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Efeitos da Posse: Frutos, Benfeitorias e Interditos Possessórios

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EFEITOS DA POSSE 
DENTRE OS EFEITOS DA POSSE, DESTACAM-SE: 
PERCEPÇÃO DE FRUTOS; O direito à percepção dos frutos varia conforme a 
classificação da posse quanto à subjetividade e está disciplinado nos arts. 1.214 a 
1.216, CC 
- Frutos; Colhidos; Pendentes; Percipiendos 
- Boa-fé - Direito do possuidor à Restituição com o direito à dedução das 
despesas. 
- Má-fé -Indenização ao possuidor legítimo, com direito à dedução das despesas. 
Só lhe assiste o direito às despesas. O pagamento feito ao possuidor de má-fé 
pelas despesas de produção e custeio é devido tendo em vista o princípio do 
direito civil que proíbe o enriquecimento sem causa. 
OBS. Os frutos colhidos por antecipação devem ser devolvidos e os frutos civis, 
por tratarem-se de rendimentos, reputam-se colhidos a cada dia. 
 
EFEITOS DA POSSE 
DIREITO ÀS BENFEITORIAS 
Assim como ocorre com os frutos, a indenização pelas benfeitorias depende da 
classificação da posse quanto à sua subjetividade (vide arts. 1.219 e 1.220, CC): 
Boa-fé 
Necessária - Indenização + Retenção 
Útil - Indenização + Retenção 
Voluptuária - Jus tollendi, sem direito de retenção 
Má-fé 
Apenas restituição do valor gasto pelo possuidor 
Obs: as benfeitorias são compensadas com os danos. 
• Enunciado n° 81, I Jornada de Direito Civil: O direito de retenção previsto no 
CC art. 1219, decorrente da realização de benfeitorias necessárias e úteis, 
também se aplica às acessões (construções e plantações) nas mesmas 
circunstâncias. 
• Súmula n° 158 do STF: Salvo estipulação contratual averbada no registro 
imobiliário, não responde o adquirente pelas benfeitorias do locatário. 
 
 
EFEITOS DA POSSE 
INTERDITOS POSSESSÓRIOS 
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, 
restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de 
ser molestado. 
Interdito possessório é a denominação genérica que se dá às ações possessórias 
que visam combater as seguintes agressões à posse: 
• Esbulho: agressão que culmina da perda da posse. Interdito adequado: 
reintegração de posse (efeito restaurador). NCPC, arts. 560 a 566 (926 a 931 cpc). 
• Turbação: agressão que embaraça o exercício normal da posse. Interdito 
adequado: manutenção de posse (efeito normalizador). NCPC, arts. 560 a 566. 
• Ameaça: risco de esbulho ou de turbação. Interdito adequado: interdito 
proibitório. NCPC, Arts. 567 e 568 (932 e 933 cpc). 
O fato de o limite entre as formas de agressão da posse serem muito tênues, 
associado à velocidade com que uma agressão pode se transformar em outra, fez 
com que a legislação estabelecesse a fungibilidade entre as ações possessórias, art. 
554, NCPC (920 cpc). 
EFEITOS DA POSSE 
CONDIÇÕES DAS AÇÕES POSSESSÓRIAS: 
- Interesse de agir 
- Legitimidade: possuidor, seja direto, seja indireto. O detentor não tem 
legitimidade ativa nem passiva. Se houver agressão à posse de bem sob sua 
apreensão, somente lhe é deferida a autotutela imediata e proporcional da posse; 
se ele for indicado como réu em ação possessória, deverá valer-se da nomeação à 
autoria, arts. 338 e 339, NCPC (62 cpc). 
• Cumulação de pedidos: a cumulação de pedidos de indenização, multa pela não 
cessação imediata à agressão da posse, bem como demolição não desnaturam a 
natureza da ação possessória, que continuará a seguir o procedimento especial 
previsto pelo CPC). 
• Exceptio domini: por expressa determinação legal, art. 557 NCPC (923 do cpc), 
não é possível, regra geral, no juízo possessório, discutir o domínio. A decisão 
acerca de uma ação possessória será tomada com base na melhor posse, e nesse 
aspecto a função social da posse assume papel relevante. 
Exceções: a usucapião pode ser utilizada como matéria de defesa e, consoante a 
Súmula 487, STF, será deferida a posse a quem, evidentemente, tiver o domínio se 
com base neste ela for disputada. 
 
