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DIALOGANDO_SOBRE_METODOLOGIA_CIENTIFICA_ (2)

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Dialogando
SOBRE Metodologia
Científica
Presidente da República
Dilma Rousseff
Ministro da Educação
Fernando Haddad
Universidade Federal do Ceará
ReitoR
Prof. Jesualdo Pereira Farias
Vice-ReitoR
Prof. Henry Campos
Conselho Editorial
PResidente
Prof. Antônio Cláudio Lima Guimarães
conselheiRos
Profa Adelaide Maria Gonçalves Pereira
Profa Ângela Maria Mota Rossas de Gutiérrez
Prof. Gil de Aquino Farias
Prof. Italo Gurgel
Prof. José Edmar da Silva Ribeiro
Diretor da Faculdade de Educação
Luís Távora Furtado Ribeiro
Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira
Enéas Arrais Neto
Chefe do Departamento de Fundamentos da Educação
Nicolino Trompieri Filho
DIÁLOGOS INTEMPESTIVOS
cooRdenação editoRial
José Gerardo Vasconcelos (Editor-ChEfE)
Kelma Socorro Alves Lopes de Matos
Wagner Bandeira Andriola
dra AnA MAriA iório diAs (UfC)
dra ÂngElA ArrUdA (UfrJ)
dra ÂngElA t. soUsA (UfC)
dr. Antonio gErMAno M. JUnior (UECE)
dra AntôniA dilAMAr ArAúJo (UECE)
dr. Antonio PAUlino dE soUsA (UfMA)
dra CArlA ViAnA CosCArElli (UfMg)
dra CEllinA rodrigUEs MUniz (Ufrn)
dra dorA lEAl rosA (UfBA)
dra EliAnE dos s. CAVAllEiro (UnB)
dr. ElizEU ClEMEntino dE soUzA (UnEB)
dr. EMAnUEl lUís roqUE soArEs (UfrB)
dr. EnéAs ArrAis nEto (UfC)
dra frAnCiMAr dUArtE ArrUdA (Uff)
dr. hErMínio BorgEs nEto (UfC)
drailMA ViEirA do nAsCiMEnto (UfMA)
dra JAilEilA MEnEzEs (UfPE)
dr. JorgE CArVAlho (Ufs)
dr. José AirEs dE CAstro filho (UfC)
dr. José gErArdo VAsConCElos (UfC)
dr. José lEVi fUrtAdo sAMPAio (UfC)
dr. JUArEz dAyrEll (UfMg)
dr. Júlio CEsAr r. dE ArAúJo (UfC)
dr. JUstino dE soUsA Júnior (UfMg)
dra KElMA soCorro AlVEs loPEs dE MAtos (UfC)
dra lUCiAnA loBo (UfC)
dra MAriA dE fátiMA V. dA CostA (UfC)
dra MAriA izABEl PEdrosA (UfPE)
dra MAriA JUrACi MAiA CAVAlCAntE (UfC)
dra MAriA noBrE dAMAsCEno (UfC)
dra MArly AMArilhA (Ufrn)
dra MArtA ArAúJo (Ufrn)
dr. MEssiAs holAndA diEB (UErn)
dr. nElson BArros dA CostA (UfC)
dr. ozir tEssEr (UfC)
dr. PAUlo sérgio tUMolo (UfsC)
dra rAqUEl s. gonçAlVEs (UfMt)
dr. rAiMUndo ElMo dE PAUlA V. Júnior (UECE)
dra sAndrA h. PEtit (UfC)
dra shArA JAnE holAndA CostA AdAd (UfPi)
dra silViA roBErtA dA M. roChA (UfCg)
dra VAlEsKA fortEs dE oliVEirA (UfsM)
dra VEriAnA dE fátiMA r. ColAço (UfC)
dr. WAgnEr BAndEirA AndriolA (UfC)
conselho editoRial
Ymiracy N. de Souza Polak
José Alves Diniz
José Rogério Santana
A U t o r E s
Fortaleza
2011
Dialogando
SOBRE Metodologia
Científica
Helena Marinho
José Alves Diniz
José Rogério Santana
Mauro C. Pequeno
Pedro Ivo Polak Júnior
Ymiracy N. de Souza Polak 
Dialogando sobre Metodologia Científica
© 2011 Ymiracy N. de Souza Polak, José Alves Diniz e José Rogério 
Santana (Autores)
Impresso no Brasil / Printed in Brazil
Efetuado depósito legal na Biblioteca Nacional
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
Editora Universidade Federal do Ceará — UFC
Av. da Universidade, 2932, Benfica, Fortaleza-Ceará
CEP: 60.020-181 — Tel/Fax: (85) 3366.7439. Diretoria: 3366.7766. 
Administração: 3366.7499
Site: www.editora.ufc.br — e-mail. editora@ufc.br
Faculdade de Educação
Rua Waldery Uchoa, No 1, Benfica — CEP: 60.020-110
Telefones: (85) 3366.7663/3366.7665/3366.7667 — Fax: (85) 3366.7666
Distribuição: Fone: (85) 3214.5129 — e-mail: aurelio-fernandes@ig.com.br
Normalização Bibliográfica
Perpétua Socorro Tavares Guimarães CRB 3/801
Projeto Gráfico e Capa
Carlos Alberto Alexandre Dantas (carlosalberto.adantas@gmail.com)
Revisão
Silvânia BravoBezerra Nunes
Catalogação na Fonte
Dialogando sobre Metodologia Científica./Ymiracy 
N. de Souza Polak, José Alves Diniz e José Rogério 
Santana et. al. [autores].— Fortaleza: Edições UFC, 
2011.
 177p.
 Isbn: 978-85-7282-463-7
 
 (Coleção Diálogos Intempestivos, n. 104)
 
 
 1. Metodologia da Pesquisa
 
CDD: 001.4
A todos aqueles que têm interesse na 
 construção de novos saberes, de novas práticas 
e de uma SOCIEDADE INCLUDENTE.
Agradecimentos
Aos colegas que acreditaram em meu sonho 
ao abrirem espaço em suas agendas para 
contribuir com a socialização do conheci-
mento e com a desmitificação da metodolo-
gia científica,  mediante uma escrita diferen-
ciada que reitera a ideia de que o LEITOR seja 
um COAUTOR.
Ao Diretor do INSTITUTO VIRTUAL DO CEA-
RÁ, professor Dr. Mauro C. Pequeno e ao Co-
ordenador do Programa da Escola de Gestores 
e o do Grupo de Pesquisa professor Dr. José 
Rogério Santana que viabilizaram a custo-
mização do presente livro, sem a qual seria 
impossível a editoração.
Ao professor Dr. José M. F. Alves Diniz, que 
mesmo com sua indisponibilidade de agen-
da, abraçou meu sonho e possibilitou que ele 
se tornasse uma realidade. Ao Pedro Ivo Po-
lak Jr. e a Helena que somaram esforços na 
escrita e organização de minhas ideias, sem 
os quais a jornada seria mais árdua.
A minha família em especial ao Pedro Ivo, 
meu esposo e aos meus três filhos, Aninha, 
Tony e Ivo, que cedem o espaço da mãe e da 
esposa para a profissional e vêm me ajudan-
do durante anos a enfrentar desafios e a acre-
ditar que todo o sonho é possível.
A todos os que não foram mencionados no-
minalmente, mas que sabem que foram e são 
importantes.
SOBRE OS AUTORES
Helena de Lima Marinho Rodrigues Araújo 
helenamarinho@virtual.ufc.br
Doutoranda em Educação na 
 Linha de Pesquisa: História e Me-
mória da Educação (Universidade 
Federal do Ceará — UFC); mestre 
em Filosofia (UFC); especialista em 
Gestão Escolar (Universidade Es-
tadual Vale do Acaraú — UVA) e 
Educação a Distância — (SENAC-
-CE). Graduada em Filosofia Licen-
ciatura e Pedagogia Licenciatura 
(Universidade Estadual do Ceará — UECE). Profa. tuto-
ra e orientadora do TC dos Cursos de Pós-graduação do 
Instituto UFC-Virtual; docente colaboradora da Univer-
sidade Estadual Vale do Acaraú — (UVA) e faculdades 
particulares (nos cursos de Graduação e Pós-gradua-
ção). Pesquisadora dos Grupos de Estudo e Pesquisa da 
UECE (CNPq): Ética e Direitos Humanos e Ética e Meta-
física. Membro da Associação Brasileira de Educação a 
Distância (ABED). Trabalha com as áreas de pesquisa: 
Filosofia (Fenomenologia e Ética) e Educação (Ensino 
Normal, Memória, Gestão Escolar, Formação de Profes-
sores, Estágio Supervisionado, Avaliação e Educação a 
Distância).
José Rogério Santana
rogerio@virtual.ufc.br
Professor adjunto do Instituto UFC 
Virtual da Universidade Federal do 
Ceará. Doutor em Educação pela 
UFC — Pesquisador em Educação 
Matemática assistida por Compu-
tador. Professor do Programa de 
Pós-Graduação em Educação com 
linha de pesquisa no NHIME — Nú-
cleo de História e Memória da Edu-
cação pela FACED/UFC com área de 
pesquisa em Imagem, memória e educação. Coordena-
dor do Grupo de Pesquisa BioDigital do Instituto UFC Vir-
tual que envolve Labicult/UECE e FATECI/CE. Membro do 
LABICULT/UECE na área de Bioinformática e Educação 
Biomédica e Biológica Assistida por Computador.
Mauro Cavalcante Pequeno
mauro@virtual.ufc.br
Graduado em Engenharia Civil, 
mestrado em Ciência da Compu-
tação e doutorado em Engenharia 
Elétrica. Atualmente é professor 
associado II da Universidade Fe-
deral do Ceará, consultor Ad Hoc 
do Conselho Nacional de Desen-
volvimento Científico e Tecnoló-
gico (CNPq), da Coordenação de 
Aperfeiçoamento de Pessoal de 
Nível Superior (CAPES), da Secretaria de Educação a 
Distância (MEC) e da Fundação de Apoio à Pesquisa 
do Estado da Paraíba. É coordenador do Programa Um 
computador por Aluno (UCA) no Ceará, coordenador 
do Programa Universidade Aberta do Brasil (UAB) na 
UFC e Diretor do Instituto Universidade Virtual. Áreas 
de Atuação: — Uso das Tecnologias de Informação e 
Comunicação na Educação — Educação a Distância.
Pedro Ivo Polak Júnior
pedroivopolak@gmail.com
Formado em Odontologia. Espe-
cialista em Implantodontia pela 
Pontifícia Universidade Católica 
do Paraná.  Mestrado em Enge-
nharia Mecânica pela Universi-
dade Federal do Paraná. Autor de 
diversos artigos na área de ciência 
dos materiais. Professor tutor e 
orientador do Instituto virtual do 
Ceará onde participou na forma-
ção de turmasde especialização em Mídias.
