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Estoques e armazenagem 3

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OPERAÇÕES DE ARMAZENAGEM E ESTOQUES
Sistemas de empurrar e puxar.
O sistema de empurrar
O sistema com a filosofia de empurrar é um método adequado sempre que a produção ou as compras excederem as necessidades de curto prazo dos estoques aos quais se destinam tais quantidades. Se tais quantidades não puderem ser armazenadas no lugar da produção por falta de espaço ou por outros motivos, deverão então ser armazenadas nos pontos de estoque, desde que de alguma forma faça sentido em termos econômicos. Os métodos para empurrar quantidades aos pontos de estocagem apresentam os seguintes passos:
• Determinar, utilizando previsão ou outros meios, as necessidades para o período entre hoje e o próximo processo de produção ou a próxima compra de fornecedores;
• Verificar as atuais quantidades disponíveis em cada ponto de estoque;
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Sistemas de empurrar e puxar.
O sistema de empurrar
• Determinar o nível de disponibilidade de estoque em cada ponto de estocagem;
• Calcular as totais necessidades das previsões mais as quantidades adicionais que são necessárias para cobrir incertezas na previsão de demanda;
• Determinar as necessidades líquidas como as diferenças entre as necessidades totais e as quantidades disponíveis;
• Distribuir o excedente das necessidades totais da rede aos pontos de estoque com base na taxa de demanda média – demanda prevista;
• Somar as necessidades líquidas e ratear proporcionalmente os excedentes, de forma a determinar o total a ser alocado em cada ponto de estocagem.
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Sistemas de empurrar e puxar.
O sistema de puxar
O sistema de estoque puxado resulta em níveis reduzidos de estoque nos pontos de armazenagem devido à sua reação às condições de demanda e custos específicos de cada um desses pontos. Métodos para orientação conforme tipos de situações, são elas: demanda única, altamente sazonal ou perpétua; ordens de compras desencadeadas por um determinado nível de estoque ou por revisão de nível de estoque; grau de incerteza em demanda e no tempo médio de reposição. 
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Sistema de Puxar
Quantidade de pedido único
São características dos produtos perecíveis, os quais têm uma vida útil curta e definida e, consequentemente, não têm disponibilidade para períodos subsequentes de vendas. Outros casos são de produtos de determinada estação, lanches para torcedores que vão a um jogo de futebol, todos têm nível de demanda única e são de difícil previsão. A questão básica é: qual deveria ser o volume do pedido único?
Para responder à pergunta recorre-se à análise econômica marginal, encontrando a quantidade no ponto em que o lucro marginal sobre a próxima unidade vendida se iguala ao prejuízo marginal da não venda da próxima unidade.
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Tipos de Demanda
Demanda Dependente 
Em algumas operações, a demanda por um determinado item depende diretamente da demanda por um outro produto (Pneus de automóveis). 
Demanda Independente
Em outros casos, a demanda por automóveis é dita ser independente, pois está atrelada a fatores de mercado que são sujeitos a incertezas.
Podemos classificar também a demanda como permanente ou estável. Tais produtos possuem um mesmo nível de demanda por um longo tempo, dando a impressão que serão sempre consumidos em um padrão estável. Por outro lado, em casos de demanda sazonal, é importante conseguir uma boa previsão da demanda futura e dos períodos em que há elevações ou quedas no consumo. Outro padrão de demanda que merece destaque é a demanda em declínio. É comum observar esse padrão em produtos que estão no final de seu ciclo de vida ou estão sendo substituídos por novos produtos ou tecnologias.
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Curva ABC 
A Curva ABC ou 80-20, baseada nas teorias econômicas do italiano Vilfredo Pareto, é um método de classificação de informações a fim de se separar os itens de maior importância ou impacto, os quais são normalmente em menor número. 
• Classe A: Principais itens em estoque e de alta prioridade. 20% dos itens correspondem a 80% do valor.
• Classe B: itens que ainda são considerados economicamente preciosos. 30% dos itens correspondem a 15% do valor.
• Classe C: 50% dos itens em correspondem a 5% do valor.
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Curva ABC 
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Curva ABC
Dessa forma, a ferramenta é uma classificação estatística de materiais, baseada no princípio de Pareto, em que se considera a importância dos materiais, baseada nas quantidades utilizadas e no seu valor. Também pode ser utilizada para classificar clientes em relação aos seus volumes de compras ou em relação à lucratividade proporcionada; classificação de produtos da empresa pela lucratividade proporcionada, etc.
No que diz respeito à análise de clientes, a curva ABC serve para analisar a dependência ou risco face a um cliente, ou ainda para que tipo de clientes a organização se deve focar. Consiste em ordenar os clientes por ordem decrescente da sua contribuição para a empresa, de modo a se poder segmentar por grau de dependência, de risco ou ainda por outro critério a definir.
Numa organização, a curva ABC é muito utilizada para a administração de estoques, mas também é usada para a definição de políticas de vendas, para o estabelecimento de prioridades, para a programação de produção, etc. 
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Curva ABC
Para a administração de estoques, por exemplo, o administrador a usa como um parâmetro que informa sobre a necessidade de aquisição de itens – mercadorias ou matérias-primas – essenciais para o controle do estoque, que variam de acordo com a demanda do consumidor.
