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Plano Municipal de Resíduos Sólidos de Caratinga (Salvo Automaticamente)

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE CARATINGA – FUNEC
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA – UNEC
CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA
FRANCIELLY DANTAS DE OLIVEIRA
PLANO MUNICÍPAL DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
CARATINGA - MG
SETEMBRO DE 2014
	
FRANCIELLY DANTAS DE OLIVEIRA
	
PLANO MUNICÍPAL DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos do 8º período, no Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária, no Centro Universitário de Caratinga – UNEC.
Professor Orientador: D. Sc. Marcos Alves Magalhães
CARATINGA - MG
SETEMBRO DE 2014
SÚMARIO
APRESENTAÇÃO	
INTRODUÇÃO	01
OBJETIVOS	02
OBJETIVO GERAL	02
Objetivos Específicos	02
DIAGNÓSTICO	
CAPÍTULO I – ASPECTOS GERAIS	
I.1. Localização	
I.2. Aspectos Históricos	
I.3. Aspectos Socioeconômicos	
I.3.1. Densidade Demográfica	
I.3.2. Economia Municipal	
I.4. Saneamento Básico	
I.5. Resíduos Sólidos	
I.6. Legislação Local em Vigor	
I.7. Estrutura Operacional, Fiscalização e Gerencial	
I.8. Iniciativas e capacidade de Educação Ambiental	
CAPÍTULO II – SITUAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS	
II.1. Dados gerais e caracterização	
II.1.1. Normatização	
II.1.2. Classificação dos resíduos quanto a Natureza Origem	
II.1.2.1. Resíduos Sólidos Domiciliares	
II.1.2.2. Resíduos Sólidos Domiciliares Especiais	
II.1.2.3. Resíduos Sólidos Volumosos	
II.1.2.4. Resíduos Recicláveis	
II.1.2.5. Resíduos de Varrição	
II.1.2.6. Resíduos de Feiras Livres	
II.1.2.7. Resíduos de Raspagem, Capinação e Roçagem	
II.1.2.8. Resíduos de Serviços de Saúde	
II.1.2.9. Resíduos de Construção Civil	
II.1.2.10. Resíduos da Arborização pública de Áreas Verdes	
II.1.2.11. Resíduos Industriais	
II.1.2.12. Resíduos Agrossilvopastoris	
II.2. Geração	
II.3. Coleta e Transporte	
II.4. Destinação e Disposição Final	
II.5. Custos	
II.6. Competências e Responsabilidades	
II.7. Carências e Deficiências	
II.8. Iniciativas Relevantes	
II.9. Legislação e Normas Brasileiras Aplicáveis	
II.9.1. Lei da União Federativa	
II.9.2. Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, Referentes a resíduos	
II.9.3. Leis do Estado de Minas Gerais	
PLANEJAMENTO DAS AÇÕES	
CAPÍTULO III – ASPECTOS GERAIS	
III.1. Perspectivas para a Gestão associada com Municípios da Região	
III.2. Definição das Responsabilidades Públicas e Privadas	
CAPÍTULO IV – DIRETRIZES, ESTRATÉGIAS, PROGRAMAS, AÇÕES E METAS PARA O MANEJO DIFERENCIADO DOS RESÍDUOS	
IV.1. Diretrizes Específicas	
IV.1.1. Modelo de Gestão	
IV.1.2. Segmentos Operacionais	
IV.2. Estratégias de Implementação e Redes de Áreas de manejo Local e Regional	
IV.3. Metas Quantitativas e Prazos	
IV.3.1. Resíduos Domiciliares	
IV.3.2. Resíduos de Limpeza Urbana	
IV.3.3. Resíduos Recicláveis – Coleta Seletiva	
IV.3.4. Resíduos Sólidos Volumosos	
IV.3.5. Resíduos Indústrias	
IV.3.6. Resíduos de Serviços de Saúde	
IV.3.7. Resíduos da Construção Civil	
IV.3.8. Resíduos Agrossilvopastoris	
IV.3.9. Aspectos Financeiros	
IV.3.10. Disposição Final	
IV.4. Programa e Ações – Agentes Envolvidos e Parcerias	
CAPÍTULO V – DIRETRIZES, ESTRATÉGIAS, PROGRAMAS, AÇÕES E METAS PARA OUTROS ASPECTOS DO PLANO	
V.1. Definição de Áreas para Disposição Final	
V.2. Regramento dos Planos de Gerenciamento Obrigatórios	
V.3. Ações Relativas aos Resíduos com Logística Reversa	
V.4. Indicadores de Desempenho para os Serviços Públicos	
V.5. Ações Específicas nos Órgãos da Administração Pública	
V.5.1. Ações Preventivas para Contingências	
V.5.2. Ações Corretivas para Emergências	
V.6. Iniciativas para a Educação Ambiental e Comunicação	
V.7. Definição de Nova Estrutura Gerencial	
V.8. Sistema de Cálculo dos Custos Operacionais e Investimentos	
V.9. Forma de Cobrança dos Custos dos Serviços Públicos	
V.10. Iniciativas para Controle Social	
V.11. Sistemática de Organização das Informações Locais ou Regionais	
V.12. Ajustes na Legislação Geral e Específica	
V.13. Programas Especiais para as questões e Resíduos mais Relevantes	
V.13.1. Programa Prioritário para o Gerenciamento de Resíduos de Construção eDemolição	
V.13.2. Programa Prioritário para o Gerenciamento de Resíduos Domiciliares Secos	
V.13.3. Programa Prioritário para o Gerenciamento de Resíduos Domiciliares Úmidos	
V.14. Ações para Mitigação das Emissões dos Gases de Efeito Estufa	
V.15. Agendas de Implementação	
V.16. Monitoramento e Verificação de Resultados	
REFERÊNCIAS
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 – Localização do Município de Caratinga no Estado de Minas Gerais	
Figura 2 – Produto Interno Bruto (Valor Adicionado)	
Figura 3 – Descarte Inadequado de Lixo feito pela População	
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 – População Total, por Gênero, Rural/Urbana	
Tabela 2 – Produção do Setor Primário	
Tabela 3 – Pecuária – Principais Efetivos	
Tabela 4 – Horária de Atendimento da Coleta Seletiva em Caratinga	
Tabela 5 – Comparativo – Resíduos dos Setores Público e Privado	
Tabela () – Competências e Responsabilidades pelo Manejo dos Resíduos Sólidos de Município	
Tabela () – Projeto de Curto Prazo de Educação Ambiental	
APRESENTAÇÃO
Este trabalho foi elaborado com base em requisitos teóricos estudados pela disciplina de Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos, e a partir dos dados levantados por estudantes do curso de Engenharia Ambiental do Centro Universitário de Caratinga (UNEC) referindo-se a uma simulação do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Município de Caratinga-MG.
O Plano em questão apresenta inicialmente um diagnóstico da situação atual, e em seguida indicar soluções e um planejamento para os próximos anos, de todos os serviços de gerenciamento de resíduos sólidos urbanos.
O Plano Municipal de Saneamento Básico para a gestão dos resíduos sólidos urbanos vai oferecer condições de implantar sistemas de tratamento de resíduos, além de melhoria no saneamento e na qualidade de vida da população do município.
A problemática dos resíduos sólidos urbanos da Cidade de Caratinga apresenta um nível de complexidade considerado elevado, porém as questões avançam de forma favorável devendo ser equacionadas através de procedimentos técnicos e administrativos factíveis de serem viabilizado a curto, médio e longo prazo, conforme metas e planejamentos relatados neste documento denominado. 
As demais informações contidas neste documento poderão ainda, serem utilizadas nas tomadas de decisões futuras, uma vez que acreditamos que a estatística das informações setorizadas será fundamental na opção tecnológica escolhida, tornando o processo mais sustentável; sobretudo quando o assunto se fundamenta em questões econômicas financeiras visando a adequabilidade ambiental de toda a gestão de resíduos sólidos urbanos.
O levantamento dos dados elaborados pelos estudantes do UNEC, se deu através de pesquisas em fontes como IBGE, SNIS, Portal de Caratinga e etc.
INTRODUÇÃO
A maioria dos municípios brasileiros dispõe seus resíduos sólidos domiciliares sem nenhum controle, uma prática de graves consequências: contaminação do ar, do solo, das águas superficiais e subterrâneas, criação de focos de organismos patogênicos, vetores de transmissão de doenças, com sérios impactos na saúde pública. O quadro vem se agravando com a presença de resíduos industriais e de serviços de saúde em muitos depósitos de resíduos domiciliares, e, não raramente, com pontos de descargas clandestinas.
Deste modo, o gerenciamento dos resíduos sólidos é hoje um dos principais desafios para atender plenamente às diretrizes atuais de proteção ambiental e responsabilidade social, pois permite o conhecimento quali-quantitativo e as peculiaridades dos diferentes resíduos gerados por uma população e exige a participação e o envolvimento de todos num processo de gestão participativa integrada de resíduos sólidosurbanos (OLIVEIRA et al., 2007). 
O manejo inadequado de resíduos sólidos de qualquer origem gera desperdícios, contribui de forma importante à manutenção das desigualdades sociais, constitui ameaça constante à saúde pública e agrava a degradação ambiental, comprometendo a qualidade de vida das populações, especialmente nos centros urbanos de médio e grande portes.
Para minimizar este problema, uma das alternativas é a implantação de um Plano de GerenciamentoIntegrado de Resíduos Sólidos, o qual aponta à administração integrada dos resíduos por meio de um conjunto de ações normativas, operacionais, financeiras e de planejamento. O PGRS leva em consideração aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos, priorizando atender requisitos ambientais e de saúde pública. Além da administração integrada dos resíduos, o PGIRS tem como base a redução, reutilização e reciclagem dos resíduos gerados no município.
Contudo, para bem atuar sobre os problemas dos resíduos sólidos é necessário que seja implantada uma política municipal de resíduos sólidos, que esteja alicerçada num programa de abordagem sistêmica, que contemplem ações que possibilitem a sua efetiva implementação no contexto da realidade do Município.
A política municipal para a gestão de resíduos sólidos possibilitará a participação e intervenção dasociedade no processo de gerenciamento desses resíduos. Para que este gerenciamento seja realmente participativo e que promova mudanças de questões culturais como o desperdício, é necessáriaamobilização dos diversos setores da sociedade.
No entanto, dentro do contexto do gerenciamento integrado de resíduossólidos, há que se destacar as unidadesde disposição final de resíduos sólidos, aqui entendida como aterro sanitário, que é umatécnica disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos ou riscos à saúde pública e àsegurança, minimizando os impactos ambientais, método este que utiliza os princípios de engenhariapara confinar os resíduos sólidos ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for necessário (ABNT 10.004/2004).
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei n° 12.305/2010) reafirma a definição da Lei n° 11.145/2007, da obrigatoriedade de elaboração de Planos de Resíduos Sólidos para todos os municípios brasileiros.