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
Ymiracy N. de S. Polak .........................................................15
PREFÁCIO
Mauro C Pequeno .................................................................19
CAPÍTULO 1
CIÊNCIA E CONHECIMENTO: UMA INICIAÇÃO À PESQUISA
Ymiracy N. de S. Polak
José Alves Diniz ....................................................................23
CAPÍTULO 2
ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ACADÊMICO 
Ymiracy N. de S. Polak
José A. Diniz
Pedro Ivo Polak Júnior ..........................................................39
CAPÍTULO 3
CONVERSANDO SOBRE PESQUISA
Ymiracy N de Souza Polak
José Alves Diniz ....................................................................67
CAPÍTULO 4
METODOLOGIAS E PEDAGOGIA DE PROJETOS
José Rogério Santana ............................................................99
CAPÍTULO 5
PROJETO DE PESQUISA 
Ymiracy N. de S. Polak
Mauro C. Pequeno ............................................................. 117
CAPITULO 6 
PROJETO VIVENCIAL
Ymiracy N. de S. Polak 
José Alves Diniz 
Helena Marinho ................................................................ 139
CAPÍTULO 7 
ORIENTAÇÃO QUANTO À REDAÇÃO DO TRABALHO ACADÊMICO
Ymiracy N. de S Polak
José Alves Diniz ................................................................. 153
15
APRESENTAÇÃO
A escola do século XXI exige o pensar reflexivo, 
sistematizado e crítico; exige docentes e alunos com 
competências para transitar na pluralidade cultural, a 
conviver num ambiente altamente competitivo, o que 
por sua vez, requer a busca, o projetar e o planejar con-
tínuo.
Exige dos futuros profissionais competências 
para: diagnosticar problemas, organizar e validar suas 
ações; habilidades para saber fazer, saber conviver e saber 
ser; coletar dados e informações necessários ao seu en-
torno profissional e social; a compreensão e o interpre-
tar situações complexas; trabalhar com a infinidade de 
tecnologias presentes na sociedade da informação 
Como atender a estas exigências sem a pesqui-
sa, sem um método que indique o caminho e ajude 
na busca de soluções para problemas que surgem no 
entorno da escola e da sociedade como todo?
Acreditamos que a resposta seja a pesquisa e a 
metodologia científica, as quais podem assegurar o de-
senvolvimento das competências e habilidades elenca-
das, além de outras. Contudo, para que isso seja possível 
é preciso que: seja assegurado a todos os interessados, 
ambiente e recursos que assegurem a elaboração de 
projetos e sua implementação; haja investimento na 
formação de profissionais independentemente de suas 
áreas de conhecimento e que os recursos investidos se-
jam devidamente monitorados; investimento em uma 
formação sólida, textos que oportunizem aos alunos a 
compreensão do método científico, de sua finalidade e 
aplicabilidade.
Esta realidade nos leva a acreditar que a pesqui-
sa e o método científico são instrumentos inclusivos 
e, por isso, devem ser conhecidos, ter seus princípios 
apropriados, assimilados por um grande contingente 
de pessoas, o que lamentavelmente, não ocorre, pois 
16
como orientadores de monografias, de projetos de tra-
balho, de dissertações e de teses, constatamos uma 
grande dificuldade em nossos orientandos em entender 
a pesquisa e em aplicar as normas e as regras básicas 
da metodologia científica.
Esta problemática se faz presente, quer nas orien-
tações presenciais quer nas efetuadas no ambiente on 
line.
No ambiente virtual, a dificuldade toma outra 
dimensão, pois nem sempre o orientando tem à sua 
disposição, fontes de consulta ou os textos indicados 
pelo orientador não estão mais disponibilizados na 
internet, problemas esses que aumentam o estresse e 
dificultam a elaboração do trabalho.
Tais dificuldades tomam maior vulto quando o 
uso das ferramentas constituintes dos Ambientes de 
Aprendizagem, AVAs; a legislação que regula o uso das 
fontes bibliográficas, e o como navegar no ciberespa-
ço são desconhecidos pelos orientandos e orientadores, 
que são na maioria das vezes imigrantes digitais. 
Cientes desta problemática, assumimos o desa-
fio, o sonho de escrever um livro sobre Metodologia 
Científica com outra linguagem e que fosse disponibi-
lizado ao leitor em diversas mídias, uma vez que vive-
mos no cenário da convergência midiática.
Para concretização deste sonho, percorremos 
uma trajetória nem sempre amena, vivenciando de-
safios de naturezas diversas. Contudo, apesar das difi-
culdades e dos desafios enfrentados desde o momento 
em que foi gestada a ideia de lançar o presente livro, 
nunca desanimamos. O cansaço servia de estimulo, 
pois fomos e somos movidos pelo desejo de presentear 
a todos aqueles interessados na pesquisa com um livro 
escrito em uma linguagem familiar ao leitor, assegu-
rando contudo, o teor da cientificidade..
Nosso objetivo no presente trabalho é ajudar a 
desmitificar o método, a valorizar o pensar, o planejar 
e a investigação científica.
17
Assim, foi a escrita deste livro, uma jornada de-
safiadora, instigante e corajosa, uma jornada, ponti-
lhada de reflexões, discussões e trocas, o que a tornou 
muito gratificante.
O mais gratificante foi ter encontrado no cami-
nho colegas com o mesmo sonho, que aceitaram de 
imediato o convite de participar da produção de um li-
vro com uma nova abordagem, destinado à uma clien-
tela interessada na sistematização de seus processos e 
pouco familiarizada com a pesquisa.
Desta forma, reunimos colegas que se encon-
tram em países e Estados distintos, com vasto conhe-
cimento em metodologia científica e de pesquisa; que 
são mestres e sonhadores, e, que abriram suas agen-
das para participar da escrita do livro Dialogando 
Sobre a Metodologia Científica, sem pretensões fi-
nanceiras, movidos apenas pelo desejo de contribuir 
com a construção ou reconstrução do conhecimento 
e de compartilhar suas experiências com você, caro 
leitor, com a intenção de ter você como um parceiro, 
e em torná-lo um coautor, e um colaborador.
Aí reside o diferencial deste livro: ser uma pro-
posta resultante de um trabalho cooperativo, colabora-
tivo, e em rede; um trabalho interdisciplinar e mediado 
pela Web2, o qual foi executado nos finais de semana, 
madrugadas adentro, com a intenção de partilhar com 
o outro, com você, nossas experiências como pesquisa-
dores, tendo em vista minimizar a sua dificuldade e a 
dificuldade de outros, que estão trabalhando ou pre-
tendem trabalhar com projetos, independentemente de 
sua natureza.
Além do sonho, contamos com o apoio de dois 
visionários, o Diretor do Instituto Virtual da UFC, Dr. 
Mauro C. Pequeno e o Coordenador do Programa da 
Escola de Gestores do Estado do Ceará, Dr. José Rogério 
Santana e da SEDUC/MEC, que investem e lutam em 
prol de uma sociedade mais justa e inclusiva.
18
Agradeço também à Fundação de Ciencia e Tec-
nologia do Estado do Ceará — FUNCAP —, pela bolsa de 
Desenvolvimento Científico Regional DCR, o que possi-
bilitou o vivenciar com um grupo de comprometido com 
a ciência e a construção do conhecimento no Estado.
O universo conspirou a nosso favor, ao possibi-
litar recursos financeiros e tecnológicos sem os quais, 
talvez, ainda estivéssemos no plano dos sonhos.
Desta forma, todos os autores com sua cota, um 
pedaço de si e juntos, no tear dos teclados, teceram um 
texto contendo múltiplos matizes, o que o diferencia 
dos demais textos que abordam a temática em foco.
Ressaltamos também, a importância da me-
diação tecnológica, a qual foi instrumento basilar na 
busca, nas discussões, revisões e escrita do texto e nos 
ajudou na concretização de nosso sonho: o de levar 
para pessoas que, apesar de distantes e de não serem 
conhecidas por nós, uma abordagem desmitificada da 
metodologia.
Com o presente livro convidamos você a per-
correr conosco o caminho da pesquisa, a tornar-se um 
parceiro na construção de uma sociedade inclusiva e 
na busca de um vir-a-ser mais profícuo para todos.
Ymiracy N. de S. PolakCUritiBA, 2011
19
PREFÁCIO
“A ciência se compõe de erros que, por sua vez, 
são os passos até a verdade.” (Julio Verne). A histó-
ria está recheada de exemplos que comprovam essa 
afirmação.
Aristóteles (384-322 a. C.), por exemplo, afirmou 
que, um corpo pesado cai mais rápido que outro, mais 
leve. Afirmação contestada séculos mais tarde por Isa-
ac Newton. O próprio Galileu (1564-1642), reconheci-
damente um notável cientista, afirmou que os cometas 
não passavam de fenômenos ópticos. Outro grande 
erro também cometido por ele foi o de atribuir à rota-
ção da terra o fenômeno das marés, e não à atração da 
Lua, como foi comprovado mais tarde.
A história da ciência está crivada de erros gros-
seiros, e muitos deles poderiam ser evitados se os cien-
tistas da época lançassem mão de uma metodologia de 
investigação, e que levassem em conta diversos aspec-
tos da observação e comprovação dos fatos e fenôme-
nos. Esses fatos ensejaram a criação de uma metodolo-
gia científica de investigação.
A Metodologia Científica como a conhecemos 
tem sua origem no pensamento de Descartes, que foi 
posteriormente desenvolvida empiricamente pelo físico 
inglês Sir Isaac Newton, recebendo diversos acréscimos 
de outros cientista como Karl Popper e Thomaz Kuhn.
Embora seja reconhecidamente a base para o 
desenvolvimento de qualquer trabalho científico, o es-
tudo da Metodologia Científica e seus princípios têm 
apresentado grande rejeição por parte dos alunos de 
graduação e de pós-graduação. Essa rejeição deve-se 
em grande parte pelo seu desconhecimento e pela for-
ma que é apresentado aos alunos, que se sentem intei-
ramente desmotivados a se debruçarem sobre o estudo 
de seus princípios e fundamentos.
Esse livro veio com o intuito de desmistificar a 
Metodologia Científica, apresentando ao leitor os con-
20
teúdos de uma forma clara e objetiva, sem contudo, 
afastar da forma acadêmica, buscando a motivação 
do leitor através da dialogicidade presente em todos os 
capítulos do mesmo.
O livro está disposto em sete capítulos, onde os 
fundamentos da Metodologia Científica são apresenta-
dos de forma racional, onde a teoria e prática se mes-
clam para dar ao aluno uma visão clara sobre cada um 
dos seus fundamentos.
O Capítulo I, de autoria dos professores Ymiracy 
Polak e José Alves Diniz, inicia-se com uma introdu-
ção à pesquisa, abordando o conceito de ciência e os 
diversos tipos de conhecimento, com a finalidade de 
introduzir o leitor ao método científico de uma forma 
científica, mas ao mesmo tempo, coloquial.
No Capítulo II, os autores Ymiracy Polak, José 
Alves Diniz e Pedro Ivo Polak Jr., apresentam a tipolo-
gia do trabalho acadêmico, produção de textos, análi-
se textual, destacando a importância da Leitura e das 
Normas da ABNT.
O Capítulo III trata das tipologias da pesquisa e 
suas etapas, devidamente fundamentada, tendo como 
diferencial a exploração estruturada da dialogicidade. 
Os autores, Ymiracy Polak e José Alves Diniz procura-
ram abordar o tema de forma simples e objetiva, con-
tudo, mantendo um estilo acadêmico e científico.
No Capítulo IV, o Prof. Rogério Santana aborda 
a pedagogia de projetos enquanto metodologia, enfo-
cando, sobretudo, as ações de pesquisa em educação, 
nos casos específicos em que o objeto da pesquisa está 
associado a situações reais que implicam em experi-
ência vivencial, tanto dos pesquisadores quanto dos 
atores sociais. Além dos aspectos mencionados, o autor 
apresenta novos modos de investigação e articulação 
tomando por base as metodologias de pesquisa que 
utilizam recursos diversos, desde tecnologias digitais a 
concepções que envolvam pedagogia no campo e pe-
dagogia da alternância. O leitor é instigado a aprofun-
21
dar aspectos da metodologia da pesquisa em educação 
tomando como base a pedagogia de projetos e suas 
possibilidades vivenciais.
