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Segurança Alimentar e Nutricional

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SEGURANÇA ALIMENTAR E 
NUTRICIONAL
Histórico da Segurança Alimentar e Nutricional
 Primeira Guerra Mundial (1914-1918)
 Início da utilização do termo na Europa
 Foco: auto-suficiência dos Países em relação a produção 
de alimentos
 Segunda Guerra Mundial (1939-45)
 Preocupação mundial: combate a fome
 Criação da FAO (1945) e OMS (1948)
 Tensão entre as organizaçães que entendiam o 
acesso ao alimento adequado como um direito humano e 
outros que entendiam que SA deveria ser garantida por 
mecanismos de mercado (Fundo Monetário Internacional 
e Banco Mundial)
Histórico da Segurança Alimentar e Nutricional
 1946:
 Lançamento da obra-prima Geografia da Fome, de Josué de
Castro, que analisou as principais carências alimentares de 
cada uma das cinco regiões do Brasil.
 Década de 70
 1974: Crise mundial de alimentos 
I Conferência Mundial de alimentação
Promovida pela FAO e ONU
 Discutiu-se a criação do conceito de SA mundialmente: 
 Constatação da necessidade de aumentar produção 
de alimentos apesar da consciência de que a falta de 
acesso também era um problema!!!!
Histórico da Segurança Alimentar e Nutricional
 Década de 80
 A FAO dissemina pela América Latina o tema SAN com enfoque na 
produção de alimentos:
 Sufiente
 Estável (controle das oscilações de mercado pelos Países) 
 Autônoma 
 Equitativa (contemplação de todos os agricultores) 
 Sustentável (uso racional dos recursos naturais)
 1985: Proposta de criação da 1ª política nacional de SAN 
pelo Ministério da Agricultura
 Sugestão da criação do conselho de SAN presidido pelo 
presidente
 Atendimento das necessidades nutricionais da 
população e garantia da auto-suficiência nacional na 
produção de alimentos
Marco inicial nacional
Segurança Alimentar e Nutricional
- 1986:
- 8ª Conferência Nacional de Saúde
- I Conferência Nacional de Alimentação e Nutrição: 
- Amplo debate em torno da questao alimentar e 
nutricional brasileira: Proposta da criação da PNAN e SISAN
*ALIMENTAÇÃO COMO DIREITO UNIVERSAL*
- 1988 (Constituição Federal Brasileira) 
- ARTIGO 6 - São direitos sociais: a educação, a saúde, a
alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a
previdëncia social, a proteção a maternidade e a infância, a
assistência aos desamparados....
- 1991/92 (Governo Collor):
- *Abandono da questão alimentar*
Segurança Alimentar e Nutricional
- 1992: 
- Conferência Internacional sobre Nutrição
- Influência nas politicas nacionais
- Lançamento do Mapa da Fome (IPEA):
- 32 milhões de brasileiros (> 20% da população) não tinham 
renda para se alimentar.
- 1993 (Governo Itamar): Impeachment do Presidente Collor...
- Intenso movimento da sociedade civil brasileira: 
Movimento pela ética na política
Ação da cidadania contra a fome, a miséria e pela vida (Betinho)
- Criação do Comitê de Entidades no Combate a Fome e pela Vida: 
rede de mobilizaçao nacional.
- Apoio da mídia, formadores de opinião, artistas e intelectuais, 
empresas, ONGs...
Segurança Alimentar e Nutricional
- 1993 (Governo Itamar):
- Criação do CONSEA (lideranças do PT propuseram):
- INCLUSÃO DA FOME NA AGENDA POLÍTICA, devido ao 
crescimento da miséria e da desigualdade social
- CONQUISTA: 
- Participação da sociedade civil na vida política
- Fome: problema político
- Foco: Plano Nacional de Combate a Fome e a Miséria 
dentro dos princípios de solidariedade, parceria e 
descentralizaçao
- 1994:
- Brasília: I Conferência Nacional de SAN
- Importante parceria: governo e sociedade civil
- Traçou um diagnóstico da fome no Brasil e propôs as bases 
para a elaboração de uma Política Nacional de SAN
Segurança Alimentar e Nutricional
- 1995 (FHC):
- Opção pelo ajuste estrutural (PLANO REAL) e rompimento 
com os defensores de uma política de SAN
- Extinsão do CONSEA e criação do Conselho do Programa 
Comunidade Solidária: continuaria a luta focado no 
combate a probreza. 
