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SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL Histórico da Segurança Alimentar e Nutricional Primeira Guerra Mundial (1914-1918) Início da utilização do termo na Europa Foco: auto-suficiência dos Países em relação a produção de alimentos Segunda Guerra Mundial (1939-45) Preocupação mundial: combate a fome Criação da FAO (1945) e OMS (1948) Tensão entre as organizaçães que entendiam o acesso ao alimento adequado como um direito humano e outros que entendiam que SA deveria ser garantida por mecanismos de mercado (Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial) Histórico da Segurança Alimentar e Nutricional 1946: Lançamento da obra-prima Geografia da Fome, de Josué de Castro, que analisou as principais carências alimentares de cada uma das cinco regiões do Brasil. Década de 70 1974: Crise mundial de alimentos I Conferência Mundial de alimentação Promovida pela FAO e ONU Discutiu-se a criação do conceito de SA mundialmente: Constatação da necessidade de aumentar produção de alimentos apesar da consciência de que a falta de acesso também era um problema!!!! Histórico da Segurança Alimentar e Nutricional Década de 80 A FAO dissemina pela América Latina o tema SAN com enfoque na produção de alimentos: Sufiente Estável (controle das oscilações de mercado pelos Países) Autônoma Equitativa (contemplação de todos os agricultores) Sustentável (uso racional dos recursos naturais) 1985: Proposta de criação da 1ª política nacional de SAN pelo Ministério da Agricultura Sugestão da criação do conselho de SAN presidido pelo presidente Atendimento das necessidades nutricionais da população e garantia da auto-suficiência nacional na produção de alimentos Marco inicial nacional Segurança Alimentar e Nutricional - 1986: - 8ª Conferência Nacional de Saúde - I Conferência Nacional de Alimentação e Nutrição: - Amplo debate em torno da questao alimentar e nutricional brasileira: Proposta da criação da PNAN e SISAN *ALIMENTAÇÃO COMO DIREITO UNIVERSAL* - 1988 (Constituição Federal Brasileira) - ARTIGO 6 - São direitos sociais: a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdëncia social, a proteção a maternidade e a infância, a assistência aos desamparados.... - 1991/92 (Governo Collor): - *Abandono da questão alimentar* Segurança Alimentar e Nutricional - 1992: - Conferência Internacional sobre Nutrição - Influência nas politicas nacionais - Lançamento do Mapa da Fome (IPEA): - 32 milhões de brasileiros (> 20% da população) não tinham renda para se alimentar. - 1993 (Governo Itamar): Impeachment do Presidente Collor... - Intenso movimento da sociedade civil brasileira: Movimento pela ética na política Ação da cidadania contra a fome, a miséria e pela vida (Betinho) - Criação do Comitê de Entidades no Combate a Fome e pela Vida: rede de mobilizaçao nacional. - Apoio da mídia, formadores de opinião, artistas e intelectuais, empresas, ONGs... Segurança Alimentar e Nutricional - 1993 (Governo Itamar): - Criação do CONSEA (lideranças do PT propuseram): - INCLUSÃO DA FOME NA AGENDA POLÍTICA, devido ao crescimento da miséria e da desigualdade social - CONQUISTA: - Participação da sociedade civil na vida política - Fome: problema político - Foco: Plano Nacional de Combate a Fome e a Miséria dentro dos princípios de solidariedade, parceria e descentralizaçao - 1994: - Brasília: I Conferência Nacional de SAN - Importante parceria: governo e sociedade civil - Traçou um diagnóstico da fome no Brasil e propôs as bases para a elaboração de uma Política Nacional de SAN Segurança Alimentar e Nutricional - 1995 (FHC): - Opção pelo ajuste estrutural (PLANO REAL) e rompimento com os defensores de uma política de SAN - Extinsão do CONSEA e criação do Conselho do Programa Comunidade Solidária: continuaria a luta focado no combate a probreza. - Criação do PRONAF - 1996: - Cúpula Mundial de Alimentação (influência mundial) - Meta: Erradicaçao da FOME MUNDIAL Segurança Alimentar e Nutricional - 1998: - Fórum Brasileiro de