Portanto, o Presente trabalho se refere a uma simulação do Plano deGestão Integrada de ResíduosSólidos do Município de Caratinga/MG visando usar como base todos os requisitos teóricos estudados pela disciplina de Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos.
OBJETIVOS
Objetivo Geral
A partir do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos pretende-se promover o Plano de Gerenciamento para minimizar os impactos dos resíduos sólidos de forma eficaz, através de ações planejadas que busquem priorizar a não geração, o repensar, a redução, a reutilização, a reciclagem, o tratamento apropriado e, por fim, na falta da tecnologia a disposição ambientalmente adequada dos rejeitos.
Objetivos Específicos
Como forma de atingir o objetivo geral, foram colocados os seguintes objetivos específicos:
Levantar dados da situação atual dos resíduos gerados no município, quanto à origem, volume, características, formas de destinação e deposição final adotada;
Definir estratégias, iniciativas e soluções para gerenciamentodos resíduos sólidos gerados no Município;
Disciplinar a gestão, reduzir a quantidade e a nocividade dos resíduos sólidos;
Apresentar diagnóstico dos serviços públicos de limpeza urbana do Município;
Tratamento dos resíduos sólidos urbanos por meio de tecnologias adequadas;
Preservara saúde pública, proteger e melhorar a qualidade do meio ambiente, eliminando os prejuízos causados pela geração ou disposição inadequada de resíduos sólidos;
Supervisionar e fiscalizar o gerenciamento, dos resíduos sólidos, executado pelos diversosresponsáveis, de acordo com as competências e obrigações estabelecidas;
Implementar ações de licenciamento ambiental.
DIAGNÓSTICO
CAPÍTULO I -ASPECTOS GERAIS
I.1. Localização
O município de Caratinga situa-se nas coordenadas 19º37'30" de Latitude Sul e a 42º09'00" de Longitude Oeste, a Leste do Estado de Minas Gerais a 320 km de Belo Horizonte, epertence a microrregião do Vale do Rio Doce.Situa-se na região da encosta do Planalto Brasileiro ou Atlântico no trecho ocupado pelo sistema denominado Serra da Mantiqueiracomo mostra a figura 1.
Figura 1: Localização do município de Caratinga no Estado de Minas Gerais
 Fonte: SIMAS (2006)
Segundo IBGE (2010) apresenta uma área da unidade territorial de 1.258.778 km2, estando sua sede a 578 metros de altitude do nível do mar, e as altitudes máximas e mínimas são respectivamente, 1.520m na Serra do Rio Preto e 330m na foz do córrego Boachá, e além dessa sede municipal existem 10 distritos.
I.2. Aspectos históricos
Caratinga possui uma geografia típica dos Mares de Morros mineiros, isto é, uma área acidentada dos planaltos dissecados e cobertas por florestas estacionais semi-deciduais. Este ambiente geográfico é cortado pelo Rio Caratinga, que foi, como afirma Lázaro Denizart do Val, por onde, em 1841, chegou aqui Domingos Fernandes Lana, a procura de Poaia, um planta de grande valor medicinal:Com a influencia resultante do bom preço da poaia e em procura da mesma, partindo das proximidades da atual cidade de Abre Campo, com alguns índios, deliberou penetrar os serões nas regiões dos rios Matipó e Sacramento Grande, alcançou as nascentes do rio Caratinga, prosseguiu por onde é hoje a atual cidade desse nome, dobrou pelas aguadas do rio Manuassu , chegando até o local denominado Cuieté. 
Esta citação é uma das mais antigas sobre o início de nossa história. Foi feita por Antônio Caetano do Nascimento, filho daquele que é considerado o fundador de Caratinga. Teria sido Domingos Fernandes Lana que, impressionado com a enorme quantidade de “um tubérculo alimentício chamado caratinga (cará branco), deram aos montes que a esta dominam o nome de serra da Caratinga”. Surgia, assim, o nome de nossa cidade, provavelmente já chamada dessa forma pelos nativos que aqui residiam.
De fato, antes da chegada destes desbravadores, aqui residiam dois grandes grupos de nativos. Um nômade, que seguia as águas do rio Caratinga até o rio Doce, e voltavam sempre que os alimentos ou o tempo os obrigasse - eram os bravos Botocudos, que foram aquartelados e praticamente dizimados. O outro grupo era de nativos, os chamados Purís, ou Bugres, que habitavam esta região, se alimentado do próprio cará branco, da caça e da pesca. Foram de grande importância na localização de nossa cidade.
A data de 24 de junho de 1848, a que a tradição se refere Dia da Cidade, tem como base o mesmo relato de Antônio Caetano do Nascimento:
Em 1848, entrou João Caetano do Nascimento, em Caratinga, com seus filhos maiores, muito patriota e de relação com Domingos Fernandes de Lana... (de quem requereu) Bugres, e com seus companheiros, João da Cunha, João José e João Antonio de Oliveira, fez picada até Sapucaia... chegando à localidade que é a atual cidade deste nome em 23 de junho de 1848. Festejaram o dia de São João com uma grande fogueira e, nesse mesmo dia ofereceram uma posse para patrimônio desse santo, que é a atual cidade. 
Nossa cidade, desde os anos de sua fundação até quando foi elevada a cidade, teve um crescimento incipiente e irregular. A construção da Capela de São Batista e a vinda do primeiro religioso, o Padre Maximiano João da Cruz, forma destaques neste período. Lazadro do Val, afirma que “era a pequena capela, inacabada e tosca, o único sinal de civilização da terra, que permanecia segregada e inóspita”.
Esta situação somente viria a mudar após a nossa emancipação política de Manhuaçu, a quem pertencíamos, em 1890. Com a Proclamação da República, sobressaiam emnossa cidade o trabalho de vários “republicanos históricos”, dentre os quais é preciso destacar José Cristino da Silveira, Tobias Manassés Viana e Symphrônio Fernandes. Segundo Lázaro do Val, esta tríade e mais alguns outros republicanos organizaram um comício no alto do Itaúna e, no dia 30 de setembro de 1889, “saudaram com enorme foguetório” a futura República do Brasil. Quando ele esteve em nossa cidade, em campanha pelo regime republicano, João Pinheiro havia prometido que se a mesma fosse implantada conseguiríamos nossa emancipação. E de fato, três meses após a implantação da República, isto ocorreu.
Aliás, este foi um dos primeiros atos de Cesário Alvim, a saber, a criação do município de Caratinga em 06 de fevereiro de 1890. Esta é a data que nossa cidade deveria comemorar seu aniversário. Este novo município já nascia com números estatísticos consideráveis, pois, segundo dados da época, Caratinga possuía 10.572 Km e uma população de cerca de 25.000 habitantes.
Nosso primeiro poder constituído, a Câmara Municipal, pois na época não havia ainda a figura do prefeito, foi empossada em 7 de março de 1892, permanecendo até 1894, e tendo como presidente Symphrônio Fernandes.
Até 1930, nossa história foi marcada pelo domínio do que se convencionou chamar, na história do Brasil, de coronelismo. De fato, aglutinados em duas denominações partidárias chamadas de “caranguejo” e “bacurau”, eles se alternaram no poder até o fim da República Velha na década de 1930. Alguns grandes nomes e grandes acontecimentos marcaram este período, tais como os “Silva Araujo”, notadamente Antônio e Raphael, líderes dos caranguejos, e Joaquim Monteiro de Abreu (nosso primeiro deputado) e José Antônio Ferreira Santos (Santos Mestre). 
A principal realização foi, sem dúvida, a restauração da Comarca, em dois de dezembro de 1917, com a maior festa popular desde a fundação de nosso município. A comarca havia sido suprimida em 1912, voltando a pertencer a Manhuaçu.
Outro grande nome da política da época foi Agenor Ludgero Alves. Líder maior de nossa política de 1919 até 1930. Foi responsável por inúmeras conquistas, dentre elas: Inauguração dos serviços de produção de energia elétrica da cidade, de propriedade da Empresa Industrial de Caratinga. Em 1927 Ludgero conseguiu a assinatura do contrato entre o município, a Estrada de Ferro Leopoldina e o estado de Minas Gerais, com a inclusão de Caratinga entre as cidades beneficiadas. Em 14 de julho de 1928 tiveram fim os estudos para a instalação da Estrada de Ferro, o que ocorreu em 1930, em meio a enormes festividades.
O início da década de 1930 ficou marcado em nossa história como uma época de “demência coletiva”, tantos foram os assassinatos e barbaridades cometidos em nome da “Revolução de 1930”. O caso da “Chacina do Imbé” foi apenas um deles, com a morte do líder local, Joaquim Candido. Mas também foi a época que, em nossa cidade, se deu a divisão dos poderes Legislativo (a Câmara Municipal, neste momento foi suprimida, sendo que, entre 1930 e 1947, só funcionou entre 1936 e 1941) e Executivo, surgindo assim a figura do prefeito municipal.
O primeiro prefeito de nossa cidade foi Jorge Coura Filho, que ficou até 1932. Dessa época até hoje nossa cidade ficou sendo dirigida pelo prefeito municipal. Neste período, vários deles se destacaram tais como Omar Coutinho, que realizou grandes obras de construção de estradas e saneou as contas públicas, e José Augusto Ferreira Filho (1943 a 1946), que foi também deputado estadual, federal e senador da República, iniciando um domínio político em nossa cidade que se estenderia por décadas. Foi ele o responsável por iniciar o domínio do PSD (Partido Social Democrático).
Outro prefeito de grande importância política para a cidade foi Moacyr de Mattos, da UDN (União democrática Nacional), que conseguiu, em 1973, romper com o domínio do PSD. Foi ele o responsável por aumentar nossa zona urbana em direção ao Limoeiro. Hoje esta avenida leva seu nome.
Também devem ser citados os nomes de Anselmo Bonifácio (Dr. Fabinho) 1983/1988, que levou ao poder o PMDB, além de criar os líderes distritais, que ainda hoje estão na política; e Dário da Anunciação Grossi (1993/1996), que também aumentou nossa zona urbana, desta vez em direção a Unidade II do Centro Universitário de Caratinga. Atualmente a cidade é dirigida pelo prefeito Marco Antônio Junqueira. 
Caratinga é conhecida nacionalmente por suas intervenções culturais, através de grandes nomes em diversas áreas. A reserva ecológica chamada Reserva Particular do Particular do Patrimônio Natural Feliciano Miguel Abdala (RPPN-FMA), abriga o Muriqui, o maior mamífero endêmico da América Latina. Esta reserva recebe pesquisadores de todo o mundo, dentre eles a cientista Karen Strier, que pesquisa estes mamíferos há exatos trinta anos e cujas pesquisas mudaram o rumo da primatologia mundial.
