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Lucro Real Presumido 2013 (1)

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SUMÁRIO
1. LUCRO REAL ................................................................................................................... 3
1.1. Empresas Obrigadas à Apuração do Lucro Real ........................................................ 3
1.2. FORMAS DE TRIBUTAÇÃO ....................................................................................... 4
1.3. OPÇÃO PELA FORMA DE TRIBUTAÇÃO ................................................................. 4
1.4. Lucro Real Trimestral .................................................................................................. 4
1.5. Regime da Estimativa Mensal ..................................................................................... 5
1.6. Real Trimestral e Estimativa: Vantagens X Desvantagens ......................................... 5
1.7. REGIME DA ESTIMATIVA .......................................................................................... 6
1.8. Conceito de Receita Bruta .......................................................................................... 6
1.9. Percentuais do Lucro Estimado .................................................................................. 7
1.10. Prestadoras de Serviço com Receita Bruta Anual de até R$120.000,00 ................. 8
1.11. Atividades Imobiliárias ............................................................................................. 9
1.12. Comercialização de Veículos Usados...................................................................... 9
1.13. Cálculo do IR Estimado ......................................................................................... 10
1.14. Cálculo do Adicional Mensal .................................................................................. 10
1.15. Exemplos de Adicional........................................................................................... 10
1.16. Deduções do Imposto ............................................................................................ 11
1.17. Exemplo do Cálculo da Estimativa Mensal ............................................................ 11
1.18. BALANÇO DE SUSPENSÃO/REDUÇÃO DO IR/CSLL ......................................... 12
1.19. Como Praticar a Suspensão ou Redução .............................................................. 12
1.20. Apuração do Lucro Real Intermediário (Balanço de Suspensão/Redução) ........... 12
1.21. Cálculo da Suspensão ou Redução ....................................................................... 13
1.22. Compensação do Imposto pago Anteriormente..................................................... 13
1.22.1. Quadro-resumo da Suspensão/Redução ........................................................ 16
1.22.2. Recolhimentos da estimativa à maior em 2000: ............................................. 17
1.23. LIVRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL ........................................................... 18
1.24. Objetivo do LALUR ................................................................................................ 18
1.25. Finalidade do LALUR ............................................................................................. 18
1.26. Lucro Real.............................................................................................................. 18
1.27. Época de Escrituração ........................................................................................... 19
1.28. ADIÇÕES E EXCLUSÕES PERMITIDAS AO LUCRO REAL................................ 19
1.28.1. Adições ao Lucro Líquido ................................................................................ 20
1.28.2. Exclusões e Compensações do Lucro Líquido................................................ 21
1.29. EXEMPLO DE ESCRITURAÇÃO .......................................................................... 22
1.30. Exemplo de Escrituração da Parte A ..................................................................... 23
1.31. Escrituração da Parte B ......................................................................................... 24
1.31.1. Contas Suscetíveis de Controle ...................................................................... 24
1.31.2. Exemplo de Escrituração da Parte "B" do Lalur .............................................. 25
1.32. COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS FISCAIS......................................................... 25
1.33. DEDUÇÕES DO IRPJ / INCENTIVOS FISCAIS .................................................... 26
1.33.1. Quadro Resumo dos Incentivos Fiscais .......................................................... 27
2. LUCRO PRESUMIDO ..................................................................................................... 29
2.1. EMPRESAS IMPEDIDAS AO LUCRO PRESUMIDO ............................................... 29
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201
3
2.2. APURAÇÃO TRIMESTRAL ...................................................................................... 30
3
2.3. FORMALIZAÇÃO DA OPÇÃO .................................................................................. 30
2.3.1. Opção definitiva a partir de 1999 ........................................................................ 31
2.4. BASE DE CÁLCULO................................................................................................. 31
2.5. DETERMINAÇÃO DO LUCRO PRESUMIDO ........................................................... 31
2.5.1. Conceito de Receita Bruta .................................................................................. 31
2.6. Adoção do Regime de Caixa..................................................................................... 32
2.7. PERCENTUAIS DE PRESUNÇÃO APLICÁVEIS SOBRE A RECEITA BRUTA DA ATIVIDADE......................................................................................................................... 32
2.8. Percentual reduzido de apuração do lucro presumido .............................................. 34
2.9. Prestadoras de Serviço com Receita Bruta Anual de até R$ 120.000,00 ................ 34
2.10. Atividades Imobiliárias ........................................................................................... 35
2.11. Comercialização de Veículos Usados.................................................................... 35
2.11.1. Obrigações Acessórias – documentos hábeis................................................. 36
2.12. DEMAIS RECEITAS E GANHOS DE CAPITAL E OUTROS ACRÉSCIMOS À
BASE DE CÁLCULO .......................................................................................................... 36
2.13. OUTROS VALORES QUE DEVEM SER ACRESCIDOS À BASE DE CÁLCULO. 37
2.14. CÁLCULO DO IMPOSTO E ADICIONAL............................................................... 38
2.14.1. Alíquota ........................................................................................................... 38
2.15. Deduções do Imposto ............................................................................................ 38
2.16. Impossibilidade de Dedução de Incentivos Fiscais ................................................ 38
2.17. Exemplo de Cálculo do Imposto Trimestral............................................................ 39
2.18. RECEITAS FINANCEIRAS .................................................................................... 40
2.19. ADICIONAL DE IMPOSTO DE RENDA.................................................................40
2.20. EXEMPLO DE CÁLCULO PARA O LUCRO PRESUMIDO ................................... 40
2.21. RECOLHIMENTO DO ADICIONAL ....................................................................... 42
3. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL – LUCRO PRESUMIDO ....................................................... 42
3.1. REGIME DE APURAÇÃO – COMPETÊNCIA OU CAIXA......................................... 42
3.1.1. Regime de Caixa ................................................................................................ 42
3.2. BASE DE CÁLCULO................................................................................................. 42
3.3. Prestadora de serviços – Percentual desde 01/09/2003 ........................................... 43
3.4. ALÍQUOTA DA CSLL ................................................................................................ 44
3.5. Exemplo de Calculo do Imposto................................................................................ 44
3.6. DEDUÇÕES DO IMPOSTO TRIMESTRAL .............................................................. 45
3.7. RECOLHIMENTO DO IRPJ E DA CSLL (PRESUMIDO) .......................................... 46
3.7.1. Divisão em quotas .............................................................................................. 46
3.7.2. Antecipação do Imposto Devido ......................................................................... 46
4. DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS ......................................................................................... 47
4.1. PREVISÃO NO CONTRATO SOCIAL ...................................................................... 47
4.2. DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS E DIVIDENDOS AO TITULAR, SÓCIO OU
ACIONISTA DA PESSOA JURÍDICA ................................................................................. 48
4.3. Calculo Distribuição de Lucros e Dividendos no Lucro Presumido ........................... 49
4.4. Cálculo da Distribuição de Lucros ............................................................................. 49
4.5. IMPEDIMENTO PARA DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS/ DIVIDENDOS...................... 49
1. LUCRO REAL
As pessoas jurídicas podem optar pela tributação do lucro, na forma do Lucro Presumido ou Pelo Lucro Real, e em algumas vezes pelo Lucro Arbitrado. Algumas atividades e acima de um determinado faturamento, as empresas devem tributar suas receitas na forma do Lucro Real. O lucro a ser tributado será sobre o montante do lucro líquido ajustado, pelas adições, exclusões e compensações permitidas pelo Imposto de renda.
Qualquer empresa pode optar, sem qualquer restrição, pela tributação com base no lucro real. Aliás, este é o regime próprio de incidência do Imposto de Renda, pois, neste regime se demonstra o resultado efetivo apurado no exercício da atividade.
Para que a empresa possa optar por outro regime deverá verificar a possibilidade de enquadramento.
Os demais regimes têm por característica a forma simplificada de apuração e escrituração com possibilidade, em certos casos, de redução da carga tributária.
1.1. Empresas Obrigadas à Apuração do Lucro Real
a) cuja receita total, no ano-calendário anterior, seja acima de R$ 48.000.000,00; (R$
78.000.000,00 a partir de 2014, conforme dispõe o art. 7º da Lei 10.814/2013)
b) Instituições financeiras, empresas de seguros privados, de capitalização, de previdência privada e equiparadas;
c) que tenham lucros ou rendimentos oriundos do exterior;
d) que gozem de benefícios fiscais de isenção/redução do imposto de renda;
e) que no decorrer do ano tenham efetuado a suspensão ou redução do imposto;
f) empresas de fomento mercantil – “Factoring”;
g) Empresas de construção civil com registro de custo orçado.
h) que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio. (Incluído pela Medida Provisória nº 472, de 2009, convertida na Lei nº 12.249/2010)
Nota: Tais empresas não poderão optar por outro regime, por exemplo: lucro presumido ou Simples
Nacional (Art. 14 da Lei nº. 9.718/98; art. 246 do RIR/99).
1.2. FORMAS DE TRIBUTAÇÃO
As empresas que apuram o lucro real, durante o ano calendário poderão adotar como forma de cálculo do Imposto de Renda da CSLL, o Lucro Real Trimestral ou o Lucro Real Anual (estimativa mensal).
No lucro real trimestral os recolhimentos efetuados são definitivos, ou seja, não estarão sujeitos a ajustes no encerramento do ano-calendário.
O regime da estimativa tem por característica ser uma forma de antecipação mensal de IR/CSLL, resultando, portanto, em cálculos provisórios cujos recolhimentos serão ajustados com o IR/CSLL apurados no encerramento do período-base, normalmente em 31/dezembro. (Artigo 2º, § 6º da IN SRF nº. 93/97)
Uma vez exercida a opção pelo pagamento mensal do imposto calculado por estimativa, a empresa deverá apurar o Lucro Real em 31 de dezembro do respectivo ano-calendário.
A diferença constatada entre o tributo (imposto ou contribuição) apurado com base no Lucro Real em 31.12. XX e a soma dos pagamentos mensais feitos por estimativa no mesmo ano-calendário:
a) quando positiva será paga em quota única, até o último dia útil do mês de março do ano seguinte;
b) quando negativa será compensada com o tributo mensal a ser pago a partir do mês de janeiro do ano seguinte (ou será objeto de restituição).
1.3. OPÇÃO PELA FORMA DE TRIBUTAÇÃO
A opção pela forma de tributação se dá com o primeiro recolhimento do imposto no ano-calendário através do código informado no DARF.
Uma vez efetuada a opção o regime adotado é definitivo para todo o ano-calendário, ou seja, não poderá ser alterado. (Arts. nºs. 17 e 35, § 2º da IN SRF nº. 93/97 e Art. 13, § 1º da Lei nº. 9.718/98)
1.4. Lucro Real Trimestral
Adotado este regime, a pessoa jurídica deverá ao final de cada período-base (trimestral), apurar o lucro líquido, nos termos da legislação comercial e fiscal, o que vai lhe exigir escrituração contábil completa.
Este lucro líquido será transportado para o LALUR para fins ajustes e assim chegando-se à determinação do lucro real, base de cálculo do IR.
Por sua vez, seguindo o mesmo sistema, a CSLL será calculada sobre o lucro líquido ajustado pelas adições, exclusões e compensações que lhe são próprias, na forma definida pela legislação em vigor.
1.5. Regime da Estimativa Mensal
O regime da estimativa mensal caracteriza-se pela forma simplificada de recolhimento. Uma vez definida a receita bruta, sobre ela aplicam-se os percentuais de presunção de lucro, os mesmos previstos para o regime do lucro presumido. A esta base deverão ser acrescidas as demais receitas e ganhos de capital.
Neste regime vigora o sistema de suspensão ou redução do IRPJ e CSLL que certamente vai exigir da empresa rígida organização contábil para que se possa comprovar com base em escrituração completa, que o imposto já pago excede o devido no período em curso ou, simplesmente, comprovar que não se deve imposto no período em curso.
Para quem está apurando o lucro real, este sistema de suspensão/redução é uma das principais formas de planejamento tributário a ser adotada durante o ano-calendário. É um sistema facultativo, podendo ser adotado quando melhor convier ao contribuinte.
1.6. Real Trimestral e Estimativa: Vantagens X Desvantagens
	
