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O Processo de Construção das Políticas Sociais_Slides

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Unidade I
O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO Ç
DAS POLÍTICAS SOCIAIS
Prof. José Junior
Modelos econômicosModelos econômicos
 O termo política origina-se do adjetivo grego pólis, palavra 
associada a uma cidade-estado, ou seja, espaço 
i il i d fi t i l t ibilit dprivilegiado geograficamente e visualmente, possibilitando 
maior segurança para os que estiverem instalados.
 A pólis surge com o progresso mercantil, principalmente, p g p g , p p ,
da agricultura, comércio e locais que produziam tecidos, 
fazendo com que as pessoas se sentissem seguras em 
idi ó i à f t l i ó l tresidir próximas às fortalezas, assim a acrópole, ponto 
mais alto da pólis e que ficavam os governantes, tornava-
se seu centro político, ou seja, onde era revolvido os p , j ,
problemas.
Modelos econômicosModelos econômicos
 Ao referenciar o termo pólis, associa-se a uma organização 
entre as pessoas livres (social) que interagiam a respeito 
d l i l õ l ti t itó i Ádas legislações relativas ao território e era na Ágora que 
se discutiam as questões cotidianas, haviam manifestações 
e ações comerciais, por ser um espaço de facilidade no ç , p p ç
encontro entre os indivíduos, sendo comparada a uma praça.
Modelos econômicosModelos econômicos
Como o Estado é formado pelo coletivo e este pelo conjunto de 
famílias que, consequentemente, é formada por inúmeras 
pessoas faz refletir que o homem surge primeiramente que opessoas, faz refletir que o homem surge primeiramente que o 
Estado, mas troca sua liberdade para viver em comunidade.
A família para Aristóteles tinha característica patriarcal, sendo 
composta por quatro elementos básicos: 
 mulher;
 filhos;filhos;
 bens e escravos;
 chefe.
Modelos econômicosModelos econômicos
 Com o desmoronamento do Império Romano devido às 
crises provocadas por questões internas e devido à invasão de 
povos bárbaros foi estabelecida uma nova atividade comercialpovos bárbaros, foi estabelecida uma nova atividade comercial, 
denominada feudalismo, ou seja, a terra começa a ter valor de 
comércio, bem como nos territórios dos feudos começavam a 
surgir poderes locais, individualizados. 
 Com a queda do Império, surge outra instituição que tinha seu 
d t I jpoder crescente: a Igreja. 
RevoluçõesRevoluções
 Gloriosa: final do século XVII, na Inglaterra, marcada pelo 
golpe do parlamento, pois queriam que o trono fosse assumido 
por Guilherme de Orange e não por Jaime II como se esperavapor Guilherme de Orange e não por Jaime II, como se esperava 
após a morte de seu irmão Carlos II. 
 Durante o século XVIII houve dois fatos históricos que u a te o sécu o ou e do s atos stó cos que
marcaram o período: os ideais iluministas, objetivando a 
liberdade econômica e o término das amarras políticas 
próprias da monarquia; além de estabelecer economia empróprias da monarquia; além de estabelecer economia em
todo globo, influenciada pelo capitalismo industrial.
 Na segunda metade do século XVIII, a França perdeu g , ç p
alguns conflitos militares e presenciou colheitas ruins 
que culminaram em crises econômicas e desconforto social, 
iniciando manifestações populares descrentes das ações dosiniciando manifestações populares descrentes das ações dos 
governantes; ações que eclodiram a Revolução Francesa.
RevoluçõesRevoluções
 Neste momento, o “trabalhador livre” começou a perder 
autonomia sobre sua vida, já que para tê-la dependia do 
comprador de sua mão de obracomprador de sua mão de obra.
 Surgiu o trabalho assalariado, o qual deixou na posição de 
submissão os que estavam nesta situação, promovendo umasubmissão os que estavam nesta situação, promovendo uma 
transformação ou o início nas relações de trabalho.
 Em paralelo, ainda no século XVIII, nos Estados Unidos ocorria 
a Revolução Americana que visava à independência das 
colônias da América do Norte da Grã-Bretanha.
InteratividadeInteratividade
(UEL) “Toda cidade [polis], portanto, existe naturalmente, da mesma
forma que as primeiras comunidades; aquela é o estágio final destas, 
pois a natureza de uma coisa é seu estágio final [ ] Estaspois a natureza de uma coisa é seu estágio final. [...] Estas 
considerações deixam claro que a cidade é uma criação natural, e que o 
homem é por natureza um animal social, e um homem que por natureza, 
e não por mero acidente não fizesse parte de cidade alguma seriae não por mero acidente, não fizesse parte de cidade alguma, seria 
desprezível ou estaria acima da humanidade”. (ARISTÓTELES. Política. 
3. ed. Trad. de Mário da Gama Kuri. Brasília: Ed. Universidade de Brasília, 
1997 p 15 )1997. p. 15.)
De acordo com o texto de Aristóteles, é correto afirmar que a polis:
a) É instituída por uma convenção entre os homens.
b) E i t t é d t h b idb) Existe por natureza e é da natureza humana buscar a vida em 
sociedade.
c) Passa a existir por um ato de vontade dos deuses, alheia à 
vontade humana.
d) É estabelecida pela vontade arbitrária de um déspota.
e) É fundada na razão, que estabelece as leis que a ordenam.
Contexto brasileiroContexto brasileiro
 Com o início do processo transitório das atividades agrícolas 
para as industriais teve-se também o da urbanização, formando 
as classes econômicas médias: funcionários públicosas classes econômicas médias: funcionários públicos, 
profissionais liberais, empregados das firmas de serviços 
públicos e do comércio.
 O aparecimento da indústria não trouxe melhoria para a vida 
dos então operários; eram excluídos e marginalizados, uma 
ã ti h f t d b i b d lvez que não tinham a fortuna da burguesia, sobrando para eles 
morarem em favelas e cortiços, os salários ofertados flutuavam 
variando de acordo com a vontade do empregador.p g
Getúlio Vargas: 1930Getúlio Vargas: 1930
 A vinda de Getúlio Vargas à Presidência da República se deu 
em meio aos conflitos.
 O número era tão grande de pessoas sem trabalho, que em 
1931 girava em torno de 2 milhões de desempregados e 
subempregados no país.subempregados no país.
 Os colonos foram dispensados e obrigados a virem para a 
cidade, faltando espaço físico e alimento para todos.
 Os direitos sociais estavam afincados aos interesses 
econômicos do país e conjuntamente ao da classe burguesa, 
d d l l t b lh duma vez que a massa era dada pela classe trabalhadora.
Getúlio Vargas: década de 1930Getúlio Vargas: década de 1930
 Em 10/11/1937, Getúlio Vargas outorgou uma nova 
Constituição.
 O Estado Novo trouxe importantes reflexos à vida política e 
administração pública, como na transformação das relações 
entre o poder federal e estadual e, com isso, aproximou oentre o poder federal e estadual e, com isso, aproximou o 
Brasil para um governo nacional, pelo fato de os governos 
estaduais e municipais exercerem muitas funções que eram 
d l d d d f d l i di t ib í t ida alçada do poder federal e, assim, distribuíram-se tais 
atribuições para esta última esfera, como a educação 
e trabalho.
Getúlio Vargas: década de 1950Getúlio Vargas: década de 1950
 Vargas, entre o fim de 1953 e o início do próximo ano, 
