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história da Midia

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Aula 1 – O nascimento da midia 
A comunicação surgiu com a articulação das diferentes linguagens estabelecidas e convencionadas pelo homem, em vista de uma finalidade especifica.
Graças à escrita e às descobertas de novos suportes para a conservação e portabilidade desses textos, o homem pode preservar os conhecimentos, vencendo o tempo e o espaço.
Muitos séculos se passaram para que nossa espécie pudesse transitar das representações pictográficas-figuras- para a escrita, através do estabelecimento de sistemas fonéticos de modo que letras representassem sons.
O termo “mídia”, so passou a ser empregada na década 1920, segundo o Oxford English Dictionary.
Graças aos incentivos da Retorica nos séculos xviii e xix, começaram a eclodir os conceitos de opinião publica e a preocupação com a “massa” através dos primeiro jornais, moldando uma “consciência nacional”, conforme Briggs e Burke.
Ampliando ainda mais nossa percepção sobre formas antigas de comunicação, podemos chegar à arquitetura e artes sacras:
Idade Média: Momento histórico em que a Igreja Catolica representava bem mais que uma religião, pois se confundia com o próprio Estado, em alguns reinos. Quanto à cultura, o mundo vivia sob a égide do Teocentrismo, ser contrario a essa ideologia poderia resultar em perseguição, aprisionamento ou até mesmo em pena de morte. Para legislar, a Igreja criou um departamento responsável pelo controle, investigação e julgamento, chamada Inquisição. Galileu Galilei foi um exemplo desse domínio, foi condenado à prisão por defender, entre outras coisas, o sistema heliocêntrico.
Os sinos: No século VI, período em que Carlos Magno agregou às torres das igrejas funções de defesa e comunicação, através dos sinos. Os sinos se popularizaram como meio de comunicação, informando acontecimentos religiosos e do cotidiano. Representante da comunicação Estado-povo.
Iconografia dos Primórdios do Cristianismo: Imagens sacras tinham função de comunicar-propagar aos fies um comportamento religioso, sobretudo àqueles que não sabiam ler, que era maioria da Europa. Com a cultura Bizantina, as reproduções iconografia dos santos saíram dos altares e ganhou ruas e casas.
Tapeçaria de Bayeux 1100 d.c : Elemento de comunicação igualmente relevante, com ilustrações bordadas sobre a conquista normanda da Grã-Bretanha.
Vitrais das Catedrais: Destacam-se também como expressivo sistema de comunicação, por narrarem, através de imagens, episódios da Bíblia e da vida dos santos, assim como a imponência arquitetônica, sugerindo um discurso sobre a pequenez do homem frente a grandeza de Deus.
Rituais: Rituais são como forma de comunicação, sobretudo por estimular a memória pela forma simplificada de se aprender. Prezava-se pelos componentes visuais desses eventos (Gestos, cores e cantos) para conduzir o público não apenas ao entendimento, mas à repetição. Se o texto (Domínio da leitura e da escrita) ainda era algo de difícil acesso, a representação dos rituais passou a ser bem mais assimilada.
Escrita : Só passou a ter significativa aplicabilidade pratica legal entre papas e reis no século XI, antes disso, prevalecia a credibilidade na oralidade. Como representação da voz reis em anúncios públicos, destaca-se o Arauto, isto é , o mensageiro oficial do rei na Idade Média, que fazia proclamações solenes, analisava títulos de nobreza, transmitia mensagens, anunciava a guerra e proclamava a paz.
Do manuscrito à impressão
Dois séculos anteriores à impressão gráfica, no Ocidente, a produção de manuscritos tinha aumentado consideravelmente. De textos religiosos aos poemas e romances, passando por anotações acadêmicas, a baixa Idade Média presenciou uma efervecência de grandes obras. Exemplo:
Dante Alighieri: Autor da Divina Comédia 1304-21
Boccaccio: Humanista conhecido pelo livro Decameron, século XIV.
Chaucer: Contos de Cantuária, uma das mais importantes da literatura inglesa medieval século XIV.
Inácio de Loyola: Exercícios Espirituais, século XVI, importante guia devocional visto por alguns historiadores como importante meio da Contra-Reforma, isto é, combater a Reforma protestante.
