Buscar

metodologia para estudo de caso

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 170 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 170 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 170 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Universidade do Sul de Santa Catarina
Palhoça
UnisulVirtual
2010
Metodologia para Estudo de Caso
 
Disciplina na modalidade a distância
5ª edição revista 
 
Créditos
Universidade do Sul de Santa Catarina – Campus UnisulVirtual – Educação Superior a Distância
Reitor Unisul
Ailton Nazareno Soares
Vice-Reitor 
Sebastião Salésio Heerdt
Chefe de Gabinete da 
Reitoria
Willian Máximo
Pró-Reitora Acadêmica
Miriam de Fátima Bora Rosa
Pró-Reitor de Administração
Fabian Martins de Castro
Pró-Reitor de Ensino
Mauri Luiz Heerdt
Campus Universitário de 
Tubarão 
Diretora
Milene Pacheco Kindermann
Campus Universitário da 
Grande Florianópolis 
Diretor 
Hércules Nunes de Araújo
Campus Universitário 
UnisulVirtual
Diretora
Jucimara Roesler
Equipe UnisulVirtual 
Diretora Adjunta
Patrícia Alberton 
Secretaria Executiva e Cerimonial
Jackson Schuelter Wiggers (Coord.)
Bruno Lucion Roso
Marcelo Fraiberg Machado
Tenille Catarina
Assessoria de Assuntos 
Internacionais
Murilo Matos Mendonça
Assessoria DAD - Disciplinas a 
Distância 
Enzo de Oliveira Moreira (Coord.)
Carlos Alberto Areias
Franciele Arruda Rampelotti 
Luiz Fernando Meneghel
Assessoria de Inovação e 
Qualidade da EaD
Dênia Falcão de Bittencourt (Coord.)
Rafael Bavaresco Bongiolo
Assessoria de Relação com Poder 
Público e Forças Armadas
Adenir Siqueira Viana
Assessoria de Tecnologia 
Osmar de Oliveira Braz Júnior (Coord.) 
Felipe Jacson de Freitas
José Olímpio Schmidt 
Marcelo Neri da Silva 
Phelipe Luiz Winter da Silva
Priscila da Silva
Rodrigo Battistotti Pimpão
Coordenação dos Cursos
Auxiliares das coordenações
Fabiana Lange Patricio
Maria de Fátima Martins
Tânia Regina Goularte Waltemann
Coordenadores Graduação
Adriana Santos Rammê
Adriano Sérgio da Cunha 
Aloísio José Rodrigues 
Ana Luisa Mülbert 
Ana Paula R. Pacheco 
Bernardino José da Silva
Carmen Maria C. Pandini 
Catia Melissa S. Rodrigues
Charles Cesconetto 
Diva Marília Flemming 
Eduardo Aquino Hübler 
Eliza B. D. Locks
Fabiano Ceretta
Horácio Dutra Mello
Itamar Pedro Bevilaqua
Jairo Afonso Henkes
Janaína Baeta Neves
Jardel Mendes Vieira
Joel Irineu Lohn
Jorge Alexandre N. Cardoso
José Carlos N. Oliveira
José Gabriel da Silva
José Humberto D. Toledo
Joseane Borges de Miranda
Luciana Manfroi
Marciel Evangelista Catâneo
Maria Cristina Veit
Maria da Graça Poyer 
Mauro Faccioni Filho
Moacir Fogaça 
Myriam Riguetto
Nélio Herzmann 
Onei Tadeu Dutra 
Raulino Jacó Brüning 
Rogério Santos da Costa
Rosa Beatriz M. Pinheiro
Tatiana Lee Marques
Thiago Coelho Soares
Valnei Campos Denardin
Roberto Iunskovski
Rose Clér Beche
Rodrigo Nunes Lunardelli
Coordenadores Pós-Graduação
Aloisio Rodrigues
Anelise Leal Vieira Cubas
Bernardino José da Silva
Carmen Maria Cipriani Pandini
Daniela Ernani Monteiro Will
Giovani de Paula
Karla Leonora Nunes
Luiz Otávio Botelho Lento
Thiago Coelho Soares
Vera Regina N. Schuhmacher
Gerência Administração 
Acadêmica 
Márcia Luz de Oliveira (Gerente)
Fernanda Farias
Financeiro Acadêmico
Marlene Schau er 
Rafael Back
Vilmar Isaurino Vidal
Gestão Documental
Lamuniê Souza (Coord.)
Clair Maria Cardoso
Janaina Stuart da Costa
Josiane Leal
Marília Locks Fernandes
Ricardo Mello Platt
Secretaria de Ensino a Distância 
Karine Augusta Zanoni 
(Secretária de Ensino) 
Giane dos Passos 
(Secretária Acadêmica)
Alessandro Alves da Silva
Andréa Luci Mandira 
Cristina Mara Shau ert
Djeime Sammer Bortolotti 
Douglas Silveira
Fabiano Silva Michels
Felipe Wronski Henrique
Janaina Conceição
Jean Martins
Luana Borges da Silva
Luana Tarsila Hellmann
Maria José Rossetti 
Miguel Rodrigues da Silveira Junior
Monique Tayse da Silva
Patricia A. Pereira de Carvalho
Patricia Nunes Martins 
Paulo Lisboa Cordeiro
Rafaela Fusieger
Rosângela Mara Siegel 
Silvana Henrique Silva 
Vanilda Liordina Heerdt
 