marcou seu governo com o nacionalismo mais duro
e a busca de apoio políticoe a busca de apoio político.
 As tensões sociais aumentaram com a inflação crescente
e o governo de Vargas, propositadamente, permitiu o retornoe o governo de Vargas, propositadamente, permitiu o retorno 
ao poder dos líderes operários mais radicais, rapidamente 
se organizaram para manifestar contra os problemas 
l i i t d id l dsalariais e o custo de vida elevado.
Governo JKGoverno JK
Marca de governo: “cinquenta anos de progresso em 
cinco de governo”.
 A política para os agricultores de subsistência não influenciou 
no sistema de propriedade rural existente, com políticas 
pouco significativas.pouco significativas.
 Os problemas enfrentados pela maioria do povo brasileiro se 
agravavam, porque as indústrias trocaram a fabricação de 
bens de consumo para bens de capital (siderurgia, 
petroquímica, hidrelétrica, de material de transportes etc.) e 
para bens duráveis (eletrodomésticosautomóveis etc ) compara bens duráveis (eletrodomésticos, automóveis etc.), com 
isso, a vida do meio rural foi novamente prejudicada.
Estado neoliberal: década de 1990Estado neoliberal: década de 1990
 Opõem-se às políticas distributivas de bem-estar social, 
diminuindo o compromisso do Estado com o acesso 
b í ia bens mínimos.
 No governo de Fernando Collor de Melo, com o 
neoliberalismo pretendia se o fortalecimento do livreneoliberalismo pretendia-se o fortalecimento do livre 
mercado, tratando de um novo projeto societário, pois 
o Estado vem propor uma redução nos gastos públicos, 
para que possa ser destinada uma parcela maior aos 
mais poderosos economicamente.
O It d té j i d 1995 l O governo Itamar durou até janeiro de 1995 e lançou o 
mais bem-sucedido de todos os planos econômicos, 
sendo realizado pelo seu sucessor, FHC, pois foisendo realizado pelo seu sucessor, FHC, pois foi 
sob sua gestão que o país viu nascer o Plano Real.
InteratividadeInteratividade
(Fuvest-2010) A partir da redemocratização do Brasil (1985), é 
possível observar mudanças econômicas significativas no país. 
Entre elas a:Entre elas, a:
a) Exclusão de produtos agrícolas do rol das principais 
exportações brasileiras.exportações brasileiras. 
b) Privatização de empresas estatais em diversos setores 
como os de comunicação e mineração. 
c) Ampliação das tarifas alfandegárias de importação, 
protegendo a indústria nacional. 
d) Implementação da reforma agrária sem pagamento de 
indenização aos proprietários. 
e) Continuidade do comércio internacional voltadoe) Continuidade do comércio internacional voltado 
prioritariamente aos mercados africanos e asiáticos. 
As questões sociais frente aos modelos econômicosAs questões sociais frente aos modelos econômicos
 Segundo Castel (1997), a expressão “questão social” foi 
colocada pela primeira vez em 1930, porém não é possível 
compará la com o conceito utilizado na contemporaneidadecompará-la com o conceito utilizado na contemporaneidade, 
divergindo entre pesquisadores como Yazbek e Netto, já que 
estes forçam seus estudos no entendimento da questão social 
como a contradição entre o trabalho e o capital que resulta em 
expressões no cotidiano do trabalhador devido sua situação 
vulnerabilizadavulnerabilizada.
As questões sociais frente aos modelos econômicosAs questões sociais frente aos modelos econômicos
 A CF de 1988 têm por base a perspectiva de cidadania, de 
respeito à pessoa e de uma sociedade justa e igualitária, sem 
pobreza e preconceitospobreza e preconceitos.
 Fica evidente a dicotomia entre a CF e a realidade, pois para que 
haja a difusão do ser de direitos, primeiramente, deve serhaja a difusão do ser de direitos, primeiramente, deve ser 
assegurado o direito aos bens essenciais todos os dias e, logo, 
sua regularidade no que tange à oferta e ao acesso.
As questões sociais frente aos modelos econômicosAs questões sociais frente aos modelos econômicos
 O Estado começa a atuar nos problemas sociais influenciado 
pelo prista do keynesianismo, pois: 
“[ ] é uma abordagem das questões políticas sociais e econômicas[...] é uma abordagem das questões políticas, sociais e econômicas 
do capitalismo avançado que torna válido o Estado assumir um papel 
de liderança na promoção do crescimento e do bem-estar material e 
l ã d i d d i il [ ] d t i ô ina regulação da sociedade civil. [...] corpo de teoria econômica que 
serve de base a políticas macroeconômicas.
A ideia fundamental do pensamento keynesiano é que as economias 
capitalistas sistematicamente fracassam no que se refere a gerar 
crescimento estável ou utilizar plenamente os recursos humanos e 
físicos; os mercados, que são os principais mecanismos econômicosfísicos; os mercados, que são os principais mecanismos econômicos 
de autorregulação e ajuste da sociedade civil, não conseguem 
eliminar as crises econômicas, o desemprego e nem, em versões 
posteriores a inflação ”posteriores, a inflação. 
(OUTHWAITE, 1996, p. 408)
As questões sociais frente aos modelos econômicosAs questões sociais frente aos modelos econômicos
 O trabalho frente às políticas públicas está voltado às 
intervenções das diferentes manifestações da questão social, 
para contribuir na redução de desigualdades e injustiçaspara contribuir na redução de desigualdades e injustiças 
sociais, concomitante com acesso à informação dos direitos 
sociais dos cidadãos.
 A questão social se expressa em variados campos do 
cotidiano, “tais como os indivíduos as experimentam no 
t b lh f íli á h bit i l údtrabalho, na família, na área habitacional, na saúde, na 
assistência social pública etc. [...]” (IAMAMOTO, 2001, p. 28).
As questões sociais frente aos modelos econômicosAs questões sociais frente aos modelos econômicos
 A PNAS deve ter em seu bojo a perspectiva do direito, tal ação 
estatal será tomada como exemplo para próximas reflexões, 
ela não pode ser analisada somente em seu momentoela não pode ser analisada somente em seu momento 
presente, já que se trata de um processo sócio-histórico-
cultural, assim merece uma breve síntese dessa construção. 
 No Brasil, a área da assistência “aos menos favorecidos” 
sempre foi responsabilidade das diversas denominações 
religiosas que assumiram o trabalho de atender essa parcelareligiosas que assumiram o trabalho de atender essa parcela 
da população.
InteratividadeInteratividade
Leia a frase feita para fins deste material:
Adquirindo novas forças ___________, os homens ___________ o 
seu modo de ___________ e modificam todas as relações sociais.
Marque a alternativa que contenha corretamente a sequência das 
palavras que preenchem as lacunas da frase acima:palavras que preenchem as lacunas da frase acima:
a) Produtivas – modificam – produção.
b) Comerciais modificam produçãob) Comerciais – modificam – produção.
c) Produtivas – igualam – produção.
d) Comerciais igualam viverd) Comerciais – igualam – viver.
e) Financeiras – intensificam – trabalho.
Políticas públicas sociais e suas demandasPolíticas públicas sociais e suas demandas
 Ao se tratar de políticas públicas paralelamente, fala-se em 
cidadania.
 “O conceito de cidadania, enquanto direito de ter direitos, foi 
