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Lucro Presumido, Arbitrado e lucro real

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Lucro Presumido 
O lucro presumido e a modalidade de tributação simplificada sobre as receitas, pode ser adotada pelas empresas que não estiverem obrigadas ao lucro real, ele permitir que a Receita Federal determine a base de cálculo desses impostos apenas com base nas receitas apuradas pelas empresas, é usado no cálculo do IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido). Somete pessoa jurídica com com receita total no ano anterior menor a R$ 78 milhões e limite mensal de R$ 6,5 milhões podem optar pelo lucro presumido.
Apuração
Para o cálculo de todos os tributos e preciso Conhecer o seu faturamento no período de apuração (trimestre), Identificar qual é a margem de lucro presumida – conforme as tabelas que vimos anteriormente, Aplicar a margem de lucro presumida sobre o faturamento e Calcular o tributo devido de acordo com a alíquota prevista na legislação. 
IRPJ:
Para calcular o IRPJ com o Lucro presumido é utilizada a: 15% sobre o lucro presumido e 10% para lucro presumido superior a R$ 20.000 / mês (Lei 9.249/1995, art. 3º).
Se após calcular o Lucro Presumido do período o valor apurado for de R$30.000,00, o cálculo deve ser o seguinte:
· R$30.000 * 15% = R$4.500,00
· R$10.000 * 10% = R$1.000,00
· Total do IRPJ = R$5.500,00
CSLL:
Para calcular a CSLL é aplicada então uma alíquota de 9% sobre o lucro presumido para maioria dos casos. Portanto, uma empresa que teve um lucro presumido de R$30.000,00 deve recolher R$2.700,00 (R$30.000 * 9%).
PIS/COFINS:
o PIS e COFINS são calculados utilizando o faturamento mensal como base de cálculo – aplicando as alíquotas que vimos no capítulo anterior. o cálculo desses tributos para uma empresa que teve o faturamento mensal de R$100.000,00 e R$40.000,00 de despesas passíveis de crédito.
PIS/COFINS cumulativo
· PIS = R$100.000 * 0,65% = R$650,00
· COFINS = R$100.000 * 3% = R$3.000,00
PIS/COFINS não cumulativo
Cálculo do PIS:
· PIS = R$100.000 * 1,65% = R$1.650,00
· Crédito de PIS = R$40.000 * 1,65% = R$660,00
· Total = R$1650,00 – R$660,00 = R$990,00
Cálculo do COFINS:
· COFINS = R$100.000 * 7,6% = R$7.600,00
· Crédito de COFINS = R$40.000 * 7,6% = R$3.040,00
· Total = R$7.600 – R$ 3040 = R$4.560,00
ISS ou ICMS:
Para as empresas que trabalham com prestação de serviço, é necessário então fazer o recolhimento do ISS. A alíquota deve ser consultada na prefeitura do município – variando entre 2% e 5% de acordo com o tipo de serviço prestado.
A alíquota é aplicada então sobre o faturamento bruto mensal da empresa. Portanto, uma empresa que faturou R$100.000 e presta um serviço tributado com 5% de ISS precisa recolher R$5.000,00.
Já as demais empresas devem recolher o ICMS sobre as vendas dos seus produtos. O cálculo é bem simples: basta aplicar o valor da mercadoria pela alíquota vigente. Entretanto, é preciso ter atenção com todas as regras desse tributo – como o sistema de crédito e substituição tributária.
Exercício
1. Ao estabelecermos as alíquotas para cada tipo de atividade, podemos chegar às bases de cálculo dos impostos federais que deverão ser recolhidos trimestralmente. Assim, se em um trimestre a receita acumulada de uma companhia que presta serviços na área contábil for de R$ 500 mil, seu lucro presumido será R$ 160 mil (32%). Então, sobre esse valor deverão incidir os impostos federais, como IRPJ e CSLL.