Gerência Administrativa e 
Financeira
Renato André Luz (Gerente)
Naiara Jeremias da Rocha
Valmir Venício Inácio 
Gerência de Ensino, Pesquisa 
e Extensão
Moacir Heerdt (Gerente)
Aracelli Araldi Hackbarth
Elaboração de Projeto e 
Reconhecimento de Curso
Diane Dal Mago 
Vanderlei Brasil
Extensão
Maria Cristina Veit (Coord.)
Pesquisa
Daniela Will (Coord. PUIP, PUIC, PIBIC) 
Mauro Faccioni (Coord. Nuvem)
Pós-Graduação
Clarissa Carneiro Mussi (Coord.)
Biblioteca 
Soraya Arruda (Coord.)
Paula Sanhudo da Silva
Renan Felipe Cascaes
Rodrigo Martins da Silva
Capacitação e Assessoria ao 
Docente
Angelita Marçal Flores (Coord.)
Adriana Silveira
Alexandre Wagner da Rocha
Cláudia Behr Valente
Elaine Cristiane Surian
Juliana Cardoso Esmeraldino
Patrícia da Silva Meneghel 
Simone Perroni da Silva Zigunovas 
Monitoria e Suporte
Rafael da Cunha Lara (Coord.)
Anderson da Silveira
Angélica Cristina Gollo
Bruno Augusto Zunino
Claudia Noemi Nascimento
Débora Cristina Silveira
Francine Cardoso da Silva
Karla F. Wisniewski Desengrini
Maria Eugênia Ferreira Celeghin
Maria Lina Moratelli Prado
Mayara de Oliveira Bastos
Patrícia de Souza Amorim
Poliana Morgana Simão
Priscila Machado
Gerência de Desenho 
e Desenvolvimento de 
Materiais Didáticos
Márcia Loch (Gerente)
Acessibilidade 
Vanessa de Andrade Manoel (Coord.) 
Bruna de Souza Rachadel 
Letícia Regiane Da Silva Tobal
Desenho Educacional
Carmen Maria Cipriani Pandini 
(Coord. Pós)
Carolina Hoeller da S. Boeing 
(Coord. Ext/DAD) 
Silvana Souza da Cruz (Coord. Grad.) 
Ana Cláudia Taú 
Cristina Klipp de Oliveira 
Eloisa Machado Seemann 
Flávia Lumi Matuzawa
Gabriella Araújo Souza Esteves 
Giovanny Noceti Viana 
Jaqueline Cardozo Polla
Lis Airê Fogolari 
Lygia Pereira 
Luiz Henrique Milani Queriquelli
Marina Cabeda Egger Moellwald 
Marina Melhado Gomes da Silva 
Melina de la Barrera Ayres 
Michele Antunes Correa
Nágila Cristina Hinckel 
Roberta de Fátima Martins 
Sabrina Paula Soares Scaranto
Viviane Bastos 
Gerência de Logística 
Jeferson Cassiano A. da Costa 
(Gerente)
Andrei Rodrigues
Logística de Encontros Presenciais 
Graciele Marinês Lindenmayr (Coord.) 
Ana Paula de Andrade
Cristilaine Santana Medeiros
Daiana Cristina Bortolotti
Edesio Medeiros Martins Filho
Fabiana Pereira
Fernando Oliveira Santos
Fernando Steimbach
Marcelo Jair Ramos
Logística de Materiais 
Carlos Eduardo D. da Silva (Coord.)
Abraão do Nascimento Germano
Fylippy Margino dos Santos
Guilherme Lentz
Pablo Farela da Silveira
Rubens Amorim
Gerência de Marketing 
Fabiano Ceretta (Gerente)
Alex Fabiano Wehrle
Sheyla Fabiana Batista Guerrer
Victor Henrique M. Ferreira (África)
Relacionamento com o Mercado
Eliza Bianchini Dallanhol Locks
Walter Félix Cardoso Júnior
Gerência de Produção 
Arthur Emmanuel F. Silveira (Gerente)
Francini Ferreira Dias
Design Visual 
Pedro Paulo Alves Teixeira (Coord.)
Adriana Ferreira dos Santos 
Alex Sandro Xavier
Alice Demaria Silva 
Anne Cristyne Pereira
Diogo Rafael da Silva
Edison Rodrigo Valim
Frederico Trilha 
Higor Ghisi Luciano
Jordana Paula Schulka
Nelson Rosa
Patrícia Fragnani de Morais
Multimídia 
Sérgio Giron (Coord.)
Cristiano Neri Gonçalves Ribeiro
Dandara Lemos Reynaldo
Fernando Gustav Soares Lima 
Sérgio Freitas Flores
Portal
Rafael Pessi (Coord.)
Luiz Felipe Buchmann Figueiredo
Comunicação
Marcelo Barcelos
Andreia Drewes
Carla Fabiana Feltrin Raimundo
Produção Industrial
Francisco Asp (Coord.)
Ana Paula Pereira
Marcelo Bittencourt
Gerência Serviço de Atenção 
Integral ao Acadêmico
James Marcel Silva Ribeiro (Gerente)
Atendimento
Maria Isabel Aragon (Coord.)
Andiara Clara Ferreira
André Luiz Portes
Bruno Ataide Martins
Holdrin Milet Brandao
Jenni er Camargo
Maurício dos Santos Augusto
Maycon de Sousa Candido
Sabrina Mari Kawano Gonçalves
Vanessa Trindade
Orivaldo Carli da Silva Junior
Estágio 
Jonatas Collaço de Souza (Coord.)
JulianaCardoso da Silva
Micheli Maria Lino de Medeiros
Priscilla Geovana Pagani
Prouni
Tatiane Crestani Trentin (Coord.) 
Gisele Terezinha Cardoso Ferreira
Scheila Cristina Martins
Taize Muller
Avenida dos Lagos, 41 – Cidade Universitária Pedra Branca | Palhoça – SC | 88137-900 | Fone/fax: (48) 3279-1242 e 3279-1271 | E-mail: cursovirtual@unisul.br | Site: www.unisul.br/unisulvirtual
Créditos
Universidade do Sul de Santa Catarina – Campus UnisulVirtual – Educação Superior a Distância
Reitor Unisul
Ailton Nazareno Soares
Vice-Reitor 
Sebastião Salésio Heerdt
Chefe de Gabinete da 
Reitoria
Willian Máximo
Pró-Reitora Acadêmica
Miriam de Fátima Bora Rosa
Pró-Reitor de Administração
Fabian Martins de Castro
Pró-Reitor de Ensino
Mauri Luiz Heerdt
Campus Universitário de 
Tubarão 
Diretora
Milene Pacheco Kindermann
Campus Universitário da 
Grande Florianópolis 
Diretor 
Hércules Nunes de Araújo
Campus Universitário 
UnisulVirtual
Diretora
Jucimara Roesler
Equipe UnisulVirtual 
Diretora Adjunta
Patrícia Alberton 
Secretaria Executiva e Cerimonial
Jackson Schuelter Wiggers (Coord.)
Bruno Lucion Roso
Marcelo Fraiberg Machado
Tenille Catarina
Assessoria de Assuntos 
Internacionais
Murilo Matos Mendonça
Assessoria DAD - Disciplinas a 
Distância 
Enzo de Oliveira Moreira (Coord.)
Carlos Alberto Areias
Franciele Arruda Rampelotti 
Luiz Fernando Meneghel
Assessoria de Inovação e 
Qualidade da EaD
Dênia Falcão de Bittencourt (Coord.)
Rafael Bavaresco Bongiolo
Assessoria de Relação com Poder 
Público e Forças Armadas
Adenir Siqueira Viana
Assessoria de Tecnologia 
Osmar de Oliveira Braz Júnior (Coord.) 
Felipe Jacson de Freitas
José Olímpio Schmidt 
Marcelo Neri da Silva 
Phelipe Luiz Winter da Silva
Priscila da Silva
Rodrigo Battistotti Pimpão
Coordenação dos Cursos
Auxiliares das coordenações
Fabiana Lange Patricio
Maria de Fátima Martins
Tânia Regina Goularte Waltemann
Coordenadores Graduação
Adriana Santos Rammê
Adriano Sérgio da Cunha 
Aloísio José Rodrigues 
Ana Luisa Mülbert 
Ana Paula R. Pacheco 
Bernardino José da Silva
Carmen Maria C. Pandini 
Catia Melissa S. Rodrigues
Charles Cesconetto 
Diva Marília Flemming 
Eduardo Aquino Hübler 
Eliza B. D. Locks
Fabiano Ceretta
Horácio Dutra Mello
Itamar Pedro Bevilaqua
Jairo Afonso Henkes
Janaína Baeta Neves
Jardel Mendes Vieira
Joel Irineu Lohn
Jorge Alexandre N. Cardoso
José Carlos N. Oliveira
José Gabriel da Silva
José Humberto D. Toledo
Joseane Borges de Miranda
Luciana Manfroi
Marciel Evangelista Catâneo
Maria Cristina Veit
Maria da Graça Poyer 
Mauro Faccioni Filho
Moacir Fogaça 
Myriam Riguetto
Nélio Herzmann 
Onei Tadeu Dutra 
Raulino Jacó Brüning 
Rogério Santos da Costa
Rosa Beatriz M. Pinheiro
Tatiana Lee Marques
Thiago Coelho Soares
Valnei Campos Denardin
Roberto Iunskovski
Rose Clér Beche
Rodrigo Nunes Lunardelli
Coordenadores Pós-Graduação
Aloisio Rodrigues
Anelise Leal Vieira Cubas
Bernardino José da Silva
Carmen Maria Cipriani Pandini
Daniela Ernani Monteiro Will
Giovani de Paula
Karla Leonora Nunes
Luiz Otávio Botelho Lento
Thiago Coelho Soares
Vera Regina N. Schuhmacher
Gerência Administração 
Acadêmica 
Márcia Luz de Oliveira (Gerente)
Fernanda Farias
Financeiro Acadêmico
Marlene Schau er 
Rafael Back
Vilmar Isaurino Vidal
Gestão Documental
Lamuniê Souza (Coord.)
Clair Maria Cardoso
Janaina Stuart da Costa
Josiane Leal
Marília Locks Fernandes
Ricardo Mello Platt
Secretaria de Ensino a Distância 
Karine Augusta Zanoni 
(Secretária de Ensino) 
Giane dos Passos 
(Secretária Acadêmica)
Alessandro Alves da Silva
Andréa Luci Mandira 
Cristina Mara Shau ert
Djeime Sammer Bortolotti 
Douglas Silveira
Fabiano Silva Michels
Felipe Wronski Henrique
Janaina Conceição
Jean Martins
Luana Borges da Silva
Luana Tarsila Hellmann
Maria José Rossetti 
Miguel Rodrigues da Silveira Junior
Monique Tayse da Silva
Patricia A. Pereira de Carvalho
Patricia Nunes Martins 
Paulo Lisboa Cordeiro
Rafaela Fusieger
Rosângela Mara Siegel 
Silvana Henrique Silva 
Vanilda Liordina Heerdt
 
Gerência Administrativa e 
Financeira
Renato André Luz (Gerente)
Naiara Jeremias da Rocha
Valmir Venício Inácio 
Gerência de Ensino, Pesquisa 
e Extensão
Moacir Heerdt (Gerente)
Aracelli Araldi Hackbarth
Elaboração de Projeto e 
Reconhecimento de Curso
Diane Dal Mago 
Vanderlei Brasil
Extensão
Maria Cristina Veit (Coord.)
Pesquisa
Daniela Will (Coord. PUIP, PUIC, PIBIC) 
Mauro Faccioni (Coord. Nuvem)
Pós-Graduação
Clarissa Carneiro Mussi (Coord.)
Biblioteca 
Soraya Arruda (Coord.)
Paula Sanhudo da Silva
Renan Felipe Cascaes
Rodrigo Martins da Silva
Capacitação e Assessoria ao 
Docente
Angelita Marçal Flores (Coord.)
Adriana Silveira
Alexandre Wagner da Rocha
Cláudia Behr Valente
Elaine Cristiane Surian
Juliana Cardoso Esmeraldino
Patrícia da Silva Meneghel 
Simone Perroni da Silva Zigunovas 
Monitoria e Suporte
Rafael da Cunha Lara (Coord.)
Anderson da Silveira
Angélica Cristina Gollo
Bruno Augusto Zunino
Claudia Noemi Nascimento
Débora Cristina Silveira
Francine Cardoso da Silva
Karla F. Wisniewski Desengrini
Maria Eugênia Ferreira Celeghin
Maria Lina Moratelli Prado
Mayara de Oliveira Bastos
Patrícia de Souza Amorim
Poliana Morgana Simão
Priscila Machado
Gerência de Desenho 
e Desenvolvimento de 
Materiais Didáticos
Márcia Loch (Gerente)
Acessibilidade 
Vanessa de Andrade Manoel (Coord.) 
Bruna de Souza Rachadel 
Letícia Regiane Da Silva Tobal
Desenho Educacional
Carmen Maria Cipriani Pandini 
(Coord. Pós)
Carolina Hoeller da S. Boeing 
(Coord. Ext/DAD) 
Silvana Souza da Cruz (Coord. Grad.) 
Ana Cláudia Taú 
Cristina Klipp de Oliveira 
Eloisa Machado Seemann 
Flávia Lumi Matuzawa
Gabriella Araújo Souza Esteves 
Giovanny Noceti Viana 
Jaqueline Cardozo Polla
Lis Airê Fogolari 
Lygia Pereira 
Luiz Henrique Milani Queriquelli
Marina Cabeda Egger Moellwald 
Marina Melhado Gomes da Silva 
Melina de la Barrera Ayres 
Michele Antunes Correa
Nágila Cristina Hinckel 
Roberta de Fátima Martins 
Sabrina Paula Soares Scaranto
Viviane Bastos 
Gerência de Logística 
Jeferson Cassiano A. da Costa 
(Gerente)
Andrei Rodrigues
Logística de Encontros Presenciais 
Graciele Marinês Lindenmayr (Coord.) 
Ana Paula de Andrade
Cristilaine Santana Medeiros
Daiana Cristina Bortolotti
Edesio Medeiros Martins Filho
Fabiana Pereira
Fernando Oliveira Santos
Fernando Steimbach
Marcelo Jair Ramos
Logística de Materiais 
Carlos Eduardo D. da Silva (Coord.)
Abraão do Nascimento Germano
Fylippy Margino dos Santos
Guilherme Lentz
Pablo Farela da Silveira
Rubens Amorim
Gerência de Marketing 
Fabiano Ceretta (Gerente)
Alex Fabiano Wehrle
Sheyla Fabiana Batista Guerrer
Victor Henrique M. Ferreira (África)
Relacionamento com o Mercado
Eliza Bianchini Dallanhol Locks
Walter Félix Cardoso Júnior
Gerência de Produção 
Arthur Emmanuel F. Silveira (Gerente)
Francini Ferreira Dias
Design Visual 
Pedro Paulo Alves Teixeira (Coord.)
Adriana Ferreira dos Santos 
Alex Sandro Xavier
Alice Demaria Silva 
Anne Cristyne Pereira
Diogo Rafael da Silva
Edison Rodrigo Valim
Frederico Trilha 
Higor Ghisi Luciano
Jordana Paula Schulka
Nelson Rosa
Patrícia Fragnani de Morais
Multimídia 
Sérgio Giron (Coord.)
Cristiano Neri Gonçalves Ribeiro
Dandara Lemos Reynaldo
Fernando Gustav Soares Lima 
Sérgio Freitas Flores
Portal
Rafael Pessi (Coord.)
Luiz Felipe Buchmann Figueiredo
Comunicação
Marcelo Barcelos
Andreia Drewes
Carla Fabiana Feltrin Raimundo
Produção Industrial
Francisco Asp (Coord.)
Ana Paula Pereira
Marcelo Bittencourt
Gerência Serviço de Atenção 
Integral ao Acadêmico
James Marcel Silva Ribeiro (Gerente)
Atendimento
Maria Isabel Aragon (Coord.)
Andiara Clara Ferreira
André Luiz Portes
Bruno Ataide Martins
Holdrin MiletBrandao
Jenni er Camargo
Maurício dos Santos Augusto
Maycon de Sousa Candido
Sabrina Mari Kawano Gonçalves
Vanessa Trindade
Orivaldo Carli da Silva Junior
Estágio 
Jonatas Collaço de Souza (Coord.)
Juliana Cardoso da Silva
Micheli Maria Lino de Medeiros
Priscilla Geovana Pagani
Prouni
Tatiane Crestani Trentin (Coord.) 
Gisele Terezinha Cardoso Ferreira
Scheila Cristina Martins
Taize Muller
Avenida dos Lagos, 41 – Cidade Universitária Pedra Branca | Palhoça – SC | 88137-900 | Fone/fax: (48) 3279-1242 e 3279-1271 | E-mail: cursovirtual@unisul.br | Site: www.unisul.br/unisulvirtual
Marcelo José Cavalcanti
Enzo de Oliveira Moreira
Palhoça
UnisulVirtual
2010
Metodologia para Estudo de Caso
 