Conhecida como “Cidade das Palmeiras”, possui em sua praça um coreto de Oscar Niemayer, que junto com vários outros monumentos históricos, tais como o Palácio do Bispo, a Catedral de São João Batista, da década de 1930, e o Colégio Princesa Isabel, fazem dela um conjunto arquitetônico e paisagístico (pois tem ao fundo a Pedra Itaúna), de grande valor histórico e cultural. (Adaptado Portal Caratinga).
I.3.Aspectos Socioeconômicos
I.3.1. Densidade Demográfica
O censo realizado pelo IBGE em 2010, indicou uma população de 85.239 habitantes em Caratinga, dos quais cerca de 83% residiam na área urbana e 17% residiam na área rural, sendo a densidade demográfica de 67,72 hab/km2. O referido censo estima que em 2014, a população seja de 90.192 habitantes.
Tabela 1: População Total, por Gênero, Rural/Urbana e Taxa de Urbanização – Caratinga -MG
	População
	População
(1991)
	% do Total (1991)
	População
(2000)
	% do Total (2000)
	População
(2010)
	% do Total (2010)
	População total
	74.363
	100.00
	77.789
	100.00
	85.239
	100.00
	População residente masculina
	36.736
	49.40
	38.339
	49.29
	41.671
	48.89
	População residente feminina
	37.628
	50.60
	39.450
	50.71
	43.568
	51.11
	População urbana
	50.773
	68.28
	62.338
	80.14
	70.474
	82.68
	População rural
	23.590
	31.72
	15.451
	19.86
	14.765
	17.32
	Taxa de Urbanização
	-
	68.28
	-
	80.14
	-
	82.68
Fonte: IBGE 2010
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Caratinga é considerado médio pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Seu valor é de 0,754, sendo o 251° maior de todo estado de Minas Gerais (em 853 municípios); 829° de toda Região Sudeste do Brasil (em 1666) e o 1744° de todo país (entre 5.507). A cidade possui a maioria dos indicadores médios e parecidos com os da média nacional segundo o PNUD.
O coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social, é de 0,41, sendo que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor. No ano de 2003, a incidência da pobreza, medida pelo IBGE, é de 28,26%, o limite inferior da incidência de pobreza é de 21,21%, o superior é de 35,31% e a incidência da pobreza subjetiva é de 25,27%.
I.3.2. Economia Municipal
A força da economia do município apóia-se na produção do café.hortifrutigranjeiros e da agropecuária. Com um parque cafeeiro de 66 milhões de covas plantadas em uma área de mais de 16 mil hectares. O período da safra ocorre de abril a setembro, movimentando consideravelmente o comércio local. Já a comercialização de hortifrutigranjeiros, que chega a, aproximadamente, 3.000 tonelada/mês, movimentando 2,5 milhões de reais, é realizada por uma unidade da CEASA (Centrais de Abastecimento de Minas Gerais) instalada no município. A Central atende 50 outros municípios vizinhos e comercializa uma safra de, aproximadamente, 1.000 produtores rurais da nossa região.
O município cresceu economicamente no início do século com a economia baseada na cultura do café. A localização do município de Caratinga influenciou em sua vocação cafeicultora, devido a sua proximidade da Zona da Mata, embora se encontre na do Mesorregiãodo Vale do Rio Doce.
O Produto Interno Bruto - PIB - de Caratinga é o maior de sua microrregião, destacando-se na área de prestação de serviços. De acordo com dados do IBGE, relativos a 2008, o PIB do município era de R$ 612 295,984 mil.49 116 mil são de impostos sobre produtos líquidos de subsídios a preços correntes. O PIB per capita é de R$ 7 218,34 e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de renda é de 0,689, sendo que o do Brasil é de 0,723, como mostra a figura 2.
Figura 2: Produto Interno Bruto (Valor Adicionado)
Fonte: IBGE 2008.
No entanto, o setor da agricultura é o setor menos relevante da economia de Caratinga. De todo o PIB da cidade 41.777 mil reais é o valor adicionado bruto da agropecuária.
Tabela 2– Produção do Setor Primário 
	Produto
	Área colhida (ha)
	Produção (t)
	Cana-de-açúcar
	195
	12.675
	Milho
	1.500
	3.750
	Mandioca
	200
	2.400
Fonte: IBGE 2007
Tabela 3 – Pecuária – Principais Efetivos
	Especificação
	Número de cabeças
	Bovinos
	29.478
	Equinos
	669
	Suínos
	1.226
	Caprinos
	50
	Asininos
	6
	Muares
	635
	Aves
	114.174
	Ovinos
	441
Fonte: IBGE 2008
Em 2009 a cidade produziu 10.962 mil litros de leite de 10.440 vacas. Foram produzidos 197 mil dúzias de ovos de galinha e 10.258 quilos de mel-de-abelha. Na lavoura temporária são produzidos principalmente a cana-de-açúcar, o milho e a mandioca. Em Caratinga também se destaca o cultivo do café, que sempre foi uma das principais fontes de renda do município, sendo considerado como um polo regional da cafeicultura.
O setor secundário, atualmente, é o segundo setor mais relevante para a economia do município. A cidade conta com um distrito industrial, criado pela Lei nº 2332 de 5 de setembro de 1996, contando então com área de 120.144,00m² e localizado na região conhecida como Córrego do Calixto, cujo local foi desapropriado para este fim conforme Decretos 328 e 329 de 20 de janeiro de 1988. Atualmente ocorre, na cidade, a implantação de um grande projeto imobiliário que inclui parque tecnológico, distrito industrial, centro comercial e condomínios residenciais para as classes A, B e C. As obras tiveram início em julho de 2010 e deverão ser concluídas até 2028.
O setor terciário atualmente é a maior fonte geradora do PIB caratinguense. De acordo com o IBGE, a cidade possuía, no ano de 2008, 2.484 unidades locais, 2.428 empresas e estabelecimentos comerciais. Assim como em grande parte do Brasil o maior período de vendas é o Natal.
I.4. Saneamento Básico
O abastecimento público de água potável é fornecido pela COPASA, com atendimento de 98% da população da sede municipal, através de 40.000 ligações, sendo o Ribeirão do Lage o principal manancial; de acordo com o IBGE 2008, na sede municipal 21.004 domicílios são atendidos por rede de esgotos, possuem fossas sépticas e 225 não possuem nenhum tipo de instalação sanitária. Todos os esgotos domésticos gerados são lançados sem nenhum tratamento nos cursos d’água do município (córrego São João, rio Caratinga, e outros).
I.5. Resíduos Sólidos
Dentro da realidade socioeconômica caratinguense, o gerenciamento dos resíduos sólidos é um dos problemas que vem sendo historicamente enfrentados pelas sucessivas administrações públicas municipais, sendo que na atualidade o município apresenta um sistema de gerenciamento de resíduos sólidos estável, quadro esse que não se constituiu em pouco tempo. 
Foram necessários planejamento e aprendizado constante, da análise dos erros cometidos durante tentativas de organizar a logística administrativa e o adequado encaminhamento de resíduos gerados no território do município. 
Muito embora o gerenciamento do circuito dos resíduos sólidos apresente características extremamente semelhantes dentro dos municípios, envolvendo apenas as atividades de coleta regular, transporte e disposição final; Caratinga se encontra dentre os municípios que já adota procedimento diferenciado como coleta seletiva, embora ainda tenha muito que avançar nos programas de Educação Ambiental. 
Cabe, nessa nova fase de planejamento institucional, a busca por novos procedimentos que promovam a melhoria contínua do sistema de gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos, bem como dos demais resíduos presentes no município. Conforme os objetivos da Política Nacional de Resíduos, a busca de novos procedimentos deverá ser materializada em metas de redução, reutilização, coleta seletiva e reciclagem, entre outras, com vistas a reduzir a quantidade de rejeitos encaminhados para a disposição final.
Ressalta-se que o manejo inadequado dos resíduos sólidos, não importando a origem dos mesmos, gera desperdícios, contribuindo para manutenção de desigualdades sociais, piora da qualidade ambiental e ampliação dos riscos sanitários no município, contribuindo para a piora da qualidade de vida das populações.
I.6. Legislação Local em Vigor
Não fora identificados os instrumentos legais editados pelo Município. A legislação local relacionada à gestão dos resíduos precisa ser inserida no diagnóstico geral. O PGIRS deve demandar, ao final, a realização de ajustes na legislação existente. Para cada município devem ser registradas as leis em vigor e aquelas em processo de elaboração ou em tramitação: Plano Diretor, Código de Posturas, Regulamento de Limpeza Urbana ou leis específicas, a data da sanção, sua ementa e a carência ou não de regulamentação por decreto.
I.7. Estrutura operacional, fiscalizatória e gerencial
I.7.1. Sistema de Coleta e Manejo de Resíduos Sólidos de Caratinga
O sistema de coleta e manejo de resíduos sólidos é um conjunto de atividades, infraestrutura, e plano de operações, sobre a responsabilidade da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos – SMSU. Os serviços de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos urbano são terceirizados para a empresa COSTRUBAN. E para outros resíduos sólidos, atividades para a destinação e fiscalização são desenvolvidas pela SMSU.
A Prefeitura de Caratinga tem a Secretario Municipal de Serviços Urbanos com as atribuições de executar as atividades relativas aos serviços de limpeza pública e de sua respectiva fiscalização.
A Secretária do Meio Ambiente tem como atribuição a promoção da ampla divulgação e conscientização da população sobre a correta disposição dos resíduos sólidos e Coleta Seletiva.
I.7.2. Serviços de coleta dos Resíduos Domiciliares e comerciais
A coleta é executada em todas as vias públicas oficias abertas à circulação ou que venham a ser abertas. Nas vias onde há impossibilidade de acesso do veículo coletor, a coleta é feita manualmente. A coleta é executada pela empresa CONSTRURBAN, sendo atendida toda a população do município. . A tabela 4 mostra os horários em que é realizada a coleta.
ADICIONAR TABELA
No entanto, o Complexo de Santa Cruz, Bairro Esperança, Anápolis, Morro da Antena, Complexo Habitacional e a Comunidade Santa Isabel, não são atendida pela empresa CONSTRURBAM. Nessas localidades, apenas a coleta de resíduos e feita pela SMSU.
Nos Distritos de Caratinga, a SMSU é a responsável pela coleta dos resíduos, sendo esses atendidos como mostra a tabela 5.
Tabela 5: Horário de Atendimento de Coleta aos Distritos de Caratinga
	Horário de atendimento de Coleta de Resíduos nos Distritos de Caratinga
	Dia da Semana
	Distritos
	Segunda- feira
	Patrocínio
	