REAL TRIMESTRAL
	
VANTAGENS
	
DESVANTAGENS
	
·		imposto é pago trimestralmente e pode ser parcelado em três quotas;
·		Se o lucro for menor que o lucro estimado, e haja previsão segura da inexistência de prejuízos;
·		No caso de saldo negativo, poderá ser corrigido a partir do mês seguinte.
	
·		no caso de lucro real maior que o estimado, não terá alternativa;
·		deverá escriturar o diário,inventário e o Lalur trimestralmente;
·		apurando prejuízo-fiscal, a compensação nos trimestres seguintes estará limitada a 30% do lucro.
	
ESTIMATIVA MENSAL
	
VANTAGENS
	
DESVANTAGENS
	
· Poderá suspender ou reduzir o
	
· Se não for comparado com o lucro
imposto mensal se o lucro for menor ou apurar prejuízos-fiscais;
·		Se o lucro real for maior poderá desconsiderá-lo e simplesmente recolher o imposto com base no lucro estimado;
·		É um sistema simplificado de apuração. Toma-se por base as receitas.
·		Os resultados negativos se compensarão automaticamente com os positivos, pois os balancetes são
apurados de forma acumulada.
real poderá ser recolhido imposto maior que o efetivamente devido;
·		imposto pago na forma de antecipação não é corrigido durante o ano;
·		No caso de saldo negativo só será corrigido a partir do ano seguinte;
·		sistema de suspensão exige escrituração regular por ocasião de cada balancete que for utilizado para suspensão e redução.
1.7. REGIME DA ESTIMATIVA
No regime da estimativa a base de cálculo é formada pelo somatório do lucro estimado e demais receitas e ganhos de capital.
O lucro é calculado da seguinte forma:
a) aplicando os percentuais de presunção sobre a receita bruta; ou, opcionalmente,
b) com base no balancete de suspensão que vai demonstrar o lucro acumulado do período-base.
1.8. Conceito de Receita Bruta
A receita bruta sobre o qual se aplicam os percentuais de presunção compreende o produto da venda de bens (mercadorias ou produtos) nas operações por conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta alheia (por exemplo: comissões), observando-se que:
a) não se incluem na receita bruta:
a.1) o IPI (se a empresa for contribuinte deste imposto) cobrado destacadamente do comprador, do qual o vendedor dos bens é mero depositário;
a.2) o ICMS por substituição tributária, cobrado pelo contribuinte substituto que figura como mero depositário do imposto cobrado antecipadamente;
a.3) as contribuições ao PIS/PASEP e COFINS cobradas, pelo contribuinte substituto que figura como mero depositário do imposto cobrado antecipadamente;
b) devem ser excluídos da receita bruta:
b.1) as vendas canceladas (devoluções); e
b.2) os descontos incondicionais concedidos (que consta da NF e não depende de evento futuro);
1.9. Percentuais do Lucro Estimado
	
ATIVIDADE GERADORA DA RECEITA
	
PERCENTUAL
	
·		Revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural
	
1,6%
	
·		Venda de mercadorias e produtos (exceto revenda de combustível para consumo), seja indústria ou revenda
· Transporte de cargas
·	Serviços hospitalares, auxílio diagnóstico e terapia, patologia clínica, imagenologia, anatomia patológica e citopatologia, medicina nuclear e análises e patologias clínicas, desde que a prestadora destes serviços seja organizada sob a forma de sociedade empresária e atenda às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa.
· Atividade Rural
· Atividades Imobiliárias (incorporação e loteamento)
·		Construção por empreitada, quando houver fornecimento de todo material indispensável à execução da obra (ADN COSIT 06/97, derrogado pela IN SRF n. 539/2005)
·		Outras atividades (exceto prestação de serviços para a qual não esteja previsto percentual específico)
	
8,0%
	
· Serviços de transporte (exceto o de cargas)
·		Serviços (exceto hospitalares, de transporte e de sociedades civis de profissão regulamentada) prestados com exclusividade por empresas com receita bruta anual não superior a R$ 120.000,00.
· Instituições financeiras a entidades a elas equiparadas
	
16%
	
·		Serviços em geral, para os quais não esteja previsto percentual específico, inclusive prestados por sociedades civis de profissões regulamentadas
·		Intermediação de negócios, inclusive representação comercial e corretagem (de Seguros, imóveis, etc.)
	
·		Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza
· Factoring
·		Construção por empreitada, quando houver emprego unicamente de mão-de-obra, ou material insuficiente para execução da obra.
32%
À base de cálculo da estimativa, deverão ser somadas as demais receitas e ganhos de capital, no mês em que forem auferidos. Podemos citar, entre outros:
a) juros ativos, não decorrentes de aplicações financeiras, inclusive os incidentes sobre valores restituídos ou compensados;
b) descontos financeiros obtidos;
c) receita de locação de bens permanentes, quando este não for o objetivo social da empresa, deduzido dos encargos necessários à sua percepção;
d) variações monetárias ativas;
e) ganhos de capital nas alienações de bens do ativo permanente;
OBS: Não devem ser somadas a base de cálculo os rendimentos de aplicações financeiras, recuperação de créditos que não representem ingresso de novas receitas, reversão de provisões, lucros e dividendos recebidos, ajuste da equivalência patrimonial, juros sobre o capital próprio. (Arts. 4º, 6º e 7º da IN SRF nº 93/97)
1.10. Prestadoras de Serviço com Receita Bruta Anual de até R$120.000,00
As empresas exclusivamente prestadoras de serviços em geral, que não sejam de profissão regulamentada e cuja receita bruta não exceder a R$120.000,00, poderão utilizar, para determinação da base de cálculo do imposto, o percentual de 16%.
Diferença de Imposto: a empresa ficará sujeita ao pagamento da diferença do imposto, apurada em relação a cada mês transcorrido, quando houver utilizado o percentual de 16% e a receita bruta acumulada ano período exceder o limite de R$120.000,00. A diferença de imposto deverá ser paga até o último dia útil do mês subsequente àquele em que ocorrer o excesso. Quando paga no prazo previsto acima, a diferença será recolhida sem acréscimos.
Exemplo:
Dados hipotéticos relativos aos meses de janeiro a abril de 2001.
	