Receita trimestral: R$ 500.000,00
IRPJ
500.000 x 32% = 160.000 → Lucro Presumido IR
160.000 x 15% = R$ 24.000 → IRPJ a ser recolhido no trimestre
Adicional IRPJ
500.000 x 0,32 = 160.000 → Lucro Presumido IR adicional
(160.000 – 60.000) x 10% = 10.000 → IRPJ adicional a ser recolhido no trimestre
CSLL
500.000 x 32% = 160.000 → Lucro Presumido CSLL
160.000 x 9% = 14.400 → CSLL a ser recolhida no trimestre
PIS/Cofins
500.000 x 0,65% = 3.250 → PIS a ser recolhido no trimestre
500.000 x 3% = 15.000 → Cofins a ser recolhido no trimestre
ISS
500.000 x 5% = 25.000 → ISS a ser recolhido no trimestre
Resumo Tributos
Faturamento trimestre
R$ 500.000,00
	Impostos
	Alíquota
	(%) s/ faturamento
	Valor trimestre (R$)
	IR
	15,00%
	4,80%
	24.000
	Adicional IR *
	10%
	1,49%
	10.000
	CSLL
	9,00%
	2,88%
	14.400
	PIS
	0,65%
	0,65%
	3.250
	COFINS
	3,00%
	3,00%
	15.000
	ISS
	5%
	5%
	25.000
	Total
	
	18,33%
	91.650
Lucro Arbitrado
E aplicável pela autoridade tributaria quando a pessoa jurídica deixa de cumprir as obrigações assessoriais relativa à determinação do lucro real ou presumido, conforme o caso. Por exemplo: quando o contribuinte optante pelo lucro real não tem o livro real ou razão, quando deixa de escriturar o livro inventario, etc. 
O arbitramento de lucro e uma forma de apuração da base de calculo do imposto de renda utilizada pela autoridade tributaria (Fisco) ou pelo contribuinte. 
Quando conhecida a receita bruta, e, desde que ocorrida qualquer das hipóteses de arbitramento previstas na legislação fiscal, o contribuinte poderá efetuar o pagamento do imposto de renda correspondente com a base nas regras do lucro arbitrado.
Período de Aplicação
 A partir de 01/01/1997, a tributação com base de lucro arbitrário ocorrera trimestralmente, em períodos de apuração encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário.
A partir de 01/01/1995, ocorrida qualquer das hipóteses que ensejam o arbitramento de lucro, prevista na legislação fiscal, poderá o arbitramento:
I) Ser aplicado pela autoridade fiscal, em qualquer um dos casos previsto na legislação do imposto de renda (RIR/99, artigo 530).
II) Ser adotado pelo próprio contribuinte, quando conhecida a sua receita bruta (RIR/99, artigo 531).
Apuração
Os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações, as variações monetárias ativas, as demais receitas e todos os resultados positivos obtidos pela pessoa jurídica, inclusive os juros recebidos como remuneração do capital próprio, os descontos financeiros obtidos, os juros ativos não decorrente de aplicações e do demais resultados positivos decorrentes de receitas, entra nos percentuais as que não são as atividades principais da operação a incidência e direta ao calculo do imposto de renda.
Também deverão ser incluído os valores recuperados, correspondentes a custos e despesas, inclusive com perdas no recebimento de créditos, deverão ser adicionados ao lucro arbitrado para determinação do imposto devido, salvo se o contribuinte comprovar não os ter deduzido em período anterior no qual tenha se submetido ao regime de tributação com base no lucro real ou que se refiram a período ao qual tenha se submetido ao regime de tributação com base no lucro presumido ou arbitrado (Lei nº 9.430, de 1996, art. 53).
Para o imposto de renda são aplicados os mesmos percentuais sobre a receita bruta, quando conhecida, de forma igual ao que acontece quando o Lucro Presumido é o regime adotado, mas com o acréscimo de 20%.
Ex:
Lucro Presumido - Serviços hospitalares, de auxílio diagnóstico e terapia (8%)
Lucro Arbitrado - Serviços hospitalares, de auxílio diagnóstico e terapia (9,6%)
(20% de 8 = 1.6 – 1,6 + 8 = 9,6)
Exercício
1. A empresa XPTO, revendedora de produtos eletroeletrônicos, não optou voluntariamente por nenhum dos regimes de tributação do imposto de renda da contribuição social. Certo dia a fiscalização visitou sua empresa e arbitrou o lucro. Considerando uma receita bruta anual de R$ 1.000.000,00, calcule o lucro arbitrado e o imposto de renda, e adicional se for o caso, e a contribuição social devidos.