Livro didático
5ª edição revista
 
 
Design instrucional
Carmen Maria Cipriani Pandini
Edição – Livro Didático
Professor Conteudistas
Marcelo José Cavalcanti 
Enzo de Oliveira Moreira
Design Instrucional
Carmen Maria Cipriani Pandini
Assistente Acadêmico
Nágila Cristina Hinckel 
(5ª ed. revista e atualizada)
Projeto Gráfico e Capa
Equipe UnisulVirtual
Diagramação
Higor Ghisi Luciano 
Frederico Trilha 
(5ª edição revista e atualizada)
Revisão 
Amaline Boulus Issa Mussi
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universitária da Unisul
001.42
C37 Cavalcanti, Marcelo José
Metodologia para o estudo de caso : livro didático / Marcelo José 
Cavalcanti, Enzo de Oliveira Moreira ; design instrucional Carmen Maria 
Cipriani Pandini ; [assistente acadêmico Nágila Cristina Hinckel]. – 5. ed. 
rev. – Palhoça : UnisulVirtual, 2010.
169 p. : il. ; 28 cm.
 Inclui bibliografia.
 1. Pesquisa. 2. Método de estudo de casos. I. Moreira, Enzo 
de Oliveira. II. Pandini, Carmen Maria Cipriani. III. Hinckel, Nágila Cristina. 
IV. Título.
Copyright © UnisulVirtual 2010
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prévia autorização desta instituição. 
Sumário
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Palavras dos professores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Plano de estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11
UNIDADE 1 Estratégias de Pesquisa Científica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15
UNIDADE 2 Estudo de Caso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33
UNIDADE 3 Etapas iniciais de um relatório de pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
UNIDADE 4 Etapas finais de um relatório de pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105
Para concluir o estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 157
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159
Sobre os professores conteudistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 163
Respostas e comentários das atividades de autoavaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165
Biblioteca Virtual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 169
7
Apresentação
Este livro didático corresponde à disciplina Metodologia para 
Estudo de Caso.
O material foi elaborado visando a uma aprendizagem 
autônoma, abordando conteúdos especialmente selecionados e 
adotando uma linguagem que facilite seu estudo a distância. 
Por falar em distância, isto não significa que você estará 
sozinho. Não esqueça que sua caminhada nesta disciplina 
também será acompanhada constantemente pelo Sistema 
Tutorial da UnisulVirtual. Entre em contato sempre que sentir 
necessidade. Nossa equipe terá o maior prazer em atendê-lo, 
pois sua aprendizagem é o nosso principal objetivo.
Bom estudo e sucesso!
 
Equipe UnisulVirtual. 
Palavras dos professores
O desenvolvimento da Pesquisa Científica no Ensino 
Superior é primordial para o aperfeiçoamento humano 
e para a produção do conhecimento. Por essa razão, as 
Instituições de Ensino Superior (lES) têm como uma de 
suas finalidades produzir e sistematizar os saberes através da 
produção científica por parte do corpo discente e do corpo 
docente.
O estudo de caso tem caráter acadêmico-científico. 
Materializa-se com a escolha de um tema pelo acadêmico, 
o qual irá desenvolvê-lo individualmente e mediante 
acompanhamento do professor. A escolha do tema é de 
extrema relevância. E, quanto mais específico e delimitado o 
assunto, mais significativa será a produção científica.
Toda atividade de pesquisa reflete o resultado de estudos 
realizados e expressa, também, o grau de conhecimento do 
acadêmico em relação ao assunto investigado.
Este livro objetiva oportunizar a padronização das regras 
pertinentes ao desenvolvimento do Estudo de Caso.
Se, após a leitura e estudo deste livro, persistirem dúvidas 
quanto à elaboração do Estudo de Caso, o professor deverá 
ser consultado.
Plano de estudo 
O plano de estudos visa a orientá-lo (a) no desenvolvi-
mento da Disciplina. Possui elementos que o (a) ajudarão 
a conhecer o contexto da Disciplina e a organizar o seu 
tempo de estudos. 
O processo de ensino e aprendizagem na UnisulVirtual 
leva em conta instrumentos que se articulam e se 
complementam, portanto a construção de competências 
se dá sobre a articulação de metodologias e por meio das 
diversas formas de ação/mediação.
 
São elementos desse processo:
 „ o livro didático;
 „ o EVA (Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem);
 „ as atividades de avaliação (a distância, presenciais e 
autoavaliação);
 „ o Sistema Tutorial. 
 
 
Carga horária
60 horas-aula - 4 créditos. 
 
Ementa
Tipos de pesquisa. Estudo de Caso: conceito, composição 
estrutural e metodologia.
12
Objetivos da disciplina
O objetivo deste livro é contextualizar o(a) estudante nas 
atividades de pesquisa científica, através de metodologia 
prático-reflexiva, com a apresentação de um roteiro que 
o(a) auxilie na elaboração de seu projeto de pesquisa. Além 
disto, nesta disciplina, o(a) estudante terá subsídios para 
a execução da pesquisa e elaboração do relatório final, 
bem como acesso à padronização das regras pertinentes à 
elaboração e desenvolvimento de um Estudo de Caso. 
 
Conteúdo programático/objetivos
Veja, a seguir, as unidades que compõem o livro didático 
desta disciplina e os seus respectivos objetivos. Estes se 
referem aos resultados que você deverá alcançar ao final de 
uma etapa de estudo. Os objetivos de cada unidade definem 
o conjunto de conhecimentos que você deverá possuir 
para o desenvolvimento de habilidades e competências 
necessárias à sua formação.
 