- Criação do PRONAF
- 1996:
- Cúpula Mundial de Alimentação (influência mundial)
- Meta: Erradicaçao da FOME MUNDIAL
Segurança Alimentar e Nutricional
- 1998:
- Fórum Brasileiro de SAN
- Manteve as discussões para a construção de uma política 
pública de combate à fome junto a governos municipais e 
estaduais (estímulo a crianção de conselhos estaduais).
- 1999: Abandono dos debates e ações sobre SAN
- 2001: Adoção da medida provisória criando o programa 
nacional de renda mínima: BOLSA ALIMENTAÇÃO
Programa Nacional de Renda Mínima vinculado à Saúde:
instrumento de participação financeira da União na
complementação da renda familiar para melhoria da
alimentação, das condições de saúde e nutrição de 3,58
milhões de pessoas sendo 2,77 milhões de crianças de seis
meses a seis anos e onze meses de idade e 803,0 mil mulheres
gestantes e nutrizes.
Segurança Alimentar e Nutricional
- 2003 (Governo Lula):
 Retomada das ações de SAN
 Lançamento do FOME ZERO: assegurar o DHAA, 
promovendo a SAN e contribuindo para a conquista da 
cidadania pela população mais vulnerável à fome.
 Recriação do CONSEA
 Criação do Ministério Extraordinário da SAN (MESA).
 Criação do Programa de Aquisição de Alimentos da 
Agricultura Familiar (PAA):
 Articula produção de alimentos da agricultura familiar e 
acesso à alimentação saudável por famílias em situação 
de vulnerabilidade social.
Segurança Alimentar e Nutricional
- 2003 (Governo Lula):
 PROGRAMA FOME ZERO: 
1: POLÍTICAS ESTRUTURAIS (CAUSAS BÁSICAS DA 
FOME E DA POBREZA) + 
POLÍTICAS ESPECÍFICAS (GARANTIR ACESSO AOS 
ALIMENTOS) + 
POLÍTICAS LOCAIS (NECESSIDADE DE CADA ESTADO, 
CIDADE, MUNICÍPIO)
2: CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA DE UMA POLÍTICA DE 
SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL COM A 
PARTICIPAÇÃO SOCIAL ATIVA
3: MUTIRÃO CONTRA A FOME: MOVIMENTO NACIONAL 
DE SOLIDARIEDADE
Segurança Alimentar e Nutricional
- 2004:
 Criação do Programa Bolsa Família: unificação de outros 
programas nacionais de transferência direta de renda.
 II Conferência Nacional de SAN (Olinda)
 Criação do Ministério do Desenvolvimento Social e 
Combate à Fome (MDS), unificando três estruturas 
distintas: o MESA, o Ministério da Assistência Social (MAS) 
e a Secretaria Executiva do Bolsa Família. 
 MISSÃO: Articular as políticas de SAN, Assistencia Social e 
Transferência de Renda:
 COMBATER A DESIGUALDADE E PROPORCIONAR 
INCLUSÃO SOCIAL
Segurança Alimentar e Nutricional
- 2006:
Lei Orgânica da Segurança Alimentar e Nutricional
(LOSAN) – nº11.346, de 15/09/2006
“Segurança alimentar e nutricional (SAN) consiste na 
realização do direito de todos ao acesso regular e 
permanente de alimentos de qualidade, em quantidade 
suficiente, sem comprometer o acesso a outras 
necessidades essenciais, tendo como base práticas 
alimentares promotoras da saúde que respeitem a 
diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, 
econômica e socialmente sustentáveis’’ (Consea, 2004) 
Assegura a alimentação adequada como direito 
fundamental do ser humano, cabendo ao poder 
público adotar políticas e ações que garantam a 
SAN
Segurança Alimentar e Nutricional
- 2006:
Instituição do SISAN
Objetivo: formulação e implementação de politicas e 
planos de SAN + estímulo a integraçao dos esforços entre 
governo e sociedade civil + promoçao, acompanhamento, 
monitoramento e avaliaçao da SAN no Pais.