R:
IR – 1.000.000,00 * 9,6% = 96.000,00
96.000,00 * 15% = 14.400,00
CS - 1.000.000,00 * 12% = 120.000,00
120.000,00 * 9% = 10.800,00
Casos Polêmicos
O arbitramento do lucro pelo próprio sujeito passivo: o autoarbitramento. O cabimento ou não do arbitramento do lucro nos casos limítrofes entre o aproveitamento e a desclassificação da escrita comercial e fiscal do contribuinte, e se o valor do lucro apurado pelo método do arbitramento constitui limite a tributação pelo lucro real. Por último, o impropriamente denominado arbitramento “condicional”.	
Lucro Real
É um regime detributação no qual o cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) é feito com base no lucro real da empresa, receitas menos despesas, com ajustes previstos em lei. O IRPJ quanto a CSLL são tributos sobre o lucro, diferentemente dos tributos sobre o faturamento (como PIS e Cofins) e dos tributos sobre consumo (como ICMS, IPI e ISS).
Apuração
As alíquotas no regime do Lucro Real são calculadas com base no efetivo lucro obtido pela empresa. O cálculo do lucro é feito pela seguinte fórmula: Receitas – Despesas = Lucro Real. Pode ser calculado anual ou trimestral.
Alíquotas:
· Alíquota 15 ou 25% IRPF sobre faturamento;
· Alíquota 9% CSLL sobre faturamento.
Obrigações do Lucro Real:
· Faturamento acima de R$ 78 milhões ao ano, ou qualquer empresa que desejar;
· Possibilidade crédito de Icms, e IPI (quando for o caso), Pis e Cofins;
· Tem que enviar SPED Icms-IPI, Pis-Cofins Contábil; ECD; e-Social, entre outros.
Prejuízo fiscal vs. Prejuízo Contábil
Prejuízo Fiscal é aquele decorrente do resultado negativo da base de cálculo do lucro real, na apuração do IRPJ e da CSLL. O prejuízo fiscal compensável é aquele apurado no Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR. Entretanto, a compensação de tais prejuízos é limitada a 30% do lucro real antes da compensação.
O prejuízo contábil origina-se na contabilidade, quando as receitas de determinado exercício são superadas pelas despesas e custos (sob o regime de competência), sendo sua compensação efetuada com reservas existentes ou com lucros contábeis futuros. De acordo com os artigos 167 e 189 da Lei 6.404/76, o prejuízo contábil apurado no exercício será, obrigatoriamente, absorvido pelos lucros acumulados, pelas reservas de lucros, reserva legal e pela reserva de capital, nessa ordem.
Qual a diferença de prejuízo fiscal e prejuízo contábil?
Diferentemente do prejuízo contábil, o prejuízo fiscal tem sua origem na determinação do lucro real, partindo-se do resultado do exercício, positivo ou negativo, são efetuados os ajustes de adição e exclusão na parte A do Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR, conforme determinação da legislação do Imposto.
Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR): adições, exclusões e compensações; Parte A e Parte B
O LALUR - Livro de Apuração do Lucro Real, é um livro fiscal, sendo obrigatório somente para as empresas tributadas pelo Imposto de Renda na modalidade Lucro Real, conforme previsão contida no Regulamento do Imposto de Renda.
Sua função é ajustar os demonstrativos contábeis à declaração do Imposto de Renda com adições e exclusões ao lucro líquido do período-base, apurando-se a base de cálculo do Imposto de Renda devido e controle de valores que devam influenciar a determinação do Lucro Real de períodos-base futuros e que não constem da escrituração comercial.
LALUR – ADIÇÕES E EXCLUSÕES:
Na determinação do lucro real, serão adicionados ao lucro líquido do período de apuração (Decreto-lei 1.598/77, art. 6, § 2):
I – os custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quaisquer outros valores deduzidos na apuração do lucro líquido que, de acordo com o Regulamento, não sejam dedutíveis na determinação do lucro real;
II – os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com o Regulamento, devam ser computados na determinação do lucro real.