Unidades de estudo: 4
UNIDADE 1 – Estratégias de Pesquisa Científica
Nesta unidade, serão apresentados alguns conceitos 
norteadores a respeito de pesquisa científica e métodos 
de pesquisa sob o viés da base lógica da investigação, da 
finalidade da pesquisa e do delineamento da pesquisa.
UNIDADE 2 – Estudo de Caso 
Nesta unidade, trabalharemos a definição de um estudo 
de caso mais especificamente, com detalhes sobre a 
oportunidade de aplicação e as suas vantagens. Além disto, 
apresentaremos os tipos e as etapas de um estudo de caso.
13
UNIDADE 3 – Etapas iniciais de um relatório de pesquisa 
A unidade 3 é contextualizadora, pois dá início à construção 
do planejamento para o estudo de caso. Ela mostra os 
primeiros passos para a elaboraçãodo relatório e justifica a 
sua aplicação.
UNIDADE 4 – Etapas finais de um relatório de pesquisa
Nesta unidade, serão apresentadas as formas de socializar 
os resultados da aplicação do planejamento da pesquisa. 
Aqui será mostrado como construir as etapas de aplicação, 
apresentação, análise e sugestões do relatório final da 
pesquisa de estudo de caso.
14
 Agenda de atividades/ Cronograma 
 „ Verifique com atenção o EVA, organize-se para acessar 
periodicamente a sala da disciplina. O sucesso nos seus 
estudos depende da priorização do tempo para a leitura, da 
realização de análises e sínteses do conteúdo e da interação 
com os seus colegas e professor. 
 „ Não perca os prazos das atividades. Registre no espaço 
a seguir as datas com base no cronograma da disciplina 
disponibilizado no EVA.
 „ Use o quadro para agendar e programar as atividades 
relativas ao desenvolvimento da disciplina.
Atividades 
Demais atividades (registro pessoal)
UNIDADE 1
Estratégias de Pesquisa 
Científica
Objetivos de aprendizagem
 Nesta unidade, você terá subsídios para:
„ conhecer os conceitos básicos sobre pesquisa científica e 
métodos de pesquisa;
„ saber diferenciar os métodos que proporcionam a base 
lógica da investigação, dos que identificam a finalidade 
da pesquisa e dos que delineiam a pesquisa. 
Seções de estudo
Seção 1 A pesquisa científica
Seção 2 O método de pesquisa
Seção 3 Métodos que proporcionam a base lógica 
da investigação
Seção 4 Métodos que identificam a finalidade da 
pesquisa 
Seção 5 Delineamento da pesquisa: meios de 
investigação
Seção 6 A pesquisa científica na UnisulVirtual
1
16
Universidade do Sul de Santa Catarina
Para início de estudo
Provavelmente, você já realizou alguma pesquisa em sua vida, 
formal ou até mesmo informal, e, também, já deve ter percebido 
que, dependendo de como você planeje e execute a sua pesquisa, 
pode ter resultados diferentes! Muitos questionam a importância 
da normatização, como o caso da ABNT, mas poucos conseguem 
perceber que através da normatização evitamos tendenciar uma 
pesquisa. A partir de agora, você irá entrar no mundo da pesquisa 
científica e vai, na prática, montar um projeto de pesquisa, para 
executá-lo na próxima disciplina em seu curso. 
- Vamos iniciar o estudo, então? Preparado(a)? Inicialmente você 
estudará o que é Pesquisa. 
Seção 1 - A pesquisa científica
Ao iniciar os estudos desta disciplina, é importante que você 
contextualize nomenclaturas as quais vai utilizar ao longo do 
estudo. Para seguir a trajetória que envolverá a produção de uma 
pesquisa científica, é necessário entender o conceito de ciência. 
Iniciamos, trazendo o conceito de Fachin (2001, p.15):
[...] se pode considerar a Ciência como uma forma de 
conhecimento que tem por objetivo formular, mediante 
linguagem rigorosa e apropriada – se possível, com 
auxílio da linguagem matemática –, leis que regem os 
fenômenos. Embora sendo as mais variadas, essas leis 
apresentam vários pontos em comum: são capazes de 
descrever séries de fenômenos; são comprováveis por meio 
da observação e da experimentação; são capazes de prever 
– pelo menos de forma probabilística – acontecimentos 
futuros. [...]
Após entender o termo “CIÊNCIA”, você precisa também 
contextualizar “CONHECIMENTO”, que pode ser entendido 
como o conjunto de ferramentas conceituais e padrões usados 
pelos seres humanos para criar, colecionar, armazenar e 
compartilhar a informação. 
17
Metodologia para Estudo de Caso
Unidade 1
O conhecimento pode ser um refinamento de informações. 
A ele está associada certa dose de inteligência, que é capaz de 
fazer associações entre informações, experiências e conceitos, e 
elaborar conclusões. Dutra (2003) nos diz que o conhecimento 
serve para o ser humano enfrentar as agruras da natureza. 
Relaciona o conteúdo retido pela mente humana (informação) 
com sua aplicação à sua sobrevivência na natureza. Sendo assim, 
relaciona-se o conhecimento com as inter-relações que os seres 
humanos mantêm entre si para edificar a sociedade onde vivem.
A partir desta introdução sobre CIÊNCIA e 
CONHECIMENTO, podemos dizer que a “ciência gera 
conhecimento”, concorda? 
Mas, como isto acontece?
Para responder a esta questão, é interessante pensarmos que a 
ciência gera o conhecimento explícito através da aplicação de 
determinados métodos. São estes métodos que veremos, de forma 
mais detalhada, na próxima seção.
Seção 2 - O método de pesquisa
Antes de apresentarmos formalmente o conceito, cabe 
expor uma visão mais generalista sobre método, que 
pode se referir à organização em que serão aplicados 
os processos necessários para se atingir um objetivo; ou, 
ao conjunto de regras aplicadas na investigação e na 
demonstração de um fato. 
Para Fachin (2003, p. 27),
método é um instrumento do conhecimento que 
proporciona aos pesquisadores, em qualquer área de 
sua formação, orientação geral que facilita planejar uma 
pesquisa, formular hipóteses, coordenar investigações, 
realizar experiências e interpretar resultados.
18
Universidade do Sul de Santa Catarina
O método pode ser considerado o trajeto a ser 
percorrido pelo pesquisador, no decorrer do 
desenvolvimento da pesquisa. Daí que, através do 
método pode-se descobrir a reiteração dos fatos, 
isto é, a repetição dos fatos em intervalos idênticos, 
perseguindo-se a observação da regularidade dos 
fenômenos, verificar, inferir, explicar e generalizar o 
fenômeno e, então, transformá-lo em lei. O método 
tem uma estrutura técnica e uma operação mental. A 
primeira diz respeito aos vários métodos científicos, 
denominados métodos e a segunda se refere aos 
métodos racionais, ou seja, a indução e a dedução.
A técnica é a maneira mediante a qual o pesquisador vai 
percorrer o caminho de sua pesquisa. Assim, o método é estável; 
as técnicas são variáveis, de acordo com o progresso tecnológico. 
O método indica o que fazer e a técnica indica o como fazer. Em 
suma, o método deve ser compreendido como a estratégia para se 
auferirem resultados. 
Não se inventa um método; ele depende, fundamentalmente, 
do objeto da pesquisa. Os pesquisadores que alcançaram 
êxito comprovado em suas investigações tiveram o cuidado de 
registrar os “caminhos” percorridos e os meios que os levaram 
ao cumprimento de seus objetivos. Seus registros, então, 
possibilitaram a outros cientistas a análise de tais processos para 
a comprovação, aprimoramento e reutilização dos “caminhos” 
já percorridos. Assim, estes processos, empíricos no início, 
foram transformados, com o passar do tempo, em métodos 
comprovadamente científicos, como nos mostra Gil (1999, p.27). 
Muitos pensadores do passado manifestaram a aspiração 
de definir um método universal aplicável a todos os 
ramos do conhecimento. Hoje, porém, os cientistas e 
os filósofos da ciência preferem falar numa diversidade 
de métodos, que são determinados pelo tipo de objeto a 
investigar e pela classe de proposições a descobrir. Assim, 
pode-se afirmar que a Matemática não tem o mesmo 
método da Física, e que esta não tem o mesmo método 
da Astronomia. E com relação às ciências sociais, pode-
se mesmo dizer que dispõem de grande variedade de 
métodos. (GIL, 1999, p. 27).
19
Metodologia para Estudo de Caso
Unidade 1
Para Cervo e Bervian (2002), o método científico quer descobrir 
a realidade dos fatos, e esses, ao serem descobertos, devem, por 
sua vez, guiar o uso do método. Assim, o método científico 
segue o caminho da dúvida sistemática e metódica, que não se 
confunde com a dúvida universal dos céticos, que é impossível.
Considerando-se o grande número de métodos científicos, torna-
se conveniente classificá-los. 
Assim, de acordo com a natureza específica de cada problema 
investigado, estabelece-sea escolha de métodos apropriados 
para atingir um fim, que é o saber. Os métodos podem ser 
classificados em três grandes grupos, conforme Gil (1999) e por 
Vergara (2000): métodos que proporcionam a base lógica da 
investigação, métodos que identificam a finalidade da pesquisa e 
delineamento da pesquisa: meios de investigação.
SEÇÃO 3 - Métodos que proporcionam a base lógica da 
investigação
Perceba que existem vários tipos de métodos na vasta bibliografia 
atual, referente à Metodologia Científica. Esta seção apresenta 
os métodos que proporcionam a base lógica da investigação. Este 
tipo de método trata dos procedimentos que serão aplicados no 
processo de investigação científica dos fatos da natureza e da 
sociedade. O ponto de partida deste método conta com um alto 
índice de abstração, possibilitando aos pesquisadores inferir sobre 
o alcance de sua investigação, as regras de explicação dos fatos e 
da validade de suas generalizações. Apesar da abstração inicial, a 
lógica na escolha dos procedimentos não deve ser leviana. 
Para sucesso na escolha do tipo de base lógica apresentaremos, a 
seguir, os dois principais métodos. 
Método dedutivo 
É o método que parte do geral e, logo após desce ao particular. 
Isto implica partir de princípios reconhecidos como verdadeiros 
e indiscutíveis, possibilitando chegar-se a conclusões de maneira 
formal, em virtude de sua lógica. 
20
Universidade do Sul de Santa Catarina
O emprego do pensamento dedutivo acontece quando, segundo 
Ruiz (1996, p. 139), “a partir de enunciados mais gerais dispostos 
ordenadamente como premissas de um raciocínio, chega a uma 
conclusão particular ou menos geral”. Ou seja, parte-se do geral 
para o particular. 
Este método é defendido pelos racionalistas – Descartes, 
Spinoza, Leibniz –, pois, para eles, somente a razão é capaz de 
conduzir ao conhecimento verdadeiro, cuja decorrência estaria 
relacionada a princípios a priori evidentes e irrecusáveis.
Método indutivo 
É o método inverso ao método dedutivo, pois parte do particular 
e coloca a generalização como um produto posterior do trabalho 
de coleta de dados particulares. A indução, enquanto forma de 
pensar contrária à dedução, implica “um processo de raciocínio 
inverso ao processo dedutivo”, segundo Ruiz (1996, p. 139). A 
indução parte de fatos singulares para fatos mais gerais, ou seja, 
parte do particular para o geral.
No raciocínio indutivo, a generalização não deve ser a priori 
buscada, mas apenas constatada a partir da observação de casos 
concretos que confirmem esta realidade. O método indutivo é 
o método proposto pelos empiristas – Bacon, Hobbes, Locke 
e Hume –, pois os mesmos consideram que o conhecimento é 
fundamentado exclusivamente na experiência, desconsiderando 
os princípios preestabelecidos. 
Saiba mais
Além dos métodos dedutivo e indutivo apresentados nesta 
unidade, outros autores desenvolveram também seus próprios 
métodos, que apresentamos a seguir.
Método hipotético-dedutivo: é defendido por Karl 
Popper, que, a partir de críticas à indução, pressupõe que o 
pesquisador, através de uma combinação de observações, 
hábeis antecipações e intuição científica, alcançará um conjunto 
de postulados os quais regem os fenômenos por que estão 
interessados. 
21
Metodologia para Estudo de Caso
Unidade 1
Método dialético: o fato de ter sido utilizado por Platão 
na arte do diálogo demonstra a antiguidade deste método, 
muito embora a concepção moderna deste método esteja 
fundamentada em Hegel, cuja idéia pressupõe que a lógica 
e a história da humanidade seguem uma trajetória dialética, 
onde as contradições se transcendem, dando origem a novas 
contradições que passarão a requerer novas soluções; em um 
processo contínuo. A concepção hegeliana de dialética é de 
natureza idealista, admitindo, portanto, a hegemonia das idéias 
sobre a matéria. Desta forma, o materialismo dialético poderá 
ser entendido como um método de interpretação da realidade.
Método fenomenológico: sugere uma base sólida de 
investigação sem a possibilidade de proposições. A premissa 
básica deste método é: “avançar para as coisas”, onde “coisas” 
refletem os dados. Portanto o método fenomenológico 
não se preocupa com o fenômeno em si, mas sim com os 
dados, independentemente se esses dados representam 
uma realidade, ou uma mera aparência. Esta característica faz 
com que o método fenomenológico não seja dedutivo nem 
empírico: seu propósito é mostrar o que é o dado e esclarecer 
sobre o que é, não se importando em explicar as leis nem 
fazer deduções com base nos princípios, mas sim, considerar o 
que está presente na consciência, o objeto. A fenomenologia 
ressalta a idéia de que o mundo é criado pela consciência, o 
que pressupõe o reconhecimento da importância do sujeito no 
processo da construção do conhecimento. 
FONTE: Gil (1999).
 