SAN - Manteve as discussões para a construção de uma política pública de combate à fome junto a governos municipais e estaduais (estímulo a crianção de conselhos estaduais). - 1999: Abandono dos debates e ações sobre SAN - 2001: Adoção da medida provisória criando o programa nacional de renda mínima: BOLSA ALIMENTAÇÃO Programa Nacional de Renda Mínima vinculado à Saúde: instrumento de participação financeira da União na complementação da renda familiar para melhoria da alimentação, das condições de saúde e nutrição de 3,58 milhões de pessoas sendo 2,77 milhões de crianças de seis meses a seis anos e onze meses de idade e 803,0 mil mulheres gestantes e nutrizes. Segurança Alimentar e Nutricional - 2003 (Governo Lula): Retomada das ações de SAN Lançamento do FOME ZERO: assegurar o DHAA, promovendo a SAN e contribuindo para a conquista da cidadania pela população mais vulnerável à fome. Recriação do CONSEA Criação do Ministério Extraordinário da SAN (MESA). Criação do Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA): Articula produção de alimentos da agricultura familiar e acesso à alimentação saudável por famílias em situação de vulnerabilidade social. Segurança Alimentar e Nutricional - 2003 (Governo Lula): PROGRAMA FOME ZERO: 1: POLÍTICAS ESTRUTURAIS (CAUSAS BÁSICAS DA FOME E DA POBREZA) + POLÍTICAS ESPECÍFICAS (GARANTIR ACESSO AOS ALIMENTOS) + POLÍTICAS LOCAIS (NECESSIDADE DE CADA ESTADO, CIDADE, MUNICÍPIO) 2: CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA DE UMA POLÍTICA DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL COM A PARTICIPAÇÃO SOCIAL ATIVA 3: MUTIRÃO CONTRA A FOME: MOVIMENTO NACIONAL DE SOLIDARIEDADE Segurança Alimentar e Nutricional - 2004: Criação do Programa Bolsa Família: unificação de outros programas nacionais de transferência direta de renda. II Conferência Nacional de SAN (Olinda) Criação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), unificando três estruturas distintas: o MESA, o Ministério da Assistência Social (MAS) e a Secretaria Executiva do Bolsa Família. MISSÃO: Articular as políticas de SAN, Assistencia Social e Transferência de Renda: COMBATER A DESIGUALDADE E PROPORCIONAR INCLUSÃO SOCIAL Segurança Alimentar e Nutricional - 2006: Lei Orgânica da Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN) – nº11.346, de 15/09/2006 “Segurança alimentar e nutricional (SAN) consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente de alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras da saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis’’ (Consea, 2004) Assegura a alimentação adequada como direito fundamental do ser humano, cabendo ao poder público adotar políticas e ações que garantam a SAN Segurança Alimentar e Nutricional - 2006: Instituição do SISAN Objetivo: formulação e implementação de politicas e planos de SAN + estímulo a integraçao dos esforços entre governo e sociedade civil + promoçao, acompanhamento, monitoramento e avaliaçao da SAN no Pais. COMPONENTES: CONSEA: órgão permanente da Presidência da República e responsável pela organização periódica de uma Conferência Nacional para estabelecer as diretrizes nacionais sobre o combate à fome e o acesso à alimentação. Câmara interministerial da SAN: Ministros e secretários especiais responsáveis pelas ações de SAN Instituições da SociedadeCivil Segurança Alimentar e Nutricional - 2007: Fortaleza: III Conferência Nacional de SAN - foco na construção PRÁTICA do SISAN Consolidação da SAN como política pública e sua consagração como prioridade social. Segurança Alimentar e Nutricional - 2008: Instalação da Câmara Interministerial de SAN (CAISAN), coordenada pelo ministro Patrus Ananias, como instância do Sisan. Responsabilidade: Elaboração da Política Nacional de SAN, baseada na III CNSAN. Comemoração de três datas fundamentais para a SAN: 60 anos: Declaração Universal dos Direitos do Homem, proclamada pela Assembléia Geral da ONU. 20 anos: A Constituição Federal de 1988 O primeiro centenário do nascimento de Josué de Castro. Elementos