 COMPONENTES: 
 CONSEA: órgão permanente da Presidência da República e 
responsável pela organização periódica de uma Conferência 
Nacional para estabelecer as diretrizes nacionais sobre o 
combate à fome e o acesso à alimentação.
 Câmara interministerial da SAN: Ministros e secretários 
especiais responsáveis pelas ações de SAN
 Instituições da SociedadeCivil
Segurança Alimentar e Nutricional
- 2007:
Fortaleza: III Conferência Nacional de SAN - foco na 
construção PRÁTICA do SISAN 
Consolidação da SAN como política pública e sua 
consagração como prioridade social.
Segurança Alimentar e Nutricional
- 2008:
 Instalação da Câmara Interministerial de SAN (CAISAN), 
coordenada pelo ministro Patrus Ananias, como instância do 
Sisan. 
 Responsabilidade: Elaboração da Política Nacional de SAN, 
baseada na III CNSAN.
 Comemoração de três datas fundamentais para a SAN:
 60 anos: Declaração Universal dos Direitos do Homem, 
proclamada pela Assembléia Geral da ONU. 
 20 anos: A Constituição Federal de 1988 
 O primeiro centenário do nascimento de Josué de Castro.
Elementos conceituais da Segurança 
Alimentar e Nutricional
DIMENSÃO ALIMENTAR:
Produção + Comercializacão + Consumo 
DIMENSÃO NUTRICIONAL:
Utilização biológica do alimento e sua relação 
com a saúde
Complexidade do Tema ...
 Acesso a alimentação + privação de qualquer 
outra necessidade básica =
 Alimento seguro + inadequado 
nutricionalmente e culturalmente = 
SAN
SAN
Complexidade do Tema ... 
(ATENÇÃO!!)
 Condições desiguais de comercialização (comércio 
internacional)
 Privatização dos recursos ambientais
 Uso indiscriminado de agrotóxicos na produção de 
alimentos
 Problemas ambientais gerados pelo processo produtivo
 Desperdício de alimentos
 Desigualdades de acesso à terra, água, renda, emprego, 
aos servicos públicos
Fonte: FBSAN

Parâmetros para monitorar a situação de 
SAN no Brasil:
1. Disponibilidade fisica de alimentos per capita/ano
2. Auto-suficiëncia do país na oferta de alimentos
3. Poder de compra do salário mínimo e da renda familiar
4. Poder de compra dos estratos mais pobres da população
5. Proporção da população assistida por programas de SA
6. Perfil do consumo alimentar por faixa etária
7. Prev. de BP, SP e OBES em adultos (IMC)
8. Prev. de déficit de peso e altura nos < 5 anos
9. Indice ou Proporção de indigentes
Fonte: Consea
INsegurança alimentar e nutricional
Como pode ser medida? 15 perguntas fechadas (validação 
de questionário americano) – Ebia 
Classificação das famílias :
I: Situação de seguranca alimentar
II: Insegurança alimentar leve
Receio ou medo de sofrer IA num futuro próximo: reflete o 
componente psicológico da IA e o problema de qualidade da 
alimentação
III: Insegurança alimentar moderada
Restrição na quantidade de alimentos
IV: Insegurança alimentar grave 
Fome entre adultos e/ou crianças
(Segall-Correa et al., 2004)
Dados do País (2004)
 Domicílios com SA: 65,2% (33.754.206 domicílios estimados)
 Domicílios com IA: 34,8% (18.024.439 domicílios estimados)
Leve: 16,0%
Moderada: 12,3% 
Grave: 6,5%
 Domicílios com SA por Grandes Regiões:
1º: Sul: 73,9% 
2º: Sudeste: 69,4% 
3º: Centro-Oeste: 65,5%
4º: Norte: 47,9%
5º: Nordeste: 40,9%
Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD. IBGE. 2004.
