos decorrem a conclusão que o titular do poder constituinte é sempre o povo, pois é ele quem dita os valores fundamentais, que por sua vez vão informar os comportamentos sociais queridos por ele.
A Constituição que reflete à vontade apenas de um indivíduo ou de um grupo, que não reflete os valores e as aspirações do povo que está vinculada é ilegítima.
Porém a Constituição que nasceu entre outras coisas para limitar o poder do Estado e mantê-lo afastado das relações particulares e individuais, hoje, cada vez mais se exige do Estado sua participação, mais ampla e intensa, na vida social, sem, contudo, deixar de proteger os direitos fundamentais individuais. Sendo para tanto, indispensável que o Estado seja democrático, que imponha a lei fruto da vontade do povo porque feita por seus representantes, que ele próprio (Estado) atenda em sua atuação a vontade popular.
Portanto, também, não está superada a necessidade de se preservar a supremacia Constitucional, com padrão jurídico fundamental que não pode ser contrariada por qualquer outra norma do sistema, uma vez que carrega em seu corpo os princípios e as normas mais importantes, as quais não podem ser desrespeitadas, condicionando todo o sistema jurídico e, consequentemente,o exercício do Poder, uma vez que todo ato tem que estar em conformidade com ela.
SEPARAÇÃO DO PODER
            Montesquieu ao conceber sua teoria da separação dos poderes o fez com o intuito de assegurar a liberdade dos indivíduos, para garantir que quem faça as leis não as execute, evitando a concentração de poder e a tirania. Buscava o enfraquecimento do Estado, sua não interferência na vida social, a não ser como vigilante e mantenedor da vida social estabelecida pelos próprios indivíduos.
            No séc. XIX essa doutrina se converteu num dogma para evitar o aparecimento de governos absolutos, e tal teoria passou a objetivar também o aumento da eficiência do Estado, por distribuir entre órgãos especializados as principais funções do Estado.
Há críticas na denominação: divisão de poderes ou separação de poderes, uma vez que o poder soberano do Estado é uno, como já visto, e apesar de suas principais funções serem exercidas por órgãos distintos sua unidade não se quebra.
Já na antiguidade Aristóteles considerava necessário haver essa Separação, uma vez que para ele era injusto e perigoso atribuir a um só indivíduo o exercício do poder, mencionando também a impossibilidade de um só homem prever tudo (breve menção sobre a falta de eficiência na concentração de poder).
Porém a concepção moderna de Separação de Poder não busca em Aristóteles sua inspiração, tendo sido construída gradativamente, de acordo com o a evolução do Estado e em função dos grandes conflitos político-sociais.
Já na passagem do Estado Medieval para o Absolutismo Monárquico (séc. XVI), Maquiavel, menciona que na França já existia o parlamento como legislativo, o rei como executivo e um judiciário independente, o que ele achava conveniente, pois para ele evitava que o Rei tivesse que intervir nas disputas e ser desagradável com quem perdesse.
            No séc. XVII, Locke também já sintetiza a doutrina da Separação de Poder, que separava em quatro funções distinta exercidas por dois órgãos: Legislativa pelo parlamento, a Executiva exercida pelo Rei que ele dividida em duas funções, ela propriamente dita e outra denominada federativa (questões tratadas fora do Estado – guerras, tratados, alianças, etc.) e quarta função também exercida pelo Rei, que definia como sendo o poder de fazer o bem público.
            Mas somente com Montesquieu a teoria foi concebida como um sistema que conjugava um legislativo, um executivo e um judiciário. Harmônicos e independentes entre si, configuração essa que apareceu praticamente na maioria das Constituições. Em sua obra “O Espírito das Leis” afirmada a existência de funções intrinsecamente diversas e inconfundíveis, dizendo que seria conveniente que cada função fosse exercida por órgãos distintos. Porém não se preocupou com a eficiência do Estado, mesmo porque não atribui ao Executivo praticamente nenhuma função (acreditando que os indivíduos cumpririam a lei por si sós e o Estado só puniria os transgressores), uma vez tinha como preocupação maior o enfraquecimento do Estado, como já referido.
