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TSP3 Introdução ao existencialismo! Slides Exitencialismo

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A aula de hoje será dedicada à introdução ao existencialismo através de uma contextualização histórica e a preocupação na filosofia com a existência humana. As obras de Husserl, Kierkegaard, Nietzsche e Heidegger e Sartre. Ainda nesta aula, discutiremos o existencialismo na atualidade. 
INTRODUÇÃO AO EXISTENCIALISMO
Que significa existir? Para responder esta pergunta é necessário percorrer um panorama sobre o pensamento ocidental, seu nascimento, seus contornos e seus desdobramentos até o aparecimento do existencialismo. 
Contextualização histórica e a preocupação na filosofia com as reflexões sobre a existência humana
Embora Sócrates não tenha sido o primeiro filósofo a existir, ele foi responsável pela racionalização e sistematização do pensamento filosófico. Ele não escreveu nenhum livro e a maioria das informações a seu respeito são provenientes dos Diálogos escritos por seu maior discípulo, Platão. 
Sócrates acreditava que a filosofia não era uma profissão como supunham os sofistas, mas a ferramenta para a compreensão da realidade através da exposição clara sobre os argumentos. 
Nos diálogos, Sócrates procurava mostrar aos seus críticos que o conhecimento só seria possível a partir do “não-saber”.
Daí a famosa frase: “Só sei que nada sei”.
Sócrates considerava que a ignorância não era sinônimo de falta de inteligência, mas sim de simplicidade.
Neste sentido, pode-se perceber que para ele o valor da existência estava nas coisas simples da vida. 
Sócrates e o aparecimento da filosofia
Platão foi discípulo de Sócrates e o grande responsável pela divulgação de sua obra e seu pensamento. 
Platão acreditava que as formas abstratas e não-materiais seriam as formas mais importantes do conhecimento sobre a realidade. 
Essa teoria das ideias é apresentada por ele na alegoria conhecida por Mito da Caverna. 
Platão considerava que existe uma cisão entre o mundo Real e o mundo ideal. Portanto, as ideias são a representação perfeita do bem, da beleza, etc. 
Platão e a essência do Ser
O mito da caverna encontra-se no livro VII de A República. Em linhas gerais, pode-se dizer que trata-se de uma representação criada por Platão para mostrar que podemos nos libertar da condição de escutridão que nos aprisiona através da verdade (conhecimento). 
Imaginemos todos os muros bem alto separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna existe uma fresta por onde passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali.
Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder mover-se, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro, mantêm acesa uma fogueira.1 Pelas paredes da caverna também ecoam os sons que vêm de fora, de modo que os prisioneiros, associando-os, com certa razão, às sombras, pensam ser eles as falas das mesmas. Desse modo, os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade.
Imagine que um dos prisioneiros consiga se libertar e, aos poucos, vá se movendo e avance na direção do muro e o escale, enfrentando com dificuldade os obstáculos que encontre e saia da caverna, descobrindo não apenas que as sombras eram feitas por homens como eles, e mais além todo o mundo e a natureza.
Caso ele decida voltar à caverna para revelar aos seus antigos companheiros a situação extremamente enganosa em que se encontram, correrá,segundo Platão, sérios riscos - desde o simples ser ignorado até, caso consigam, ser agarrado e morto por eles, que o tomarão por louco e inventor de mentiras.
O mito da caverna 
Aristóteles desenvolveu seu campo de estudos a partir da Lógica. Para ele, todas as coisas possuíam um “fim em si” ; 
Aristóteles considerava que todo movimento é uma mudança de lugar e exige sempre uma causa. 
Aristóteles e a materialidade da existência
Agostinho foi um dos maiores responsáveis pelo desenvolvimento do cristianismo como filosofia através de uma atualização do platonismo;
Agostinho tinha a ideia que a Igreja seria a cidade espiritual de Deus para distinguí-la da cidade material dos homens.
Esta distinção é crucial para perceber que Deus é a perfeita representação do “Bem” e, portanto, nele está inserida a totalidade do ser. 
Por outro lado, o mal não é um ser, mas sim a ausência de ser. O mal é aquilo que sobraria quando não existe mais a presença do bem. 
A origem do mal está no livre-arbítrio concedido por Deus. Deus em sua perfeição pretendia criar um ser que pudesse ser autônomo e assim escolher o bem de forma voluntária , um ser consciente. 
Disto, pode-se concluir que, para Agostinho, o homem é o único ser que possuí as faculdades da vontade, da liberdade e do conhecimento. Por conta deste aspecto, ele é capaz de entender os sentidos existentes em si mesmo e sua natureza. 
Santo Agostinho e a existência mediada por Deus 
A maior contribuição do pensamento de Tomás de Aquino foi a síntese do cristianismo com a visão de mundo aristotélica. 
A partir dele a Igreja pôde estruturar uma teologia a partir da síntese: Fé e Razão. Ele acreditava que a filosofia não pode ser substituída pela teologia e que ambas não se opõem e, portanto, não existe contradição entre fé e razão. 
Primeira via — Primeiro Motor Imóvel: tudo que se move é movido por algo ou alguém. É impossível uma cadeia infinita de motores acionando os movidos, pois cada qual precisaria de um anterior que o impulsionasse, numa sequência regressiva sem fim, e nunca se chegaria ao movimento atual. Logo, é preciso que haja um primeiro ser que tenha dado início ao movimento existente e que não tenha sido ele próprio movido por ninguém. Este ser é Deus. 
Tomás de Aquino e a revitalização do pensamento aristotélico
Segunda via — Causa Primeira: decorre da relação de causa e efeito que se observa nas coisas criadas. Todo efeito requer uma causa. E é necessário que haja uma causa primeira que não tenha sido provocada por algo anterior. Sem ela não haveria nenhum efeito, pois cada causa pediria outra, numa sequência infinita. Deus é a causa primeira de todas as coisas.
Terceira via — Ser Necessário: há seres que podem ser ou não ser. Os seres que têm possibilidade de existir ou não existir são chamados entes contingentes. Se todos os entes que vemos na natureza têm a possibilidade de não ser, houve tempo em que nenhum deles de fato existiu. Mas se nada existiu, nada poderia existir hoje, pois o que não existe não pode passar a existir por si mesmo. O que é evidentemente falso, visto que as coisas contingentes agora existem. Algum ser primordial deve necessariamente existir para depois dar origem aos entes contingentes. Se a existência dessa entidade dependesse da existência prévia de outra, formar-se-ia uma série infinita de seres ancestrais, o que já vimos que é impossível. Portanto, tudo é contingente. Só Deus é necessário.
Tomás de Aquino e a revitalização do pensamento aristotélico
Quarta via — Ser Perfeito: verifica-se que há graus de perfeição nos seres — uns são melhores, mais nobres, mais verdadeiros ou mais belos que outros. Qualquer graduação pressupõe um parâmetro máximo. Ora, aquilo que é máximo em qualquer gênero é a causa de tudo o que há nesse gênero. Por exemplo, o fogo que tem o máximo calor traz em si todos os graus de quentura, conforme Aristóteles. Logo, deve existir um ser que tenha este padrão máximo de perfeição e que seja a causa da perfeição dos demais seres. Deus é o ser perfeito.
Quinta via — Inteligência Ordenadora: há uma ordem no universo que é facilmente verificada. Ora, toda ordem é fruto de uma inteligência. Não se chega à ordem pelo acaso, nem pelo caos. Por exemplo, uma flecha não pode buscar o alvo por si mesma. Ela tem que ser direcionada pelo arqueiro (ou ainda: a existência do relógio é a prova da existência do relojoeiro). Logo, tem que haver um ser inteligente que ordenou o universo. Deus é a inteligência suprema.
Tomás de Aquino e a revitalização do pensamento aristotélico
A importância de Descartes
para a questão da existência repousa no fato de que ele, foi responsável pela criação do racionalismo moderno através da seguinte frase: 
"Dubito ergo cogito; cogito ergo sum".
Para duvidar preciso pensar, pois dúvidas são pensamentos, e para pensar preciso existir. Com isso, Descartes prova a existência do pensamento e do espírito que o pensa, sendo a única e verdadeira certeza que possuímos. A partir disso, o filósofo elabora dois argumentos: primeiro que a mente é mais fácil de ser conhecida do que o corpo; e segundo que a matéria é divisível, já o mental não. 
 
