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UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE DISLIPIDEMIAS: HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAR ASSOCIADA À ATEROSCLEROSE AMABILE RICARDO SOUZA JOSÉ GUILHERME MELO JÚLIO THADEU IOMES MORGANA MOREIRA ULLY PANATTA Biomedicina Lages, 2017 1. SISTEMA CIRCULATÓRIO (ROBBINS & COTRAN, 2010) Figura 1: Sistema circulatório e histologia de artérias e veias. 2 2. LIPÍDEOS CLASSIFICAÇÃO GERAL Triglicerídeos: Três moléculas de ácido graxo ligadas a uma molécula de glicerol. Função energética imediata ou posterior; Fosfolipídeos: Glicerol, ácido graxo, base nitrogenada e fósforo; Colesterol: Núcleo esteroide, formado a partir de moléculas de Acetil-CoA provenientes dos ácidos graxos. Precursor de ácidos biliares, hormônios esteroides e vitamina D. 3 Figura 2: O processamento dos lipídeos da dieta em vertebrados. (LEHNINGER, 2010) 2. LIPÍDEOS LIPOPROTEÍNAS Associações entre proteínas e lipídeos encontrados na corrente sanguínea, transportando e regulando o metabolismo de lipídeos. 2. LIPÍDEOS LIPOPROTEÍNAS Quilomícrons: São responsáveis pelo transporte dos lipídios absorvidos pelo intestino; VLDL: Transportam lipídios de origem hepática e, em menos quantidade, do intestino delgado para os tecidos; LDL: Ricas em colesterol, são compostas de uma única apolipoproteinas, a apo-B100; HDL: Formadas no fígado, no intestino e na circulação, seu principal conteúdo proteico é representado por apo-AI e apo-AII. 2. LIPÍDEOS Figura 3: Representação das lipoproteínas HDL e LDL. 2. LIPÍDEOS APOLIPOPROTEÍNA Componentes proteicos das lipoproteínas: Apo A; Apo B; Apo C; Apo E. 3. DISLIPIDEMIAS CARACTERIZAÇÃO Aumento da taxa de lipídeos no sangue circulante; Preditor importante em doenças cardiovasculares (DCV). 3. DISLIPIDEMIAS CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICA Dislipidemias primárias; Dislipidemias secundárias a doenças; Dislipidemias secundárias a medicamentos; Dislipidemias secundárias a hábitos de vida inadequados. (ROBBINS & COTRAN, 2010) CASO CLÍNICO Homem, 22 anos, hospitalizado com suspeita de infarto agudo do miocárdio. No exame físico está dentro de seu peso ideal. Seu pai (falecido por infarto) e um de seus três irmãos apresenta hipercolesterolemia, o paciente suspeita do mesmo problema, mas não procurou diagnóstico. Relata que mora sozinho há 6 meses e mudou drasticamente sua rotina e dieta. Não faz uso de medicamentos regularmente. 11 CASO CLÍNICO Hemograma; Triglicerídeos; Colesterol total; Colesterol HDL; Colesterol LDL; Apolipoproteína (Apo-B); CK-MB; Troponina; Mioglobina; Angiotomografia; Análise Genética. EXAMES SOLICITADOS 4. RESULTADOS (XAVIER, R. M. et. al., 2010) EXAME VALOR DE REFERÊNCIA RESULTADO Triglicerídeos Normal: <150mg/dL Limítrofe: 151-199mg/dL Alto: 200-500mg/dL. 291 mg/dL Colesterol total Desejável: <200mg/dL Risco moderado: 200-239mg/dL Alto risco: >240mg/dL 361 mg/dL HDL Baixo: <40mg/dL Fator protetor: >60mg/dL 28 mg/dL LDL Ótimo: <100mg/dL Desejável: <130mg/dL Risco moderado: 130-160mg/dL Alto risco: >160mg/dL 193 mg/dL Apoliproteinas–apoB Homens: 79-127mg/dL Mulheres: 70-122mg/dL 189 mg/dL 