            Na Declaração de Direito da Virginia, 1776, consta a separação de poder em executivo e legislativo, com um judiciário totalmente separado. E na Constituição de 1787, dizia que se não houvesse separação de poder se constituiria uma tirania. 
            Na França em 1789, na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, condiciona a existência da própria Constituição à previsão de separação de poder (ou poderes).
            Assim essa Teoria consiste em atribuir as principais funções do Estado a órgãos diferentes, independentes e harmônicos, evitando a concentração de Poder.  Essa preocupação se refletiu em todo o movimento constitucionalista, e esse sistema de separação de poder foi associado à ideia de Estado Democrático, o que deu origem a uma construção doutrinária conhecida como sistema de freios e contrapesos.
            Essa teoria divide os atos estatais em duas categorias:
Atos Gerais – só praticados pelo P. Legislativo que emite normas gerais e abstratas. (não sabemos quando ou a quem vai atingir). O Legislativo não atua concretamente na vida social somente possibilita que o poder executivo o faça.
E Atos Especiais – praticados pelo P. Executivo que atua nos casos concretos - estão limitados pelos atos gerais praticados pelo Legislativo.
Ação Fiscalizadora do Poder Judiciário – em caso de exorbitância – obrigando-os a manter-se nos limites de sua competência.
Críticas ao Sistema:
            Porém, sempre houve uma interpenetração, onde um órgão pratica o que a rigor seria do outro.
            E outro ponto importante que sua previsão nas constituições é que não foi suficiente para garantir a liberdade do indivíduo e a democracia nos Estados. A Sociedade totalmente injusta nascida do Liberalismo foi construída à sombra da separação de poder. E mesmo as leis sendo criadas pelo Legislativo muitas vezes ele não representou o povo e assim também não garantiu o caráter democrático.
            E por fim, atualmente cada vez mais se exige que Estado participe de maneira mais ampla e intensa, sendo cada vez mais solicitado a agir, ampliando sua esfera de ação, o que também impõe a necessidade de um maior número de diplomas legais com maior especificação técnica. Assim, o Legislativo não consegue editar regras gerais sem conhecer o que o Executivo fez ou está fazendo, e os seus meios de atuação. Por outro lado, o Executivo não pode aguardar esse processo mais lento de elaboração legislativa, para atender as necessidades da população. Ficando incompatível com o modelo de separação de poder. 
FORMAS DE GOVERNO – Por Dalmo de Abreu Dallari
Regime de Governo - Estrutura Global da realidade política -  complexo institucional e ideológico. Determina a forma de aquisição e exercício do poder. Democrático ou Autocrático.
Forma de Estado – diz respeito à estrutura da organização política (divisão de poder com relação ao território). Federativo (Federal) ou Unitário.
Sistema de Governo – trata das relações entre as instituições políticas (P. Legislativo e Executivo). Parlamentarista ou Presidencialista (ou Diretoral).
Forma de Governo - maneira como se institui o poder e se relacionam governantes e governados. Monarquia ou República
Forma de Governo
            Em razão da diversidade de Estados com suas múltiplas peculiaridades, sua classificação se faz em termos gerais, identificando-se as características básicas encontradas em grande número de Estados.
Porém, só se procuram características em formas normais de governo, que decorrem da evolução natural dos fenômenos políticos.
            Não se leva em consideração as formas anormais de governo, ou seja, aquelas que advêm de regimes de força, que são totalitarismos ou ditaduras de homens e de grupos, porque essas impedem a expansão natural das vocações políticas (impedem suas escolhas e aspirações). Esses se identificam apenas como tirania, despotismo, totalitarismo ou ditadura (dependendo da época e lugar).
Aristóteles. Classificação mais antiga – em razão do número de governantes. Três espécies.
Realeza ou Monarquia – um só indivíduo governa
Aristocracia – governo de um grupo. – governo de alguns.
Democracia - República – governo de todos.
Para ele essas formas de governo podem sofrer degeneração – quando quem governa deixar de se orientar pelo interesse geral e passa governa segundo seu próprio interesse ou conveniências, e assim as formas puras se transformam em impuras:
Realeza (monarquia) em tirania.