abordado de variadas perspectivas” (VIEIRA, 2001, p. 33).
 A cidadania deve ser colocada ao lado do direito; logo ter A cidadania deve ser colocada ao lado do direito; logo, ter 
cidadania é constituir direitos, começando pelo direito de tê-la.
Sociedade civilSociedade civil
 Marx e Hegel: seria composta por todos os organismos que 
estavam fora da esfera estatal.
 Gramsci: ideia de um tripé: Estado, mercado e sociedade civil.
 A perspectiva marxista preza pela necessidade de uma tomada 
de consciência e organização da classe operária rompendode consciência e organização da classe operária, rompendo 
com a exploração, ou seja, diferenciação societária, formando 
uma nova ordem social.
Constituição Federal de 1891Constituição Federal de 1891
 Após a abolição da escravidão e a Proclamação da República, 
em 24/02/1891, foi promulgada nova Constituição Federal, 
assim como a anterior não estabelecendo o direito do salárioassim como a anterior, não estabelecendo o direito do salário 
aos trabalhadores, tampouco o acesso aos alimentos pelos 
cidadãos. Assim, o Estado se omitia de tal responsabilidade, 
bem como de ações protetivas.
Constituição Federal de 1934Constituição Federal de 1934
 Em 16/07/1934, foi promulgada outra CF durante o governo de 
Getúlio Vargas (1930-1945), tendo como uma das principais 
características o populismocaracterísticas o populismo.
 Pode-se observar certa divergência na legitimação das ações 
entre os que trabalhavam, pois a proteção era dada peloentre os que trabalhavam, pois a proteção era dada pelo 
próprio indivíduo, já que aos que trabalhassem formalmente 
era instituído o salário mínimo. Contudo, o Art. nº 115 diz que 
i d t “ i í i d J ti ( )a economia deve se pautar nos “princípios da Justiça e (n)as 
necessidades davida nacional, de modo que possibilite a 
todos existência digna”.g
Constituição Federal de 1937Constituição Federal de 1937
 Em 10/11/1937, ainda no governo de Vargas, houve a 
promulgação de uma nova Constituição Federal, da qual este 
estudo destacou o capítulo que trata da família pois nele estãoestudo destacou o capítulo que trata da família, pois nele estão 
estabelecidas garantias no âmbito social.
 O Estado expressa a centralidade das ações na família, fazendoO Estado expressa a centralidade das ações na família, fazendo 
distinção entre as compostas em maior número, institui alguns 
direitos sociais, a exemplo da educação como dever do Estado, 
b t ã i l à i d l tbem como proteção especial à criança e ao adolescente. 
Constituição Federal de 1946Constituição Federal de 1946
 Em seu artigo 15, § 1º, da CF, de 18/09/1946, diz: “são isentos 
do imposto de consumo os artigos que a lei classificar como o 
mínimo indispensável à habitação vestuário alimentação emínimo indispensável à habitação, vestuário, alimentação e 
tratamento médico das pessoas de restrita capacidade 
econômica”.
 Reforça a ideia de que o trabalho é responsável pela garantia 
de um cotidiano digno ao brasileiro, fazendo-nos deduzir que
bl ã t i t ô i it li to problema não estava no sistema econômico capitalista,
mas no indivíduo. 
Constituição Federal de 1988Constituição Federal de 1988
 Na atual CF constam as diretrizes para os marcos regulatórios 
que tratam dos direitos sociais contemporâneos, essa Lei 
Maior representaria a materialização do momento históricoMaior representaria a materialização do momento histórico 
vivenciado pela sociedade, como a liberdade do indivíduo 
e a luta por melhores condições de vida, uma vez que reflete 
o descontentamento da população e conta com a intensa 
participação dos movimentos sociais: por isso, foi chamada
de “Constituição Cidadã”de Constituição Cidadã .
InteratividadeInteratividade
(UFRRJ-1999) Desde o início dos anos 1990, o Brasil vem experimentando 
os efeitos das políticas adotadas pelos Governos Collor, Itamar Franco e 
Fernando Henrique Cardoso. As principais características deste modelo e a do e que Ca doso s p c pa s ca acte st cas deste ode o
político, considerado por muitos como neoliberal, são:
a) O pleno emprego e o desenvolvimento econômico, com base nos 
investimentos estatais e nas parcerias com o setor financeiro.p
b) O controle da inflação e da dívida pública, a partir da redução dos 
impostos, da negociação da dívida externa e da elevação salarial.
c) A redução da interferência do Estado na economia (Estado-mínimo), ) ç ( ),
a abertura ao capital externo e às privatizações, além da redução de 
gastos do Estado, através de reformas constitucionais.
d) Os investimentos exclusivos na política de bem-estar social, expressos ) p , p
nos assentamentos dos Sem-Terra e na Ação da Cidadania Contra 
a Fome, privilegiando a redistribuição de renda e a permanência 
do homem no campo.p
e) A valorização das organizações dos trabalhadores, visando 
a construir parcerias na luta contra o desemprego.
ATÉ A PRÓXIMA!
U id d IIUnidade II
O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO 
DAS POLÍTICAS SOCIAIS
Prof. José Junior
O sistema de proteção social integral na lógica 
da garantia de direitos
 A Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) desencadeou 
conquistas que se colocaram como normas e disposições 
da AS entre elas a Política Nacional de Assistência Socialda AS, entre elas a Política Nacional de Assistência Social 
(PNAS) que estabelece:
 diretrizes para a efetivação da AS como políticadiretrizes para a efetivação da AS como política 
estruturada e pública;
 o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) que representa 
uma forma de organizar e gerir a assistência social brasileira;
 a Norma Operacional Básica do SUAS que estabelece e 
consolida os principais ei os a serem considerados paraconsolida os principais eixos a serem considerados para 
gestão do trabalho no âmbito do SUAS;
 a Secretaria Nacional de Assistência Social que buscaa Secretaria Nacional de Assistência Social que busca 
consolidar o direito à assistência social em todo 
o território nacional.
O sistema de proteção social integral na lógica 
da garantia de direitos
 A assistência social foi instituída como política pública na CF 
de 1988, mas teve sua regulamentação em dezembro de 1993, 
com a instituição da LOAScom a instituição da LOAS. 
O artigo 1o desta lei define a assistência social como:
 [ ] direito do cidadão e dever do Estado é Política de [...] direito do cidadão e dever do Estado, é Política de 
Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos 
sociais, realizada através de um conjunto integrado de 
iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento 
às necessidades básicas (BRASIL, Lei no 8.742 de 1993).
O sistema de proteção social integral na lógica 
da garantia de direitos
 Salienta-se que a questão econômica não pode ser a lógica 
da política de assistência social, mas deve ser regida tendo 
por base as necessidades sociais De acordo com o textopor base as necessidades sociais. De acordo com o texto 
Constitucional de 1988 “[...] a assistência social será prestada 
a quem dela necessitar independentemente da contribuição à 
seguridade social” (BRASIL, Constituição Federal, 1988 
- Art. 203). A assistência social ainda deve ser uma política 