Dados do País (2009)
 Comparando-se os dados de 2004 e 2009, verifica-se o 
aumento da segurança alimentar em todo o país. Em 2009, 
69,8% dos domicílios particulares brasileiros tinham acesso 
regular e permanente a alimentos em qualidade e quantidade 
suficiente, contra 65% no levantamento anterior. 
 Ao mesmo tempo, houve diminuição de 4,7 pontos 
percentuais no número de domicílios que tinham preocupação 
de que os alimentos fossem acabar ou que passam por 
restrições qualitativas ou quantitativas. 
 O melhor desempenho no período foi registrado no Nordeste, 
seguido do Norte. 
Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD. IBGE, 2009.
Dados do País (2013)
 Em 2013, a pesquisa registrou 65,3 milhões de domicílios particulares 
no Brasil, destes, 50,5 milhões (77,4%) estavam em situação de 
Segurança Alimentar (SA).
 A prevalência de domicílios com pessoas em situação de IA leve, ou 
seja, aqueles que tinham a preocupação quanto ao acesso aos alimentos 
no futuro, foi estimada em 14,8%, 
 A proporção de domicílios particulares com moradores vivendo em 
situação de IA moderada foi 4,6% (equivalente a 3,0 milhões)
 Do total de domicílios, 3,2% (2,1 milhões) foram classificados como IA 
grave, restrição alimentar na qual para pelo menos uma pessoa foi 
reportada alguma experiência de fome no período investigado. 
Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD. IBGE, 2013.
Dados do País (2014)
 Em 2014, 1.628 municípios responderam o 
questionário:
 quase 1,2 mil têm feiras livres 
 734 informaram ter Conselhos Municipais de Segurança 
Alimentar e Nutricional (Comsea). 
 75% dos municípios informaram realizar alguma atividade de 
educação alimentar e nutricional 
 42% das prefeituras promovem atividades de agricultura urbana. 
Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD. IBGE, 2014.
INsegurança alimentar x DHAA
Direito humano básico, reconhecido pelo Pacto 
Internacional de Direitos Humanos, Econômicos, Sociais 
e Culturais, ratificado por 153 países, inclusive o Brasil. 
Dever do Estado e responsabilidade da sociedade civil.
Pressupõe uma alimentação adequada, garantindo a 
SAN e o direito a vida, entendido aqui como o acesso a 
riqueza material, cultural, científica e espiritual 
produzida pela espécie humana.
DHAA
Segurança 
alimentar e 
nutricional
Realidade .....
 FOME: falta de disponibilidade ou acesso ao 
alimentos em quantidade e qualidade que atenda 
as necessidades nutricionais...
 Fome pelo déficit energético
Ingestão habitual não atende as necessidades energéticas
 Fome oculta 
 ...devido a falta permanente de determinados nutrientes, 
grupos inteiros de populaçoes MORREM lentamente de fome, 
apesar de comerem todos os dias... (Castro, 1946)
 Priorização do crescimento econômico em 
detrimento das necessidades do ser humano??
SISAN - SISTEMA NACIONAL DE 
SEGURANÇA ALIMENTAR E 
NUTRICIONAL
 O SISAN foi instituído em 2006 pela Lei Orgânica de 
Segurança Alimentar e Nutricional com o objetivo de 
assegurar o Direito Humano à Alimentação 
Adequada (DHAA)
 Marcos legais e institucionais:
 Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional 
(SISAN)
 Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional 
(CONSEA)
 Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e 
Nutricional (CAISAN)
 Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional 
(PLANSAN 2012/2015)
Principais Programas de SAN 
(MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO 
SOCIAL E AGRÁRIO)
 Bolsa Família
 Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar 
 Programa de Cisternas
 Programa do Leite (dentro do PAA)
 Restaurantes populares
 Cozinhas Comunitárias 
 Bancos de Alimentos
 PRONAF
 Distribuição de Cestas
 Educação Alimentar e Nutricional (MDS)
 Programa cozinha Brasil - SESI
 CAISAN
 CONSEA/COMSEA 
 CONSAD
Programa Bolsa Família
 O Bolsa Família é um programa que contribui para o 
combate à pobreza. 