Mês
	
Receita Bruta – R$
	
Acumulado
	
Percentual
	
Jan/2006
	
20.000,00
	
20.000,00
	
16%
	
Fev/2006
	
30.000,00
	
50.000,00
	
16%
	
Mar/2006
	
40.000,00
	
90.000,00
	
16%
	
Abr/2006
	
50.000,00
	
140.000,00
	
32%
	
	
Até o mês de março de 2001 a empresa utilizou o percentual de 16% sobre o valor da receita bruta de R$90.000,00. A partir do mês de abril de 2001 passou a utilizar o percentual de 32%, tendo em vista que o valor acumulado ultrapassou o limite de R$120.000,00.
Assim, deverá ser recolhida a diferença de imposto, relativa a utilização do percentual de
16% (32%-16% = 16%), ou seja:
	
Cálculo da Diferença de Imposto
	
Jan a Mar/2006
	
Valores - R$
	
%
	
Base de Cálculo do IR
	
Base de Cálculo Acumulada
	
90.000,00
	
16
	
14.400,00
	
Diferença de Imposto Devida: R$14.400,00 x 15% = R$2.160,00
No exemplo em tela, a diferença deverá ser recolhida, juntamente com o imposto do mês de abril de 2006, até o último dia do mês de maio de 2006 (Art. 3º §4º da IN SRF nº 93/97).
1.11. Atividades Imobiliárias
As pessoas jurídicas que explorem atividades imobiliárias relativas a loteamento de terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à venda deverão considerar como receita bruta o montante efetivamente recebido, relativo às unidades imobiliárias vendidas. O lucro estimado será calculado aplicando-se o percentual de 8% sobre o valor das receitas recebidas(§ 7º do art. 3º e inciso I do art. 5º da IN SRF nº 93/97).
1.12. Comercialização de Veículos Usados
A pessoa jurídica que tenha como objeto social,declarado em seus atos constitutivos, a compra e venda de veículos automotores deverá observar que, nas operações de venda de veículos usados, o
valor a ser computado na determinação da base de cálculo será apurado segundo o regime aplicável às operações de consignação.
Assim, na determinação da base de cálculo, será computada a diferença entre o valor pelo qual o veículo usado houver sido alienado, constante da nota fiscal de venda, e o seu custo de aquisição constante da nota fiscal de entrada (IN SRF nº 152/98).
1.13. Cálculo do IR Estimado
Sobre a base de cálculo determinada na forma dos itens anteriores incide o Imposto de Renda determinado pela aplicação da alíquota de 15%. (Art. 8º da IN SRF nº 93/97)
1.14. Cálculo do Adicional Mensal
Estará sujeita à incidência do adicional a parcela a parcela de lucro excedente a R$ 20.000,00 multiplicada pelo número de meses do período de apuração. (Art. 8º, § único, da IN SRF nº 93/97)
1.15. Exemplos de Adicional
a) Regime da estimativa – cálculo com base na receita bruta/demais receitas:
19
Admitindo-se a base de cálculo
R$ 12.000,00
IRPJ = 15% sobre R$ 12.000,00
R$ 1.800,00
Admitindo-se a base de cálculo
R$ 24.000,00
IRPJ normal = 15% sobre R$ 24.000,00
R$ 3.600,00
IRPJ Adicional = 10% sobre R$ 4.000,00 R$ 400,00
IRPJ a recolher
R$ 4.000,00
b) Regime da estimativa – cálculo com base em balancete de redução/suspensão em julho de 2005
(7 x R$20.000,00 = R$140.000,00 = limite do adicional):
Admitindo-se a base de cálculo
R$ 110.000,00
IRPJ = 15% sobre R$ 110.000,00
R$ 16.500,00
Admitindo-se a base de cálculo
R$ 170.000,00
IRPJ normal = 15% sobre R$ 170.000,00
R$ 25.500,00
IRPJ Adicional = 10% sobre R$ 30.000,00 R$ 3.000,00
IRPJ a recolher
R$ 28.500,00
1.16. Deduções do Imposto
A pessoa jurídica tributada com base na estimativa mensal pode deduzir do imposto apurado:
a) o Imposto de Renda Retido da Fonte, ou pago pela própria empresa, conforme o caso, sobre receitas computadas na determinação da base de cálculo, pagas ou creditadas à empresa por pessoas jurídicas a título de:
a.1) remuneração pela prestação de serviços profissionais;
a.2) remuneração pela prestação de serviços de limpeza e conservação, vigilância e locação de mão-de-obra;
a.3) comissões e corretagens, etc.;
a.4) remuneração de serviços de propaganda e publicidade;
a.5) importâncias recebidas de entidades da administração pública federal;
a.6) juros remuneratórios do capital próprio;
a.7) outras remunerações sujeitas ao IRRF.
b) o saldo de imposto pago indevidamente ou a maior em períodos anteriores, que ainda não tenham sido objeto de compensação.
O imposto de renda pago indevidamente ou a maior em períodos anteriores poderá ser atualizado monetariamente, se pago a partir de 1º de janeiro de 1996, acrescido de juros equivalentes à taxa Selic.
1.17. Exemplo do Cálculo da Estimativa Mensal
A empresa que tenha optado pelo pagamento do imposto por estimativa(dessa forma obrigada à
apuração do Lucro Real). Admitam-se os seguintes dados, para o mês de janeiro de 2001:
- Receita Bruta da Atividade Comercial
R$ 400.000,00
- Receita Bruta da Prestação se Serviços em Geral R$ 50.000,00
- Receita de aluguel de um imóvel da empresa R$ 6.000,00
- Lucro na venda de um veículo do imobilizado R$ 14.000,00
	
Cálculos
	Receita Bruta Ajustada
R$400.000,00 x 8%............................................................................R$32.000,00
R$50.000,00 x 32%............................................................................R$16.000,00
=Subtotal(Lucro Estimado)................................................................R$48.000,00
Acréscimos à base de cálculo:
Receita de Aluguel...........................................................................R$6.000,00
Lucro na Venda de Veículo.........................................R$14.000,00.........R$20.000,00
Base de Cálculo da Estimativa............................................................R$68.000,00
	Imposto: 15% x R$68.000,00................................................................R$10.200,00
Adicional: 10% x R$48.000,00(*)...........................................................R$4.800,00
= Imposto Devido............................................................................R$15.000,00
	
(*)Parcela da Base de Cálculo Mensal que excedeu a R$20.000,00 (R$68.000,00 – R$20.000,00 = R$48.000,00)
1.18. BALANÇO DE SUSPENSÃO/REDUÇÃO DO IR/CSLL
O sistema de suspensão ou redução do imposto (IR/CSLL) é próprio do regime da estimativa. Portanto não se fala em suspensão/redução em outro regime de tributação.
Será possível suspender ou reduzir o IRPJ e a CSLL de cada mês desde que se demonstre através de balanço ou balancete do período a inexistência de lucro tributável, ou que o valor pago excede o valor do imposto devido.
Note-se que a opção pelo sistema de tributação deve ser o mesmo para IRPJ e para CSLL. Isto quer dizer que a vantagem deve ser aferida em relação aos dois tributos.
1.19. Como Praticar a Suspensão ou Redução
Os balanços/balancetes deverão ser levantados com observância das lei comerciais e fiscais e transcritas no livro diário.
A demonstração do lucro real do período abrangido deverá ser transcrita na parte “A” do LALUR. (Art. 35 da Lei nº 8.981/95).
1.20. Apuração do Lucro Real Intermediário (Balanço de Suspensão/Redução)
O balanço/balancete deverá compreender o período transcorrido dentro do ano-calendário. Assim para definirmos o período de abrangência deveremos observar as seguintes circunstâncias:
a) Período de abrangência de empresa constituída até o ano anterior:
de 01.01 a 31.01 para suspensão/redução do imposto apurado em janeiro; de 01.01 a 28.02 para suspensão/redução do imposto apurado em fevereiro; de 01.01 a 31.07 para suspensão/redução do imposto apurado em julho.
e assim, sucessivamente, à critério da empresa.
b) Empresa que foi constituída durante o ano-calendário. Ex., 23.02.2005
de 23.02 a 28.02 para suspensão/redução do imposto apurado em fevereiro;
de 23.02 a 30.04 para suspensão/redução do imposto apurado em abril; de 23.02 a 30.06 para suspensão/redução do imposto apurado em junho. de 23.02 a 30.07 para suspensão/redução do imposto apurado em julho. e assim, sucessivamente, à critério da empresa.
Na hipótese em que a empresa optar pela estimativa e não reunir os elementos necessários para
adotar este regime de suspensão/redução, deverá obrigatoriamente recolher com base na receita bruta.
1.21. Cálculo da Suspensão ou Redução
Os valores apurados com base neste sistema servem única e exclusivamente para definir a situação tributária daquele período.
Se a empresa pretende suspender/reduzir o pagamento de períodos subsequentes deverá levantar novo balancete, desconsiderando aqueles levantados anteriormente.
O novo balancete será exigido inclusive quando a empresa já tiver demonstrado saldo de imposto a recuperar demonstrado em meses anteriores.
1.22. Compensação do Imposto pago Anteriormente
Do imposto apurado com base no resultado acumulado poderão ser deduzidos os créditos da pessoa jurídica:
a) o imposto pago em períodos anteriores (IR/CSL estimado);
b) o IRRF:
b1) sobre receitas;
b2) aplicações financeiras(somente no Bal.Susp./Red),
c) o saldo negativo (IR/CSL) de ano-calendário anterior;
d) o IR/CSL pago a maior ou indevidamente. Exemplo de Suspensão Integral:
Lucro real apurado com base no resultado acumulado em 30.06.2001:
1º PASSO - Cálculo do IRPJ e do Adicional:
IRPJ = 15%sobre R$ 360.000,00
R$ 54.000,00
Adicional = 10% sobre R$ 240.000,00
R$ 24.000,00
IRPJ a pagar
R$ 78.000,00
2º PASSO - Verificar os créditos existentes em 30.06.2005:
Imposto pago por estimativa
R$ 80.000,00
Imposto retido na fonte
R$ 2.000,00
Total dos créditos
(R$ 82.000,00)
3º PASSO - Verificar resultado
(R$ 4.000,00)
Nesta situação poderá ser efetuada a suspensão integral do IRPJ tendo em vista que os créditos
(imposto já pago) supera o devido no período em curso. Exemplo de Redução:
Aproveitando dados do exemplo anterior supondo que a estimativa de junho resulte no imposto a pagar de R$ 10.000,00:
1º PASSO - Calcular IRPJ: considerando que seja R$ 90.000,00
2º PASSO - Créditos existentes: considerando que sejam R$ 82.000,00
3º PASSO - Verificar resultado comparando os dois sistemas, assim:
	
