Aula 05 Gestão Financeira PME

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GESTÃO FINANCEIRA DE 
PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
Prof. Marcelo P. Leite
Economista (reg. nº 23893/Corecon-RJ)
Mestre pelo Inst. de Economia/UFRJ
Especialista em Gestão e Estratégia/UFRRJ
Tema da Apresentação
NOME DA AULA – AULA1
NOME DA DISCIPLINA
Conteúdo Programático:
A importância de se conhecer os custos
Aprender o que são despesas e como se diferenciam dos custos
Perceber a importância dos diferentes tipos de custos na gestão
Aula 5 – C U S T O S
GESTÃO FINANCEIRA DE PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
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Tema da Apresentação
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Principais Conceitos:
 GASTOS: são os recursos financeiros (normalmente em dinheiro) que a entidade emprega para obter produtos ou qualquer serviço. Este sacrifício é representado pela entrega de ativos;
 DISPÊNDIOS, PAGAMENTO ou DESEMBOLSOS: são saídas de caixa efetuadas para atender a aquisição de um bem ou serviço. Pode ocorrer antes, durante ou após a entrada da utilidade comprada, portanto defasada ou não do gasto.
 PERDA: é o bem ou serviço que foi consumido de forma anormal ou involuntária. - Ex: perdas por incêndio; estoque obsoleto; furtos; etc.
Gestão Financeira na Pequena Empresa
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Identificar os CUSTOS, que são inerentes a atividade empresarial que se desenvolve, e, que são próprios do nosso mercado, é fundamental para boa uma GESTÃO FINANCEIRA.
Tema da Apresentação
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NOME DA DISCIPLINA
 DESPESAS: são os gastos inerentes à obtenção de receitas e administração da entidade, sendo próprios das atividades de vendas e administração (parte administrativa – “escritório”). Desta forma, o que não for relacionado à fabricação, é considerado como despesa.
 → Representados pelos bens ou serviços que são consumidos, direta ou indiretamente, para obtenção de receitas, para realização de atividades de controle e para remunerar capitais de terceiros. 
 - Ex.1: pagamento de comissão aos vendedores é um gasto que se torna uma despesa, assim como, o pagamento de juros sobre capital de terceiros.
Principais Conceitos:
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 CUSTOS: são os gastos realizados na utilização de um bem ou serviço que foi empregado na produção de outros bens ou na prestação de serviços, sendo, portanto, inerentes a atividade fim da entidade (“chão de fábrica”).
 → São os gastos direcionados à produção de bens ou realizados na prestação dos serviços inerentes a atividade desenvolvida pela empresa. Sendo reconhecidos como custo no momento da utilização dos fatores de produção na fabricação de um produto ou na execução de um serviço.
 - Ex.2: a aquisição da matéria–prima é um gasto que se torna um custo quando esta, ao ser empregada na produção, se torna parte integrante do bem elaborado.
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Principais Conceitos:
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 CUSTOS DIRETOS: são os custos com os materiais/insumos necessários para que o produto/mercadoria esteja a disposição da empresa. Mantendo uma correspondência proporcional, pois é facilmente identificado no produto, uma vez que varia de acordo com a quantidade produzida. 
 → Os custos diretos apresentam uma medida de consumo facilmente identificável (quilogramas, embalagem, unidades, mão de obra utilizada por produto, etc.), de acordo com o produto/mercadoria/serviço analisado.
→ Esses custos são apropriados aos produtos sem que seja necessário fazer rateios e não oferecem dúvidas quanto a serem deste ou daquele item que está sendo produzido.
 - Ex.3: matéria-prima, embalagem, mão de obra direta e, até, energia elétrica e depreciação (quando empregados em um único produto ou atividade, em que é possível identificar o quanto está sendo consumindo em cada item).
Definindo os diferentes conceitos de Custo:
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 CUSTOS INDIRETOS: são os gastos gerais que não estão diretamente relacionados a atividade operacional/produção da entidade, custos indiretos de fabricação (CIF). Sendo aqueles de natureza indireta ao produto ou serviço prestado pela empresa. Como não são identificados no produto, estes custos necessitam de critérios de rateio para a sua alocação. 
 → Assim, como estes custos não oferecem condições de uma medida objetiva para sua avaliação no custo do produto, sua alocação passa a ser feita de maneira estimada e, muitas vezes, arbitrária.
 - Ex.4: depreciação; mão de obra indireta: salários dos funcionários administrativos (supervisores, gerentes, chefias) e não envolvidos nas atividades operacionais (pessoal da limpeza, segurança, entregadores, porteiros); seguros das instalações e equipamentos; aluguel. Ou seja, aqueles gastos em a quantidades empregada não pode ser identificada em cada item produzido/comercializado.
