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Tipos de Corrosão

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INTRODUÇÃO
Corrosão é um processo eletroquímico, onde o material perde um percentual de sua massa, oriundo desse processo. Sua deterioração e a perda de material são devido à ação química ou eletroquímica do meio ambiente, aliado ou não a esforços mecânicos. Em geral a corrosão é um processo espontâneo. Todos os metais e ligas estão sujeitos à corrosão. Cada tipo de material é sensível a uma determinada substância, nem todas são sensíveis a uma única espécie química.
Com exceção de alguns qualificados de nobres, os metais são quase sempre encontrados na natureza na forma de compostos: óxidos, sulfetos, etc. Isso significa que esses compostos são as formas mais estáveis para os respectivos elementos na natureza. A corrosão pode ser vista como nada mais que a tendência ao retorno para um composto estável.
A corrosão pode manifestar-se de várias formas. Algumas são mais frequentes que outras, e a ocorrência depende muito do ambiente e dos processos usados. O ambiente em que os eletrodos se encontram influencia na taxa de corrosão, pois quanto mais alta a temperatura, maior a taxa de corrosão, e quanto mais concentrado é o eletrólito, maior a taxa de corrosão.
A degradação dos materiais é interligada especialmente pelo fator climático, logo o material que sofrer constantes exposições solar, umidade, altas e baixas temperaturas, entre outros, sofrerá também uma perda de massa no material. Portanto, podemos definir corrosão como a deterioração do material resultante do ataque químico provocado pelo meio, já a degradação depende de condições climáticas e da temperatura. 
CORROSÃO E DEGRADAÇÃO
Existem três tipos de materiais que sofrem deterioração oriundo de processos de degradação e corrosão, são eles, os metais, cerâmicas e polímeros. 
Nos metais o tipo de deterioração que ocorre é a eletroquímica (corrosão) e química (oxidação), a deterioração ocorre pela dissolução do material, com ou sem a formação de produtos sólidos (óxidos, sulfetos, hidróxidos). A deterioração também pode ocorrer pela reação em atmosferas a alta temperatura, formando camadas de óxidos. Esse fenômeno se chama oxidação. Ambos são processos eletroquímicos.
Nos materiais cerâmicos a deterioração ocorre por dissolução química ou biodeterioração, ocorre somente em temperaturas elevadas ou em ambientes muito agressivos. Estes materiais são muito resistentes à deterioração.
Em sua maioria os materiais cerâmicos são altamente resistentes à corrosão. Em altas temperaturas, a corrosão desses materiais se dá através de processos de formação de fases vítreas e de dissolução. Ex.: corrosão de refratários usados em fornos de fusão de vidro (formação de fases vítreas). A corrosão por dissolução em meios ácidos específicos (HF, por exemplo) ou em meios alcalinos é favorecida, principalmente com o aumento da temperatura do sistema. Na temperatura ambiente, o processo de degradação de vidros nãotratados pode se iniciar com gotas d’água que se condensam na superfície deles (esse fenômeno é conhecido como intemperismo).
Os materiais poliméricos sofrem deterioração por degradação físico-química (radiação) e dissolução por solventes. Os mecanismos de deterioração são diferentes daqueles dos metais e cerâmicas, mencionados acima. A deterioração deste tipo de material é denominada degradação.
Processos de degradação nos polímeros:
Inchamento;
Dissolução;
Ruptura de ligação resultante da incidência da radiação ou por aplicação de calor.
 Alguns tipos de solventes líquidos podem provocar dissolução ou expansão (quando o solvente é absorvido pelo polímero) nos polímeros. Podem também ocorrer alterações na estrutura molecular dos polímeros pela exposição a radiações eletromagnéticas (luz, raios-X) e variações de temperatura.
Os principais meios corrosivos encontram-se na atmosfera (poeira, poluição, umidade, gases: CO, CO2, SO2, H2S, NO2), água (bactérias dispersas: corrosão microbiológica; chuva ácida, etc.), solo (acidez e porosidade) e produtos químicos. Um determinado meio pode ser extremamente agressivo, sob o ponto de vista da corrosão para um determinado material e inofensivo para outro.
TIPOS DE CORROSÃO
Podemos destacar vários tipos de corrosão, que são classificadas de acordo com sua aparência e forma de ataque. Esses tipos estão inteiramente ligados ao metal, por ser o material mais suscetível a corrosão.