PELO SISTEMA DA ESTIMATIVA
	
PELO SISTEMA DE SUSPENSÃO
	
-Valor a ser recolhido competência 07/01
.................R$10.000,00
-Valor das antecipações já efetuadas
...................R$82.000,00
Somatório das antecipações...... R$92.000,00
	
-Valor devido no período em curso............R$90.000,00
-Valor das antecipações já efetuadas
........R$82.000,00
-Valor a ser recolhido...............R$ 8.000,00
	
Se optar pelo recolhimento com base na estimativa deverá ser recolhida a importância de R$ 10.000,00, que somada aos créditos de R$ 82.000,00 totalizará antecipações de R$ 92.000,00;
Contudo, se optar pela tributação com base no resultado acumulado deverá ser recolhido mais R$ 8.000,00, que corresponde a diferença entre o devido R$ 90.000,00 e o que já foi antecipado R$ 82.000,00.
Vantagem Tributária
Tanto na suspensão como na redução o valor que deixou de ser pago, fica no caixa da empresa a custo zero podendo ser utilizado livremente em suas atividades operacionais, ou até em investimentos.
Exemplo de Desconsideração do Balancete:
1º PASSO - Calcular o IRPJ: considerando que seja 	
R$ 100.000,00
2º PASSO - Créditos existentes: considerando que sejam 	
R$ 82.000,00
3º PASSO - Verificar resultado conforme segue:
	
PELO SISTEMA DA ESTIMATIVA
	
PELO SISTEMA DE SUSPENSÃO
	
-Valor a ser recolhido competência 07/01
..........R$10.000,00
-Valor das antecipações já efetuadas
........R$82.000,00
Somatório das antecipações................................. R$
	
-Valor devido no período em curso......................R$100.000,00
-Valor das antecipações já efetuadas
.............R$82.000,00
-Valor a ser recolhido........................................R$
	92.000,00
	18.000,00
	
Se optar pelo recolhimento com base na estimativa deverá ser recolhida a importância de R$ 10.000,00, que somada aos créditos de R$ 82.000,00 totalizará antecipações de R$ 92.000,00;
Contudo, se optar pela tributação com base no resultado acumulado deverá ser recolhido mais R$ 18.000,00, que corresponde a diferença entre o devido R$ 100.000,00 e o que já foi antecipado R$82.000,00.
	
Desvantagem: Nesta hipótese o resultado acumulado gera um imposto a pagar superior àquele apurado com base na estimativa. Isto que dizer que o lucro estimado está sendo mais vantajoso devendo o balancete ser desconsiderado, e efetuar o recolhimento de R$ 10.000,00.
Se a situação persistir até o final do ano, a diferença de imposto a pagar poderá ser paga no ano seguinte, até 31.01.2001 sem acréscimos ou até 31.03.2006 acrescido de juros SELIC.
1.22.1. Quadro-resumo da Suspensão/Redução
	
Mês
	
Estimativa(RB)
	
Lucro Real Acumulado
	
	
Janeiro
	
12.000,00
	
8.000,00
	
Redução
	
Fevereiro
	
10.000,00
	
20.000,00-8.000,00= 12.000,00
	
RB
	
Março
	
15.000,00
	
25.000,00-18.000,00= 7.000,00
	
Redução
	
Abril
	
12.000,00
	
35.000,00-25.000,00= 10.000,00
	
Redução
	
Maio
	
12.000,00
	
30.000,00-35.000,00= 5.000,00(-)
	
Suspensão
	
Junho
	
10.000,00
	
50.000,00-35.000,00= 15.000,00
	
RB
	
Julho
	12.000,00
	
(Prej.) 0 -45.000,00=
	
Suspensão
45.000,00(-)
1.22.2. Recolhimentos da estimativa à maior em 2000:
	
Janeiro
	
R$ 8.000,00
	
Julho
	
-
	
Fevereiro
	
R$ 10.000,00
	
Agosto
	
-
	
Março
	
R$ 7.000,00
	
Setembro
	
-
	
Abril
	
R$ 10.000,00
	
Outubro
	
-
	
Maio
	
-
	
Novembro
	
-
	
Junho
	
R$ 10.000,00
	
Dezembro (prejuízo)
	
(R$ 45.000,00)
- A partir de 01.01.2001, o valor de R$ 45.000,00 passou a ser considerado pagamento à maior (saldo negativo de IRPJ), podendo a partir desta data ser corrigido pela taxa SELIC, e pode ser utilizado para compensação com a estimativa nos períodos subsequentes. Recolhimentos da
estimativa à menor em 2.005:
	
Janeiro
	
R$ 8.000,00
	
Julho
	
-
	
Fevereiro
	
R$ 10.000,00
	
Agosto
	
-
	
Março
	
R$ 7.000,00
	
Setembro
	
-
	
Abril
	
R$ 10.000,00
	
Outubro
	
-
	
Maio
	
-
	
Novembro
	
-
	
Junho
	
R$ 10.000,00
	
Dezembro (com base na rec. Bruta)
	
R$10.000,00
	
	
R$ 55.000,00
- em 31.12.00 deu um IRPJ de R$80.000,00 – R$ 55.000,00 = R$25.000,00
1.23. LIVRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL
As pessoas jurídicas optantes pelo Lucro Real, devem obrigatoriamente escriturar o Livro Lalur, para demonstrar o lucro real ajustado.
1.24. Objetivo do LALUR
Este livro fiscal tem por finalidade apurar a base de cálculo do IRPJ nas empresas enquadradas no regime do Lucro Real.
1.25. Finalidade do LALUR
O Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) existe para assegurar a separação entre a escrituração comercial e a fiscal, prevista no § 2º do art. 177 da Lei nº 6.404/76 (Lei das S/A).
Conforme afirmado na Exposição de Motivos que acompanhou o Projeto do Decreto-lei nº 1.598/77, é necessária a separação entre essas duas escriturações porque as informações sobre a posição e os resultados financeiros das sociedades são regulados na lei comercial com objetivos diversos dos que orientam a legislação tributária, e a apuração de resultados e as demonstrações financeiras exigidas pela lei comercial não devem ser distorcidas em razão de conveniências ou imperativos da legislação tributária.
No LALUR serão lançados os ajustes do lucro líquido do período-base, será transcrita a demonstração do lucro real e será efetuado o controle de deduções e compensações. Este livro tem por finalidade também manter os registro de controle de prejuízos fiscais a compensar em períodos- base subsequentes, do lucro inflacionário a realizar, da depreciação acelerada incentivada, da exaustão mineral com base na receita bruta, bem como dos demais valores que devam influenciar a determinação do lucro real de períodos-base futuros e não constem da escrituração comercial.
Neste livro deve-se manter os registro de controle dos valores excedentes a serem utilizados no cálculo das deduções nos períodos-base subsequentes, dos dispêndios com o programa de alimentação ao trabalhador, vale-transporte e outros previstos no Regulamento do Imposto de Renda.
1.26. Lucro Real
A expressão “lucro real” corresponde ao próprio lucro tributável, cujo ponto de partida é o lucro contábil, denominado de “lucro líquido”. Segundo o art. 247 do Decreto nº 3.000/99 o “lucro real é o lucro líquido do período-base ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritasou autorizadas por este decreto”.
O lucro tributável baseado no lucro contábil pode ser assim demonstrado:
	LUCRO REAL
	
Lucro líquido
(contábil)
	