Descartes e o nascimento do cogito
Thomas Hobbes escreveu na sua principal obra, Leviatã: matéria, forma e poder de um Estado Eclesiástico e Civil. Hobbes considerava que o estado de natureza, alguns homens por serem mais fortes e inteligentes do que outros acabam escravizando e sujeitando os demais. Acontece uma constante guerra em que impera o “cada um por si e Deus contra todos”. É por conta deste aspecto que ele defendia a existência de um Estado regulador das normas sociais e do bem comum a todos os homens. É por isto que ele é conhecido como um autor contratualista. 
Thomas Hobbes: O homem é lobo do homem
"O homem nasce livre, e em toda parte é posto a ferros . Quem se julga o senhor dos outros não deixa de ser tão escravo quanto eles.“
"O homem é bom por natureza. É a sociedade que o corrompe.“
Rousseau também era um contratualista, porém ele divergia de Hobbes quanto ao valor da natureza humana, pois ele considerava que no seu estado natural, o homem era “bom” e que a formação das primeiras sociedades acabara afastando o sujeito desta natureza, inflingindo uma série de injustiças contra o homem. 
A sociedade, acabara, portanto, corrempendo esta natureza e, por conta disto, Rousseau acreditava que a única saída para esse processo de sujeição encontrava-se na formação de um Estado civil responsável por intermediar as relações entre governo e indivíduo. 
Rousseau e a origem da desigualdade entre os homens 
Hegel foi um dos criadores do Idealismo Alemão. Uma corrente filosófica que iria priorizar a razão como forma de compreensão da realidade. 
Para ele, o Espírito (Geist) era regido por um conjunto de contradições que, em determinado momento, integram-se sem eliminar qualquer um dos polos ou reduzir um a outro. 
Seu sistema filosófico compreendia que o Espírito (Geist) se encontraria em um processo histórico contínuo de racionalidade e perfeição cada vez maiores.
Isto poderia ser constatado pelas mãos da Razão Dialética.
Razão Dialética: Tese = Antítese = Síntese. 
Por ex.: Homem – Corpo – Espírito. 
 
Hegel e o estatuto ontológico da Razão

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