Aristocracia em oligarquia.
Democracia (República) em demagogia.
Maquiavel (Discursos sobre a 1ª Década de Tito Lívio). Sustenta que há ciclos de governos.
Ponto de partida - um estado anárquico – início da vida humana sociedade – onde se escolhia para líder o mais robusto e valoroso.
Depois de algumas escolhas não eram suficientes para um bom chefe – deram preferência ao justo e sensato.
Essa monarquia eletiva transformou-se em hereditária.
Porémos herdeiros começaram a degenerar e surgiu a tirania;
Para coibi-los quem tinha mais riqueza e nobreza instaurou a aristocracia, orientada pelo bem comum.
Entretanto os descendentes dos governantes aristocratas – que não haviam sofrido os males da tirania – não estavam preocupados com o bem comum – utilizaram o governo para seu próprio proveito, e converteram a aristocracia em oligarquia.
O povo não aguentando mais a oligarquia e não querendo a volta da tirania, decidiu governar-se por si mesmo, surgindo um governo democrático.
 Mas sofrendo também um processo degenerativo, onde cada um passou a utilizar em proveito próprio a condição de participante no governo, gerou a anarquia, voltando ao estágio original.
Ele acreditava que a única maneira de evitar degenerações quebrando ciclo era a conjugação da monarquia, da aristocracia e da democracia.
Mas em “O Príncipe” ele afirma que “Os Estados e Soberanias que tiveram e têm autoridade sobre os homens foram e são ou repúblicas ou principados”. Os governos aristocráticos (povos da Antiguidade) já não eram admitidos, consagrando-se a república e a monarquia, como formas de governo possíveis no Estado Moderno.
Montesquieu. Aponta três formas de governo: Republicano, Monárquico e Despótico.
Republicano – aquele que o povo como um todo ou uma parcela dele possui o poder soberano.
Monárquico – aquele que só um governa, de acordo com leis fixas e estabelecidas.
Despótico – um só governa, sem obedecer às leis e regras – obedecendo somente sua vontade e interesses. 
            Assim: Monarquia e República são as formas fundamentais de governo.
Monarquia. Já foi adotada por quase todos os Estados do mundo. Com o passar do tempo foi sendo enfraquecida e abandonada. A partir do século XVIII surgiram as Monarquias Constitucionais, onde o Rei continua governando mais com as limitações jurídicas impostas pela Constituição.
         Depois com a adoção do parlamentarismo (sistema de governo) pelas Monarquias, o Rei permanece apenas como Chefe de Estado e não mais de Governo que passa a ser exercido por um Gabinete de Ministros, tendo somente a atribuição de representação especialmente perante os demais Estados.
Tem como principais características: 
a Vitaliciedade (governa enquanto viver ou tiver condições de continuar governando), 
Hereditariedade 
Irresponsabilidade (o monarca não tem responsabilidade política não deve explicações ao povo ou a qualquer órgão de seus atos).
A favor: o Monarca está acima de disputas políticas. É um fator unidade do Estado. Assegura a estabilidade das instituições e recebe desde o nascimento educação especial para governar.
Contra: é uma inutilidade dispendiosa que sacrifica o povo. A estabilidade das instituições não pode depender de um fator pessoal, e sim da ordem jurídica. Apesar de educação especial já houve inúmeros exemplos de monarcas desprovidos de qualidades, ineficientes e sem liderança. E é essencialmente antidemocrático. E por isso a Monarquia vai perdendo adeptos e desaparecendo como forma de governo.
República.  Opõe-se à Monarquia, tem um sentido próximo ao significado da democracia, pois da mesma forma indica a participação do povo no governo.
Como já visto, a ideia republicana nasceu com a luta contra o absolutismo monárquico e pela afirmação da soberania popular. A verificação dos males da monarquia e a exigência da participação do povo no governo foi dando ensejo ao surgimento da república, mais do que uma forma de governo, símbolo de todas as reivindicações populares (porque era a expressão democrática de governo, era a limitação do poder dos governantes e a atribuição de responsabilidade política, o que assegurava a liberdade individual).