	São João
	
	Santo Antônio
	
	Santa Luzia
	
	Alto da Biquinha
	
	Condomínio 1 e 2
	
	Presídio
	
	APAC
	
	Rio Doce
	
	Moto Pista
	
	Com. São Miguel
	Terça- feira
	Cordeiro
	Horário de atendimento de Coleta de Resíduos nos Distritos de Caratinga
	Dia da Semana
	Distritos
	Terça- feira
	São Cândido
	
	São Pedro
	
	Baxadão
	
	Igrejinha
	
	Santinha
	
	BR116
	Quarta- feira
	Dom Modesto
	
	Santa Efigênia
	
	Dom Lara
	
	Sapucaia
	
	Córrego Jovem
	
	Pé Serra
	
	Água Santa
	
	Córrego Bertoldo
	Quinta- feira
	Patrocínio
	
	São João
	
	Santo AntônioSanta Luzia
	
	Alto da Biquinha
	
	Condomínio 1 e 2
	
	Presídio
	
	APAC
	
	Rio Doce
	
	Moto Pista
	
	Com. São Miguel
	Sexta- feira
	Vale Verde
	
	Porto Seguro
	
	Chácara Bertoldo
	
	Clube do Cavalo
	
	Ponto Caipira
	
	Posto Faisão
	
	Fábrica da LCM
	
	Lagoa do PIAU
	
	Ilha do Rio Doce
	Sábado 
	São Cândido
Fonte: Secretária de Serviços Urbanos de Caratinga
I.7.3. Serviços para coleta seletiva
Para esse serviços, é utilizado um caminhão com carroceria tipo baú, adaptado e adesivadopara a coleta de recicláveis com dispositivos sonoro que servem como alerta a população quanto à passagem do caminhão coletor. Os serviços são coordenados pelos encarregados da SMSU de Caratinga.
Os serviços são de recolhimento dos resíduos recicláveis de porta em porta em residências, empresas e escolas, esses resíduos serão separados e vendidos pela Associação de Catadores. Todos os custos desse serviço, e por conta da Prefeitura, que o faz como um incentivo à Associação dos antigos catadores, do antigo lixão de Caratinga.
Os horário de atendimento desse serviço é disposto na tabela 5.
Tabela 6 – Horário de atendimento da Coleta Seletiva em Caratinga
	Horário de atendimento- Coleta Seletiva na Cidade de Caratinga
	Dia da Semana
	Bairro/Localidade
	Horário (a partir)
	Segunda- feira
	Sto. Antônio/ Monte Líbano
	08:30
	