Resultado operacional
	
	
(+) resultado não-operacional
	
	
(-) participações nos lucros antes da provisão para IRPJ
	
(+) Adições
	
(+) débitos não-dedutíveis
	
	
(+) outras adições conforme livro de apuração do lucro real
	
(-) Exclusões
	
(-) créditos não tributáveis
	
	
(-) outras exclusões conforme livro de apuração do lucro real
	
(-) Compensações
(=) LUCRO REAL
	
(-) compensações de prejuízos-fiscais
Ajustado das adições, exclusões e compensações
1.27. Época de Escrituração
a) Trimestralmente: para quem optou pelo lucro real trimestral;
b) Anualmente: para quem optou pelo lucro real anual;
c) No mês em que for levantado o balancete para fins de suspensão ou redução do imposto (neste caso, somente parte “A”).
Formalidades Legais
Não precisa ser autenticado em nenhuma repartição (Junta Comercial ou Receita Federal). Deve conter:
a) termo de abertura e encerramento;
b) data e assinatura do sócio gerente/diretor e do contabilista responsável pela escrituração contábil/fiscal da empresa.
1.28. ADIÇÕES E EXCLUSÕES PERMITIDAS AO LUCRO REAL
Lucro real é o lucro líquido ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação tributária, conforme art. 247 do RIR/1999.
A determinação do lucro real será precedida da apuração do lucro líquido de cada período na escrituração mercantil, com observância das leis comerciais, inclusive no que se refere à constituição da provisão para o Imposto de Renda.
1.28.1. Adições ao Lucro Líquido
Na determinação do lucro real, serão adicionados ao lucro líquido do período (Art. 249 do RIR/1999 e Majur SRF):
I) Provisão para a CSLL;
II) resultado negativo da avaliação de investimentos pela equivalência patrimonial;
III) valor da reserva de reavaliação, baixada durante o período, cuja contrapartida não tenha sido computada no resultado desse mesmo período, nas hipóteses em que deva ser adicionada ao lucro líquido, para fins de determinação do lucro real;
IV) valor das provisões não dedutíveis na determinação do lucro real, exceto as seguintes:
a) provisão para pagamento de férias e 13º salário;
b) provisões técnicas das companhias de seguro e capitalização, bem como das entidades de previdência privada, cuja constituição é exigida pela legislação especial a elas aplicável;
V) o valor das despesas não dedutíveis computados no resultado:
a) contraprestações de arrendamento mercantil e do aluguel de bens móveis ou imóveis, exceto quando relacionados intrinsecamente com a produção ou comercialização dos bens e serviços; (VIDE ALTERAÇÕES LEI Nº 11.941/2009)
b) despesas de depreciação, amortização, manutenção, reparo, conservação, impostos, taxas, seguros e quaisquer outros gastos com bens móveis ou imóveis, exceto se intrinsecamente relacionados com a produção de bens e serviços;
c) despesas com alimentação dos sócios, acionistas e administradores;
d) contribuições não compulsórias, exceto as destinadas a custear seguros, planos de saúde e benefícios complementares assemelhados aos da previdência social, instituídos em favor dos empregados e dirigentes da pessoa jurídica;
e) as doações, exceto as efetuadas em favor de instituições de ensino e pesquisa sem finalidade lucrativa e entidades civis sem fins lucrativos que prestem serviços gratuitos em benefício de empregados da pessoa jurídica doadora e seus dependentes, ou em benefício da comunidade onde atuem, observados os limites fixados na legislação.
VI) a parcela dos lucros decorrentes de contratos com entidades governamentais, excluídos na determinação da base de cálculo da contribuição em período anterior, proporcional ao valor das receitas recebidas no período de apuração, inclusive mediante resgate ou alienação sob qualquer forma de títulos públicos ou Certificados de Securitização, emitidos especificamente para quitação desses créditos (Art. 3º da Lei nº 8.003/1990 e art. 18 da Lei nº 9.711/1998);
27
VII) os encargos de depreciação, amortização e exaustão e o custo dos bens baixados a qualquer título, correspondente à correção complementar pela diferença IPC/BTNF, debitados ao resultado do período de apuração;
VIII) o valor da reserva de correção especial do Ativo Permanente (Art. 2º da Lei nº 8.200/1991) proporcional ao valor dos bens submetidos a essa correção especial, realizados no período mediante depreciação, amortização, exaustão, alienação ou baixa por perecimento;
IX) as despesas com brindes;
X) os juros remuneratórios do capital próprio, produzidos na apuração do resultado na forma do art.
9º da Lei nº 9.249/1995, bem como o Imposto de Renda incidente na Fonte sobre esses juros, assumido pela empresa, no caso de sua capitalização ou manutenção em conta de reserva para esse fim.
1.28.2. Exclusões e Compensações do Lucro Líquido
Na determinação do lucro real poderão ser excluídos do lucro líquido do período (Art. 250 do
RIR/1999):
I) o resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio líquido;
II) os lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição, que tenham sido computados como receita;
III) o valor das provisões não dedutíveis que tenham sido adicionadas na determinação da base de cálculo de período de apuração anterior e que tenham sido baixadas no período de apuração por utilização ou reversão;
IV) a parcela dos lucros decorrentes de contratos de construção por empreitada ou de fornecimento de bens ou serviços celebrados com entidades governamentais, proporcional ao valor das receitas desses contratos, computadas na apuração do resultado e não recebidas até a data do encerramento do trimestre;
V) a parcela dos lucros decorrentes de contratos de construção por empreitada ou de fornecimento de bens ou serviços celebrados com entidades governamentais, quando os créditos com essas pessoas jurídicas forem quitados pelo Poder Público com títulos de sua emissão, inclusive com Certificados de Securitização, emitidos especificamente para essa finalidade;
Nota: No caso de subcontratação de parte da empreitada ou fornecimento, o direito ao diferimento caberá também à empreiteira ou fornecedora, na proporção da sua participação na receita a receber.
VI) a diferença entre o valor de mercado e o valor contábil de bens e direitos recebidos a título de devolução de participação no capital social de outra sociedade, que tenha sido creditada ao resultado (Art. 22, § 4º da Lei nº 9.249/1995);
VII) os rendimentos e ganhos de capital auferidos no Exterior, por pessoa jurídica domiciliada no
Brasil, desde que devidamente computados no seu resultado;
VIII) a reversão do saldo remanescente da provisão para o Imposto de Renda sobre o lucro inflacionário com tributação diferida, quando houver sido exercida a opção para a tributação antecipada com o benefício da redução da alíquota do imposto;
IX) a parcela compensável de créditos oriundos da mudança das alíquotas para o Programa de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/Pasep, devidas pelas pessoas jurídicas a que se refere o § 1º do art. 22, da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, correspondente a qualquer período de apuração posterior a 31 de dezembro de 1998.
1.29. EXEMPLO DE ESCRITURAÇÃO
Resultado do Período antes do LALUR R$ 66.809,04
I Provisão para a CSLL
II Multas registradas
R$ 4.849,58
Pago multa guia recolhimento n/data R$ 43,71
Pago multa guia recolhimento n/dataR$ 29,14
III Despesas Indedutíveis
Pagto NF 25474 Restaurante Vila Maria Ltda R$ 294,14
Pagto NF 1058 Café Colônia Ltda
R$ 29,30
Pagto NF 1245 Dissoft Vision Ltda R$ 70,00
Pagto NF 539 Restaurante Churrascaria Lazaro Ltda R$ 23,53
Pagto NF 45796 Posto Vanguarda Ltda R$ 23,53
Pagto NF 2340 Borcato borracharia Ltda R$ 46,36
Pagto NF 256879 Restaurante Vila Maria Ltda R$ 260,94
IV Dividendos recebidos
Dividendos Participação Química Nacionaliza S/A R$ 183,54
Dividendos Participação Balsamo do Campo S/A R$ 1.117,71
1.30. Exemplo de Escrituração da Parte A
	PARTE A - REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LIQUIDO DO EXERCÍCIO
	
	Folha 1
	DATA H I S T O R I C O - NATUREZA DOS AJUSTES
	ADIÇÕES
	EXCLUSÕES
	31/12/2005 CSLL, registrada na conta 3.3.1.02.001
	