garantidora de direitos sociais universais e não uma políticagarantidora de direitos sociais universais e não uma política 
de substituição de outras intervenções públicas como pode 
ser verificado.
O sistema de proteção social integral na lógica 
da garantia de direitos
 O SUAS é um sistema público, de caráter não contributivo, 
descentralizado e participativo, responsável pela gestão da 
PNAS regulando e organizando em todo o território nacionalPNAS, regulando e organizando, em todo o território nacional, 
as ações socioassistenciais. Seu principal objetivo é 
materializar o conteúdo da LOAS, concretizando os direitos de 
cidadania e inclusão social. Como percebido, a prioridade dos 
serviços, programas, projetos e benefícios é direcionada ao 
atendimento das famíliasatendimento das famílias.
O sistema de proteção social integral na lógica 
da garantia de direitos
 O nível de proteção social especial de alta complexidade 
é aquele que possui características residenciais, com 
estrutura física adequada oferecendo condições deestrutura física adequada, oferecendo condições de 
privacidade, acessibilidade, salubridade, segurança, visando 
o desenvolvimento de seus usuários. Os serviços de proteção 
social especial de alta complexidade são aqueles que 
garantem a proteção integral de seus usuários, que se 
encontram sem referência em situação de violação deencontram sem referência, em situação de violação de 
direitos, em situação de ameaça, necessitando o acolhimento 
por instituições que visam suprir as necessidades básicas, 
di li t ã hi icomo moradia, alimentação e higiene.
InteratividadeInteratividade
(Ferreira Moura – 2012: Prefeitura de Arapoti/PR) Para a proteção 
social de assistência social, o princípio de matricialidade
sociofamiliar significa:sociofamiliar significa:
a) a garantia da segurança e de sobrevivência a riscos 
circunstanciais.circunstanciais.
b) que a defesa do direito à convivência familiar, na proteção 
de assistência social, supera o conceito de família como 
unidade econômica.
c) que o fortalecimento de possibilidades de convívio, educação 
e políticas sociais nas próprias famílias restringe ase políticas sociais, nas próprias famílias, restringe as 
responsabilidades públicas.
d) integração às políticas socioeconômicas e familiaresd) integração às políticas socioeconômicas e familiares.
e) a teorização do Serviço Social.
Os critérios estabelecidos para a 
inclusão nas políticas públicas sociais
 De acordo com Pereira (1998), a política social integra 
um complexo político-institucionaldenominado seguridade 
social inaugurada na Inglaterra na década de 1940 a qualsocial, inaugurada na Inglaterra, na década de 1940, a qual, 
por sua vez, constitui a base conceitual e política do Estado 
de Bem-Estar ou Welfare State, como é internacionalmente 
conhecida, cujos pilares são “[...] a saber, políticas de pleno 
emprego, serviços sociais universais, extensão da cidadania, 
e o estabelecimento de um umbral socioeconômicoe o estabelecimento de um umbral socioeconômico, 
considerado condigno pela sociedade” (PEREIRA, 1998, p.61).
Os critérios estabelecidos para a 
inclusão nas políticas públicas sociais
 As políticas públicas promoverão a inclusão social de forma 
bem sucedida quando entender o processo que envolve a 
realidade a nível local regional estadual nacional e mundialrealidade a nível local, regional, estadual, nacional e mundial.
 “O clientelismo se fortalece, principalmente, a partir de 
necessidades sociais, normalmente, excepcionais enecessidades sociais, normalmente, excepcionais e 
urgentes.” (SEIBEL; OLIVEIRA, 2006, p.138)
Os critérios estabelecidos para a 
inclusão nas políticas públicas sociais
 São múltiplas as expressões que desafiam o Estado, com o 
auxílio da sociedade e não apenas do mercado a criar e recriar 
com responsabilidade projetos programas e políticas públicascom responsabilidade projetos, programas e políticas públicas 
efetivas, comprometidas com a população e suas demandas.
 O Estado promove um processo de ações utilizadas paraO Estado promove um processo de ações utilizadas para 
detectar a real necessidade para o atendimento, chamado de 
“seleção das misérias”, em que se busca identificar aquele que 
i id d i l ã t jpossui uma necessidade maior em relação a outros, ou seja, 
o mais pobre e miserável, o atendimento passa a ser seletivo 
e burocrático, passando a incluir o mais excluído.
Os critérios estabelecidos para a 
inclusão nas políticas públicas sociais
 Algumas pessoas não conseguem ser incluídas em políticas 
por não terem como comprovar endereço, tempo de moradia 
no município ou outros critérios porém o Estadono município ou outros critérios, porém o Estado, 
independente de sua esfera, precisa estar preparado para 
atender a tal demanda, pois sua vulnerabilidade antecede 
ao fato de não conseguir atender aos preceitos de ordem 
meramente burocráticos.
O it d f íli d l t i bili d O conceito de família deve ser amplamente viabilizado no 
acesso às políticas de inclusão. O conceito sobre família vem 
sofrendo diversas modificações e variações de acordo com ç ç
as alterações sociais, políticas e econômicas.
Os critérios estabelecidos para a 
inclusão nas políticas públicas sociais
 “[...] A família é produto do sistema social e refletirá o estado 
de cultura desse sistema.” (ENGELS, 2000, p.91)
 A Constituição Federal de 1988 representou um marco na 
evolução do conceito de família ao corporificar o conceito 
de Lévy-Brul, de que o traço dominante da evolução dade Lévy Brul, de que o traço dominante da evolução da 
família é sua tendência a se tornar um grupo cada vez menos 
organizado e hierarquizado e que cada vez mais se funda na 
f i ã út (GENOFRE 1997)afeição mútua (GENOFRE, 1997).
InteratividadeInteratividade
(VUNESP, TJ, AS) No século XX, o mundo passou por intensas 
e rápidas transformações sociais, [...] De acordo com Fávero 
(2007) o modelo familiar nuclear embora continue detendo a(2007), o modelo familiar nuclear, embora continue detendo a 
hegemonia, ditando a norma,
a) mostrou, ao longo do tempo, constituir-se como o melhor ) g p
arranjo na garantia de direitos da criança e do adolescente.
b) contraria desejos expressos claramente em posições 
assumidas por lideranças e governantes em âmbito nacionalassumidas por lideranças e governantes em âmbito nacional.
c) vem dando espaço a outros arranjos familiares que se 
diferenciam desse padrão tradicional.
d) permanece vigente ainda que contrarie princípios educativos 
previstos na legislação pertinente à infância.
e) dispensa a ação ativa de ambos os cônjuges na provisãoe) dispensa a ação ativa de ambos os cônjuges na provisão 
de bens materiais e na educação/formação dos filhos.
Organização nas três esferas de governo para o 
desenvolvimento das políticas públicas sociais
 A década de 1980 no Brasil teve a presença de significativas 
transformações na área social, política e institucional, 
impulsionadas pela busca da democratizaçãoimpulsionadas pela busca da democratização. 
Com tais manifestações, foi possível evidenciar a abertura 
da política no país, rompendo com o conservadorismo 
típico da Ditadura Militar.