CORROSÃO GALVÂNICA
A corrosão galvânica ocorre quando dois metais diferentes em contato são expostos a uma solução condutora. Esses dois metais diferentes ou ligas estão eletricamente acoplados, um metal mais ativo e outro metal mais nobre (inerte), estão expostos ao mesmo meio corrosivo (meio eletrolítico). Como existe uma diferença de potencial entre metais diferentes, esta servirá como força impulsora para a passagem de uma corrente elétrica através da solução. Nesse meio específico, o metal menos nobre (o mais reativo) sofrerá corrosão, e o metal mais nobre será protegido contra ela.
CORROSÃO POR EROSÃO
É consequência da ação constante entre ataque químico e abrasão mecânica, ocasionando no material um intenso fluxo de fluidos e sua deterioração. Praticamente todas as ligas metálicas de uma forma ou outra, são susceptíveis à corrosão por erosão. Metais relativamente moles com o cobre e o chumbo são mais sensíveis a esta forma de ataque.
Nesse tipo de corrosão há varias vertentes que de acordo com sua intensidade, viscosidade do liquido, temperatura, entre outros, interfere para o aumento da taxa de corrosão. Além do mais, se o líquido em que o material é submetido possuir detritos, partículas, bolhas, gotículas e gases, pode agravar mais a erosão no material.
CORROSÃO POR TENSÃO
	A deterioração de metais também pode acentuar-se pela presença de esforço mecânico, fadiga (tendência à fratura sobre solicitações cíclicas) tanto pela tensão aplicada como pela tensão interna associada com a microestrutura (contorno dos grãos) desenvolvimento de trinca pelo deslizamento microscópico e irreversível no interior do grão. A tensão de tração não necessariamente é externa, podem ser residuais ou devido à rápida mudança de temperatura em ligas de metais com diferentes coeficientes de expansão térmica.
CORROSÃO POR CONCENTRAÇÃO IÔNICA DIFERENCIAL
Este tipo de corrosão ocorre toda vez que se tem variações na concentração de íons do metal no eletrólito. Como resultado ter-se-á potenciais eletroquímicos diferentes e consequentemente uma pilha onde a área em contato com menor concentração funcionará como anodo e a área em contato com maior concentração como catodo.
CORROSÃO POR AERAÇÃO DIFERENCIAL
Este tipo de corrosão ocorre toda vez que se tem variações na concentração de oxigênio no eletrólito. Como o potencial eletroquímico de um material metálico torna-se cada vez mais catódico quanto maior for a concentração de oxigênio no meio ao seu redor, as áreas com contato com maior concentração de oxigênio serão catódicas, enquanto que aquelas com contato com menor concentração serão anódicas. A corrosão por aeração diferencial ocorre com muita frequência na interface de saída de uma estrutura do solo ou da água para a atmosfera. 
CORROSÃO FILIFORME
Designa-se corrosão filiforme a um tipo de corrosão que se processa sobre filmes de revestimentos, especialmente de pintura. Acredita-se que a corrosão filiforme tenha um mecanismo semelhante à corrosão em frestas, devido a aeração diferencial provocada por defeito no filme de pintura, embora o mecanismo real não seja ainda bem conhecido. De modo geral o processo corrosivo começa nas bordas, progride unifilarmente apresentando a interessante característica de refletir com o mesmo ângulo de incidência em obstáculos. 
CORROSÃO SELETIVA
Os processos corrosivos denominados de corrosão seletiva são aqueles em que se tenha a formação de um par galvânico devido a grande diferença de nobreza entre dois elementos de uma liga metálica. Os dois principais tipos de corrosão seletiva são a grafítica e a dezincificação. 
 CORROSÃO GRAFÍTICA
Designa-se corrosão grafítica ao processocorrosivo que ocorre nos ferros fundidos cinzentos e no ferro fundido nodular, onde o ferro é convertido em produtos de corrosão, restando apenas a grafite intacta. Sendo o grafite um material muito mais catódico que o ferro, os veios ou nódulos de grafite do ferro fundido agem como área catódica enquanto o ferro age como área anódica transformando-se em produto de corrosão. Para minimizar os problemas de corrosão grafítica é prática usual revestir os tubos, internamente com argamassa de cimento e externamente com um revestimento adequado por tubulações enterradas. 
Corrosão por dezincificação
Designa-se por dezincificação ao processo corrosivo que se observa nas ligas de zinco, especialmente latões, utilizados em trocadores de calor (resfriadores, condensadores, etc), tubulações para água salgada, dentre outras. Do processo de corrosão resulta a destruição do zinco (material mais anódico) restando o cobre e produtos de corrosão. Nesse tipo de corrosão, ocorre uma corrosão preferencial do zinco, e o cobre restante destaca-se com sua característica cor avermelhada. O processo corrosivo pode se apresentar mesmo em ligas mais resistentes como o latão vermelho (85% Cu e 15% Zn), caso a liga não seja bem homogênea. 