	Nª Sª Aparecida/Bela Vista
	09:00
	
	Nª Sª Aparecida II
	09:30
	
	Morro Caratinga
	10:00
	
	Limoeiro
	13:00
	
	Floresta
	14:00
	
	BR-116( os dois lados)
	15:00
	Terça- feira
	Comunidade Sta Izabel
	08:30
	
	Anápolis
	09:00
	
	Bom Pastor
	09:30
	
	Dr. Eduardo
	10:00
	
	Santa Cruz
	13:00
	
	Conjunto Habitacional
	14:00
	
	Esperança
	15:00
	Quinta- feira
	Morro do Escorpião
	08:00
	
	Santa Zita
	09:00
	
	Centro
	13:00
	Sexta- feira
	Salatiel
	08:00
	
	Av. Dário Grossi
	09:00
	
	Zacarias
	10:00
	
	Seminário
	13:00
	
	Bairro das Graças
	13:30
	
	Esplanada
	14:30
	
	Vale do Sol
	15:30
	
	Belvedere
	16:00
Fonte: Secretária de Transportes Urbanos de Caratinga
Os serviços de coleta seletiva do Município de Caratinga atende toda a sua população Urbana. De seus Distritos, somente Santa Luzia é atendida por esse serviço.
I.7.4. Serviços de varrição das vias Pública do Município
Os serviços de varrição são realizados pela empresa CONSTRURBAM, que conta com equipes treinadas para prestação de seus serviços. São disponibilizados para os servidores uniformes e EPIs, embora o uso desses equipamentos não serem feitos regularmente por todos os servidores.
O trabalho de fiscalização desses serviços são realizados por Fiscais da SMSU do município.
Os serviços de variação prestados pelos servidores municipais em termos de qualidade atende ao munícipio, visto o número de reclamações/ano. Em termos de frequência dos serviços prestados, a quantidade de servidores não atende à extensão dos setores.
I.7.5. Serviços de Limpeza nas Feiras Livres
O serviço de limpeza de feiras consiste em varrer toda a área utilizada para a feira, recolher o lixo logo após a varrição com equipamento adequado e proceder a lavagem do local, deixandoos resíduos em condições de coleta. 
Esses serviços no município de Caratinga são feito pela Secretária de Agricultura.
I.7.6. Serviços de Limpeza de bueiros e bocas de lobo
O serviço de desobstrução é retirar materiais como areia, pedaços de tijolos e madeira, garrafas pet e sacolas plásticas, dos bueiros e bocas de lobo.
A limpeza de bueiros é realizada pela SMSU, que conta com 2 funcionários, para essas atividades, que são realizadas periodicamente.
I.7.7. Serviços de Limpeza e manutenção das praças
São realizados serviços como: varrição, jardinagem e podas. Os resíduos provenientes de jardinagem e podas são coletados por caminhão específico e destinados a um terreno da Prefeitura. Os demais são coletados pela coleta regular. Esses serviços são realizados diariamente.
I.7.8. Serviços de Roçagem
São serviços realizados pela SMSU, de capina de lotes da prefeitura, córregos e rios. Os resíduos gerados por essas atividades são destinados a um terreno da prefeitura para que tenha seu ciclo natural de decomposição. Esses serviços são realizados duas vezes ao ano.
I.7.9. Serviços de coleta de animais mortos
A coleta de animais mortos são realizada por veículo caminhoneta, da SMSU. Todo o resíduo coletado e levado para um terreno da Prefeitura e aterrado em valas.
I.7.10. Serviços de coleta de resíduos verdes
Os resíduos verde de origem capina e roçagem são levados para um terreno da Prefeitura. Esse serviço e prestado pela SMSU.
I.7.11. Serviços da Seção de Fiscalização de Limpeza Urbana
A competência de fiscalização fica sob a responsabilidade da SMSU do munícipio. Tendo um fiscal para cada tipo de serviços prestado.
I.8. Iniciativas e capacidade de Educação ambiental
O município desenvolve a Educação ambiental através de projetos como o Projeto “Caratinga de Cara Limpa”. Caratinga de Cara Limpa é uma grande mobilização social, especialmente preparada para a cidade, diante do problema crescente sobre o destino dos resíduos sólidos e do lixo reciclável, que são produzidos diariamente no município. Ações conjuntas entre os Departamentos da Secretaria de Serviços Urbanos, Transportes e Meio Ambiente (Educação Ambiental, Fiscalização, Meio Ambiente e Limpeza Urbana), com a Empresa Santo Pio Serviços (SPS), são efetivadas durante toda a campanha. Em contrapartida, a Prefeitura espera a adesão de toda a comunidade, de forma que a campanha obtenha os resultados desejados e de forma continuada. Foram realizadas palestra e passeatas em prol do projeto como mostra a figura 3.
Secretária de Meio Ambiente, trabalha também com a conscientização da população sobre o descarte adequado do lixo, distribuindo panfletos sobre o descarte adequado e horários da coleta de lixo.
No entanto, tais ações não são o suficiente, havendo a necessidade de se intensificar as suas atividades e implantar novos projetos. 
Figura 3: Projeto Caratinga de Cara Limpa
Fonte: Portal Caratinga (2014)
CAPÍTULO II – SITUAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
II.1. Dados gerais e caracterização
II.1.1.Normatização
Conforme a ABNT NBR 10.004, define-se resíduos sólidos como: Resíduos nos estados sólido e semi-sólido (teor de umidade inferior a 85%), que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível.
Na Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, no artigo 3º, entende-se no itens abaixo, como:
(...)
X - geradores de resíduos sólidos: pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, que geram resíduos sólidos por meio de suas atividades, nelas incluído o consumo;
XIV - reciclagem: processo de transformação dos resíduos sólidos que envolvem a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa;
XV - rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada;
XVI - resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanasem sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível;
XVIII - reutilização: processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua transformação biológica, física ou físico-química, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa;
A padronização dos resíduos domiciliar é questionável, atualmente pelo o dinamismo econômico e social da população urbana, ocorrem atividades diversas em meio as residências e fundo de quintais. Tornando fontes descaracterizadas como familiar, com tendências de comercial e industrial. Logo os resíduos domésticos poderão apresentar conteúdos discutíveis na sua classificação. Como não há uma exigência especifica na coleta e disposição, e consequentemente pelo alto volume operado, não se consegue segregar a níveis seguros de identificação. Em consequência existe um grande risco de recepção de resíduos de classe I domiciliar sendo depositado no aterro sanitário.
São várias as maneiras de se classificar os resíduos sólidos. As mais comuns são quanto aos riscos potenciais de contaminação do meio ambiente e quanto à natureza ou origem. Conforme a referida Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, no seu artigo 13º os resíduos sólidos têm a seguinte classificação:
I - quanto à origem:
a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em residências urbanas;
b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana;
c) resíduos sólidos urbanos: os englobados nas alíneas “a” e “b”;
d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: os gerados nessas atividades, excetuados os referidos nas alíneas “b”, “e”, “g”, “h” e “j”;
e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas atividades, excetuados os referidos na alínea “c”;
f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais;
g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS;
h) resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis;
i) resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades;
j) resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira;
k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios;
II - quanto à periculosidade:
a) resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas características deinflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade,carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam significativo risco àsaúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com lei, regulamento ou normatécnica;
b) resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados na alínea “a”.
Parágrafo único. Respeitado o disposto no art. 20, os resíduos referidos na alínea “d” doinciso I do caput, se caracterizados como não perigosos, podem, em razão de sua natureza,composição ou volume, ser equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder públicomunicipal.
A ABNT NBR 10004:2004, classifica os resíduos pelas propriedades físicas e químicas:
Resíduos classe I - perigosos
Aqueles que apresentam periculosidade com característica nas suas propriedades físicas, químicas ou infecto-contagiosas, que podem apresentar: a) risco à saúde pública, provocando mortalidade, incidência de doenças ou acentuando seus índices; b) riscos ao meio ambiente, quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada. Com características descritas:
1) De Inflamabilidade
Um resíduo sólido é caracterizado como inflamável se uma amostra representativa dele apresentar qualquer uma das seguintes propriedades:
a) ser líquida e ter ponto de fulgor inferior a 60°C, determinado conforme ABNT NBR 14598 ou equivalente, excetuando-se as soluções aquosas com menos de 24% de álcool em volume;
b) não ser líquida e ser capaz de, sob condições de temperatura e pressão de 25°C e 0,1 MPa (1 atm), produzir fogo por fricção, absorção de umidade ou por alterações químicas espontâneas e, quando inflamada, queimar vigorosa e persistentemente, dificultando a extinção do fogo;
c) ser um oxidante definido como substância que pode liberar oxigênio e, como resultado, estimular a combustão e aumentar a intensidade do fogo em outro material;
d) ser um gás comprimido inflamável, conforme a Legislação Federal sobre transporte de produtos perigosos (Portaria nº 204/1997 do Ministério dos Transportes).
2) De Corrosividade
Um resíduo é caracterizado como corrosivo se uma amostra representativa dele, obtida segundo a ABNT NBR 10007, apresentar uma das seguintes propriedades:
a) ser aquosa e apresentar pH inferior ou igual a 2, ou, superior ou igual a 12,5, ou sua mistura com água, na proporção de 1:1 em peso, produzir uma solução que apresente pH inferior a 2 ou superior ou igual a 12,5;
b) ser líquida ou, quando misturada em peso equivalente de água, produzir um líquido e corroer o aço (COPANT 1020) a uma razão maior que 6,35 mm ao ano, a uma temperatura de 55°C, de acordo com USEPA SW 846 ou equivalente.
3) De Reatividade
Um resíduo é caracterizado como reativo se uma amostra representativa dele, obtida segundo
a ABNT NBR 10007, apresentar uma das seguintes propriedades:
a) ser normalmente instável e reagir de forma violenta e imediata, sem detonar;
b) reagir violentamente com a água;
c) formar misturas potencialmente explosivas com a água;
d) gerar gases, vapores e fumos tóxicos em quantidades suficientes para provocar danos à saúde pública ou ao meio ambiente, quando misturados com a água;
e) possuir em sua constituição os íons CN ou S2- em concentrações que ultrapassem os limites de de 250 mg de HCN liberável por quilograma de resíduo ou 500 mg de H2S liberável por quilograma de resíduo, de acordo com ensaio estabelecido no USEPA - SW 846;
f) ser capaz de produzir reação explosiva ou detonante sob a ação de forte estímulo, ação catalítica ou temperatura em ambientes confinados;
g) ser capaz de produzir, prontamente, reação ou decomposição detonante ou explosiva a 25°C e 0,1 MPa (1 atm.);
h) ser explosivo, definido como uma substância fabricada para produzir um resultado prático, através de explosão ou efeito pirotécnico, esteja ou não esta substância contida em dispositivo preparado para este fim.
4) De Toxicidade
Um resíduo é caracterizado como tóxico se uma amostra representativa dele, obtida segundo a ABNT NBR 10007, apresentar uma das seguintes propriedades:
a) quando o extrato obtido desta amostra, segundo a ABNT NBR 10005, contiver qualquer um dos contaminantes em concentrações superiores aos valores constantes no anexo F da ABNT NBR 10004.
b) possuir uma ou mais substâncias constantes no anexo C da ABNT NBR 10004, e apresentar toxicidade.
c) ser constituída por restos de embalagens contaminadas com substâncias constantes nos anexos D ou E da ABNT NBR 10004.
d) resultar de derramamentos ou de produtos fora de especificação ou do prazo de
validade que contenham quaisquer substâncias constantes nos anexos D ou E daABNT NBR 10004.