Os inúmeros mosteiros espalhados pela Europa se tornaram grandes centros de cultura. Monges copistas tinham como função fazer cópias de livros, sobretudo a Bíblia e demais livros aprovados pelo Índex dos livros proibidos, sistema de censura da Igreja Católica, com lista de livros e manuscritos impróprios para a leitura, por serem heréticos, terem conteúdo imoral ou mágico.
Cada cópia demorava meses, devido os cuidados na tradução e ilustração dos exemplares, o que fazia dos livros uma peça rara e muitas vezes de difícil acesso.
---Umberto Eco---
Escritor e estudioso da comunicação escreveu O nome da Rosa (1980), romance que retrata um desses mosteiros, com destaque à biblioteca em formato de labirinto, representando o poder revestido sobre esses monges, controlando o fluxo da informação não apenas na sociedade, mas dentro do próprio mosteiro.
Antes da imprensa, o mundo medieval era um mundo pequeno e circunscrito em experiência sensorial, cuja informação mediatizada pela escrita era lenta e restrita, quer pela censura quer pelo analfabetismo.
-Essa realidade vai passar por grandes mudanças com o advento de um novo mundo de produção midiática:
A Prensa Gráfica/Imprensa.
A origem da impressão no Oriente.
A China foi o país que iniciou um certo tipo de impressão sobre o papel, no final do século II , utilizando papel e tinta fabricados por eles em placas de mármore com texto entalhado como matriz.
Quatro séculos depois passou para blocos de madeira. No século VIII, os chineses começaram a distribuir papel como mercadoria no mundo árabe.
A técnica de fabricação foi relevada aos árabes também por prisioneiros chineses, chegando à Europa pela Espanha, então sob domínio mouro. Mas a técnica chinesa de impressão não veio junto para o Ocidente, só o papel.
A origem da impressão na Europa
A Europa já conhecia, no principio do século XV, as invenções chinesas do papel, da tinta e da matriz em mármore, madeira e metal para reprodução de textos pictográficos. O desafio era criar uma máquina que juntasse isso tudo, devidamente adequada à linguagem ocidental.
A história atribui a “invenção” e proliferação da impressão gráfica a Johann Gutenberg, alemão nascido em Mainz no início do século XV.
No que tange à origem deste invento, provavelmente ele foi inspirado pelas prensas de vinho de sua terra natal e pela sua atividade como ourives.
Evolução tecnológica da Impressão
Depois do impacto da primeira prensa de Gutenberg, a história registrou significativas evoluções nessa ferramenta tecnológica que corroboraram para a maior eficácia das produções impressas.
Willem Blaeu: No século XVII, desenvolveu mecanismos maiores na prensa de madeiras para possibilitar a impressão de mapas.
Lord Stanhope: Em 1804 desenvolveu a prensa manual de ferro, dobrando a produção de peças impressas.
Friedrich Koenig: Em 1811, graças à Revolução Industrial, quadruplicou a produção com a criação da prensa a vapor.
Essa nova mídia, a impressão gráfica, revolucionou não apenas o modo de pensar, mas as interações sociais, sobretudo às vésperas de um mundo Moderno, pois propagava o conhecimento para todos.
Maior noção de indivíduo- antropocentrismo: o homem como centro;
Os ideais do homem burguês: valorização da liberdade e da mobilidade burguesa;
A centralização política das monarquias e do clero: enaltecimento do poder de governantes papas, assim como feitos considerados heroicos do passado.
As grandes navegações e a descoberta da América;
Retorno aos feitos gloriosos das civilizações clássicas, como Grécia e Roma. Estabelecimento do vínculo entre os “mestres do passado” e os homens modernos.
A rápida reprodução de textos com tipos móveis levados ao prelo foi um acelerador decisivo para difusão de ideias do (a):
Humanismo: Movimento que se espalhou pela Europa, durante a transição da Idade Média à Moderna.
Renascença: Redescoberta das referencias da antiguidade clássica,inspirando as mudanças da transição entre o mundo medieval e moderno, em direção a um ideal humanista e naturalista.
Reforma Protestante: Publicação das teses de Lutero contra diversos pontos da doutrina da Igreja Católica, ajudando a levar a termo o sombrio período da Idade Média e o monopólio cultural da Igreja Católica.
Os Jornais
Os primeiros jornais impressos só vão surgir mais de um século depois da invenção da imprensa no Ocidente.
Aula 2 – O principio do jornal e os impactos da propaganda.