O Capítulo V trata do Projeto de Pesquisa, no 
qual é apresentada a importância do projeto e sua fi-
nalidade, onde a visão dos autores de áreas diversas 
(Ymiracy Polak, José Diniz e Mauro Pequeno) trazem 
ao leitor, numa abordagem multidisciplinar, a temá-
tica Projeto de Pesquisa, indo da teoria à prática, da 
prática à teoria, num processo reflexivo e crítico, des-
mistificando o projeto, salientando que o mesmo está 
presente no cotidiano do ser humano, devendo contu-
do, ser sistematizado e fundamentado segundo o rigor 
da Metodologia Científica.
O capitulo VI trata do Projeto Vivencial, da au-
toria das Professoras Ymiracy Polak e Helena Marinho, 
e visa solucionar um problema ou situação problema 
com o coletivo. Aqui, os conceitos são questionados, 
são feitas intervenções propondo uma nova denomi-
nação para o projeto.
O Capítulo VII encerra o livro, onde os autores, 
Professores Ymiracy Polak e José Alves Diniz fornecem 
orientações sobre a formatação do trabalho acadêmico, 
trazendo modelos e informações que subsidiarão aos inte-
ressados a construção de seus próprios trabalhos.
Ao aliar a teoria à prática e a prática à teoria, 
os autores desse livro conseguiram traduzir suas expe-
riências tendo por base uma ampla bagagem científica 
em diferentes áreas do conhecimento. Essa diversidade 
de olhares contribuiu para a riqueza desse livro que, 
certamente será apreciada pelos leitores.
Fortaleza, 2 de julho de 2011.
Prof. Dr Mauro C Pequeno
Diretor do Instituto Virtual da UFC
23
CAPÍTULO 1
CIÊNCIA E CONHECIMENTO: UMA INICIAÇÃO À PESQUISA
Ymiracy N. de S. Polak
José Alves Diniz
Apresentação
O conhecimento humano se faz presente du-
rante toda a história da humanidade, devendo ser 
compreendido em sua trajetória evolutiva quando 
modifica-se, reconfigura-se conforme o paradigma 
vigente, o que justifica uma certa reflexividade com 
relação ao objeto a ser conhecido, exigindo sistema-
tização. Método este que assegura a investigação, o 
estudo do objeto de interesse, dando início a Meto-
dologia Científica, como um instrumento, um cami-
nho baseado em critérios, em princípios, como res-
posta ao problema.
Assim, pode-se entender a Metodologia Cien-
tífica como um caminho, uma via, uma ordem a ser 
seguida num estudo, pesquisa de objeto, visando um 
fim determinado (CUNHA, 1994). A metodologia exige 
rigor na abordagem do objeto, bem como logicidade e 
cientificidade no método, tendo em vista prevenir con-
tradições e incoerências em sua aplicabilidade. Pelo ex-
posto, pode-se inferir que a metodologia está a serviço 
da construção da ciência e nasceu sob a égide da razão 
e da verdade, rigor este que se faz presente em todos os 
discursos rotulados como científicos.
A questão do rigor da ciência tem consequências 
importantes para a Metodologia Científica, uma vez 
que, por meio dela, o pesquisador pode diferenciar a 
construção de uma interpretação científica, em vista de 
uma determinada situação, e esta construção pode ser 
feita a partir de uma situação qualquer, ou seja, des-
provida de fundamentação.
YMIRACY N. DE S. POLAK • JOSÉ ALVES DINIZ
24
Neste capítulo, você terá oportunidade de refletir 
sobre a epistemologia que dá suporte ao pensar, à sis-
tematização dos processos, ao compreender o que seja 
ciência e os diversos tipos de conhecimento que subsi-
diam nossa visão de mundo e o nosso saber fazer e o 
saber ser.
EPistEMologiA PAlAVrA dE origEM grEgA 
“EPistEME” CiênCiA E “logiE” lógiCA
Considerando a amplitude do tema e que o mes-
mo não é nosso objeto de estudo, apresentaremos fla-
shes sobre ciência e os principais tipos de conhecimen-
to, com o objetivo de ajudá–lo a correlacionar o seu 
saber fazer e seu saber ser com os conceitos que serão 
apresentados no presente capítulo.
PARE E REFLITA! 
AntEs dE ProssEgUir, PArE E dEsCrEVA CoM sUAs PAlAVrAs 
o qUE VoCê EntEndE Por CiênCiA E CoMPArE CoM o 
APrEsEntAdo no itEM sEgUintE
Ciência
Ciência é uma palavra latina “Scientia”, de 
“scirei” (saber), que determina um conjunto coerente 
de conhecimentos relativos a certas categorias de ob-
jetos1, fatos ou fenômenos2 que obedecem a leis e quesão verificados através do método experimental (ciên-
1 O termo objeto é usado num sentido lato e abstrato: uma pessoa, 
um lugar e um instrumento são objetos, tal como uma dor ou uma 
emoção (DAMÁSIO, 2000).
2 Pode signifi car: 1. Aquilo que acontece e que é visível à observa-Pode significar: 1. Aquilo que acontece e que é visível à observa-
ção; 2. Qualquer dado; 3. Um fato ou um acontecimento provado.
CAPÍTULO 1 — CIÊNCIA E CONHECIMENTO: UMA INICIAÇÃO À PESQUISA
25
cias factuais) ou pela demonstração (ciências formais3) 
(Nova Enciclopédia Larousse, 1994).
A ciência visa a produção ou reconstrução do 
conhecimento de forma racional, exata, sistemática e 
devidamente fundamentada, sendo desenvolvida em 
todas as àreas do conhecimento. 
Componentes da Ciência
As ciências possuem, como componentes: objeti-
vo ou finalidade; ou função e um objeto a ser estudado.
PARADA PARA REFLEXÃO!
PEnsE EM sUAs PrátiCAs E VEJA CoMo APliCAr A MEtodologiA 
CiEntífiCA no Entorno dE sEU trABAlho. nEstE ProCEsso 
rEflExiVo idEntifiqUE o oBJEto dE sEU intErEssE dE EstUdo 
E disCUtA CoM sEU ProfEsor tUtor, PArA VErifiCAr A 
PossiBilidAdE do EstUdo E o Método A sEr sEgUido.
Vejamos agora com mais clareza quais são os 
componentes da ciência:
 a) Objetivo ou finalidade: tem uma preocupação 
em distinguir a característica comum ou as leis 
gerais que regem determinados eventos.4
3 As ciências factuais, como a Física e a Sociologia, estudam fatos 
que supostamente ocorrem no mundo (natural ou social) e, em con-
sequência, recorrem à observação e à experimentação para testar 
as suas hipóteses. As ciências formais, entre as quais encontram-se a 
Lógica e a Matemática, que não tendo relação com algo encontrado 
na realidade, não podem valer-se dos contatos com essa realidade 
para convalidar as suas fórmulas. A Lógica e a Matemática tratam 
de entes ideais, tanto abstratos quanto interpretados, existentes 
apenas na mente humana e, mesmo nela, em âmbito conceitual 
e não fisiológico (LAKATOS & MARCONI, 1999).
4 Ou seja, o propósito da Ciência é a construção de teoria e a ex-
plicação de fenómenos naturais (KERLINGER, 1980).
YMIRACY N. DE S. POLAK • JOSÉ ALVES DINIZ
26
 b) Função: que se modifica no contínuo e visa 
aperfeiç ar o acervo de conhecimentos da re-
lação do Homem com o seu mundo.
 c) O objeto da ciência se subdivide em dois: 
Objeto material: aquilo que se pretende estudar, 
analisar, interpretar ou verificar, de modo geral.
Objeto formal: o enfoque especial, em face das 
diversas ciências que possuem o mesmo objeto mate-
rial (LAKATOS & MARCONI, 1999)5. A ciência possui 
objetivo, finalidade e um objeto, sendo conhecida pelos 
seguintes critérios: 
 1. Confiabilidade em seu corpo de conhecimentos.
 2. Sistematização e organização do conhecimento; e, 
 3. por ter um método. 
O homem, ao fazer ciência, interpreta as suas pró-
prias ações e a natureza, como o objetivo de superar e 
controlar eventos de seu interesse, de um grupo ou social 
e seguindo o método, dá sentido, ressignifica e transfor-
ma sua hermenêutica, sua interpretação num discurso 
considerado verdadeiro. Por isso, o discurso da ciência é 
um discurso que tem sentido. E significado.
De acordo com Fourez (1995), a ciência possui 
um lado material e um lado intelectual: no primeiro 
encontram-se: bibliotecas, laboratórios, escolas, indús-
trias etc.; no segundo, temos toda uma organização 
mental ou, como ele mesmo diz, uma matriz disci-
plinar ou paradigma, ou seja, uma estrutura mental, 
consciente ou não, que serve para classificar o mundo 
e poder abordá-lo.
Você deve estar se perguntando: 
E o que é paradigma?
5 Ou seja, o propósito da Ciência é a construção de teoria e a ex-
plicação de fenómenos naturais (KERLINGER, 1980).
6 Por exemplo, o objeto de estudo da Psicologia é o comportamento 
e os processos mentais (MYERS, 1999). 
CAPÍTULO 1 — CIÊNCIA E CONHECIMENTO: UMA INICIAÇÃO À PESQUISA
27
PArAdigMA é UM tErMo introdUzido Por thoMAs KhUn, 
signifiCA UM ModElo, UMA Visão dE MUndo, UMA forMA dE 
VEr E ExPliCAr os fEnôMEnos. é UMA MAtriz qUE dá sUPortE Ao 
ConhECiMEnto dUrAntE dEtErMinAdA éPoCA, qUAndo é Consi-
dErAdo CoMo UM Critério dE VErdAdE
Vale ressaltar que a noção de paradigma traz o 
risco de pensarmos que existe apenas uma forma ver-
dadeira de se ver o mundo, ou abordar os fatos, contu-
do, cada pesquisador possui sua visão de mundo, de-
vendo consequentemente, ter a liberdade de adotar um 
método, um caminho, uma forma de ver e interpretar 
os fatos, seguindo os ditames da ciência.
A ciência tem como propósito investigar, conhe-
cer a realidade de uma forma precisa e sistemática, or-
ganizando os dados coletados em grupos, categorias de 
forma lógica e coerente, estabelecendo relações e corre-
lações entre os fenômenos estudados.
A ciência consiste uma disciplina científica, dado 
que possui um objeto, um método e um corpo conceitual. 
Atente que:
 1. Toda disciplina científica tem obrigatoriamente 
um objeto, ou seja, seu foco a ser estudado.
 2. Tem a objetividade como uma de suas princi-
pais características. 
A concepção de objetividade se consolidou com o 
advento da Ciência Moderna, uma vez que preocupou-
-se em distinguir o objeto de nossas percepções no sen-
tido de conhecimento empírico e do objeto de nossa 
 subjetividade.
Podemos afirmar que a Ciência Moderna nasceu 
sob a égide do que se chamou método experimental. 
Aliás, ainda hoje, quando nos referimos à ciência em 
sala de aula, ouvimos frequentemente referências à 
 experimentação. 