 Transferindo a cada mês uma quantia em dinheiro diretamente às 
famílias.
 Acompanhando, nas áreas de saúde e educação, as crianças, os 
adolescentes e as mulheres grávidas que fazem parte do 
Programa.
 A seleção das famílias é feita a partir das informações 
registradas pelos municípios no Cadastro Único para 
Programas Sociais do Governo Federal.
 Todo mês, o Governo Federal deposita um valor para as 
famílias que fazem parte do programa. O saque é feito 
com cartão emitido em nome do responsável familiar 
(preferencialmente mulher).
Programa Bolsa Família
 Podem ser selecionadas para participar do 
Bolsa Família:
 - Todas as famílias com renda por pessoa de atéR$ 85,00 mensais;
 - Famílias com renda por pessoa entre R$ 85,01 e 
R$ 170,00 mensais, desde que tenham crianças ou 
adolescentes de 0 a 17 anos.
*Condicionalidades: Cartão de Vacinação da Criança, 
Frequência Escolar, Acompanhamento da Saúde da 
Mulher, Pré-Natal
Programa Bolsa Família - benefícios
 O valor que a família recebe por mês é a soma de
vários tipos de benefícios previstos no Programa
Bolsa Família. Os tipos e as quantidades de
benefícios que cada família recebe dependem da
composição (número de pessoas, idades, presença
de gestantes etc.) e da renda da família
beneficiária.
 Benefício Básico, no valor de R$ 85,00
 — Pago apenas a famílias extremamente pobres 
(renda mensal por pessoa de até R$ 85,00).
Programa Bolsa Família - benefícios
 Benefício Variável Vinculado ao Adolescente, no valor 
de R$ 46,00 (até dois por família).
 — Pago às famílias com renda mensal de até R$ 170,00 por 
pessoa e que tenham adolescentes entre 16 e 17 anos em 
sua composição. É exigida frequência escolar dos 
adolescentes. 
 Benefício para Superação da Extrema Pobreza, em 
valor calculado individualmente para cada família.
 — Pago às famílias que continuem com renda mensal por 
pessoa inferior a R$ 85,00, mesmo após receberem os outros 
tipos de benefícios do Programa.
 — O valor do benefício é calculado caso a caso, de acordo 
com a renda e a quantidade de pessoas da família, para 
garantir que a família ultrapasse o piso de R$ 85,00 de renda 
por pessoa.
Programa de Aquisiçao de Alimentos 
 É um programa de compras do governo federal, que 
promove a organização produtiva e econômica no meio 
rural, o combate à pobreza extrema, o 
desenvolvimento local e a segurança alimentar e 
nutricional.
 Os agricultores familiares vendem seus produtos para 
o governo:
 são destinados a escolas
 doados para entidades da rede socioassistencial e para 
equipamentos públicos de alimentação e nutrição (como 
restaurantes populares e bancos de alimentos)
 podem ser usados para formar estoques públicos e para 
compor cestas de alimentos distribuídas a grupos 
populacionais específicos ou em ações emergenciais, em 
complementação à ação da Defesa Civil.
Programa de Cisternas
 Acesso à água para o consumo humano e para a 
produção de alimentos, por meio da construção de 
cisternas de placas e outras tecnologias sociais de 
captação de água da chuva, destinadas às famílias 
rurais de baixa renda sem abastecimento regular ou 
com acesso precário à água de qualidade, 
especialmente no semiárido.
Programa do Leite
 Objetivos: 
 Diminuir a vulnerabilidade social, combatendo a fome e a 
desnutrição
 Fortalecer a cadeia produtiva do leite, gerando emprego e 
renda
 Beneficiados: 
 possuir renda per capita no máximo meio salário mínimo 
 Crianças até 7 anos
 Gestantes e Lactantes
 Idosos
 O que recebe: 
 Cada família recebe 1 litro de leite por dia. 