Os primeiro gêneros da comunicação de massa
O jornal impresso foi o primeiro e maior fenômeno de comunicação de massa do mundo moderno, como resultado da impressão gráfica e da demanda por informações, com uma certa regularidade. Mas a disseminação do jornal impresso em tipos moveis só ocorreu a partir do século XVII, na Europa, com a utilização de novas técnicas para a criação de um novo formato, mais enxuto que os livros e mais amplo que os panfletos da época.
Segundo Costella, o jornal impresso tipograficamente é apenas uma das formas de se fazer jornal, pois se trata de uma subespécie do jornal impresso, que por sua vez é uma espécie dentre aquelas que compõem o gênero jornal.
A gênese do jornal impresso
O papel: Origem do papel está na China, por volta do século I d.C , e logo se tornou conhecido no Oriente.
Tipografia: Gutenberg criou uma máquina que possibilitou a impressão de textos em papéis, através de tipos móveis, revolucionando as formas de comunicação no Ocidente. 
Inicialmente, a impressão gráfica foi utilizada para a (re) produção de panfletos, mapas e livros. Somente um século depois é que essa técnica passa a ser emprega para a confecção de jornais, à luz da retomada do crescimento da mente humana num mundo Moderno, como veremos adiante. 
Correio/Cartas: Com o auxílio do papel, a comunicação física no mundo moderno passou a ser re-significada, sobretudo com o sistema regular de transmissão de mensagens (sistema postal – rota de correios), no sentido de gerir negócios e até mesmo o domínio de novos mundos por meio das cartas-documentos, enviadas pelo correio tradicional e/ou marítimo. 
O rei espanhol Felipe II (1556-98), considerado como “o rei do papel”  liderava seu império a partir da mesa do seu escritório, através de envio e leitura de cartas e relatórios. Muitas dessas cartas eram lidas e circuladas de mão em mão para pessoas de interesses similares.
Gazeta Manuscritas: Trata-se do fluxo de correspondência intercambiadas por comerciantes, nobres, intelectuais burgueses com certa regularidade, no sentido  de se manterem informados e informar sobre alguma novidade. Os financistas alemães, por exemplo, depois de ler e selecionar as informações faziam o resumo das notícias e as enviavam em cópias manuscritas para os demais agentes financeiros e representantes dos empreendimentos comerciais. As primeiras gazetas manuscritas surgiram em Veneza, no século XV.
 A propósito, o termo “gazeta” é oriunda do nome de uma moeda veneziana, que era o preço deste periódico manuscrito. Assim, o costume de comprar e ler gazetas manuscritas difundiu-se pela Europa, prevendo um novo modelo: o jornal impresso.
Livros Impressos: Por volta de 1500, foram instaladas máquinas de impressão em mais de 250 lugares na Europa, produzindo cerca de 27 mil edições, representando 13 milhões de livros circulando em uma Europa com cem milhões de habitantes, aproximadamente. Porém, os livros eram caros e muitos com linguagem técnica. 
Assim, para cair no gosto popular, muitos livros foram impressos em brochuras, tornando-se mais acessíveis, traziam ilustração e versavam a vida dos santos e romances de cavalaria. Eram vendidos por mascates, com isso esses impressos passaram a integrar e modificar a cultura popular no século XVII, sobretudo na Itália, Inglaterra, Holanda e França, cujas brochuras foram chamadas de Biblioteca Azul. 
Livros como A Imitação de Cristo e a Bíblia eram os mais vendidos, muito embora a Igreja Católica tivesse proibido a bíblias em vernáculo no fim do século XVI, alegando que tais impressões estimulavam a heresia.
Um novo gênero literário: o jornal
A própria configuração do que hoje entendemos como um jornal é, por si, produto da experimentação e da criação social e histórica, agindo na formação dos processos da hegemonia social - tanto a favor, quanto em movimentos contrários, atuando, por exemplo:
-Na Mobilização social;
-Na articulação, divulgando e propaganda de projetos, ideias, etc.;
-Na produção de referências à memória social;
-A formação da opinião pública, mediante os fatos atualizados;
-Na formação do leitor/consumidor – relação mais notificada a partir do século XIX.
 O surgimento de jornais impressos diários data do século XVII, e em meados desse século Amsterdã tinha se tornado o maior centro europeu de jornais, um novo gênero literário que fundamentado na comercialização da informação.