	
	31/12/2005 Provisão para a Contribuição Social
	4.849,58
	
	31/12/2005 Multas registradas na conta 3.1.2.05.009
	
	
	05/11/2001 Pagto multa guia recolhimento
	72,85
	
	31/12/2005 Despesas Indedutíveis registradas na conta 3.1.2.04.017
	
	
05/04/205 Pagto NF 25474 Restaurante Vila Maria Ltda 294,14
15/06/2005 Pagto NF 1058 Café Colônia Ltda 29,30
1706/2005 Pagto NF 1245 Dissoft Vision Ltda 70,00
10/11/2005 Pagto NF 539 Restaurante Churrascaria Lazaro Ltda 23,53
14/11/2005 Pagto NF 45796 Posto Vanguarda Ltda 23,53
27/11/2005 Pagto NF 2340 Borcato borracharia Ltda 46,36
04/12/2005 Pagto NF 256879 Restaurante Vila Maria Ltda 260,94 747,80
31/12/2005 Dividendos recebidos registrados na conta 3.1.8.05.010
31/12/205 Dividendos Participação Química Nacionaliza S/A 183,54
31/12/2005 Dividendos Participação Balsamo do Campo S/A 1.117,71 1.301,25
TOTAL DAS ADIÇÕES E EXCLUSÕES 5.670,23 1.301,25
DEMONSTRATIVO DO LUCRO REAL
R E S U L T A D O D O P E R Í O D O 61.959,46
A D I Ç Õ E S
Provisão para a CSLL 4.849,58
Multas Indedutíveis 72,85
Despesas Indedutíveis 747,80
T O T A L A D I Ç Õ E S 5.670,23
E X C L U S Õ E S
Recebimento de Dividendos 1.301,25
66.809,04
T O T A L E X C L U S Õ E S 1.301,25
COMPENSAÇÕES
Prejuízo Fiscal de 2000 12.444,20
LUCRO REAL
Curitiba, 31 de Dezembro de 2.005 53.884,24
José Salvador Saúde Roberto Pessoa
Responsável Contador CRC/PR 9999.99
1.31. Escrituração da Parte B
O registro de controle é efetuado na Parte B do Livro de Apuração do Lucro Real. Na Parte B do Livro de Apuração do Lucro Real, concomitantemente com os lançamentos de ajuste efetuados na Parte A do referido livro no encerramento de cada período de apuração, serão efetuados os controles dos valores que devam influenciar a determinação do lucro real de períodos de apuração subsequentes, utilizando-se uma folha para cada conta ou fato que requeira controle individualizado.
A coluna D/C do livro destina-se a indicar a natureza devedora (D) ou credora (C) do saldo apurado. Portanto, os saldos que devam ser adicionados ao lucro líquido de exercícios subsequentes terão letra D, e os que devam ser excluídos terão letra C.
1.31.1. Contas Suscetíveis de Controle
Os valores que devam influenciar a determinação do lucro real de período de apuração futuro e que não são controlados na escrituração comercial devem ser agrupados em contas distintas, segundo a sua natureza, tais como:
- prejuízos fiscais a compensar;
- depreciação acelerada incentivada;
- lucro inflacionário acumulado;
- provisões não dedutíveis;
- lucro não realizado decorrente de contrato a longo prazo com empresa pública, etc.;
- perdas excedentes aos ganhos auferidos no mercado de renda variável.
Os incentivos fiscais aproveitáveis em períodos subsequentes, passíveis de dedução do Imposto de Renda devido na Declaração de Ajuste, embora não constituam valores a serem excluídos do lucro líquido, deverão ser controlados na Parte B do Lalur.
1.31.2. Exemplo de Escrituração da Parte "B" do Lalur
	
PARTE B - CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRÃO AJUSTE DO LUCRO LIQUIDO EM EXERCÍCIOS FUTUROS FOLHA 26
CONTA : Conta: Prejuízo Fiscal Ano Calendário 2000
	
DATA
	
H I STÓRICO
	
Para efeitos de Correção Monetária
	
Controle de Valores
	
	
	
Mês de
Ref.
	
Valor a
Corrigir
	
Coeficiente
	
Débito
	
Crédito
	
Valor
Corrigido
	
D/C
	
31/12/2000
31/12/2005
	
Prejuízo Fiscal apurado no exercício
Prejuízo fiscal compensado no exercício
	
12/00
12/05
	
	
	
12.444.20
	
12.444,20
	
12.444,20
	
C D
1.32. COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS FISCAIS
A partir de 1.995 o lucro real de cada período-base poderá ser reduzido em função da compensação de prejuízos fiscais em, no máximo, 30%. A mesma limitação se aplica em relação à base de cálculo da CSLL.
As pessoas jurídicas poderão compensar os prejuízos fiscais apurados em períodos-base anteriores, observadas as normas pertinentes à compensação que as autorizam:
De acordo com o art. 42 da Lei n.º 8981/95, o lucro real de cada período-base (lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões previstas ou autorizadas pela legislação do Imposto de Renda) poderá ser reduzido em função da compensação de prejuízos fiscais em, no máximo, 30% (trinta por cento).
Exemplo:
Lucro Líquido do Período Base R$ 500.000,00
Adições
R$ 200.000,00
Exclusões
(R$100.000,00)
Lucro real antes da compensação de prejuízos fiscais R$ 600.000,00
Nesta hipótese, o limite máximo para a compensação de prejuízos de períodos-base anteriores é de
30% de R$ 600.000,00, ou seja, R$ 180.000,00 e, portanto,se o saldo de prejuízos fiscais a compensar:
- não ultrapassar R$180.000,00, poderá ser totalmente compensado; e
- se ultrapassar esse limite, o excedente não poderá ser compensado neste período-base, devendo permanecer registrado na conta de controle da parte B do LALUR, para ser compensado com o lucro real que vier a ser apurado nos períodos-base subsequentes, sempre respeitado o limite de 30%.
A parcela de prejuízos fiscais apurados até 31.12.94, que não for compensada em virtude dessa limitação, poderá ser compensada nos anos-calendário subsequentes, sem limite de prazo desde que nesta data fossem ainda passíveis de compensação, na forma da legislação então aplicável.
Nota: Não confundir com apuração do lucro real com base em balanço ou balancete de suspensão ou redução do imposto mensal, hipótese em que os prejuízos gerados no próprio ano-calendário em curso são, integral e automaticamente, compensados.
Se por ocasião da suspensão ou redução do imposto do período em curso houver aproveitamento de prejuízos fiscais do ano calendário anterior, deve-se respeitar a limitação de 30% do Lucro Real Acumulado.
1.33. DEDUÇÕES DO IRPJ / INCENTIVOS FISCAIS
A partir do ano-calendário de 1998 os incentivos fiscais de dedução do IR estão dispostos da seguinte forma:
PAT: reduzido para 4% do IRPJ normal (até 1997 o limite era 5%);
PDTI – PDTA: Programa de desenvolvimento tecnológico industrial ou agropecuário: foi reduzido para 4% do IRPJ normal (até 1997 estava limitado a 8%);
OPERAÇÕES DE CARÁTER CULTURAL E ARTÍSTICO: foi reduzido para 4% do IRPJ normal (até 1997 o limite era 5%);
ATIVIDADE AUDIOVISUAL: foi mantida a dedução de até 3% do IRPJ normal;
DOAÇÕES AOS CONSELHOS DOS DIREITOS DA CRIANÇA: foi mantida a dedução de até 1% do IRPJ
normal;
INCENTIVO AO DESPORTO: poderão ser deduzidos do imposto de renda devido, apurado em cada período de apuração, trimestral ou anual, pela pessoa jurídica tributada com base no lucro real os valores despendidos a título de patrocínio ou doação, no apoio direto a projetos desportivos e paradesportivos previamente aprovados pelo Ministério do Esporte. (limite de 1%)
PROGRAMA NACIONAL DE APOIO À ATENÇÃO ONCOLÓGICA – PRONON E PROGRAMA NACIONAL DE APOIO À ATENÇÃO DA SAÚDE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA. - PRONAS/PCD – até 4% do imposto
devido, observado o limite global de que trata o § 7o, e o disposto no § 4o do art. 3o da Lei no 9.249, de 26 de dezembro de 1995. (Medida Provisória nº 563/2012)
Limites de Dedução Global
Observado o limite específico de cada incentivo, deve ser respeitado ainda o limite global de 4%, com exceção ao incentivo ao Desporto que não é considerado neste limite.
Dedução do Imposto Devido
Os incentivos fiscais poderão ser deduzidos do IRPJ normal apurado durante o ano de acordo com a opção de tributação da pessoa jurídica:
(a)balanço trimestral; (b)regime da estimativa; ou, (c)balancetes de suspensão/redução.
1.33.1. Quadro Resumo dos Incentivos Fiscais
	INCENTIVO
FISCAL
	
CÁLCULO DO INCENTIVO
	
LIMITES
	
BASE LEGAL
	
	
	INDIVIDUAL
	GLOBAL
	
	
PAT
	15% da despesa líquida ou
15% de R$ 1,99 x nº refeições fornecidas, o que for menor
	
4%
	
4%
	
Arts. 504, I,
526, 540,
543 e 581 a
588 do
RIR/99
	
PDTI ou PDTA
	15% dos dispêndios com o
PDTI/PDTA incorridos no período
	
4%
	
	
	
OPERAÇÕES CULTURAIS
	Projetos aprovados com
base arts. 25 e 26 da Lei nº
8.383/91: 30% patrocínios e
40% das doações
	
4%
	
4%
	Arts. 475 a
489 e 543 do RIR/99; Decretos nºs
1.493 e
1.494/95; IN/SE – MinC/SRF nº
1/95; e Ins
SRF nºs
56/94 e
	
	Projetos aprovados com
base no art. 18 da Lei nº
8.383/91, com as alterações da MP nº 1.589/97 e edições posteriores da MP nº
1.739/98 e MP nº 1.871/99:
até 100% do somatório das
	
	
	
	
	doações e patrocínios
	
	
	62/95
	
ATIVIDADE AUDIOVISUAL
	Valores efetivamente
aplicados na aquisição primária de certificados de investimento em projetos aprovados Min. Cultura
	
3%
	
	
	
DOAÇÕES CONSELHO DOS DIREITOS DA CRIANÇA
	
Doações efetivamente realizados
	
1%
	
NÃO HÁ
	Arts. 543 e
591 do RIR/99; e IN SRF nº
86/94.
	