4. RESULTADOS (XAVIER, R. M. et. al., 2010) EXAME VALOR DE REFERÊNCIA RESULTADO CK-MB <25UI/L 52UI/L Troponina <0,01μg/L 0.46μg/L Mioglobina 50-150ng/dL 205ng/dL 4. RESULTADOS EXAME DE CONFIRMAÇÃO EXAME Oque pesquisa RESULTADO Genético Gene Psk9 e LDLR Positivo (GIUSTINIANI; STEIN, 2016) 4. RESULTADOS ANGIOTOMOGRAFIA Figura 4: Imagem ilustrativa de dois pacientes submetidos à angiotomografia coronariana. A e B: Excluindo a presença de DAC. C e D: exame evidenciou duas lesões obstrutivas significativas, uma no final do terço proximal da artéria descendente anterior e outra no terço médio do segundo ramo marginal da artéria circunflexa. (AZEVEDO; ROCHITTE; LIMA; 2012) 5. HIPERCOLESTEROLEMIA Acumulo de lipoproteínas ricas em colesterol (LDL) no compartimento plasmático; Este acumulo pode ocorrer por doenças monogênicas (por defeito no receptor de LDL ou no gene da apo-B100) ou poligênica. 5. HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAR Desordem autossômica dominante que produz elevação do colesterol total e do Colesterol LDL; Ausência ou disfunção dos receptores das lipoproteínas de densidade baixa (LDL); Receptor LDL: principal determinante da captação das LDL pelo fígado, normalmente processa ao redor de 70% das LDL circulantes. 5. HIPERCOLESTEROLEMIA Acumulo de lipoproteínas ricas em colesterol (LDL) no compartimento plasmático; Este acumulo pode ocorrer por doenças monogênicas (por defeito no receptor de LDL ou no gene da apo-B100) ou poligênica. 6. ATEROSCLEROSE (ROBBINS & COTRAN, 2010) Figura 5: Artéria normal e artéria ateromatosa. 4. ATEROSCLEROSE Item 1 XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX Item 2 Figura 6: Etapas da formação do ateroma. 6. ATEROSCLEROSE COMPOSIÇÃO DAS PLACAS Composição dinâmica: contribui para o risco de ruptura; Grandes áreas de células espumosas e lipídeos extracelulares; Colágeno é o principal componente estrutural da cápsula: força e estabilidade mecânica. (ROBBINS & COTRAN, 2010) Figura 7: Placa vulnerável e placa estável. 6. ATEROSCLEROSE FATORES DE RISCO Constitucionais: Idade; Gênero; Genética. Modificáveis: Hiperlipidemia; Hipertensão; Tabagismo; Diabetes. (ROBBINS & COTRAN, 2010) 7. INFARTO DO MIOCÁRDIO ALTERAÇÃO AGUDA DA PLACA Ruptura: expondo constituintes da placa altamente trombogênicos; Erosão, expondo ao sangue a membrana basal subendotelial trombogênica; Hemorragia no ateroma, expandindo seu volume. (ROBBINS & COTRAN, 2010) 7. INFARTO DO MIOCÁRDIO ALTERAÇÃO AGUDA DA PLACA (ROBBINS & COTRAN, 2010) Fatores intrínsecos: Estrutura e composição da placa; Fatores extrínsecos: Pressão arterial, reatividade plaquetária. 7. INFARTO DO MIOCÁRDIO Figura 8: Animação – infarto do miocárdio. 8. TRATAMENTO Diversas drogas são utilizadas para reduzir o colesterol LDL do plasma (estatinas, resinas, fibratos); A terapia farmacológica é apenas uma abordagem para o tratamento, sendo utilizada juntamente com controle dietético e correção de outros fatores de risco cardiovasculares. Fatores externos e psicossociais. (RANG; DALE; RITTER, 2001) HMG COA (3-hidroxi-3-metilglutaril-coenzima A) 27 8. TRATAMENTO ESTATINAS INIBIDORES DA HMG-CoA REDUTASE HMG-CoA redutase: catalisa a conversão da HMG-CoA em ácido mevalônico, na via de síntese do colesterol; Redução na síntese hepática de colesterol → aumento da síntese dos receptores de LDL → aumento da depuração das LDLs → redução das concentrações plasmáticas de LDL-colesterol. (RANG; DALE; RITTER, 2001) Figura 9: Via de síntese de colesterol. HMG COA (3-hidroxi-3-metilglutaril-coenzima A) 28 REFERÊNCIAS ANDRIOLO, A.; Medicina Laboratorial. 