YMIRACY N. DE S. POLAK • JOSÉ ALVES DINIZ
28
Destaca-se que a ciência não aceita o que diz res-
peito à subjetividade, e valoriza os fatos que podem ser 
mensurados, explicados e quantificados.
No seu rigor, exige repetição de experimentos, 
visando evitar o risco de erro. Nessa perspectiva, o fato 
científico nada mais é do que o fato mensurável, o que 
é preconizado pelo pensamento cartesiano e positivista 
que subsidia o método científico.
SAIBA MAIS!
PArA CoMPrEEndEr MElhor o PEnsAMEnto CArtEsiAno, Por 
fAVor ACEssE o Artigo “sEgUindo os PAssos dA históriA” 
no sitE : http://www.webartigos.com/articles/5651/1/o-
pensamento-cartesiano/pagina1.html#ixzz1HdSK38Jp
Portanto, é primordial para o cientista poder repro-
duzir, explicar e quantificar fatos, o que reitera a impor-
tância e justifica a existência do método experimental. 
Na atualidade vemos duas correntes, ou modos 
de ver a ciência: uma concepção de ciência se impõe 
nos dias de hoje a chamada Ciência Pós-Moderna; e 
outra, nos leva a refletir sobre a concepção de método. 
PARE E RESPONDA!
O Pensador do escultor 
francês Auguste Rodin
o qUE VoCê CoMPrEEndE 
Por CiênCiA ModErnA E Por 
Método?PEnsE E disCUtA 
CoM sEU ProfEssor tUtor 
soBrE sUA CoMPrEEnsão do 
qUE sEJA CiênCiA ModErnA E 
Método. 
CAPÍTULO 1 — CIÊNCIA E CONHECIMENTO: UMA INICIAÇÃO À PESQUISA
29
A Ciência Moderna deslocou a questão do mé-
todo do sujeito para o objeto. Com isso, criou-se um 
grande problema, principalmente para algumas áreas 
como, por exemplo, as ciências humanas, o que pas-
sa exigir um debate e aprofundamento maior sobre da 
questão: método. 
Etimologicamente, método quer dizer caminho, 
isto é, ir de um lugar a outro, na pesquisa seria o cami-
nho percorrido pelo sujeito em busca de uma resposta 
para o problema postulado. Segundo Lalande (1993), 
método é sempre a de uma direção definível e regular-
mente seguida numa operação do espírito. Destaca-se 
que este sujeito não é apenas cognoscente, mais tam-
bém crítico. 
CognosCEntE , oU sEJA o sUJEito qUE ConhECE dEtErMinAdo 
AssUnto; AqUElE qUE tEM A CAPACidAdE dE ConhECEr 
PAlAVrA dE origEM lAtinA, cognoscens.
Por outro lado, poderia surgir a ideia de uma 
fragmentação da própria concepção de sujeito, tal qual 
as das antropologias contemporâneas, com relação à 
concepção de homem, absolutamente indefensáveis 
em tempos pós-modernos. 
Segundo Gil (1999), método é “um conjunto de 
procedimentos intelectuais e técnicos”imprescindível à 
pesquisa. Dentre os métodos consolidados da pesqui-
sa científica estão o dedutivo e o indutivo (GIL,1999; 
LAKATOS; MARCONI, 1999). Desta forma, temos dois 
caminhos que podem ser usados para a construção do 
conhecimento. 
SOLICITAÇÃO!
Por fAVor , dEsCrEVA CoM sUAs PAlAVrAs o qUE é Método 
dEdUtiVo E indUtiVo E CoMPArE CoM o ExPosto A sEgUir
YMIRACY N. DE S. POLAK • JOSÉ ALVES DINIZ
30
Método dEdUtiVo, CArACtErizA-sE Por PArtir dE UMA 
sitUAção gErAl PArA UMA PArtiCUlAr.
Método indUtiVo é AqUElE no qUAl o PEsqUisAdor PArtE dE 
UMA sitUAção PArtiCUlAr 
Vejamos, o método indutivo diferencia-se do de-
dutivo, vez que a indução é um processo mental, que 
parte de dados particulares, inferindo generalização, 
verdades não presentes nas partes estudadas. Este mé-
todo também é conhecido como empírico-indutivo e 
não permite a criação de novas leis e teorias.
Por sua vez, o método dedutivo tem base no pen-
samento cartesiano e considera que só a razão pode 
assegurar o conhecimento verdadeiro, possui uma pre-
missa maior — a que estabelece relações com uma me-
nor e a partir de uma visão,ou raciocínio lógico, chegar 
a verdade daquilo que se propõe a estudar. Parte-se de 
uma afirmação de caráter universal, demonstrando-a, 
chegando à dedução. 
PrEMissA é, UMA ArgUMEntAção , UMA sEntEnçA lógiCA 
PositiVA oU nEgAtiVA ConstitUídA no ContExto dE UM 
silogisMo. EstE, Por sUA VEz, é ConstitUído Por dUAs 
ProPosiçõEs dEClArAtiVAs qUE sE intErConECtAM E PErMitEM 
A dEdUção dE UMA ConClUsão. 
Por sua vez, no método empírico-indutivo, parte 
do objeto (a parte) para se chegar à generalização, o 
que exige uma sequência de operações prévias, a fim 
de evitar certos erros e alcançar o fim desejado.
O conhecimento e a definição do método se 
constituem nos aspectos mais importantes da metodo-
logia científica.
CAPÍTULO 1 — CIÊNCIA E CONHECIMENTO: UMA INICIAÇÃO À PESQUISA
31
Conhecimento
Durante o processo existencial, o homem, em 
seu cotidiano, interpreta a si e ao mundo em que vive, 
atribuindo-lhes significado. Neste processo de recodifi-
cação da sua realidade, emerge o que denominamos 
conhecimento.
O conhecimento enquanto entendimento, é a 
compreensão da realidade o que diferencia o ser hu-
mano dos demais animais. Para Luckesi (1985), o co-
nhecimento pode ser visto como: um mecanismo de 
compreensão e transformação do mundo, como algo 
imprescindível para ação e como um elemento liberta-
dor e pode ser considerado de três formas. Para melhor 
compreender o pensamento do autor, vide figura 1. 
Figura 1 — Formas de conhecimento segundo Luckesi 
O conhecimento como mecanismo de compreen-
são do mundo diz respeito não apenas ao plano teóri-
co, como também o saber fazer, mediado pelo homem 
e pelas tecnologias.
Por sua vez o conhecimento necessário e norte-
ador do agir é o conhecimento que ilumina, que mos-
tra o caminho a ser trilhado em vista dos objetivos 
delineados.
YMIRACY N. DE S. POLAK • JOSÉ ALVES DINIZ
32
Enquanto que o conhecimento libertador é o que 
faz do homem cidadão, mais consciente do seu papel, 
possibilitando um agir coerente com seu entorno social.
Conhecer e pensar constituem não somente uma 
capacidade, como também uma necessidade para o 
homem, conhecer é poder.
Sabemos que existimos porque pensamos. Co-
nhecer e pensar colocam o universo a nosso alcance e 
dá ao homem sentido, finalidade e razão de ser.
O Que É Conhecimento e como Pode Ser Construído?
Conhecimento é o que diferencia o homem dos 
demais seres, o que dá sentido à vida, podendo ser obti-
do de várias formas e ser de vários tipos. É uma capaci-
dade inerente ao ser humano e para que ele aconteça, 
pressupõe-se a existência de três elementos: o sujeito, 
objeto e a realidade.
O conhecimento pode ser adquirido mediante 
várias formas: sensação, percepção, imaginação, me-
mória, linguagem, raciocínio e intuição e pela pesqui-
sa, conforme mostrado nas figuras 2 e 3:
Figura 2 — Forma e aquisição de conhecimento. Fonte: Polak. 
Fonte: Polak
CAPÍTULO 1 — CIÊNCIA E CONHECIMENTO: UMA INICIAÇÃO À PESQUISA
33
Figura 3 — Forma e aquisição de conhecimento. 
Fonte: Polak
Para melhor visualização dos tipos e de onde 
resultam os conhecimentos, vide mapa conceitual ci-
tado acima.
Pelo exposto nas figuras acima, pode-se verifi-
car que existem vários tipos de conhecimento e que 
este pode ser construído por inúmeros meios e, por 
diferentes pessoas.
Tipos de conhecimento
O conhecimento pode ser classificado sob vários 
títulos, a saber: conhecimento popular ou senso co-
mum, mitológico, filosófico,e o científico. Veremos com 
mais detalhes cada um deles.
YMIRACY N. DE S. POLAK • JOSÉ ALVES DINIZ
34
a) Conhecimento popular ou senso comum
Segundo Galliano (1986), o conhecimento popu-
lar (senso comum), também denominado “empírico”, 
é o adquirido no cotidiano, ao acaso, baseado apenas 
na experiência vivida ou transmitida por alguém. Em 
geral, resulta de repetidas experiências casuais de erro 
e acerto, sem observação metódica ou verificação sis-
temática, e por isso, carece de caráter científico. Pode 
também resultar de simples transmissão de geração 
para geração ou fazer parte das tradições de uma co-
letividade.
O conhecimento do senso comum é espontâneo 
ou instintivo, visa resolução de problemas do cotidia-
no, não exige um conhecimento, não sendo sistemáti-
co, nem exige o rigor da cientificidade .
Ele é passado de geração para exemplo: o trata-
mento de dores estomacais com chás passando de avós, 
para mães e destas para as filhas.
EstE ConhECiMEnto é PAssAdo dE forMA nAtUrAl E 
dEsProVido dE qUAlqUEr fUndAMEntAção tEóriCA
b) Conhecimento Mitológico 
O conhecimento mítico, baseado na lingua-
gem figurada, metafórica, fantasiosa, para expli-
car a realidade em geral, fatos da existência ou a 
 própria existência.
Esta modalidade de conhecimento resulta da 
necessidade do homem controlar e modificar os fatos, 
de resolver seus problemas, sem questionar o mito.
É um conhecimento centrado na fé e nas crendi-
ces. É desprovido de uma sustentação lógica ou racio-
nal, fundamenta-se no princípio da autoridade, por 
ter sido revelado por entes superiores a seres privile-
giados (D’ONOFRIO, 1999).
CAPÍTULO 1 — CIÊNCIA E CONHECIMENTO: UMA INICIAÇÃO À PESQUISA
35
c) Conhecimento Filosófico 
Resulta da experiência e não da experimentação. 
Constitui-se de hipóteses que não podem ser submetidas 
à observação pela experimentação. Caracteriza-se por 
ser: valorativo, racional, sistemático, não verificável, 
infalível e exato, e resulta do raciocínio e da reflexão 
humana. É o conhecimento especulativo sobre fenôme-
nos, gerando conceitos subjetivos e busca dar sentido 
aos fenômenos gerais do universo, ultrapassando os li-
mites formais da ciência.
Segundo Oliveira (2002), o conhecimento filo-
sófico busca conhecer as causas primeiras, as causas 
profundas e remotas de todas as coisas, a origem das 
coisas, e as respostas para as mesmas.
Na acepção clássica, a filosofia é a busca das coi-
sas em suas origens, ou seja das coisas em suas causas 
primeiras. Filosofia é o estudo de problemas fundamen-
tais humanos tais como: éticos, estéticos, morais.
Filosofar é argumentar filosoficamente e não 
científicamente, empiricamente.
O conhecimento filosófico baseia-se na argumen-
tação lógica e conceitual.