Carlos Rizzi apresenta o jornal Noviny poradné celého mesice zari léta 1597 (trad.: Jornal completo do mês inteiro de setembro de 1597), editado em Praga por Daniel Sedltchansky. Mas não é reconhecido como primeiro por outros autores devido ao fato de se tratar de uma periodicidade mensal.
-Há muitas discussões sobre o primeiro jornal impresso com periodicidade regular. Mas sabe-se que neste primeiro momento, os Jornais apresentaram-se numa fase de Impressa Literária, cuja característica principal era narrar fatos, informar de acontecimentos, mas com linguagem literária, conforme a cultura de leitura e escrita da época.
Gênese do Jornal Impresso Tipograficamente..
Tipografia – Livro
Papel Jornal Impresso
 tipograficamente
Correio- Carta 
Gazeta Manuscrita
O primeiro jornal
Noviny poradné celého mesice zari léta (1597): Apresentado por Carlos Rizzi, editado em Praga por Daniel Sedltchasky. Mas não é reconhecido como primeiro por outros autores devido ao fato de se tratar de uma peridiocidade mensal.
Nieuwe Tijdinghen (1605): 
Alguns historiadores o consideram como primeiro jornal. Criado em Antuérpia por Abraão Verhoeven. Inicialmente sua periodicidade era irregular, somente depois se tornando semanal, gerando crítica ao mérito de ser o primeiro jornal.
Relation oder Zeitung (1605 e 1609): Pesquisas recentes (2005) o apontaram como o primeiro Jornal semanário impresso.
A gênese da Publicidade e Propaganda
Publicidade: Vem do latim- publicus – significando tornar público.
Propaganda: Foi empregado pela primeira vez pela Igreja Católica, no século XVII, quando o papa Gregório XV cria uma Comissão Cardinalícia para a Propagação da Fé. Essa seria uma reação da Igreja Católica às ações da Reforma Protestantes, baseada na formação missionários para divulgar a religião e na impressão de livros religiosos e litúrgicos.
Historicamente podemos considerar certos contextos da Antiguidade como embriões da Publicidade e Propagada.
Exemplo disso são os primeiros vestígios em placas e símbolos – marcas - representando religião, governo e comércio, encontrados nas civilizações antigas, como os romanos. Em Pompeia - 79 d.C., por exemplo, um saqueador morreu devido às lavas do Vesúvio sobre o telhado da “Loja do Salvius” que vendia anéis e peças de ouro. 
Na Idade Média, os comerciantes destacavam seus estabelecimentos com um letreiro e gravura (resultando em logomarcas), até porque não eram comum números de casas nem de ruas. Além disso, gritos e gestos eram utilizados para chamar atenção dos clientes, destacando o tipo de produto ou serviço encontrado em tais estabelecimentos.
Mas considerando as raízes da persuasão tão presente na Publicidade e Propaganda de hoje, podemos nos reportar à Retórica de Aristóteles, não apenas por ser precursor do processo de comunicação, mas da própria estrutura persuasiva da propaganda.
Relação da mídia impressa com a publicidade e propaganda.
As invenções de Gutenberg e a utilização do papelpossibilitaram a disseminação da publicidade gráfica, como os folhetos volantes dos reformadores protestantes.
A realidade midiática brasileira no contexto colonial até 1808, antes da Imprensa Real.
No Brasil, a experiência de nova mídia de massa foi muito conturbada, quer pela censura e controle da Coroa e da Igreja, quer pelo atraso da Impressão Régia (maio de 1808). Antes de tudo, vale lembrar que o Brasil era colônia de exploração de Portugal, por isso o descaso e negligencia dos governantes para com o desenvolvimento cultura e civil dos brasileiros, nesse período. Além disso, as comunidades primitivas (indígenas) encontradas pelos portugueses eram pouco avançadas, sem referência alguma de leitura, estavam ainda na fase da comunicação visual ( artes rupestre) e oral (diferentes línguas).
Aula 3 – Mídia e Modernidade: Revoluções e Imprensa
O século XIX é de fundamental importância para compreendermos como a mídia se torna decisiva para as relações humanas.
Século de profundas transformações sociais, políticas, econômicas e culturais. Regido pelos ideais franceses de liberdade, igualdade e fraternidade, o homem moderno vê nesse período a consolidação do pensamento científico e da cultura de massa.