 
Seção 4 - Métodos que identificam a finalidade da 
pesquisa 
Os fins, como o próprio nome designa, identificam o propósito 
pelo qual uma pesquisa é realizada. Desta forma, Vergara (2000) 
lista um conjunto de métodos pelos quais uma pesquisa se 
justificaria. Veja a seguir.
22
Universidade do Sul de Santa Catarina
Pesquisa Exploratória
Normalmente, é feita em áreas onde o conhecimento é escasso 
e sistematizado e, por sua natureza de sondagem, não comporta 
inicialmente as hipóteses, porém nada impede que as hipóteses 
surjam durante ou no final da pesquisa. Tem por finalidade a 
descoberta de práticas ou diretrizes que precisam ser modificadas 
e a obtenção de alternativas ao conhecimento científico existente. 
Tem por objetivo principal a descoberta de novos princípios para 
substituírem as atuais teorias e leis científicas, como nos diz Jung 
(2003).
Pesquisa Descritiva 
Este tipo de pesquisa tem por objetivo expor as características de 
uma determinada população ou fenômeno, de forma a estabelecer 
correlação entre as variáveis, para então definir sua natureza. A 
pesquisa descritiva, de acordo com Mattar (1994), visa a prover o 
pesquisador de dados sobre as características de grupos, estimar 
proporções de determinadas características e verificar a existência 
de relações entre variáveis. Embora a pesquisa descritiva não 
tenha o compromisso de explicar os fenômenos que descreve, 
ela servirá de base para tal explicação - como é observado nas 
pesquisas de opinião. 
Pesquisa Explicativa 
O objetivo desta investigação é o de esclarecer e justificar os 
motivos pelos quais algo acontece, buscando evidenciar quais fatores 
contribuem, de alguma forma, para a ocorrência de determinado 
fenômeno. Tem por objetivo ampliar generalizações, definir leis mais 
amplas, estruturar sistemas e modelos teóricos, relacionar hipóteses 
numa visão mais unitária do universo e gerar novas hipóteses por 
força de dedução lógica. Exige síntese e reflexão. Visa identificar os 
fatores que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Explica o 
“porquê das coisas”, de acordo com Jung (2003).
A figura 1.1 apresenta as diferenças entre estes três tipos de pesquisa. 
Observe.
23
Metodologia para Estudo de Caso
Unidade 1
Figura 1.1 - Diferenças básicas. 
Fonte: Jung (2003). Com modificações. 
Seção 5 - Delineamento da pesquisa: meios de 
investigação 
Gil (1999) considera o delineamento como o planejamento da 
pesquisa em sua dimensão mais ampla, envolvendo tanto a 
sua diagramação quanto a previsão de análise e interpretação 
dos dados. Entre outros aspectos, o delineamento considera 
o ambiente em que são coletados os dados, bem como as 
formas de controle das variáveis envolvidas. O delineamento 
define os meios de investigação a serem utilizados na 
pesquisa, que se tornam essenciais face à necessidade de 
confrontação entre a visão teórica do problema com os dados 
da realidade. 
Assim, segundo Gil (1999), podem ser definidos dois gruposde delineamento: 
 „ aquele que se vale das chamadas fontes de papel, onde 
estão a pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental; e
24
Universidade do Sul de Santa Catarina
 „ aquele cujos dados são fornecidos por pessoas, onde 
estão a pesquisa experimental, a pesquisa post-factum, o 
levantamento, o estudo de campo e o estudo de caso. 
A seguir, apresentam-se algumas considerações sobre cada 
delineamento. 
Pesquisa Bibliográfica 
É o estudo sistematizado, desenvolvido a partir de material já 
elaborado, constituído principalmente de livros e artigos 
científicos. Para Cervo e Bervian (2002), a pesquisa bibliográfica 
procura explicar um problema a partir de referências teóricas 
publicadas em documento. Pode ser realizada independentemente 
ou como parte da pesquisa descritiva ou experimental. Em ambos 
os casos, busca conhecer e analisar as contribuições culturais ou 
científicas do passado, existentes sobre determinado assunto, 
tema ou problema; busca também, explorar novas áreas onde os 
problemas não se cristalizaram suficientemente, e tem por 
objetivo permitir ao cientista o reforço paralelo na análise de suas 
pesquisas ou manipulação de suas informações. O propósito deste 
tipo de pesquisa é o de fundamentar qualquer outro tipo de 
pesquisa. Quanto às fontes, poderão ser primárias, se coletadas 
em materiais originais que deram origem a outros estudos; ou 
secundárias, que têm suas origens em obras já publicadas.
Pesquisa Documental
Muito semelhante à pesquisa bibliográfica, a pesquisa 
documental diferencia-se por valer-se de materiais que ainda não 
receberam um tratamento analítico. Trata-se, portanto, de 
investigação realizada em documentos conservados no interior de 
órgãos públicos e privados; ou de pessoas que, a partir da 
interpretação do pesquisador, poderão dar origem a uma obra.
Pesquisa Experimental
Investigação de natureza empírica, onde o pesquisador manipula 
e controla as variáveis independentes, observando as possíveis 
alterações que tais variáveis provocarão sobre as variáveis 
dependentes. Desta forma, para que se tenha um delineamento 
experimental, é necessário que se determine um objeto de estudo, 
25
Metodologia para Estudo de Caso
Unidade 1
cujas variáveis poderão influenciar o pesquisador, nas formas de 
controle e de observação. 
Pesquisa post factum
Esta pesquisa se fundamenta apenas na experiência, onde as 
variáveis independentes não são controladas pelo investigador, 
seja porque já ocorreram suas manifestações, seja porque são 
intrinsecamente não-manipuláveis, tais como: sexo, classe social, 
nível intelectual, preconceitos, autoritarismo, entre outras.
Pesquisa Survey (Levantamento)
Este tipo de pesquisa tem por característica a interrogação direta 
das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Gil (2000) 
afirma que pelo “método survey” levantamento é caracterizado 
como pesquisa formada por uma amostra que se constitui num 
subconjunto da população - se estimam as características da 
população total. Complementa o autor que os levantamentos 
apresentam como vantagens o conhecimento direto da realidade; 
economia e rapidez; facilidade de quantificação.
Gil (1999) esclarece que, na maioria dos levantamentos, não 
são pesquisados todos os integrantes da população estudada: 
o que se faz, normalmente, é a seleção de um grupo mediante 
procedimentos estatísticos, que possam, com a menor margem de 
erro, representar toda a população.
Pesquisa de Campo
A pesquisa de campo, para Vergara (2000, p. 47), “é uma investi-
gação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fe-
nômeno ou que dispõe de elementos para explicá-lo”, podendo-se 
valer, ou não, de entrevistas, aplicação de questionários ou testes. 
Para Gil (2000), embora as pesquisas de campo se assemelhem 
aos levantamentos (surveys), existem duas características que as 
diferem. São elas: 
26
Universidade do Sul de Santa Catarina
a) estudos de campo se preocupam mais com o 
aprofundamento das questões propostas do que com a 
distribuição das características da população segundo 
determinadas variáveis, o que lhes dá maior flexibilidade; e 
b) pesquisas de campo estudam um único grupo ou 
comunidade em termos de sua estrutura social, 
destacando-se a interação de seus componentes. Desta 
forma, o estudo de campo tende a utilizar muito mais 
técnicas de observação do que de interrogação. 
Seção 6 - A Pesquisa Científica na UnisulVirtual
Diante da abordagem conceitual dos métodos que você acabou de 
ler, utilizada para nortear a metodologia da pesquisa científica, é 
possível inferir que a ciência moderna tem usado uma combinação 
desses métodos, de modo a superar as deficiências que cada um 
possui, não apenas para alcançar uma exatidão inconfundível, mas 
tão somente para ser capaz de atender a complexidade atual.
Até aqui você conheceu os métodos de pesquisa que 
proporcionam a base da investigação e identificam 
a finalidade da pesquisa. Esta contextualização dá 
suporte para estudarmos mais à frente detalhes sobre 
o método de “estudo de caso”, ponto central de nosso 
estudo.
A contextualização a que se propõe esta unidade nos abre 
caminho para justificar e apresentar o método de pesquisa que a 
UnisulVirtual escolheu para seus cursos tecnólogos de graduação 
na modalidade a distância. 
Entendemos que a escolha pela Metodologia de Estudo de Caso 
é a mais viável para uma estratégia prático-reflexiva nos cursos de 
curta duração. Este método nos possibilita rapidez na fase inicial, 
aplicabilidade prática em curto espaço de tempo, sem, no entanto, 
perder-se a característica de uma pesquisa científica. 
27
Metodologia para Estudo de Caso
Unidade 1
O estudo de caso vem sendo utilizado cada vez mais pelos 
pesquisadores, em virtude de poder ser utilizado com diferentes 
propósitos. Isto configura outro motivo de ser escolhido o método 
de estudo de caso, já que, na UnisulVirtual temos diversos cursos 
tecnólogos em diferentes áreas. 
O estudo de caso como padrão para todos os cursos tecnólogos a 
distância na UnisulVirtual nos permitirá homogeneizar a prática 
da pesquisa como parte integrante do processo de aprendizagem 
em nível de graduação, sem perda de qualidade e com liberdade 
de ação em diversas áreas.
É importante você perceber que o método de estudo de caso é 
objeto central deste livro, sendo abordado com mais detalhes 
nas unidades a seguir. A partir de agora você poderá, na prática, 
participar de uma pesquisa científica real, a partir da qual poderá 
refletir sobre ciência e praticar pesquisa com o auxílio de seu 
professor. 
Antes, porém, é importante mostrarmos 
administrativamente como este estudo de caso 
funcionará para o seu curso. 
 
Este material tem o objetivo de viabilizar a elaboração do 
relatório de pesquisa da disciplina Estudo de Caso, em que 
você se matriculará no próximo semestre. Durante o processo 
de leitura dos conteúdos deste livro, procure desenvolver um 
elo entre o que está apresentado, os materiais que você já tem 
disponíveis e a realidade a ser estudada. 
 
Lembre que você pode utilizar todos os conteúdos já 
estudados em seu Curso – tanto os livros didáticos, 
quanto os sites na internet e outras leituras realizadas 
– como fonte de pesquisa para enriquecer o seu 
estudo de caso. 
28
Universidade do Sul de Santa Catarina
Regras gerais do estudo de caso nos cursos de graduação da 
UnisulVirtual
A disciplina Metodologia de Estudo de Caso deve ser cursada 
anteriormente à disciplina de Estudo de Caso. Ambas as 
disciplinas (Metodologia de Estudo de Caso e Estudo de Caso) 
têm características e particularidades que você necessita entender 
antes de seguir com seu trabalho. 
É muito importante que você leia com atenção todo este livro 
nesta disciplina (Metodologia para Estudo de Caso), o guarde 
para balizara sequência da sua pesquisa com a disciplina seguinte 
(Estudo de Caso) e o tenha sempre à mão para fazer consultas. 
Resumidamente a sua pesquisa científica será construída com 
suporte em duas disciplinas sequenciais (uma em um semestre e 
outra no próximo):
 „ Metodologia para Estudo de Caso: (lhe dará aportes 
teóricos para desenvolver a sua pesquisa);
 „ Estudo de Caso: (Trabalhará a prática do estudo de caso 
com a construção final do Relatório de pesquisa).
- Veja, a seguir, como ocorre a oferta e o envio das atividades, 
identificando assim, suas responsabilidades enquanto aluno desta 
disciplina.
Esta informação é 
específica para os 
cursos totalmente a 
distância e, portanto, 
NÃO se aplicam às 
disciplinas a distância 
(DAD). 
 