Organização nas três esferas de governo para o 
desenvolvimento das políticas públicas sociais
 A promulgação da CF de 1988, marco para uma gestão 
participativa, possibilitou o envolvimento de diversos setores 
da sociedade civil organizada na construção de açõesda sociedade civil organizada na construção de ações 
públicas, como se observa em seu artigo 204 inciso II 
“participação da população, por meio de organizações 
representativas, na formulação das políticas e no controle das 
ações em todos os níveis”, ou seja, a sociedade, organizada, 
atuando diretamente nos três níveis de governabilidade:atuando diretamente nos três níveis de governabilidade: 
federal, estadual e municipal.
Organização nas três esferas de governo para o 
desenvolvimento das políticas públicas sociais
 A participação da sociedade trouxe ao Estado a 
responsabilidade de criar novos mecanismos para o processo 
de tomada de decisões potencializando na gestão públicade tomada de decisões, potencializando na gestão pública 
descentralizada, permitindo maior interação entre governo e 
sociedade, fazendo com que fosse estabelecido três vertentes 
à gestão democrática “a maior responsabilidade dos governos 
em relação às políticas sociais e às demandas dos seus 
cidadãos; o reconhecimento dos direitos sociais; e a aberturacidadãos; o reconhecimento dos direitos sociais; e a abertura 
de espaços públicos para a ampla participação cívica da 
sociedade” (SANTOS JÚNIOR, 2001, p.228).
Organização nas três esferas de governo para o 
desenvolvimento das políticas públicas sociais
 A descentralização político-administrativa permitiu maior 
envolvimento do poder local na gestão e execução das ações, 
direcionando para a necessidade de haver maior conhecimentodirecionando para a necessidade de haver maior conhecimento 
da realidade da qual serão executadas, assim como do público-
alvo. A identificação da realidade não é simples, pois envolve 
diversos fatores, dentre os mais significativos, temos:
 culturais;
 sociais;
 políticos;
 ambientais;
 geográficos;
 territoriais.
InteratividadeInteratividade
(FCC – 2009) Conforme art. 16 da Lei Orgânica de Assistência Social 
(LOAS), as instâncias deliberativas do sistema descentralizado e 
participativo de assistência social de caráter permanente e composiçãoparticipativo de assistência social, de caráter permanente e composição 
paritária entre governo e sociedade civil, são o: 
a) Ministério do Bem-Estar Social, o CNAS, os Conselhos Estaduais de 
Assistência Social e os Conselhos Municipais de Assistência SocialAssistência Social e os Conselhos Municipais de Assistência Social.
b) CNAS, o Conselho Intergestor Tripartite, os Conselhos Estaduais de 
Assistência Social e os Conselhos Municipais de Assistência Social.
c) CNAS o Fundo Nacional de Assistência Social o Conselho Intergesc) CNAS, o Fundo Nacional de Assistência Social, o Conselho Interges-
tor Bipartite e os Conselhos Municipais de Assistência Social.
d) Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, 
S t i N i l d A i tê i S i l CNASa Secretaria Nacional de Assistência Social, o CNAS e os 
Conselhos Municipais.
e) CNAS, os Conselhos Estaduais de Assistência Social, o Conselho 
de Assistência Social do Distrito Federal e os Conselhos
Municipais de Assistência Social. 
A efetivação da municipalização 
das políticas públicassociais
 A municipalização é um preceito da descentralização 
político-administrativa, e possibilita o repasse de recursos 
e transferência de poder aos estados e municípios parae transferência de poder aos estados e municípios para 
operacionalizarem as políticas públicas, permitindo atuarem 
prioritariamente as demandas locais mediante norteamento 
das diretrizes estabelecidas pelo governo federal.
A efetivação da municipalização
das políticas públicas sociais
 Com a reestruturação dos serviços, surgem à esfera municipal 
novas problemáticas, devendo assumir a responsabilização da 
acolhida ou seja atendimento inicial possibilitando ao poderacolhida, ou seja, atendimento inicial, possibilitando ao poder 
local novas perspectivas de trabalho, sendo necessário maior 
comprometimento com as ações desenvolvidas, a gestão 
e a avaliação das políticas sociais.
A efetivação da municipalização
das políticas públicas sociais
 Com a Constituição Federal de 1988, os governos locais ou 
municipais adquirem certa autonomia política, com a criação 
de sua lei orgânica entre outras legislações para a cidadede sua lei orgânica, entre outras legislações, para a cidade, 
sem ferir os preceitos de legislações maiores, porém as 
capacidades de gestão e financeira não acompanharam 
o acréscimo de intervenções, cumprindo deveres que 
não estavam preparados, levando-os a cambiar aportes 
financeiros nos programas das esferas federal e estadualfinanceiros nos programas das esferas federal e estadual.
A efetivação da municipalização
das políticas públicas sociais
 Na medida em que é estabelecida a administração de 
recursos e responsabilidades na gestão, faz-se necessária
a fiscalização da utilização do dinheiro público devendoa fiscalização da utilização do dinheiro público, devendo 
ser adotada a transparência como critério central. A inspeção 
será feita pelos vereadores, primeiramente, e tribunais de 
contas e conselhos, quando houver necessidade.
A efetivação da municipalização 
das políticas públicas sociais
 Centraliza-se a seguridade social como maior provedor 
de recursos, porém fica nítida a incapacidade dos custeios 
mediante a precarização das ações desenvolvidas namediante a precarização das ações desenvolvidas na 
área da saúde com defasagens significativas em sua 
operacionalização, assim como a instabilidade organizacional 
que se estabelece quanto à gestão da previdência social. 
A Política Nacional de Assistência Social também cria critérios 
provimentos oriundos de fundos especiais porém pelo que éprovimentos oriundos de fundos especiais, porém, pelo que é 
demonstrado, vivenciamos a gestão da criatividade no que se 
refere à intervenção na assistência social.
InteratividadeInteratividade
(CESPE – 2006) O município de Cruzeiro do Sul somente estará habilitado a 
receber a transferência dos recursos previstos na LOAS para financiamento 
dos seus projetos e serviços assistenciais, caso atenda determinados critérios. 
Acerca desses critérios, julgue os itens seguintes.
I. O conselho municipal de assistência social deve estar plenamente instituído 
em Cruzeiro do Sul. 
II O f d i i l d i ê i i l d C i d S l dII. O fundo municipal de assistência social de Cruzeiro do Sul deve estar 
submetido à orientação e ao controle do conselho municipal de assistência 
social da cidade. 
III O município de Cruzeiro do Sul deve ter um plano de assistência socialIII. O município de Cruzeiro do Sul deve ter um plano de assistência social 
aprovado pelo conselho municipal de assistência social. 
IV. O fundo de assistência social de Cruzeiro do Sul deve comprovar que 
incorporou recursos próprios destinados à assistência socialincorporou recursos próprios destinados à assistência social.
 A quantidade de itens certos é igual a
a) 0.
b) 1.b) 1.
c) 2.
d) 3.
e) 4.
ATÉ A PRÓXMA
Unidade III 
 