 Cada família pode receber no máximo:2 litros de leite/dia.
Programa do Leite
 Desde dezembro de 2013, quando foram firmados os 
convênios atuais, o PAA adquire leite bovino e caprino de 
mais de 25 mil produtores familiares. O produto é 
distribuído a 2.626 entidades recebedoras de alimentos e 
chega às casas de quase 500 mil famílias, em 787 
municípios.
Restaurantes Populares
 Produção de cerca de 1000 refeições diárias -
preços acessíveis à população de cidades com mais 
de 100 mil habitantes.
 Público alvo:
 O público beneficiário dos restaurantes são trabalhadores formais e 
informais de baixa renda, desempregados, estudantes, 
aposentados, moradores de rua e famílias em situação de risco de 
insegurança alimentar e nutricional.
 1 unidade em Fortaleza com produção de 1400 refeições/dia (ano 
de 2015)
Cozinhas Comunitarias
 Mini restaurantes populares - 300 a 500 
refeições saudáveis/dia a preços acessíveis à 
população de bairros populosos das periferias 
urbanas.
 É local de oficinas e cursos de capacitação, 
atendendo aos usuários dos Centros de Referência 
da Assistência Social (CRAS), merendeiras dos 
programas socioeducativos e entidades parceiras 
do Banco de Alimentos
 Atualmente, são 407 unidades que funcionam em 
22 estados brasileiros, servindo cerca de 87 mil 
refeições diárias.
 1 unidade em Fortaleza (ano de 2015).
Banco de Alimentos 
 Instalados em cidades com pelo menos 100 mil 
habitantes: arrecadação de alimentos doados por 
supermercados, feiras, indústrias, etc. 
 Os produtos recebidos são selecionados, 
eventualmente processados, separados em porções 
e embalados.
 Distribuição gratuita a entidades socioassistenciais 
que oferecem alimentação a pessoas em situação de 
IAN, como creches, albergues e asilos. 
Programa Nacional de Fortalecimento da 
Agricultura Familiar - PRONAF
 Destina-se a estimular a geração de renda e 
melhorar o uso da mão de obra familiar, por 
meio do financiamento de atividades e serviços 
rurais agropecuários e não agropecuários* 
desenvolvidos em estabelecimento rural ou em 
áreas comunitárias próximas.
 FINANCIA PROJETOS INDIVIDUAIS OU COLETIVOS
 *Atividades não agropecuárias: os serviços relacionados 
com turismo rural, produção artesanal, agronegócio 
familiar e outras prestações de serviços no meio rural, 
que sejam compatíveis com a natureza da exploração 
rural e com o melhor emprego da mão de obra familiar.
Programa Nacional de Fortalecimento da 
Agricultura Familiar - PRONAF
 Limites de crédito por beneficiário a cada ano 
agrícola:
 I - até R$150.000,00 (cento e cinquenta mil reais); 
 II - até R$300.000,00 (trezentos mil reais) para atividades 
de suinocultura, avicultura e fruticultura.
Distribuição de Cestas a Grupos 
Específicos
É uma ação emergencial para assistir 
grupos específicos em situação de 
insegurança alimentar e nutricional com 
cestas de alimentos.
Objetivo: Atender emergencialmente aos 
grupos populacionais tradicionais e específicos 
em situação de insegurança alimentar e 
nutricional.
Distribuição de Cestas a Grupos 
Específicos
• famílias acampadas que aguardam acesso ao Plano 
Nacional de Reforma Agrária;
• comunidades indígenas;
• comunidades quilombolas;
• comunidades de terreiros;
• famílias atingidas pelos efeitos da construção de 
barragens;
• pescadores artesanais.
 promover a alimentação saudável e sustentável, a partir 
de uma campanha de consumo consciente. 
 incentivar o consumo de alimentos saudáveis.
 fortalecer as ações de educação alimentar e nutricional 
nas redes públicas de educação, saúde e assistência 
social.
 promover parcerias entre o setor privado, público e as 
organizações econômicas da agricultura familiar e 
ampliar e qualificar os canais de comercialização da 
agricultura familiar e produção orgânica/agroecológica 
deixando como legado a integração dos atores da 
cadeia de alimentos saudáveis, promovendo hábitos de 
consumo saudáveis, gerando renda, inclusão social e 
sustentabilidade.