Tempos também de revolução industrial e de uma mudança radical da imprensa em termos técnicos. Com os jornais e a atividade panfletária, o espaço privado e público se reconfiguram como se renova a própria ideia de Homem.
O Brasil entra em cena de uma forma mais ampla em nossos estudos. Na relação com a coroa instaura-se uma imprensa que no final das contas era muito mais portuguesa do que brasileira. Veremos que essa relação é mais profunda que imaginamos ao estudarmos a imprensa no período Imperial, mas que a imprensa também se faz revolucionária em terras brasileiras.
A imprensa e as revoluções
O filósofo alemão Hegel - que já falava dos “excessos da imprensa” em pleno início de século XIX:
Em outros termos podemos também pensar que o predomínio do saber nos e dos templos ganharia um novo status com a imprensa moderna. O fim do século XVIII ( onde os anúncios em jornais já existem e já são pagos) assiste a revolução francesa e nos situa em uma nova era. Dos lemas da revolução, a questão da liberdade logo será tomada como bandeira por parte da imprensa.
1785 - Começa a circular em Londres o The Times com o nome de com o nome de The Daily Universal Register.  
1800 – Nos EUA são distribuidos 178 semanários e 24 diários. Islã apresenta resistência.
Após 1800 – Imprensa e movimentos revolucionários se juntam no Oriente médio.
1828 – A palavra tecnologia é introduzida nos EUA.
Entre 1865 e 1875 – O número de quilômetros de trilhos nos EUA aumenta em 210 mil aproximadamente.
A relação entre imprensa e liberdade é marcada por idas e vindas e até nos dias de hoje pensar tal relação é mais que um dever. Relaciona-se com um conceito maior, o de liberdade de expressão, que significa que os cidadãos “são livres para acreditar nas idéias –políticas, religiosas, econômicas – que quiserem para expressá-las, seja falando, escrevendo, encenando, cantando etc.”    
Fortes, Rafael. Da impressão à liberdade de imprensa. In Introdução à História da Comunicação. Rio de Janeiro: E-papers, 2009, p.36.
-O filósofo alemão Hegel - que já falava dos “excessos da imprensa” em pleno início de século XIX:
Guerra Civil nos EUA (1860-1865), onde destacamos os primeiros registros de credenciais para cobrir uma guerra.
A Guerra Franco-prussiana (1870-1871), quando o jornal inglês The Guardian manda correspondentes para os dois lados para cobrir  o episódio.
O espírito científico herdado do século das luzes (do Iluminismo) e a revolução industrial contribuíram para o rápido avanço da imprensa.
Ter informação torna-se uma ferramenta necessária para participar da vida social. 
 O público e o privado tornam-se elementos de um mesmo composto. 
A vida vira notícia e a notícia vira mercadoria.
A opinião cede lugar à novidade.
A imprensa industrializada
A imprensa torna-se instrumento de transformação social. O abalo nas esferas do público e privado tem nas manchetes da mídia impressa novas sensações.  A técnica jornalística se desenvolve. A liberdade de imprensa que já aparece na constituição de 1791 dos EUA é do mesmo período em que semanários, mensários e diários se espalham pelo mundo. A máquina a vapor, instrumento da primeira grande revolução industrial, reinventa a prensa de tipos móveis gutenberguiana.
A importância da industrialização e de figuras como James Watt (inventor da máquina a vapor) e Richard Arkwright, o primeiro “ rei das fábricas” nesse quadro é fundamental.  Como observa Vale, “se atividade de imprensa, nos séculos XVII e XVIII inventou e consolidou a forma-jornal, no século XIX o jornalismo foi transformado em grande empresa capitalista, impulsionado pela revolução industrial”.
O terceiro momento nesse processo de industrialização da imprensa, destacamos também de Vale:
“Entre os anos  de 1845 e 1861, a tecnologia de impressão caminhou decisivamente para a invenção da prensa rotativa, cujo protótipo teria sido pensado e  patenteado pelo americano Richard Hoe e utilizado na sede do Jornal Philadelphia Public Ledger (...) mas foi em 1861 que Hoe conseguiu produzir uma máquina que combinava uma série de elementos: a impressão através de cilindros com matrizes curvas estereotípicas e papel em bobina. O resultado foi fundamental para o desenvolvimento da imprensa industrializada: mais páginas seriam impressas simultaneamente, usando mais a própria máquina, que entrega organizado o produto final.”