INCENTIVO
AO ESPORTE (DESPORTO)
	Projetos desportivos e
paradesportivos
previamente aprovados pelo
Ministério do Esporte
	
1%
	
NÃO HÁ
	Art. 1º da Lei
11.438/2006; Decreto nº
6.180/2007
	
FUNDO NACIONAL DO IDOSO
	
Dedução do Imposto de Renda devido, em cada período de apuração, do total das doações feitas aos Fundos Nacional, Estaduais ou Municipais do Idoso devidamente comprovadas.
	
1%
	somado
àquele relativo às doações aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente, não poderá ultrapassar
1% do imposto devido.
	
Art. 1º da Lei nº
12.213/2010
	
PROGRAMA EMPRESA CIDADÃ –
	
Dedução do imposto de renda em relação à prorrogação da licença- maternidade.
	total da
remuneração da empregada
pago no período de prorrogação de sua licença- maternidade, vedada a dedução
como
	
	
Instrução Normativa RFB nº 991, de 21 de janeiro de
2010.
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3
28
	
	
	despesa
operacional.
	
	
	
PRONON E - PRONAS/PCD
	
Programa nacional de apoio à atenção oncológica.
Programa nacional de apoio à atenção da saúde da pessoa com deficiência.
	cinquenta
por cento das doações e quarenta por cento dos patrocínios, vedada a dedução
como despesa operacional.
	
4%
	
Lei nº
12.715/2012.
2. LUCRO PRESUMIDO
Embora não seja a forma mais adequada sob o ponto de vista econômico, pois se baseia em mera presunção de lucro, a tributação pelo Imposto de Renda segundo as regras do lucro presumido é, na verdade, bastante prática e simplificada, o que tem despertado o interesse de um número cada vez maior de empresas, principalmente daquelas impedidas de optar pelo Simples.
2.1. EMPRESAS IMPEDIDAS AO LUCRO PRESUMIDO
Empresas impedidas de optar pelo lucro presumido por serem obrigadas à apuração do lucro real: (art. 246 do RIR/99)
a) cuja receita total, no ano-calendário anterior, seja acima de R$ 48.000.000,00; (R$
78.000.000,00 a partir de 2014, conforme dispõe o art. 7º da Lei 10.814/2013)
b) instituições financeiras, empresas de seguros privados, de capitalização, de previdência privada e equiparadas;
c) que tenham lucros ou rendimentos oriundos do exterior;
d) que gozem de benefícios fiscais de isenção/redução do imposto de renda;
e) que no decorrer do ano tenham efetuado a suspensão ou redução do imposto;
29
f) empresas de fomento mercantil – “Factoring”.
g) que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio. (Incluído pela Medida Provisória nº 472, de 2009, convertida na Lei nº 12.249/2010)
2.2. APURAÇÃO TRIMESTRAL
A partir de 1997, o Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas passou a ser determinado trimestralmente, com base no lucro real, presumido ou arbitrado apurado em períodos de apuração encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano (art. 1º da Lei nº 9.430/96), ressalvada a alternativade apuração com base na estimativa mensal para
empresas sujeitas a apuração do lucro real anual.
32
1º Trimestre
Janeiro /Fevereiro /Março
Período de Apuração: 31 de março
2º Trimestre
Abril/ Maio/ Junho
Período de Apuração: 30 de junho
3º Trimestre
Julho/ Agosto/ Setembro
Período de Apuração: 30 de setembro
4º Trimestre
Outubro/Novembro/Dezembro
Período de Apuração: 31 de dezembro
2.3. FORMALIZAÇÃO DA OPÇÃO
Podem optar pelo lucro presumido todas as pessoas jurídicas não obrigadas a apuração do Imposto com base no lucro real.
A opção pela tributação com base no lucro presumido será manifestada com o pagamento da primeira ou única quota do imposto devido correspondente ao primeiro período de apuração de cada ano-calendário e será aplicada em relação a todo o período de atividade da empresa em cada ano-calendário (art. 26 da Lei nº 9.430/96).
Assim, considera-se formalizada a opção mediante a indicação, no campo 04 do DARF, do código de receita próprio do imposto apurado nesse regime de tributação (2089).
Portanto, em relação ao ano-calendário de 2001, a opção será manifestada com o pagamento da primeira quota ou quota única do imposto apurado no primeiro trimestre cujo vencimento se deu em 30/04/2001.
A pessoa jurídica que iniciar atividade a partir do segundo trimestre manifestará a opção pelo lucro presumido com o pagamento da primeira quota ou quota única do imposto devido relativo ao período de apuração de início de atividade (art. 26, § 2º da Lei nº 9.430/96).
Não impede o exercício da opção pela tributação com base no lucro presumido o fato de a empresa não ter efetuado o pagamento nos prazos legais ou ter pago com insuficiência. Ocorrida este hipótese, o débito deverá ser pago com os acréscimos legais cabíveis.
2.3.1. Opção definitiva a partir de 1999
Até 31.12.1998 era admitido que a pessoa jurídica alterasse sua opção, de lucro presumido para lucro real, em relação ao mesmo ano-calendário (Lei nº 9.430/96, art. 26, §§ 3º e 4º).
Todavia, de acordo com o § 1º do art. 13 da Lei nº 9.718/98, incorporado ao § 1º do art. 516 do RIR/99, a partir do ano-calendário de 1999 a opção pela tributação com base no lucro presumido passa a ser definitiva em relação a todo o ano-calendário.
2.4. BASE DE CÁLCULO
O lucro presumido será apurado, trimestralmente, pela soma das seguintes parcelas (arts. 25, 51 e
53 da Lei nº 9.430/96):
1. o valor resultante da aplicação dos percentuais de presunção indicados no quadro a seguir, sobre a receita bruta da atividade auferida em cada trimestre; e
2. demais receitas e ganhos de capital e outros acréscimos á base de cálculo.
2.5. DETERMINAÇÃO DO LUCRO PRESUMIDO
2.5.1. Conceito de Receita Bruta
A receita bruta sobre o qual se aplicam os percentuais de presunção compreende o produto da venda de bens (mercadorias ou produtos) nas operações por conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta alheia (por exemplo: comissões), observando-se que (Art. 5º da IN SRF 93/97 e Art. 224 e 519 do RIR/99):
a) não se incluem na receita bruta:
a.1) o IPI (se a empresa for contribuinte deste imposto) cobrado destacadamente do comprador, do qual o vendedor dos bens é mero depositário;
a.2) o ICMS por substituição tributária, cobrado pelo contribuinte substituto que figura como mero depositário do imposto cobrado antecipadamente;
a.3) as contribuições ao PIS/PASEP e COFINS cobradas, pelo contribuinte substituto que figura como mero depositário do imposto cobrado antecipadamente;
b) devem ser excluídos da receita bruta:
b.1) as vendas canceladas (devoluções); e
b.2) os descontos incondicionais concedidos (que consta da NF e não depende de evento futuro);
2.6. Adoção do Regime de Caixa
Alternativamente ao regime de competência, é admitido que, para efeito de determinação do lucro presumido, a receita de venda de bens ou direitos ou de prestação de serviços com recebimento a prazo ou em parcelas seja reconhecia segundo o regime de caixa, ou seja, somente no mês do efetivo recebimento, desde que observadas as seguintes regras (IN SRF nº 104/98):
a) que escriture apenas o livro Caixa: deve emitir a nota fiscal por ocasião da entrega do bem ou direito ou da conclusão do serviço e indicar, no livro Caixa, em registro individual, a nota fiscal a que corresponder cada recebimento;
b) pessoa jurídica que mantenha escrituração contábil: deverá controlar os recebimentos de suas receitas em conta específica e indicar nessa conta, em cada lançamento, a nota fiscal a que corresponder o recebimento.
2.7. PERCENTUAIS DE PRESUNÇÃO APLICÁVEIS SOBRE A RECEITA BRUTA DA ATIVIDADE
	
ATIVIDADE GERADORA DA RECEITA
	
PERCENTUAL
	
· Revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural
	
1,6%
	
· Venda de mercadorias e produtos (exceto revenda de combustível para consumo), seja indústria ou revenda
· Transporte de cargas
·	Serviços hospitalares, auxílio diagnóstico e terapia, patologia clínica, imagenologia, anatomia patológica e citopatologia, medicina nuclear e análises e patologias clínicas, desde que a prestadora destes serviços seja organizada sob a forma de sociedade empresária e atenda às normas da Agência
	
8,0%
	Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA.
· Atividade Rural
· Atividades Imobiliárias (incorporação e loteamento)
· Construção por empreitada, quando houver fornecimento de todo material indispensável à execução da obra (ADN COSIT
06/97, derrogado pela IN SRF n. 539/2005)
· Outras atividades (exceto prestação de serviços para a qual não esteja previsto percentual específico)
	
	
· Serviços de transporte (exceto o de cargas)
·	Serviços (exceto hospitalares, de transporte e de sociedades civis de profissão regulamentada) prestados com exclusividade por empresas com receita bruta anual não superior a R$ 120.000,00
	
16%
	
· Serviços em geral, para os quais não esteja previsto percentual específico, inclusive prestados por sociedades civis de profissões regulamentadas
· Intermediação de negócios, inclusive representação comercial e corretagem (se Seguros, imóveis, etc.)
· Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza
· Construção por empreitada, quando houver emprego unicamente de mão-de-obra, ou seja, sem o emprego de materiais
	