CORROSÃO ATMOSFÉRICA
 A corrosão também pode ocorrer pela influência da atmosfera, e por os metais serem utilizados em ambientes abertos são bastante suscetíveis as intempéries, embora outros ambientes, principalmente os de processos químicos industriais, possam ser mais agressivos. Apesar de que na exposição atmosférica o metal não esteja envolvido maciçamente em eletrólito, a umidade provoca fenômenos eletroquímicos semelhantes. Muitos ambientes apresentam características mistas, além de não haver demarcação definitiva para cada tipo. Podemos dividir os ambientes em 4 tipos básicos de atmosferas corrosivas: 
Atmosfera industrial; 
Atmosfera marinha;
Atmosfera rural;
Ambientes internos.
Além dos contaminantes químicos, a corrosão atmosférica é afetada pelos seguintes fatores:
Temperatura;
Umidade relativa; 
Direção e velocidade dos ventos;
Radiação solar;
Pluviosidade.
FORMAS DE CORROSÃO
CORROSÃO UNIFORME
A corrosão uniforme é um tipo de corrosão que se processa aproximadamente igual em toda a superfície exposta ao meio corrosivo. Ela pode ocorrer através de uma reação química ou eletroquímica e do ponto de vista técnico, é uma corrosão que não traz grandes problemas, pois é fácil de programar a vida útil do material que passa por esse tipo de degradação física e química.
CORROSÃO POR FRESTAS
 As frestas estão sujeitas a formação de pilhas de aeração diferencial e de concentração iônica diferencial. Frestas ocorrem normalmente em juntas soldadas com chapas sobrepostas, em juntas rebitadas, em ligações flangeadas, em ligações roscadas, em revestimentos com chapas aparafusadas, dentre outras situações geradores de frestas. De qualquer forma as frestas deverão ser evitadas ou eliminadas por serem regiões preferenciais de corrosão.
CORROSÃO POR PITE
A corrosão por pites é uma forma de corrosão localizada que consiste na formação de cavidades de pequena extensão e razoável profundidade. Ocorre em determinados pontos da superfície enquanto que o restante pode permanecer praticamente sem ataque. Esse tipo de corrosão é uma das formas destrutivas e insidiosas de corrosão, causando a perfuração de equipamentos, com apenas uma pequena perda percentual de peso de toda a estrutura. Sendo essa corrosão bem difícil de ser encontrada, pois a sua pequena dimensão acaba geralmente, ficando escondida pelos produtos de corrosão.
É um tipo de corrosão de mais difícil acompanhamento quando ocorre no interior de equipamentos e instalações já que o controle da perda de espessura não caracteriza o desgaste verificado.
CORROSÃO POR PLACAS
Ocorre quando os produtos de corrosão se formam em placas que se desprendem progressivamente. É comum em placas metálicas que formam película inicialmente protetora, mas que ao se tornarem espessas, fraturam e perdem aderência, expondo o metal a um novo ataque. 
CORROSÃO ALVEOLAR
A corrosão se dá de forma localizada, com o aspecto de crateras. Frequente em metais formadores de película semi-protetoras ou quando se tem corrosão sob depósito, como na corrosão por aeração diferencial. Apresenta como característica um fundo arredondado e uma profundidade geralmente menor que o seu diâmetro.
CORROSÃO INTERGRANULAR OU INTERCRISTALINA
Quando a corrosão se manifesta no contorno dos grãos, como nos ácidos inoxidáveis austeníticos sensitizados, expostos a meios corrosivos. Contudo, em certas condições, os contornos de grão se tornam muito reativos, ocorrendo à corrosão entre os grãos da rede cristalina do material metálico.
CORROSÃO TRANSGRANULAR OU TRANSCRISTALINA
Quando a corrosão se manifesta sob a forma de trincas que se propagam pelo interior dos grãos do material, como na corrosão sobre tensão de aços inoxidáveis austeníticos.
PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO
A proteção consiste em introduzir um revestimento entre a superfície e o meio, evitando-se o contato metal meio. Para isso, devem ser considerados fatores geométricos e as condições de serviço. Os esquemas de proteção podem ser preventivos ou curativos. A decisão final será orientada pelos fatores econômicos. Alguns mecanismos de proteção são: 
Revestimento metálico (galvanoplastia, niquelação, cromação, etc.);
Eletroprateado de metais; 
Ânodo de sacrifício; 
Película de óxido; 
Pintura e esmaltes; 
Inibidores; 
Fitas isolantes; 
Plástico; 
Seleção do material;
Mudança do projeto.

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