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FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO

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FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO
Prof. Carlos Roberto Lima
1 – FONTES PRINCIPAIS
A) CONSTITUIÇÃO FEDERAL
 
Citar os princípios gerais (arts. 145/149)
Limitar o poder de tributar (arts. 150/152)
Conferir a competência tributária da União, Estados, Distrito Federal, Municípios
Repartição das Receitas tributárias
 
B) EMENDAS À CONSTITUIÇÃO FEDERAL
 
 - Cláusulas Pétreas e os princípios constitucionais tributários
 - 3/5 dos membros das duas casas do congresso nacional
C) LEIS COMPLEMENTARES
 
As leis complementares são fontes do direito tributário consideradas hierarquicamente inferior a constituição e suas emendas, mas superior as chamadas leis ordinárias
O ART. 146 DA CRFB EXIGE LEI COMPLEMENTAR PARA:
a) Dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 
b) Regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;
c) Estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária. 
d) Definir o tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do ICMS, da Contribuição Previdenciária (art.195, I da CRFB/88) e da Contribuição ao PIS (alínea “d” do inciso III do art. 146 da CRFB/88, inserida pela EC 42/2003).
	Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas de igual objetivo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
D) LEIS ORDINÁRIAS
 
São as leis ordinárias que criam tributos de acordo com a competência atribuída a União, Estado, Distrito Federal e Município.
São votadas pela maioria simples (maioria dos presentes, desde que o quórum mínimo da metade dos membros da casa.)
	E) Tratados e Convenções Internacionais  o art. 98 do CTN declara que os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha.
 
 
Nota: O STJ decidiu que não pode a União firmar tratados internacionais isentando o ICMS de determinados fatos geradores, se inexistir lei estadual nesse sentido, pois o art. 98 há de ser interpretado com base no panorama jurídico imposto pelo novo sistema tributário nacional.
Nota: O STF admite que a lei não-tributária oriunda de tratado internacional pode ser revogada ou modificada por lei posterior, sem necessidade de prévia denúncia do tratado.
F) LEIS DELEGADAS
 
São elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional, a delegação se dá através de Resolução especificando o conteúdo e os termos de seu exercício.
OBS: Tem caráter emergencial e são consideradas hierarquicamente iguais as leis ordinárias
G) MEDIDAS PROVISÓRIAS
 
A medidas provisória de acordo com o art. 62, da C.F, ocorre nos casos de relevância e urgência, tendo força de lei e sendo criada pelo Presidente da República. Perderá a validade se o congresso não transformar em lei no prazo de 60 dias.
Obs: É vedado a instituição de Contribuição de Melhorias e taxas por meio de medida provisória
OBS (2): É vedada a utilização de medida provisória sobre matéria reservada a Lei Complementar (Art. 62, §1, III, da CF)
OBS (3): Havendo a majoração de alíquotas de tributos via MEDIDA PROVISÓRIA, esta deverá ter a sua eficácia apenas no exercício financeiro vindouro, desde que tenha sido convertida em lei até o último dia do exercício financeiro (princípio da anterioridade tributária)
H) DECRETOS LEGISLATIVOS
 
Os decretos legislativos são criados pelo Congresso Nacional e tem por objeto apreciar os tratados, convenções e atos internacionais firmados pelo Presidente da República.
 
O decreto legislativo tem o mesmo nível hierárquico da lei ordinária e independe de sanção do Executivo, sendo aprovado por maioria simples e promulgado pelo Presidente da República.
I) RESOLUÇÕES
 
Para o direito tributário importa as resoluções do Senado Federal, que pode ficar deliberado:
 
Alíquota do ICMS para operações interestaduais e de exportação, por maioria absoluta
Facultado de aprovar por maioria absoluta, estabelecer as alíquotas mínimas do ICMS nas operações internas
Facultado fixar alíquota máxima do ICMS nas operações internas que envolva interesse de Estados, votação de 2/3 da casa;
fixará alíquota máxima do imposto de causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos
 
OBS: Alguns autores divergem quanto a hierarquia das resoluções do senado, uma vez que alguns entendem que são superiores às leis ordinárias devido a votação exigir um quórum maior do que as ordinárias, já outros entendem de forma diferenciada (Vitor Cassone)
 
J) Convênios interestaduais – ICMS (art. 155, §2º, XII, g da CRFB) são atos que têm força coercitiva se integrado à legislação do Estado-membro participante por ato do chefe do Poder Executivo (LC 24/75). O CONFAZ é o órgão responsável pela emissão desses convênios. 
OBS: A doutrina entende inconstitucional a LC 24/75, posto que deveriam os convênios ser ratificados pelas Assembléias Legislativas de cada Estado-membro (por decreto legislativo).
2 - FONTES SECUNDÁRIAS 
A) DECRETO REGULAMENTAR
 
O Decreto regulamentar hierarquicamente é inferior a lei; é de competência do Presidente da República, conforme preceitua o art. 84, IV da C.F, em que cabe “sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução”.
 
O decreto regulamentar é um ato exclusivo do presidente, porém de caráter normativo.
 
B) NORMAS COMPLEMENTARES
As normas complementares são disciplinadas pelo Código Tributário Nacional, que em seu art. 100, elenca quais são as fontes secundárias complementares.
B-1) Atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas
Esses atos, de natureza normativa, são expedidos pelas autoridades administrativas, podemos exemplificá-los através das portarias, as circulares, os pareceres normativos, etc; em que o contribuinte tem que cumprir.
B-2) Decisões Administrativas
 
As decisões administrativas são utilizadas como fontes secundárias do direito tributário desde que seja dado a ampla defesa e o contraditório ao contribuinte, sob pena de não utilização. 
No caso das decisões proferidas pelos órgãos administrativos em favor do contribuinte, são consideradas imodificáveis.

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