Hoje é fácil imprimir um periódico. Graças à revolução industrial e as rudimentares máquinas vapor chegamos a esse maravilhoso mundo tecnológico.
Sensacionalismo e Penny Press..
O autor Ben Singer no texto “Modernidade, hiperestímulo e o início do sensacionalismo popular” (In O cinema e a invenção da vida moderna, São Paulo: Cosac e Naify, 2004),  caracteriza a partir dos estudos de Benjamin, Simmel e kracauer uma quarta dimensão da modernidade, em adição à modernidade como um conceito moral e político, cognitivo e socioeconômico.
Singer acredita que existe uma disposição neurológica na modernidade.
As revoluções, a industrialização, a experiência essencialmente urbana entre outras coisas levariam o homem a experimentar novas percepções, novos choques sensoriais. Os meios de comunicação, sobretudo a  imprensa,  seriam o marcos decisivos para compreender essa modernidade neurológica.
Fenômenos como o sensacionalismo para as massas, a literatura “acelerada” e sensorial  de mestres como Poe e Baudelaire, a imprensa tornado-se mercadoria com os jornais de um tostão (penny press) ao lado da mudança no caráter opinativo dos jornais e a consolidação dos anúncios publicitários são nossos temas.
São causas da chamada “Imprensa de negócios”:
- Barateamento dos custos.
- Aumento populacional nos grandes centros urbanos.
- Declínio do analfabetismo.
Imprensa Régia  e Os jornais na Independência
Quase no fim da primeira década do século XIX, a família real portuguesa fugindo do bloqueio imposto por Napoleão  à Europa se muda para o Brasil.
A Imprensa e a independência
A notícia da proclamação aparece em um jornal 13 dias depois do ato, no  carioca O Espelho. 
Jornais como o do português  João Soares Lisboa,  Correio do Rio de Janeiro,  eram contrários a Independência. A Independência e a imprensa estão intimamente ligados  no Brasil, assim como a República.
Vamos nos ater ao ano que antecede e ao ano que sucede nossa “independência ou morte”.  Anos importantes de surgimento de jornais e eventos fundamentais na história do Brasil às voltas com o tornar-se Império.
1821 – O Diário do Rio de Janeiro
Precursor dos atuais jornais informativos.
O conteúdo era voltado para furtos, assassinatos, diversões, espetáculos e anúncios de venda de escravos.
Ficou conhecido como Diário do Vintém, pelo baixo preço.
1821 – Diário Constitucional
Jornal baiano, tidocomo primeiro periódico a defender os interesses do Brasil.
Ficou conhecido mais tarde como somente O Constitucional.
1823 – O Sentinela da Liberdade
Tinha na figura do deputado constituinte, Cipriano Barata, sua principal voz.
Era um defensor de mudanças na independência. Um dos pioneiros da liberdade de imprensa.
Defendia o chamado “jornal de cárcere”.
Aula 4 – Mídia e Dilemas Do Século XX
A imprensa e o quarto poder.
4° Poder Imprensa = Quarto Poder ?
Se como brilhantemente recortou Michel Foucault, o poder se manifesta de diversas formas, mas sempre se manifesta, na história da imprensa, sua origem deve-se ao historiador Macaulay que referindo-se à galeria de Imprensa do Parlamento Inglês cunhou-a como quarto poder.
Alguns acreditam que a expressão estaria mais se referindo ao jornal The Times – tido como o “maior jornal jamais visto no mundo”. A expressão pegou para a imprensa como um todo. A Publicidade e Propaganda se aproveitam desse “poderio” e nos jornais começa sua trajetória de afirmação na sociedade.
Burke e Briggs | Na história da Imprensa, cada país tem sua data marcante.
1881 - Em 1881 de novo a questão da liberdade de expressão na França vem a tona. Uma nova lei de Imprensa surge e com ela a expressão: La press est Libre ( A imprensa é livre). 
A imprensa se estabelece a partir do início do século XX como uma “ força social que deveria ser avaliada em uma democracia futura, tanto quanto havia sido em um passado autoritário”( Id., Ibid). 
A imprensa é uma instituição relacionada às demais instituições democráticas.
1900 - Um jornalismo novo antenado com a discussão política e ciente de que é um poder tem em C.A Pearson um expoente. 