conceituais da Segurança Alimentar e Nutricional DIMENSÃO ALIMENTAR: Produção + Comercializacão + Consumo DIMENSÃO NUTRICIONAL: Utilização biológica do alimento e sua relação com a saúde Complexidade do Tema ... Acesso a alimentação + privação de qualquer outra necessidade básica = Alimento seguro + inadequado nutricionalmente e culturalmente = SAN SAN Complexidade do Tema ... (ATENÇÃO!!) Condições desiguais de comercialização (comércio internacional) Privatização dos recursos ambientais Uso indiscriminado de agrotóxicos na produção de alimentos Problemas ambientais gerados pelo processo produtivo Desperdício de alimentos Desigualdades de acesso à terra, água, renda, emprego, aos servicos públicos Fonte: FBSAN Parâmetros para monitorar a situação de SAN no Brasil: 1. Disponibilidade fisica de alimentos per capita/ano 2. Auto-suficiëncia do país na oferta de alimentos 3. Poder de compra do salário mínimo e da renda familiar 4. Poder de compra dos estratos mais pobres da população 5. Proporção da população assistida por programas de SA 6. Perfil do consumo alimentar por faixa etária 7. Prev. de BP, SP e OBES em adultos (IMC) 8. Prev. de déficit de peso e altura nos < 5 anos 9. Indice ou Proporção de indigentes Fonte: Consea INsegurança alimentar e nutricional Como pode ser medida? 15 perguntas fechadas (validação de questionário americano) – Ebia Classificação das famílias : I: Situação de seguranca alimentar II: Insegurança alimentar leve Receio ou medo de sofrer IA num futuro próximo: reflete o componente psicológico da IA e o problema de qualidade da alimentação III: Insegurança alimentar moderada Restrição na quantidade de alimentos IV: Insegurança alimentar grave Fome entre adultos e/ou crianças (Segall-Correa et al., 2004) Dados do País (2004) Domicílios com SA: 65,2% (33.754.206 domicílios estimados) Domicílios com IA: 34,8% (18.024.439 domicílios estimados) Leve: 16,0% Moderada: 12,3% Grave: 6,5% Domicílios com SA por Grandes Regiões: 1º: Sul: 73,9% 2º: Sudeste: 69,4% 3º: Centro-Oeste: 65,5% 4º: Norte: 47,9% 5º: Nordeste: 40,9% Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD. IBGE. 2004. Dados do País (2009) Comparando-se os dados de 2004 e 2009, verifica-se o aumento da segurança alimentar em todo o país. Em 2009, 69,8% dos domicílios particulares brasileiros tinham acesso regular e permanente a alimentos em qualidade e quantidade suficiente, contra 65% no levantamento anterior. Ao mesmo tempo, houve diminuição de 4,7 pontos percentuais no número de domicílios que tinham preocupação de que os alimentos fossem acabar ou que passam por restrições qualitativas ou quantitativas. O melhor desempenho no período foi registrado no Nordeste, seguido do Norte. Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD. IBGE, 2009. Dados do País (2013) Em 2013, a pesquisa registrou 65,3 milhões de domicílios particulares no Brasil, destes, 50,5 milhões (77,4%) estavam em situação de Segurança Alimentar (SA). A prevalência de domicílios com pessoas em situação de IA leve, ou seja, aqueles que tinham a preocupação quanto ao acesso aos alimentos no futuro, foi estimada em 14,8%, A proporção de domicílios particulares com moradores vivendo em situação de IA moderada foi 4,6% (equivalente a 3,0 milhões) Do total de domicílios, 3,2% (2,1 milhões) foram classificados como IA grave, restrição alimentar na qual para pelo menos uma pessoa foi reportada alguma experiência de fome no período investigado. Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD. IBGE, 2013. Dados do País (2014) Em 2014, 1.628 municípios responderam o questionário: quase 1,2 mil têm feiras livres 734 informaram ter Conselhos Municipais de Segurança Alimentar e Nutricional (Comsea). 75% dos municípios informaram realizar alguma atividade de educação alimentar e nutricional 42% das prefeituras promovem atividades de agricultura urbana. Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD. IBGE, 2014. INsegurança alimentar x DHAA Direito humano básico, reconhecido pelo Pacto Internacional de Direitos Humanos, Econômicos, Sociais e Culturais, ratificado por 153 países, inclusive o Brasil. Dever do Estado e responsabilidade da sociedade civil. Pressupõe uma alimentação adequada, garantindo a SAN e o direito a vida, entendido aqui como o acesso a riqueza material, cultural, científica e espiritual produzida pela espécie humana. DHAA Segurança alimentar e nutricional Realidade ..... FOME: falta de disponibilidade ou acesso ao alimentos em quantidade e qualidade que atenda as necessidades nutricionais... Fome pelo déficit energético Ingestão habitual não atende as necessidades energéticas Fome oculta ...devido a falta permanente de determinados nutrientes, grupos inteiros de populaçoes MORREM lentamente de fome, apesar de comerem todos os dias... (Castro, 1946) Priorização do crescimento econômico em detrimento das necessidades do ser humano?? SISAN - SISTEMA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL O SISAN foi instituído em 2006 pela Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional com o objetivo de assegurar o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) Marcos legais e institucionais: Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA) Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN) Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PLANSAN 2012/2015) Principais Programas de SAN (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E AGRÁRIO) Bolsa Família Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar Programa de Cisternas Programa do Leite (dentro do PAA) Restaurantes populares Cozinhas Comunitárias Bancos de Alimentos PRONAF Distribuição de Cestas Educação Alimentar e Nutricional (MDS) Programa cozinha Brasil - SESI CAISAN CONSEA/COMSEA CONSAD Programa Bolsa Família O Bolsa Família é um programa que contribui para o combate à pobreza. Transferindo a cada mês uma quantia em dinheiro diretamente às famílias. Acompanhando, nas áreas de saúde e educação, as crianças, os adolescentes e as mulheres grávidas que fazem parte do Programa. A seleção das famílias é feita a partir das informações registradas pelos municípios no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. Todo mês, o Governo Federal deposita um valor para as famílias que fazem parte do programa. O saque é feito com cartão emitido em nome do responsável familiar (preferencialmente mulher). Programa Bolsa Família Podem ser selecionadas para participar do Bolsa Família: - Todas as famílias com renda por pessoa de atéR$ 85,00 mensais; - Famílias com renda por pessoa entre R$ 85,01 e R$ 170,00 mensais, desde que tenham crianças ou adolescentes de 0 a 17 anos. *Condicionalidades: Cartão de Vacinação da Criança, Frequência Escolar, Acompanhamento da Saúde da Mulher, Pré-Natal Programa Bolsa Família - benefícios O valor que a família recebe por mês é a soma de vários tipos de benefícios previstos no Programa Bolsa Família. Os tipos e as quantidades de benefícios que cada família recebe dependem da composição (número de pessoas, idades, presença de gestantes etc.) e da renda da família beneficiária. Benefício Básico, no valor de R$ 85,00 — Pago apenas a famílias extremamente pobres (renda mensal por pessoa de até R$ 85,00). Programa Bolsa Família - benefícios Benefício Variável Vinculado ao Adolescente, no valor de R$ 46,00 (até dois por família). — Pago às famílias com renda mensal de até R$ 170,00 por pessoa e que tenham adolescentes entre 16 e 17 anos em sua composição. É exigida frequência escolar dos adolescentes. Benefício para Superação da Extrema Pobreza, em valor calculado individualmente para cada família. — Pago às famílias que continuem com renda mensal por pessoa inferior a R$ 85,00, mesmo após receberem os outros tipos de benefícios do Programa. — O valor do benefício é calculado caso a caso, de acordo com a renda e a quantidade de pessoas da família, para garantir que a família ultrapasse o piso de R$ 85,00 de renda por pessoa. Programa de Aquisiçao de Alimentos É um programa de compras do governo federal, que