Campanha “Brasil Saudável e 
Sustentável”
Educação Alimentar e Nutricional:
Educação Alimentar e Nutricional:
Educação Alimentar e Nutricional: 
Cozinha Brasil (SESI)
• O Cozinha Brasil, atualmente, oferece cursos de curta e 
média duração, gratuitos à população para o ensino da 
prática de uma alimentação nutritiva e saudável, de baixo 
custo e que respeita as diferenças regionais e das estações.
Os participantes aprendem a:
• escolher os alimentos por seu valor nutritivo, preço e 
apresentação;
• aproveitar integralmente os alimentos, reduzindo o 
desperdício;
• preparar refeições observando a limpeza e preservando o 
sabor e os nutrientes dos alimentos;
• consumir alimentos em quantidadeadequada e sob 
condições de higiene;
• promover a melhoria da renda familiar.
Educação Alimentar e Nutricional: 
Cozinha Brasil (SESI)
Cozinhas didáticas instaladas em um veículo de 
grande porte: aproveitamento melhor os alimentos e 
compor uma boa alimentação.
As receitas são de baixo custo e com alto valor 
nutricional.
Educação Alimentar e Nutricional: 
Cozinha Brasil (SESI)
Capacitou mais de 340 mil alunos em mais de 900 
municípios em todo o Brasil. 
Atualmente, o Cozinha Brasil tem 30 unidades 
móveis em funcionamento e 216 profissionais de 
nível superior envolvidos.
PLANO NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E 
NUTRICIONAL (PLANSAN 2016-2019) APROVADO 
PELO PLENO EXECUTIVO DA CÂMARA 
INTERMINISTERIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E 
NUTRICIONAL (CAISAN) EM 05.05.2016 
O papel do CONSEA
 Caráter consultivo e assessor à Presidência da República, 
traçando as diretrizes para que o País garanta o direito humano 
à alimentação. 
 A ação local é fundamental. Estados e municípios devem criar 
conselhos locais para tratar de questões específicas da região 
relacionadas à Segurança Alimentar e Nutricional. O Consea 
estimula a organização da sociedade para que ela faça a sua 
parte na formulação, execução e acompanhamento de políticas 
de segurança alimentar e nutricional.
 Reuniões bimestrais.
 Estados e municípios devem criar conselhos locais para tratar de 
questões específicas da região relacionadas à Segurança 
Alimentar e Nutricional. 
 Atualmente são cerca de 27 conselhos estaduais (2014).
CONSEA – CEARÁ
 História:
Foi criado através do Decreto nº 27.008, de 15 de abril de 2003 
e alterado pelos Decretos de números 27.256 de 18 de 
novembro de 2003 e 29.057 de 07 de novembro de 2007. 
 Vinculação:
Funciona Vinculado a Secretária de Trabalho e Desenvolvimento 
Social do Estado do Ceará.
 Câmaras:
 Atualmente conta com três Câmaras Temáticas: Produção e 
Abastecimento; Educação, Saúde e Nutrição e Fortalecimento e 
Criação de Conseas Municipais. 
 Além dos três Grupos de Trabalho: Criação da LOSAN Ceará e 
Plano de Trabalho do CONSEA-CE; Elaboração do Plano de 
Capacitação em SAN; Elaboração do Plano Estadual em SAN e 
seu Monitoramento. 
CONSEA – CEARÁ
 Equipe
 Presidente: Helena Selma Azevedo (Economista Doméstica e Profª da UFC) 
Representa o Fórum Cearense de Segurança Alimentar e Nutricional – FCSAN
 Secretário Executivo: Francisco José Tabosa
Assistentes Administrativos: Salete Salomoni / Marelda de Paula Garcia
Assessor de Comunicação: Felipe Farias
 O Conselho é composto por 34 membros. Sendo 14 representantes de órgãos da 
administração estadual e 20 representantes de outras organizações dentre 
organismos Federais, da Sociedade Civil e de Cooperação internacional.