Fundador do Daily Express em 1900, Pearson foi o responsável por colocar óleo de eucalipto em um jornal para tornar seus leitores imunes a gripe. Poder que a imprensa provavelmente jamais terá , mas que nos soa no mínimo curioso ressaltar nessa brincadeira a pretensão e afirmação de alguns veículos impressos. 
O Daily em 1931, auge da crise financeira norte-americana, através do responsável pelas manchetes acusa diversos jornais de objetivarem o poder sem responsabilidade. Está travada umas das várias guerras entre grandes jornais.
1923 - A primeira edição da revista Time é de 3 de março de 1923 e foi fundada por Briton Hadden e Henry Luce.
Já a Life criada também por Luce é de 1936: Seu lema nos parece síntese do jornalismo contemporâneo: “Ver a vida, ver o mundo; testemunhar os grandes eventos;observar as faces dos pobres e os gestos dos orgulhosos... ver coisas a milhares de quilometros de distância, coisas escondidas atrás de paredes e dentro de salas, coisas perigosas de se obter... ver e ficar pasmo, ver e aperender”. Uma nova dimensão do público e do privado e a informação para todos .  Já com a propaganda dos regimes autoritários fascistas  deter a informação era deter de fato o poder e não só ver para aprender, era ver para controlar. Sobre esse poder concentrado nas mãos dos meios vejam o que dizem mais uma vez os historiadores Peter Burke e Asa Briggs:
Sobre esse poder concentrado nas mãos dos meios vejam o que dizem mais uma vez os historiadores Peter Burke e Asa Briggs:
“A concentração de poder na mídia no século XX tornou-se uma fonte cada vez maior de preocupação pública entre 1961 e 1981. Ela embarcou não apenas a maioria das possíveis linhas divisórias entre informação e entretenimento – com um pouco de educação no meio -, mas também a linha que separa os partidos políticos de esquerda/direita, e por fim, as diferenças entre as mídias.”(Id., Ibid., p.216)
A imprensa e guerras: a mídia e o campo de batalha.
Esse tal quarto poder teve intima relação com as guerras mundiais e com uma série de eventos que marcam o século XX. Mesmo com outros veículos como rádio, telégrafo e, posteriormente o cinema, sendo decisiva para as lutas do século XX, a mídia impressa é sacudida com as grandes guerras mundiais desse período.
No ano do término da Primeira Grande Guerra, 1919, surge o New York Daily News, o primeiro jornal em formato tablóide. As mudanças nos estilos estavam só começando, porém, como nos observa Vale “nos anos que seguem a primeira guerra mundial, o consumo sofreu uma queda considerável em grande parte pela emergência de outras formas de comunicação massiva.” 
O período entre guerras é marcado pela reconstrução da imprensa.
Sobre a guerra ocasionada pela ascensão dos regimes nazi-fascistas e sua relação com o binômio imprensa/poder usaram como referência o mesmo site do canal da Imprensa:
“Na segunda Guerra Mundial, a imprensa, obedecendo à Inteligencia Militar, mostra-se fraca ao exibir tragédias sob ângulos positivos, disfarçando derrotas e forjando estratégia onde havia fracasso. Nos Estados Unidos, os jornalistas tinham acesso somente a informações previamente analisadas. O departamento de Censura submetia jornais e emissoras de rádio ao Código de Prática de Tempo de Guerra.”
Outras guerras como a da Coréia e da Argélia onde censores decidiam o que publicar e eventos como a Grande Depressão de 1929 implodem a imprensa, que precisa de novo se reinventar.
Novos gêneros, novos meios, novos horrores.
Mídias = Como o Telégrafo
Melhorias nos sistemas de transporte = Como as Ferrovias
Desenvolvimento dos correios = Como os Cartões Postais Primeiro enviados na Áustria em 1870.
Esses elementos foram de suma importância para o final da modernidade e colocaram o homem como um real produtor e consumidor de informação.
O caráter sensacionalista continuaria a habitar páginas dos jornais, mas outras formas de contar histórias e mesmo outras histórias entram em cena.
FOLHETINS
Os folhetins (as chamadas folhas de livro) surgidos em 1836 despontam na segunda metade do século XIX como material importante para entreter o homem . 
No transição para o sec XX são  publicado à exaustão, na tentativa de aumentar mais ainda a venda dos jornais. Apresentavam tramas simples e assuntos sérios sobre a nova identidade do homem que já era por demais moderno.