A OFERTA E O ENVIO DAS ATIVIDADES NA DISCIPLINA DE 
METODOLOGIA PARA O ESTUDO DE CASO
Diferentemente das demais disciplinas que você está 
habituado a realizar aqui na UnisulVirtual, na Metodologia 
para Estudo de Caso você realiza apenas as atividades a 
distância (AD), durante dois períodos, de forma paralela às 
demais disciplinas do curso, e não há avaliação presencial.
 Esta disciplina é composta por duas avaliações a 
distância (AD) e uma avaliação final (AF), também a 
distância, caso seja necessária. 
 Para o envio de cada uma das avaliações, você 
deverá acessar a ferramenta AVALIAÇÃO da disciplina 
no Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA).
29
Metodologia para Estudo de Caso
Unidade 1
 
 
 
 
 
— Ficou preocupado (a) com o que vem pela frente? 
Fique calmo (a), pois o seu professor estará a disposição para orientá-lo 
e acompanhá-lo (a) nesta tarefa: Seguimos, então...
 
Isto significa que os cuidados com a administração do 
tempo devem ser redobrados. Não corra o risco de pensar 
que, pelo fato de a disciplina ocorrer durante dois períodos, 
você poderá deixar para realizar as atividades depois das 
demais. As consequências deste tipo de atitude serão 
bastante prejudiciais e irreversíveis. 
Caso você obtenha uma nota inferior a 7,0 na média das 
duas atividades enviadas, deverá fazer uma avaliação de 
recuperação denominada “Avaliação Final (AF)” e enviá-la 
até a data prevista no cronograma, observando que: 
a) Avaliação Final (AF) será disponibilizada através da 
mesma ferramenta onde estão as outras ADs. A nota 
será atribuída pela visão geral do trabalho, respeitando 
as sugestões já apresentadas nas avaliações anteriores 
de seu professor e nas orientações contidas neste 
livro. Observe, portanto, que a análise que o professor 
fez das atividades individuais não estará diretamente 
relacionadas à análise da avaliação final;
b) aluno com média inferior a 2,0 não é necessário 
fazer avaliação final, pois matematicamente não será 
possível obter a média mínima para a aprovação (6,0); 
c) é responsabilidade do aluno verificar no sistema 
acadêmico a média obtida no semestre e se haverá 
necessidade do envio da avaliação final;
d) a data de envio da avaliação final estará publicada 
no cronograma da disciplina no EVA; 
e) a correção da atividade de avaliação final ocorrerá 
uma única vez (sem possibilidade de refazer), sendo 
atribuída uma nota a ser publicada no sistema 
acadêmico no campo “avaliação final”; e
f) a média mínima para a aprovação após a realização 
da Avaliação Final é 6,0, tal como as demais disciplinas 
do curso.
30
Universidade do Sul de Santa Catarina
Síntese
Nesta unidade, você estudou que ciência é um ramo do 
conhecimento sistemático e organizado a partir de princípios 
rígidos e regras específicas, relacionados e sistematizados. Essa 
relação e sistematização é que caracterizam o conhecimento 
científico e o diferenciam do conhecimento comum, ou empírico, 
que se limita a verificar os fatos sem lhes buscar uma explicação 
racional, nem as suas relações inteligíveis com outros fatos, 
sistematizando-os. O que distingue uma ciência de outra ciência 
não é a natureza dos objetos que estuda, mas o ponto de vista sob 
o qual os estuda.
Desta forma, o que foi tratado nesta unidade diz respeito não 
só ao ato de conhecer os tipos disponíveis de pesquisa científica 
e de métodos para colocá-las em prática: depois de lê-la, o 
acadêmico reúne condições para saber diferenciar os métodos que 
proporcionam a lógica na investigação, daqueles que estabelecem 
a finalidade da pesquisa.
Você deve ter percebido que o assunto abordado nesta unidade 
foi muito importante para desenvolver um processo de pesquisa, 
pelo fato de que ele instrumentaliza teoricamente para que você 
possa conhecer o estudo de caso, desde suas definições, passando 
por seus tipos, além de definir suas etapas. Estes conteúdos serão 
abordados na unidade 2. 
31
Metodologia para Estudo de Caso
Unidade 1
Atividades de autoavaliação
Realize as atividades de autoavaliação a seguir, para praticar os 
conhecimentos adquiridos nesta unidade. Vamos precisar destas 
informações lá na frente. 
 1. Apresente a definição de método que considerar mais completa.
2. Conforme discutido nesta unidade, diferencie:
a) método dedutivo e indutivo.
b) pesquisa descritiva, exploratória e explicativa. 
32
Universidade do Sul de Santa Catarina
3. Estudamos os meios de investigação, agora expresse o que você 
entendeu, efetuando a definição dos itens:
a) Pesquisa documental
b) Pesquisa bibliográfica 
Saiba mais
Para saber mais sobre Técnicas e Métodos, sugerimos as 
seguintes leituras:
 „ GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa 
social. São Paulo: Atlas, 1999.
 „ LEONEL, Vilson; MOTTA, Alexandre de Medeiros. 
Ciência e pesquisa: livro didático. 2. ed. rev. e atual. 
Palhoça: UnisulVirtual, 2007. 228 p.
 „ RAUEN, Fábio José. Elementos de iniciação à 
pesquisa. Rio do Sul: Nova Era, 1999.
UNIDADE 2
Estudo de Caso
Objetivos de aprendizagem
 Nesta unidade, você terá subsídios para:
„ conhecer os conceitos básicos sobre estudos de caso;
„ entender quando utilizar o estudo de caso, quais os tipos 
de estudo de caso e suas etapas; 
„ identificar as vantagens de um estudo de caso.
Seções de estudo
Seção 1 Definições
Seção 2 Quando usar o estudo de caso?
Seção 3 Quais as vantagens do estudo de caso?
Seção 4 Quais os tipos de estudo de caso?
Seção 5 Quais as etapas do estudo de caso?
2
34
Universidade do Sul de Santa Catarina
Para início de estudo
Esta unidade trata, mais especificamente, da definição de um 
estudo de caso, com detalhes sobre a oportunidade de aplicação 
e as suas vantagens. Além disto, apresenta, também, os tipos e as 
etapas de um estudo de caso.
Atente para a importância desta unidade, que é contextualizadora 
e trará subsídios para que você possa realizar o seu próprio estudo 
de caso futuramente.
Seguimos, então, com maiores detalhes sobre estas definições.
 
Seção 1 - Definições
O que é um estudo de caso?
Acompanhe, a seguir, as várias definições encontradas e 
dimensione a importância de compreendê-las no contexto de seu 
curso e na expectativa de efetuar pesquisa. 
O estudo de caso, segundo Gil (1999), é caracterizado pelo 
estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de 
maneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado, 
tarefa praticamente impossível mediante os outros tipos de 
delineamentos considerados.
Para Yin (2005, p. 32), o estudo de caso é uma investigação 
empírica que “investiga um fenômeno contemporâneo dentro de 
seu contexto da vida real, especialmente quando os limites entre 
o fenômeno e o contexto não estão claramente definidos”. 
Mazzotti (2006), afirma que, ao definir o objeto do estudo de 
caso como um fenômeno contemporâneo, Yin procura distingui-
lo dos estudos históricos nos quais a evolução temporal é o foco 
de interesse, o que não significa que, nos estudos de caso, não serecorra a fatos passados para compreender o presente.
35
Metodologia para Estudo de Caso
Unidade 2
A investigação de estudo de caso, para Yin (2005, p. 33):
[...] enfrenta uma situação tecnicamente única em que 
haverá muito mais variáveis de interesse do que de pontos 
de dados, e, como resultado, baseia-se em várias fontes 
de evidências, com os dados precisando convergir em um 
formato de triângulo, e, como outro resultado, beneficia-
se do desenvolvimento prévio de proposições teóricas para 
conduzir a coleta e análise de dados.
Para Chizzotti (2006, p. 102),
O estudo de caso é uma caracterização abrangente para 
designar uma diversidade de pesquisas que coletam e 
registram dados de um caso particular ou de vários casos 
a fim de organizar um relatório ordenado e crítico de 
uma experiência, ou avaliá-la analiticamente, objetivando 
tomar decisões a seu respeito ou propor uma ação 
transformadora.
Yin (2005, p. 19) esclarece que o estudo de caso 
é apenas uma das maneiras de se fazer pesquisa 
em todas as áreas. Experimentos, levantamentos, 
pesquisas históricas e análise de informações em 
arquivos são alguns exemplos de maneiras diferentes 
para se realizar uma pesquisa. Contudo cada estratégia 
apresenta vantagens e desvantagens, dependendo das 
seguintes condições:
[...] tipo de questão da pesquisa, o controle que o 
pesquisador possui sobre os eventos comportamentais 
efetivos, o foco em fenômenos históricos, em oposição a 
fenômenos contemporâneos [...]. 
Geralmente, esse tipo de estudo representa a estratégia preferida 
quando se colocam questões do tipo “como” e “por que”, e quando 
o pesquisador tem pouco controle sobre os fenômenos estudados.
Perceba que, no entendimento de Martins e Santos (2003), num 
estudo de caso, o investigador tenta examinar uma situação em 
profundidade. O investigador tenta descobrir todas as variáveis 
que são importantes na história ou desenvolvimento de seu 
36
Universidade do Sul de Santa Catarina
sujeito. A ênfase está em compreender por que o indivíduo faz, 
o que faz, como seu comportamento muda quando ele responde 
a seu ambiente. Isto exige estudo detalhado por um período 
considerável de tempo. O investigador coleta dados sobre o 
estado presente do sujeito, suas experiências passadas, seu 
ambiente e como estes fatores se relacionam uns com os outros.
Um caso é um acontecimento no mundo real que uma 
teoria pressupõe no mundo abstrato. O caso é tomado 
como unidade significativa do todo e, por isso, 
suficiente tanto para fundamentar um julgamento 
fidedigno quanto para propor uma intervenção.
Como visto nas diversas definições, o estudo de caso consiste em 
uma investigação minuciosa de uma ou mais organizações ou 
grupos, visando prover uma análise do conjunto e dos processos 
envolvidos no fato analisado. Hartley (1994) nos lembra que o 
fenômeno estudado não está isolado de seu contexto, sendo este 
o interesse principal do pesquisador: a relação entre o fenômeno 
estudado e o seu contexto, dessa forma. 
Agora que já sabe o que é um estudo de caso, entenda quando 
poderá usá-lo.
Seção 2 - Quando usar o estudo de caso? 
A utilização do estudo de caso é abrangente, podendo ser 
aplicado em várias situações. E, por juntar vantagens de vários 
métodos, acabou se transformando na estratégia de pesquisa 
preferida dos investigadores dos fenômenos individuais, 
organizacionais, sociais, políticos e de grupo.
Veja, agora, a opinião de vários autores acerca da 
usabilidade do método de estudo de caso.
No entendimento de Fidel (1992), o estudo de caso é apropriado 
para investigação de fenômenos, quando:
37
Metodologia para Estudo de Caso
Unidade 2
 „ há uma grande variedade de fatores e 
relacionamentos;
 „ não existem leis básicas para determinar quais 
fatores e relacionamentos são importantes;
 „ os fatores e relacionamentos podem ser 
diretamente observados.
Yin (2005) descreve três situações nas quais o estudo de caso é 
indicado: 
 „ a primeira ocorre quando o caso em pauta 
é crítico, para testar uma hipótese ou teoria 
previamente explicitada;
 „ a segunda é o fato dele ser extremo ou único;
 „ a terceira situação é o caso revelador, que ocorre 
quando o pesquisador tem acesso a uma situação 
ou fenômeno até então inacessível à investigação 
científica.
Já, para Hartley (1994), o estudo de caso é considerado adequado 
para:
 „ a compreensão dos processos sociais em 
seu contexto organizacional ou ambiental - 
importante para a pesquisa;
 „ a exploração de novos processos ou comportamentos, 
gerando hipóteses e construindo teorias;
 „ a averiguação de casos atípicos ou extremos para 
melhor compreender os processos típicos;
 „ a busca de fatos na vida organizacional, 
considerando que uma pesquisa quantitativa, por 
exemplo, seria muito estática para abarcar o fluxo 
de atividades em uma empresa;
 „ a exploração de comportamentos organizacionais 
informais.
38
Universidade do Sul de Santa Catarina
Note que o estudo de caso pode ser utilizado em todos os tipos de 
pesquisa, contudo há alguns obstáculos que devem ser considerados: 
a falta de rigor metodológico exige que se redobrem os cuidados 
tanto no planejamento quanto na coleta e análise dos dados; a 
dificuldade de generalização na análise de um único, ou mesmo, de 
múltiplos casos fornece uma base muito frágil para a generalização; 
o estudo de caso demanda muito tempo destinado à pesquisa, e, 
freqüentemente, seus resultados tornam-se pouco consistentes. 
Goode e Hatt (apud BRESSAN, 2006) propõem algumas 
medidas, para que se possa obter um bom estudo de caso. 
 