Desta forma, filosofar é um interrogar, é ques-
tionar continuamente em busca do sentido, é recor-
rer a hermenêutica para compreender e explicar os 
 fenômenos.
d) Conhecimento Científico
Considera-se como “real” porque lida com ocor-
rências, fatos, fenômenos concretos e observáveis. Ne-
cessita de uma teoria para tornar-se legítimo, de hipóte-
ses para serem testadas e de um método para conduzir 
a investigação. Suas características são: real ou factual, 
contingente, falível, aproximadamente exato, racio-
nal, objetivo, transcendente aos fatos, analítico, claro 
e preciso, comunicável, metódico, geral, explicativo, 
aberto e útil. É sistemático e verificável.YMIRACY N. DE S. POLAK • JOSÉ ALVES DINIZ
36
O conhecimento científico é fruto da pesquisa, 
ou seja, da busca sistematizada de respostas para um 
problema, ou situações-problemas realizadas segundo 
o rigor da metodologia científica.
Para melhor compreender as características do 
conhecimento científico indicadas por Galliano (1986) 
vide figura 4. 
Figura 4 — Características do Conhecimento Científico segundo 
Galliano (1986)
O Método Científico
Método é um conjunto de passos a serem segui-
dos ordenadamente na busca da verdade e deve:
	 •	 Conduzir a realidade.
	 •	 Permitir	demonstração	e	prova.
	 •	 Permitir	a	verificação	do	conhecimento
PARE E REFLITA! 
Por fAVor, rElEiA os tiPos dE ConhECiMEntos APrEsEntAdos 
E difErEnCiE o ConhECiMEnto CiEntífiCo do téCniCo E do 
PoPUlAr oU lEigo.
CAPÍTULO 1 — CIÊNCIA E CONHECIMENTO: UMA INICIAÇÃO À PESQUISA
37
Referências
ANDRADE FILHO, F.A. Origem e desenvolvimento da 
filosofia numa perspectiva histórica: mito, razão e ci-
ência. Disponível em: http://users.hotlink.com.br/fico/
refl0035.htm . Acesso em: 27 abr. 2011 
D’ONOFRIO, Salvatore. Pequena enciclopédia de cultu-
ra ocidental: o saber indispensável, os mitos eternos. São 
Paulo: Elsevier Editora/Campus Editora, 1999. 567p.
FOUREZ, G. A Construção das Ciências. Introdução à 
Filosofia e à Ética das Ciências. São Paulo: UNESP, 1995. 
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. 
São Paulo: Atlas, 2004.
GALLIANO, Antônio Guilherme. O método científico: 
Teoria e Prática. São Paulo: Harbra, 1986.
KERLING, F. N. Metodologia da pesquisa em ciên-
cias sociais: um tratamento conceitual. São Paulo: 
E.P.U.,1981.
LADRIÉRE, J. Os desafios da racionalidade. Petrópolis: 
Vozes, 1979. 
LALANDE, A. Vocabulário técnico e crítico da filoso-
fia. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Marina Andrade. 
Técnicas de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1999.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Fazer universidade: uma 
proposta metodológica. São Paulo: Cortez, 1985.
MYERS, M. D. Ethnographic research methods in in-
formation systems, ISWorld Net Virtual Meeting Cen-
ter at Temple University, March 8-11, 1999. http://scho-
lar.google.com.br/scholar?hl=pt-BR&q=MYERS%2C+1
999&btnG=Pesquisar&lr=&as_ylo=&as_vis=0. Acesso 
em: 27 abr. 2010.
NOVA ENCICLOPÉDIA LAROUSSE São Paulo: Nova 
Cultural, 1998 Leitores, 1994 
OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de metodologia 
científica. São Paulo: Pioneira, 2002.
39
CAPÍTULO 2
ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO 
ACADÊMICO 
Ymiracy N. de S. Polak
José A. Diniz
Pedro Ivo Polak Júnior
Apresentação
Antes de adentramos na questão pesquisa é ne-
cessário que você tenha conhecimento do que seja um 
trabalho acadêmico, a fim de que possa planejar o seu 
percurso metodológico; esta etapa será norteada pela 
metodologia científica, tendo em vista a construção do 
conhecimento após o percorrer de várias fases, as quais 
incluem a observação, a demonstração (interpretação 
dos dados) e a conclusão sobre o tema estudado.
A metodologia científica oportunizará a você 
uma série de regras de normas, as quais darão suporte 
à organização do pensar, das etapas do estudo, bem 
como das atividades previstas em seu trabalho.
Neste capítulo ou unidade, você conhecerá o tex-
to acadêmico, os procedimentos necessários para sua 
leitura e como organizar, de forma sistemática, o seu 
pensar, os conceitos extraídos da literatura e os dados 
coletados empiricamente.
Sintetizando, você encontrará neste capítulo 
orientações quanto a:
	 •	 Tipologia	e	natureza	dos	textos.	Leitura,	tipo	
e finalidade
	 •	 Citações
	 •	 Referências.	
	 •	 Fichamento.
	 •	 Resumo.
	 •	 Diversos	tipos	de	trabalho	acadêmico
40
LEMBRE-SE QUE! 
A rEAlizAção dE UM trABAlho dEstA nAtUrEzA Exigirá 
Esforço, disCiPlinA, AtEndiMEnto dAs norMAs dA ABnt E 
o rigor dA MEtodologiA CiEntífiCA
O material apresentado tem como objetivo:
 1. Oferecer conteúdos que assegurem a elabora-
ção, estruturação, redação e apresentação do 
seu trabalho.
 2. Propiciar meios que oportunizem a correlação 
do seu trabalho com os conceitos ora apresen-
tado neste módulo e nos anteriores ofertados 
durante o curso.
 3. Instrumentalizá-lo quanto aos procedimentos 
necessários para a elaboração do trabalho 
acadêmico. 
Temos certeza que você deve estar se questionan-
do: O que poderei realizar? Como apresentar o meu 
trabalho de forma diferente da habitual?
Esperamos que você encontre as respostas, 
para estas e outras questões, ao findar sua leitura do 
presente capítulo, uma vez que esta é sua principal 
finalidade.
Natureza e Tipos de Textos
O trabalho acadêmico utiliza-se de um tipo de 
texto, redigido segundo normas e princípios científicos; 
logo é preciso que você saiba o que é um texto e tenha 
consciência da importância da leitura para o alcance 
dos objetivos delineados.
CAPÍTULO 2 — ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ACADÊMICO 
41
tExto é UMA UnidAdE lingUístiCA qUE PodE sEr APrEEndidA 
PElos sEntidos, MEdiAntE A intErAção, o diálogo. ElE 
PodE sEr EsCrito, orAl oU AUdioVisUAl, sEr APrEsEntAdo 
isolAdAMEntE oU intEgrAdos, E tAMBéM nUMA MixAgEM, 
CoMo oCorrE nos filMEs. 
Para entender um texto é necessário que haja 
uma leitura do sentido e do significado presente no mes-
mo, independentemente de sua forma de apresentação, 
advindo desta exigência a importância da leitura, uma 
vez que ela constitui uma ferramenta essencial para a 
vida, adquirindo maior relevância no processo de cons-
trução, reconstrução e sistematização do conhecimento.
O texto é uma foto, uma organização dos sabe-
res. E, segundo Morin (2001):
O conhecimento das informações ou dos dados 
isolados não é insuficiente. É preciso situar as 
informações e os dados em seu contexto para 
que adquiram sentido. Para ter sentido a palavra 
necessita do texto, que é o próprio contexto, e o 
texto necessita do contexto no qual se enuncia. 
Desse modo, a palavra ‘amor’ muda de sentido 
no contexto religioso e no contexto profano, e 
uma declaração de amor não tem o mesmo sen-
tido de verdade se é enunciada por um sedutor 
ou um seduzido. (MORIN, 2001, p.36).
A leitura constitui-se um dos fatores decisivos 
para o meio acadêmico e é imprescindível em qualquer 
tipo de investigação científica, uma vez que propicia 
a ampliação do conhecimento, tornando-se necessário 
para a pesquisa.
LEMBRE SE QUE!
lEr signifiCA ConhECEr, intErPrEtAr E dECifrAr. 
YMIRACY N. DE S. POLAK • JOSÉ A. DINIZ • PEDRO IVO POLAK JÚNIOR
42
A leitura pode ser concretizada em diversos tex-
tos que estão disponibilizados em diferentes suportes 
abordando diferentes temas e diferentes informações, 
sobre o ontem, o hoje e o vir-a-ser da humanidade. Isso 
é o que faz da leitura um hábito que favorece ao ho-
mem o aprender, o criar e o dialogar com os demais 
atores sociais, assegurando a passagem da cultura e 
das tradições de geração em geração.
PARE E REFLITA!
EstAMos fAlAndo soBrE tExto, Por fAVor, PArE E dEsCrEVA o 
qUE EntEndE Por tExto CoM sUAs PróPriAs PAlAVrAs.
Texto
É um tema desenvolvido e apresentado por um 
autor em diversas linguagens: escrita, oral ou audiovi-
sual. Pode ser dividido em capítulos e seções, ou somen-
te em capítulos.
É uma sequência verbal (palavras), oral ou es-
crita, que forma um todo e que tem sentido para uma 
pessoa ou grupo em determinado contexto, segundo 
Travaglia (1997).
Um texto acadêmico, conteúdo do trabalho, ge-
ralmente é constituído de: introdução, desenvolvimen-
to e conclusão.
•	 Introdução	—	consiste na apresentação do tema 
e explicação de como foi desenvolvido: objetivos, 
métodos e procedimentos seguidos assinalando-
-se a relevância do trabalho, ou seja, o assunto é 
apresentado como um todo, sem detalhes. Trata-se 
do elemento explicativo do autor para o leitor. Em 
monografias, dissertações e teses. É indispensável a 
inclusão da revisão de literatura.
CAPÍTULO 2 — ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ACADÊMICO 
43
•	 Desenvolvimento	é	o	que	denominamos	—	corpo 
do trabalho. Éuma unidade na qual o assunto é tra-
balhado, descrito, apresentado. Pode ser subdividido 
em capítulos, subdivisões e seções.
•	 Conclusão	ou	considerações	finais,	síntese	final	— 
etapa na qual é feita uma análise crítica do percurso 
e dos resultados obtidos. Neste item podem surgir 
ideias e abordagens novas para serem consideradas 
em outros trabalhos da área. É a apresentação das 
respostas à problemática do tema exposto, ou seja, 
uma síntese dos resultados aos quais o autor chegou, 
de uma maneira simples. Deve ser escrita de forma 
concisa, sem a inclusão de novos dados.
Os textos são fontes inesgotáveis de ideias e co-
nhecimentos podendo ser classificados em: acadêmi-
co, didático e científico. Ou ainda como: literários, 
oficiais, comerciais e acadêmico científico. Não impor-
ta a classificação, eles sempre resultam de necessidades 
específicas, têm características próprias e finalidades 
diversas, conforme pode ser visualizado no esquema 1 
apresentado a seguir.
Características 
dos textos: 
Resultam da demanda de 
um grupo ou uma pessoa, 
que possibilita ao autor 
expressar-se, comunicar-
-se com o leitor, ou o re-
ceptor da mensagem.
Traduzem a visão de mun-
do do autor e o perfil da 
clientela a que se destina.
Mantém estreita relação 
com uma realidade espe-
cífica.
Deve constituir-se num 
todo.
Possuem um código e são 
recodificados pelo leitor.
