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AULA 14: METABOLISMO ÓSSEO FARMACOLOGIA PARA ENFERMAGEM Farmacologia para Enfermagem AULA 14: METABOLISMO ÓSSEO Farmacologia Óssea Conteúdo Desta Aula Nesta aula vamos estudar: • Ciclo de remodelação óssea; • Mecanismos de homeostase do cálcio; • Funções da calcitocina; • Fármacos que afetam o metabolismo ósseo; • Mecanismo das vitaminas D. Farmacologia para Enfermagem AULA 14: METABOLISMO ÓSSEO Farmacologia Óssea Diferenciação óssea Os minerais encontrados nos ossos são de cálcio e fosfato. O organismo humano é composto de ossos corticais, que são predominantemente ossos longos, e de ossos trabeculares, que são encontrados nas vértebras e nas epífises dos ossos longos. O osso tem uma matriz osteoide composta principalmente por colágeno, osteocalcina e várias fosfoproteínas. O cálcio forma cristais de fosfato que são depositados na osteoide, gerando a hidroxiapatita, transformando a matriz, que se torna rígida. O cálcio tem um importante papel na remodelagem e formação do osso. Farmacologia para Enfermagem AULA 14: METABOLISMO ÓSSEO Farmacologia Óssea Metabolismo ósseo A dieta alimentícia, o uso de medicamentos e o exercício físico estão diretamente ligados à formação e à manutenção óssea. O processo de remodelagem óssea envolve vários eventos, como atividade de osteoblastos que produzem a matriz óssea e os osteoclastos, que degradam a matriz e formam a unidade multicelular básica, ligada aos osteoblastos e osteoclastos, sendo responsável pelo processo de diferenciação, reposição de material utilizado na formação óssea, como cálcio e fosfato, assim como a ação de citocinas, atividade hormonal, paratormônio, vitamina D, hormônios de crescimento, calcitonina, todos ligados à formação óssea. Na menopausa, a perda da massa óssea da mulher é enorme, chegando a 10 vezes mais que a perda masculina, que a partir dos 40 anos é de 1% ao ano. Isso ocorre em razão do aumento da atividade dos osteoclastos, assim como a redução na diferenciação dos osteoblastos. Farmacologia para Enfermagem AULA 14: METABOLISMO ÓSSEO Farmacologia Óssea Remodelagem óssea O ciclo de remodelagem óssea e a ação dos hormônios, citocinas e fármacos. Osso trabecular quiescente: As citotocinas como fator de crescimento semelhante à insulina (IGF) e fator de crescimento transformador (TGF), mostrados como pontos estão incrustadas na matriz óssea. Reabsorção óssea: Células precursores de osteoclastos (OC), recrutadas por citocinas e hormônios são ativadas pelos osteoblastos (OB) para formar OCs multinucleados móveis que se deslocam na superfície óssea, reabsorvendo osso e liberando as citocinas fixadas. Farmacologia para Enfermagem AULA 14: METABOLISMO ÓSSEO Farmacologia Óssea Diferenciação de osteoclastos O osteoblasto é estimulado pelo calcitriol, paratormônio (PTH) e citocinas (não mostradas) para expressar um Iigante de Superfície, o ligante do RANK (RANKL). A expressão do RANKL é aumentada por várias interleucinas (IL), paratormônio (PTH), fator de necrose tumoral (TNF-a), e glicocorticoides. O RANKL interage com um receptor no osteoclasto – um receptor diferenciador e ativador de osteoclasto chamado RANK (receptor ativador do fator kappa B nuclear). Por fusão dos osteoclastos formam-se células gigantes multinucleadas de reabsorção óssea, que se tornam polarizadas com uma borda escavada sobre o lado que reabsorve o osso. Os bisfosfonatos inibem a reabsorção óssea pelos osteoclastos. Os anticorpos anti-RANKL como denosumabe ligam o RANKL e evitam a interação RANK-RANKL. Os osteoblastos também liberam moléculas-isca de osteoprotegerinas (OPG). Farmacologia para Enfermagem AULA 14: METABOLISMO ÓSSEO Farmacologia Óssea Importância do cálcio O receptor de cálcio nas células da paratireoide é um receptor acoplado à proteína G. O calcifediol e o calcitriol são metabólitos da vitamina D, e constituem os hormônio 25-hidroxivitamina D3 e 1,25-di-hidroxivitamina D3, respectivamente. Principais fatores envolvidos na manutenção da concentração de Ca+2 no plasma e a ação de