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Teoria da Contabilidade

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EXPECTATIVAS DA PROFISSÃO CONTÁBIL NO BRASIL 
O desenvolvimento econômico, acompanhado da evolução tecno-informacional, cria novas 
expectativas dos usuários em relação à profissão contábil. A aceleração da velocidade com que os 
dados são processados e a convergência entre a economia, sociedade e os usuários da 
contabilidade faz com que o profissional contábil precise alterar o seu perfil, deixando de ser 
responsável apenas por manter a escrituração em ordem (técnica que está em constante processo de 
automação) e passe assumir o papel de prestador de informações. 
Para tal, o profissional precisa estar cada vez mais preparado e especializado. Neste sentido, é 
importante que os cursos de graduação preparem os seus alunos para este novo mercado de 
trabalho, assim como é necessário que se invista e incentive a pós-graduação destes alunos. 
Sobre isso, CARVALHO (2002, p.10), comenta que: 
O fim do curso de graduação, por si só, não garante o sucesso profissional. Muito pelo contrário, é o 
início de uma longa caminhada, que tem como pressuposto básico a educação continuada. Afinal as 
empresas estão procurando profissionais cada vez mais especializados, que possuam uma visão 
generalista e sejam capazes de conectar fatos, acontecimentos em várias áreas e ajudar as 
empresas na consecução dos seus objetivos. 
Na grande maioria das instituições de ensino superior, muito pouco se discute sobre a teoria da 
contabilidade e as suas implicações na prática profissional, gerando muitas vezes profissionais sem 
qualquer conhecimento doutrinário, inundados de conhecimentos puramente técnicos. 
É preciso que se invista em pesquisa contábil, no sentido de manter e atualizar, não só o corpo 
docente das instituições de ensino superior, mas também os contabilistas em atuação na prática 
profissional. 
ÁREAS DE ATUAÇÃO 
A profissão do contabilista é regulamentada pelo Decreto-lei nº 9295/46 de 27 de maio de 1946 e 
resoluções complementares, dispondo sobre as prerrogativas profissionais, e sendo especificado pela 
Resolução do Conselho Federal de Contabilidade nº 560 de 28 de outubro de 1983: 
Art. 1º - O exercício das atividades compreendidas na contabilidade, considerada estar em 
sua plena amplitude e condição de Ciência Aplicada, constituem prerrogativas, sem exceção, 
dos contadores e dos técnicos em contabilidade legalmente habilitados, ressalvadas as 
atribuições privativas dos contadores. 
Art. 2º - o contabilista pode exercer as suas atividades na condição de profissional liberal ou 
autônomo, de empregado regido pela CLT, de servidor público, de militar, de sócio de 
qualquer tipo de sociedade, de diretor ou de conselheiro de quaisquer entidades, ou, em 
qualquer outra situação jurídica, definida pela legislação, exercendo qualquer tipo de função 
(...). 
Pelo que se percebe nos artigos acima transcritos, cabe exclusivamente aos contabilistas habilitados 
a prática de todas as atividades compreendidas na contabilidade, podendo este ainda ser profissional 
liberal, empregado regido pela CLT, servidor público, militar, sócio de qualquer tipo de sociedade, 
diretor ou conselheiro de quaisquer entidades. 
Cabe ao profissional da contabilidade, através de suas habilidades pessoais, identificar qual o ramo 
de atuação que deseja atuar. Para tal, o profissional precisa possuir habilidades e se especializar 
naquilo em que pretende trabalhar. 
André Charone Tavares Lopes 
Contabilidade: A profissão do futuro 
Profissionais da contabilidade vêm se tornando peças-chave no mercado competitivo e a profissão de 
contabilista torna-se uma das mais promissoras e atraentes. 
O Brasil, desde o início do ano de 2008, passou a ter duas contabilidades: uma estritamente fiscal, 
para apurar os tributos devidos ao Fisco, e outra, de natureza econômica, para apurar lucros e 
dividendos devidos aos investidores. Tais mudanças, introduzidas com a Lei 11.638 de 2007, 
surpreendeu a todos os contadores e empresários com as novas normas de contabilidade e de 
natureza tributária. Meses depois, o fisco passou a regular as normas fiscais através da Medida 
Provisória 449, para adaptação a este novo cenário. 
Desde então, as normas de contabilidade passaram a ser normatizadas por uma entidade, criada 
pela Lei 11.638, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis, conhecido pela sigla de CPC, formado 
por representantes das empresas, do mercado de capitais, da classe de contadores e dos 
acadêmicos. Este Comitê tem a tarefa de introduzir no Brasil as normas internacionais de 
contabilidade, emitidas pelo FASB – Financial Accounting Standard Board, e já adotadas por mais 
de 100 países. 
A Contabilidade hoje tem um vocabulário sofisticado. A profissão emprestou termos “exóticos”, 
somente conhecidos de uma minoria, como, por exemplo, o teste do impairment constante do 
Pronunciamento nº 1 do CPC. Esta palavra inglesa significa para os profissionais em contabilidade 
como teste de recuperação dos ativos de uma empresa. Isto quer dizer que toda empresa agora 
deverá verificar se a mesma produzirá lucros futuros suficientes em um período de tempo razoável 
para recuperar, através da depreciação, os valores investidos em seus ativos imobilizados. Até então, 
as empresas adotavam períodos padrões de tempo, estabelecidos pelo fisco através de taxas de 
depreciação, não importasse o tipo de empresa e em que condições operassem. Ao final, algumas 
empresas apuravam lucros maiores, outras menores, não importava o seu ramo, tendo em vista que 
todas adotavam a mesma taxa de depreciação. Logo, atualmente, os lucros serão apurados de 
acordo com a vida útil e econômica dos bens, e não simplesmente por regras que muitas vezes nada 
tinham a ver com a realidade da empresa. 
O alto custo dos tributos passou a exigir profissionais qualificados que devem ter domínio estrito 
sobre a contabilidade e a matéria tributária. A entrada do Brasil no seleto clube dos países que 
congregam as normas internacionais de contabilidade, conhecida como IFRS, também propulsiona o 
aumento da demanda por contabilistas. Os profissionais bilíngües são os mais requisitados por terem 
a facilidade de suprir uma demanda crescente em relação aos negócios internacionais. 
São tempos novos, fruto de uma globalização que não tem mais volta. E quem viver, verá em breve 
uma empresa publicando o seu balanço com números que representam de fato a essência do seu 
negócio e que expressa à realidade, permitindo aos investidores tomar decisões seguras sobre a 
aplicação dos seus recursos. Ganham as empresas, ganha o investidor, ganha o aposentado que tem 
a sua remuneração paga a partir dos dividendos recebidos pelos fundos de pensão. Ganhamos todos 
com o gigantesco passo que a contabilidade no Brasil acaba de dar. 
Domingos Xavier Teixeira 
 
 
SUGESTÃO PARA LEITURA: 
Leia mais artigos sobre o profissional contábil em: 
http://www.andersonhernandes.com.br/artigos/

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