Esquema 1 — Fonte: Adaptado de Santos (2010).
YMIRACY N. DE S. POLAK • JOSÉ A. DINIZ • PEDRO IVO POLAK JÚNIOR
44
O texto pode ser classificado de diversas formas. 
Santos (2010) os classifica em: literários, oficiais e aca-
dêmicos/científicos, conforme pode ser visualizado no 
quadro 1.
Quadro 1 — Tipos de Textos x Objetivos 
Tipos de Textos Objetivos
Textos literários
•	 Finalidade artística
•	 Priorizam a oralidade
•	 Apresentam a leitura da realidade pe-
los olhos do artista
•	 Representantes mais comuns: anedo-
tas, fábulas, novelas, contos e poemas
Textos oficiais e 
comerciais
•	 Visam uma comunicação formal
•	 Mais comuns: memorando, ofício, avi-
so, parecer, ordem de serviço e carta 
comercial etc.
Textos acadêmi-
cos e científicos
•	 Têm como finalidade prestar informa-
ções precisas
•	 São redigidos segundo o método cien-
tífico e apresentam geralmente dados 
passíveis de mensuração.
Fonte: Adaptado de Santos (2010).
Os textos técnicos e científicos são os mais in-
dicados para a ampliação das reflexões e construção 
do referencial teórico. Eles dão sustentação ao estudo e 
serão o objeto deste capítulo.
Os textos podem ser: verbais, escritos, visuais e 
mistos.
O texto verbal oportuniza o diálogo a interlo-
cução e deve ser objetivo coerente, ou seja, assegurar 
a organização interna das ideias contidas e garantir a 
coerência com o contexto.
Coesão e coerência são dois conceitos importan-
tes, pois dão sentido e unidade ao texto.
CAPÍTULO 2 — ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ACADÊMICO 
45
coesão iMPliCA nA MAnUtEnção dAs rElAçõEs dE sEntido 
EntrE os CoMPonEntEs do tExto.
coeRência são As rElAçõEs dE sEntido do tExto CoM o 
ContExto soCiAl, ContExto ExtErno.
Os textos verbais ou orais são os obtidos graças à 
oralidade. Os mais comuns são: a entrevista e o debate.
Entrevista
A entrevista é um instrumento que oportuniza 
o conhecimento interpessoal, promovendo o encontro 
face a face, a apreensão de uma série de fenômenos, de 
elementos de identificação e de construção do potencial 
do entrevistado e do entrevistador (TURATO, 2003).
Segundo Lobiondo-Wood & Haber (2001) a en-
trevista pode ser definida como instrumentos escritos e 
planejados para reunir dados, oralmente, de indivídu-
os a respeito de conhecimento, atitudes, crenças e sen-
timentos. O referido instrumento, segundo os mesmos 
autores, apresenta vantagens, tais como:
	 •	 A	não	exigência	que	o	entrevistado	saiba	ler	
e escrever. 
	 •	 A	possibilidade	da	obtenção	de	maior	número	
de respostas. 
	 •	 O	oferecimento	de	flexibilidade	muito	maior,	
pois o entrevistador pode esclarecer o significa-
do das perguntas e adaptar-se mais facilmente 
às pessoas e às circunstâncias nas quais se 
desenvolve a entrevista. 
	 •	 A	possibilidade	de	captar	a	expressão	corporal	
do entrevistado, bem como a tonalidade de voz 
e ênfase nas respostas.
YMIRACY N. DE S. POLAK • JOSÉ A. DINIZ • PEDRO IVO POLAK JÚNIOR
46
É uma técnica utilizada para obtenção de infor-
mações, na qual há dois atores distintos: o entrevista-
dor e o entrevistado. O primeiro é o responsável pela 
abertura do diálogo e o segundo, pelos dados obtidos 
mediante resposta.
 A entrevista é previamente planejada, quando 
são selecionados o tema, o local e os sujeitos a serem 
entrevistados. Geralmente se inicia com a apresenta-
ção dos interlocutores, seguida da exposição de seus 
objetivos. A entrevista possui início e fim determina-
do e seu desenvolvimento se inicia com uma questão 
provocativa à qual o entrevistado responde, podendo 
ser interrompido pelo entrevistador, com comentários. 
Neste processo se estabelece um diálogo.
O final da entrevista é demarcado pelo entre-
vistador quando considera sua questão provocativa 
respondida, podendo a mesma ser gravada e os dados 
transcritos a seguir, constituindo se num documento. 
Textos Escritos
Os textos escritos e didáticos são usados tanto 
para a leitura como para a redação de trabalhos aca-
dêmicos. Os mais comuns são: 
 1 Relatório e relatos de experiência.
 2 Paper, artigo e monografia.
 3 Resenha e resumo. 
 4 Outros.
PARE E REFLITA!
tEndo A CiênCiA dois tiPos dE tExto: CiEntífiCo E didátiCo; 
tEntE CArACtErizá-los E A sEgUir CotEJE CoM o APrEsEntAdo 
Por nós.
CAPÍTULO 2 — ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ACADÊMICO 
47
Relatório e Relato de Experiências
O relatório consiste numa descrição do que foi feito 
numa pesquisa ou na execução de uma proposta de tra-
balho, isto é, consiste na descrição do vivido, do realizado.
O relatório é elaborado após a coleta de dados, 
tabulação, tratamento estatístico, análise e interpre-
tação, quando os resultados estão prontos para serem 
apresentados ao leitor.
A estrutura do relatório final da pesquisa se 
asseme lha muito à estrutura do projeto apresentado 
anteriormente, sua estrutura pode ser visualizada no 
quadro 2.
Quadro 2 — Elementos constituintes do Relatório da 
Pesquisa. 
Relatório de pequisa
Introdução
É a primeira parte textual do trabalho, con-
siste na apresentação do tema, com uma pro-
blematização, questão, objetivos e relevância 
do assunto a ser estudado e implicações para 
o entorno.
D
es
en
vo
lv
im
en
to
R e f e r e n -
cial
teórico
Capítulo destinado à fundamentação dos con-
ceitos centrais do estudo, é resultante da busca 
do pesquisador às diversas fontes convergentes 
e divergentes ao tema estudado.
Metodolo-
gia
Descrição detalhada dos instrumentos, méto-
dos e procedimentos utilizados para coleta e 
seleção do material (ou corpus) a ser estudado 
e do processo de tratamento dos dados obtidos.
Análise e 
discussão 
dos dados
Apresenta os dados conforme a natureza do es-
tudo realizado e fundamentados com o suporte 
teórico.
Considera-
ções	finais	
Síntese da trajetória percorrida, na qual o pes-
quisador coteja os dados com os objetivos e tece 
sua leitura final sobre o vivido.
Fonte: Adaptado de Santos et al (2010).
YMIRACY N. DE S. POLAK • JOSÉ A. DINIZ • PEDRO IVO POLAK JÚNIOR
48
Paper ou Artigo Cientifico e Monografia
Paper ou Artigo Científico
Consiste num trabalho elaborado para apresen-
tação ou publicação em periódicos. Aborda um tema 
específico, podendo ser escrito por um ou mais autores. 
Para melhor compreensão vide quadro 3.
Quadro 3 — Estrutura do Paper ou Artigo Científico
Fonte: Autores. Estrutura do Paper ou artigo científico. 
Monografia
É um trabalho sobre um tema ou problema de-
vidamente delimitado, sendo um texto fundamentado 
em dados científicos no discurso presente na literatura.
Do ponto de vista etimológico, monografia ori-
gina-se do grego, da junção daspalavras: monos (um 
só) e graphein (escrever). É um estudo exaustivo sobre 
CAPÍTULO 2 — ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ACADÊMICO 
49
um tema devidamente delimitado, com valor represen-
tativo elaborado segundo metodologia científica. Para 
Lakatos & Marconi (2009), monografia: 
[...] é um estudo sobre um tema específico ou par-
ticular, [...] que estuda segundo os princípios da 
metodologia científica determinado assunto não 
só em profundidade, mas em todos os seus ângulos 
e aspectos, dependendo dos fins a que se destina.
Lubisco e Vieira (2003, p. 16) ressaltam que o 
termo monografia refere-se a qualquer tipo de 
produção que aborde um único tema ou proble-
ma, seja ela livro, relatório, manual, trabalho 
final de curso, dissertação de mestrado ou tese 
de doutorado.
 � Estrutura da Monografia 
A monografia tem a mesma estrutura do traba-
lho científico: parte pré-textual, textual e pós-textual.
Relembrando!
VisitE o CAPítUlo 2 E lEiA As CArACtErístiCAs dos ElEMEntos 
tExtUAis E dos Pós-tExtUAis E rEtornE Ao tExto AtUAl.
Na elaboração de uma monografia temos que 
percorrer seis (6) fases, conforme Figura 1.
Figura 1 — Fases do trabalho monográfico
YMIRACY N. DE S. POLAK • JOSÉ A. DINIZ • PEDRO IVO POLAK JÚNIOR
50
 � Escolha do assunto
Nesta fase são apresentados questionamentos 
delineados os objetivos, delimitação do tema e apre-
sentado o problema.
 � Pesquisa bibliográfica
Consiste na busca das fontes, selecionando auto-
res que trabalham o tema a ser estudado.
 � Coleta da documentação
Fase da coleta dos dados, capaz de oferecer solu-
ção ao problema colocado.
 � Crítica da documentação
Fase de exame do material. A análise dos dados 
coletados depende da diretriz que se segue para inter-
pretar a autenticidade das fontes e o valor interno dos 
conteúdos. Os pressupostos dependem dos seus critérios 
de verdade.
 � Construção
Etapa de construção, quando são reunidos os da-
dos obtidos com a experiência do pesquisador e tecido 
um texto.
Sintetizando!
a monogRafia se caRacteRiza PoR:
• Ser um trabalho eScrito, SiStemático e completo.
• ter um tema eSpecífico ou particular de uma ciência ou 
PArtE dElA.
• Ser um eStudo exauStivo, abordando várioS aSpectoS e 
ÂngUlos do CAso.
• ter alcance limitado.
• Ser uma metodologia importante, original e peSSoal 
PArA A CiênCiA.
• utiliza-Se de metodologia eSpecífica.
CAPÍTULO 2 — ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ACADÊMICO 
51
Lakatos & Marconi (2009) afirmam que a ca-
racterística essencial não é o tamanho da monografia, 
mas o caráter do trabalho e a qualidade da tarefa.
Resenha e Resumo
Resenha
Esta modalidade de texto resulta de outros tex-
tos, exige conhecimento sobre o assunto e sua organi-
zação textual varia conforme:
	 •	 O	tipo	de	obra	que	lhe	deu	origem.
	 •	 Os	objetivos	resultantes;	e,
	 •	 Do	suporte	para	sua	publicação.
Segundo Lakatos & Marconi (2009), a resenha é 
uma descrição minuciosa que compreende certo núme-
ro de fatos; é a apresentação do conteúdo de uma obra. 
Consiste na leitura, no resumo, na crítica e na formu-
lação de um conceito de valor sobre um livro ou artigo.
A resenha objetiva informar ao leitor sobre o 
assunto abordado no livro ou periódico; consiste uma 
síntese crítica do texto, devendo ser escrita na terceira 
pessoa e propiciar ao leitor informações fidedignas.
Ela diferencia-se do resumo, pois em sua reda-
ção, o autor pode emitir comentários, opinião e juízo 
de valor.