promove a organização produtiva e econômica no meio rural, o combate à pobreza extrema, o desenvolvimento local e a segurança alimentar e nutricional. Os agricultores familiares vendem seus produtos para o governo: são destinados a escolas doados para entidades da rede socioassistencial e para equipamentos públicos de alimentação e nutrição (como restaurantes populares e bancos de alimentos) podem ser usados para formar estoques públicos e para compor cestas de alimentos distribuídas a grupos populacionais específicos ou em ações emergenciais, em complementação à ação da Defesa Civil. Programa de Cisternas Acesso à água para o consumo humano e para a produção de alimentos, por meio da construção de cisternas de placas e outras tecnologias sociais de captação de água da chuva, destinadas às famílias rurais de baixa renda sem abastecimento regular ou com acesso precário à água de qualidade, especialmente no semiárido. Programa do Leite Objetivos: Diminuir a vulnerabilidade social, combatendo a fome e a desnutrição Fortalecer a cadeia produtiva do leite, gerando emprego e renda Beneficiados: possuir renda per capita no máximo meio salário mínimo Crianças até 7 anos Gestantes e Lactantes Idosos O que recebe: Cada família recebe 1 litro de leite por dia. Cada família pode receber no máximo:2 litros de leite/dia. Programa do Leite Desde dezembro de 2013, quando foram firmados os convênios atuais, o PAA adquire leite bovino e caprino de mais de 25 mil produtores familiares. O produto é distribuído a 2.626 entidades recebedoras de alimentos e chega às casas de quase 500 mil famílias, em 787 municípios. Restaurantes Populares Produção de cerca de 1000 refeições diárias - preços acessíveis à população de cidades com mais de 100 mil habitantes. Público alvo: O público beneficiário dos restaurantes são trabalhadores formais e informais de baixa renda, desempregados, estudantes, aposentados, moradores de rua e famílias em situação de risco de insegurança alimentar e nutricional. 1 unidade em Fortaleza com produção de 1400 refeições/dia (ano de 2015) Cozinhas Comunitarias Mini restaurantes populares - 300 a 500 refeições saudáveis/dia a preços acessíveis à população de bairros populosos das periferias urbanas. É local de oficinas e cursos de capacitação, atendendo aos usuários dos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), merendeiras dos programas socioeducativos e entidades parceiras do Banco de Alimentos Atualmente, são 407 unidades que funcionam em 22 estados brasileiros, servindo cerca de 87 mil refeições diárias. 1 unidade em Fortaleza (ano de 2015). Banco de Alimentos Instalados em cidades com pelo menos 100 mil habitantes: arrecadação de alimentos doados por supermercados, feiras, indústrias, etc. Os produtos recebidos são selecionados, eventualmente processados, separados em porções e embalados. Distribuição gratuita a entidades socioassistenciais que oferecem alimentação a pessoas em situação de IAN, como creches, albergues e asilos. Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF Destina-se a estimular a geração de renda e melhorar o uso da mão de obra familiar, por meio do financiamento de atividades e serviços rurais agropecuários e não agropecuários* desenvolvidos em estabelecimento rural ou em áreas comunitárias próximas. FINANCIA PROJETOS INDIVIDUAIS OU COLETIVOS *Atividades não agropecuárias: os serviços relacionados com turismo rural, produção artesanal, agronegócio familiar e outras prestações de serviços no meio rural, que sejam compatíveis com a natureza da exploração rural e com o melhor emprego da mão de obra familiar. Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF Limites de crédito por beneficiário a cada ano agrícola: I - até R$150.000,00 (cento e cinquenta mil reais); II - até R$300.000,00 (trezentos mil reais) para atividades de suinocultura, avicultura e fruticultura. Distribuição de Cestas a Grupos Específicos É uma ação emergencial para assistir grupos específicos em situação de insegurança alimentar e nutricional com cestas de alimentos. Objetivo: Atender emergencialmente aos grupos populacionais tradicionais e específicos em situação de insegurança alimentar e nutricional. Distribuição de Cestas a Grupos Específicos • famílias acampadas que aguardam acesso ao Plano Nacional de Reforma Agrária; • comunidades indígenas; • comunidades quilombolas; • comunidades de terreiros; • famílias atingidas pelos efeitos da construção de barragens; • pescadores artesanais. promover a alimentação saudável e sustentável, a partir de uma campanha de consumo consciente. incentivar o consumo de alimentos saudáveis. fortalecer as ações de educação alimentar e nutricional nas redes públicas de educação, saúde e assistência social. promover parcerias entre o setor privado, público e as organizações econômicas da agricultura familiar e ampliar e qualificar os canais de comercialização da agricultura familiar e produção orgânica/agroecológica deixando como legado a integração dos atores da cadeia de alimentos saudáveis, promovendo hábitos de consumo saudáveis, gerando renda, inclusão social e sustentabilidade. Campanha “Brasil Saudável e Sustentável” Educação Alimentar e Nutricional: Educação Alimentar e Nutricional: Educação Alimentar e Nutricional: Cozinha Brasil (SESI) • O Cozinha Brasil, atualmente, oferece cursos de curta e média duração, gratuitos à população para o ensino da prática de uma alimentação nutritiva e saudável, de baixo custo e que respeita as diferenças regionais e das estações. Os participantes aprendem a: • escolher os alimentos por seu valor nutritivo, preço e apresentação; • aproveitar integralmente os alimentos, reduzindo o desperdício; • preparar refeições observando a limpeza e preservando o sabor e os nutrientes dos alimentos; • consumir alimentos em quantidadeadequada e sob condições de higiene; • promover a melhoria da renda familiar. Educação Alimentar e Nutricional: Cozinha Brasil (SESI) Cozinhas didáticas instaladas em um veículo de grande porte: aproveitamento melhor os alimentos e compor uma boa alimentação. As receitas são de baixo custo e com alto valor nutricional. Educação Alimentar e Nutricional: Cozinha Brasil (SESI) Capacitou mais de 340 mil alunos em mais de 900 municípios em todo o Brasil. Atualmente, o Cozinha Brasil tem 30 unidades móveis em funcionamento e 216 profissionais de nível superior envolvidos. PLANO NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL (PLANSAN 2016-2019) APROVADO PELO PLENO EXECUTIVO DA CÂMARA INTERMINISTERIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL (CAISAN) EM 05.05.2016 O papel do CONSEA Caráter consultivo e assessor à Presidência da República, traçando as diretrizes para que o País garanta o direito humano à alimentação. A ação local é fundamental. Estados e municípios devem criar conselhos locais para tratar de questões específicas da região relacionadas à Segurança Alimentar e Nutricional. O Consea estimula a organização da sociedade para que ela faça a sua parte na formulação, execução e acompanhamento de políticas de segurança alimentar e nutricional. Reuniões bimestrais. Estados e municípios devem criar conselhos locais para tratar de questões específicas da região relacionadas à Segurança Alimentar e Nutricional. Atualmente são cerca de 27 conselhos estaduais (2014). CONSEA – CEARÁ História: Foi criado através do Decreto nº 27.008, de 15 de abril de 2003 e alterado pelos Decretos de números 27.256 de 18 de novembro de 2003 e 29.057 de 07 de novembro de 2007. Vinculação: Funciona Vinculado a Secretária de Trabalho e Desenvolvimento Social do Estado do Ceará. Câmaras: Atualmente conta com três Câmaras Temáticas: Produção e Abastecimento; Educação, Saúde e Nutrição e Fortalecimento e Criação de Conseas Municipais. Além dos três Grupos de Trabalho: Criação da LOSAN Ceará e Plano de Trabalho do CONSEA-CE; Elaboração do Plano de Capacitação em SAN; Elaboração do Plano Estadual em SAN e seu Monitoramento. CONSEA – CEARÁ Equipe Presidente: Helena Selma Azevedo (Economista Doméstica e