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AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITOPERTENCENTE À 1ª VARA DA COMARCA DE CAMPINAS/SP
PROCESSO Nº 12345
AUTORA: SUZANA MARQUES
RÉU: JULIANA FLORES
JULIANA FLORES, brasileira, solteira, empresária, inscrita no CPF sob o nº: ..., residente e domiciliada na Rua Tulipa, 333, no município de Campinas/ SP, CEP: 00.000-000, representada judicialmente através de sua advogada devidamente qualificada nos autos, com endereço profissional na Rua Teles Mendes, 124, bairro Barroso, Campinas/SP, CEP: 00.000.000, onde devera ser intimada para dar andamento aos atos processuais, nos autos da Ação Anulatória de Negocio Jurídico, pelo rito comum, movida por SUZANA MARQUES, vem perante a Vossa Excelência apresentar sua CONTESTAÇÃO.
Para expor e requerer o que se segue:
DAS PRELIMINARES
I.I COISA JULGADA
 Ocorre que em 10 de abril de 2015, restou-se em transito em julgado ação anulatória idêntica à proposta pela Sra. Suzana em face da Sr.ª Juliana, onde esta tramitou na 2ª vara cível da comarca de Campinas/SP. A referida ação foi julgada improcedente, e revestida pelo principio da coisa julgada, tendo em vista a impossibilidade de se propor recurso.
 A vedação a rediscussão de matéria já preclusa pela ocorrência do transito em julgado, se encontra disposta no artigo 507, do código de processo civil:
Art. 507. É vedado à parte discutir no curso do processo as questões já decididas a cujo respeito se operou a preclusão. (CPC)
 Pede-se também a extinção do processo sem resolução do mérito de acordo com os artigos 485, V e art. 337, VII, em decorrência da argumentação exposta acima. Nestes termos dispõem:
 Art. 485.
O juiz não resolverá o mérito quando:
I - indeferir a petição inicial;
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada; (...) (CPC).
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
I - inexistência ou nulidade da citação;
II - incompetência absoluta e relativa;
III - incorreção do valor da causa;
IV - inépcia da petição inicial;
V - perempção;
VI - litispendência;
VII - coisa julgada; (...)
§ 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada.
§ 2o Uma ação é idêntica à outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.
§ 3o Há litispendência quando se repete ação que está em curso.
§ 4o Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado. (...)
I.II PRAZO DECADENCIAL ATINGIDO
 No presente caso, é valido destacar a data em que se deu o inicio da ação anulatória, visto que a mesma foi proposta em 20 de janeiro de 2017, como se nota, quase 5 anos depois.
 O artigo 178, caput, e no inciso I, do código civil, trazem disposto que o prazo decadencial é de 4 anos para que se pleiteei uma anulação de negocio jurídico. 
 Com isso, entende-se que nas duas hipóteses dispostas no artigo mencionado, resta-se decaído o pedido da autora, não havendo como se anular uma ação de negocio jurídico onde se encontra a atingido o prazo decadencial. Nesse sentido veremos:
Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado:
I - no caso de coação, do dia em que ela cessar;
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico;
III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.
II. DO MÉRITO
 A parte autora alega que sofreu grave coação para efetivar a doação do seu imóvel à instituição de caridade, contudo, a mesma não juntou aos autos qualquer prova que deixasse nítido a ocorrência de tal vicio de consentimento, a mesma apenas alegou que fez a doação por medo de ser demitida, caso se negasse o pedido.
 Conforme se pode verifica na exposição dos fatos, que a parte autora pediu demissão do cargo no mês de abril do ano de 2012. Portanto, se realmente existira a coação por parte da Sr.ª Juliana, ora ré, entende-se que tal ação foi sanada no ato do seu desligamento, ou ate mesmo antes disso, já que a efetivação do negocio jurídico se deu no dia 18 de março de 2012. Fica necessário relembrar como descrito acima que a ação anulatória foi proposta apenas em 20 de janeiro de 2017, quase 5 anos depois.
 Ainda que não esteja claro a inexistência de coação neste caso, conforme o disposto no art. 151,CC. Vale ressaltar que a atitude da Sr. Juliana não passavam de meros incentivos, que corriqueiramente eram feitos a todo o quadro de funcionários da organização. Nada mais que estímulos a atitudes altruísticas, que, de bom grado, e conforme queriam, os funcionários faziam.
 Não se pode entender que simples sugestões se tornem consideráveis ocorrências de vícios de consentimentos, por serem tão somente proferidas pela parte gestora da organização de acordo com o art. 153, CC.
 Tal afirmação da autora é tão carente de fundamentos que o mesmo pedido, com os mesmos fatos já foram julgados, e ainda, os demais funcionários, mesmo os de religiões diferentes e que recebiam os mesmo incentivos, nunca se sentiram vitimas de coação, tanto é jamais ensejaram qualquer ação do mesmo tipo contra a instituição ou contra a Sr.ª Juliana. Nestes termos:
Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens.
Parágrafo único. Se disser respeito à pessoa não pertencente à família do paciente, o juiz, com base nas circunstâncias, decidirá se houve coação.
Art. 153. Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito, nem o simples temor reverencial.
Pode-se ainda juntar aos autos uma jurisprudência que versa sobre o mesmo fato descrito, e onde na mesma também se constata a falta do vicio de consentimento.
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO CIVIL. AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO C/C INDENIZATÓRIA POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. DOAÇÃO DE IMÓVEL EFETUADA POR FIÉIS EM BENEFÍCIO DA INSTITUIÇÃO RELIGIOSA. ALEGAÇÃO DE EXISTÊNCIA DO VÍCIO DE CONSENTIMENTO POR ERRO DECORRENTE DE DOLO DO REPERESENTANTE LEGAL DA IGREJA. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS. INCONFORMISMO DA PARTE AUTORA. PROVA DOS AUTOS QUE NÃO DEMONSTROU A OCORRÊNCIA DE QUALQUER VÍCIO NA MANIFESTAÇÃO DE VONTADE. ARREPENDIMENTO POSTERIOR QUE NÃO SE ERIGE, POR SI SÓ, EM MOTIVO PARA ANULAÇÃO DA DOAÇÃO. SENTENÇA QUE SE MANTÉM. RECURSO CONHECIDO. NEGADO PROVIMENTO. (TJRJ, Apelação cível 0038342-66.2010.8.19.0021, DES. MARIA REGINA NOVA ALVES - Julgamento: 18/03/2014 - DECIMA QUINTA CAMARA CIVEL).
Portanto, não há que se falar em vicio de consentimento no caso exposto, devendo, assim ser declarado improcedente o pedido de anulação de negocio jurídico.
III. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
 Por todo o exposto, requer:
Que seja acatada a preliminar de coisa julgada, de acordo com os artigos 485, V e 337 VII;
Ou que seja declarada a decadência nos termos do art. 178;
Ou no mérito julgar improcedente a anulação do negocio jurídico por inexistência de coação de acordo com art. 151, e a condenação do autor ao pagamento de honorários advocatícios, bem como nas custas processuais a serem fixadas.
Requer, finalmente, a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial a documental e testemunhal.
Nestes termos, pede deferimento.
Aracaju, 08 de Novembro de 2017.
NOME DO ADVOGADO
OAB/UF Nº XX. XXX-X

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