 
O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO 
DAS POLÍTICAS SOCIAIS 
 
 
 
 
Prof. José Junior 
Direitos sociais 
 As ações do Estado, entendidas como direito do cidadão e 
dever do Estado e que proporcionam a subsistência de todos 
os indivíduos, remetem à ideia do direito social, conforme 
preconizado na Constituição Federal de 1988. A expressão 
que relata o acesso aos bens e serviços necessários à 
manutenção da vida pode ser utilizada sob duas maneiras: 
política social e direito social. 
Direitos sociais 
 O intuito da presente discussão sobre direito social é, 
sobretudo, entender se as políticas sociais asseguram o 
acesso da população a direitos sociais e se estes são efetivos 
meios de prover justiça social. Assim, “[...] essa questão 
ultrapassa as simples definições de política social” (VIEIRA, 
2004, p.12), já que as políticas sociais: 
[...] têm sido ligadas ao funcionamento do mercado, à 
capacidade de compensar as falhas deste, à ação e aos 
projetos dos governos, aos problemas sociais, à reprodução 
das relações sociais, à transformação dos trabalhadores não 
assalariados em trabalhadores assalariados, ao abrandamento 
dos conflitos de classe etc. (ibidem, p.13) 
 
 
Direitos sociais 
 Em perspectiva generalista e para fins desta disciplina, é 
preciso entender que “sem justiça e sem direitos, a política 
social não passa de ação técnica, de medida burocrática, de 
mobilização controlada ou de controle da política, quando 
consegue traduzir-se nisto” (VIEIRA, 2004, p.59). Um é 
dependente do outro: justiça, direito e política. 
 