Resumo
Consiste num texto de menor dimensão do que 
lhe deu origem, traz uma síntese do assunto estudado, 
do realizado, pontuando objetivos, metodologia, resul-
tados e impacto do estudo ou da proposta. O resumo 
deve ser um retrato fiel do que foi realizado, preceden-
YMIRACY N. DE S. POLAK • JOSÉ A. DINIZ • PEDRO IVO POLAK JÚNIOR
52
do o texto e deverá conter as ideias centrais do estudo, 
ou proposta, os objetivos, a metodologia, resultados e 
implicações. Deve ser redigido segundo as normas da 
ABNT e ser: conciso, preciso, claro e sua leitura permi-
tir que o leitor tenha uma ideia precisa do estudo e da 
sua importância.
Lakatos & Marconi (2009) salientam que o resu-
mo pode ser de diversas naturezas: Informativo, indi-
cativo ou descritivo e crítico. As autoras continuam 
enfatizando que o resumo pode ser uma apresentação 
de um sumário narrativo das partes mais significativas, 
não dispensando a leitura do texto; uma condensação 
do conteúdo, expondo ao mesmo tempo, tanto a meto-
dologia e as finalidades, quanto os resultados obtidos 
e as conclusões, permitindo a utilização em trabalhos 
acadêmicos, dispensando, assim, a leitura posterior do 
texto original.
LEMBRE-SE!
qUE o sEU rEsUMo sErá 
UM ConVitE à lEitUrA dE sEU trABAlho 
 � No resumo temos:
	 •	 Título.
	 •	 Autoria.
	 •	 Objetivos.
	 •	 Texto	(novo	parágrafo,	num	único	bloco	jus-
tificado).
	 •	 Metodologia	usada.
	 •	 Resultados.
	 •	 Implicações	do	estudo.
	 •	 (Fonte	financiadora)	
 Recomenda-se ainda que o resumo:
	 •	 Deve	conter	250	a	300	palavras	no	máximo.
	 •	 Seja	dividido	em	sessões	separadas:	objetivos,	
métodos, resultados e conclusões.
CAPÍTULO 2 — ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ACADÊMICO 
53
	 •	 Evitar	abreviações	e	referências	a	números	e	ta-
belas que não devem ser utilizadas no resumo.
	 •	 Contenha:	Objetivos	(o	que,	para	quê?);	Mé-
todos (como?); Resultados (a que chegamos?); 
Conclusões (como o que obtivemos conversa 
com os objetivos?).
	 •	 Seja	 escrito	na	3ª	pessoa	 singular,	 ou	na	3ª	
pessoa	plural	e	1ª	pessoa	singular,	com	frases	
curtas e na ordem direta e num só parágrafo.
SAIBA MAIS!
PArA EntEndEr MElhor A AnálisE tExtUAl, lEiA 
MEtodologiA dA PEsqUisA E ElABorAção dE dissErtAção, 
oU lEitUrA, fiChAMEnto E rEsUMo E CitAçõEs 
PáginA, PhttP://WWW.tECnologiAdEProJEtos.
CoM.Br/BAnCo_oBJEtos/%7B7Af9C03E-
C286-470C-9C07-EA067CECB16d%7d_
MEtodologiA%20dA%20PEsqUisA%20E%20dA%20
dissErtA%C3%A7%C3%A3o%20%20UfsC%202005.Pdf 
ACEssE o sitE:
<httP://www.Psicologia.sPo.com.bR/dicas_liVRos_
dezembRo.htm>
lEiA UM BrEVE rEsUMo do liVro EstAção CArAndirU, 
dE drAUzio VArEllA. AProVEitAndo qUE VoCê Está nA 
intErnEt, PEsqUisE ExEMPlos dE rEsUMos dirECionAdos à sUA 
árEA dE EstUdo. PostEriorMEntE, CoMPArtilhE CoM sEUs 
ColEgAs E PrECEPtor o qUE EnControU.
PARE E REFLITA!
ACEssE o sitE <httP://WWW.CoMCiEnCiA.Br/rEsEnhAs/
intErnEt/hACKErs.htM.>, qUE trAz A rEsEnhA do liVro 
PUBliCAdA EM UMA rEVistA ElEtrôniCA dE JornAlisMo.
YMIRACY N. DE S. POLAK • JOSÉ A. DINIZ • PEDRO IVO POLAK JÚNIOR
54
LEMBRE-SE QUE:
rEsEnhA E rEsUMo são CoisAs distintAs.
No resumo, o autor apresenta resultados do estu-
do de uma proposta implementada ou a ser implemen-
tada, sem inferências. Na resenha o autor traz uma 
avaliação crítica, faz indicações de leitura.
Outros
Dissertações:	 pesquisa desenvolvida na pós-
-graduação, trabalho monográfico, na medida em que 
aborda temas únicos e delimitados, que são pessoais e 
devem ser autônomos, criativos e rigorosos. Esses tra-
balhos exigem uma investigação, experimentação e 
reflexão na área científica em que se situam e têm ins-
trumentos metodológicos específicos.
Teses: sua característica principal é a originalida-
de. Também é pesquisa desenvolvida na pós-graduação 
e um trabalho monográfico, defendido publicamente. 
Requisito para o grau acadêmico de doutor.
Fichamento
O fichamento tem por objetivo identificar um 
objeto de estudo (um livro, um capítulo de livro, um ar-
tigo, um filme, um documento, um monumento, uma 
obra artística) ou reunir dados e proposições sobre de-
terminado tema.
Recomenda-se que, ao organizar as atividades 
de fichamento, estas sejam elaboradas mediante o uso 
de fichas classificadas como:
CAPÍTULO 2 — ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ACADÊMICO 
55
	 •	 Bibliográficas,	que	contêm	dados	gerais	sobre	
a obra lida.
	 •	 Citações,	com	a	reprodução	literal	entre	aspas	
e a indicação da página dos textos lidos.
	 •	 Resumo	indicativo	do	texto	lido.
	 •	 Esboço	contendo	as	principais	ideias	do	autor	
lido.•	 Comentários	 com	 interpretação	 e	 crítica	
pessoal do pesquisador com relação às ideias 
expostas pelo autor da obra consultada.
O Que Possibilita o Fichamento
	 •	 A	identificação	das	obras	lidas.
	 •	 A	análise	do	conteúdo.
	 •	 As	anotações	e	citações	que	fundamentaram	
o trabalho.
	 •	 A	construção	da	apresentação	de	crítica	ela-
borada na etapa de análise dos discursos.
PARADA PARA REFLEXÃO
ConsidErAndo qUE VoCê Já CoMPrEEndEU o qUE é 
fiChAMEnto, ACrEditAMos qUE Já PossA ElABorAr sUAs 
fiChAs, APós A lEitUrA dos tExtos PErtinEntEs Ao sEU 
EstUdo.
AgorA sABE qUE PErCUrso dEVE trilhAr?
Vejamos:
	 •	 Iniciar	a	etapa	de	análise	e	interpretação	quan-
do você assimilou o material necessário. Nesta 
etapa, você pode verificar se está incorrendo 
no ecletismo, reducionismo ou dualismo.
	 •	 Construir	um	texto	com	as	citações	dos	autores	
lidos conforme as Normas da ABNT.
	 •	 Efetuar	a	revisão	do	texto.
YMIRACY N. DE S. POLAK • JOSÉ A. DINIZ • PEDRO IVO POLAK JÚNIOR
56
Temos e (três) tipos de fichamento: o bibliográfi-
co, o temático e o geral.
Fichamento bibliográfico consiste num conjun-
to de referência sobre livros, artigos e trabalhos dentro 
de uma área do saber, sendo muito útil para o pesqui-
sador, uma vez que facilita o processo de consultas do 
conteúdo extraído de certa obra.
Exemplo de fichamento bibliográfico
Metodologia Científica
CERVO, Amado Luiz; ALCINO, Pedro; BERVIAN. Me-
todologia Científica. 6. ed. São Paulo: Prentice-Hall, 
2006.
JUNG, Carlos Fernando. Metodologia Científica. 
Ênfase em Pesquisa Tecnológica. 5 ed. 2003. Dispo-
nível em: <http://www.geologia.ufpr.br/graduacao/
metodologia/metodologiajung.pdf>. Acesso em: 26 
nov. 2009.
Por sua vez, o fichamento temático consiste 
no registro de conceitos fundamentais ao seu estudo 
e visa apoiar a fundamentação teórica do trabalho a 
ser construído.
O fichamento geral é o local de armazenamento 
do material a ser consultado na elaboração de seu tra-
balho, tais como: artigos, vídeos, artigos de jornais etc.
Para fazer o fichamento de um texto recomenda-
-se várias etapas:
1º Passo: nesta etapa, deve-se definir o tema e 
pontuar os aspectos relevantes inerentes ao mesmo.
2º Passo: neste momento, deverá ser efetuada 
uma leitura do(s) texto(s) buscando levantar dados 
importantes que atendam a todos os itens pré-selecio-
CAPÍTULO 2 — ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ACADÊMICO 
57
nados. É muito importante que as citações sejam devi-
damente fichadas. Sugerimos que à medida que forem 
sendo efetuados os fichamentos, o pesquisador vá cons-
truindo um texto síntese.
3º Passo: neste momento, deverá ser feito um 
agrupamento dos textos fichados, reunindo os discur-
sos por similaridades e diferenças.
4º Passo: após o agrupamento dos textos, o 
pesquisador deverá redigir o seu texto de forma clara, 
objetiva, concisa, consistente, numa sequência lógica, 
assegurando a originalidade do mesmo.
SAIBA MAIS!
PArA EntEndEr MElhor A AnálisE tExtUAl, lEiA 
— MEtodologiA dA PEsqUisA E ElABorAção dE 
dissErtAção lEitUrA, fiChAMEnto E rEsUMo 
E CitAçõEs PhttP://WWW.tECnologiAdEProJEtos.
CoM.Br/BAnCo_oBJEtos/%7B7Af9C03E-
C286-470C-9C07-EA067CECB16d%7d_
MEtodologiA%20dA%20PEsqUisA%20E%20dA%20
dissErtA%C3%A7%C3%A3o%20%20UfsC%202005.Pdf 
Leitura de Textos Acadêmicos
Sendo cada texto uma unidade de sentido, cada 
um, eles tem existência própria, mesmo relacionando-
-se e correlacionando-se com os demais, por isso a ne-
cessidade de sua contextualização do passado para ex-
plicar o presente e poder projetar o amanhã.
Ler é o momento no qual o leitor compreende o 
explicitado pelo outro dando, sentido ao lido. Isso nos 
leva a questionar se cada texto dá e exige novo sentido. 
Além da leitura de texto, temos ainda a leitura de ima-
gens e a auditiva. Entretanto, é preciso saber ler, pois a 
leitura só é válida se assimilada.
YMIRACY N. DE S. POLAK • JOSÉ A. DINIZ • PEDRO IVO POLAK JÚNIOR
58
A leitura só é proveitosa se o leitor tiver um ob-
jetivo, pois do contrário não terá condições de efetuar 
uma análise do que foi lido muito menos em aplicá-lo.
Para que a leitura seja proveitosa, segundo 
Lakatos e Marconi (2009), é necessário que o leitor te-
nha atenção, uma intencionalidade, que reflita sobre o 
material lido, seja crítico e a seguir analise e construa 
uma síntese do texto.