A determinação da base real exige demonstrações financeiras, ajustando-se o lucro líquido apurado no Demonstrativo de Resultados, após a CSLL e antes do IR, pelas adições, exclusões e compensações previstas na legislação.
EXCLUSÕES E COMPENSAÇÕES DE PREJUÍZOS:
I – os valores cuja dedução seja autorizada pelo Regulamento e que não tenham sido computados na apuração do lucro líquido do período de apuração;
II – os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com o Regulamento, não sejam computados no lucro real;
III – o prejuízo fiscal apurado em períodos de apuração anteriores, limitado a 30% (trinta por cento) do lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões previstas no Regulamento, desde que a pessoa jurídica mantenha os livros e documentos, exigidos pela legislação fiscal, comprobatórios do prejuízo fiscal utilizado para compensação (Lei 9.065/95, art. 15 e parágrafo único).
AS ADIÇÕES NA PARTE "A" DO LALUR
As adições, fundamentalmente, são representadas por despesas contabilizadas e indedutíveis para a apuração do Lucro Real, como multas indedutíveis, doações, brindes, etc.
Assim, uma empresa que apurou um lucro contábil de R$ 100.000,00, mas contabilizou despesas não aceitas como redutoras para fins fiscais, de R$ 20.000,00, deverá ajustar o lucro contábil, via Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR), uma vez que este lucro não pode e não deve ser alterado contabilmente.
Desta forma procede-se a adição ao lucro contábil de R$ 20.000,00, na Parte "A" do LALUR, o que produz, na prática, um efeito de anulação da despesa contabilizada. Este ajuste mantém o lucro contábil em R$ 100.000,00, porém, para fins fiscais o aumentará para R$ 120.000,00, valor equivalente ao que representaria o lucro contábil, caso não tivessem sido contabilizadas as despesas não dedutíveis.
PARTE "A" - é a parte onde irão discriminados os ajustes, por data, ao Lucro Real, como: despesas indedutíveis, valores excluídos, e a respectiva Demonstração do Lucro Real.
Ex:
Nos casos de redução/suspensão mensal do lucro real através de balanços/balancetes, a parte A do Lalur deve ser preenchida mensalmente. A parte B do Lalur deve ser preenchida apenas no último mês do ano.
PARTE "B" - incluem-se os valores que afetarão o Lucro Real de períodos-base futuros, como, por exemplo: Prejuízos a Compensar, Depreciação Acelerada Incentivada, Lucro Inflacionário Acumulado até 31.12.1995, etc.
Ex:
Os campos com asterisco (*) não são mais preenchidos a partir de 31.12.1995, data da extinção da correção monetária.
Os valores controlados na parte "B" do Livro de Apuração do Lucro Real, existentes em 31 de dezembro de 1995, somente serão atualizados monetariamente até essa data, observada a legislação então vigente, ainda que venham a ser adicionados, excluídos ou compensados em períodos de apuração posteriores (Lei 9.249/1995, art. 6).
Conceito de despesa dedutível
Nos casos em que o contribuinte se deparar com a falta de legislação que mencione com exatidão a dedução de uma possível despesa, logo deverá se voltar à menção contida no art. 299 do RIR/99, nos casos em que a operação analisada satisfaça o referido conceito, poderá então considerar como dedutível.
· São operacionais as despesas não computadas nos custos, necessárias à atividade da empresa e à manutenção da respectiva fonte produtora (Lei nº 4.506, de 1964, art. 47).
· São necessárias as despesas pagas ou incorridas para a realização das transações ou operações exigidas pela atividade da empresa.
· As despesas operacionais admitidas são as usuais ou normais no tipo de transações, operações ou atividades da empresa.
· Aplicam-se aos custos e despesas operacionais as disposições sobre dedutibilidade de rendimentos pagos a terceiros (Lei nº 4.506, de 1964, art. 45, § 2º).