Profª da UFC) Representa o Fórum Cearense de Segurança Alimentar e Nutricional – FCSAN Secretário Executivo: Francisco José Tabosa Assistentes Administrativos: Salete Salomoni / Marelda de Paula Garcia Assessor de Comunicação: Felipe Farias O Conselho é composto por 34 membros. Sendo 14 representantes de órgãos da administração estadual e 20 representantes de outras organizações dentre organismos Federais, da Sociedade Civil e de Cooperação internacional. Fale Conosco Rua Pereira Valente, 491 - Aldeota Fortaleza- Ceará CEP: 60160-250 Fone/Fax: 3101.1563 E-mail: conseaceara@yahoo.com.br"> conseaceara@yahoo.com.br Blog: www.conseaceara.blogspot.com CONSEA – CEARÁ 2015: A Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS) e o Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Ceará (Consea/CE) realizaram a V Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Cesan). Tema do encontro “Comida de Verdade no Campo e na Cidade: por Direitos e Soberania Alimentar”. Foram abordados avanços e obstáculos para a conquista da alimentação adequada; alcance da política pública e fortalecimento do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional. O papel dos COMSEAs O QUE FAZ O CONSELHO MUNICIPAL (COMSEA)? Elabora diretrizes para implantar o plano e a política local de segurança alimentar e nutricional, em sintonia com as diretrizes traçadas pelos conselhos estadual e nacional e com a PNAN; O Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Município deve congregar três setores da sociedade: representantes do poder público; representantes de entidades ou de instituições que já atuam em segurança alimentar (igrejas, sindicatos, cooperativas, ONGs, etc.); e representantes da sociedade civil organizada. • 1/3 de representantes governamentais: das áreas ligadas diretamente ao tema da segurança alimentar; • 2/3 da sociedade civil que tradicionalmente atue ou preste relevantes serviços no âmbito estadual ou municipal em questões relacionadas a segurança alimentar O papel do COMSEA *O COMSEA Fortaleza, criado pela Lei nº 9.564 de 28 de dezembro de 2009, é composto por 24 conselheiros/as, sendo 8 representantes do Poder Público Municipal e 16 representantes da sociedade civil (checar atualizações). Consórcio de Segurança Alimentar e Desenvolvimento Local (CONSAD) Arranjos territoriais em regiões de baixo índice de desenvolvimento com o objetivo de promover a cooperação entre os Municípios, em prol da SAN e do desenvolvimento local (Organizado em associações de municípios e entidades da sociedade civil: sem fins lucrativos) Objetivos: Promover e incentivar iniciativas de segurança alimentar e desenvolvimento local de âmbito regional na forma de cooperação interfederativa; Potencializar ações e esforços entre a sociedade civil e os três níveis de governo. Atualmente: mais de 40 Consads desenvolvem projetos de SA em 580 municípios (11,2 milhões de pessoas) REFERÊNCIAS IMPORTANTES Emenda Constitucional nº 64, de 4 de fevereiro de 2010 - Altera o art. 6º da Constituição Federal, para introduzir a alimentação como direito social. Lei 11.346, de 15 de setembro de 2006 - Cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) com vistas em assegurar o direito humano à alimentação adequada e dá outras providências. Considerações finais Enquanto houver privação e o desrespeito ao DHAA, haverá luta.... A luta pela SAN é DINÂMICA, PERMANENTE e de TODOS... O trabalho para erradicar a miséria e a fome no mundo, trabalho para preservar o meio ambiente e contribui para a paz mundial. “Uma criança faminta no mundo, é uma ameaça à paz” (Dom Mauro Morelli) "A solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana." Franz Kafka Na perspectiva desta história o que importa é não prevalecerem as declarações de boas intenções, porém aumentar a margem para otimismo quanto às alternativas concretas de intervenção nas prioridades fixadas e diminuir o distanciamento entre as intenções e as ações efetivas (Arruda e Arruda, 2007).
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