 
EFEITOS DA POSSE 
QUESTÃO DA TUTELA ANTECIPADA NAS AÇÕES POSSESSÓRIAS 
A tutela de urgência é permitida no âmbito das ações possessórias pelo art. 562, NCPC. Ela 
terá caráter satisfativo e estará pautada em cognição especial. 
Os arts. 558 a 566 do NCPC (928 c/c 924 cpc), exigem requisitos especiais para a concessão 
da medida liminar (que poderá ser deferida com ou sem audiência da parte contrária, 
lembrando que quando o réu for ente de direito público, não é possível a concessão de 
liminar inaudita altera pars): 
• prova da posse; 
• caracterização detalhada da agressão à posse, inclusive com indicação da data em que 
houve o esbulho ou a turbação; 
• que a agressão tenha ocorrido a menos de ano e dia (esbulho ou turbação novo). 
É importante ressaltar que, quanto ao terceiro requisito, a concessão da tutela de urgência 
não se limita ao esbulho ou à turbação nova. A interpretação sistemática do NCPC conduz 
à conclusão de que caso a agressão tenha ocorrido há menos de ano e dia, a liminar 
concedendo antecipação de tutela seguirá o procedimento especial previsto no art. 560 e 
seguintes do NCPC (928 cpc). Caso, porém, a agressão tenha ocorrido há mais de ano e 
dia, o direito fundamental de acesso à justiça e o princípio da inafastabilidade da 
jurisdição implicam na necessidade de tutela jurisdicional adequada à solução das crises 
de direito material, de modo que a tutela de urgência poderá ser concedida, mas na forma 
do art. , 294 e seguintes NCPC (273 cpc). 
 
EFEITOS DA POSSE 
DESFORÇO POSSESSÓRIO 
Desforço incontinenti: defesa imediata da posse pelo possuidor agredido. Deve 
estar assentado no binômio imediatismo-proporcionalidade. O art. 1.210, § 1° 
tem que ser entendido em harmonia com o art. 188, também do Código Civil. 
O desforço próprio, como ação exclusiva do possuidor, deve ser promovido logo e 
limita-se a trazer a situação ao fato anterior à violência. Ou não permiti-lo que 
se perpetre. Logo, é prazo contínuo e ininterrupto. É decadencial, de modo que 
não permite um intervalo, pois se este se der, caberá ao interessado buscar as 
vias ordinárias, ou seja, procurar a Justiça, como órgão estatal, a disposição dos 
jurisdicionados (PUGLIESE, Roberto J. Direito das coisas. São Paulo: LEUD, 2010. 
p. 195). 
A doutrina costuma classificar a autotutela da posse em duas espécies: 
• desforço imediato: ocorre nos casos de esbulho, em que o possuidor recupera 
o bem perdido. 
• legítima defesa da posse: ocorre nos casos de turbação, em que o possuidor 
normaliza o exercício de sua posse. 
AVALIAÇÃO 
Marcelo move ação reivindicatória em face de Rodrigo em 2015, afirmando ser proprietário 
de determinado imóvel, desde 2012. Porém, deixa de instruir a inicial com a escritura 
pública devidamente registrada, eis que não a possui. Rodrigo apresenta contestação na 
qual sustenta deter a posse do imóvel desde 2008, posse que lhe fora transmitida com a 
morte de sua mãe, possuidora mansa e pacífica do imóvel, desde 1998, com justo título e 
animus domini. Alega Rodrigo, em seu favor, a exceção de usucapião, requerendo a 
improcedência do pedido com o reconhecimento da prescrição aquisitiva, invocando, 
alternativamente, o direito de retenção por benfeitorias úteis, e protestando por prova 
testemunhal. Em audiência de conciliação considerou o magistrado estar comprovada a 
matéria de direito, inexistindo matéria de fato a ser considerada. Denega a produção de 
provas testemunhal e profere sentença de procedência do pedido inicial, sob os seguintes 
argumentos: a) que não cabe discussão acerca da posse ad usucapionem e que restou 
comprovado o domínio do autor; b) que, por ser a posse um estado de fato, não é possível 
a sua transmissão; c) que não cabe o direito de retenção por benfeitorias, pois se trata de 
possuidor de má fé. Diante do caso concreto, pergunta-se: 
1. Como advogado(a) de Rodrigo, que direitos sustentaria para fundamentar sua defesa? 
2. Semdiscutir a questão da usucapião, terá Rodrigo direito à posse do bem? Por quê? 
3. Como fica o direito de retenção por benfeitorias? 
4. E o direito aos frutos? 
 
 
AVALIAÇÃO 
Questão objetiva 1 
O possuidor de má fé: 
(a) Não tem direito à indenização independentemente do tipo de 
benfeitoria que tenha realizado no imóvel. 
(b) Tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e das úteis, 
mas só pode reter o imóvel em razão das necessárias. 
(c) Tem direito à indenização só das benfeitorias necessárias, mas não 
tem direito de retenção do imóvel. 
(d) Tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e das úteis 
sem direito de retenção do imóvel. 
(e) Tem direito à indenização só das benfeitorias necessárias com 
direito de retenção do imóvel. 
AVALIAÇÃO 
Questão objetiva 2 
Assinale a alternativa incorreta: 
(a) O possuidor tem direito de ser mantido na posse em caso de 
turbação. 
(b) Considera-se possuidor aquele que, achando-se em relação de 
dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em 
cumprimento de ordens ou instruções. 
(c) O Código Civil reconhece como injusta a posse que for violenta, 
clandestina ou precária. 
(d) A posse poderá ser desmembrada em direta e indireta.

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