Em relação aos textos científicos, é importante a 
escolha dos textos e, para isso, faz-se necessário iniciar 
pelos trabalhos mais importantes e relevantes, deven-
do ser feito sob a orientação do professor. A leitura deve 
ser feita ainda, se possível, em obras originais. Lembre-
-se quem lê tem por objetivo aprender algo, rever deta-
lhes ou buscar respostas e, como nem todos os textos 
atendem a determinado objetivo, surge a necessidade 
de seleção. Mas também não basta selecionar, a nível 
científico tem que se levar em consideração aquilo que 
é confiável.
Segundo Severino (2002) a leitura deve ser feita 
segundo três tipos de análise a saber: análise textual, 
temática e interpretativa.
A análise textual visa apresentar como o livro 
foi estruturado e busca ajudar na melhor compreensão 
dos termos utilizados pelo autor e dos conceitos utiliza-
dos. É uma visão global do texto, uma breve explicação 
do docente com a primeira leitura feita pelo discente.
Por sua vez, a análise temática visa compre-
ender a mensagem do autor e exige resposta para as 
questões: qual o conteúdo do texto? Qual o objetivo do 
autor e o como o tema é problematizado, contextua-
lizado? Qual a visão de mundo do autor e, o que ele 
pretende com sua obra?
A análise interpretativa é a apreensão das 
ideias e estabelecimento de relações entre o texto e o 
contexto. Quando nos perguntamos: “o que o autor 
quis dizer com isso?”, objetiva-se que o leitor faça uma 
interpretação da fala do autor. Exige análise e uma 
CAPÍTULO 2 — ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ACADÊMICO 
59
avaliação crítica do pensamento do autor, da coerência 
e validade da argumentação, profundidade e originali-
dade das colocações feitas.
Ressaltamos que são várias as intenções de quem 
escreve, devendo o leitor atentar para as mesmas e dar 
novos sentidos, isto é, recodificar os códigos contidos 
em cada texto, por isso se faz necessário que frente a 
diferentes textos sejam feitas diferentes leituras.
Ao ler as fontes que darão sustentação ao seu 
trabalho, você deve assinalar tudo o que for desconhe-
cido ou relevante para você, atentando para os concei-
tos principais e, paralelamente, buscar o significado de 
tudo que lhe é desconhecido.
Leia o texto quantas vezes forem necessárias. 
Não passe adiante se for para deixar para trás algu-
ma coisa que não entendeu. Faça anotações, pois elas 
poderão ajudar no momento da elaboração do traba-
lho. Além dos livros, busque os periódicos na mídia im-
pressa ou on-line – eles contêm os artigos mais atuais e 
mostram claramente as tendências do momento.
SAIBA MAIS!
ACEssAndo o tExto
BEtini, gErAldo Antonio. leituRa, análise e 
inteRPRetação de textos: Por qUE todA EssA PrEoCUPAção?
disPoníVEl EM: httP://189.20.243.4/oJs/EdUCACAo/
inClUdE/gEtdoC.PhP?id=47&ArtiClE=5&ModE=Pdf
Citações
As citações são elementos retirados dos documen-
tos pesquisados e da leitura da documentação, e que se 
revelaram úteis para corroborar as ideias desenvolvidas 
pelo autor no decorrer do seu raciocínio. Estas citações 
YMIRACY N. DE S. POLAK • JOSÉ A. DINIZ • PEDRO IVO POLAK JÚNIOR
60
podem ser transcrições literais ou então, apenas algu-
ma síntese do trecho lido, seja ele um parágrafo, um 
capítulo ou até mesmo o livro inteiro. Em todos os casos, 
é necessário citar a fonte de onde foram extraídos.
 A citação literal é aquela copiada ao pé da le-
tra e colocada entre aspas. Caso haja no texto citado 
algo que se julgue dever ser corrigido, algo que cause 
estranheza coloca-se logo em seguida à palavra, a ex-
pressão (sic!) entre parênteses, para indicar que estava 
assim mesmo no texto de origem. Tal expressão perten-ce ao Latim e significa “assim mesmo”.
 Ao referenciar uma fonte em seu estudo o au-
tor estará fazendo uma citação e esta pode ser de diver-
sas formas e escritas, segundo as Normas da ABNT. O 
objetivo da citação é 
oferecer ao leitor condições de comprovar as fon-
tes das quais foram extraídas as ideias, frases ou 
conclusões, possibilitando-lhe ainda aprofundar 
o tema em discussão (CRUZ; RIBEIRO, 2003).
É a apresentação das ideias de teóricos, presentes 
em publicações impressas e eletrônicas, que dá maior 
clareza e autoridade ao texto. As citações dividem-se 
em três tipos:
1. citação direta ou textual;
2. citação indireta; e
3. citação de citação.
 � Citação direta ou textual
Consiste na transcrição textual da obra consul-
tada. Ela deve ter de três a mais linhas. Quando trans-
crita em 3 linhas deverá ser contida entre aspas duplas 
e redigidas com o mesmo tipo e tamanho de letra usa-
da no texto Quando tiver mais de três linhas, deve ser 
escrita de forma recuada com 4 cm da margem esquer-
da, em espaço simples e letra menor e sem aspas.
CAPÍTULO 2 — ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ACADÊMICO 
61
 � Citação indireta
Ocorre quando o autor do trabalho interpreta o 
exposto pelo o outro (autor lido) e o menciona em seu 
texto. Nesse tipo de citação, não importa se a ideia a 
ser apresentada possui ou não mais de 3 linhas, a cons-
trução é sempre seguindo-se o estilo do texto.
 � Citação de citação
É feita quando citamos alguém mencionado por 
outrem. Nesta modalidade, o nome do autor indicado 
é procedido pela palavra latina apud seguida do nome 
do autor, no qual o texto foi encontrado.
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Síntese: Tipos de Trabalhos Científicos
Os trabalhos científicos diferenciam-se em fun-
ção dos seus objetivos e da natureza do tema ou proble-
ma abordado. Assim, podem ser classificados em:
 � Monografia
É um trabalho produzido por uma pessoa 
(mono), na medida em que reduz o trabalho à abor-
dagem de um único assunto ou problema, por meio de 
um tratamento específico. Muitas vezes a monografia é 
utilizada para a conclusão de um curso.
 � Dissertação
É uma pesquisa desenvolvida na pós-graduação, 
e é trabalho monográfico. Na medida em que aborda 
YMIRACY N. DE S. POLAK • JOSÉ A. DINIZ • PEDRO IVO POLAK JÚNIOR
62
temas únicos e delimitados, que são pessoais e devem 
ser autônomos, criativos e rigorosos. Estes trabalhos 
exigem uma investigação, experimentação e reflexão 
na área científica em que se situam e têm instrumentos 
metodológicos específicos.
 � Teses
Têm como característica principal a originalida-
de. Também é uma pesquisa desenvolvida na pós-gra-
duação e um é trabalho monográfico, defendido publi-
camente. Requisito para o grau acadêmico de doutor.
 � Paper ou Artigo Científico
 É o estudo científico apresentado reduzidamen-
te. Apesar de ser um trabalho com características mo-
nográficas, trata de um problema ainda mais específi-
co e restrito inserido num determinado tema, realizado 
pelo autor ou vários autores. O artigo científico consta 
de Introdução, Desenvolvimento e Conclusão.
 � Relatório Técnico-Científico
É a apresentação final do estudo, pesquisa ou 
atividade, geralmente de exigência institucional (rela-
tivamente a financiamentos de bolsas ou de projetos), 
visa dar a conhecer o desenvolvimento, as atividades 
realizadas e os resultados obtidos relativamente a 
 períodos específicos de um projeto ou estágio.
 � Resenha
É uma síntese crítica de um livro ou artigo cientí-
fico, que expressa um juízo de valor acerca do assunto, 
geralmente feita por pessoas ligada a área ou de com-
provada capacidade.
CAPÍTULO 2 — ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ACADÊMICO 
63
Referências
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gia científica. 6. ed. São Paulo: Prentice-Hall, 2006.
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teoria e prática. Rio de janeiro: Axcel Books, 2003.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. 
Fundamentos de metodologia científica. 6. ed. São 
Paulo: Atlas, 2009.
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magem: métodos, avaliação crítica e utilização. 4. ed. 
Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2001.
LUBISCO, Nídia Maria, VIEIRA, Sônia Chagas. Manual 
de estilo acadêmico: monografia, dissertações e teses. 
2. ed. Salvador: EDUFBA, 2003.
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educa-
ção do futuro. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2001
SANTOS, Antônio Raimundo dos. Metodologia cien-
tífica: a construção do conhecimento. Rio de Janeiro: 
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trabalho científico: material didático. Salvador: IMES, 
2009, p.64-65.
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São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do traba-
lho científico. 22. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
SILVA , Edna L. MEIRELES. E M. Metodologia da pes-
quisa e elaboração de dissertação. 4. ed. Ver. Atual- 
Florianópolis, UFSC. 2005. 138 p. 
TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma 
proposta para o ensino de gramática no 1º e 2º graus. 
São Paulo: Cortez, 1997.
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64
TURATO, Egberto Ribeiro. Tratado da metodologia 
da pesquisa clínico-qualitativa: construção teórico-
-epistemológica, discussão comparada e aplicação 
nas áreas da saúde e humanas. — Petrópolis, RJ: Vo-
zes, 2003.
Webliografia
<http://www.psicologia.spo.com.br/Dicas_Livros_
dezembro.htm>
Leia um breve resumo do livro Estação Carandiru, de 
Drauzio Varella. Aproveitando que você está na Inter-
net, pesquise exemplos de resumos direcionados à sua 
área de estudo. Posteriormente, compartilhe com seus 
colegas e preceptor o que encontrou.
<http://www.comciencia.br/resenhas/internet/ha-
ckers.htm.>, que traz a resenha de livro publicada em 
uma revista eletrônica de jornalismo.
BETINI, Geraldo Antonio. Leitura, análise e interpre-
tação de textos: por que toda essa preocupação?
Disponível em: http://189.20.243.4/ojs/educacao/in-
clude/getdoc.php?id=47&article=5&mode=pdf
JUNG, Carlos Fernando. Metodologia científica: ênfa-
se em pesquisa tecnológica. 5. ed. 2003.
Disponível em: http://www.geologia.ufpr.br/gradua-
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nov. 2009.
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CAPÍTULO 2 — ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ACADÊMICO 
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%20UFSC%202005.pdf 
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CAPÍTULO 3
CONVERSANDO SOBRE PESQUISA
Ymiracy N. de Souza Polak
José Alves Diniz
Apresentação
É cada vez mais frequente a exigência do desen-
volvimento de pesquisas e de projetos na escola que en-
volvam todos os segmentos relacionados ao cotidiano 
do trabalho.
Estes projetos visam construir e reconstruir o co-
nhecimento de forma colaborativa, crítica ou estraté-
gica. Para tanto, é preciso que todos os sujeitos perten-
centes a este cenário se envolvam com a pesquisa ou 
projeto, reflitam sobre o mesmo e façam preferencial-
mente o planejamento da investigação com seus pares.
O planejamento é uma ação puramente humana 
e se faz presente em nosso cotidiano de uma forma assis-
temática. Exemplificando: quando desejamos comprar 
um carro, fazemos todo um planejamento no qual bus-
camos respostas para questões como: “que carro com-
prar?”, “qual o mais seguro?”, “qual o mais confortável 
e funcional?”, “de quanto disponho?”, “como pagar?”, 
etc. São perguntas de ordem prática para as quais você 
busca resposta de

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