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Rua Pereira Valente, 491 - Aldeota
Fortaleza- Ceará
CEP: 60160-250
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E-mail: conseaceara@yahoo.com.br"> conseaceara@yahoo.com.br
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CONSEA – CEARÁ
 2015:
A Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS) e 
o Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Ceará 
(Consea/CE) realizaram a V Conferência Estadual de 
Segurança Alimentar e Nutricional (Cesan). Tema do 
encontro “Comida de Verdade no Campo e na Cidade: por 
Direitos e Soberania Alimentar”. Foram abordados avanços e 
obstáculos para a conquista da alimentação adequada; 
alcance da política pública e fortalecimento do Sistema de 
Segurança Alimentar e Nutricional.
O papel dos COMSEAs
 O QUE FAZ O CONSELHO MUNICIPAL (COMSEA)?
 Elabora diretrizes para implantar o plano e a política local de 
segurança alimentar e nutricional, em sintonia com as diretrizes 
traçadas pelos conselhos estadual e nacional e com a PNAN; 
 O Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Município deve 
congregar três setores da sociedade: representantes do poder público; 
representantes de entidades ou de instituições que já atuam em 
segurança alimentar (igrejas, sindicatos, cooperativas, ONGs, etc.); e 
representantes da sociedade civil organizada.
 • 1/3 de representantes governamentais: das áreas ligadas 
diretamente ao tema da segurança alimentar; 
 • 2/3 da sociedade civil que tradicionalmente atue ou preste 
relevantes serviços no âmbito estadual ou municipal em questões 
relacionadas a segurança alimentar
O papel do COMSEA
*O COMSEA Fortaleza, criado pela Lei nº 9.564 de 28 de 
dezembro de 2009, é composto por 24 conselheiros/as, sendo 
8 representantes do Poder Público Municipal e 16 
representantes da sociedade civil (checar atualizações).
Consórcio de Segurança Alimentar e 
Desenvolvimento Local (CONSAD) 
 Arranjos territoriais em regiões de baixo índice de 
desenvolvimento com o objetivo de promover a 
cooperação entre os Municípios, em prol da SAN e do 
desenvolvimento local (Organizado em associações 
de municípios e entidades da sociedade civil: sem 
fins lucrativos)
 Objetivos:
 Promover e incentivar iniciativas de segurança alimentar e 
desenvolvimento local de âmbito regional na forma de 
cooperação interfederativa;
 Potencializar ações e esforços entre a sociedade civil e os três 
níveis de governo.
 Atualmente: mais de 40 Consads desenvolvem projetos 
de SA em 580 municípios (11,2 milhões de pessoas)
REFERÊNCIAS IMPORTANTES
Emenda Constitucional nº 64, de 4 de fevereiro de 2010 - Altera o 
art. 6º da Constituição Federal, para introduzir a alimentação 
como direito social.
Lei 11.346, de 15 de setembro de 2006 - Cria o Sistema Nacional 
de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) com vistas em 
assegurar o direito humano à alimentação adequada e dá 
outras providências.
Considerações finais
 Enquanto houver privação e o 
desrespeito ao DHAA, haverá luta....
 A luta pela SAN é DINÂMICA, 
PERMANENTE e de TODOS...
 O trabalho para erradicar a miséria e a 
fome no mundo, trabalho para preservar 
o meio ambiente e contribui para a paz 
mundial.
 “Uma criança faminta no mundo, é uma 
ameaça à paz” (Dom Mauro Morelli)
"A solidariedade é o sentimento 
que melhor expressa o respeito 
pela dignidade humana."
Franz Kafka 
Na perspectiva desta história o que importa
é não prevalecerem as declarações de
boas intenções, porém aumentar a
margem para otimismo quanto às
alternativas concretas de intervenção nas
prioridades fixadas e diminuir o
distanciamento entre as intenções e as
ações efetivas (Arruda e Arruda, 2007).

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