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QUAL O TIPO DE PARTICIPAÇÃO POPULAR O ESTADO DEMOCRÁTICO E DE DIREITO RECONHECE COMO NECESSÁRIO?
Nas últimas décadas, o papel do Estado vem sendo questionado e só a partir da Constituição Federal de 1988 que a universalização dos direitos de cidadania, descentralização e gestão democrática das políticas públicas veio a ser legitimado.
A década de 1980 foi marcada por mudanças sociais, políticas e institucionais a partir de lutas em busca da democratização da gestão pública brasileira. Os movimentos sociais e organizações da sociedade civil fariam de tudo para assegurar a participação da sociedade nos processos da gestão e controle dos recursos públicos. Com a ruptura do poder autoritário e centralizado da ditadura, buscavam-se instrumentos que influenciariam nas administrações públicas do país e foi com a Constituição de 1988, que se garantiu a participação da população. 
A constituição de 1988 apresenta, com efeito, uma nova configuração de gestão das políticas públicas, instituindo novos mecanismos nos processos de tomada de decisões, o que faz emergir um regime de ação pública descentralizada, no qual são criadas formas inovadoras de interação do governo e sociedade, através de meios e estratégias de participação social. Baseando assim, uma gestão democrática, centrada em três eixos fundamentais, sendo políticas sociais e às demandas dos cidadãos; reconhecimento dos direitos sociais; abertura de espaços públicos para a participação da sociedade.
Definem-se o novo formato institucional previstos nos artigos da constituição Federal de 1988; na saúde com a “participação da comunidade” (art. 198, inciso II); na assistência social, como “Participação da população”(art.204, inciso II); e na educação como “gestão de ensino público”(art. 206, inciso VI).
Surgem novas iniciativas de gestão democrática das políticas públicas, com a introdução de reformas que fortalecem a autonomia dos municípios, facilitando o poder local e criando novas parcerias entre o poder público e os setores da sociedade civil, assim, superando o Estado centralizado, fortalecendo as instituições democráticas do país. 
A participação social foi marcada em 1990 com os temas: participação, democracia, controle social e parceria, que seriam os novos movimentos sociais, que se organizavam como espaços de ação reivindicativa e recusam relações subordinadas, de tutela do Estado. Esses novos sujeitos buscam construir uma cultura participativa e autônoma, se espalhando por todo território nacional, criando uma grande rede de organizações populares que se mobilizavam em torno da conquista, garantia e ampliação dos direitos.
A década de 1990 foi destaque já que existia uma pressão para que se fossem criados espaços para a construção de áreas voltadas para a defesa dos direitos das crianças e da assistência social, criando inclusive novas leis como o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) e a Lei Orgânica da Assistência social (LOAS), que foram redefinidas e alcançam caráter universal e democrático, representados por atores da sociedade civil. A participação da sociedade civil, na gestão das políticas públicas ganhou grande relevância com a criação e ampliação de canais propositivos e deliberativos, como os fóruns e os conselhos gestores substituíram a “participação comunitária pela participação cidadã” (GOHN, 2001, p.56).
Na participação cidadã, segundo Gohn, a categoria central deixa de ser a comunidade e passa a ser a sociedade. Sendo que o conceito de participação cidadã está baseado na universalização dos direitos sociais, na ampliação da cidadania, e o novo papel do Estado, definindo a prioridade nas políticas públicas. 
“A Constituição Federal de 1988 regulamentou a participação da sociedade civil como um elemento dos processos decisórios nas três esferas de governo (municipal, estadual e federal) e introduziu uma série de mecanismos permitindo que representações de segmentos sociais tivessem acesso à gestão pública e tornassem parte nos referidos processos, sinalizando o fato de que a participação social deve exercer uma influência significativa na formulação e implementação de políticas públicas.
A Participação Cidadã
A Participação Cidadã, assim como o controle social do estado, são as participações que o estado de direto reconhece como necessários. Sendo assim, a participação cidadã é um processo de mudanças, e a sociedade civil deve atuar diretamente e indiretamente nas intervenções das políticas públicas, ampliando consideravelmente a ampliação dos direitos respeitados, equidade social, cidadania e democracia. Sabemos que ainda há muitos problemas sociais a serem resolvidos e precisamos de mais programas interventivos na sociedade, como projetos culturais, de moradia, educação, saúde, inclusão tecnologia entre outros.
Vale também ressaltar que a falta de informação a respeito dos direitos dos cidadãos também é uma grande problemática, por isso, toda a argumentação crítica em prol da sociedade deve ser amplamente elaborada.
O Controle Social do Estado
Mesmo que o sentido da palavra “Controle social do Estado” tenha duplo sentido, neste caso, nos referimos ao controle da sociedade civil sobre o Estado para garantir a soberania popular. Neste caso, o controle social envolve a capacidade que as classes subalternas, em luta na sociedade civil têm para interferir na gestão pública, orientando as ações do Estado e os gastos estatais na direção dos seus interesses de classe, tendo em vista a construção de sua hegemonia. A expressão “controle social” tem sido alvo das discussões e práticas recentes de diversos segmentos da sociedade como sinônimo de participação social nas políticas públicas. Durante o período da ditadura militar, o controle social da classe dominante foi exercido através do Estado autoritário sobre o conjunto da sociedade, por meio de decretos secretos, atos institucionais e repressão. Assim, controlavam a sociedade para interesse do Estado e fortalecendo e privilegiado a minoria capitalista. 
Entretanto, felizmente, com a ruptura autoritária, a questão da participação da sociedade na gestão pública ganha força na segunda metade da década de 1980, dando abertura para uma sociedade com planos, projetos e programas em prol da coletividade.
Nesse processo de equidade, a saúde foi pioneira em um sistema universal, público, descentralizado e de qualidade e foi imprescindível para a democratização do atendimento médico à população.
A Constituição Federal de 1988 tem por finalidade proteger o indivíduo contra as investidas abusivas dos órgãos estatais e não permitem sua violação. Além da saúde, a Constituição Federal garante os direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados (Art. 6º).
Então, o controle social do Estado, pode ser entendido como a participação do cidadão na gestão pública; fiscalização, monitoramento e controlando as ações da administração pública. 
Sendo um importante mecanismo de fortalecimento da cidadania que contribui para aproximar a sociedade do Estado, abrindo a oportunidade para os cidadãos acompanharem as ações dos governos e cobrarem uma gestão pública de qualidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da educação. Constituição da república Federativa do Brasil. Brasília: 1988
http://brasildebate.com.br/a-participacao-cidada-na-elaboracao-de-politicas-publicas/
http://escabinos.blogspot.com.br/2006/03/estado-democrtico-de-direito-e-seus.html
http://www.portalconscienciapolitica.com.br/products/controle-social/
http://www.webartigos.com/artigos/o-que-e-controle-social/23288/

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