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IMPORTANTE: para se distinguir, com precisão, “Custos Diretos” de “Custos Indiretos”, é necessário que se defina o produto/atividade que se está avaliando – “custeando”. Ou seja, sua identificação.
 - Ex.5: para uma gráfica (produção de livros), o papel é um custo direto, mas, o salário do editor, é indireto. Contudo, se a atividade analisada for uma editora, o salário do editor é um custo direto, assim como, os gastos com a impressão do livro. 
 - Ex.6: para se fazer um bolo, cujos ingredientes são ovos, trigo, açúcar, leite, óleo, fermento, esses ingredientes são os custos diretos. Mas, os gastos com o salário dos atendentes no balcão e os entregadores, são custos indiretos.
 → Conclui-se, portanto, que a classificação dos custos depende da base de comparação utilizada para formar o custeio.
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 CT = CF + CV
Custo total = custos fixos + custos variáveis
 CUSTOS FIXOS: são considerados custos fixos todos aqueles gastos empregados na atividade produtiva/empresarial que se mantém constantes no decorrer das atividades operacionais, ou seja, independente da quantidade produzida, do volume de produção ou da intensidade/frequência das atividades desenvolvidas, seu valor será o mesmo. 
 - Ex.7: Ao se produzir uma, 10 ou 1000 unidades, o valor empregado/gasto/contabilizado para este custo permanece o mesmo.
Definição de Custo quanto ao “volume de produção”:
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 CUSTOS VARIÁVEIS: são considerados custos variáveis todos aqueles gastos empregados na atividade produtiva/empresarial que, no decorrer das atividades operacionais, se alteram, ou seja, são os custos que apresentam valores diferentes de acordo com a quantidade produzida, o volume de produção ou a intensidade/frequência das atividades desenvolvidas. São aqueles que ocorrem em função da quantidade produzida. 
 - Ex.8: Ao se produzir 1 unidade de um produto X que emprega 100gr de matéria–prima, 15ml de combustível (gasto na maquina) e 30 min. de mão de obra, os custos serão diferentes dos empregados para produção de 10, 1000 ou qualquer das diferentes quantidades, ou seja, os valores empregados/gastos/contabilizados para estes custos variaram, se alteram, de acordo com a quantidade produzida.
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 → Outros conceitos de custos:
 CUSTOS PRIMÁRIOS: são considerados custos primários todos aqueles gastos empregados
em recursos que estão contidos no produto gerado, ou seja, que constituem todo ou parte do que foi realizado. Desta forma, a sua identificação fica condicionada a atividade desenvolvida ou ao bem/mercadoria produzida.
 - Ex.9: Em uma fábrica, que só produz parafusos, são custos primários o metal (matéria-prima) e a mão de obra direta (empregada na atividade fabril – nas máquinas), mas não o combustível ou a eletricidade gasta com as máquinas, a depreciação, ou as embalagens.
IMPORTANTE: custos primários ≠ custos diretos
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 CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO: são todos aqueles gastos realizados com os recursos que foram empregados no desenvolvimento da produção/atividade da entidade, ou seja, todos os demais custos com os recursos necessários ao desenvolvimento da atividade da empresa e que não estão materializados no produto/mercadoria, seus custos de produção. Assim, da mesma forma como os custos primários, sua identificação fica condicionada a atividade desenvolvida ou ao bem/mercadoria produzida.
 - Ex.10: Em uma fábrica, que só produz parafusos, são custos de transformação/produção, o combustível ou a eletricidade gasta com as máquinas, a depreciação, a mão de obra direta e indireta, embalagens.
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 → Esquema básico de distinção entre Custos Diretos e Indiretos:
 Elementos básicos do custo -> matéria-prima e material para a produção; mão de obra e gastos gerais de fábrica.
 Custos Diretos – são apropriados diretamente aos produtos;
 Custos Indiretos – são os gastos onde é necessário realizar o rateio entre
 os produtos/mercadorias produzidos/transacionados.
 → Esquema básico de separação entre Custos e Despesas:
 Custos – são os gastos necessários para elaboração de produtos ou na prestação de serviços que façam parte do objeto social da entidade.
 Despesas – são os gasto relativos à manutenção da atividade da empresa, bem como aos esforços para a obtenção de receitas através da venda dos produtos.
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Distinção entre Custo e Despesa – esquema básico de separação:
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 Classificação de custos e despesas, de acordo com os segmentos de atividade:
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 → Algumas regras que devem ser seguidas:
 Valores cujo rateio é extremamente arbitrário devem ser evitados para a apropriação aos custos. Ex: honorários da direção – sempre será despesa de administração.
 Para separar custos e despesas de vendas, basta definir o momento em que o produto está pronto para venda. Tudo que for gasto até este momento são custos, a partir deste momento, tornam-se despesas.