 „ Desenvolver um plano de pesquisa que considere 
estes perigos ou críticas. Por exemplo, com 
relação ao sentimento de certeza, pode-se usar 
um padrão de amostra apropriado, pois, sabendo 
que sua amostra é boa, há uma base racional para 
fazer estimativas sobre o universo do qual ela é 
retirada. 
 „ Ao fazer generalizações, da mesma maneira que 
nas generalizações a partir de experimentos, fazê-
las em relação às proposições teóricas, e não para 
populações ou universos. 
 „ Esquematizar a utilização, tanto quanto possível, 
da técnica do código qualitativo para traços 
e fatores individuais que são passíveis de tais 
classificações. Recomenda-se que, por segurança, 
as classificações feitas sejam analisadas por um 
conjunto de colaboradores que atuarão como 
“juízes da fidedignidade mesma das classificações 
mais simples”.
 „ Procurar não fazer narrações longas e relatórios 
extensos, uma vez que relatórios deste tipo 
desencorajam a leitura e a análise do estudo do caso.
 „ Fazer seleção e treinamento criteriosos dos 
investigadores e assistentes para assegurar o 
domínio das habilidades necessárias à realização 
de estudo de caso.
39
Metodologia para Estudo de Caso
Unidade 2
Seção 3 - Quais as vantagens do estudo de caso? 
Você já estudou anteriormente que o estudo de caso, como 
estratégia de pesquisa, é abrangente, por tratar da lógica de 
planejamento, das técnicas de coleta de dados e das abordagens 
específicas à análise dos mesmos. Apenas isto já bastaria para 
justificar a escolha do estudo de caso como estratégia de pesquisa, 
mas, para garantir que esta é a melhor escolha, apresentaremos a 
seguir, alguns arcabouços teóricos para validar o estudo de caso 
como o ideal para nosso futuro trabalho de pesquisa.
Yin (2005) esclarece que a investigação de estudo de caso:
 „ enfrenta uma situação tecnicamente única, em 
que haverá muito mais variáveis de interesse do 
que pontos de dados; e, como resultado, 
 „ baseia-se em várias fontes de evidências, com os 
dados precisando convergir em um formato de 
triângulo; e, como outro resultado,
 „ beneficia-se do desenvolvimento prévio de 
proposições teóricas para conduzir a coleta e a 
análisede dados.
Veja que, ao tratar dos objetivos da coleta de dados, Bonoma 
(1985, p. 206) coloca como objetivos do Método Estudo de Caso 
não a quantificação ou a enumeração, mas, ao invés disso:
 „ descrição;
 „ classificação (desenvolvimento de tipologia);
 „ desenvolvimento teórico; e
 „ o teste limitado da teoria. 
 
As vantagens desta metodologia, segundo Bruyne et al. (1994), 
são:
 „ criar um estímulo a novas oportunidades de descobertas 
do desenvolvimento da investigação;
40
Universidade do Sul de Santa Catarina
 „ trabalhar com situações concretas, possibilitando, se 
necessário, mudanças favoráveis no caso em estudo;
 „ procurar relacionar a teoria (pesquisa bibliográfica) com a 
prática (pesquisa de campo);
 „ não requerer um modo único de coleta de dados, 
podendo o investigador utilizar-se de entrevistas, 
observações, relatórios e questionários.
 