Na avaliação dos resultados da curva ABC, percebe-se o giro dos itens no estoque, o nível da lucratividade e o grau de representação no faturamento da organização. Os recursos financeiros investidos na aquisição do estoque poderão ser definidos pela análise e aplicação correta dos dados fornecidos com a curva ABC. No caso de administração de estoques, apresenta resultados da demanda de cada item nas seguintes áreas: giro no estoque; proporção sobre o faturamento no período; margem de lucro obtida.
O que importa é que a análise de todos os parâmetros propicia o trabalho de controle de estoque do analista cuja decisão de compra pode se basear nos resultados obtidos pela curva ABC. 
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Curva ABC
Os itens considerados de Classe A merecerão um tratamento preferencial. Assim, a consequência da utilidade desta técnica é a otimização da aplicação dos recursos financeiros ou materiais, evitando desperdícios ou aquisições indevidas e favorecendo o aumento da lucratividade.
Como fazer uma curva ABC
Em primeiro lugar, devem ser relacionados todos os itens que foram consumidos em determinado período (1). Depois, para cada item registra-se o preço unitário (2) e o consumo (3) no período considerado (se a análise fosse sobre vendas, ou sobre transporte, ao invés de consumo seria usada a quantidade vendida, ou a quantidade transportada, etc.). Para cada item, calcula-se o valor do consumo (4), que é igual ao preço unitário X consumo. Aí, registra-se a classificação (5) do valor do consumo (1 para o maior valor, 2 para o segundo maior valor, e assim por diante). 
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Curva ABC
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Curva ABC
Colocam-se em ordem os itens de acordo com a classificação (5). Para cada item, lança-se o valor de consumo acumulado (6), que é igual ao seu valor de consumo somado ao valor de consumo acumulado da linha anterior. Para cada item, calcula-se o percentual sobre o valor total acumulado (7), que é igual ao seu valor de consumo acumulado dividido pelo valor de consumo acumulado do último item.
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Curva ABC
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O Método da Criticidade (ou XYZ) 
Cada produto utilizado em uma empresa possui a sua importância para o processo produtivo. Assim como no Estudo da Curva ABC, que mostra quais os itens são os que possuem o mais alto custo, se comparado ao todo do estoque, a análise do método da Criticidade (ou XYZ) demonstra o grau de importância de cada material em relação à soma total dos itens, classificando os materiais em categorias X, Y ou Z em termos de importância. O método Análise da Criticidade assegura que sejam tomadas ações adequadas em relação a todas as características críticas. Fatores como segurança do produto ou a continuidade do fornecimento de energia elétrica são necessidades críticas aos clientes. Assim, sendo, a Análise da Criticidade visa fornecer subsídios para a tomada de decisões dos gerentes, identificando as poucas e importantes características para que certos produtos recebam atenção especial. 
A Análise da Criticidade, como observado, provém da gestão da qualidade. Ela implica, dessa forma, numa avaliação adicional do impacto que determinado item causará nas operações de uma empresa. 
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O Método da Criticidade (ou XYZ) 
Este impacto se dá quanto à imagem da mesma frente aos clientes; na facilidade de obtenção ou substituição de um item por outro e na velocidade de obsolescência. Assim sendo, em uma indústria automobilística, um parafuso, por exemplo, por ter baixo custo unitário e baixo consumo. No entanto, esse parafuso é essencial ao acabamento do produto final da empresa. Neste caso, ele é um item crítico no processo produtivo e não pode faltar. Esse material, se faltando em estoque, provoca uma escala gradativa de criticidade, em termos de funcionamento da empresa. Assim tem-se o Índice de Criticidade dos itens em estoque. Usando o conceito de criticidade dos itens do estoque, os itens podem ser agrupados em três categorias: material Z em Criticidade, que são aqueles materiais cuja falta causará uma interrupção no processo produtivo da empresa, ou, no caso de um hospital, a interrupção de uma cirurgia ou exame, por falta de agulha, por exemplo. São, dessa forma, imprescindíveis.
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O Método da Criticidade (ou XYZ) 
Materiais Y em Criticidade, do qual fazem parte dessa categoria aqueles itens cuja falta não irá provocar efeitos em curto prazo, sendo que são importantes, mas sua falta não irá impedir um procedimento, e materiais X em Criticidade, onde entram todos os demais itens do estoque, que não entram nem na classe Z nem na classe Y. 
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Parâmetros de revisão periódica e contínua
Existem dois métodos para acompanhar os níveis dos estoques e provi­denciar novos suprimentos: revisão contínua e revisão periódica. A revisão con­tínua, também denominada método das quantidades fixas, envolve um sis­tema em que os registros sobre as quantidades em estoque é atualizada sempre que ocorrem entradas ou retiradas de materiais. A principal vantagem desse sistema é a precisão nos registros dos estoques e a redução dos riscos de falta de produtos.
Por outro lado, os sistemas de revisão periódica têm como procedimento a realização de pedidos em intervalos regulares, porém com quantidades variáveis entre os pedidos. Com o método de revisão periódica, os níveis de estoque são examinados em um momento específico e um pedido é feito com a quantidade necessária para trazer os estoques a um nível desejado.
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