Receitas não tributáveis e Despesas não dedutíveis
São despesas não dedutíveis no lucro real, as contraprestações de arrendamento mercantil e do aluguel de bens móveis ou imóveis, exceto quando intrinsecamente relacionados com a produção ou comercialização dos bens e serviços; as despesas de depreciação, amortização, reparo, manutenção, conservação, impostos, taxas, seguros e quaisquer outros gastos com bens móveis e imóveis, exceto os essenciais à produção ou comercialização de bens e serviços. A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) é considerada uma das despesas não dedutíveis do lucro real.
Receitas não tributáveis:
· Resultado Credor da Equivalência Patrimonial, art. 389.
· Lucros e Dividendos recebidos, tributados nas pessoas jurídicas que o distribuíram,art. 379.
· Ganho de Capital obtido nas operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária, art. 423.
· Acréscimo do valor de patrimônio líquido de investimento, decorrente de ganho de capital por variação na percentagem de participação no capital social de controlada ou coligada, art. 428.
· Capital das apólices de seguros ou pecúlio em favor da empresa, pago por morte do sócio segurado, art. 445.
PCLD: Perdas sem garantia de valor; Perdas com garantia de valor; outras perdas
PCLD serve como uma previsão para futuras perdas, como quando um negócio vende a prazo, o PCLD também é uma importante ferramenta para calcular o patrimônio líquido. Além disso, as perdas podem ser deduzidas como despesas. Um negócio pode usar os valores não pagos por clientes para dedução de Imposto de Renda. Isso porque o Art. 9º que regula o IR possibilita que as perdas de pessoas jurídicas sejam descontadas.
As deduções precisam obedecer pelo menos um dos três critérios estabelecidos pela regulamentação do Imposto de Renda:
· Perda de até 5 mil reais, vencidas há pelo menos 6 meses.
· Perdas com valor superior a 5 mil reais e até 30 mil reais. Os valores precisam estar vencidos há pelo menos um ano.
· Valores maiores que de 30 mil reais e vencidos há mais de um ano. Neste caso, é necessário que se tenha começado uma cobrança judicial.
Perdas sem garantia de valor:
· até R$ 15 mil, por operação, vencidos há mais de seis meses, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento (até dia 7/10/2014 — antes da edição da Medida Provisória 656/2014, convertida na Lei 13.097/2015 — esse limite era de R$ 5 mil).
· acima de R$ 15 mil, até R$ 100 mil, por operação, vencidos há mais de um ano, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento, porém, mantida a cobrança administrativa (o intervalo de valor vigente até o dia 7/10/2014 era acima de R$ 5 mil a R$ 30 mil).
· superior a R$ 100 mil, por operação, vencidos há mais de um ano, desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento (até 7/10/2014 esse rito era aplicado para créditos superiores a R$ 30 mil).
Perdas com garantia de valor, vencidos há mais de dois anos:
· até R$ 50 mil, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento ou o arresto das garantias.
· superior a R$ 50 mil, desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento ou o arresto das garantias.
Recolhimento por Estimativa
A pessoa jurídica sujeita à tributação com base no Lucro Real poderá optar pelo pagamento do imposto e adicional, em cada mês, determinados sobre base de cálculo estimada (Lei 9.430/96, art. 2). A opção será manifestada com o pagamento do imposto correspondente ao mês de janeiro ou de início de atividade. Na opção de Estimativa, o pagamento do IRPJ pode ser suspenso ou reduzido, desde que a empresa comprove, através de balancetes mensais, que o saldo do IRPJ a recolher é menor que o calculado por Estimativa sobre a receita.
Ex:
Uma empresa apurou, no balancete do período de 01.01.2005 a 30.04.2005, que o Lucro Real é de R$ 20.000,00. Desta forma, deverá recolher R$ 20.000,00 x 15% = R$ 3.000,00 de IRPJ. Entretanto, nos meses de fevereiro a abril/2005, recolheu IRPJ por Estimativa, no total de R$ 4.000,00, portanto, valor superior aos R$ 3.000,00 apurados em balancete.
Conclusão: no mês de maio/2005, poderá deixar de recolher a parcela de estimativa, relativa a abril/2005.