A partir do séc. XX, pelas transformações econômicas e depois em razão das guerras (1ª e 2ª mundiais), iniciou a liquidação das monarquias.
Atualmente não há qualquer movimento monarquista significativo.
            Características: Temporariedade (Chefe do Governo cumpre um mandato por tempo limitado – prazo previamente determinado – com proibição de reeleição sucessivas), Eletividade (o Chefe do Governo é eleito pelo povo – não se admite sucessão hereditária) e Responsabilidade (O Chefe do Governo é politicamente responsável – tem o dever de prestar contas de seus atos).
Em toda República (também nas Monarquias Constitucionais) é instituída a Tripartição do Poder. E da relação entre o Executivo e o Legislativo vai se determinar o Sistema de Governo (presidencialista e parlamentarista).
Questões para responder em classe:
1- Quais são os modos de nascimento do Estado? 
São três os modos pelos quais podem ocorrer o nascimento do Estado:
O modo originário: Nasce, do próprio meio da sociedade, do povo, sem qualquer influência de fatores externos.
O modo secundário: Nasce da união ou divisão de Estado. 
O Modo derivado: Origina-se de Estado anteriormente existente, sob suas influências (ex: Israel).
 2- E de Extinção? 
Pode ocorrer em diversas hipóteses, como:
Causa Natural: Caso em que há perca dos elementos constitutivos essenciais à manutenção do Estado, por motivos internos.
Conquista: Ocorre ao ser invadido por forças inimigas capazes de fraccionar o estado, desencadeando sua derrocada.
Expulsão: Ocorre em caso de guerra, quando o exército do Estado vencedor impõe a emigração compulsória para o exército vencido.
Recusa dos direitos de soberania: Caracterizado pela atitude em que o Estado renuncia os seus direitos de auto determinação e sua soberania, desfazendo-se das qualidades inerentes ao Estado, portanto, deixando de existir.
3- Indique e explique as Teorias Justificam o Nascimento e a Extinção dos Estados. 
Princípio das nacionalidades: um estado para cada nação;
Teorias das fronteiras naturais: nação deveria ter seu território delimitando pelos acidentes geográficos naturais, mas não assegurava harmonia nas relações internacionais em razão de diversas disputas de fronteiras;
Teoria do equilíbrio internacional: A paz ocorre do equilíbrio que se possa estabelecer entre as forças das várias potências. 
Teoria do livre-arbítrio dos povos: semelhante ao princípio da nacionalidade, pois defende a vontade nacional como razão da existência do Estado
Teoria Evolucionária: Alega que através do controle do poder exercido pelo mais forte, houve a evolução dos clãs, famílias e outros grupos, até naturalmente auferir-se o Estado.
4- Quais fatores determinaram o aparecimento do Constitucionalismo? O que pretendia assegurar? 
Tem suas raízes no desmoronamento do sistema político medieval, passando por uma fase de evolução que iria culminar no séc. XVIII, quando surgem os documentos legislativos a que se deu o nome de Constituição. Em 1215, na Inglaterra pelo rei João Sem Terra, Magna Carta.
Pretendiam assegurar: 
-  a supremacia do indivíduo – com a necessidade de limitar o poder dos governantes.
- A busca da racionalização do poder.
5- Quais os aspectos que se pode distinguir ao conceituar Constituição? Porque são importantes? Quais as principais funções da Constituição?
O Conceito de Constituição permite distinguir um sentido material e formal.
No Aspecto Material – que compreende sua própria substância – é a expressão de valores de convivência de seu povo e deve conter:
·        as tarefas estatais e sua atribuição a diversos órgãos ou detentores do poder (sem concentração de poder);
·        mecanismo de cooperação entre os diversos detentores do poder – prevendo a distribuição e limitação recíproca;
·        mecanismo para solução de conflitos entre os detentores do poder;
·        mecanismo para adaptação das mudanças sociais e políticas (de reforma constitucional);
·         previsão de direitos individuais, das liberdades fundamentais, e sua proteção contra a interferência dos detentores do poder estatal.
No Aspecto Formal entende-se a lei fundamental de um povo, superior, suprema, que não pode ser desobedecida.
6- O que podemos notar hoje no que se refere a participação

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