Direitos sociais 
 Mas em qual momento surgiram as políticas sociais? 
Surgiram na Inglaterra, berço da Revolução Industrial, devido 
às manifestações dos trabalhadores em detrimento de 
melhores condições de vida, principalmente, no século XIX. 
 
 
Direitos sociais 
 Quando atuamos frente aos direitos sociais, estamos 
presenciando serviços essenciais para a manutenção da 
existência do indivíduo, mas percebe-se uma fragilidade 
na sociedade intelectual capitalista: a fragmentação do 
saber ou a interpretação das manifestações da questão 
social de forma reducionista ou errônea. 
 
Direitos sociais 
 Os direitos sociais devem contemplar a singularidade do 
sujeito, permitindo a tomada de decisão também por parte da 
sociedade, e não apenas do Estado influenciado pelo mercado, 
com isso, o gestor das políticas sociais deve ter em sua 
análise uma interpretação que permita um confronto com o 
que está posto, para, assim, conflitar com as imposições e 
potencializar as transformações das ações públicas, 
favorecendo o bem comum, seu objetivo central. 
Interatividade 
(ESAF – 2002) O mundo contemporâneo mantém as tensões 
postas à política de assistência social. Assim, analisando 
as afirmativas abaixo, pode-se afirmar que: 
I. É um campo de garantia de mínimos sociais e também 
de especialização no trato da pobreza. 
II. É um campo aliado à lógica dos direitos sociais, 
constitucionalmente inscritos, e à lógica da solidariedade social. 
III. É um campo da gratuidade, assim não há lucros financeiros, 
mas há gastos e investimentos a fundo perdido. 
a) I, II e III estão corretas. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
c) Apenas II está correta. 
d) Apenas III está correta. 
e) Apenas II e III estão corretas. 
Direitos socioassistenciais 
 A AS brasileira vive um momento ímpar e contraditório de 
expansão e retração. Expansão em virtude da consolidação 
do Sistema Único de Assistência Social, e retração em razão 
da investida neoliberal que exige a redução da atuação do 
Estado, notadamente no campo das políticas sociais. 
Direitos socioassistenciais 
 São três as políticas que constituem o sistema de Seguridade 
Social no Brasil: Assistência Social, Saúde e Previdência 
Social, cada uma com legislação específica, podendo ocorrer 
diferentes direcionamentos, ainda que integrem um mesmo 
sistema de proteção social. Para Boschetti (2009), a 
seguridade social brasileira se situa entre o seguro e 
a assistência. Tal afirmação se baseia em dois modelosde seguridade o bismarckiano e o beveridgiano. 
Bismarckiano 
 O primeiro é baseado em leis que instituíram o seguro-
doença, o seguro contra acidentes e o seguro de invalidez e 
velhice, propostas na Alemanha por Otto Von Bismarck, entre 
1883 e 1889. Chamado modelo bismarckiano, pois suas 
características se assemelham a seguros privados, trata-se, 
portanto, de proteção àqueles indivíduos que contribuíram 
direta e previamente para o financiamento do sistema de 
proteção (Boschetti, 2009). 
 
Beveridgiano 
 Contemplava amplo leque de direitos operados sob a ótica de 
atendimento às necessidades sociais de reprodução social. 
Tal plano foi elaborado e publicado por um comitê sob 
coordenação de William Beveridge, na Inglaterra em 1942. 
De acordo com Boschetti (2009), tal proposta se tratava dos 
direitos universais que se destinavam incondicionalmente a 
todos os cidadãos, e proporcionava os mínimos sociais a 
quem se encontrasse em condições de necessidade. Mas 
Pereira (2011, p. 94) nos recorda que os mínimos sociais 
“tinham conotação de ínfimo de provisão”, devendo servir 
somente como estímulo ao trabalho. 
Seguridade social brasileira 
Partindo desta incursão, devemos compreender alguns 
elementos importantes no que se refere à seguridade social 
brasileira, tomando como princípio a seguinte proposição: 
 a análise das políticas sociais sob o enfoque dialético precisa 
considerar alguns elementos essenciais para explicar seu 
surgimento e desenvolvimento. O primeiro é a natureza do 
capitalismo, seu grau de desenvolvimento e as estratégias 
de acumulação prevalecentes. O segundo é o papel do Estado 
na regulamentação e implementação das políticas sociais, 
e o terceiro é o papel das classes sociais 
(BEHRING; BOSCHETI, 2009, p.44). 
 
Interatividade 
(ESAF – 2002) O Sistema de Seguridade Social no Brasil é 
composto pelas áreas de: 
a) Saúde, Assistência Social e Previdência Social. 
b) Previdência Social, Assistência Social e Segurança Pública. 
c) Saúde, Educação e Assistência Social. 
d) Previdência Social e Saúde, somente. 
e) Segurança, Saúde e Educação. 
 