1. O período de apuração escolhido pela empresa é recolhimento por estimativa mensal. Se fosse trimestral, teria que apurar o IRPJ devido em 31.03.2005. Como é mensal, todo mês terá que recolher a estimativa ou apurar o balancete de suspensão. Por isso é que, em abril/2005, a empresa exemplificada apurou um balancete do período de 01.01 a 30.04.2005, para usufruir da permissão legal de suspender ou reduzir o recolhimento do imposto estimado em cada mês.
2. Como a empresa exemplificada optou pelo recolhimento mensal por estimativa, os seus recolhimentos do ano de 2.005, até 30.04.2005, foram:
1. recolhimento (base janeiro/2005): recolheu o IRPJ no dia 28.02.2005;
2. recolhimento (base fevereiro/2005): recolheu o IRPJ no dia 31.03.2005;
3. recolhimento (base março/2005): recolheu o IRPJ no dia 29.04.2005.
O recolhimento de abril/2005 deveria ser efetuado até 31.05.2005. Mas é este recolhimento que a empresa, por planejamento tributário, deseja suspender, utilizando o balancete de suspensão de 30.04.2005 (período de resultados acumulados de 01.01 a 30.04.2005).
Balancete: Balanço de Suspensão/Redução
A pessoa jurídica que estiver efetuando os recolhimentos por estimativa com base na receita bruta e acréscimos poderá suspender ou reduzir o pagamento do imposto e da contribuição social devidos em cada mês, desde que demonstre através de balanços ou balancetes mensais acumulados, que o valor acumulado já pago, excede ao valor do imposto, inclusive adicional, bem como da contribuição social, calculados com base no lucro real do período em curso (Art. 35 da Lei 8.981 de 1995).
Ex:
Resultado Ajustado: R$ 100.000,00 em 31.03.2004
Alíquota da CSLL: 9%
CSLL Devida: R$ 100.000,00 x 9% = R$ 9.000,00
CSLL DEVIDA EM MESES ANTERIORES: o somatório das CSLL devidas com base na receita bruta e acréscimos e dos saldos obtidos em balanços ou balancetes de redução, apurados em cada mês ou períodos anteriores ao mês em que se desejar reduzir ou suspender o pagamento.
Variações Cambiais: Regime de Caixa vs. Regime competência
As pessoas jurídicas que optarem por considerar o valor das variações monetárias das obrigações e direitos de crédito, em função da taxa de câmbio, quando da liquidação da operação correspondente (Regime de Caixa), deverão promover ajustes para fins de apuração da base de cálculo do Imposto de Renda (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
As variações cambiais ativas ou passivas resultantes de operações não liquidadas, as quais influenciarão a determinação do lucro real nos períodos de apuração em que ocorrer a liquidação, deverão ser controladas na parte B do LALUR e LACS. As variações cambiais ativas ou passivas, quando resultantes de operações liquidadas deverão ser ajustadas na parte A do Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR e LACS), composta pelos ajustes do lucro líquido do exercício (adições e exclusões).
No Regime Caixa, a empresa tributa apenas o valor recebido.
Exemplo: Se efetuou uma venda em 30, 60 e 90 dias, ela oferecerá à tributação em cada mês o valor recebido.
· Somente empresas do Simples Nacional e Lucro Presumido podem optar pelo Regime de Caixa ou Competência.
· A opção pelo Caixa ou Competência é válida para todo o exercício, ou seja, a empresa poderá mudar de opção, somente uma vez ao ano no período correto.
· O que determina a opção é a escolha do regime de tributação seguida da escolha da apuração. Se o IRPJ e CSLL são apurados pelo Regime de Caixa, obrigatoriamente o PIS e COFINS também o será. Não sendo possível um tributo estar no Regime de Competência e os demais no Regime de Caixa.
Ex : A empresa deverá informar na Escrituração Contábil Fiscal – ECF, no caso de empresas do Lucro Presumido, ou na Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais – DEFIS, no caso de empresas optantes pelo Simples Nacional.
O Regime de competência tem como principal função organizar as finanças e prever o futuro financeiro da empresa. O processo permite que as transações financeiras sejam registradas no arquivo contábil, gerando um relatório com informações que permitem a empresa prever os custos que serão necessários, dentro de determinado período, para alcançar as receitas esperadas.