e) ser comprovadamente letal ao homem.
f) possuir substância em concentração comprovadamente letal ao homem ou estudosdo resíduo que demonstrem uma DL50 oral para ratos menor que 50 mg/kg ou CL50inalação para ratos menor que 2 mg/L ou umaDL50 dérmica para coelhos menor que200 mg/kg.
5) De Patogenicidade
Um resíduo é caracterizado como patogênico se uma amostra representativa dele, obtida segundo a ABNT NBR 10007, contiver ou se houver suspeita de conter, microorganismos patogênicos, proteínas virais, ácido desoxiribonucléico (ADN) ou ácido ribonucléico (ARN) recombinantes, organismos geneticamente modificados, plasmídios, cloroplastos, mitocôndrias ou toxinas capazes de produzir doenças em homens, animais ou vegetais.
Resíduos classe II A - não perigosos, não inertes
Aqueles que não se enquadram nas classificações de resíduos classe I - Perigosos ou deresíduos classe II B - Inertes. Possuem propriedades de biodegradabilidade, combustibilidadeou solubilidade em água.
Resíduos classe II B - não perigosos, inertes
Quaisquer resíduos que, quando amostrados de uma forma representativa, segundo a ABNTNBR 10007, e submetidos a um contato dinâmico e estático com água destilada oudesionizada, à temperatura ambiente, conforme ABNT NBR 10006, não tiverem nenhum deseus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade deágua, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor.
II.1.2.Classificação dos resíduos quanto a natureza e origem
Segundo IBAM (2001) a origem é o principal elemento para a caracterização dos resíduos sólidos. Segundo este critério, os diferentes tipos de resíduos sólidos presentes em Caratinga são agrupados a seguir.
II.1.2.1. Resíduos Sólidos Domiciliares
Os resíduos sólidos domiciliares são aqueles gerados pelas atividades domiciliares rotineiras, especificamente em residências urbanas, caracterizados tipicamente pela forte presença de orgânicos e materiais recicláveis. Usualmente a coleta dos resíduos sólidos domiciliares pode ser subdividida em coleta regular e seletiva ou em sistema de coleta único (IBAM, 2001).
Dependendo do sistema adotado pelo município, os resíduos podem ser direcionados diretamente para aterro sanitário ou, de forma alternativa, ser direcionados a sistemas de tratamento prévio, destacando-se dentre esses segregação para reciclagem, compostagem, incineração, dentre outros, tendo seus rejeitos direcionados ao aterro sanitário. Importante salientar que a destinação final dos rejeitos deverá ser em aterro sanitário.
Em Caratinga a coleta domiciliar e realizada de segunda a sábado, sendo determinado horário e dia específico para cada localidade.
II.1.2.2. Resíduos Sólidos Domiciliares Especiais
São as pilhas, baterias e lâmpadas fluorescentes, atuais resíduos passíveis de regulamentação, e desconhecido controle de destinação, estão classificados como resíduos perigosos. Comotambém os pneus inservíveis e os entulhos de construção civil residencial, enquadrados nestacategoria pela grande quantidade de sua geração, e pela importância do reuso energético ereciclagem (IBAM, 2001).
No município de caratinga, esses resíduos são coletados e dispostos juntamente com os resíduos domiciliares orgânicos e recicláveis.
II.1.2.3. Resíduos Sólidos Volumosos
Outro sistema existente no município, mediante agendamento, trabalha com acoleta de resíduo volumosa, buscando uma premissa de prevenção de deposições irregulares em vias públicas ou outros locais.
Consiste na coleta sistemática dos objetos classificados como resíduos volumosos e não passíveis de remoção pela coleta regular de resíduo em razão de suasdimensões excessivas, compreendendo galhos de árvores, restos de móveis,sofás, colchões, geladeiras, fogões e outros objetos de grande volume, julgadosinservíveis pelo seu gerador, além de resíduos da construção civil, em pequenaescala (IBAM, 2001).
Em Caratinga, o funcionamento de tal sistema de coleta não foi informado.
II.1.2.4. Resíduos Recicláveis
Consiste na coleta de material reciclável (metais, plásticos, vidros e papéis) separados previamente do resíduo doméstico pelos munícipes e comerciantes. A coleta seletiva ocorre de segunda a sexta, uma vez por semana, em cada bairro da área de Caratinga, em horário diferenciado da coleta domiciliar. Os resíduos devem ser dispostos junto às calçadas, bem acondicionados e limpos, próximo do horário da coleta (IBAM, 2001).
Em Caratinga esse serviço e feito em parceira com a Associação de Catadores de Caratinga.
II.1.2.5.Resíduos de Varrição
Os serviços de varrição se referem à limpeza executada em praças,logradouros e áreas públicas, locais de eventos, etc. O serviço é gerenciado pela Secretaria de Serviços Públicos.
Além de manter os níveis adequados de higiene pública o serviço impede o acúmulo de resíduos no sistema de captação de águas pluviais evitando a diminuição da seção das manilhas.
Quanto à origem os resíduos coletados pela varrição podem ser gerados de forma natural (folhas, flores, excremento de animais, etc.) ou descartados pela população.
A limpeza e manutenção dos passeios são, de acordo com a legislação municipal, de responsabilidade de seus proprietários e, dessa forma, a varrição pública é realizada com maior intensidade junto à sarjeta para evitar obstáculos no escoamento das águas pluviais.
No âmbito da coleta, a empresa terceirizada contratada faz a coleta dos resíduos da varrição manual com veículo coletor, de segunda-feira a sábado.
O resíduo, após a varrição é ensacolado e colocados em local de coleta, e posteriormente encaminhados ao Aterro Sanitário.
II.1.2.6.Resíduos de Feirar Livres
Na cidade de Caratinga ocorre uma feira livre todo sábado. Os trabalhos consistem na limpeza da feira livre a operação de varrição, ajuntamento e coleta dos resíduos descartados no decorrer da feira, tais como cascas de frutas, verduras e frutas inservíveis, papéis e demais resíduos, e posterior lavagem dos locais críticos.
Para diminuir os problemas gerados pela atividade, deve ser estabelecido um horário rígido para término da feira livre e os feirantes devem manter, em seus pontos de venda, recipientes para resíduo. Depois de coletados os resíduos da feira ele é encaminhado para o aterro sanitário.
II.1.2.7.Resíduos de raspagem, capinação e roçagem
O município realizará o sistema de capina das vias públicase lotes baldios de forma manual ou com tratamento químico, os lotes baldios o município fará a limpeza podendo a cobrança ser anexada no IPTU ou na divida ativa.
Os serviços de capina e limpeza de vias públicas e terrenos baldios serão realizados pelos funcionários do próprio setor ao qual esta prestando serviços.
Sabendo-se que a capina requer cuidados especiais para tal, devera ser realizada por profissional qualificado e seguindo a legislação além de ter acompanhamento de um engenheiro agrônomo. Para evitar a sobre carga de serviços aos funcionários do setor, o município devera quando necessário remover funcionários de outro setor ou até mesmo contratar funcionários para essa atividade ou até mesmo terceirizar o serviço.
Quando e como á roçada deve ser feita, deve-se observar tais circunstancias:
Quando em locais de declividades acima de 30% manterem a vegetação rasteira, para evitar deslizamento de materiais particulados;
Deverá ser realizada no período das secas;
Poderá ser com foices, microtratores ou roçadeiras.
Devemos ressaltar que a limpeza e capina dos terrenos particulares e passeios em frente á testada de cada lote ou residência devem ser conservados por seus proprietários, cabendo a fiscalização notificar os infratores.
II.1.2.8.Resíduos de Serviços de Saúde
Segundo IBAM (2001) Resíduos de Serviços de Saúde são aqueles gerados nas atividades típicas da manutenção da saúde, em conformidade com regulamentos e normas do Sisnama e Anvisa, incluindo-se aqui os gerados em hospitais (humanos ou veterinários), pronto socorros, clínicas médicas (humanas e veterinárias), incluindo carcaças de animais, odontológicas, centros de pesquisa, desenvolvimento ou experimentação na área de farmacologia e saúde; medicamentos e imunoterápicos vencidos ou deteriorados; de necrotérios, funerárias, de serviços de medicina legal, os provenientes debarreiras sanitárias, dentre outros serviços específicos.
Caracterizados, especialmente, pela sua periculosidade intrínseca (patogenicidade), esses resíduos devem sofrer procedimentos específicos, tanto de segregação quanto de coleta. Com coleta segregada dos demais resíduos, os resíduos de serviços de saúde têm sistema de gestão específico, sendo direcionados a sistemas de tratamento que eliminem a periculosidade inerente aos mesmos, tais como autoclavagem ou incineração, e, uma vez descontaminados e atendendo legislação específica, podem ser direcionados à disposição final.
Na cidade de Caratinga os resíduos de serviços de saúde são coletados por empresa terceirizada, que utiliza veículos adaptados para a realização desse serviço havendo isenção de cobrança da taxa de coleta, tratamento e destinação final para consultórios de profissionais da área de saúde, farmácias e drogarias, conforme Lei Complementar nº 454/2.002, bem como aos estabelecimentos que gerem quantidades por coleta menores que dois litros de volume por coleta e não mais que um quilograma de peso. Tal taxa é calculada conforme Lei Complementar nº 322/1.998.
Após a coleta, os resíduos são encaminhados para incineração que é realizada pela empresa em Ipatinga. O gerenciamento do contrato de coleta e destinação é de responsabilidade da Secretaria de Serviços Públicos.
II.1.2.9.Resíduos de Construção Civil
Os resíduos da construção civil – RCC são aqueles gerados em construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis, sendo caracterizados genericamente como constituídos por pedaços de concreto, tijolos, blocos, metais, solos, bem como embalagens e outros gerados nas obras.
A Resolução Conama 307, de 05 de julho de 2.002, dispõe sobre a gestão dos resíduos da construção civil e estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil.
De acordo com a resolução são adotadas as seguintes definições:
Resíduos da Construção Civil – São os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha;
Geradores – São pessoas, físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, responsáveis por atividades ou empreendimentos que gerem os resíduos definidos nesta Resolução;
Transportadores – São as pessoas, físicas ou jurídicas, encarregadas da coleta e do transporte dos resíduos entre as fontes geradoras e as áreas de destinação;
Agregado reciclado – É o material granular proveniente do beneficiamento de resíduos de construção que apresentem características técnicas para a aplicação em obras de edificação, de infra-estrutura, em aterros sanitários ou outras obras de engenharia;
Gerenciamento de resíduos – É o sistema de gestão que visa reduzir, reutilizar ou reciclar resíduos, incluindo planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos e recursos para desenvolver e implementar as ações necessárias ao cumprimento das etapas previstas em programas e planos;
Reutilização – É o processo de reaplicação de um resíduo, sem transformação do mesmo;
Reciclagem – É o processo de reaproveitamento de um resíduo, após ter sido submetido à transformação;
Beneficiamento – É o ato de submeter um resíduo a operações e/ou processos que tenham por objetivo dotá-los de condições que permitam que sejam utilizados como matéria-prima ou produto;
Aterro de resíduos da construção civil – É a área onde serão empregadas técnicas de disposição de resíduos da construção civil Classe "A" no solo, visando a reservação de materiais segregados de forma a possibilitar seu uso futuro e/ou futura utilização da área, utilizando princípios de engenharia para confiná-los ao menor volume possível, sem causar danos à saúde pública e ao meio ambiente;
Áreas de destinação de resíduos – São áreas destinadas ao beneficiamento ou à disposição final de resíduos.
Os resíduos da construção civil deverão ser classificados da seguinte forma:
CLASSE A – São os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados,tais como:
a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;
b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto;
c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meiosfios etc.) produzidas nos canteiros de obras;