Em uma palavra, o objetivo é compreensão. Também, entre 
as vantagens do método do estudo de caso, está o fato de que 
se pode obter inferência do estudo de todos os elementos que 
envolvam uma entidade completa, em vez de o estudo de vários 
aspectos selecionados.
Seção 4 - Quais os tipos de estudo de caso? 
Assim, Stake (2000) identifica três modalidades de estudo de 
caso: intrínseco, instrumental e coletivo. 
No estudo de caso intrínseco, para Stake (2000, p.437), o
[...] estudo não é empreendido primariamente porque 
o caso representa outros casos ou porque ilustra um 
traço ou problema particular, mas porque, em todas 
as suas particularidades e no que têm de comum, este 
caso é de interesse em si. O pesquisador, pelo menos 
temporariamente, subordina outras curiosidades para que 
as histórias dos que “vivem o caso” emirjam [...].
No estudo de caso instrumental, o empenho, no caso, deve-se 
à crença de que ele poderá facilitar a compreensão de algo mais 
amplo, uma vez que pode servir para fornecer insights sobre um 
assunto ou para contestar uma generalização amplamente aceita, 
apresentando um caso que nela não se encaixa. 
Já, no estudo de caso coletivo, segundo Mazzotti (2006, p. 
641), “o pesquisador analisa concomitantemente alguns casos 
para investigar um dado fenômeno, podendo ser visto como 
41
Metodologia para Estudo de Caso
Unidade 2
um estudo instrumental estendido a vários casos.” Eles são 
selecionados, porque se acredita que seu estudo permitirá melhor 
compreensão, ou melhor teorização, sobre um conjunto ainda 
maior de casos.
Você pode constatar, assim, que os estudos de caso instrumentais, 
coletivos ou não, pretendem favorecer, ou, ao contrário, contestar 
uma generalização aceita; já os estudos intrínsecos, em princípio, 
não se preocupam com isso.
O estudo de caso, para Yin (2005, p.67), pode ser dividido em 
único ou múltiplo. 
Casos únicos representam um projeto comum para 
realizar estudos de caso, e foram descritas duas variantes: 
as que utilizam projetos holísticos e as que utilizam 
unidades incorporadas de análise. No geral, o projeto 
de caso único é eminentemente justificável sob certas 
condições — quando o caso representa (a) um teste 
crucial da teoria existente, (b) uma circunstância rara 
ou exclusiva, ou (c) um caso típico ou representativo, ou 
quando o caso serve a um propósito (d) revelador ou (e) 
longitudinal. 
Uma etapa fundamental, ao projetar e conduzir um caso único, é 
definir a unidade de análise (ou o próprio caso). Contudo podem 
ser acrescentadas subunidades de análises em um caso único, de 
forma que se possa desenvolver um projeto mais complexo — ou 
incorporado.
O caso múltiplo é aquele que contém mais de um caso único, ou 
seja, mais de um objeto de estudo. Por exemplo: duas escolas, 
duas empresas, etc. Cada caso deve servir a um propósito 
específico dentro do escopo global da investigação.
Assim, inicialmente será necessário o pesquisador definir qual 
será seu objeto ou objetos de estudo, para, em seguida, apresentá-
lo(s) e descrever a situação observada em relação ao problema 
escolhido. 
— Agora que já nos familiarizamos com o estudo de caso, vamos às 
etapas?
42
Universidade do Sul de Santa Catarina
Seção 5 - Quais as etapas do estudo de caso? 
Não há consenso por parte dos pesquisadores quanto às 
etapas a serem seguidas no desenvolvimento do estudo 
de caso. Segundo Chizzotti (2006), o desenvolvimento 
do estudo de caso supõe 3 fases. Vamos conhecê-las? 
a) Seleção e delimitação do caso
A seleção e delimitação do caso são decisivas para a 
análise da situação estudada. O caso deve ser uma referência 
significativa para merecer a investigação e, por comparações 
aproximativas, ser apto para fazer generalização de situações 
similares ou autorizar inferências em relação ao contexto da 
situação analisada.
A delimitação deve precisar os aspectos e os limites do trabalho, 
a fim de reunir informações sobre um campo específico e fazer 
análises sobre objetos definidos, a partir dos quais se possa 
compreender uma determinada situação. Quando se toma um 
conjunto de casos, a coleção deles deve cobrir uma escala de 
variáveis que explicite diferentes aspectos do problema.
b) Trabalho de campo
O trabalho de campo visa a reunir e organizar um conjunto 
comprobatório de informações. A coleta de informações em 
campo pode exigir negociações prévias para se aceder a dados que 
dependem da anuência de hierarquias rígidas, ou da cooperação 
das pessoas informantes. As informações são documentadas, 
abrangendo qualquer tipo de informação disponível - escrita, 
oral, gravada, filmada - que se preste para fundamentar o 
relatório do caso. Este será, por sua vez, objeto de análise crítica 
pelos informantes ou por qualquer interessado.
c) Organização e redação do relatório
Documentos, rascunhos, notas de observação, transcrições, 
estatísticas, etc., coligidos em campo, devem ser reduzidos 
ou indexados segundo critérios predefinidos, a fim de que se 
constituam em dados que comprovem as descrições e as análises 
do caso.
43
Metodologia para Estudo de Caso
Unidade 2
Yin (2005) apresenta as etapas do método de estudo de 
caso descrevendo-as da seguinte forma: a etapa inicial 
consiste no desenvolvimento da teoria específica; em 
seguida se faz necessário selecionar o caso e definir as 
medidas específicas para o planejamento e coleta de 
dados, essa etapa projeta o protocolo de coleta de 
dados. O protocolo deve apresentar uma visão 
geral do projeto de estudo de caso (objetivos 
e patrocínios, questões do estudo de caso e 
leituras importantes sobre o tópico que está sendo 
investigado), bem como, os procedimentos de campo, 
as questões do estudo de caso e o guia para o relatório 
(resumo, formato de narrativa e informações bibliográficas). 
— Na próxima unidade, você irá estudar a estrutura do relatório 
de estudo de caso e ver exemplo de cada etapa, facilitando o 
desenvolvimento do projeto!
Síntese
Esta unidade diz respeito à caracterização completa do estudo de 
caso, que tem início com definição dos problemas, temas a serem 
estudados e o desenvolvimento de um projeto de estudo de caso. 
É importante você perceber a relevância da abordagem dos 
principais aspectos que envolvem o estudo de caso, pois as 
contribuições que ele pode trazer para a academia, para a 
organização e para a sociedade como um todo, vão desde 
a ampliação do conhecimento que temos dos fenômenos 
individuais, organizacionais, sociais, políticos e de grupo, até 
outros fenômenos relacionados.
44
Universidade do Sul de Santa Catarina
Atividades de autoavaliação
1. Nesta unidade, estudamos as Etapas do Estudo de caso. Agora para 
memorizarmos, vamos voltar e descrever a definição dos itens:
a. seleção e delimitação do caso;
b. o trabalho de campo;
c. a organização e redação do relatório.
2. Delimite duas habilidades exigidas ao pesquisador de estudode caso 
descritas por YIN (2005). 
3. Cite duas vantagens do método de estudo de caso, apresentadas por 
Bruyne et al. (1994) . 
45
Metodologia para Estudo de Caso
Unidade 2
Saiba mais
Para complementar seus estudos, veja quais as habilidades que 
um pesquisador deve possuir. O que ele deve considerar para 
obter sucesso na sua trajetória de pesquisa. 
Habilidades do pesquisador
Para conduzir com sucesso o estudo de caso, é essencial que 
o pesquisador saiba detectar um problema, apresentando as 
possíveis soluções.
Yin (2005) descreve como habilidades comumente encontradas 
nos pesquisadores de sucesso:
 „ habilidade para fazer perguntas e interpretar os 
resultados;
 „ habilidade para ouvir e não se deixar prender pelas 
suas próprias ideologias e percepções: implica receber 
informações por meio de várias modalidades; 
 „ habilidade para adaptar-se e ser flexível para que possa 
ver as novas situações encontradas como oportunidades, 
e não como ameaças;
 „ habilidade de domínio das questões em estudo: o 
pesquisador deve ter uma noção clara das questões que 
estão sendo estudadas, mesmo que seja uma orientação 
teórica ou se seja de um modo exploratório; e
 „ imparcialidade em relação a noções preconcebidas, 
incluindo aquelas que se originam de uma teoria. 
Assim, a pessoa deve ser sensível e estar atenta a provas 
contraditórias. 
Essas habilidades podem ser desenvolvidas em qualquer pessoa. 
Entretanto é importante uma autoanálise honesta das próprias 
capacidades e limitações como pesquisador.
UNIDADE 3
Etapas iniciais de um 
relatório de pesquisa
Objetivos de aprendizagem
 Esta unidade lhe fornecerá subsídios para:
„ conhecer a estrutura do relatório de pesquisa para o 
estudo de caso;
„ desenvolver as primeiras etapas de um estudo de caso.
Seções de estudo
Seção 1 Planejamento
Seção 2 Estrutura de um relatório de pesquisa
Seção 3 Introdução
Seção 4 Tema
Seção 5 Objetivos
Seção 6 Procedimentos metodológicos
3
48
Universidade do Sul de Santa Catarina
Para início de estudo
O estudo de caso, como toda pesquisa, tem início com a 
definição dos temas e problemas a serem estudados. A esta etapa 
chamamos de planejamento da pesquisa, ou, de acordo com 
alguns autores como projeto de pesquisa. Mas, independente da 
nomenclatura, o momento inicial é o que consideramos crítico 
para a identificação da relevância da pesquisa, sua justificativa, 
contextualização, pois remete à abordagem dos principais 
aspectos que envolvem o ponto de partida para uma pesquisa 
científica. 
Ao produzir o seu relatório de pesquisa, tenha em mente que as 
etapas iniciais (tema, objetivos e procedimentos metodológicos) 
constituem a lógica que une os dados a serem coletados (e as 
conclusões a serem tiradas) às questões iniciais de um estudo. 
Cada estudo empírico possui um projeto de pesquisa implícito, se 
não explícito. Para Heerdt e Leonel (2006, p. 112), “o projeto de 
pesquisa é o planejamento de uma pesquisa, ou seja, a definição 
dos caminhos para abordar certa realidade”. 
Um planejamento de pesquisa é uma série de etapas estabelecidas 
pelo pesquisador, que direciona a metodologia aplicada no 
desenvolvimento da pesquisa. O pesquisador obedece a um 
plano de etapas metodológicas necessárias ao desenvolvimento 
da pesquisa científica. Ele tem como prioridade demonstrar as 
atividades indispensáveis para o desenrolar da pesquisa, segundo 
nos conta Fachin (2003).
— Sendo assim, estudaremos agora a estrutura de um relatório de 
estudo de caso em duas etapas. Na unidade 3, veremos as etapas 
iniciais (tema, objetivos e procedimentos metodológicos) e, na unidade 
4, as etapas de execução, análise, sugestão e conclusão. Mantenha-se 
atento(a) a leitura e anote os pontos chaves!
49
Metodologia para Estudo de Caso
Unidade 3
Seção 1 - Planejamento 
As etapas iniciais do relatório de pesquisa podem ser 
entendidas como o planejamento da pesquisa, ou seja, o 
projeto de pesquisa, que na UnisulVirtual se apresenta 
de forma IMPLÍCITA e está integrado com o 
documento oficial da pesquisa: Relatório de estudo de 
caso.
Segundo Vieira (2004), a partir do estabelecimento da 
questão a ser estudada, afloram os problemas que ela envolve, 
justificam-se sua relevância e a viabilidade, traçam-se objetivos, 
caracteriza-se o estudo, localizam-se as variáveis, aponta-se 
o caminho a seguir (método) e, ainda, o tempo para fazer o 
percurso, designam-se os meios (ou recursos) para sua efetivação 
e, enfim, faz-se uma listagem das obras (livros, revistas, 
monografias e outras publicações, amplas ou restritas) que serão 
consultadas.
Ao planejarmos uma pesquisa firmamos a pretensão de realizar 
uma atividade de investigação científica. Em outros termos, 
isto implica um plano elaborado para responder a uma ou mais 
questões pertinentes ao tema investigado. Compreende uma 
construção lógica e racional que se baseia nos postulados da 
metodologia científica a serem empregados no desenvolvimento 
de uma série de etapas, de modo a facilitar a execução do plano 
de trabalho.
De forma simplista, podemos dizer que o projeto é a descrição do 
que será necessário para a consecução de uma pesquisa.
Importante! 
A elaboração das etapas iniciais do relatório de 
pesquisa tem influência direta sobre os resultados 
a serem obtidos e a validade das conclusões tiradas 
do trabalho. O relatório serve de guia para todo o 
trabalho do investigador.
Jung (2003) esclarece que o planejamento da pesquisa 
correspondente a um processo onde a partir de uma necessidade, 
se escolhe um tema e, gradativamente, define-se um problema e 
as formas para solucioná-lo:
50
Universidade do Sul de Santa Catarina
Figura 3.1 – Projeto de pesquisa. 
Fonte: Jung (2003, p. 151).
Assim, como mostra Jung (2003), o projeto de pesquisa deve, 
fundamentalmente, ser constituído em cima de 3 passos, 
apresentados no esforço de responder às seguintes questões: O 
que? Como? Quando?
a) O que?
Qual o tema?
Qual o problema?
Quais os subproblemas?
Qual a justificativa?
Quais os objetivos?
Quais os pressupostos teóricos?
b) Como?
O que será feito para solucionar o problema?
Qual será o universo a ser pesquisado?
Como serão coletadas as informações?
Serão feitas entrevistas, observações?
Serão feitas experimentações, medições?
Que instrumentos serão utilizados?
Que atividades serão realizadas?
Como serão analisados os dados?
c) Quando?
Qual o tempo total previsto para a pesquisa?
Qual o tempo destinado a cada etapa?
Como se distribuem as atividades no tempo?
O projeto é viável no tempo?
51
Metodologia para Estudo de Caso
Unidade 3
Não esqueça: um assunto de pesquisa tem início com 
leituras, reflexões, problemas detectados na própria 
atividade profissional!
Por que se deve planejar uma pesquisa? 
Ora, a importância do planejamento da pesquisa deve ser 
entendida na mesma linha de elaboração da planta antes de se 
construir uma casa; ou de um rascunho antes de se produzir uma 
obra prima. Na lição de Minayo (1994, p.35):
Fazemos um projeto de pesquisa para mapear um 
caminho a ser seguido durante a investigação. Buscamos, 
assim, evitar muitos imprevistos no decorrer da pesquisa 
que poderiam até mesmo inviabilizar sua realização. 
Outro papel importante é esclarecer para o próprio 
investigador os rumos do estudo (o que pesquisar, como, 
por quanto tempo etc.). Além disso, um pesquisador 
necessita comunicar seus propósitos de pesquisa para que 
seja aceita na comunidade científica.
Barreto e Honorato (apud HEERDT; LEONEL, 2006, p. 113), 
destacam que se deve fazer o projeto para planejar a pesquisa: 
 Entende-se por planejamento da pesquisa a previsão 
racional de um evento, atividade, comportamento ou 
objeto que se pretende realizar a partir da perspectiva

Continue navegando