Exemplo: Caso uma empresa tenha feito uma despesa no mês de julho para pagar apenas em setembro, o registro contábil será efetuado em julho, sendo esse o mês de competência da despesa.
Depreciação Acelerada Incentivada
A quota de depreciação acelerada incentivada constituirá exclusão do lucro líquido para fins de determinaçãodo lucro real e será controlada no livro fiscal de apuração do lucro real. O total da depreciação acumulada, incluindo a contábil e a acelerada incentivada, não poderá ultrapassar o custo de aquisição do bem.
O total da depreciação acumulada, incluindo a contábil e a acelerada incentivada, não poderá ultrapassar o custo de aquisição do bem. A partir do período de apuração em que for atingido este limite, o valor da depreciação, registrado na contabilidade, deverá ser adicionado ao lucro líquido para efeito de determinação do lucro real.
Ex:
Custo de móveis adquiridos em 15.01.2009: R$ 200.000,00
Depreciação Contabilizada no ano de 2009: R$ 200.000,00 x 10% = R$ 20.000,00.
Valor a ser excluído no Lucro Real de 2009, a título de Depreciação Acelerada Incentivada: R$ 20.000,00.
Em relação aos bens móveis, poderão ser adotados, em função do número de horas diárias de operação, os seguintes coeficientes de depreciação acelerada (Lei 3.470/58, art. 69):
I – um turno de oito horas…………………………..1,0;
II – dois turnos de oito horas……………………….1,5;
III – três turnos de oito horas……………………….2,0.
a utilização da aceleração da depreciação contábil, quando há mais de um turno diário de operação, poderá permitir uma contabilização maior de encargos dedutíveis na apuração do resultado tributável.
Juros sobre Capital Próprio vs. Dividendos
Juros sobre Capital Próprio:
Assim como os dividendos, os Juros sobre Capital Próprio são uma forma de distribuição de lucro bastante comum entre algumas empresas de capital aberto. Ao contrário dos dividendos, que são isentos aos acionistas e tributados para a empresa.
Juros sobre Capital Dividendos:
O dividendo é a parte do acionista no lucro da empresa. Sempre que uma empresa tem lucros, ela reserva parte desse resultado para distribuir aos seus acionistas. No Brasil, as empresas são obrigadas a um pagamento mínimo de dividendos de 25% do lucro. O retorno gerado com dividendos pode ser expresso pelo dividend yield de uma ação e ele é igual ao dividendo pago dividido pelo preço da ação.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE ELES?
A principal diferença dos chamados Juros sobre capital próprio (JCP) em relação aos dividendos diz respeito ao Imposto de Renda. No caso dos dividendos, cabe à empresa efetuar o pagamento de impostos sobre os lucros. Já no caso dos JCP, o acionista precisa pagar 15% do Imposto de Renda na fonte.
Incentivos Fiscais: Aspectos Introdutórios
Os incentivos fiscais, também conhecidos como benefícios fiscais, são medidas que promovem a redução ou extinção da alíquota de determinados impostos a serem pagos. Estes benefícios são comumente oferecidos sob a forma de redução ou isenção fiscal — ou seja, pela não recolhimento de certos impostos sobre as empresas.
Uma das vantagens das empresas tributadas pelo Lucro Real é a utilização de incentivos fiscais. Estes incentivos visam incentivar o desenvolvimento de determinado setor, região e até mesmo incentivar o envolvimento dos contribuintes, pessoas físicas e jurídicas, com as questões de cunho social.
Os benefícios são ferramentas de políticas públicas que impulsionam o crescimento do mercado. Tanto federal como estadual ou municipal, essa medida permite a contratação, a renovação e outros fatores necessários para o crescimento da empresa, ou seja, são ganhos financeiros, modelos de auxílio fiscal concedidos pelo governo que são convertidos positivamente na imagem da marca.
Há mais de 20 anos, os incentivos fiscais são concedidos para encorajar as empresas a se tornarem mais competitivas e os negócios nos setores como o de tecnologia da informação, empresas exportadoras, aeroespacial, agropecuária, infraestrutura, portuárias e outros são beneficiados.

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