CLASSE B – São os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como:plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros;
CLASSE C – São os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso;
CLASSE D – São os resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como: tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros.
Os resíduos da construção civil deverão ser destinados das seguintes formas:
CLASSE A – Deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados, ou encaminhados a áreas de aterro de resíduos da construção civil, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura;
CLASSE B – Deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura;
CLASSE C – Deverão ser armazenados, transportados e destinados em conformidade com as normas técnicas especificas.
CLASSE D – Deverão ser armazenados, transportados, reutilizados e destinados em conformidade com as normas técnicas especificas.
De forma inequívoca, e atendendo aos preceitos da política nacional de resíduos sólidos, todo gerador deve, em seus procedimentos, estabelecer políticas de redução na geração, bem como de triagem e segregação, seguida do adequado acondicionamento, conforme classificação já apresentada neste documento.
Em se tratando dos grandes geradores, os planos de gerenciamento estabelecidos pelos mesmos deverão prever soluções condizentes com a legislação ambientalvigente, bem como a identificação dos métodos e sistemasdotados. Paratransporte do RCC, deverão ser utilizados equipamentos adequados, bem comoser evitada a queda de material em vias públicas.
Para dar suporte ao gerenciamento do RCC, em especial o gerado pelos pequenos geradores, énecessária a implantação de rede de equipamentos desuporte, tais como PEVs, área de triagem e transbordo (ATT) e aterro específicode RCC.
A coleta do RCC é de responsabilidade do próprio empreendedor, sendo que, emcasos dessa geração ser de pequena monta, podem ser aplicadas soluções quepossibilitem a entrega dos mesmos em pontos específicos, ou ainda, a coleta será efetuada pela municipalidade. Seu destino mais adequado é a reciclagem, parareaproveitamento na própriaindústria da construção civil, sendo que conformelegislação específica, o armazenamento do material deve ser efetuado em aterrosde inertes, específicos para tal finalidade. Dessa forma, sua disposição final seriaem aterros de inertes ou, idealmente, o reprocessamento do material e reutilização na própria indústria.
O serviço de coleta de RCC é realizado, em sua maioria, por empresas que prestam serviço de aluguel de caçambas diretamente pelos munícipes, devendoserdirecionado a destinações devidamente licenciadas para esse fim ou paraaterro sanitário.
A geração de resíduos de construção civil não foimapeada, ou estudada, em termos do município de Caratinga, exigindo alguns documentos gerais referente ao tema.
O município enfrenta um grande problema quanto ao serviço de coleta de entulhos, diariamente são recolhidos vários montes de resíduos que são deixados em vias publicas por boa parte da população. Em sua maioria são resíduos depositados de forma clandestina, em lotes baldios, calçadas, vias de trafego dificultando a passagem de veículos e pessoas, tudo isso acontece em horários em que á fiscalização não esta funcionando, ou seja, durante a noite.
Para solucionar esse problema esta sendo elaborado um projeto de gerenciamento dos resíduos da construção civil, também é necessária uma campanha educativa, licenciar bota fora para que a população possa levar os resíduos e manter plantões de fiscalização durante a noite para coibir tais ações.
Assim sendo poderia ocorrer algumas propostas para tentar ajudar na solução de tais problemas como:
Cadastramento e identificação de todos os caminhões que fazem serviços de terraplenagem e transporte de entulho.
Cadastramento de todas as empresas que trabalham com terraplenagem.
A coleta de entulho será realizada por meio de ordem de serviço, quando o serviço for prestado pela prefeitura.
O entulho devera ser depositado de forma correta seguindo a legislação ambiental e em bota-fora licenciado.
Adotar mutirões de limpeza de entulho nos bairros, informando o dia da coleta.
Demarcar áreas para que o gerador dos resíduos possa deposita-los para que o serviço de limpeza pública possa realizar a coleta.
Coletar os resíduos particulares mediante solicitação e pagamento ao município como rege a lei 1449/85, Código de Postura Municipal.
II.1.2.10.Resíduos da arborização pública de áreas verdes
O município de Caratinga apresenta uma grande cobertura vegetal, com uma grande diversidade de espécies de árvores e de plantas ornamentais, que requer manutenção periódica.
Os resíduos como galhos, terra, flores, folhas provenientes do manejo de árvores e jardins realizado pela Secretaria de Meio Ambiente, sendo sua disposição final no aterro sanitário, o município ainda não trabalha com o processo de compostagem.
II.1.2.11.Resíduos industriais
A Cidade de Caratinga não apresenta sistema de coleta específico para esse tipo de resíduo, ficando o mesmo por conta dos próprios geradores. 
Facilmente definíveis, são os resíduos gerados nos processos e instalações industriais, podendo ser caracterizados de forma variada, desde os originados nas atividades administrativas e operacionais aos resultantes dos processos produtivos em si. Existem em composições que permeiam ambas as classificações, perigosos (Classe I) e não perigosos (Classe II).
A destinação desse material, pode se dar de formas variadas, sendo comum o direcionamento à reciclagem, recuperação, incineração, coprocessamento, ou ainda, seu direcionamento à disposição final adequada, em aterros industriais devidamente licenciados.
A Tabela 5 apresenta um comparativo entre os aspectos referentes aos resíduos dos setores público, ou resíduos sólidos urbanos, e os resíduos do setor produtivo, ou resíduos industriais.
Tabela 7 – Comparativo - Resíduos dos setores público e privado
	RESÍDUOS DO SETOR PÚBLICO
(resíduos municipais)
	RESÍDUOS DO SETOR 
PRODUTIVO
(resíduos industriais)
	Obrigação do Poder Público municipal
	Obrigação do gerador
	Contratante não é o gerador (munícipes), é o município (prefeitura).
	Contratante é o gerador (empresas)
	Envolve interesses públicos diretos: usuários, saúde pública, meio ambiente.
	Envolve interesses privados diretos, einteresses públicos indiretamente.
	Investimentos públicoseventualmente
privados (concessões).
	Investimentos 100% privados
	Contratos multilaterais, envolvendo agentes públicos diversos e empresas.
	Contratos bilaterais, entre agentes
Privados.
	Foco na atividade: serviços de coleta, tratamento e disposição.
	Foco nos resultados da atividade: proteção ambiental
	Padrão de qualidade individualizado, ditado por cada município e seu orçamento.
	Padrão de qualidade geral: ditado pelo mercado (há bons e há ruins).
Fonte: Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Município de Santos
Não existe nenhum levantamento efetuado, até o momento, referente aos resíduosindustriaisgeradosno município, sendo tal condição inerente ao adequando planejamento	global	dos	processos.	Entende-se	que,	para	a adequada manutenção da qualidade ambiental, é condição mínima o atendimento às normas e legislações pertinentes.
Conformea legislaçãofederal recente, tais geradores devem elaborar seuspróprios Planos de Gerenciamento e Resíduos Sólidos, os quais devem cobrir, de forma integral, todos os resíduos gerados dentro de suas instalações e promover, de forma adequada, minimização, segregação, tratamento e disposição final aos mesmos.
II.1.2.12.Resíduos Agrossilvopastoris
São resíduos provenientes das atividades desenvolvidasem instalações deprodução agrícola, pecuária ou de silvicultura, são caracterizados tipicamente por embalagens de medicamentos veterinários vencidos ou vazias, bem como por produtos agropecuários diversos ou por restos de culturas.
A coleta desse material é de responsabilidade do próprio gerador, podendo será efetuada de forma individual ou coletiva, sendo regida por legislação específica. A destinação adequada também deve ser providenciada pelo próprio gerador, sendo osprocedimentos regidos,também, por legislação específica, bem como suadisposição final adequada ou, ainda, reciclagem.
Nãoexiste, nomunicípio, levantamento específico referente à geração ougerenciamento dos resíduos Agrossilvopastoris.
II.2. Geração
A geração de resíduos sólidos em Caratinga se dá através de atividades domiciliares, indústrias, de serviços públicos (podas, capinação, varrição de vias públicas, saneamento e etc.), atividades da construção civil (entulho de obras), feiras livres, serviços de saúde e atividades agrossilvopastoris. 
No entanto, não há no munícipio de Caratinga, conhecimento da composição gravimétrica, dos resíduos gerados. Portanto, é indicado que dentro das metas, planos, ações, e novas definições de destinação final dos resíduos sólidos, propostas por esse plano, que seja feita uma avalição da composição gravimétrica dos resíduos gerados no município.
II.3. Coleta e transporte
A coleta de lixo foi terceirizada pela Prefeitura Municipal desde julho de 2007, sendo responsável por este serviço a empresa COSTRUBAN. Esta empresa dispõe de uma estrutura composta por 11 veículos, sendo 7 caminhões compactadores, 1 caminhoneta para o lixo hospitalar, caminhoneta para o pessoal administrativo, 1 pá-carregadeira e 1 trator (jerico).
A equipe é formada por 350 funcionários que trabalham diariamente de 06:00 às 18:00 horas nos dia úteis, sendo o material coletado disposto no Aterro Sanitário do município.
II.4. Destinação e disposição final
Os resíduos coletados em Caratinga são disposto em um Aterro Sanitário. O aterro sanitário de Caratinga, localizado no córrego São Silvestre,na estrada para Bom Jesus do Galho, situado na região Leste do Estado de Minas Gerais, micro-região do Vale do Rio Doce, distante 320 Km de Belo Horizonte, e junto à Rod. BR-116. 
Possui 19 hectaresde área onde são depositados os resíduos coletados em Caratinga, incluindo os distritos. Em média, 35 toneladas de lixo são ali compactadas diariamente. Com a implantação da Coleta Seletiva, houve uma redução de 10% do lixo. Com isso, aumentou a vida útil dessas células, sendo dado a destinação correta ao lixo, atendendo as exigências ambientais, garantindo tranquilidade à população e até com a geração de renda, já que o lixo seletivo é destinado à Associação de Seletores de Materiais Recicláveis da cidade.
O Aterro Sanitário de Caratinga começou a operar em junho de 2008, e hoje já se encontra com sua segunda célula de depósito de resíduos sólidos já esgotados.Agora, a prefeitura está aterrando toda a célula para que uma nova seja utilizada. O aterro Sanitário foi projetado para um volume de coleta diário de 43,4 toneladas em final de plano, em atendimento a uma população prevista de 86.000 habitantes.
O estudo feito para viabilização do Aterro Sanitário de Caratinga é de extrema deficiência sendo, portanto indicado que se faça um novo estudo, levando em consideração as metas, planos e ações aqui propostas por esse plano.
II.5. Custos
As despesas e orçamentos do manejo de resíduos sólidos não foram disponibilizados. Mas é preciso investigar as diversas despesas que incidem sobre o conjunto de resíduos abordados. É necessário organizar os dados sobre os custos diretos de operações de coleta e transporte, de destinação de disposição, inclusive os custos de limpeza corretiva em pontos viciados de deposição irregular; as informações sobre custos indiretos, tais como os de fiscalização, combate a vetores, administrativos, os relativos à amortização e depreciação de investimentos e outros. Tendo as despesas todas compiladas, é importante definir um indicador que relacione as “despesas com manejo dos resíduos sólidos urbanos” e as “despesas correntes municipais”.
II.6. Competências e responsabilidades
Para a visualização geral das competências e responsabilidades pelo manejo de cada um dos resíduos sólidos gerados no Município, a tabela abaixo destaca os agentes responsáveis.
Tabela 8: Competências e Responsabilidades pelo Manejo dos Resíduos Sólidos do
Município
	Tipos de Resíduos
	Responsabilidades Públicas
	Responsabilidades Privadas
	