fármacos. A calcitonina endógena, secretada pela tireoide, inibe a mobilização do Ca+2 a partir do osso e diminui a sua reabsorção nos rins, reduzido, então, o Ca+2 sanguíneo. A calcitonina é também administrada terapeuticamente na osteoporose. Farmacologia para Enfermagem AULA 14: METABOLISMO ÓSSEO Farmacologia Óssea O ergocalciferol exógeno, vitamina (VitD), tomado nas plantas pela luz ultravioleta (UV), é convertido para os metabólitos D2, correspondentes no fígado, assim como a di-hidrotaquisterol D2 análoga. Ações da vitamina D sobre o sistema endócrino e a ação dos fármacos; O 1 alfa-hidroxicolecalciterol é 2,5 hidroxilado para calcitriol no fígado em osteoblasto (OB) Farmacologia para Enfermagem AULA 14: METABOLISMO ÓSSEO Farmacologia Óssea Metabolismo dos glicocorticoides Farmacologia para Enfermagem AULA 14: METABOLISMO ÓSSEO Farmacologia Óssea Estrogênio Ele inibe a ação de citocinas, recrutando osteoclastos e opondo-se à reabsorção óssea e a mobilização do cálcio; O estrogênio tem um importante papel na manutenção da estrutura do osso; A menopausa reduz o estrogênio, resultando em osteoporose. Farmacologia para Enfermagem AULA 14: METABOLISMO ÓSSEO Farmacologia Óssea Calcitonina Tem efeito inibitório na reabsorção óssea por sua ligação ao receptor no osteoclasto, inibindo sua ação de degradação. Também reduz a reabsorção nos ductos proximais de fosfato e cálcio, diminuindo, assim, sua concentração plasmática. Hormônio secretado pelas células C3, encontradas no folículo da tireoide; Farmacologia para Enfermagem AULA 14: METABOLISMO ÓSSEO Farmacologia Óssea Paratormônio Tem ação nos osteoclastos, inibindo a reabsorção óssea; Hormônio peptídeo que atua como agonista fisiológico do paratormônio (PTH); Medicação de 2ª linha no tratamento da osteosporose. Farmacologia para Enfermagem AULA 14: METABOLISMO ÓSSEO Farmacologia Óssea Bifosfonatos Inibe a mineralização óssea, pois reduz a reabsorção de cálcio e promove apoptose dos osteoclastos. Molécula análoga ao pirofosfato; Farmacologia para Enfermagem AULA 14: METABOLISMO ÓSSEO Farmacologia Óssea Estrutura dos bisfosfonatos A adição de cadeias laterais nitrogenadas altera o mecanismo de ação e aumenta muito a potência. A substituição do átomo de oxigênio no pirofosfato torna os compostos resistentes à ação de enzimas; Farmacologia para Enfermagem AULA 14: METABOLISMO ÓSSEO Farmacologia Óssea Bifosfonatos Outros incluem o etidronato, o pamidronato dissódico e o clodronato de sódio, todos administrados por via oral; Os principais medicamentos encontrados são o alendronato e o risedronato; São medicamentos acumulativos por meses; Podem causar distúrbios gástricos, úlceras e esofagite como efeitos indesejáveis; O etodronato pode aumentar o risco de fraturas decorrentes da calcificação reduzida. Farmacologia para Enfermagem AULA 14: METABOLISMO ÓSSEO Farmacologia Óssea Raloxifeno Bem absorvido por administração oral, mas sofre com o metabolismo de primeira passagem. Medicamento que gera aumento da atividade dos osteoblastos e reduz a atividade dos osteoclastos. Tem meia-vida média de 32 horas. Entre os efeitos colaterais estão ondas de calor, cãibras na perna, trombo embolia venosa é um efeito mais grave. Farmacologia para Enfermagem AULA 14: METABOLISMO ÓSSEO Farmacologia Óssea Vitamina D e Paratormônio A vitamina D é indicada clinicamente,principalmente para o hipoparatireoidismo, com utilização do ergocalciferol (vitamina D2), do alfacalcidol e do calcitriol; O paratormônio estimula a atividade dos osteoblastos e aumenta a formação óssea, sendo indicada no tratamento de osteoporose; Seus principais usos clínicos são raquitismo, osteomalacia, deficiência de vitamina D, hipocalcemia e insuficiência renal crônica, pois diminui a produção de calcitriol; Indica-se a administração oral; Apresenta meia-vida plasmática de 22 horas. CONTEÚDO DA PRÓXIMA AULA: Mecanismos de ação da nicotina; Ações farmacológicas do etanol; Mecanismo dos canabinoides; Fisiopatologia da dependência de drogas;
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