2 ed. São Paulo: Manole, 2008. GALANTE, F.; ARAÚJO, M. V. R.; Fundamentos de Bioquímica. 5 ed. São Paulo: Rideel, 2014. GUYTON, A. C.; HALL, J. E.; Tratado de Fisiologia Médica. 11 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. KUMAR, V. et. al.; Robbins & Cotran: Bases patológicas das doenças. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. LEHNINGER, A.L.; NELSON, D.L.; COX, M.M. Princípios de Bioquímica. 5. ed. São Paulo: Sarvier, 2011. MOTTA, V. T.; Bioquímica Clínica para o Laboratório: Princípios e Interpretações. 5 ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2009. REFERÊNCIAS RANG, H. P.; DALE, M. M.; RITTER, J. M.; Farmacologia. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. STEFANINI, E.; KASINSKI, N.; CARVALHO, A. C.; Cardiologia. São Paulo: Manole, 2004. XAVIER, R. M. et. al.; Laboratório na prática clínica: Consulta rápida. 2 ed. Porto Alegre: ArtMed, 2010. Apo B: Método imunoturbidimétrico para a determinação de apolipoproteína B em soro. Disponível em: <http://www.wiener-lab.com.ar/VademecumDocumentos/Vademecum%20portugues/apo_b_turbitest_aa_po.pdf>. Acesso em: 31 maio 2017. BioClin: Troponina I. Disponível em: <http://www.bioclin.com.br/sitebioclin/wordpress/wp-content/uploads/arquivos/instrucoes/INSTRUCOES_TROPONINA_I.pdf>. Acesso em: 31 maio 2017. REFERÊNCIAS GIUSTINIANI, D. G.; STEIN, R. Genética das Dislipidemias. Arquivo Brasileiro de Cardiologia. 2016. KATUS, H. A.; GIANNITSIS, E.; JAFFE, A. S.; Interpretando Mudanças na Troponina. Tradução da ClinChen, 2012. Disponível em: < http://clinchem.aaccjnls.org/content/suppl/2012/09/27/58.1.39.DC2/case_01_12.pdf>. Acesso em: 01 jun. 2017. AZEVEDO, Clerio F.; ROCHITTE, Carlos E.; LIMA, João A.C. Escore de cálcio e angiotomografia coronariana na estratificação do risco cardiovascular. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo , v. 98, n. 6, p. 559-568, Junho 2012 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2012000600012&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 02 jun. 2017. REFERÊNCIAS Figura 8: Animação – infarto do miocárdio. Disponível em: <http://www.medicinapratica.com.br/tag/placa-aterosclerotica/>. Acesso em: 30 maio 2017. Figura 9: Via de síntese de colesterol. Disponível em: <http://estatinabioquimica.blogspot.com.br/2015_05_01_archive.html>. Acesso em: 30 maio 2017. Figura 6: Etapas da formação do ateroma. Disponível em: <http://www.mmcuidadosintensivos.com.br/colesterol-e-aterosclerose/>. Acesso em: 30 maio 2017. Figura 3: Representação das lipoproteínas HDL e LDL. Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/quimica/composicao-quimica-colesterol.htm> Acesso em: 31 maio 2017.
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