	Principal
	Complementar
	Gerador
	Transportador
	Receptor
	Domiciliares de coleta convencional
	X
	X
	
	X
	X
	Domiciliares secos
	X
	X
	X
	X
	X
	Domiciliares úmidos
	X
	X
	
	X
	X
	Limpeza pública
	X
	X
	
	X
	X
	Construção civil - Volumosos
	X
	X
	X
	X
	X
	Volumosos 
	X
	X
	X
	
	X
	Verdes
	X
	
	X
	X
	X
	Serviços de saúde
	
	X
	X
	X
	X
	Equipamentos eletroeletrônicos
	
	
	X
	X
	X
	Pilhas e baterias
	
	
	X
	X
	X
	Lâmpadas 
	X
	
	X
	X
	X
	Pneus 
	X
	
	X
	X
	X
	Óleos lubrificantes e embalagens
	
	
	X
	X
	X
	Agrotóxicos
	
	
	X
	X
	X
	Industriais
	X
	X
	X
	X
	X
	Agrossilvopastoris
	
	X
	X
	X
	X
Fonte: Planos de gestão de resíduos sólidos: Manual de orientação (2012)
II.7. Carências e deficiências
Com a nova Lei 12.305 de 2 de agosto 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, conduziu as prefeituras brasileiras a uma reestruturação nas atividades de suassecretarias, trazendo a observância de novas responsabilidades na gestão pública. Chamando aatenção para o insignificante “lixo”, a importância, e nova terminologia a ser tratada pelosservidores como resíduo sólido. Atualmente, o grande desafio é institucionalizar uma novacultura, e transpor antigos hábitos, em uma nova gestão socioambiental nas atividadesrotineiras. 
O município de Caratinga enfrenta esse grande desafio, uma vez que seu serviço de gerenciamento de resíduos sólidos ainda apresenta grandes deficiências, principalmente no que se refere aos hábitos da população, nos serviços de coleta do lixo e na sua disposição final.As figuras 3 e 4ilustram tais problemas, onde a população jogam lixos em lugares inapropriados e fora do horário de coleta, gerando transtorno a morados próximos ao local, como incômodo visual, cães rasgam as sacolas espalhando todo o lixo. Além de entupir as bocas de lobo.
Figura 4: Descarte inadequado de lixo feito pela população
Fonte: Autor
Portanto, faz necessário instrumentar as intenções teóricas, e criar compromissos daadministração pública com o meio ambiente, de forma a concretizar exemplos mínimos deminimização dos impactos sociais e ambientais, eincorporar princípios e critérios que promovam a sensibilização e a educação ambiental de toda a população.
Segue abaixo sugestão de algumas medidas a serem tomadas, para se possa atenuar tais problemas.
Utilizar os equipamentos sociais para ampliar o desenvolvimento da educação ambiental emescolas, praças, espaços da saúde, UAIs e PSF intensificando os projetos já existentes;
Trabalhar a educação ambiental em todas as faixas etárias;
Estabelecer Ecopontos, com contêineres, para que a população possa dispor seus resíduos em horários previamente determinadospara a coleta;
Em cada Ecopontos, colocar avisos e alertas sobre os horários e possíveis multas para aqueles que colocarem seus resíduos fora de horários estabelecidos;
Trabalhar a educação ambiental na perspectiva de redução do consumismo e reaproveitamento dos materiais recicláveis, desenvolvendo oficinas educativas práticas comcriação de objetos para serem utilizados no dia a dia;
Desenvolver campanha permanente, na mídia local sobre coleta seletiva nas área urbana,rural;
Capacitar pessoas que são gestoras de grandes condomínios e proprietários de grandesrestaurantes, a fim de evitar que os resíduos orgânicos sejam misturados, podendo o mesmoseguir para a reciclagem;
Investir na implantação das leis ambientais no Município por intermédio da educação esaúde (Lei Federal 9.795 e Lei Estadual MG 15.441);
Implantação de um programa permanente de educação ambiental para coletores de resíduosda construção civil, visando sua separação seletiva e destinação correta;
Criar uma divisão de fiscalização unificando os fiscais de várias secretarias;
Implantar usina de reciclagem de resíduos da construção civil em parceria com asinstituições afins, formando cooperativas;
O Município deverá criar mecanismos de fiscalização e punição para quem jogar resíduosem locais inadequados;
Definir o correto armazenamento/acondicionamento e descarte final de pneus e sucatas emáreas rurais e urbanas;
II.8. Iniciativas relevantes
Aspecto de relevante importância para a manutenção da adequada prestação dos serviços de gerenciamento dos resíduos sólidos, e a questão financeira, que se faz presente na legislação federal de referência, no tocante à sustentabilidade dos processos e sistemas adotados.
Em Caratinga, a cobrança dos serviços de gerenciamento de resíduos sólidos urbanos se dá através da taxa de remoção de resíduo séptico e de taxa de remoção de resíduo domiciliar, embutido na cobrança do Imposto Predial e Territorial urbano (IPTU).
II.9. Legislação e normas brasileiras aplicáveis
Neste tópico são identificados segundo IBAM (2001) os instrumentos legais correlatos aos assuntos editados em âmbito federal e estadual hoje em vigência e os respectivos temas abordados.
II.9.1. Lei da União Federativa
Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964 e suas alterações - normas gerais de direito financeiro, para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.
Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981- Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.
Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985 - Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico (vetado) e dá outras providências.
Lei nº 7.735, de 22 de fevereiro de 1989 - Dispõe sobre a extinção de órgão e de entidade autárquica, cria o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis e dá outras providências.
Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1989 e alterações posteriores - Pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências.
Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993 e alterações posteriores – normas para

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