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Direito penal Resumo Av2 Prova A

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RESUMO PARA AV2 – DIRETO PENAL – PROVA A 
ILICITUDE 
Todas as causa excludentes de ilicitude possuem um elemento subjetivo. Assim, na legítima defesa, além da existência de uma agressão injusta, atual ou iminente, a direito próprio ou alheio, que se refetue moderadamente com os meios necessários (art. 25 do CP), é preciso que a pessoa aja com intenção de defender-se ou de defender terceiro.
Não há crime quando o fato é praticado em:
Estado de necessidade – Se dá a existencia de um perigo atual na qual não se pode salvar a todos, nesse contexto o que predomina é o direito a vida, e o direito do agente em salvar sua própria vida. Nesse contexto o direito autoriza o agente a matar o outro para salvar sua própria vida. Perigo que ameace direito próprio ou alheio e não provocação voluntária da situação de perigo.
Legitima defesa - Diz o CP, no art. 25: “Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem”. Trata-se de um dos mais bem desenvolvidos e elaborados institutos do direito penal. Sua construção teórica surgiu vinculada ao instinto de sobrevivência (“matar para não morrer”) e, por via de consequência, atrelada ao crime de homicídio. Atualmente, permite-se seu reconhecimento como meio de tutelar qualquer direito, não somente a vida ou a integridade física.
Exercicio regular de um direito
Estrito cumprimento de um dever legal;
Crime omissivo e comissivo 
Crime comissivo exige uma atividade concreta do agente, uma ação, isto é, o agente faz o que a norma proíbe (ex: matar alguém mediante disparos). O crime omissivo distingue-se em próprio e impróprio (ou impuro). 
Crime omissivo próprio é o que descreve a simples omissão de quem tinha o dever de agir (o agente não faz o que a norma manda. Exemplo: omissão de socorro – CP, art. 135). 
Crime omissivo impróprio (ou comissivo por omissão) é o que exige do sujeito uma concreta atuação para impedir o resultado que ele devia (e podia) evitar. Exemplo: guia de cego que no exercício de sua profissão se descuida e não evita a morte da vítima que está diante de uma situação de perigo. O agente responde pelo crime omissivo impróprio porque não evitou o resultado que devia e podia ter evitado.
Nexo causal – Concausas 
Causas absolutamentes independentes: são as que produzem por si sós o resultado e não têm qualquer origem ou relação com a conduta praticada pelo sujeito. Como nesse caso o resultado ocorreria de qualquer maneira, com ou sem o comportamento realizado, fi ca totalmente afastado o nexo de causalidade, motivo por que o agente não responderá pelo resultado.
Subdividem-se em preexistentes (se anteriores à conduta do agente), concomitantes (quando ocorrem ao mesmo tempo) ou supervenientes (se posteriores).
Preexistente: efetuar disparos de arma de fogo, com intenção homicida, em pessoa que falecera minutos antes.
Concomitante: atirar em pessoa que, no exato momento do tiro, sofre ataque cardíaco fulminante que não guarda relação alguma com o disparo.
Superveniente: inistrar veneno na comida da vítima, que, antes que a peçonha faça efeito, vem a ser atropelada (causa superveniente; nesse caso, o agente só responde pelos atos praticados, ou seja, por tentativa de homicídio).
OBS: Lembre-se de que em todas as causas absolutamente independentes fi cará afastada a relação de causalidade entre a conduta do sujeito e o resultado produzido, razão pela qual o sujeito apenas responderá pelos atos praticados, não sendo possível imputar-lhe o resultado fi nal (nos exemplos acima: a morte da vítima).
Causas relativamente independentes: são as que, somadas à conduta do agente, produzem o resultado. De regra, não se exclui o nexo de causalidade, de forma que o resultado poderá ser atribuído ao agente, que por ele responderá.
Exemplos de causas relativamente inependentes:
Preexistente: Efetuar ferimento leve, com instrumento cortante, num hemofílico, que sangra até a morte (a hemofilia é a causa preexistente que, somada à conduta do agente, produziu a morte). Note que nesse exemplo se pressupõe que o sujeito tenha efetuado um golpe leve no ofendido, que não produziria a morte de uma pessoa saudável.
Concomitante: Efetuar disparo contra a vítima que, ao ser atingida pelo projétil, sofre ataque cardíaco, vindo a morrer, apurando-se que a soma desses fatores produziu a morte (considere, nesse caso, que o disparo, isoladamente, não teria o condão de matá-la, o mesmo ocorrendo com relação ao ataque do coração — causa concomitante).
Superveniente: Após um atropelamento, a vítima é socorrida com algumas lesões ao hospital; no caminho, a ambulância explode, ocorrendo a morte (a explosão da ambulância é a causa superveniente que, aliada ao atropelamento, deu causa à morte do ofendido).
Nestes três últimos exemplos, há nexo causal entre a conduta e o resultado. O agente, contudo, só responderá pelo resultado se a causa preexistente ou concomitante for conhecida (o que conduz à responsabilização a título de dolo) ou, ao menos, previsível (indicativo de culpa). Nas concausas relativamente independentes supervenientes não há, por força de lei, nexo causal (CP, art. 13, § 1º). Trata-se de uma exceção legal à teoria da equivalência dos antecedentes. Isso se aplica ao exemplo da explosão da ambulância. Seria, efetivamente, um exagero imputar ao sujeito culpado pelo atropelamento a morte da vítima, que ocorreu em razão da explosão.
Tempo e Lugar do crime

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