32%
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2.8. Percentual reduzido de apuração do lucro presumido
	
Regra prática para verificar quando pode reduzir o percentual de 32% para 16%
(quando não há um percentual específico)
	
1ª Condição
	
Não ser profissão regulamentada
	
2ª Condição
	
Ser exclusivamente prestação de serviços
	
3ª Condição
	
Receita Bruta até R$ 120.000,00
2.9. Prestadoras de Serviço com Receita Bruta Anual de até R$ 120.000,00
As empresas exclusivamente prestadoras de serviços em geral, que não sejam de profissão regulamentada e cuja receita bruta não exceder a R$120.000,00, poderão utilizar, para determinação da base de cálculo do imposto, o percentual de 16% (Art.36 da IN SRF Nº 93/97 e Art.
519 do RIR/99).
Diferença de Imposto: a empresa ficará sujeita ao pagamento da diferença do imposto, apurada em relação a cada trimestre transcorrido, quando houver utilizado o percentualde 16% e a receita bruta acumulada ano-calendário exceder o limite de R$ 120.000,00. A diferença de imposto deverá ser paga até o último dia útil do mês subsequente ao trimestre em que ocorrer o excesso.
Exemplo:
	
Ano de 2009
	
Receita Bruta – R$
	
Receita Acumulada
	
Percentual
	
1º Trimestre
	
90.000,00
	
90.000,00
	
16%
	
2º Trimestre
	
110.000,00
	
200.000,00
	
32%
No primeiro trimestre de 2009, a empresa utilizou o percentual de 16% sobre o valor da receita bruta acumulada de R$ 90.000,00 para determinar o valor do imposto. A partir do 2º trimestre de
2001, passou a utilizar o percentual de 32%, tendo em vista que o valor acumulado ultrapassou o
limite de R$ 120.000,00.
39
Nesta hipótese a empresa deverá recolher a diferença de imposto utilizando o percentual de 16%
sobre o valor da receita bruta do 1º trimestre de 2009. A diferença calculada na forma abaixo deverá ser recolhida até o último dia do mês de julho de 2009, sem qualquer acréscimo legal.
	
Cálculo da Diferença de Imposto
	
1º Trimestre
	
Valores - R$
	
%
	
Base de Cálculo do IR
	
Base de Cálculo
	
90.000,00
	
16
	
14.400,00
	
Diferença de Imposto Devida: R$ 14.400,00 x 15% = R$ 2.160,00
2.10. Atividades Imobiliárias
As pessoas jurídicas que explorem atividades imobiliárias relativas a loteamento de terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à venda deverão considerar como receita bruta o montante efetivamente recebido, relativo às unidades imobiliárias vendidas.
O lucro presumido será calculado aplicando-se o percentual de 8% sobre o valor das receitas recebidas (§ 7º do art. 3º e inciso I do art. 5º da IN SRF nº 93/97).
2.11. Comercialização de Veículos Usados
A pessoa jurídica que tenha como objeto social, declarado em seus atos constitutivos, a compra e venda de veículos automotores deverá observar que, nas operações de venda de veículos usados, o valor a ser computado na determinação da base de cálculo será apurado segundo o regime aplicável às operações de consignação. (art. 5º da Lei nº. 9.716 de 1998)
Assim, na determinação da base de cálculo, será computada a diferença entre o valor pelo qual o veículo usado houver sido alienado, constante da nota fiscal de venda, e o seu custo de aquisição constante da nota fiscal de entrada (IN SRF nº 152/98).
Exemplo:
Receita da venda de veículos no trimestre R$ 300.000,00
(-) Valor total pago pelos veículos vendidos no trimestre R$ 200.000,00 - (=) Receita auferida (equiparada à consignação) R$ 100.000,00
Se for somente esta a receita auferida no trimestre, o lucro presumido será assim determinado:
	Faturamento bruto – Cancelamentos
	
	100.000,00
	
	
	
	Lucro Presumido %
	32%
	32.000,00
	
	
	
	Mais
	
	
	Receitas Financeiras Bruta
	0,00
	
	Aluguéis recebidos
	0,00
	
	Variação monetária ativa
	0,00
	
	Juros recebidos de clientes
	0,00
	
	Descontos Obtidos
	0,00
	
	Juros s/ PL recebidos
	0,00
	
	Variação cambial Ativa
	0,00
	
	Ganho de Capital
	0,00
	
	Outras receitas eventuais
	0,00
	
	
	
	
	(=)
	
	32.000,00
	
	
	
	IRPJ 15%
	
	4.800,00
	AIR 10% excedente R$ 20.000,00 mês R$
60.000,00 trimestre R$ 240.000,00 anual
	xxxxxxxx
	
OBS: esta atividade (venda de veículos usados, por ser equiparado à consignação) poderá utilizar percentual reduzido em 16% até R$ 120.000,00 no ano-calendário.
2.11.1. Obrigações Acessórias – documentos hábeis
A compra desses veículos será documentada mediante Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A , emitida pelo alienante, se este for obrigado a sua emissão.
Quando o alienante for pessoa física ou pessoa jurídica não obrigada a emissão de nota fiscal, esta será emitida pelo adquirente.
Na posterior revenda, deverá ser emitida Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A pelo alienante.
2.12. DEMAIS RECEITAS E GANHOS DE CAPITAL E OUTROS ACRÉSCIMOS À BASE DE CÁLCULO
Deverá ser adicionado ao lucro presumido (Art.521 do RIR/99 e Art.36 da IN SRF nº 93/97):
a) os ganhos de capital auferidos na venda de ativos, que correspondem à diferença positiva verificada no trimestre entre o valor da alienação e o respectivo valor contábil do bem, corrigido monetariamente até 31.12.95, diminuído dos encargos de depreciação, amortização ou exclusão;
b) os rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa e os ganhos líquidos de aplicações financeiras de renda variável, quando do resgate, cessão ou alienação do título; (IN RFB n.
1.022/2010)
c) demais receitas ou resultados, tais como:
c.1) variações monetárias ativas, descontos financeiros obtidos e juros ativos (não decorrentes de aplicações financeiras);
c.2) juros equivalentes à taxa SELIC relativos a tributos a recuperar;
c.3) os juros sobre o capital próprio que houverem sido pagos ou creditados por outra pessoa jurídica da qual a empresa seja sócia;
c.4) rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre pessoas jurídicas controladas, controladoras, coligadas ou interligadas;
c.5) receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da pessoa jurídica;
c.6) multa ou qualquer outra vantagem paga ou creditada por pessoa jurídica, ainda que a título de indenização, em virtude de rescisão de contrato;
c.7) valores recuperados correspondentes a custos e despesas, inclusive com perdas no recebimento de créditos (exceto se comprovar não os ter deduzido em período anterior);
c.8) ganhos auferidos em operações de cobertura (hedge) realizadas em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão.
2.13. OUTROS VALORES QUE DEVEM SER ACRESCIDOS À BASE DE CÁLCULO
A pessoa jurídica que, até o ano-calendário anterior, houver sido tributada com base no lucro real deverá adicionar, também, à base de calculo do imposto correspondente ao primeiro período de apuração no qual houver optado pelo lucro presumido, os saldos dos valores cuja tributação havia sido diferida e controlados na parte B do LALUR (art. 54 da Lei nº 9.430/96 e Art. 520 do RIR/99), tais como:
a) lucro inflacionário a tributar;
b) lucro não realizado decorrente de contratos com entidades governamentais;
c) lucro não realizado relativo a vendas de bens do ativo permanente com recebimento do preço em prazo que ultrapassa o ano-calendário seguinte ao da contratação.
2.14. CÁLCULO DO IMPOSTO E ADICIONAL
2.14.1. Alíquota
O imposto trimestral devido deve ser calculado, em reais, mediante aplicação da alíquota de 15%
sobre a base de cálculo (Art. 541 do RIR/99).
O adicional incide sobre a parcela do lucro presumido trimestral excedente a R$ 60.000,00, mediante aplicação da alíquota de 10% (Art. 542 do RIR/99).
2.15. Deduções do Imposto
A pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido pode deduzir do imposto apurado em cada trimestre (Art. 526 do RIR/99):
a) o Imposto de Renda Retido da Fonte, ou pago pela própria empresa, conforme o caso, sobre receitas computadas na determinação da base de cálculo, pagas ou creditadas à empresa por pessoas jurídicas a título de:
a.1) remuneração pela prestação de serviços profissionais;
a.2) remuneração pela prestação de serviços de limpeza e conservação, vigilância e locação de mão-de-obra;
a.3) comissões e corretagens, etc.;
a.4) remuneração de serviços de propaganda e publicidade;
a.5) rendimentos de aplicações financeiras;
a.6) importâncias recebidas de entidades da administração pública federal;
a.7) juros remuneratórios do capital próprio;
a.8) outras remunerações sujeitas ao IRRF.
b) o saldo de imposto pago indevidamente ou a maior em períodos anteriores, que ainda não tenham sido objeto de compensação.
2.16. Impossibilidade de Dedução de Incentivos Fiscais
A partir de 1º.01.1998 deixou

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