DAILY MAIL
O Daily Mail é um dos primeiros jornais a assumir a posição de unir entretenimento e informação com página voltada para as mulheres, amantes do gênero folhetim.
NO BRASIL
No Brasil, a publicação de folhetins literários fazia enorme sucesso. Em vários casos eram lidos em voz alta nas casas, mostrando o poder da oralidade em um país onde o analfabetismo era imenso.
Alguns folhetins como “Memórias de um sargento de milícias”, de Manuel Antônio de Almeida, publicado em jornais como Correio Mercantil alavancaram ainda mais os jornais no Brasil.
A transformação da propaganda no século XX.
O uso da propaganda nos regimes nazistas pode ser sintetizado na figura de Joseph Goebbels:
“UMA MENTIRA CEM VEZES DITA, TORNA-SE VERDADE”
Também pode-se destacar o uso dos cartazes de propaganda do regime Lenista na extinta União Soviética. Estes fatores mostram o quanto à propaganda pode ser usada para fins políticos duvidosos.
Imprensa e república no Brasil.
Muito criticada na Imprensa, a Guerra do Paraguai – 1864/1870 – foi um dos elementos que contribuiu para a campanha de abolição da escravatura. 
Em 1869, por exemplo, surge o jornal liberar A REFORMA defensor de reformas eleitoral e judiciária, e da abolição da escravidão. 
Depois, em 1880, vem O ABOLICIONISTA, de Joaquim Nabuco, que dura menos de um ano, mas abre caminhos para outros que viriam.
Diversas Províncias – PA, CE, MA, PI, PB – tinham jornais de cunho abolicionista. Esses jornais faziam parte da chamada imprensa abolicionista fundamental para o fim da escravidão e para o Brasil tornar-se República. 
Surgem no Brasil, a partir de meados do século XIX, as primeiras revistas ilustradas:
Ilustração Brasileira – tida como a primeira de 1854;
Semana Ilustrada;
Careta – que usava o bom humor para falar de política, sobretudo em charges e caricaturas – arte que ajudou a desenvolver o jornalismo brasileiro.
A primeira etapa da Imprensa operária vai de 1922 a 1930 e é chamada de Anarcosindicalista.Em sua maioria esses operários eram imigrantes e tentaram se organizar para formar jornais que lutassem pelos direitos dos trabalhadores. Tinham por finalidade organizar, informar, mas também politizar as classes trabalhadoras. Repletos por dificuldades financeiras, periodicidades irregulares, a imprensa operária tem sua principal atividade em São Paulo.
Popularização da imprensa.
A Imprensa populariza-se e profissionalizam-se no Brasil com a república, novos conflitos se desenham. Os primeiros governos republicanos fecham jornais mesmo com a liberdade de imprensa garantida com a constituição de 1891. De 1890 a 1920 surgem mais de 300 jornais anarquistas – como O proletário, A voz do povo, O patriota.
No Brasil, nos anos 10 do século XX, aparece a primeira agência de Publicidade brasileira: a Eclética. Na década de 20 a agência norte-americana Thompson se instala no País.
Embora a criatividade de rótulos, como o famoso “Se é Bayer, é bom”, de Bastos Tigre, date de um século antes.
Também na década de 20, surgem o jornal O Globo (!925, fundado por Irineu Marinho) e a revista O Cruzeiro (1928), que pertencia à Assis Chateubriand – criador dos diários associados (em 1924) – famosa por seu refinado editorial e pelos nomes que escreviam e ilustravam-na, entre eles: Vinícius de Morais, Érico Veríssimo, Anita Malfati. Vale, por fim, ressaltar uma das maiores dobradinhas de repórter e fotógrafo da história da imprensa brasileira que faziam parte do brilhante time de O Cruzeiro: David Nasser e Jean Manzon, com suas grandes reportagens e imagens sobre assuntos que iam da fauna brasileira aos outros meios de comunicação, como teatro e cinema, passando pelas colunas sociais.
Do Estado Novo ao Golpe de 64 e os anos de chumbo.
1850 - Victor Civita funda a editora Abril.
1952 - Surge a revista Manchete, de Adolpho Bloch.
1960 - Surge o Zero Hora, no Rio Grande do Sul.
1964 - A Folha de São Paulo surge da fusão entre Folha da Manhã, Folha da Tarde e Folha da Noite.
Aula 5 – Breve História da Fotografia no Cinema.

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