 - Ex.11: é o caso das embalagens, pois se os produtos são colocados à venda embalados, este custo incorpora o valor do acondicionamento, mas se a embalagem é aplicada após a venda, deve ser tratada como despesa.
Os gastos relativos ao processo de produção são CUSTOS, enquanto os relativos à administração, às vendas e aos financiamentos são DESPESAS.
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 Gastos com pesquisa ou desenvolvimento de produtos novos, passam por dois estágios de avaliação:
I) despesas do período em que estão sendo desenvolvidas (o que é aceito pela legislação do imposto de renda);
II) investimento, pois contabiliza-se como diferido para amortização na forma de custo dos produtos elaborados futuramente.
 Há ainda, gastos dentro da produção que não são custos, como é o caso do uso de instalações, equipamentos e mão de obra da produção para execução de serviços destinados à venda. 
 - Ex.12: é o caso de serviços de manutenção de prédios e instalações, reforma ou pintura de equipamentos, assim como produção de itens para o imobilizado.
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Processo de utilização de custos para apuração de resultado:
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IMPORTANTE: Os Custos e despesas incorridos num mesmo período só irão para o resultado desse período caso toda a apuração elaborada seja vendida e não haja estoques inicias e finais.
 - Ex.13: Foram registrados, para a fábrica de parafusos, no mês de janeiro 20XX, as seguintes informações:
Material consumido			$ 20.000,00
Mão- de – obra	
Direta					$ 8.000,00
Indireta				$ 2.000,00
Seguro da fábrica 			$ 1.000,00
Aluguel da fábrica			$ 2.500,00
Depreciação de maquinas		$ 1.800,00
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Calcule o custo direto e o seu custo da produção:
Custo direto = 20.000 + 8.000 = 28.000,00
Custo da produção = 20.000,00 + 8.000 + 2.000,00 + 1.800,00 = 31.800,00 
→ Como só há produção de um único bem, parafusos, gastos que normalmente são rateados (como aluguel e depreciação) podem passar a ser incorporados no custo de produção. Mas, seguro, como outros gastos administrativos, são despesas.
 - Ex.13.1: Caso esta fábrica tenha como produtos: parafusos, porcas e bielas. Qual o seu custo da produção no mês de janeiro 20XX?
Custo da produção = 20.000,00 + 8.000 + 2.000,00 = 30.000,00 
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 → Gastos com salários e encargos de pessoal podem ser considerados como custos fixos, pois independem dos volumes de produção, ou, a partir de uma decisão/avaliação gerencial, podem ser alocados como custos variáveis, pois variam de acordo com a produtividades obtida.
- Ex.14: produção inicial do parafusos (PT) é 250.000 unidades/mês e o custo com mão de obra direta (MOD) por mês é $50.000,00. a) Qual o custo unitário de produção/MOD? b) Qual o novo custo se a produção passar para 312.500 unid. mês?
 Cua = MOD/PT = 50.000/250.000 = $0,20 por unidade
 Cub = MOD/PT = 50.000/312.500 = $0,16 por unidade
Atenção: este é um critério que pode ser empregado a outros componentes dos “Custos indiretos”, mas é importante que se mantenha o critério de “apuração” à um único produto.
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As distinções entre “fixos” e “variáveis” são aplicáveis também aos conceitos de “Despesas”, enquanto “diretos” e “indiretos” são classificações melhor aplicáveis aos “Custos”.
 → Despesas Fixas: são todos os gastos que são realizados com as atividades da empresa que independem do volume de vendas e que são apropriadas ao resultado do período. São as despesas administrativas.
→ Despesas Variáveis: são todos os gastos realizados com as atividades diretamente envolvidas com as vendas/faturamento, que variam de acordo com o volume de vendas. Sendo divididas entre “Redutoras do faturamento” (impostos e taxas) e “Despesas com vendas” (comissões sobre vendas, fretes de entrega, embalagens não incluídas no custo, ajuda de custo e outras relacionadas diretamente aos vendedores).
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 → “Custeio” é quando adotamos critérios para apuração dos resultados das empresas. Avaliando os custos das mercadorias vendidas, dos serviços prestados e na quantificação dos níveis de estoques de produtos acabados, assim como em elaboração e em matérias-primas.
→ As diferenças entre os métodos de custeio existentes referem-se, basicamente, ao trato que é dado aos custos e despesas indiretas.
 - Custeio por absorção;
 - Custeio direto ou variável;
 - Custeio padrão;
 - Custeio por atividade (ABC)
- Custeios alternativos: “custo-alvo” e “custo-ciclo de vida do produto”.
Critérios de custeio:
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OBRIGADO,
BONS ESTUDOS, 
ACOMPANHEM A WEBAULA, 
LEIAM O MATERIAL DO CURSO,
EXERCITEM OS CONCEITOS APRESENTADOS E 
ATÉ A PRÓXIMA AULA.
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