Políticas de proteção social 
 
 Nesse momento é importante apreendermos que, de acordo 
com o pensamento neoliberal, a implantação de políticas de 
proteção social são nocivas, pois a ação do Estado geraria 
um grande contingente de pessoas que deixariam de trabalhar 
e passariam a depender exclusivamente do poder público. 
Tais argumentos buscam justificar a diminuição do aparato 
estatal, assim como a redução de sua atuação nos âmbitos 
econômicos, políticos, e sociais. 
Políticas de proteção social 
 Com a falência do crescimento econômico nos anos de 1980, 
presenciaram-se o recrudescimento das desigualdades 
sociais, o aumento da dívida externa e suas consequências 
como desemprego e aumento da economia informal. O 
discurso do governo passa a ser de minimização da atuação 
do Estado, abrindo caminho para as primeiras manifestações 
do neoliberalismo no país. 
 O período é caracterizado também pela emergência de 
movimentos populares com características contestadoras 
e reivindicatórias. Este processo resulta em deslegitimação 
da ditadura militar e abre caminho para a redemocratização. 
Políticas de proteção social 
 Na esteira dos processos contraditórios, em que estão 
em jogo os aspectos político e econômico, em 2004, com o 
Plano Nacional de Assistência Social, ocorreu um progresso 
inestimável para a consolidação da assistência social como 
política pública. Em cumprimento das deliberações realizadas 
na IV Conferência Nacional de Assistência Social, realizada 
em dezembro de 2003, o CNAS – Conselho Nacional de 
Assistência Social – aprovou a Política Nacional de Assistência 
Social que se desenha sob a ótica de implementação do SUAS 
– Sistema Único de Assistência Social. 
Políticas de proteção social 
 Ao propor a reflexão de que a proteção social é mais do que 
um objeto de compra e venda, Sposati (2009) provoca-nos ao 
nos fazer refletir sobre a mercadorização da assistência social, 
de modo que a proteção social deixa de atender as 
necessidades de uma parcela da população, para atender os 
anseios do capital, ainda que a política de assistência social 
possa atender as duas vertentes (do indivíduo e do capital), 
sem necessariamente entrar em conflito. Como, por exemplo, 
o interesse individual de consumo que retroalimenta a 
necessidade de mercado presente no capitalismo. 
Interatividade 
(ESAF – 2002) Na trajetória da proteção social no Brasil, 
a família tem se constituído em: 
a) uma unidade de proteção social privada que, recorrentemente, 
é mobilizada em relação às propostas de intervenção do 
estado. 
b) uma unidade de reprodução social que vem, gradativamente, 
sendo excluída das ações do campo da proteção social. 
c) uma unidade de proteção social pública que compõe, a 
qualquer tempo, as propostas de intervenção do Estado. 
d) uma unidade de reprodução social que atua na esfera privada 
sem qualquer vinculação com dinâmica da proteção social 
pública. 
e) uma realidade de proteção social, tanto pública quanto 
privada, em razão de participar ativamente das 
propostas de intervenção do estado. 
 
Direitos individuais e sociais na lógica do sistema 
de garantia de direitos nas políticas intersetoriais 
 Cotidianamente, existem outras profissões que enfrentam 
desafios de mediar o acesso dos usuários ao direito, 
por isso, é de suma importância apreendê-los em sua 
prática profissional, ou seja, saber identificar o que 
é direito e quais são. 
Direitos individuais e sociais na lógica da sistema 
de garantia de direitos nas políticas intersetoriais 
 Há uma responsabilização do Estado para a oferta do acesso 
à educação pública até o Ensino Médio, assim como a garantia 
aos mesmos níveis escolares entre as pessoas com deficiência, 
o que implica em necessidades pedagógicas diferenciadas. 
 É possível evidenciar que há uma obrigatoriedade na frequência 
do educando, tendo auxílio da família, independente de sua 
configuração, pois cabe aos responsáveis garantir a 
continuidade do educando na escola, porém não pode ser 
desconsiderado os reflexos da questão social que dificultam 
a permanência de crianças e adolescentes em unidades 
escolares, pois entre as camadas populares (vulnerabilizadas) 
tem-se a prioridade para atividades que proporcionem 
o provimento de ganhos financeiros para que seja 
utilizado em prol dos gastos cotidianos, por exemplo. 
 
Direitos individuais e sociais na lógica da sistema 
de garantia de direitos nas políticas intersetoriais 
 As mudanças em relação à saúde brasileira, ou seja, 
introdução de inovações e mudanças nas práticas de saúde 
e modelos de atenção e de gestão, ocorrem de maneira 
heterogênea, em função da desigualdade e diversidade social 
e econômica das realidades locais. 
 Ao mencionar a descentralização, a CF de 1988 refere-se à 
devolução de responsabilidades e prerrogativas em direção às 
esferas estaduais e municipais, propiciando maior autonomia 
e poder decisório, porém a descentralização, às vezes, é 
entendida como desconcentração, pensamento errôneo. 
Direitos individuais e sociais na lógica da sistema 
de garantia de direitos nas políticas intersetoriais 
 A Declaração Universal dos Direitos Humanos é composta 
de direitos civis e políticos como o direito à vida, liberdade, 
liberdade de expressão e de locomoção, assim como os 
direitos econômicos e sociais, dentre os quais estão 
o direito à educação e à saúde. 
 Tais influências foram importantes para formulação da vigente 
Constituição Federal. No Brasil, a conjuntura que precede 
a promulgação da CF/1988 é caracterizada por um recente 
processo de redemocratização, e comprofundas marcas 
deixadas pelos anos de ditadura militar como informado. 
 
Direitos individuais e sociais na lógica da sistema 
de garantia de direitos nas políticas intersetoriais 
 A intersetorialidade deve se definir como um ponto de 
convergência, no qual as diversas políticas setoriais busquem, 
de forma integrada, o desenvolvimento econômico, social e 
político em áreas consideradas estrategicamente prioritárias. 
 Esse raciocínio não desconsidera a ingerência do poder 
econômico do capital financeiro na operacionalização de 
direitos, ou ainda, a abissal desigualdade social tão nociva 
à sobrevivência da classe trabalhadora, muito pelo contrário, 
justamente por não estar alheia a esta realidade é que a 
intersetorialidade se apresenta como mecanismo de 
operacionalização eficaz de direitos. 
Interatividade 
(Ferreira Moura – 2012 – Prefeitura de Arapoti/PR – Adaptado) 
A intersetorialidade nas políticas públicas é importante para 
efetivação dos direitos humanos e a dificuldade dessas políticas 
dialogarem entre si é devido: 
a) à estrutura setorial burocrática do Estado. 
b) à ausência de legislações específicas para integração entre 
as políticas. 
c) a um conjunto de atitudes, como: luta, protestos e 
manifestações da sociedade civil organizada. 
d) a uma realidade de pobreza e desigualdades dos segmentos 
vulneráveis ou em situação de vulnerabilidade da sociedade. 
e) a autogestão das organizações em geral, em nível municipal. 
 
 
 
 
 
 
ATÉ A PRÓXIMA!

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